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Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em período integral, com aulas e Estudo
Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares.
O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos
alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades.
A seguir, apresentamos cada seção:
Coordenador-geral
Raphael de Souza Motta
editoração eletrôniCa
Felipe Lopes Santos
Letícia de Brito Ferreira
Matheus Franco da Silveira
imagenS
Freepik (https://www.freepik.com)
Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
Pixabay (https://www.pixabay.com)
ISBN: 978-85-9542-219-3
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusi-
vo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à dis-
posição para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos
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O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não repre-
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2022
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SUMÁRIO
MATEMÁTICA
ÁLGEBRA 5
AULAS 27 E 28: FUNÇÃO COMPOSTA 7
AULAS 29 E 30: FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 11
AULAS 31 E 32: EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES MODULARES 31
AULAS 33 E 34: FUNÇÕES MODULARES 38
ÁLGEBRA E TRIGONOMETRIA 49
AULAS 27 E 28: INEQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 51
AULAS 29 E 30: PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM 56
AULAS 31 E 32: FATORIAL E PERMUTAÇÕES SIMPLES E COM REPETIÇÃO 61
AULAS 33 E 34: ARRANJOS 68
GEOMETRIA ESPACIAL 75
AULAS 27 E 28: VOLUME DE PRISMAS 77
AULAS 29 E 30: PIRÂMIDES E TRONCOS DE PIRÂMIDES 84
AULAS 31 E 32: CILINDROS 96
AULAS 33 E 34: CONES E TRONCOS DE CONE RETO 103
MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações - naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
Competência 2
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
Competência 3
Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
Competência 4
Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas.
Competência 5
Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extra-
Competência 6
Compreender o caráter aleatório e não-determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determi-
nação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em uma distribuição estatística.
Competência 7
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados (não
H27
em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
MATEMÁTICA
4
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
ÁLGEBRA
TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
Na primeira e segunda fase podem apare- A prova exigirá conceitos mais específicos A prova trará uma questão sobre as fun-
cer funções modulares e/ou função trigo- sobre as funções estudadas neste livro, e ções, na primeira ou segunda fase. Ques-
nométrica, aplicadas em questões muito equações e inequações podem aparecer tões com temas aplicados ao nosso cotidia-
bem elaboradas e com elevado grau de com grau elevado de dificuldade. no ocorrem com frequência.
dificuldade.
Questões de função composta e trigono- Questões elaboradas com boa interpreta- Apresenta alta incidência de função com- A prova possui questões com elevado grau
métricas podem aparecer relacionadas com ção de texto em funções trigonométricas. posta, além de questões sobre inequações de dificuldade.
questões de domínio e imagem. Dentre os temas abordados, módulo pode modulares e funções trigonométricas muito
ser o mais difícil. difíceis.
UFMG
A prova apresenta questões bem elabora- A prova de Matemática é muito bem ela- A prova apresenta poucas questões, porém
das em aritmética. Podem ocorrer questões borada, por isso, as aulas deste livro são abordando vários temas da Matemática.
de módulos e sua função, além de funções totalmente necessárias para a resolução Assim, o candidato deve trazer todos os
trigonométricas. das questões. conceitos anteriores para somar com as
aulas deste livro.
O candidato pode se deparar com funções A prova de Matemática é diferente da pro- A prova apresenta questões com os temas
compostas em questões contextualizadas e va do Enem, com questões de pouco texto deste livro junto com outros grandes temas
medianas. Funções trigonométricas ocorre- e mais objetividade. Saber os conceitos de da Matemática.
rão de forma objetiva. funções trigonométricas é fundamental.
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
6
Observe um procedimento análogo para as funções f: A →
B, definida por f(x) = 2x, e g: B → C, definida por
g(x) = x2. Perceba que o contradomínio B da função
f é o mesmo domínio da função g.
MT AULAS A B C
f g
27 E 28 x y z
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
h
3, 4 e 5 12, 15, 17, 18, 19, 20 e 21
§ h: A → C: a cada x [ A associa-se um único z [ C, tal
que z = y2 = (2x)2 = 4x2
f(x)
multimídia: vídeo
A f g C Fonte: Youtube
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Aplicação do conteúdo
1. Sendo f(x) = 2x – 1 e f(g(x)) = 3 – x, determine g(x).
g o+ f
§ Como tem-se f[g(x)], substitui-se x por g(x) em f(x):
Note que, como a função g + f associa valores do conjun-
to A diretamente a valores do conjunto C, o domínio da f(x) = 2x – 1
função composta é A, e seu contradomínio é o conjunto C. f[g(x)] = 2g(x) – 1
7
§ Como se sabe que f[g(x)] = 3 – x, tem-se: 1.2. Condição de existência
2g(x) – 1 = 3 – x § Contradomínio de f (CDf) seja igual ao domínio de g (Dg).
