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Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva
metodologia em período integral, com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material
didático é composto por 6 cadernos de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos
livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e trans-
versal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar
a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A seguir, apresentamos cada seção:
MULTiMÍDiA
No decorrer das teorias apresentadas, oferecemos uma cuidado-
sa seleção de conteúdos multimídia para complementar o reper-
tório do aluno, apresentada em boxes para facilitar a compreen-
ÁREAS DE
são, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas, livros, etc.
Tudo isso é encontrado em subcategorias que facilitam o apro- CONHECiMENTO DO ENEM
fundamento nos temas estudados – há obras de arte, poemas, Sabendo que o Enem tem o objetivo de avaliar o desempenho ao
imagens, artigos e até sugestões de aplicativos que facilitam os fim da escolaridade básica, organizamos essa seção para que o
estudos, com conteúdos essenciais para ampliar as habilidades aluno conheça as diversas habilidades e competências abordadas
de análise e reflexão crítica, em uma seleção realizada com finos na prova. Os livros da “Coleção Vestibulares de Medicina” contêm,
critérios para apurar ainda mais o conhecimento do nosso aluno. a cada aula, algumas dessas habilidades. No compilado “Áreas de
Conhecimento do Enem” há modelos de exercícios que não são
apenas resolvidos, mas também analisados de maneira expositiva
e descritos passo a passo à luz das habilidades estudadas no dia.
Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a
apurar as questões na prática, a identificá-las na prova e a resol-
CONEXÃO ENTRE DiSCiPLiNAS vê-las com tranquilidade.
HERLAN FELLiNi
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2021
Todos os direitos reservados.
Autores
Caco Basileus
Herlan Fellini
Felipe Filatte
Kevork Soghomonian
Diretor-geral
Herlan Fellini
Diretor-editorial
Pedro Tadeu Vader Batista
Coordenador-geral
Raphael de Souza Motta
Editoração eletrônica
Felipe Lopes Santos
Leticia de Brito Ferreira
Matheus Franco da Silveira
Imagens
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ISBN: 978-65-88825-62-4
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lação, tendo por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do
qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição para
o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e
localizar os titulares dos direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição
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O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para
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2021
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SUMÁRIO
FÍSICA
DINÂMICA
Aulas 27 e 28: Decomposição de forças e plano inclinado 6
Aulas 29 e 30: Força de atrito 11
Aulas 31 e 32: Força elástica 21
Aulas 33 e 34: Dinâmica no movimento circular uniforme 29
ÓPTICA
Aulas 27 e 28: Lentes esféricas: estudo geométrico 40
Aulas 29 e 30: Lentes esféricas: estudo analítico 50
Aulas 31 e 32: Óptica da visão 56
Aulas 33 e 34: Instrumentos ópticos 65
ELETRODINÂMICA
Aulas 27 e 28: Estudo e associação de geradores 76
Aulas 29 e 30: Receptores 84
Aulas 31 e 32: Capacitores 89
Aulas 33 e 34: Associação de capacitores 98
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
A prova possui grande incidência de dinâmica do Podem aparecer questões sobre força de A prova apresenta questões práticas e numé-
movimento circular, apresentando questões numéri- atrito e elástica, exigindo interpretação ricas, tendo com maior frequência a dinâmica
cas e que envolvam diferentes ramos da mecânica. de imagens e coleta de informações, do movimento circular e força de atrito, sempre
com atenção às equações do movimento envolvendo outros assuntos, como cinemática
circular. e energia.
Dentre os temas deste livro, plano inclinado e A prova tem uma grande variação de temas; A prova tem uma grande variação de te- A prova tem uma grande variação de temas;
força de atrito podem aparecer na prova. porém, dinâmica circular e força elástica mas; porém, força de atrito pode aparecer porém, dinâmica circular e força elástica
aparecem com alguma frequência. com alguma frequência. podem aparecer mais facilmente.
UFMG
A prova tem uma grande variação de temas; A prova apresenta questões conceituais e A prova é bem objetiva e não há predominân-
porém, dinâmica circular e as leis de Newton práticas que abordam as leis de Newton, cia de temas. Porém, movimento na dinâmica
aparecem com alguma frequência, em diferenciando os tipos de forças envolvi- circular pode aparecer com alguma frequência.
questões teóricas e que exigem manipulações das, como força elástica e atrito.
de equações.
A prova apresenta questões conceituais e A prova tem uma grande variação de temas; A prova aborda a interpretação das
práticas, que abordam as leis de Newton, porém, dinâmica circular aparece com alguma forças aplicadas em um corpo e o estudo da
diferenciando os tipos de forças envolvidas, frequência, cobrando os tipos de forças dinâmica circular, em questões que exigem
como força elástica e atrito. envolvidas. interpretação de imagens.
DINÂMICA
5
27 e 28
y
F AULAS
F
F Fy
y
θ
x
Fx Fx
DECOMPOSIÇÃO DE
FORÇAS E PLANO É preciso encontrar ___› duas forças perpendiculares, cuja soma
resulte na força F . Assim, um sistema de eixos
___› perpendicu-
INCLINADO lares é posicionado
___› na origem do vetor F .
A componente
denominada F x , ao longo ___› do eixo x (horizontal), e a com-
ponente denominada F y , ao longo do eixo y (vertical), satis-
fazem essas condições.
___› ___›
COMPETÊNCIAS: 1, 5 e 6 Os módulos de F x e F y podem ser obtidos a partir de rela-
ções trigonométricas aplicadas ao triângulo retângulo colori-
HABILIDADES: 2, 17, 19 e 20 do da figura anterior, conhecendo o valor do ângulo θ.
1. Introdução
F
cateto adjacente __
cosθ = ___________________ = x ⇒ Fx = F ⋅ cosθ
hipotenusa F
Quando a resultante das forças sobre um corpo é deter-
___›
minada, encontra-se somente uma força que atua sobre Note que o ângulo θ é formado por F e o eixo horizontal.
esse corpo e que causa o mesmo efeito das demais forças.
A seguir, será estudado o processo inverso, denominado
decomposição de forças. Serão determinadas as com- Aplicação do conteúdo
ponentes, ou seja, os pares de forças que são perpendicu-
1. Sobre uma superfície horizontal plana, perfeitamente
lares, mas que juntas possuem o mesmo efeito da força lisa, é apoiado um bloco de massa m =___8,0 kg. A partir
›
decomposta. de certo instante, uma força constante F , de intensida-
de F = 130 N, é aplicada sobre o bloco, de tal forma que
1.1. Componentes perpendiculares a direção da força forma um ângulo q com a horizontal,
como ilustra a figura. Considere g = 10 m/s2.
de uma força
Observe na___›figura a seguir o processo de composição de
uma força F .
y
F F
Fy Fy
θ
x
Fx Fx
6
P = m ⋅ g = (8,0 kg) ⋅ (10 m/s2) ⇒ P = 80 N 2. No sistema em equilíbrio representado a seguir, o
bloco A, de massa m = 4,0 kg, está ligado a três fios
ideais. Sabendo que senθ = 0,80 e cosθ = 0,60, calcule
as intensidades das trações nos três fios.
Considere g = 10 m/s2.
___›
A força___›F deve ser decomposta em uma
___› componente hori-
zontal F x e uma componente vertical F y . Assim, o esquema
de forças é refeito como na figura a seguir:
Resolução:
___› ___›
Os mólulos de F x e F y são obtidos a partir do triângulo sombreado:
7
aceleração adquirida por objetos em planos inclinados
perfeitamente lisos, isto é, desconsiderando o atrito cau-
sado pelo plano inclinado.
T3y = T1
T3 ⋅ (0,80) = 40 ⇒ T3 = 50 N
De modo equivalente, o equilíbrio na direção horizontal
fornece o valor de T2:
T2 = T3x
T2 = T3 ⋅ (0,60)
T2 = (50 N)(0,60) ⇒ T2 = 30 N
8
Do triângulo retângulo colorido da figura central, obtém-se Px = m ⋅ a
as componentes do peso:
P ⋅ senθ = m ⋅ a
Px = P ⋅ senθ
mg ⋅ senθ = m ⋅ a ⇒ a = g ⋅ senθ
Py = P ⋅ cosθ É importante observar que a aceleração no bloco no plano
inclinado não depende da massa do bloco, ela depende
Na direção y, as forças se cancelam, pois não há movi- apenas da aceleração gravitacional e da inclinação do pla-
mento: no em relação à horizontal.
VIVENCIANDO
No livro The nature of light and color in the open air, o astrônomo holandês Marcel Minnaert apresenta a expli-
cação para diversos fenômenos ópticos interessantes, como o arco-íris, as sombras coloridas e as miragens. Uma
das questões abordadas por Minnaert é a de que as pessoas têm a tendência de superestimar inclinações. Às vezes,
quando uma pessoa está subindo uma grande ladeira, acredita que a pirambeira tem uma inclinação de 40º ou 50º
ou até mais. Mas isso é uma ilusão. Ao contrário dos exercícios propostos no Estudo Orientado, as inclinações da
grande maioria das ruas não ultrapassam 15º. As declividades máximas recomendadas pelo Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transportes (DNIT) são de 9% (cerca de 5º), isso para vias com baixo volume de tráfego.
Baldwin Street
A Baldwin Street, localizada em Dunedin, na Nova Zelândia, é considerada a rua mais inclinada do mundo. Seu com-
primento é de 350 metros e ela possui uma inclinação de 19° nos trechos mais íngremes. A rua é pavimentada com
um concreto especialmente desenhado para garantir que os carros não deslizem.
9
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
O plano inclinado está muito presente no cotidiano. Isso ocorre porque, para subir um plano com velocidade constan-
te, basta a aplicação de uma força de módulo igual ao peso, multiplicado pelo seno do ângulo do plano inclinado
(lembre-se de que, nesse caso, o ângulo é um número compreendido entre 0 e 1). Dessa forma, a força terá módulo
menor que o peso do próprio corpo; assim, é mais vantajoso elevar um móvel por meio de um plano inclinado do
que elevá-lo verticalmente. Devido a esse fato, é muito comum na construção civil a fabricação de rampas para o
deslocamento de materiais. Esse conhecimento já era utilizado na construção das pirâmides para o deslocamento dos
massivos blocos (que chegam a ter toneladas de massa).
DIAGRAMA DE IDEIAS
DECOMPOSIÇÃO
DE FORÇAS
FORÇA PLANO
INCLINADA INCLINADO
10
O coeficiente de atrito é um parâmetro que depende dos
AULAS 29 e 30 tipos de materiais que estão em contato e das característi-
cas das superfícies, como o grau de polimento. Entretanto,
o coeficiente de atrito não depende da velocidade do corpo
e da área de contato entre o corpo e a superfície.
Na tabela a seguir, são fornecidos os valores aproximados
dos coeficientes de atrito cinético para alguns pares de ma-
FORÇA DE ATRITO teriais. Essa tabela serve apenas como exemplo, e os seus
valores não devem ser memorizados.
material μC
___›
No exemplo da figura, a força de atrito (F A ) é denominada
força de atrito cinético ou força de atrito dinâmico.
O módulo dessa força, determinado experimentalmente, é
dado por:
FA = μC ⋅ N
11
Resolução: 2. Um bloco de massa m é lançado sobre uma ___› superfície
plana e horizontal com velocidade inicial v 0. Depois de
a) Admite-se que ___ o bloco se movimenta para a direita, no percorrer a distância x, o bloco para devido a ação da
›
sentido da força F 2 . No esquema a seguir, todas as for- força de atrito entre a superfície e o bloco.
ças ___que atuam
___› sobre o bloco foram
___› identificadas: além
›
de F 1 e F 2 , existem
___› o peso P ,
a força normal N e a
força de atrito F A , com sentido oposto ao do movimento.
___›
Sabendo que |v 0 | = 12 m/s, g = 10 m/s2 e que o coeficiente de
atrito cinético entre o bloco e a superfície é μC = 0,40, calcule:
a) o módulo da aceleração do bloco durante o movimento;
b) a distância x percorrida pelo bloco.
Resolução:
( )
8
FA = ___
⋅ (15 N) ⇒ FA = 8 N
15
c) A força resultante é a soma das forças na direção
horizontal. O módulo da resultante é F2 – FA. Pela se-
gunda Lei de Newton, tem-se:
F2 – FA = m ⋅ a N=P
20 – 8 = (4,0) ⋅ a ⇒ a = 3,0 m/s2 Como P = m . g, a força normal pode ser calculada:
d) Observe que a questão pede a força exercida pela N=m⋅g
superfície sobre o bloco, sem especificar se trata-se ___›
da força de atrito ou da força normal. Nesse caso,
O módulo de F A é dado por:
deve-se considerar a resultante de todas ___as forças ___
› FA = μC ⋅ N = μC ⋅ m ⋅ g
›
exercidas pela superfície, isto é, a soma de F A e N
.
___
›
Depois
___› do lançamento do bloco, apenas a força de atrito
N
F A age sobre o bloco e, portanto, é a força resultante. Pela
segunda Lei de Newton, calcula-se a aceleração:
___›
FA = m ⋅ |a |
Então:
___›
m ⋅ |a | = μC ⋅ m ⋅ g
___›
Aplicando o teorema de Pitágoras, tem-se: |a | = μC ⋅ g
F2 = FA2 + N2 Lembre-se de que o módulo da aceleração não depende
F = (8) + (15)
2 2 2 da massa. Substituindo μC = 0,40 e g = 10 m/s2, obtém-se:
____ ___›
F2 = 289 ⇒ F = √
289 N ⇒ F = 17 N |a | = (0,40)(10 m/s2) = 4,0 m/s2
12
Considerando a velocidade escalar inicial (v0 = 12 m/s) positiva,
a aceleração escalar a será negativa (movimento retardado):
a = – 4,0 m/s2
b) Usando a equação de Torricelli, pode-se calcular a
distância x. Então:
v2 = v02 + 2aΔs
multimídia: vídeo
0 = (12) + 2(–4,0)x
2
Fonte: Youtube
VIVENCIANDO
Diversos movimentos observados no cotidiano são possíveis graças à força de atrito. Quando alguém passeia pelo
bairro com seus queridos animais de estimação, os pés da pessoa e as patas dos animais comprimem o chão,
forçando o solo ligeiramente para trás. Como a força de atrito é contrária ao movimento (na direção contrária ao
movimento), ela surge nas patas e nos pés, impulsionando-os para frente.
A função dos pneus é tirar o máximo proveito possível da força de atrito. É por isso que as equipes de Fórmula 1 tro-
cam os pneus com frequência, para que o desgaste dos pneus não atrapalhe a aderência do carro ao solo, causando
diminuição da velocidade. O atrito também é responsável por frear um corpo, desde gotas de chuva em queda livre
até um ônibus espacial na reentrada na atmosfera.
v = 0 =>FA = F1 v = 0 =>FA = F2
1 2
13
Com a ajuda da figura, será detalhado o que ocorre antes Em geral, μe > μC. Contudo, há casos em que μe = μC,
de o bloco sobre a superfície entrar em movimento.
___› Supo- como o caso de teflon sobre teflon.
nha que, depois de uma força horizontal F 1 ser aplicada
Quando o valor do coeficiente de atrito for fornecido sem
sobre o bloco, ainda não exista movimento, ou seja, o blo-
co permaneça ___em repouso. Desse modo, deve especificar se o valor se refere ao estático ou ao cinético,
› ___› existir uma
força de atrito admite-se que μe = μC.