f(k) = 2k + 1 Em f: Em g:
g(-
1)
)
função f(g(x)). f(3
g(1
)
g(3
A C
§ O domínio da função f(x) pode ser calculado da se- 1 ) -5
guinte maneira:
2 h(1) 5
x–8≠0 3 h(2) 15
x≠8 h(3)
§ No entanto, observe que, calculando f(g(x)), obtém-se: Note que existe uma função h que transforma diretamente
os elementos de A em C. Assim:
1
f(g(x)) = ______
2x2 – 8 § h: A → C
§ Note que é possível calcular: § h(x) = g(f(x)) = g(2x – 3) = 5 · (2x – 3) = 10x – 15
1 = ___
f(g(8)) = _______ 1 § h(1) = 10 · 1 – 15 = –5
2(8)2 – 8 120
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
8
VIVENCIANDO
A função composta é utilizada em diversas situações. Por exemplo, quando é possível relacionar mais de duas gran-
dezas por meio de uma mesma função. Pode-se dizer que a concentração de monóxido de carbono na atmosfera de
uma determinada cidade depende da quantidade de carros que trafega por ela; no entanto, a quantidade de carros
varia com o tempo. Em consequência, a concentração de monóxido de carbono varia com o tempo, o que determina
uma função composta.
As funções compostas estão diretamente relacionadas às ações geológicas da Terra. Um geofísico, por exemplo, ao
analisar precipitações no interior do planeta ou ao estudar características de novos planetas, necessita de mais de
duas grandezas para relacionar temperatura, relevo, altura e pressões do ambiente. Além disso, as funções compostas
também estão presentes na Medicina. No procedimento médico conhecido como angioplastia, os médicos inserem
um cateter numa veia ou artéria e inflam um pequeno balão de formato esférico até que ele atinja certo volume. Por
meio da função composta, pode-se determinar o tempo que o balão leva para atingir o volume necessário.
9
DIAGRAMA DE IDEIAS
FUNÇÃO COMPOSTA
f: A B
CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA g: B C
g + f: A C
CD(f) = D(g)
REPRESENTAÇÃO DA
FUNÇÃO COMPOSTA
(g + f) (x) = g[f(x)]
REPRESENTANDO
EM DIAGRAMA
B
f g
A C
f(x)
x g(x)
g+f
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
10
Em razão disso, definimos a função seno como a função
real de variáveis reais que associa a cada número real x o
valor real senx, ou seja:
f: R é R
FUNÇÕES x é f(x) = senx
MT AULAS
29 E 30 1.1. Gráfico da função seno
Para montar o gráfico da função seno, é necessário construir
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
uma tabela com valores de x da primeira volta positiva. Há
3, 4 e 5 12, 15, 17, 18, 19, 20 e 21
casos em que o seno será usado com valores aproximados.
x 0 __p
__p
__p
__p
2p
___ 3p
___ 5p
___ p
6 4 3 2 3 4 6
1. Estudo da função seno senx 0 1
__ dXX
2
___ dXX
3
___ 1
dXX
3
___ dXX
2
___ 1
__ 0
2 2 2 2 2 2
Dado um número real x, podemos associar a ele o valor do
seno de um ângulo (ou arco) de x radianos: senx 0 0,5 0,7 0,9 1 0,9 0,7 0,5 0
R R
x 7p
___ 5p
___ 4p
___ 3p
___ 5p
___ 7p
___ 11p
____ 2p
6 4 3 2 3 4 6
d d d d
senx 1
– __ XX
– ___
2
XX
– ___
3
–1 XX
– ___
3
XX
– ___
2
1
– __ 0
2 2 2 2 2 2
Uma vez que a função f(x) = senx é definida no conjunto dos números reais, ou seja, seu domínio é R, a curva pode ser esten-
dida para valores de x menores que zero e maiores que 2p. Portanto, o gráfico da função f: R é R, definida por f(x) = senx, é
a curva chamada senoide, cujo aspecto é este:
11
Observações sobre a função seno
1. O domínio de f(x) = senx é R, uma vez que, para qualquer valor real de x, existe um e apenas um valor para senx.
2. O conjunto imagem de f(x) = senx é o intervalo [–1, 1].
3. A função seno não é sobrejetiva, uma vez que [–1, 1] i R, isto é, sua imagem não é igual ao contradomínio.
4. A função seno não é injetiva, uma vez que os valores diferentes de x resultam no mesmo f(x). Por exemplo:
sen __
p = sen ___
2 2 ( )
5p = sen – ___
3p = ... = 1
2
5. A função seno é função ímpar, isto é, seja qual for x [ D(f) = R, sen (–x) = –sen(x). Por exemplo:
sen – __
p = –sen __
( ) ( ) 1
p = – __
6 6 2
Ao observar o gráfico da função seno, nota-se que a função repete periodicamente seus valores nos intervalos ..., [–2p, 0],
[0, 2p], [2p, 4p],... Por isso, diz-se que a função seno é periódica.
Como se pode observar no gráfico anterior:
senx = sen(x + 2p) = sen(x + 4p) = ... para todo x [ R
Por isso, diz-se que o período da função seno é 2p, e indica-se p = 2p.
Para encontrar o período, basta observar no gráfico o deslocamento horizontal necessário para que ele comece a se repetir.
12
1.4. Variação da função seno No gráfico:
primeiro quadrante
x1
x2
Aplicação do conteúdo
quarto quadrante
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Resolução:
x1 Condição: –1 ≤ senx ≤ 1 ä –1 ≤ 2m – 3 ≤ 1
x2 Resolvida a dupla desigualdade, obtém-se:
–1 ≤ 2m – 3 ≤ 1 ä –1 + 3 ≤ 2m ≤ 1 + 3 ä 2 ≤ 2m ≤ 4
ä1≤m≤2
13
Logo, os valores de m são dados pelo conjunto: 3. Determine os valores máximo e mínimo da função
y = 2 + 3 · senx.
{m [ R | 1 ≤ m ≤ 2}
Resolução:
2. Determine os valores reais de m para os quais a Para –1, que é o valor mínimo de senx, obtém-se:
equação senx = m2 – m – 1 tenha solução.
y = 2 + 3(–1) = –1.
Resolução: Para 1, que é o valor máximo de senx, obtém-se:
y = 2 + 3 · 1 = 5.
Condição: –1 ≤ senx ≤ 1 ä –1 ≤ m2 – m – 1 ≤ 1
Logo, ymin = –1 e ymax = 5.
Resolvida a dupla desigualdade, obtém-se:
m2 – m – 1 ≤ 1 ä m2 – m – 2 ≤ 0 Observação: dessa forma, também pode-se afirmar que
a imagem dessa função é [–1, 5].
D=9
m’ = 2 e m” = –1
2. Estudo da função cosseno
Dado um número real x, pode-se associar a ele o valor do
cosseno de um ângulo (ou arco) de x radianos:
R R
S1 = {m [ R | –1 ≤ m ≤ 2}
m2 – m – 1 ≥ –1 ä m2 – m ≥ 0
D=1
m’ = 1 e m” = 0
Inicialmente, vamos construir o gráfico da função f(x) = cosx, para x [ [0, 2p] e, em seguida, para x [ R. Alguns valores
de cosx serão aproximados.
__
√
3
dXX
1 1
dXX
1 1
dXX dXX dXX dXX dXX
cosx 1 3
___ 2
___ __ 0 – __ 2 – ___
– ___ –1 3
– ___ 2
– ___ – __ 0 __ 2
___ 3
___ 1
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
cosx 1 0,9 0,7 0,5 0 –0,5 –0,7 –0,9 –1 –0,9 –0,7 –0,5 0 0,5 0,7 0,9 1
14
Uma vez que a função f(x) = cosx é definida no conjunto dos números reais, ou seja, seu domínio é , a curva pode ser
estendida para valores menores que zero e maiores que 2p. Por isso, o gráfico da função f: R é R, definida por f(x) = cosx,
é a curva chamada de cossenoide, cujo aspecto é este:
de período p = 2p.
5. A função cosseno não é injetiva nem sobrejetiva.
6. A função cosseno é par, pois cos(-x)=cos(x) ? x [ R.
2.3. Variação da função cosseno
y
As diferenças entre a função cosseno e a função seno di-
1
zem respeito aos aspectos que dependem dos valores das
imagens associados aos domínios, que transladam __
p uni- x
2
dades para a esquerda. 0 __
p p 3p
___ 2p
2 2
-1
15
Analisada a variação no intervalo [0, 2p], obtém-se
este quadro:
)
etc. , o gráfico da tangente tende ao infinito (positivo ou
16
4. Funções cossecante,
secante e cotangente
À luz das ideias já conhecidas de seno, cosseno e tangente
de x, definem-se cossecante, secante e cotangente de x.
1 .