___› F A1 , de sentido oposto ao de F 1 , que anule
o efeito de F 1 , ou seja:
FA1 = F1
___›
Se a intensidade da força aumentar e existir uma força F 2
agindo sobre o bloco, de modo que o bloco ainda continue em
repouso, então a força de atrito deve ter igualmente aumentado:
FA2 = F2 multimídia: vídeo
Assim, deve haver força de atrito mesmo sem haver desli- Fonte: Youtube
zamento, ou seja, mesmo sem o movimento do bloco sobre Telecurso – Ensino Médio – Física – Aula 10
a superfície. Essa força de atrito é denominada força de
atrito estático. Como exemplificado anteriormente, essa
força de atrito estático tem intensidade variável e depende
da força externa aplicada. Aplicação do conteúdo
Entretanto, haverá movimento para uma determinada in-
1. Considere um bloco de massa m = 20 kg em repouso
tensidade da força aplicada sobre o bloco. Então, a força de
sobre uma superfície plana e horizontal, sob a ação
atrito estático terá uma intensidade máxima. Será indicada exclusiva__› do peso e da força normal. Uma força ho-
por FA máx a intensidade máxima que a força de atrito está- rizontal F é aplicada sobre o bloco a partir de deter-
tico pode atingir. Quando esse valor é atingido, afirma-se minado instante. Os coeficientes de atrito estático e
que o bloco está na iminência__› de movimento. Qualquer cinemático entre o bloco e a superfície são μe = 0,40 e
aumento na intensidade de F fará com que o bloco se movi- μC = 0,30, respectivamente, e g = 10 m/s2.
___› ___›
mente, e a força de atrito passará a ser o atrito cinemático. N N
Experimentalmente, observou-se que a força de atrito má-
ximo é dada por:
FA máx = μe ⋅ N
14
A força de intensidade F = 40 não é suficiente para tirar o movimento, essa intensidade é superior à força de atrito
bloco do repouso, pois F < FA máx. Assim, tem-se: cinético, sendo capaz de manter o bloco em movimento.
FA = F = 40 N
Nota:
Em geral, a intensidade máxima da força de atrito es-
tático máxima é maior do que a intensidade da força de
b) A força de intensidade de F = 60 N também é menor atrito dinâmico. Essa diferença é causada por algumas
do que a força de atrito estático máxima suportada. ligações entre as moléculas do bloco e as moléculas da
Assim, tem-se: superfície de apoio, enquanto o bloco permanece em re-
pouso. Essas ligações devem ser desfeitas para que se ini-
FA = F = 60 N
cie o movimento, fenômeno que exige uma força maior.
c) Sendo F = 80 N, tem-se:
3. Força de atrito e movimento
É comum afirmarem o seguinte: “A força de atrito é sempre
F = FA máx = 80 N
contrária ao movimento”.
Quando se trata do movimento de deslizamento de um
corpo sobre uma superfície, essa afirmação é válida, uma
vez que a força de atrito cinético tem sentido oposto ao do
Nessa situação, o bloco ainda permanece em repouso, embo-
movimento. Entretanto, a afirmação pode não ser válida no
ra esteja na iminência
___› de movimento; qualquer aumento na
caso de atrito estático.
intensidade de F fará com que o bloco entre em movimento.
A figura a seguir ilustra uma pessoa que se movimenta
d) Sendo F = 100 N e FA máx = 80 N, F > FA máx, o bloco
entrará em movimento. Entretanto, a força de atrito para a direita. Ao caminhar, ___› o chão é empurrado para a
deve ser calculada usando o coeficiente de atrito esquerda com a força – F 1 . Pela lei de ação e___›reação, o
cinético, uma vez que o bloco está em movimento: chão aplica sobre o pé da pessoa uma força F 1 , de in-
tensidade igual e sentido oposto. Essa força é responsável
FA = μC ⋅ FN = (0,30)(200 N) = 60 N
pelo movimento da ___pessoa
›
e tem o mesmo sentido que o
movimento. A força F 1 é uma força de atrito estático (desde
que o pé da pessoa não deslize).
60
40
Caso o atrito entre o pé da pessoa e o solo fosse muito peque-
20 no, poderia haver deslizamento do pé da pessoa para a es-
querda. Dessa maneira, a afirmação inicial pode ser corrigida:
F(N)
A força de atrito estático se opõe à tendência de deslizamento.
É importante observar que a força de atrito, depois que o
bloco está em movimento, é constante (não depende da
força aplicada); a intensidade da força de atrito é menor
3.1. Força de resistência dos fluidos
que a força de atrito estático máxima. O que acontece se, Líquidos e gases são chamados genericamente de fluidos.
durante o movimento, a força aplicada sobre o bloco tem Ao se movimentar por um fluido, o objeto sofre a ação de
intensidade, por exemplo, de 70 N? Essa força não é capaz uma força de resistência ao movimento denominada força
de retirar o bloco do repouso. Entretanto, com o bloco em de resistência do fluido.
15
Na figura
___› a seguir, o automóvel sofre a força de resistência É impossível calcular precisamente a força de resistência
do ar (F 1 ), de sentido oposto ao seu movimento. De modo exercida pelos fluidos. Entretanto, existem fórmulas aproxi-
semelhante,___›ao se movimentar, o peixe sofre uma força de madas. Quando a velocidade (v) do corpo é baixa, a força
resistência F 2 , causada pela água. de resistência (R) é dada por:
FR = k ⋅ v
F1
Em que k é uma constante. Para velocidades mais altas, a
expressão é: F 2
FR = k ⋅ v2
O estudo das forças de atrito e de suas aplicações está entre os assuntos pesquisados pela tribologia (do grego
tribo, que significa “esfregar“, “atritar“, “friccionar“; e logos, que significa “estudo“). Em 1966, o termo foi usado
oficialmente pela primeira vez, quando o engenheiro mecânico H. Peter Jost escreveu um relatório para o comitê do
departamento inglês de educação e ciência. No relatório, a tribologia foi definida como a “ciência e tecnologia de
superfícies interativas em movimento relativo e dos assuntos e práticas relacionados”.
Leonardo da Vinci (1452-1519), considerado o pai da tribologia moderna, contribuiu significativamente para o de-
senvolvimento da descrição dos fenômenos de atrito e desgaste. Por meio de seus estudos, e utilizando planos
inclinados, da Vinci demonstrou que as forças de atrito são dependentes da força normal ao deslizamento dos
corpos e independentes da área de contato aparente. Ele propôs uma distinção entre atrito de escorregamento e de
rolamento, além de introduzir o coeficiente de atrito como sendo proporcional à força normal.
16
Aplicação do conteúdo A força resultante (na vertical) sobre o homem, en-
quanto a velocidade limite não é atingida, tem inten-
1. Ao saltar de um avião, a força que age sobre o pa-
raquedista,
___› juntamente com o paraquedas aberto, é o sidade F dada por:
peso P . À medida que a velocidade vertical (v) de que- F=P–R
da do conjunto aumenta, a força de resistência do ar
também aumenta. Nesse caso, a força de resistência é Pela segunda Lei de Newton, o módulo da aceleração
dada por: vertical do conjunto é:
FR = k ⋅ v2 F=m⋅a
P–R=m⋅a
P – kv2
P – kv2 = m ⋅ a ⇒ a = ______
m
A aceleração não é constante, pois depende da ve-
locidade da queda. Antes de atingir a velocidade
limite, o movimento não é uniformemente variado,
e, assim, o gráfico da velocidade escalar em função
do tempo não é retilíneo.
Para esse exemplo, o gráfico da velocidade em
função do tempo é apresentado a seguir.
Nota:
O coeficiente k aparece no denominador da fração.
Assim, quanto menor o seu valor, maior será o valor vL.
Se o homem saltasse sem o paraquedas, também
existiria uma velocidade limite, e o paraquedista ad- multimídia: site
quiriria velocidade constante; no entanto, sem o para-
quedas, o valor de k é menor, e a velocidade limite
seria maior. www.infoescola.com/mecanica/forcas-de-atrito/
17
ÁREAS DO CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 17
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físi-
cas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
HABILIDADE 20
Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
A Habilidade 20 exige que o estudante compreenda não só como é o movimento, mas as suas causas; nesse
contexto, é necessário compreender como se dá a força de atrito entre os corpos (em movimento ou não). O
atrito está presente no dia a dia; sem ele não seria possível sair do lugar. Assim, estudar e compreender a força
de atrito é fundamental para um entendimento pleno do movimento de corpos.
MODELO 1
(Enem) Num sistema de freio convencional, as rodas do carro travam e os pneus derrapam no solo, caso a força
exercida sobre o pedal seja muito intensa. O sistema ABS evita o travamento das rodas, mantendo a força de
atrito no seu valor estático máximo, sem derrapagem. O coeficiente de atrito estático da borracha em contato
com o concreto vale μe = 1,0 e o coeficiente de atrito cinético para o mesmo par de materiais é μC = 0,75. Dois
carros, com velocidades iniciais iguais a 108 km/h, iniciam a frenagem numa estrada perfeitamente horizontal
de concreto no mesmo ponto. O carro 1 tem sistema ABS e utiliza a força de atrito estática máxima para a fre-
nagem; já o carro 2 trava as rodas, de maneira que a força de atrito efetiva é a cinética. Considere g = 10 m/s2.
As distâncias, medidas a partir do ponto em que iniciam a frenagem, que os carros 1 (d1) e 2 (d2) percorrem até
parar são, respectivamente:
a) d1 = 45 m e d2 = 60 m;
b) d1 = 60 m e d2 = 45 m;
c) d1 = 90 m e d2 = 120 m;
d) d1 = 5,8 × 102 m e d2 = 7,8 × 102 m;
e) d1 = 7,8 × 102 m e d2 = 5,8 × 102 m.
ANÁLISE EXPOSITIVA
Esse exercício corresponde à nova temática do Enem, mais conteudista, cobrando do aluno não apenas a interpre-
tação da questão, mas também a aplicação de fórmulas diversas.
Desconsiderando a resistência do ar, a resultante das forças resistivas sobre cada carro é a própria força
de atrito.
R = Fat ⇒ m|a| = μ N
Como a pista é horizontal, a força-peso e a força normal têm mesma intensidade:
N = P = mg
18
Combinando as expressões obtidas:
m|a| = μ N ⇒ m |a| = μ m g ⇒ |a| = μ g
Como o coeficiente de atrito é constante, cada movimento é uniformemente retardado (MUV), com veloci-
dade final nula.
Aplicando a equação de Torricelli:
V 2 - O2 2
v
v2 = v 02 – 2|a| d ⇒ d = _______
0 ⇒ d = ______
0
2|a| 2 μg
Dados para as duas situações propostas:
v0 = 108 km/h = 30 m/s; μe = 1; μC = 0,75; g = 10 m/s2.
Assim:
RESPOSTA Alternativa A
MODELO 2
(Enem) Os freios ABS são uma importante medida de segurança no trânsito, os quais funcionam para impedir
o travamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, liberando as rodas quando estão no
limiar do deslizamento. Quando as rodas travam, a força de frenagem é governada pelo atrito cinético.
As representações esquemáticas da força de atrito Fat entre os pneus e a pista, em função da pressão p aplicada
no pedal de freio, para carros sem ABS e com ABS, respectivamente, são:
a) d)
b) e)
c)
19
ANÁLISE EXPOSITIVA
Quando o carro não é provido de freios ABS, até um determinado valor de pressão no pedal, a força de
atrito é crescente, até atingir o valor máximo (fat máx); a partir desse valor de pressão, as rodas travam, e a
força de atrito passa a ser cinética (fat cin), constante. Como o coeficiente de atrito cinético é menor que o
estático, a força de atrito cinética é menor que a força de atrito estático máxima.
Para o carro com freios ABS, no limite de travar, quando a força de atrito atinge o valor máximo (fat máx),
as rodas são liberadas, diminuindo ligeiramente o valor da força de atrito, que novamente aumenta até o
limite de travar e, assim, sucessivamente, mesmo que aumente a pressão nos pedais.
RESPOSTA Alternativa A
DIAGRAMA DE IDEIAS
FORÇA DE ATRITO
CORPO EM
CORPO ESTÁTICO
MOVIMENTO
COEFICIENTE DE INTENSIDADE
ATRITO CINÉTICO VARIÁVEL
DEPENDE DA COEFICIENTE DE
FORÇA NORMAL ATRITO ESTÁTICO
20
Em que k é uma constante de proporcionalidade chamada
AULAS 31 e 32 de constante elástica da mola. O valor de k é específico
para cada mola. A expressão anterior é denominada Lei
de Hooke.
Rearranjando a equação e isolando a constante elástica,
obtém-se:
k = _ xF
FORÇA ELÁSTICA
Portanto, no SI:
newton
unidade de k = ______ N
= __
metro m
1. Lei de Hooke
A Lei de Hooke expressa a deformação de um corpo quan-
do submetido a uma força. Considere o exemplo da defor-
mação de uma mola: a princípio, uma mola está suspensa,
presa pela extremidade superior e sem nenhuma ação de
qualquer força. Nesse caso, o comprimento da mola é L0.
A Lei de Hooke é uma equação do 1.º grau. Assim, de acor-
Esse comprimento é denominado _comprimento
›_
natural da
do com o conteúdo das aulas de Matemática, o gráfico de
mola. Quando uma força vertical F
é aplicada a outra ex-
F em função de x é uma reta, como indica a figura.
tremidade da mola, ocorre deformação, e seu comprimento
passa a ser L. A diferença (x) entre L e L0 é denominada
deformação da mola.
x = L0 – L
kx∙
tgθ = _ xF = ____ x = k
Foi determinado experimentalmente que, se a deformação
x for pequena em comparação_›_ com o comprimento natural
da mola L0, a intensidade de F
será linearmente proporcio- É importante registrar que a força elástica é uma força res-
nal a x, ou seja: tauradora, ou seja, caso a mola seja deformada de modo
que seja esticada, a força elástica fará com que a mola
F=k⋅x retorne ao seu estado natural; desse modo, sua orientação
será para dentro da mola, conforme a figura a seguir:
21
Resolução:
a) Para calcular o valor de L, deve-se obter a força agin-
do na extremidade inferior da mola.
___›
Fel Fel
A Terra atrai o bloco com uma força P , que é o peso do
bloco. O bloco, por sua vez, puxa a mola, e, pela lei de ação
e reação, a mola também puxa o bloco. Assim, entre o
bloco e a mola existe um par de forças de mesma intensi-
Caso a mola seja comprimida, a força elástica, devido ao
dade F, como ilustra a figura. Sendo a massa do corpo m
seu caráter restaurador, será orientada para fora da mola,
= 0,40 kg e g = 10 m/s2, tem-se:
conforme a figura a seguir:
Fel Fel
22
tem a mesma intensidade F da força que o corpo exerce Considerando o referencial de energia na situação da mola
na mola: relaxada, determine o módulo da aceleração do rapaz nes-
sa situação, quando a mola está distendida 20 cm.
F = 4,0 N
Dados:
m = 50 kg; k = 25 N/m; x = 20 cm = 2 ∙ 10-1 m.
Resolução:
A intensidade da força elástica que a mola exerce no carri-
nho é dada pela Lei de Hooke:
Fel = kx = 25 ∙ 2 ∙ 10-1 ⇒ Fel = 5 N
Como o carrinho está em repouso, a força elástica exercida
pela mola para a direita tem a mesma intensidade da força
É importante observar que: aplicada pelos pés do rapaz para a esquerda.
§ Caso o sistema não estivesse em equilíbrio, devido a Assim:
mola ser ideal (massa nula), as forças nas suas duas
Frap = Fel = 5 N
extremidades não deveriam ter a mesma intensidade.