Se senx ≠ 0 e cosx ≠ 0, pode-se também escrever cotgx = ___
tg x
3.3. Variação da função tangente Modelos:
__
Analisado o gráfico da função f(x) = tgx, obtém-se: dXX √
Se sen __ 1 , cos __
p = __ 3 e tg __
p = ___ 3 , pode-se calcular:
p = ___
§ Primeiro quadrante: se x cresce de 0 a __
p , tgx cresce de 6 2 6 2 6 3
2
0 a +Ü; § cossec __ p = __ 1 = __ 2 = 2
6 __ 1
1
§ Segundo quadrante: se x cresce de __
p a p, tgx cresce 2
2 dXX
de –Ü a 0; § sec __
p = ___ 1 = ___ 2 = ____ 2
3
6 ___ d d 3
3 3
XX XX
3p , tgx cresce
§ Terceiro quadrante: se x cresce de p a ___ 2
2
dXX
de 0 a +Ü; 3 dXX
___
§ cotg = 2 = ____
__
p ___ 2 3 = dXX3 ou cotg __
p = ___ 3 = d XX
1 = ___ 3
3p a 2p, tgx cresce
§ Quarto quadrante: se x cresce de ___ 6 __ 1
2 6 d
___ 3
XX d
3
XX
2 2
de –Ü a 0. 3
Se x tende aos valores em que a cossecx não existe, o gráfico da cossecante tende ao infinito (positivo ou negativo). As verticais
tracejadas nesses valores de x são chamadas assíntotas.
17
4.2. Função secante
1 x , para todo x [ R, tal que cos x ≠ 0.
____
Chama-se de função secante a função definida por f(x) = sec x ou f(x) = cos
D(f) = x [ R | x ≠ __
{ p + kp, com k [ Z }
2
e Im(f) = {y [ R | y ≤ – 1 ou y ≥ 1}
5. Funções trigonométricas
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Além das funções trigonométricas estudadas, há outras que compreendem seno, cosseno, tangente, cossecante,
secante e cotangente, chamadas de funções do tipo trigonométricas.
Por exemplo, as funções f, g, h e i, tais que:
§ f(x) = 2 + cosx, com x [ R
§ g(x) = sen2x, com x [ R
§ h(x) = tgx + secx, com x ≠ __
p + kp, com k [ Z
2
§ i(x) = 1 – cossecx, com x ≠ kp, com k [ Z
18
5.1. Domínio de funções do
tipo trigonométricas
O domínio de uma função do tipo trigonométrica é deter-
minado pela análise da condição de existência da função e
de alguma restrição à própria expressão que a define.
Aplicação do conteúdo
1. Construa e analise os gráficos das funções abaixo
dando o seu domínio, sua imagem e seu período.
D = , Im = [–3, 3], p = 2p
f(x) = 1 + cosx
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
c) f(x) = tg 3x
Resolução:
Resolução:
x cosx 1 + cosx y = f(x) A condição de existência é de 3x ≠ __ p + kp.
0 1 1+1=2 2
2
__p Daí, 3x ≠ __
p + kp ä x ≠ __ kp . Logo:
p + ___
2
0 1+0=1 1 2 6 3
–1 1 + (–1) = 0 0
{ }
p
D(f) = x [ R | x ≠ __ kp , com k [ Z .
p + ___
3p
___ 0 1+0=1 1 6 3
2
2p 1 1+1=2 2
19
d) f(x) = secx + cossecx
Resolução:
Observação
Se comparado ao gráfico da função f(x) = senx com
f(x) = 2 + senx, observa-se que ele sofreu um desloca-
mento (translação) de duas unidades para cima.
Aplicação do conteúdo
1. Trace os gráficos destas funções:
a) f(x) = 2 + senx
Resolução:
b) f(x) = 2 · senx
x = 0 ä y = 2 + sen0 = 2 + 0 = 2
Resolução:
x = __
p ä y = 2 + sen __
p = 2 + 1 = 3
2 2
x = 0 ä y = 2 · sen0 = 2 · 0 = 0
x = p ä y = 2 + senp = 2 + 0 = 2
x = __
p ä y = 2 · sen __
p = 2 · 1 = 2
3p ä y = 2 + sen ___
x = ___ 3p = 2 – 1 = 1 2 2
2 2 x = p ä y = 2 · senp = 2 · 0 = 0
x = 2p ä y = 2 + sen 2p ∫ = 2 + 0 = 2
3p ä y = 2 · sen ___
x = ___ 3p = 2 · (–1) = –2
2 2
x = 2p ä y = 2 · sen2p = 2 · 0 = 0
20
x = __
p ä sen 2 · __
( )
p = sen p = 0
2 2
x = ___
4 (
3p ä y = sen 2 · ___
4 )
3p = sen ___
3p = –1
2
x = p ä y = sen(2p) = 0
período = 2p
imagem = [–2, 2]
Observação
período = p
Se comparado ao gráfico da função f(x) = senx
imagem = [–1, 1]
com f(x) = 2 · senx, observa-se que ele sofreu uma
dilatação vertical (esticou) duas vezes.