Repare que: Pelo princípio da ação e reação, o rapaz recebe do carrinho
uma força de mesma intensidade para a direita, possibili-
T – F = (massa da mola) · (aceleração)
tando que ele acelere.
e se a massa é nula, segue que:
Pelo princípio fundamental da dinâmica:
T – F = 0 ou T = F
Frap = ma ⇒ 5 = 50a ⇒ a = 0,1 m/s2
§ As forças devem agir nas duas extremidades (forças
3. (Unicamp) Sensores de dimensões muito pequenas
de intensidades F e T na figura) para que a mola sofra têm sido acoplados a circuitos microeletrônicos. Um
deformação (esticar ou encolher). Se houver força em exemplo é um medidor de aceleração, que consiste
apenas uma extremidade, a mola não se deformará. de uma massa m presa a uma micromola de constan-
Portanto, na Lei de Hooke, F é a intensidade das duas te elástica ___ k. Quando o conjunto é submetido a uma
›
forças que atuam nas extremidades da mola ideal. aceleração
__›
a , a micromola se deforma, aplicando uma
força F el na massa (ver diagrama a seguir). O gráfico a
2. (Unesp - Adaptado) Um rapaz de 50 kg está inicial- seguir do diagrama mostra o módulo da força aplicada
mente parado sobre a extremidade esquerda da plata- versus a deformação de uma micromola utilizada num
forma plana de um carrinho em repouso, em relação ao medidor de aceleração.
solo plano e horizontal. A extremidade direita da pla-
taforma do carrinho está ligada a uma parede rígida,
por meio de uma mola ideal, de massa desprezível e de
constante elástica 25 N/m, inicialmente relaxada.
O rapaz começa a caminhar para a direita, no sentido da
parede, e o carrinho move-se para a esquerda, distenden-
do a mola. Para manter a mola distendida de 20 cm e o
carrinho em repouso, sem deslizar sobre o solo, o rapaz
mantém-se em movimento uniformemente acelerado.
23
a) Qual é a constante elástica k da micromola?
b) O medidor de aceleração foi dimensionado de for-
ma que essa micromola sofra uma deformação de
0,50 μm, quando a massa tem uma aceleração de
módulo igual a 25 vezes o da aceleração da gravida-
de. Qual é o valor da massa m ligada à micromola?
Resolução:
a) Pela Lei de Hooke e utilizando os valores fornecidos multimídia: vídeo
pelo gráfico, segue que: Fonte: Youtube
µN
___
F = k ∙ x ⇒ 0,8 = k ∙ 0,8 ⇒ k = 1,0 µm
= 1,0 N/m Telecurso – Ensino Médio – Física – Aula 06
b) Pela segunda Lei de Newton:
FR = ma = k ∙ x ⇒ m ∙ 25 ∙ 10 = 1,0 ∙ 0,5 ∙ 10-6 ⇒
m = 2,0 ∙ 10-9 kg 2.1. A balança e a massa
As balanças usadas para medir o “peso” das pessoas são
variações do dinamômetro.
Uma balança funciona a partir da deformação de molas e,
portanto, mede a intensidade da força exercida sobre ela.
A escala (mostrador) da balança é graduada em quilogra-
mas, ou seja, indica a massa. Para transformar a unidade
multimídia: vídeo de força (newton) em unidade de massa (quilograma),
Fonte: Youtube lembre-se de que P = mg e isole a massa; assim:
Aprenda a fazer uma potente metralhadora de elásticos
P
m = __
g
3. Associação de molas
Se o dinamômetro assinalar, por exemplo, 7 N, significa que
Considere duas molas (1 e 2) com constantes elásticas k1 e
uma força de 7 N é exercida em cada extremidade da mola.
k2. Elas podem ser associadas de duas maneiras: em série
O dinamômetro descrito considera que a força aplicada ou em paralelo. Em cada uma dessas associações, é pos-
atua esticando a mola. Entretanto, também existem me- sível substituir as duas molas por uma única que produza
didores que atuam quando a força comprime a mola. Um o mesmo efeito. Trata-se da mola equivalente de constante
exemplo familiar são as balanças comuns. elástica keq.
24
3.1. Associação em paralelo Tem-se:
F = F1 + F2
Observe que, nesse caso, a deformação x sofrida por cada
uma das molas é a mesma. keq ∙ x = k1 ∙ x + k2 ∙ x
keq = k1 + k2
K1 K2
K2 Se você tiver n molas, keq = k1 + k2 + k3 + …. + kn.
1 2
1 2 F1 F2 Observe que, caso a intenção seja aumentar a rigidez da
___› ___›
FF
1 F2 2
F mola, as molas serão associadas em paralelo.
1
F1 F2
A associação em série é tal que, quando as duas molas originais são substituídas por uma mola equivalente à associação, a soma
das deformações das molas 1 e 2 é igual à deformação da mola equivalente. Além disso, a força elástica, que é igual nas molas 1 e
2, também será a mesma na mola equivalente.
Tem-se:
xeq = x1 + x2
F = __
___ F + __
F
keq k1 k2
1 = __
___ 1 + __
1
keq k1 k2
1 = __
Se você tiver n molas, ___ 1 + 1 +
__ 1 +
__ 1_ .
…. + __
keq k1 k2 k3 kn
Observe que, caso a intenção seja diminuir a rigidez da mola, a associação em paralelo será a escolhida.
25
VIVENCIANDO
Sempre que um corpo é sujeito a uma deformação e tende a restaurar o formato original, aparece a força elástica.
Caso o corpo não apresente a tendência de retornar ao estado original, ele apresenta uma característica de plastici-
dade. De maneira prática, a força elástica está presente no sistema de suspensão de um carro ou na corda esticada
de um arco, ou mesmo numa bola quando bate contra um obstáculo.
As teorias da força elástica são amplamente usadas nos projetos de estruturas na construção civil para calcular as
dimensões de vigas, colunas e lajes. É necessário considerar o peso que esses elementos vão suportar, além de seu
peso próprio, e dos materiais utilizados (concreto ou aço); as tensões sofridas pelas estruturas não podem ultrapassar
o limite que o objeto aguenta esticar sem se romper.
a) 110. c) 30.
b) 10. d) 20.
Resolução:
Para associação de molas em série, a constante elástica
equivalente ke é calculada com a expressão:
1 = __
__ 1 + __
1
ke k1 k2
26
I. O módulo da força aplicada na mola 2 é 200 N.
II. O módulo da força resultante na figura b é 300 N.
lll. As molas possuem a mesma constante elástica k.
lV. A mola 1 aplica uma força de módulo 300 N.
Todas as afirmações corretas estão em:
a) III - IV. c) I - II - III - IV.
b) I - II - III. d) II - IV.
Resolução:
Assim, a constante elástica equivalente ke é de 20 N/m.
Do enunciado: F1 = 100N
Alternativa D
F2 = 200N
2. (Acafe) Em um brinquedo infantil, um garoto está
Na primeira situação, as molas estão em paralelo. Devido a
suspenso por duas molas 1 e 2 verticais paralelas, onde
atuam as forças de módulos 100 N e 200 N, respecti- isso, a força equivalente que sustenta o garoto é:
vamente, como mostra a figura (a). O mesmo garoto é Feq = F1 + F2 = 100 + 200 Feq = 300 N
suspenso agora com as mesmas molas 1 e 2 associadas
em série, como na figura (b). Na segunda situação, as molas estão em série, e, devido a
isso, a força em cada uma das molas é igual à força equi-
valente do sistema de molas. Como o garoto é o mesmo,
então a força equivalente é a mesma. Assim:
F1 = F2 = 300 N
Agora, analisando as afirmações, segue que:
I. INCORRETA. O módulo da força na mola 2 é 300 N.
II. CORRETA.
III. INCORRETA. As molas possuem constante elástica
diferente, comprovado pela primeira situação (molas
em paralelo), em que as forças são diferentes.
Em relação à segunda situação (figura b), analise as afir- IV. CORRETA.
mações a seguir: Alternativa D
O físico inglês Robert Hooke (1635-1703), o cientista que postulou a lei física
de deformação causada em um corpo, ficou amplamente conhecido também
por seu temperamento irascível e suas brigas com diversos cientistas ingleses.
Entre eles, Isaac Newton, com quem Hooke travou uma batalha intelectual que
durou anos. A briga aconteceu por causa de divergências entre os cientistas
sobre a natureza da luz e os trabalhos de Newton sobre a gravidade.
Ambos eram membros da Royal Society, uma prestigiosa instituição inglesa
destinada à promoção do conhecimento proporcionado pelas ciências natu-
rais. Quando Newton se tornou presidente da organização, ele não poupou
esforços para obscurecer o trabalho de Hooke, que só foi redescoberto mui-
tos anos depois. Inclusive, nenhum retrato autêntico de Hooke é conhecido
atualmente. Diz a lenda que Newton mandou queimar todos assim que as-
Retrato moderno de Hooke criado
sumiu a presidência da Royal Society. pela artista Rita Greer (2004)
27
DIAGRAMA DE IDEIAS
FORÇA ELÁSTICA
LEI DE HOOKE
DEFORMAÇÃO
DA MOLA
ASSOCIAÇÃO CONSTANTE
DINAMÔMETRO DE MOLAS ELÁSTICA
PARALELO SÉRIE
28
Pela Lei da Inércia, a trajetória de um corpo livre da ação de
AULAS 33 e 34 forças é retilínea. Dessa forma, em um movimento curvilíneo
(trajetória curva), deve existir uma força para modificar a di-
reção da partícula. Essa força deve apontar para “dentro”
da curva, como ilustra a figura a seguir (não é necessário
se precocupar, por enquanto, com a direção exata da força).
V3
DINÂMICA NO MOVIMENTO V2
CIRCULAR UNIFORME
F3
V1 F2
COMPETÊNCIAS: 1, 5 e 6
F1
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Física Total - Aula 12 - Cinemática
angular - movimento...
2. Movimento circular
uniforme (MCU)
Na figura a seguir, é possível observar o movimento de uma
Considere, por exemplo, o caso representado na figura a
partícula de massa m em uma trajetória circular de raio R.
seguir. A partícula se movimenta em uma trajetória curva,
A resultante das forças que agem sobre a partícula, a partir
e os vetores velocidade (sempre tangentes à trajetória) são da segunda Lei de Newton e das regras de cálculo vetorial,
mostrados em três posições distintas. é uma força cuja direção passa pelo centro do círculo e
V3 com sentido também para o centro. Essa resultante é de-
nominada resultante centrípeta.
V2
trajetória Em cada posição do movimento da partícula, no sentido
horário, estão representados a força resultante e o vetor
velocidade instantânea (tangente à trajetória). Como o
V1 movimento é uniforme, embora sua direção varie, o módu-
lo da velocidade é constante.
__› __› __› __›
|v 1 | = |v 2 | = |v 3 | = |v 4 | = v
29
V1 Sabendo que a velocidade angular v é relacionada com a
velocidade escalar e que o raio da trajetória por v = vR, a
aceleração centrípeta pode ser expressa em função de v.
F1
(vR)2 ____
v = _____ = v R = v2R
2 2 2
R ac = __
R R R
F2
V2
F4 Aplicação do conteúdo
F3
1. A figura mostra um garoto brincando com um skate
V4
dentro de um tubo cilíndrico de raio R = 1,5 m.
V3 Supondo que a massa do conjunto garoto + skate seja
m = 45 kg e que, ao passar pela posição mais baixa do
O módulo da força resultante (resultante centrípeta) tam- tubo, a velocidade do conjunto seja v = 2,0 m/s, calcule a
bém é constante: força normal exercida pelo tubo sobre o conjunto garoto
__
› __
› __
› __
› __
›
| F 1 | = | F 2 | = | F 3 | = | F 4 | = F C + skate nesse ponto. Considere g = 10 m/s2.
E é dado por:
Disponível em <http://variedadesrap.blogspot.com.br>
v
2
Fc = m · __
R
__
› ___
›
Comparando a segunda Lei de Newton (F = m · a ) com a
v
__ 2
resultante centrípeta, o termo é o módulo de___ uma acele-
R ›
ração denominada aceleração centrípeta ( a c ).
v
2
ac = __
R
De acordo__
›
com a segunda Lei de Newton,
___ a resultante cen-
›
trípeta F c e a aceleração centrípeta a
c devem ter a mesma
direção e sentido: Resolução:
__› ___
› ___›
F c = m ·
a c Na figura
___
›
a seguir, foram assinalados a força normal N e
que atuam no conjunto garoto + skate no ponto
o peso P
A resultante centrípeta e a aceleração centrípeta, em duas
mais baixo do tubo. Por ser um movimento curvilíneo (cir-
posições distintas, para a partícula da figura são:
cular), a resultante deve apontar para o cento C da__› traje-
|a1 | = |a2 | = |ac | = __v2 tória. Além disso, FN > P, e a resultante centrípeta F C tem
R módulo dado por:
__› __›
v
2
| F 1 | = | F 2 | = Fc = m · __
R
V1
a1
a2 R
F1 C
V2
F2 N
FN
FC = N – P
30
Assim:
N
FN
v ou N – P = m · __ V
2 2
Fc = m · __
R R
Substituindo P = mg:
v
2
N – mg = m · __ P
R
(2,0)2
N – 45(10) = 45 · _____
1,5 C
N – 450 = 120 ⇒ N = 570 N
R
R
__
›
C
Como a resultante centrípeta F c deve apontar para o centro
__›
C da circunferência, deve-se ter P > N, e módulo de F c é
dado por:
N
FC
FC = P – N
FC
31
mv ou mg = ___
mv
2 2
b) A velocidade mínima que a moto deve ter no ponto
P = ___
mais alto da trajetória para não perder o contato com R R
o globo. __
v
__2
g = ⇒ v = √ Rg
R
Resolução:
O valor de v encontrado é o valor mínimo da velocidade
a) A figura
___›
representa
___›
a resultante centrípeta e as forças para que a moto não perca o contato com o globo no pon-
normal N
e peso P
, no ponto mais alta da trajetória. to mais alto da trajetória. Repare que esse valor mínimo
não depende da massa do conjunto moto + motociclista.
Substituindo os valores dados, encontra-se:
__ _______
FC vmin = √ Rg = √ (3,6)(10)
⇒ vmin = 6,0 m/s
4. Um automóvel percorre um trecho circular de uma
C estrada plana e horizontal, com velocidade de módulo
constante.
__
› A força centrípeta é, nesse caso, a força de
atrito F A, que impede o automóvel de seguir em linha
reta. Deve-se notar ainda que, se os pneus rolam sem
escorregar, o atrito é estático. Considerando que o raio
da curva seja R = 160 m e que o coeficiente de atrito
estático entre os pneus e a estrada seja me = 0,81, de-
termine a velocidade máxima que o automóvel pode
P alcançar sem derrapar. Considere g = 10 m/s2.
FN
32
FN = P Nesse caso, tem-se o movimento de um carro em uma pis-
__
› ta curva e inclinada. A força resultante atuante no móvel
Desse modo, a resultante centrípeta é a força de atrito F A :
durante uma curva será uma força resultante centrípeta, ou
mv
2
FA = FC = ___ seja, necessariamente apontará para o centro da curva. É
R
Como a força de atrito é estática, seu valor máximo (FA máx) possível verificar na figura a seguir o esquema do diagrama
é dado por: de forças.