Observação
Ao comparar o gráfico de f(x) = senx com o gráfico
de f(x) = sen2x, observa-se que ele sofreu uma com-
pressão horizontal duas vezes, enquanto o período foi
alterado para p.
f(x) = senx
f(x) = senx
f(x) = 2 · senx
Considerada a função do tipo f(x) = b · senx, o grá-
fico de f(x) = senx será dilatado se |b| > 1; ou, se
0 < |b|< 1, será comprimido um número b de vezes.
Caso b < 0, o gráfico sofre uma reflexão em relação ao
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
c) f(x) = sen2x
f(x) = sen2x
Resolução:
Sejam os ângulos 0, __ 3p e 2p. Para isso, é neces-
p , p, ___ Ao considerar o gráfico do tipo f(x) = sen(c · x), con-
2 2
sário atribuir a x metade desses valores: clui-se que o gráfico de f(x) = senx será comprimido
horizontalmente em c vezes se |c| > 1; porém, sofrerá
x = 0 ä y = sen(2 · 0) = sen 0 = 0 dilatação horizontal se 0 < |c| < 1.
x = __
p ä y = sen 2 · __
( p = sen __
) p = 1 2p .
Além disso, o período é igual a ___
4 4 2 |c|
21
d) f(x) = sen x – __
p
( )
3 Considerado o gráfico do tipo f(x) = sen(cx – d), con-
Resolução: clui-se que o gráfico de f(x) = senx será deslocado
dc unidades para a direita se d > 0;
horizontalmente em __
Sejam os ângulos 0, __ 3p e 2p. Para isso, é ne-
p , p, ___ ou para a esquerda se d < 0.
2 2
cessário atribuir x a esses valores aumentados em __ p : As conclusões da translação, da dilatação e da com-
3
pressão das funções do tipo f(x) = a + b · sen(cx + d)
x = __
p ä y = sen __
p – __
( )
p = sen 0 = 0 são válidas para as demais funções.
3 3 3
5p ä y = sen ___
x = ___
6 (
5p – __
6 3 )
p = sen __ p = 1
2
2. Trace os gráficos destas funções.
4p ä y = sen ___
x = ___
3 (
4p – __
3 3 )
p = sen p = 0
a) f(x) = y = 3 + 2 · cosx
11p
x = ____
6
ä y = sen ____ 11p
6 (
– __ ) 3p = 1
p = sen ___
3 2 Resolução:
7p
x = ___
ä y = sen ___
3
7p
(
– __
3 3
p
)
= sen 2p = 0 x = 0 ä y = 3 + 2 · cos0 = 3 + 2 · 1 = 5
x = __
p ä y = 3 + 2 · cos __
p = 3 + 2 · 0 = 3
2 2
x = p ä y = 3 + 2 · cosp = 3 + 2 · (–1) = 1
3p ä y = 3 + 2 · cos ___
x = ___ 3p = 3 + 2 · 0 = 3
2 2
x = 2p ä y = 3 + 2 · cos2p = 3 + 2 · 1 = 5
período = 2p
imagem = [–1, 1]
Observação
Ao comparar o gráfico de f(x) = senx com o gráfico de
f(x) = senx – __
( p , observa-se que ele sofreu um desloca-
) período = 2p
3
mento (translação) horizontal para a direita de __ p unidades. imagem = [1, 5]
3
Observação
Comparando o gráfico obtido com gráfico de f(x) = cosx,
observa-se que ele foi deslocado três unidades para cima
(a = 3) e dilatado verticalmente duas vezes (b = 2).