FA máx = me · FN
Entretanto, não é necessário que FA tenha atingido seu va-
lor máximo para que o automóvel possa realizar a curva,
de modo que:
FA ≤ FA máx ou FA ≤ me · FN
Ou ainda, utilizando a igualdade FN = P:
FA ≤ me · P
Substituindo a força de atrito pela resultante centrípeta:
mv ≤ me · P
2
___
R
mv ≤ me · mg
2
___
R _______
v ≤ me · R · g ⇒ v ≤ √
2
me · R · g Em um movimento curvilíneo sobre uma pista inclinada,
Essa expressão fornece a condição (valores de velocidade) independentemente do atrito, não é necessário que o
para que o automóvel realize a curva sem derrapar. Portan- motorista gire o volante para alterar a direção do mo-
to, a velocidade máxima que o automóvel pode alcançar vimento se ele mantiver a mesma velocidade. Conforme
sem derrapar é: a composição das forças que atuam no carro da figura
anterior, tem-se:
_______
vmáx = √ me · R · g
F
tg u = __
c
P
Substituindo os valores dados: m ∙
_____ v2
___________ mR∙ g
tg u = _____
vmáx = √ (0,81)(160)(10)
⇒ vmáx = 36 m/s
No problema anterior, foi visto que a força de atrito estava v2 = R ∙ g ∙ tg u
relacionada com a força centrípeta quando, por exemplo,
_______
um carro completava uma curva. Agora, será analisado um v=√
R ∙ g ∙ tgu
caso em que um carro não depende somente da força de
atrito para completar uma curva. Essa situação acontece Em que R é o raio da curva.
quando a pista é sobrelevada (inclinada) e é frequente em
pistas de corridas ovais. Em uma pista sobrelevada, para um carro que deseja re-
alizar a ultrapassagem sobre outro veículo pelo lado de
fora da curva, basta apenas acelerar o veículo, sem girar
o volante, com isso o raio aumenta e o carro “sobe” na
pista inclinada. Entretanto, se o carro quiser aumentar a
velocidade e permanecer no mesmo nível horizontal, basta
que, simultaneamente, aumente a velocidade do veículo e
gire o volante do carro para dentro da curva. Agindo dessa
maneira, o uso da força de atrito impedirá que o carro se
dirija para fora da curva.
De maneira semelhante, se o carro reduzir a velocidade,
tenderá a cair para o centro da curva, porém, para com-
pensar essa queda rumo ao centro da curva, basta girar o
volante para fora da curva.
33
Outro exemplo é o que acontece quando uma bolinha de gude é colocada dentro de um funil que passa a girar. Nesse caso,
pode-se perceber que a bolinha descreve uma curva horizontal. Caso a velocidade da bolinha de gude aumente, a bolinha
“subirá” para a lateral do funil. Caso a velocidade da bolinha diminua, ela “cairá” para o centro do funil.
VIVENCIANDO
Em geral, forças centrípetas ocorrem sempre que um móvel descreve uma trajetória circular. A atração gravitacional
entre o Sol e a Terra ou a atração elétrica entre o próton e o elétron são exemplos clássicos. No dia a dia, a força
centrípeta está presente quando um automóvel passa por uma lombada. Lembre-se de que haverá uma velocidade
limite para que o carro não perca contato com o solo. O mesmo ocorre quando um automóvel percorre uma curva:
haverá uma velocidade máxima para que o carro não deslize para fora da curva e aconteça um acidente.
Dados:
R = L = 5 m; ms = 66 kg; mG = 50 kg; g = 10 m/s2
No saco: T = PS ⇒ T = 660 N
m v2
Na garota: T – PG = Fcent ⇒ 660 – 500 = ____
G
R
50v = 160 ⇒ v2 = 16 ⇒ v = 4 m/s
2
____
5
Alternativa D
34
2. (UFRGS) Considere, na figura a seguir, a representação a) mRv2
de um automóvel, com velocidade de módulo constan- b) 2mRv2
te, fazendo uma curva circular em uma pista horizontal. c) mRv2/2
d) mRv2/R
e) 8 mRv2
Resolução:
A figura a seguir ilustra a força normal gerada na situação
de gravidade artificial.
v
2
Resolução: N = FC = m ∙ __
R
No movimento circular uniforme, a velocidade tem o módu-
lo constante, mas direção e sentido estão mudando devido Pode-se representar a velocidade tangencial em função da
à existência de força resultante centrípeta perpendicular ao velocidade angular dada com a expressão:
vetor velocidade e ao vetor deslocamento. Assim, o trabalho v=v∙R
da força resultante será nulo, pois, quando a força é perpen-
dicular ao deslocamento, essa força não realiza trabalho. Substituindo na equação anterior, obtém-se uma relação
Alternativa B entre a força normal, o raio e a velocidade angular:
(v ∙ R)2
3. (UPE-SSA 1) Em um filme de ficção científica, uma nave FN = m ∙ ______
[ FN = m ∙ v2 ∙ R
espacial possui um sistema de cabines girantes que per- R
mite ao astronauta dentro de uma cabine ter percepção Alternativa A
de uma aceleração similar à gravidade terrestre. Uma re-
presentação esquemática desse sistema de gravidade ar- 4. (Mackenzie) O pêndulo cônico da figura a seguir é
tificial é mostrada na figura a seguir. Se, no espaço vazio, constituído por um fio ideal de comprimento L e um
o sistema de cabines gira com uma velocidade angular w corpo de massa m = 4,00 kg preso em uma de suas ex-
e o astronauta dentro de uma delas tem massa m, deter- tremidades, e a outra é fixada no ponto P descrevendo
mine o valor da força normal exercida sobre o astronauta uma trajetória circular de raio R no plano horizontal. O
quando a distância do eixo de rotação vale R. Considere fio forma um ângulo u em relação à vertical.
que R é muito maior que a altura do astronauta e que
Considere: g = 10,0 m/s2; senu = 0,600;
existe atrito entre o solo e seus pés.
cosu = 0,800.
35
A força centrípeta que atua sobre o corpo é: A resultante centrípeta FC é a componente horizontal da
a) 10,0 N. d) 40,0 N. tração Tx:
b) 20,0 N. e) 50,0 N.
c) 30,0 N. Tx = T ∙ senu = FC
mg
Resolução: Tx = Tsenu ⇒ Fc = ____ ∙ senu ⇒
cosu
Observando o diagrama de corpo livre do corpo e decom- 4 ∙ 10
⇒ FC = _____
∙ 0,6 = Fc = 30N
pondo a tração na corda nas suas componentes ortogo- 0,8
nais, tem-se: Alternativa C
multimídia: site
www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/
fc.php
Observa-se que: www.educacao.globo.com/fisica/assunto/mecanica/for-
m∙g cas-em-movimentos-circulares.html
TY = P ⇒ T ∙ cosu = m ∙ g ⇒ T = ____
cosu
A citocinese é a fase final dos processos de divisão celular das células eucarióticas, em que existe a efetiva sepa-
ração das duas células depois da formação completa dos dois novos núcleos. A citocinese pode ocorrer de duas
formas: centrípeta, realizada pelos animais, em que a célula “se estrangula” de fora para dentro, e a resultante da
força aponta para o centro da célula; e centrífuga, realizada pelos vegetais, em que a resultante da força aponta
para fora, e a separação das células acontece por uma força que afasta os dois núcleos.
36
DIAGRAMA DE IDEIAS
RESULTANTE CENTRÍPETA
37
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
Podem aparecer com alguma frequência ques- Podem aparecer questões que envolvam
tões que envolvam lentes esféricas, exigindo lentes esféricas, exigindo interpretações de
interpretações de imagens. imagens e estudo analítico das lentes.
Dentre os temas abordados neste livro, lentes Dentre os temas abordados neste livro, Podem aparecer com alguma frequência ques-
esféricas possui mais incidência na prova, exigindo lentes esféricas possui mais incidência na tões que envolvam lentes esféricas, exigindo
interpretação de geometria e domínio da equação prova, exigindo interpretação da geometria interpretações de imagens.
de Gauss. e domínio da equação de Gauss.
Dentre os temas deste livro, lentes esféricas A prova tem uma grande variação de temas; A prova tem uma grande variação de te- A prova tem uma grande variação de temas;
relacionadas a espelhos têm mais incidência porém, lentes esféricas podem aparecer mais mas, mas, eventualmente, podem aparecer porém, lentes esféricas podem aparecer mais
na prova. facilmente. lentes esféricas e espelhos em questões facilmente.
bem objetivas.
UFMG
A prova tem uma grande variação de temas; Não há predominância de temas deste A prova é bem objetiva e não há predominân-
porém, lentes esféricas aparecem com alguma livro; porém, lentes esféricas relacionadas cia de temas. Eventualmente, podem aparecer
frequência, em questões teóricas e que exigem com espelhos podem aparecer na prova. lentes esféricas e espelhos.
manipulações de equações.
Não há predominância de temas deste livro. A prova tem uma grande variação de temas, Lentes esféricas e espelhos esféricos têm gran-
Eventualmente, podem aparecer questões mas, eventualmente, pode aparecer óptica em de incidência na prova em questões objetivas.
sobre lentes esféricas. lentes esféricas.
ÓPTICA
39
imagens ampliadas ou reduzidas e sem grandes deforma-
AULAS 27 e 28 ções das imagens.
Para simplificar as situações, o ar será considerado como o
meio externo às lentes. É importante destacar que as lentes
são normalmente constituídas de vidro, acrílico ou cristal.
HABILIDADES: 1, 2, 17, 20 e 22
plano- côncavo-
1. Introdução -convexa -convexa
40
seja, se as lentes tiverem índices de refração menores que
os do meio, então as lentes de bordas finas serão divergen-
tes e as de bordas espessas serão convergentes.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Lentes Esféricas - Aula #1
41
i
Definem-se:
4. Raios luminosos
particulares
De maneira semelhante ao estudo dos espelhos esféricos,
será representado o comportamento de raios particulares
que atravessam uma lente esférica delgada.
§ O raio de luz que incide paralelamente ao eixo principal § O raio de luz que incide em uma direção que passa
emerge da lente em uma direção que passa pelo foco pelo centro óptico da lente não sofre desvio ao atra-
principal imagem Fi. vessar a lente.
42
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Lentes convergentes
43
5.2. Segundo caso: lentes divergentes
Para as lentes divergentes, a imagem de um objeto real
(vela) é independente da posição do objeto. A imagem
sempre é virtual, direita e menor do que o objeto; além
disso, é sempre formada entre o foco principal imagem (Fi)
e o centro óptico (O).
Propriedades da imagem i:
§ virtual
§ direita
IV. Um objeto extenso (vela) é posicionado sobre o foco § menor
principal objeto (F0).
Propriedades da imagem i:
§ Imprópria
Aplicação do conteúdo
1. Na figura, o é um objeto real e i é a imagem corres-
V. Um objeto extenso (vela) é posicionado entre o foco pondente formada por uma lente esférica delgada de
principal objeto (F0) e o centro óptico (O). eixo principal xx’.
Propriedades da imagem i:
§ virtual
§ direita
§ maior
multimídia: vídeo
Um raio que parte do objeto e incide na lente paralela-
Fonte: Youtube
mente ao eixo principal emerge da lente passando pelo
Lentes divergentes foco até a imagem. O foco Fo é simétrico a Fi em relação
à lente.
44
A figura que representa, de forma CORRETA, o resultado
do gráfico desse experimento é
a)
b)
b) A lente é convergente porque a imagem é inverti-
da. Além disso, o segundo raio traçado aproxima-se
do eixo principal.
Alternativa C
3. (UPE-SSA) Fotógrafos amadores e profissionais estão
utilizando cada vez mais seus smartphones para tirar
suas fotografias. A melhora na qualidade das lentes e É possível observar que, à medida que se aumenta a dis-
dos sensores ópticos desses aparelhos está populari- tância do objeto D, a distância da imagem d fica menor,
zando rapidamente a prática da fotografia, e o número sendo as duas inversamente proporcionais.
de acessórios e lentes, que se acoplam aos aparelhos,
só cresce. Um experimento foi conduzido a fim de pro- Assim, o gráfico correto entre essas duas distâncias apre-
duzir um acessório que consiste de uma lente convexa. senta uma curva chamada hipérbole e está representado
A distância d da imagem real formada por um objeto na alternativa [E].
posicionado sobre o eixo da lente, a uma distância D
até ela, foi anotada em um gráfico. Alternativa E
45
4. (Ifsul) No laboratório de Física de uma escola, um aluno c)
observa um objeto real através de uma lente divergente.
Resolução:
Montagem 2: A metade inferior da lente foi obstruída por
uma placa opaca. A figura mostras dois raios, (a) e (b), saindo da chama da
vela e outros dois, (c) e (d), saindo da base da vela. Apenas
os raios refratados (a’) e (c’) atingem o anteparo. Vê-se,
assim, que forma-se a imagem da vela inteira, porém ela
fica mais tênue, pois os raios que são barrados pela placa
deixam de contribuir com sua luminosidade.
Na montagem 2, a imagem projetada no anteparo será:
a)
multimídia: site
46
VIVENCIANDO
O estudo das lentes esféricas é um dos grandes avanços proporcionados pela óptica geométrica, que propõe o trata-
mento da luz como um conjunto de raios que cumprem o princípio de Fermat, utilizando-se no estudo da transmissão
da luz por meios homogêneos (lentes, espelhos), a reflexão e a refração. Os estudos da óptica geométrica permitiram
a invenção de equipamentos que proporcionaram avanços tecnológicos importantes para diversas áreas do conheci-
mento, como os microscópios e os telescópios.
As lentes esféricas estão presentes no cotidiano, muito em função da sua utilização para a correção de problemas de
visão, mas também devido ao seu uso em projetores, máquinas fotográficas, lupas, etc.
47
ÁREAS DO CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 22
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em
processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Dentro do contexto da óptica geométrica, a luz, que é uma forma de radiação eletromagnética, pode ser
refratada por lentes esféricas de forma conveniente para uma dada situação. É o caso das lentes esféricas
utilizadas em óculos para correção de ametropias ou na utilização de telescópios, projetores, binóculos, etc.
Diante disso, a Habilidade 22 pode cobrar que o aluno saiba identificar como ocorre a interação da luz com a
lente e perceber se existe uma convergência ou uma divergência dos raios solares. Para tanto, é fundamental
conhecer quais são os tipos de lentes.
MODELO 1
(Enem) Um experimento bastante interessante no ensino de ciências da natureza constitui em escrever palavras
em tamanho bem pequeno, quase ilegíveis a olho nu, em um pedaço de papel e cobri-lo com uma régua de
material transparente. Em seguida, pinga-se uma gota d’água sobre a régua na região da palavra, conforme
mostrado na figura, que apresenta o resultado do experimento. A gota adquire o formato de uma lente e per-
mite ler a palavra de modo mais fácil em razão do efeito de ampliação.
ANÁLISE EXPOSITIVA
Esse exercício cobra que o aluno saiba reconhecer os diferentes tipos de lentes e relacionar aquela formada pela
gota d’água. É fundamental que o aluno conheça os nomes e os tipos de lentes.
A figura mostra uma vista frontal da gota sobre a régua. Nota-se que a gota forma uma lente plano-convexa.
RESPOSTA Alternativa C
48
DIAGRAMA DE IDEIAS
LENTES ESFÉRICAS
NO AR NO AR
CONVERGENTE DIVERGENTE
RAIOS NOTÁVEIS
CONSTRUÇÃO
IMAGEM REAL IMAGEM VIRTUAL
DE IMAGENS
49
AULAS 29 e 30 1. Estudo analítico das
lentes esféricas
O estudo anterior abordou os aspectos geométricos do
estudo das lentes esféricas; a seguir, será aprofundado o
aspecto analítico do estudo das lentes esféricas.
HABILIDADES: 1, 2, 17, 20 e 22
O eixo das abscissas (eixo horizontal) é o eixo principal, e a orientação é diferente em relação aos objetos e imagens.