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
f(x) = senx
f(x) = sen x – __
p
( )
3 f(x) = cosx
22
f(x) = cos 2x – __
p
( )
3
f(x) = 3 + 2 cosx
b) f(x) = cos 2x – __
p c) f(x) = 2 + 3 cos 3x + __
p
( )
( 3) 2
Resolução: Resolução:
Sejam os ângulos 0, __ p , p, ___ 3p e 2p. Para isso, é neces- Sejam os ângulos 0, __ 3p e 2p. Para isso, é ne-
p , p, ___
2 2 2 2
sário atribuir esses valores aumentados em __ p e dividi- cessário atribuir a x esses valores diminuídos em __ p e
3 2
dos por 2: divididos por 3:
x = __
p ä y = cos 2 · __
( p – __ )
p = cos0 = 1
6 6 3 x = – __
p ä y = 2 + 3 cos 3 · – __
6 [ ( ) ]
p + __
6 2
p =
12 (
5p ä y = cos 2 · ___
x = ___ 5p – __
12 3 )
p = cos __
p = 0
2 = 2 + 3 cos0 = 2 + 3 · 1 = 5
x = __
p ä y = 2 + cos 3 · __
p + __
( p = )
3 3 2
3p = 2 + 3 · 0 = 2
= 2 + 3 cos ___
2
x = __
p ä y = 2 + 3 cos 3 · __ p + __
( p = )
2 2 2
= 2 + 3 cos2p = 2 + 3 · 1 = 5
Observação
Comparando o gráfico obtido com o gráfico de
f(x) = cosx, observa-se que ele foi comprimido horizon-
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
f(x) = cosx
23
5.4. Papel das constantes a, b, c e d
Observação
Comparando o gráfico obtido com o gráfico de f(x) = cosx,
As características das funções do tipo f(x) = a + b · trig(cx + d)
observa-se que ele foi deslocado para cima duas unidades podem ser relacionadas com as funções trigonométricas e
(a = 2), foi dilatado verticalmente três vezes (b = 3), foi seus gráficos padrão.
comprimido horizontalmente 3 vezes (c = 3) e deslocado As constantes a e b alteram a imagem da função (valores
para a esquerda __ ( )
dc .
p rad __
6 de y), e as constantes c e d alteram as características rela-
cionadas com os valores de x. Dessa forma:
2
§ f(x) = 3 · senx, em que a = 0, b = 3, trig = sen, c = 1 é uma função seno com a = 0, b = 1, c = –1 e d = __ p .
2
e d = 0; Isso permite estabelecer que a imagem da função cos-
§ f(x) = 1 + cosx, em que a = 1, b = 1, trig = cos, c = 1 seno é igual a da função seno; que o período da função
ptrig 2p
e d = 0; cosseno é py = ___ c = ___ = 2p, o mesmo da função
–1
seno; e que o início de um período da função cosseno é
§ f(x) = cos3x, a = 0, b = 1, trig = cos, c = 3 e d = 0;
__
p
§ f(x) = 1 + tg2x – __
__d
x = c = 2 = __
___ p , que comprovam a afirmação de
__
p
d = – .
( 3 )
p , a = 1, b = 1, trig = tg, c = 2 e –1 2
que gráfico da função cosseno também é uma senoide
3 transladada para a esquerda __ p unidades.
2
24
Segunda maneira:
Aplicação do conteúdo
Uma vez que o período padrão da função cosseno é p = 2p:
1. Qual o valor máximo da função f(x) = 2cos x – 4sen x? 2 2
2p = 4p
p = ___
Resolução:
__ 1
2
Substituindo sen2 x por 1 – cos2x: 4. Obtenha o conjunto imagem e o período da função
y = 2 + 4 · cos3x.
f(x) = 2cos2x – 4sen2x
f(x) = 6cos2x – 3 – 1 Resolução:
f(x) = 3(2cos x – 1) – 1 = f(x) = 3cos 2x – 1
2
O valor mínimo de y é 2 + 4 (–1) = –2 e o valor máximo é
O valor máximo da função corresponde a cos2x = 1, o que 2 + 4 · 1 = 6. Portanto, Im(y) = [–2, 6].
permite afirmar que o valor máximo é 3 · 1 – 1 = 2. Uma vez que o período padrão da função cosseno é p = 2p,
2. Qual o valor máximo da função f(x) = 3 · senx + 4 · cosx? 2p
o período da função y é py = ___ 2p .
= ___
3 3
Resolução: 5. Construa e analise cada item do gráfico da função,
calculando seu domínio, sua imagem e seu período.
Dividida a expressão por k(k > 0): (Construa apenas um período completo.)
f(x) 3
___
= __ 4 cosx
senx + __ a) f(x) = 3 · senx
k k k
Resolução:
Considere-se um ângulo a, tal que cosa = __ 3 e sena = __
4 .
k k Calculados a imagem, o período e o valor da translação
Portanto: horizontal do gráfico, é possível desenhá-lo facilmente.
() ()
2 2
sen2a + cos2a = __ 3 = 1
4 + __ Imagem: f(x)max = 3 · 1 = 3 f(x)min = 3(–1) = –3
k k
162 + ___
1 = ___ 192 ä 1 = ___
252 ä k2 = 25 ä k = 5 Logo, Im(f) = [–3, 3] (dilatou verticalmente, mas não trans-
k k k ladou).
Com isso, a expressão torna-se: 2p
Período: py = ___ = 2p (não mudou).
1
f(x)
___
= cosa senx + sena cosx
5 Translação horizontal: xi = __ dc = __
0 = 0 (não transladou).
f(x)
___ 1
= sen(x + a) ä f(x) = 5sen(x + a) Agora, basta esboçar o gráfico:
5
O valor máximo de f(x) corresponde a sen(x + a) = 1, ou
seja, f(x)max = 5 · 1 = 5.
Resolução:
x – __
__ p = 0 ä __ x = __ 2p
p ä x = ___ Resolução:
2 3 2 3 3
x – __
__ p x
__
= 2p ä = 2p + ä __
p Imagem: f(x)max = 1 + 1 = 2 f(x)min = 1 + (–1) = 0
2 3 2 3
x
__ 7p
___ 14p
____ Logo, Im(f) = [0, 2] (transladou verticalmente, mas não
ä = ä x =
2 3 3 dilatou).
14p
____ 2p
___
p = – = ä p = 4p12p
____
3 3 3 2p
Período: p = ___ = 2p (não mudou).
1
O período da função dada é p = 4p. Translação horizontal: x1 = __ dc = __
0 = 0 (não transladou).
1
25
Agora, basta esboçar o gráfico: 2x – __ p = 0 ä 2x = __ p ä x = __ p
3 3 6
2x – = p ä 2x = p + ä 2x = ___
__
p __
p 4p ä x = ___
4p = ___
2p
3 3 3 6 3
2p – __
p = ___ 4 p
– p = ___
p = _______ 3p = __
p
3 6 6 6 2
Logo, o período da função dada é p = __ p .
2
Segunda maneira:
O período da função tangente é p = p; logo, p = __
p = __
p .
2 2
7. Qual o período da função f(x) = sen2x · cos2x?
§ A função seno f: R ∫ R, tal que f(x) = senx não é injetiva nem sobrejetiva. Portanto, f não é bijetiva e não admite inversa.
1. f: – __
[ p , __
]
p ∫ [–1, 1], tal que f(x) = senx ou y = senx é função bijetiva; logo, admite inversa:
2 2
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
26
2. g: [0, p] ∫ [–1, 1], tal que g(x) = cosx ou y = cosx é função bijetiva; logo, admite inversa:
-1
]
3. h: – __ [
p , __
2 2
p ∫ R, tal que h(x) = tgx ou y = tgx é função (
d
XX
3
2. Calcule cos arcsen ___ .
2 )
bijetiva; logo, admite inversa.
Resolução:
dXX
se a = arcsen ___ 3 , obtém-se
2
d
3
XX
sena = , – ≤ a ≤ __
___ __
p p ä
2 2 2
a = ä cosa = cos = __
__
p __
p 1 .
3 3 2
(
Logo, cos arcsen ___
dXX
2 )
3 = __
1 .
2
(
3. Calcule sen arccos 3
__ .
5 )
Resolução:
Inversa de h ∫ x = tgy ∫ y = arctgx (lê-se y é o arco entre
se a = arccos __ 3 , obtém-se cos a = __ 3 , com 0 ≤ a < p.
– __
p a __
p , cuja tangente é x). 5 5
2 2
Se usado sen2a + cos2a = 1, com 0 ≤ a ≤ p, chega-se a
Por definição:
§ Função arco-seno é a função de [–1, 1] em – __ p , __
2 2
p ,
[ ]
4 . Logo, sen arccos __
sena = __
5 5 5 (
3 = __
4 . )
tal que y = arcsenx.
§ Função arco-cosseno é a função de [–1, 1] em [0, p],
tal que y = arccosx.
§ Função arco-tangente é a função de R em – __
que y = arctgx.
p , __
2 2 ]
p , tal [
1. Calcule o valor de a em cada item. 17 Equações que Mudaram o Mundo - Ian Stewart
a) a = arcsen 1__
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
27
VIVENCIANDO
A trigonometria possui inúmeras aplicações nos diversos ramos da ciência, sendo considerada uma importante aliada
do mundo moderno. Os sons que ouvimos todos os dias, incluindo a música, alcançam nossos ouvidos como ondas
sonoras. Cada nota (tom) na música é determinada pelo tamanho de sua onda senoidal, ou seja, é determinada por
sua frequência. Notas com ondas mais amplas são mais graves e têm menos ciclos por segundo, enquanto que notas
que têm ondas senoidais estreitas são mais agudas e possuem mais ciclos por segundo. Os músicos podem modificar
seus timbres manipulando as ondas senoidais produzidas. A trigonometria é capaz de estudar a evolução, a inten-
sidade e a frequência das ondas.