O eixo das ordenadas (eixo vertical), perpendicular ao eixo Por convenção, têm-se as seguintes relações:
principal, é orientado com sentido positivo para cima. Em relação à lente:
50
§ imagem real: p’ > 0; p’ 8
b) __oi = – __ i
___ ___
p ⇒ = – ⇒ i = –10 cm ⇒ |i| = 10 cm
30 24
§ imagem virtual: p’ < 0. p’ 10 cm
oi = – __
c) A = __ _____ 1
__
p = 30 cm ⇒ A = – 3
1.2. Equações das lentes esféricas
As mesmas equações dos espelhos esféricos são válidas 2. Vergência das
para as lentes esféricas.
lentes esféricas
__ 1 + __
1 = __ 1 (equação de Gauss) A convergência ou vergência (C) de uma lente é o in-
f p p' verso da distância focal:
p' ____
oi = – __
A = __ f
p = f - p 1
C = __
f
Observe que:
Quanto maior o valor da vergência, mais potente é a lente,
§ se A > 0, o e i têm mesmo sinal, então a imagem é direita; isto é, o desvio da luz incidente é maior.
§ se A < 0, o e i têm sinais opostos, então a imagem Como a unidade de medida de f, no SI, é o metro (m), a
é invertida; unidade de vergência é o inverso do metro (m-1), denomi-
nado de dioptria (di). A palavra “grau” é frequentemente
usada em Medicina em vez de “dioptria”.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Lente olho de peixe caseira para celular Aplicação do conteúdo
1. Uma lente possui vergência igual a –4 di. Determine:
a) o tipo de lente;
b) a distância focal da lente.
Aplicação do conteúdo
1. Em uma lente convergente de distância focal f = 6 cm, Resolução:
um objeto real, de 30 cm de altura, é colocado a uma a) A vergência e a distância focal têm o mesmo sinal. Nesse
distância de 24 cm da lente. caso, a vergência da lente é negativa, então a distância fo-
cal também é negativa. Logo, a lente é divergente.
a) Qual é a posição da imagem?
b) Qual é a altura da imagem? b) A vergência de uma lente é dada por C = __ 1 . Então:
f
c) Qual o aumento linear transversal?
1 ⇒ f = – __
–4 di = __ 1 m ⇒ f = –25 cm
Resolução: f 4
a) Dados: p = 24 cm, o = 30 cm e f = 6 cm.
Como p = 24 cm (p > f), o objeto está à esquerda de Ao. 3. Elementos geométricos
1 = __
__ 1 + __
1 ⇒ __
1 = ___
1 + __
1 ⇒ p’ = 8 cm
f p p’ 6 24 p’ das lentes esféricas
A figura a seguir ilustra os elementos geométricos definidos
adiante para as lentes esféricas. A lente é biconvexa, com
O índice de refração n2, imersa no ar, de índice de refração n1.
51
§ O eixo principal é definido pela reta C1C2;
n1 n2 n1
§ V1 e V2: vértices de cada uma das faces; R2
C1 V2 O V1 C2
Aplicação do conteúdo
R1
1. Uma lente côncavo-convexa tem raios de 40 cm e 20 cm,
R2
respectivamente, e índice da refração igual a 2. Se a lente
n1
estiver imersa no ar, determine:
a) a distância focal;
b) a convergência (em dioptrias);
4. Fórmula dos c) a posição da imagem de um objeto colocado a 30
cm da lente.
fabricantes de lentes Resolução:
A equação de Edmond Halley relaciona os elementos geo- a) A lente é côncavo-convexa (Rcôncava > Rconvexa).
métricos de uma lente esférica de acordo com as conven- Dados: R1 = – 40 cm (côncava), R2 = 20 cm (convexa),
ções de sinais estabelecidos anteriormente. Essa equação n2 = 2, n1 = 1
( ) (
é utilizada pelos fabricantes de lentes para determinar a n
distância focal das lentes (equação dos fabricantes). 1 = __
__
f
1 + __
n2 – 1 ⋅ __
1 R1 R2 )
1 ⇒
( ) (
1 = __
__
f
n
1 + __
n2 – 1 ⋅ __
R1 R2 )
1
⇒ __
f ( ) (
1 = __
2 – 1 ⋅ – ___
1
1 + ___
40 20 )
1
1
1 = – ___
⇒ __ 1 + ___
1 ⇒ f = 40 cm
f 40 20
b) Colocando a distância focal em metros:
Na equação, tem-se:
f = 40 cm = 0,4 m.
§ f: distância focal da lente; Então:
§ n1: índice de refração do meio exterior; 1 ⇒ C = ___
C = __ 1 ⇒ C = 2,5 di
f 0,4
§ n2: índice de refração da lente; c) A distância do objeto é 30 cm, então,
p = 30 cm. Assim:
§ R1 e R2: raios de curvatura das faces.
1 = __
__ 1 + __
1 ⇒ ___ 1 = ___
1 + __
1 ⇒ ___
1 – ___
1 ⇒
No caso de uma das faces da lente ser plana, o valor de R f p p’ 40 30 p’ 40 30
é muito grande (R tende ao infinito), ou seja: ⇒ __ 3 – 4 ⇒ p’ = –120 cm
1 = ____
p’ 120
1 = 0
R2 → ∞ ⇒ __
R2
Assim, a equação dos fabricantes é simplificada (apenas
um termo para a face curva):
( ) ( ( )
n n
1 = __
__
f 1
1 + __
n2 – 1 ⋅ __
R 1
R 2)
1 ⇒ __
1 = __
f 1
1
n2 – 1 ⋅ __
R1
52
5. Associação de
lentes esféricas
Nos sistemas ópticos, a luz emergente de uma lente incide
sobre outra lente. Dessa forma, o sistema é uma associação
de duas lentes. Essas associações de lentes são utilizadas
em microscópios ópticos, telescópios e outros aparelhos
destinados a aumentar a capacidade visual. Resolução:
Observe na figura a seguir que, em ambos os casos, a ima- Inicialmente, determina-se a posição da imagem formada
gem A’B’ produzida pela lente L1, do objeto AB, comporta- pela lente I.
-se como um objeto para a lente L2. Assim, dependendo do
tipo de lentes associadas, a imagem final A”B” é maior ou
menor do que o objeto inicial.
1 = __
__ 1 + __ 1 ⇒ ___ 1 = ___
1 + __
1 ⇒
f p1 p’1 10 20 p’1
1 = ___
⇒ __ 1 – ___
1 ⇒ __ 1 = ____
2 – 1 ⇒ p’1 = 20 cm
1.º caso: associação convergente-convergente p’1 10 20 p’1 20
A distância entre as lentes é de 60 cm, então, a distância d
da imagem i1 à lente II é:
d = 60 – 20 = 40 cm
53
Resolução:
O sensor da câmera capta uma imagem real. Assim, o aumento
-1
linear transversal é A = ___
20
Das equações dadas:
f ⇒ –__
A = __ 30 ⇒ p = 630 mm
-1 = __
f – p 20 30 – p
Alternativa A
54
DIAGRAMA DE IDEIAS
LENTES ESFÉRICAS
EQUAÇÕES
ESTUDO ANALÍTICO
DE GAUSS
• REAL f>0
OBJETO
• VIRTUAL f<0
i<0
PARA UMA ÚNICA LENTE
• REAL INVERTIDA p’ > 0
IMAGEM PARA UMA ÚNICA LENTE
• VIRTUAL DIREITA p’ < 0
i>0
55
A pupila, um diafragma regulável, e o cristalino, uma len-
AULAS 31 e 32 te convergente deformável, localizam-se atrás da córnea.
A luz penetra nos olhos através da pupila. Esse orifício se
localiza em um disco denominado íris. É a íris que determi-
na a cor dos olhos (azul, castanho, verde, etc.).
O cristalino (lente) é ligado aos músculos ciliares. Esses mús-
culos, ao se contraírem, permitem que o cristalino se deforme,
ÓPTICA DA VISÃO alterando a convergência da lente (aumenta ou diminui).
Na câmara anterior, entre a córnea e a lente, existe um lí-
quido denominado humor aquoso. Na câmara posterior,
entre a lente e a retina, existe outro líquido denominado
humor vítreo.
COMPETÊNCIAS: 1, 5 e 6 Na retina está a “mancha amarela”. No centro dessa
mancha amarela, há uma depressão da ordem de __ 1 mm
4
HABILIDADES: 1, 2, 17, 20 e 22 denominada “fóvea central”. O início do nervo óptico loca-
liza-se nessa região e, justamente nesse ponto, a retina não
apresenta receptores visuais. Então, não existem imagens
formadas nesse local (ponto cego).
normal
1. O olho humano objeto
lente
imagem
56
§ Ponto próximo – PP: distância mínima de visão ní-
tida. Nesse caso, o olho conjuga uma imagem nítida
sobre a retina com esforço máximo de acomodação. Os
músculos ciliares estão totalmente contraídos.
A distância mínima da visão nítida aumenta (visão dis-
tinta) à medida que um indivíduo envelhece. Isso se deve
ao fato de a lente ir perdendo sua flexibilidade. Além
disso, a distância de ponto próximo também varia de
pessoa para pessoa.
Para um olho normal (olho emetrope), a distância do
Ao olhar objetos próximos, o anel muscular é contraído, ponto próximo ao olho é de aproximadamente 25 cen-
diminuindo a tensão das fibras na lente. tímetros.
57
2. Defeitos da visão
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Os principais defeitos da visão são: miopia, hipermetropia,
© Bublyk Tamara/Shutterstock
presbiopia, astigmatismo e estrabismo.
2.1. Miopia
O olho míope é mais alongado do que o olho normal,
o que causa a convergência dos raios luminosos em uma
posição anterior à posição da retina. Assim, a imagem de Visão de uma pessoa com miopia
objetos distantes é formada antes da retina, e uma pessoa
Como o olho míope não consegue observar objetos dis-
com miopia não enxerga distintamente (nitidamente) ob-
tantes, afirma-se que o seu ponto remoto PR não é infi-
jetos distantes. Entretanto, para objetos próximos, a nitidez
nito, ou seja, é um valor finito. Desse modo, a miopia é
da imagem é perfeita.
corrigida ao se utilizar uma lente divergente que traz a
Por não se tratar de um defeito na lente, a acomodação imagem de um objeto localizado no infinito para o ponto
visual é realizada normalmente. O ponto próximo passa a remoto da pessoa, formando uma imagem virtual. Apli-
ocupar uma distância menor que 25 cm. cando a equação de Gauss para lentes esféricas, tem-se:
A correção da miopia é realizada por meio de lentes 1 = __
__ 1 + __ 1
divergentes. f p p’
1 = __
__ 1 + ___ 1
f ∞ –PR
1 = 0 + ____
__ 1
f –PR
1 = ___
V = __ 1
f –PR
58
é capaz de diminuir a distância focal e “trazer” a imagem córnea possui uma curva muito baixa, ou seja, uma baixa ver-
sobre a retina. Com o máximo esforço de acomodação, o gência. Por isso, associa-se ao olho uma lente convergente.
ponto próximo está além dos 25 cm.
A correção de hipermetropia é realizada por meio de
lentes convergentes.
2.4. Astigmatismo
O astigmatismo ocorre devido à imperfeição da simetria do
sistema óptico em torno do eixo óptico. Tanto imperfeições
na curvatura da córnea quanto da lente podem causar esse
problema da visão.
Visão de uma pessoa com hipermetropia A correção do astigmatismo é realizada por meio de len-
Como o olho hipermetrope não consegue observar objetos tes cilíndricas, de modo que o raio de curvatura compen-
próximos, afirma-se que o seu ponto próximo PP é um valor se a deficiência do diâmetro da córnea.
maior que 0,25 m. Desse modo, a hipermetropia é corrigida
© Rawpixel/Shutterstock
1 = __
__ 1 + __
1
f p p’
1 = ____
__ 1 + ____
1
f 0,25 -PP
59
2.5. Estrabismo a) 4 ∙ 10-3 mm
b) 5 ∙ 10-3 mm
O estrabismo é causado pela impossibilidade de as retas c) 4 ∙ 10-2 mm
visuais de ambos os olhos terem a mesma direção, simul- d) 5 ∙ 10-4 mm
taneamente, sobre o ponto visado. e) 2 ∙ 10-4 mm
A correção do estrabismo é realizada por meio de lentes Resolução:
prismáticas. Essa lentes desviam os raios luminosos pro-
Por semelhança de triângulos:
venientes dos objetos fazendo com que as imagens fiquem p’
__ i i 20 mm 6 mm ∙ 20 mm
sobre as linhas visuais dos dois olhos. = __
⇒ ____
= ________ ⇒ i = ___________
[ i = 4 ∙ 10-2 mm
o p 6 mm 3000 mm 3000 mm
Alternativa C
3. A miopia é um problema de visão. Quem tem esse
problema, enxerga melhor de perto, mas tem dificulda-
de de enxergar qualquer coisa que esteja distante. Três
alunos, todos eles totalmente contrários ao bullying,
fizeram afirmações sobre o problema da miopia:
60
Esse tipo de problema é característico do problema de vi- De acordo com o texto, a miopia causada por essa doença
são denominado hipermetropia. Para correção do problma, deve-se ao fato de, ao tornar-se mais intumescido, o crista-
é necessária uma lente convergente. lino ter sua distância focal:
a) aumentada e torna-se mais divergente;
Como é dado que a vergência da lente a ser usada é de 2
b) reduzida e torna-se mais divergente;
dioptrias, tem-se que:
c) aumentada e torna-se mais convergente;
1 [ m-1]
V = __
f d) aumentada e torna-se mais refringente;
1
2 = __ e) reduzida e torna-se mais convergente.
f
f = 50 cm Resolução:
( )
diabetes não controlado pode apresentar está a cata-
rata, ou seja, a perda da transparência do cristalino, a 1 = (nrel – 1) __
__ 1
1 + __ 1 ⇒ __ 1 = (nrel – 1) __ 2 ⇒ f = ________ R
f R R f R 2(nrel – 1)
lente do olho. Em situações de hiperglicemia, o crista-
lino absorve água, fica intumescido e tem seu raio de A distância focal é diretamente proporcional ao raio de
curvatura diminuído (figura 1), o que provoca miopia curvatura. Assim, se o raio de curvatura diminui, o cristalino
no paciente. À medida que a taxa de açúcar no sangue tem sua distância focal reduzida.
retorna aos níveis normais, o cristalino perde parte do
excesso de água e volta ao tamanho original (figura 2). Da equação da vergência, V = __ 1 , a vergência é inversa-
f
A repetição dessa situação altera as fibras da estrutura mente proporcional à distância focal. Então, se a distância
do cristalino, provocando sua opacificação.
focal é reduzida, o cristalino torna-se mais convergente.
(www.revistavigor.com.br. Adaptado.)
Alternativa E
61
ÁREAS DO CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 22
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em
processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
A Habilidade 22 exige que o aluno compreenda como ocorre a interação da luz, um tipo de radiação eletro-
magnética, com a matéria. Essa habilidade pode ser inserida, por exemplo, dentro do contexto da óptica da
visão, comparando o funcionamento do olho humano com uma câmara escura, por exemplo; para isso, o aluno
deve compreender princípios básicos da óptica geométrica.
Assim, o estudante deve conhecer as diferentes doenças ligadas à visão: miopia, hipermetropia, astigmatismo
e presbiopia, além das correções para cada uma dessas doenças.
MODELO 1
(Enem) Entre os anos de 1028 e 1038, Alhazen (lbn al-Haytham, 965-1040 d.C.) escreveu sua principal obra,
o Livro da Óptica, que, com base em experimentos, explicava o funcionamento da visão e outros aspectos da
óptica, por exemplo, o funcionamento da câmara escura. O livro foi traduzido e incorporado aos conhecimentos
científicos ocidentais pelos europeus. Na figura, retirada dessa obra, é representada a imagem invertida de
edificações em tecido utilizado como anteparo.
Se fizermos uma analogia entre a ilustração e o olho humano, o tecido corresponde ao(à):
a) íris;
b) retina;
c) pupila;
d) córnea;
e) cristalino.
ANÁLISE EXPOSITIVA
Exercício de rápida resolução que cobra do aluno a capacidade de relacionar diferentes temas dentro da
óptica geométrica.
A estrutura do olho análoga à imagem invertida utilizada na figura é a retina. Quando a imagem é forma-
da na retina, ela é reduzida e invertida. Ao chegar ao córtex cerebral, ela é processada.
RESPOSTA Alternativa B
62
MODELO 2
(Enem) O avanço tecnológico da medicina propicia o desenvolvimento de tratamento para diversas doenças,
como as relacionadas à visão. As correções que utilizam laser para o tratamento da miopia são consideradas
seguras até doze dioptrias, dependendo da espessura e curvatura da córnea. Para valores de dioptria superiores
a esse, o implante de lentes intraoculares é mais indicado. Essas lentes, conhecidas como lentes fácicas (LF)
são implantadas junto à córnea, antecedendo o cristalino (C), sem que esse precise ser removido, formando a
imagem correta sobre a retina (R).
O comportamento de um feixe de luz incidindo no olho que possui um implante de lentes fácicas para correção
do problema de visão apresentado é esquematizado por:
a) d)
b) e)
c)
ANÁLISE EXPOSITIVA
Exercício também de rápida resolução que relaciona como a física é aplicada junto com a biologia dentro
do olho humano.
No olho míope, a imagem de um objeto distante forma-se antes da retina. A função da lente é tornar o
feixe incidente mais largo (divergente) para que, após atravessar o cristalino, o feixe convergente tenha
vértice sobre a retina.
RESPOSTA Alternativa B
63
DIAGRAMA DE IDEIAS
OLHO HUMANO
AMETROPIAS
• MIOPIA LENTE DIVERGENTE
• HIPERMETROPIA LENTE CONVERGENTE
• ASTIGMATISMO SENSOR NA VISÃO
64
§ diafragma ou abertura: sistema regulador da quan-
AULAS 33 e 34 tidade de luz que entra na máquina fotográfica;
65
§ Espelho côncavo: reflete parte da luz de uma lâmpa- 1 = __
__ 1 + __
1 ⇒ ___ 1 = __
1 + ___
1 ⇒ __
1p = 5 – ___
1 ⇒
f p p’ 0,2 p 10 10
da colocada sobre o foco do espelho para um sistema
49
1 = ___
__ 10
___
de lentes. p 10 ⇒ p = 49 m
§ Fonte de luz: lâmpada de alta potência.
lente convergente
(objetiva)
2.1. Lupa ou lente de aumento
espelho esférico
côncavo A lupa (ou lente de aumento) é uma lente convergente e
possui distância focal pequena. A imagem formada é virtu-
al, direita e maior do que o objeto.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Óptica - Aula 11 - Instrumentos Ópticos Lupa
Aplicação do conteúdo
1. A distância focal de um projetor cinematográfico é de
20 cm. Uma tela está a 10 m de distância do projetor. A
qual distância da lente o objeto (slide) deve ser coloca-
do para se obter uma projeção nítida?
Resolução:
Dados: f = 20 cm = 0,2 m; p’ = 10 m. A imagem formada pela lupa: virtual, direita e maior do que o objeto.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Óculos, Lunetas, Telescópios,
Microscópios, Projetores e Lupas
66
2.2. Microscópio composto como cometas, planetas e estrelas. O sistema óptico é com-
posto por duas lentes convergentes: lente objetiva e lente
O microscópio composto, diferentemente da lupa, fornece ocular. A lente objetiva, por sua vez, possui distância focal
um aumento muito grande. Por isso, sua utilização é necessá- da ordem de alguns metros.
ria para visualizar objetos de dimensões bastante pequenas.
A figura a seguir representa a associação de lentes de uma
O sistema óptico do microscópio composto é formado por
luneta. A imagem i do objeto forma-se no plano focal da
duas lentes convergentes associadas sobre o mesmo eixo
objetiva, entre o foco objeto e o centro óptico da ocular,
principal (coaxialmente). Uma delas, denominada objetiva,
pois o objeto está em uma posição muito distante da lente.
tem distância focal pequena (da ordem de milímetros) e é
utilizada próximo ao objeto. A segunda lente, denominada A lente ocular forma a imagem final (i2) utilizando a ima-
ocular, é utilizada para a observação da imagem e funciona gem da lente objetiva como objeto. A imagem final é virtu-
como uma lupa. A imagem final formada é virtual, invertida al, invertida e maior do que o objeto.
e maior do que o objeto.
foc fob
Microscópio composto
2.2.1 Luneta
A luneta amplia a imagem dos objetos de modo semelhan-
te ao microscópio composto. Entretanto, é utilizada para
a observação de objetos localizados a grandes distâncias,
67
Determine:
a) a posição da imagem;
b) o tamanho da imagem;
c) o aumento linear transversal.
Resolução:
Dados: f = 8 cm, o = 6 cm, p = 2 cm.
multimídia: vídeo a) A partir da equação de Gauss, a posição da imagem é:
Fonte: Youtube
TELESCÓPIO HUBBLE - A ÚLTIMA MISSÃO ... 1 = __
__ 1 + __
1 ⇒ __
1 = __
1 + __
1 ⇒ __
1 = __
1 – __ 8
1 ⇒ p’ = – __
f p p’ 8 2 p’ p’ 8 2 3
cm
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Energia Mecânica - Sistema Dissipativo de Energia
Uma câmera Imax 3D acompanha os esforços de sete
a) Cálculo da distância da primeira imagem (p1):
astronautas, enquanto eles tentam consertar o telescó-
pio espacial Hubble. 1 = __
__ 1 + ___
1 ⇒ __
1 = ___
1 + ___
1 ⇒ p’1 = 168 mm
fob p1 p’1 8 8,4 p’1
b) Tamanho da primeira imagem (i1):
Aplicação do conteúdo __ i p’1 __
o1 = – ___
i1 168
___
p1 ⇒ 2 = – 8,4 ⇒ i1 = – 40 mm
1. Um observador, a 5 cm do centro óptico de uma lupa, c) Cálculo da distância da imagem final (p’2):
cuja distância focal é de 8 cm, observa um objeto, com
6 cm de altura, colocado a 2 cm da lupa. p2 = d – p’1 = 180 – 168 = 12 mm
68
1 = __
__ 1 + ___
1 ⇒ ___
1 = ___
1 + ___
1 ⇒ p’2 = –36 mm 4. (Unesp) A figura a seguir mostra um objeto AB, uma
foc p2 p’2 18 12 p’2 lente convergente L, sendo utilizada como lupa (lente
de aumento), e as posições de seus focos F e F’.
d) Cálculo do tamanho da imagem final (i2):
a) 6,0.
b) 7,0.
c) 8,0.
d) 9,0.
e) 10,0.
Resolução: b) Virtual, pois a imagem está do mesmo lado que o
objeto em relação ao espelho.
Por semelhança de triângulos, tem-se:
di = __ i
__ di
i = o ∙ __
do o do
sendo:
di = distância da imagem
do = distância do objeto
i = tamanho da imagem
multimídia: site
o = tamanho do objeto
efisica.if.usp.br/otica/basico/instrumentos/
Então: mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/os-instrumentos-
0,8 cm -opticos.htm
i = 3 m ∙ ______
=
0,6 cm = 6 mm www.coladaweb.com/fisica/optica/instrumentos-opticos
4m
alunosonline.uol.com.br/fisica/instrumentos-opticos.html
Alternativa A
69
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
A utilização de instrumentos ópticos é muito presente no cotidiano. Os óculos, por exemplo, que datam do século I,
foram criados para corrigir problemas de visão. Existem também as lentes de contato, a máquina fotográfica, criada pelo
francês Joseph Nicérphore Niépce (1765-1833) no ano de 1826, o telescópio, criado pelo neerlandês Hans Lippershey
em 1608, que também inventou o binóculo, aperfeiçoado depois por Galileu, entre muitos outros intrumentos.
Satélites com potentes telescópios varrem não só o espaço fora da Terra, como a própria superfície da Terra.
70
ÁREAS DO CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 17
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas
ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou
linguagem simbólica.
A matemática é uma forma de linguagem das ciências da natureza e é uma ferramenta para cientistas descre-
verem e explicarem fenômenos físicos.
MODELO 1
(Enem) A aquisição de um telescópio deve levar em consideração diversos fatores, entre os quais estão o
aumento angular, a resolução ou o poder de separação e a magnitude limite. O aumento angular informa
quantas vezes mais próximo de nós percebemos o objeto observado e é calculado como sendo a razão entre
as distâncias focais da objetiva (F1) e da ocular (F2). A resolução do telescópio (P) informa o menor ângulo que
deve existir entre dois pontos observados para que seja possível distingui-los. A magnitude limite (M) indica
o menor brilho que um telescópio pode captar. Os valores numéricos de P e M pelas expressões: P = ___ 12
e M
D
= 7,1 + 5(lod D), em que D é o valor numérico do diâmetro da objetiva do telescópio, expresso em centímetro.
Disponível em: www.telescopiosastronomicos.com.br. Acesso em: 13 maio 2013 (adaptado).
Ao realizar a observação de um planeta distante e de luminosidade, não se obteve uma imagem nítida. Para
melhorar a qualidade dessa observação, os valores de D, F1 e F2 devem ser, respectivamente:
a) aumentado, aumentado e diminuído;
b) aumentado, diminuído e aumentado;
c) aumentado, diminuído e diminuído;
d) diminuído, aumentado e aumentado;
e) diminuído, aumentado e diminuído.
ANÁLISE EXPOSITIVA
Exercício que exige do estudante saber aplicar os conhecimento de instrumentos ópticos, constituídos por lentes
esféricas, e uma relação matemática apresentada pela banca. Para a resolução, o aluno precisará saber manobrar
nessas equações para achar a relação entre os focos.
De acordo com as expressões de P e M, deve-se aumentar o valor de D, de modo a diminuirmos o menor ângulo
necessário e aumentarmos a magnitude limite. E como o aumento angular é dado por F1/F2, deve-se aumentar
F1 e diminuir F2.
RESPOSTA Alternativa A
71
DIAGRAMA DE IDEIAS
INSTRUMENTOS
ÓPTICOS
IMAGEM REAL,
PROJETOR
INVERTIDA E MAIOR
LENTES OBJETIVA
LUNETA
E OCULAR
FOB
AN =
FOC
ASSOCIAÇÃO
TELESCÓPIO
DE ESPELHOS
72
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
A prova exige interpretação de circuitos elétricos, A prova exige interpretação de circuitos A prova exige interpretação de circuitos
compreendendo a função do gerador e receptor, elétricos, compreendendo a função do elétricos, com atenção à função do gerador
com atenção aos conceitos fundamentais de gerador e resistor, com atenção aos con- nesses circuitos e dos conceitos fundamentais
potência elétrica dissipada. ceitos fundamentais de potência elétrica de potência elétrica dissipada, relacionando
dissipada. com outros temas da Física.
A prova exige atenção aos conceitos Dentre os temas abordados neste livro, A prova tem uma grande variação de te- Dentre os temas abordados neste livro,
fundamentais de potência elétrica dissipada gerador associado com potência elétrica é o mas, mas, eventualmente, podem aparecer gerador associado com potência elétrica é o
em um circuito, interpretando a função do assunto mais frequente, exigindo aplicações geradores e potência elétrica dissipada em assunto mais frequente, exigindo aplicações
gerador no circuito, relacionado com outros das equações. questões bem objetivas. das equações.
temas da Física.
UFMG
A prova tem uma grande variação de A prova apresenta questões conceituais e A prova é bem objetiva e não há predominân-
temas, porém geradores elétricos e potência práticas que abordam conceitos fundamen- cia de temas. Eventualmente, podem aparecer
elétrica aparecem com alguma frequência, em tais de circuitos elétricos, com geradores geradores associados com potência elétrica.
questões teóricas e que exigem manipulações elétricos e potência dissipada.
de equações.
A prova apresenta questões conceituais e A prova tem uma grande variação de temas, Há uma grande incidência de associação de
práticas que abordam conceitos fundamentais porém, pode aparecer gerador com potência resistores, que relaciona geradores elétricos
de circuitos elétricos, geradores elétricos e elétrica, associando com outros temas da com potência elétrica, em questões objetivas.
potência dissipada. Física.
ELETRODINÂMICA
75
AULAS 27 e 28 2. Curva característica
de um gerador
A fem e a resistência interna r são constantes em um
gerador elétrico. Assim, a equação do gerador, no plano
U x i, é representada por um segmento de reta decrescen-
ESTUDO E ASSOCIAÇÃO te, como mostra a figura a seguir (observe que a equação
do gerador é uma função do 1.º grau de U em relação a i).
DE GERADORES
COMPETÊNCIAS: 2, 5 e 6
a
HABILIDADES: 5, 6, 7, 17 e 22
O ponto em que o gráfico intercepta o eixo das ordenadas
é justamente o valor da fem, pois, nesse caso, o circuito está
aberto, isto é, i = 0 e, portanto, U = «. Por outro lado, o ponto
em que o gráfico corta o eixo das abscissas é o valor da corren-
1. Corrente de curto-circuito te de curto-circuito. Nesse caso, U = 0; então i = icc.
em um gerador A inclinação da reta (ou a declividade) é numericamente
igual à resistência interna r do gerador:
Caso um fio de resistência elétrica muito baixa (desprezível)
seja ligado entre os terminais de um gerador elétrico, ocorrerá tg a = N __
« ⇒ tg a = N r
icc
um curto-circuito. As figuras a seguir ilustram essa ligação.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Aula 06 - Física II - Geradores, receptores e potência
76
A área destacada no gráfico, terminada por um valor de i, é Substituindo i pelos valores da tabela, obtém-se:
igual à potência útil Pu fornecida ao circuito externo.
i (A) 0 1 2 3 4 5
A potência também pode ser obtida a partir da equação do
gerador. Lembre-se de que a potência é o produto da ddp U (V) 10 8 6 4 2 0
Pu max
a) a fem;
b) a resistência interna;
c) a ddp entre seus terminais para i = 3 A;
d) a intensidade da corrente de curto-circuito;
e) a potência elétrica fornecida para i = 2 A.
i
Resolução:
Aplicação do conteúdo 35 = « – r · 0
77
e) Para i = 2 A, segue:
Pu = U · i
Pu = (« – ri) i
Pu = (35 – 7 · 2) · 2
Pu = 42 W
A B
78
4.2. Associação em paralelo
Na associação em paralelo de geradores elétricos, os polos positivos dos geradores são ligados no mesmo ponto do circuito; o
mesmo procedimento é realizado com os polos negativos (obviamente em um ponto diferente, senão ocorrerá um curto-circuito).
Esse tipo de associação só é conveniente quando os geradores têm forças eletromotrizes iguais. Caso contrário, haverá
desperdício de energia.
A associação em paralelo de geradores também aumenta a potência elétrica fornecida ao circuito. Entretanto, o aumento é
causado pela diminuição da resistência interna equivalente da associação.
+ -
A B
+ -
__ 1 __ 1 __ 1 __1
r p = r 1 + r 2 + ... + r n
L Ch
Todavia, se a resistência interna de cada gerador for igual a
A ddp entre A e B é 4,5 V e 4,0 V quando a chave Ch está
r, a resistência equivalente de n geradores será:
aberta e fechada, respectivamente. Calcule:
a) a fem de cada pilha;
__ 1 __1 __1 __1 1 __n
__ __r
r p = r + r + ... + r ⇒ rp = r ⇒ rp = n b) a intensidade de corrente no circuito com a chave fechada;
c) a resistência interna de cada pilha.
79
Resolução: Resolução:
a) Com a chave Ch aberta, tem-se: a) A fem e a resistência equivalente da associação
i = 0 e UAB = «S = 3.«. em série são:
Assim: UAB = 3« ⇒ 4,5 V = 3 « ⇒ « = 1,5 V
b) Com a chave Ch fechada, tem-se: «s = 1,5 + 1,5 ⇒ «s = 3 V
UAB = RLi ⇒ 4 = 10i ⇒ i = 0,40 A
c) A partir da equação do gerador, para o circuito com rs = 0,5 + 0,5 = 1 V
a chave fechada, tem-se:
Aplicando a Lei de Pouillet, calcula-se a intensidade da cor-
UAB = «S – rSi ⇒ UAB = 3 « – 3 ri
rente i1:
4 = 3 · 1,5 – 3r · 0,4 ⇒
⇒ 4 = 4,5 – 1,2r ⇒ «s = (R + rs)i ⇒ 3 = (2 + 1)i, ⇒ i1 = 1 A
5 V
⇒ r = ___ b) A fem e a resistência equivalente da associação em
12
paralelo são, respectivamente:
2. Duas pilhas iguais de fem « = 1,5 V e resistência in-
0,5
terna r = 0,5 V são associadas de modos diferentes e r = ___
«p = 1,5V e rp = __ = 0,25 V
ligadas a um resistor de 2 V, conforme as figuras. Cal- 2 2
cule a intensidade da corrente no resistor em cada uma
das associações. Aplicando a Lei de Pouillet, obtém-se:
a) «p = (R + rs) i2 ⇒ 1,5 = (2 + 0,25)i ⇒
⇒ i = 0,67 A
b)
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
G1 - Confira dica de física sobre geradores elétricos
80
VIVENCIANDO
As associações de geradores são muito utilizadas no cotidiano, seja em brinquedos, seja em controles remotos de
televisores. Dependendo do aparelho, esses equipamentos utilizarão pilhas ou baterias associadas em série ou em
paralelo, de acordo com a necessidade.
Para aumentar a tensão, são utilizadas pilhas em série. É possível até mesmo ligar um aparelho que funciona com
tensão de 110 V; para isso, devem ser conectadas em série 73 pilhas de 1,5 V cada uma.
Para aumentar a corrente elétrica, as pilhas devem ser associadas em paralelo; desse modo, no entanto, não ocorre
aumento da tensão. Na associação em paralelo, a resistência interna do gerador equivalente é menor do que quando
os mesmos geradores são associados em série.
81
ÁREAS DO CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 6
Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos ou sistemas
tecnológicos de uso comum.
A Habilidade 6 exige que o estudante compreenda manuais de instalação de aparelhos elétricos de uso co-
mum. A partir disso, ele deve saber relacionar circuito e fonte de tensão, sabendo reconhecer as diferentes as-
sociações possíveis e suas consequências. Assim, é dever do estudante compreender como ocorre a associação
de geradores e suas particularidades.
MODELO 1
(Enem) Em um laboratório, são apresentados aos alunos uma lâmpada, com especificações técnicas de 6 V e
12 W e um conjunto de 4 pilhas de 1,5 V cada.
Qual associação de geradores faz com que a lâmpada produza maior brilho?
a) d)
b) e)
c)
ANÁLISE EXPOSITIVA
A lâmpada produzirá maior brilho para a associação que produzir a maior potência; como a potência é
proporcional à tensão, o circuito com maior tensão elétrica equivalente proverá o maior brilho.
Tensão equivalente para os circuitos:
[A]: VA = (1,5//1,5//1,5) + 1,5 ⇒ VA = 3 V
[B]: VB = (1,5 + 1,5)//(1,5 + 1,5) ⇒ VB = 3 V
[C]: VC = 1,5 + 1,5 + 1,5 + 1,5 ⇒ VC = 6 V
[D]: VD = (1,5//1,5) + (1,5//1,5) ⇒ VD = 3 V
[E]: VE = 1,5//1,5//1,5 ⇒ VE = 1,5 V
RESPOSTA Alternativa C
82
DIAGRAMA DE IDEIAS
GERADORES
FORÇA
FONTES DE TENSÃO ASSOCIAÇÃO
ELETROMOTRIZ
SÉRIE PARALELO
IDEAL r=0
CORRENTE DE
POTÊNCIA
CURTO-CIRCUITO
RENDIMENTO
83
Os condutores elétricos do receptor também possuem uma
AULAS 29 e 30 determinada resistência elétrica denominada resistência
interna r’. Assim, também ocorre a dissipação de energia
elétrica pelo efeito Joule. A queda de potencial associada é
dada pelo produto r’ · i.
Queda de potencial devido à resistência interna = r’ · i
i i
− +
«’ r’
fig.2
84
O ponto de interseção da reta com o eixo da tensão total U
(eixo das ordenadas) é a fcem («). A inclinação da reta é rela-
3. Circuitos elétricos
cionada com a resistência interna r’. Essa relação é dada por. com receptor
N
r’ = tg a O circuito elétrico da figura a seguir é formado apenas por
Ou seja, a resistência interna é numericamente igual à tan- gerador e um receptor. O gerador deverá ter uma fem sufi-
gente do ângulo de inclinação da reta. ciente para compensar as perdas de tensão dissipadas nas
duas resistências internas, r e r’.
A variação do potencial elétrico no receptor é representada
pela figura a seguir.
Aplicação do conteúdo
1. Um liquidificador é ligado a uma tomada de tensão § parâmetros do gerador: « e r;
127 V. O motor do liquidificador puxou da rede uma cor-
rente elétrica de intensidade 2,0 A. Sendo de 13,5 V a § parâmetros do receptor: «’ e r’.
resistência do motor, qual o valor da fcem («’)?
São válidas as equações vistas para o gerador e para o
Resolução: receptor:
⇒ « – «’ = r · i + r’ · i ⇒
⇒ « – «’ = (r + r’) · i
Ou ainda:
« = «’ + (r + r’) · i
multimídia: vídeo
Essa equação fornece a tensão total do gerador, isto é, sua
Fonte: Youtube fem compensa as perdas causadas pelas duas resistências
Receptores Elétricos - Eletrodinâmica internas.
- Física | Euduca
Caso o circuito tenha alguma resistência, a equação de
Pouillet na forma completa, em que R representa a resis-
A tensão de 127 V é a tensão total que o liquidificador rece- tência equivalente do circuito, leva em conta essa perda
be da rede elétrica. Entretanto, para girar o eixo do motor, fo- adicional:
ram utilizados apenas 100 V, pois 27 V foram dissipados nos
seus condutores internos (em razão da resistência interna). « – «’ = (R + r + r’) · i
85
Observe que a ddp nos terminais do gerador e do receptor
não é igual. Isso acontece porque existem potência e resis-
tências adicionais no circuito.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Como fazer um gerador de energia
com imã em casa multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Telecurso – Ensino Médio – Física – Aula 42
Aplicação do conteúdo
1. O gerador do circuito elétrico da figura a seguir tem os
seguintes parâmetros: « = 44 V e r = 1,5 V. Os parâmetros
do receptor, nesse circuito, são: «’ = 28 V e r’ = 1,5 V. As
resistências dos resistores são: R1 = 2,0 V e R2 = 3,0 V.
4. Potência
Determine: Observe na figura a seguir o balanço energético do receptor,
tanto em termos de energia quanto em termos de potência:
« «´
Observe que as resistências internas já foram consideradas O rendimento elétrico de um receptor é o quociente entre a
no valor de Req. Assim, a corrente elétrica é: potência elétrica fornecida pelo receptor (potência útil Pu) e a
potência elétrica recebida (potência total Pt). Assim:
44 = 28 + 8,0 · i ⇒ 44 – 28 = 8,0 · i
P
h = __
u ⇒ h = ___
«‘i ⇒ h = __
«‘
16 ⇒ i = 2,0 A
⇒ 16 = 8,0 · i ⇒ i = ___ Pt U’i U’
8,0
b) Nos terminais do gerador, a ddp é dada por: Se não houver resistência interna, ou seja, se r’ = 0 (recep-
U = « – r · i ⇒ U = 44 – 1,5 · 2,0 ⇒ U = 41 V tor ideal), o rendimento será máximo: h = 1 ou h = 100%.
c) Nos terminais do receptor, a ddp é dada por: Na prática, sempre existe uma resistência interna; assim, é
U = «’ + r’ · i ⇒ U = 28 + 1,5 · 2,0 ⇒ U’ = 31 V impossível atingir o rendimento de 100%.
86
No caso em que «’ = 0 V, por exemplo, se as hélices de um
Aplicação do conteúdo ventilador forem travadas, a potência total será integralmen-
1. A curva característica de um receptor é mostrada na
te transformada em potência dissipada, e o receptor vai se
figura a seguir. A partir dos dados da figura, calcule: comportar como um resistor de resistência r’. Em tal situa-
ção, a corrente elétrica tende a subir, e, consequentemente,
o valor da potência dissipada também subirá, o que pode
causar a queima do aparelho e a ocorrência de incêndios.
a) a fcem do receptor;
multimídia: site
b) a resistência interna do receptor;
c) a ddp entre seus terminais para i = 3 A.
www.coladaweb.com/fisica/eletricidade/receptores-
Resolução: -eletricos
a) Para i = 0 ⇒ U’ = «’ ⇒ «’ = 50 V
b) A resistência interna é dada por tg a = r’. Assim: www.educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/receptores-
eletricos-ventiladores-liquidificadores-e-batedeiras.htm
60 – 50
r’ = ______ ⇒ r’ = 5V
2–0
c) A ddp é obtida pela equação do receptor:
U’ = «’ + r’i ⇒ U’ = 50 + 5i ⇒ U’ = 50 + 5 · 3
⇒ U’ = 65 V
VIVENCIANDO
Aparelhos eletrônicos que são receptores elétricos estão por toda parte: smartphones, geladeiras, ventiladores, televi-
sores, etc. A vida moderna foi drasticamente alterada e moldada por esses aparelhos. Os indivíduos são iniciados cada
vez mais cedo no uso desses aparelhos. É mais provável uma criança de 3 anos ter mais intimidade com smartphones
do que adultos com mais de 40 anos.
87
Como no caso da revolução feminina, em que uma simples máquina de lavar roupa foi capaz de mudar a percepção
que as mulheres tinham sobre si mesmas, libertando-as de trabalhos que eram relacionados com o gênero feminino.
DIAGRAMA DE IDEIAS
RECEPTORES
CIRCUITOS
POTÊNCIA
ELÉTRICOS
LEI DE
TOTAL ÚTIL DISSIPADA
POUILLET
RENDIMENTO
88
AULAS 31 e 32
89
multimídia: vídeo
Gráfico da carga em função da ddp
Fonte: Youtube
Capacitores e capacitância É possível observar no gráfico de carga em função da ddp
que a quantidade de carga elétrica armazenada nas placas
do capacitor é diretamente proporcional à ddp (U) entre
suas placas. Pode-se, então, definir uma constante C:
2. Carga elétrica e Q=C·U
capacitância ou
Como foi visto, as placas de um capacitor carregado apre-
Q
sentam valores opostos: +Q e –Q. Por definição, a carga C = __
U
elétrica do capacitor é o módulo Q da carga de uma das
placas; assim: Na equação:
A
C = k · «0 · __
d
Em que:
«0: é a permissividade do espaço;
90
nas medidas de capacitância os submúltiplos do farad: mi-
crofarad (mF) = 10–6 F; nanofarad (nF) = 10–9 F; picofarad
(pF) = 10–12 F.
Aplicação do conteúdo
1. Um capacitor de capacitância 2,0 nF foi conectado a multimídia: vídeo
uma bateria de 12 V até ser carregado completamente.
Determine: Fonte: Youtube
Resolução:
4. O capacitor no
a) Sendo C = 2,0 nF e U= 12 V:
circuito elétrico
Q = C · U ⇒ Q = 2,0(nF) · 12(V) ⇒ Q = 24 nC Uma vez que o capacitor é formado por duas placas me-
tálicas com material isolante entre elas, se o capacitor for
b) A capacitância não varia; portanto, para ter uma
nova carga, a ddp deve se alterar: inserido em um ramo de um circuito elétrico, não haverá
passagem de corrente contínua nesse ramo. Na figura a
Q 60 nC ________
= 60 · 10 –9
–9
Q = C · U → U = __
= _____ → U = 30V
seguir, é possível observar que um capacitor foi inserido no
C 2,0 nF 2,0 · 10
ramo AB, o que fez com que a corrente elétrica se desviasse
pelo ramo CD.
3. Energia de um capacitor i
C D
Sabe-se que o capacitor acumula energia elétrica ao estar
R
carregado. Assim, para calcular a energia de um capacitor,
utiliza-se seu gráfico de carga (Q) · ddp(U), uma vez que i i
a área abaixo da curva é numericamente igual à energia
elétrica, representada por W. C
carga A B
Ainda que não haja passagem de corrente elétrica pelo
Q
capacitor, ele fica polarizado, isto é, uma de suas placas
metálicas fica carregada positivamente, e a outra, nega-
tivamente. Pode-se afirmar que o capacitor adquiriu certa
A
quantidade de carga elétrica Q.
91
§ retirar o ramo do capacitor; A intensidade da corrente pode ser calculada pela Lei de
Pouillet:
§ resolver o circuito, calculando as intensidades de corrente;
ε = r · i + R · i ⇒ ε = (r + R) · i
§ calcular a ddp entre os dois pontos, onde estava o ramo
do capacitor; ε ⇒ i = ________
i = ____ 12 12 ⇒ i = 3,0A
= ___
r+R 1,0 + 3,0 4,0
§ recolocar o ramo retirado e calcular a carga elétrica b) Recolocando o ramo do capacitor novamente:
do capacitor. M A
= 12 V
r = 1,0 R = 3,0 C = 5,0 nF
N B
Aplicação do conteúdo
1. Para o circuito da figura, tem-se os seguintes valores:
92
V0,5 + VR = 2 a) 100 J
V0,5 = 2 – 0,5 b) 150 J
V0,5 = 1,5 V c) 200 J
i0,5 = iR Resolução:
V0,5 VR
___ A energia em um capacitor é dada por:
= __
0,5 R Q∙U
E = ____
1,5 0,5
___ 2
= ___
0,5 R Analisando o ponto em que a tensão é 4 kV, a carga Q = 0,10 C.
0,5 ∙ 0,5 Substituindo os valores na equação, segue que:
R = _______
0,10 ∙ 4 ∙ 103
1,5 E = __________
⇒ E = 200J
2
R = __ 1 Ω Alternativa C
6
Alternativa E
4. (Ifsul) Analise as seguintes afirmativas, referentes a
um capacitor de placas planas e paralelas:
I. A capacitância do capacitor depende da carga ar-
mazenada em cada uma de suas placas em determi-
nado instante.
II. A diferença de potencial elétrico entre as placas
do capacitor depende da capacitância e da carga de
multimídia: vídeo cada placa.
III. Quando as placas do capacitor se aproximam, sem que
Fonte: Youtube outros fatores sejam alterados, a sua capacitância aumenta.
Capacitores | Capacitância e aplicações | Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
Mãozinha 112
a) I e III apenas.
b) III apenas.
3. (PUC-PR) Fibrilação ventricular é um processo de c) II e III apenas.
contração desordenada do coração que leva à falta de d) I, II e III.
circulação sanguínea no corpo, chamada parada cardior-
respiratória. O desfibrilador cardíaco é um equipamento Resolução:
que aplica um pulso de corrente elétrica através do co- εA , a ca-
ração para restabelecer o ritmo cardíaco. O equipamento I. INCORRETA. Conforme a expressão: C = ___
d
é basicamente um circuito de carga e descarga de um pacitância depende: da área das placas, da distância en-
capacitor (ou banco de capacitores). Dependendo das ca- tre elas e do dielétrico que preenche o espaço entre elas.
racterísticas da emergência, o médico controla a energia Q
II. CORRETA. A ddp no capacitor é U = __ .
elétrica armazenada no capacitor dentro de uma faixa de C
5 a 360 J. Suponha que o gráfico dado mostra a curva de III. CORRETA. Conforme a expressão: C = ___ εA , a ca-
carga de um capacitor de um desfibrilador. O equipamen- d
pacitância é inversamente proporcional à distância
to é ajustado para carregar o capacitor através de uma
entre as placas. Logo, diminuindo a distância entre
diferença de potencial de 4 kV. Qual o nível de energia
elas, a capacitância aumenta.
acumulada no capacitor que o médico ajustou?
Alternativa C
93
Q ε ∙A
C = __
e C = _____
0
U d
Em que:
C é a capacitância;
U é a diferença de potencial;
Q é a intensidade da carga elétrica (constante);
d é a distância entre as placas;
Desprezadas quaisquer resistências ao movimento do siste-
ma e considerando que as placas estão eletricamente isola- ε0 é a permissibilidade absoluta no vácuo;
das, o gráfico que melhor representa a ddp, U, no capacitor, A é a área da placas.
em função do tempo t contado a partir do lançamento é:
Igualando as duas equações e explicitando U, tem-se:
a)
Q
U = ___
d
ε0A
a t2
Para o movimento uniformemente variado (MUV): d = v 0t = __
2
Aplicando na equação anterior, fica-se com uma função qua-
b) drática entre U e t obtendo-se uma parábola com a concavi-
dade voltada para baixo, devido à aceleração negativa.
(
Q
U = ___ a t2
v0t + __)
ε0A 2
Alternativa A
c)
d)
multimídia: site
www.mundodaeletrica.com.br/como-funcionam-
os-capacitores/
Resolução:
www.mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/capacito-
As duas placas carregadas com cargas contrárias consti- res.htm
tuem um capacitor. Nele, existe uma força de atração entre www.aulasdefisica.com.br/wp-content/uplo-
as placas que são lançadas em sentido contrário, consti- ads/2011/09/Resumo-de-Capacitores.pdf
tuindo um movimento uniformemente variado. Essa força
será responsável por desacelerar cada placa até que elas
parem na máxima distância entre elas tendo a máxima di-
ferença de potencial. Em seguida, iniciam o movimento de
aproximação, diminuindo a diferença de potencial à medi-
da que se aproximam, de acordo com as equações:
94
VIVENCIANDO
Capacitores podem ser empregados em diversos circuitos. Os capacitores são encontrados em circuitos retificadores
e circuitos ressonantes, como no caso de um rádio, em que a antena capta ondas que são emitidas pelas estações
de transmissão com frequências diferentes. Como os capacitores são capazes de bloquear correntes contínuas e
alternadas de baixa frequência, eles são utilizados em alto-falantes para separar os sons agudos.
95
ÁREAS DO CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 5
Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
A Habilidade 5 se refere a circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano, dentre eles os capacitores. Nesta
aula, foi definido o que é um capacitor e qual é a sua utilidade em circuitos. A Habilidade 5 cobra justamente
que o aluno conheça os diferentes dispositivos e suas funcionalidades.
MODELO 1
(Enem) Atualmente, existem inúmeras opções de celulares com telas sensíveis ao toque (touchscreen). Para de-
cidir qual escolher, é bom conhecer as diferenças entre os principais tipos de telas sensíveis ao toque existentes
no mercado. Existem dois sistemas básicos usados para reconhecer o toque de uma pessoa:
§ O primeiro sistema consiste de um painel de vidro normal, recoberto por duas camadas afastadas por es-
paçadores. Uma camada resistente a riscos é colocada por cima de todo o conjunto. Uma corrente elétrica
passa através das duas camadas enquanto a tela está operacional. Quando um usuário toca a tela, as
duas camadas fazem contato exatamente naquele ponto. A mudança no campo elétrico é percebida, e as
coordenadas do ponto de contato são calculadas pelo computador.
§ No segundo sistema, uma camada que armazena carga elétrica é colocada no painel de vidro do monitor.
Quando um usuário toca o monitor com seu dedo, parte da carga elétrica é transferida para o usuário, de
modo que a carga na camada que a armazena diminui. Esta redução é medida nos circuitos localizados em
cada canto do monitor. Considerando as diferenças relativas de carga em cada canto, o computador calcula
exatamente onde ocorreu o toque.
Adaptado de: http://eletronicos.hsw.uol.com.br. Acesso em: 18 set. 2010.
ANÁLISE EXPOSITIVA
Dispositivos que armazenam carga elétrica são denominados capacitores ou condensadores. A carga
armazenada é descarregada num momento oportuno, como por meio do filamento de uma lâmpada de
máquina fotográfica, emitindo um flash.
RESPOSTA Alternativa E
96
DIAGRAMA DE IDEIAS
• PLANO
ARMAZENA
• CILÍNDRICO CAPACITORES
CARGA ELÉTRICA
• ESFÉRICO
ENERGIA
ARMAZENADA
97
AULAS 33 e 34 2. Capacitor equivalente
Uma associação de capacitores pode ser representada por
apenas um capacitor equivalente que se comporte com as
mesmas propriedades da associação. A capacitância do capa-
citor equivalente é denominada capacitância equivalente.
Para que haja equivalência entre o capacitor equivalente e a
ASSOCIAÇÃO DE associação, as seguintes propriedades devem ser satisfeitas:
CAPACITORES
A
U
Ceq (Q)
COMPETÊNCIAS: 2, 5 e 6
HABILIDADES: 5, 6, 7, 17 e 22
B
Capacitor equivalente
A
B
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Capacitores em paralelo
98
A Nesse tipo de associação, as placas de mesma polaridade
são ligadas entre si, isto é, as placas positivas são ligadas a
placas positivas, e as placas negativas são ligadas a placas
negativas. Assim, a carga elétrica da associação é igual à
soma das cargas elétricas parciais de cada capacitor:
C1 C2
Qeq = Q1 + Q2 + Q3 = Q
Ceq = C1 + C2 + C3
B Essa equação pode ser generalizada para n capacitores em
Três capacitores em paralelo paralelo, e, assim:
Os capacitores associados em série podem ser carregados a partir Ceq = C1 + C2 + ... + Cn
da ligação de uma bateria nos terminais A e B da associação.
A capacitância equivalente de uma associação em pa-
A
ralelo é igual à soma das capacitâncias parciais.
+
+ + +
C1 C2
-
- -
Aplicação do conteúdo
-
B
1. Calcule a capacitância equivalente da associação de
3 capacitores ligados em paralelo.
Capacitores em paralelo ligados aos terminais de uma bateria
A
A polaridade adquirida pelos capacitores é determinada
pela polaridade de ligação da bateria. As placas dos ca- 2,0 µF 5,0 µF 6,0 µF
pacitores ligadas ao polo positivo da bateria adquirem
polaridade positiva (carga positiva). As placas conectadas B
ao lado negativo da bateria adquirem polaridade negativa
(carga negativa). Resolução:
A ddp em cada capacitor é igual à ddp da bateria: Nesse caso, a capacitância equivalente é dada pela soma
das capacitâncias de cada um dos capacitores:
U = VA – VB
Ceq = C1 + C2 + C3 ⇒ Ceq = 2,0 mF + 5,0 mF + 6,0 mF
Na associação em paralelo, a ddp de todos os capa- ⇒ Ceq = 13,0 mF
citores são iguais.
99
A
9.0 V C1 C2
Resolução:
Em primeiro lugar, calcule a capacitância equivalente da Em razão da ocorrência de indução total entre as duas pla-
associação: cas, na associação em série todos os capacitores adquirem
a mesma carga elétrica Q.
Ceq = C1 + C2 = 2,0 mF + 3,0 mF ⇒ Ceq = 5,0mF
Q1 = Q2 = Q3 = Q
A A
Entretanto, as cargas não se somam e a carga da associa-
9.0 V C1 C2 Ceq ção é apenas Q.
B
B
A carga elétrica de uma associação de capacitores em
série é igual à carga Q de cada um dos capacitores.
A seguir, aplique a definição de capacitância equivalente:
Q = Ceq · U ⇒ Q = 5,0 mF · 9,0 ⇒ Q = 45,0mC
4.1. Outras propriedades da
associação em série
Em uma associação em série, a tensão em cada um dos capaci-
tores é determinada pela capacitância individual dos capacitores:
Q
Q = C · U ou U = __
C
multimídia: vídeo Assim:
Q Q Q
Fonte: Youtube U1 = __
1 U
= __
2
U3 = __
3
C1 2 C2 C3
Associação de capacitores em série
A tensão entre os terminais da associação é a soma das
tensões parciais de cada um dos capacitores:
UAB = U1 + U2 + U3
4. Associação de O capacitor equivalente deverá ter ddp igual à ddp total da
capacitores em série associação e carga igual a Q. Assim:
Na associação em série, o terminal de um capacitor é li- A
gado a outro de forma sequencial. Observe, nas figuras a
seguir, a ligação em série de capacitores:
+
Ceq (Q) U
-
C1 C2
A B
B
Associação AB de dois capacitores em série
Capacitor equivalente
C1
Q
A C2
C3 UAB = ___
Ceq
B
Associação AB de três capacitores em série Utilizando as equações de cada um dos capacitores, ob-
tém-se:
Para os capacitores serem carregados, a associação em
série deve ser ligada a uma bateria pelos terminais A e B, Q Q Q __ Q
___
= __
+ __ 1 = __
+ ⇒ ___ 1 + __
1 + __
1
como na figura. Ceq C1 C2 C3 Ceq C1 C2 C3
100
Generalizando essa equação para n capacitores associados Para determinar a capacitância equivalente de um circuito
em série, encontra-se: de associação mista de capacitores, deve-se reduzir pro-
gressivamente o circuito em combinações simplificadas de
1 = __
___ 1 = __
1 + __
1 + ... + __
1 associações em série ou em paralelo. Esse procedimento
Ceq C1 C2 C3 Cn varia de caso para caso.
Aplicação do conteúdo
1. Determine a capacitância equivalente da associação
multimídia: vídeo AB indicada na figura, adotando os seguintes valores
de capacitância: C1 = 5,5 mF; C2 = 6,5 mF; C3 = 4,0 mF:
Fonte: Youtube
C1
Capacitores em série
A B
C3
Aplicação do conteúdo C2
1 = __
1 + __
1 + __
1 ⇒ ___
1 = ______
1 1
C2
___ + ______
Ceq C1 C2 C3 ______ C 6,0 mF 12 mF
+ 1
eq
Cp = C1 + C2 = 5,5 mF + 6,5 mF ⇒ Cp = 12,0 mF
4,0 mF
2,0 1,0 3,0 6,0 1 = __
___ 1 + __
1 = _______
1 1
+ ______ 4
= _______ ⇒
= _____
+ _____
+ _____
= _____
Ceq C1 C2 12,0 mF 4,0 mF 12,0 mF
12 mF 12 mF 12 mF 12 mF
12 mF
Ceq = _____
⇒ Ceq = 3 mF
12 mF ⇒ Ceq = 2,0 mF
Ceq = ___ 4
6,0
2. Considere a associação mista de capacitores mostrada
na figura a seguir, em que C1 = 3,0 mF está em série com
5. Associação mista C2 = 6,0 mF. Essa associação, por sua vez, está em parale-
lo com C3 = 7,5 mF. Determine a capacitância equivalente
A associação mista é a ligação de capacitores, tanto em
entre os terminais A e B da associação mista.
série como em paralelo, em um mesmo circuito elétrico.
Por exemplo, um capacitor pode ser ligado em paralelo A
em uma associação em série incial. A figura a seguir ilustra
exemplos de associações mistas. C1
C3
C2
A B A B
101
Resolução: Desse modo, o capacitor equivalente terá carga de 900 mC,
assim como cada um dos capacitores associados em série:
Como C1 e C2 estão em série, deve-se calcular sua capaci-
tância equivalente Cs; assim:
Q1 = Q2 = Q = 900 mC
C + C2 C ·C
1 = __
__ 1 + __
1 ⇒ __
1 = ______
1 ⇒ Cs = ______
1 2 ⇒
Cs C1 C2 Cs C1 · C2 C1 + C2 c) A ddp em cada um dos capacitores é individual, ou
seja, cada capacitor terá sua própria ddp, e o somató-
3,0 · 6,0 18,0
Cs= ________
mF = ____
mF ⇒ Cs = 2,0 mF rio delas será igual aos 45 V da associação.
3,0 + 6,0 9,0
Um novo circuito paralelo é obtido. Desse modo, a capaci- Q1 = C1 · U ⇒ 900 mC = 60 mF · U1 ⇒
tância equivalente é: ⇒ U1 = 15 V
A Q2 = C2 · U ⇒ 900 mC = 30 mF · U2 ⇒
⇒ U2 = 30 V
Cs C3 Observe que 15 V + 30 V = 45 V (ddp da associação).
A B
C1 C2
a) a capacitância equivalente;
b) a carga de cada capacitor;
c) a ddp em cada capacitor.
Resolução:
a) A capacitância equivalente pode ser obtida pela
associação de dois capacitores em série:
C ·C
Ceq = ______
1 2 60 · 30
⇒ Ceq = _______ mF ⇒
C1 + C2 60 + 30
⇒ Ceq = 20 mF
b) A carga da associação é calculada pela capacitân-
cia equivalente:
Q = Ceq · U ⇒ Q = 20 mF · 45 V ⇒
⇒ Q = 900 mC
102
ÁREAS DO CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 5
Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
A Habilidade 5 se refere a circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano, dentre eles os capacitores. Nesta
aula, caberá ao aluno saber reconhecer e aplicar as diferentes associações entre os capacitores.
MODELO 1
(Enem) Um cosmonauta russo estava a bordo da estação espacial MIR quando um de seus rádios de comunica-
ção quebrou. Ele constatou que dois capacitores do rádio de 3 μF e 7 μF ligados em série estavam queimados.
Em função da disponibilidade, foi preciso substituir os capacitores defeituosos por um único capacitor que
cumpria a mesma função.
Qual foi a capacitância, medida em μF, do capacitor utilizado pelo cosmonauta?
a) 0,10
b) 0,50
c) 2,1
d) 10
e) 21
ANÁLISE EXPOSITIVA
Como os capacitores estavam ligados em série, a capacitância do capacitor equivalente é dada por:
CC
Ceq = _______ 3 ∙ 7
= _____
1 2 ⇒ Ceq = 2,1 μF
C1 + C2 3 + 7
RESPOSTA Alternativa C
103
DIAGRAMA DE IDEIAS
CAPACITORES
ASSOCIAÇÃO
SÉRIE PARALELO
CAPACITOR
EQUIVALENTE
CARGAS TENSÕES
IGUAIS IGUAIS
104
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológi-
H11
cos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científ-
ico-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tec-
nológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.