As funções trigonométricas são primordiais nas áreas de saúde, astronomia, farmácia, ciências geológicas, físicas,
entre outras. Um médico, ao realizar um exame de ultrassom em um paciente, desenvolve todas as funções periódi-
cas nesse ato. Astrônomos, diariamente, descobrem distâncias de corpos celestes próximos à Terra. Nota-se que é de
fundamental importância as ações que envolvem funções trigonométricas. Sem a trigonometria, um cartógrafo de-
moraria muito tempo para desenhar um mapa, os astrônomos não saberiam as distâncias entre os planetas, pontes
seriam construídas demoradamente. Enfim, tudo seria bem mais complicado.
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
28
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 21
Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a habilidade 21 exige do aluno a capacidade de resolver uma
situação proposta a partir de conhecimentos algébricos adquiridos.
MODELO 1
(Enem) Um cientista, em seus estudos para modelar a pressão arterial de uma pessoa, utiliza uma função do
tipo P(t) = A + Bcos(kt) em que A, B e K são constantes reais positivas e t representa a variável tempo, medida
em segundo. Considere que um batimento cardíaco representa o intervalo de tempo entre duas sucessivas
pressões máximas.
Ao analisar um caso específico, o cientista obteve os dados:
pressão mínima 78
pressão máxima 120
número de batimentos cardíacos por minuto 90
A função P(t), obtida por este cientista, ao analisar o caso específico, foi:
a) P(t) = 99 + 21cos(3πt).
b) P(t) = 78 + 42cos(3πt).
c) P(t) = 99 + 21cos(2πt).
d) P(t) = 99 + 21cos(t).
e) P(t) = 78 + 42cos(t).
ANÁLISE EXPOSITIVA
Calculando:
P(t)= A + Bcos(kt)
{ A + B . cos(kt) = 120
A - B . cos(kt) = 78
⇒2A = 198 ⇒ A = 99
Pmax ⇒ cos(kt) = 1
99 + B = 120 ⇒ B = 21
90
batimentos ⇒ T = __
_____________
6 s = __
2 s
60 segundos 9 3
2π 3 . 2π = 3π
= __
k = ___
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
T 2
Assim:
P(1) = 99 + 21 . cos(3πt)
O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar um problema do cotidiano e utilizar seus
conhecimentos sobre funções trigonométricas para a sua resolução.
RESPOSTA Alternativa A
29
DIAGRAMA DE IDEIAS
FUNÇÕES
TRIGONOMÉTRICAS
SENO
SENO
GRÁFICOS FUNÇÃO f: ASSOCIA CADA
COSSENO
DOS SINAIS NÚMERO REAL x AO SEU SENO:
TANGENTE
f(x) = senx
SEN GRÁFICO:
1
+ +
- - + +
-2π -π π 2π
COS
- -
+ - - + -1
DOMÍNIO:
IMAGEM: [–1, 1]
PERÍODO: 2π rad
COSSENO TANGENTE
FUNÇÃO f: ASSOCIA CADA FUNÇÃO f: ASSOCIA CADA
NÚMERO REAL x AO SEU COSSENO: NÚMERO REAL x A SUA TANGENTE:
f(x) = cosx f(x) = tgx
GRÁFICO: GRÁFICO:
1
-2π -π π 2π
-1
DOMÍNIO: x ≠ kπ + π
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
DOMÍNIO:
IMAGEM: [–1, 1] IMAGEM: 2
PERÍODO: 2π rad PERÍODO: π rad
30
Analisando mais atentamente dois casos:
Aplicação do conteúdo
|2 – x |
1. Simplifique a expressão A = ______ , sabendo que x > 2.
2–x
MT AULAS
31 E 32
Resolução:
Como x > 2, sabemos que a expressão 2 – x é negativa.
Portanto, |2 – x| é igual ao oposto de 2 – x, da definição
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
de módulo:
5 19 e 21
2 – x, se 2 – x for positivo ou nulo
2–x=
–(2 – x), se 2 – x for negativo
| 2 – x | _______
– (2 – x)
Portanto, A =______
1. Módulo de um número real
2–x
=
2–x
= –1.
§ x é o próprio valor de x, se este for positivo ou nulo. Veja que |–5| representa a distância do ponto –5 na reta
real até o ponto 0.
Modelos:
0 = 0 Aplicação do conteúdo
|3|=3 1. Considerando x um número real, encontre o conjunto
1
1/2 = __ solução da equação |x|= 4.
2
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
31
Portanto, há dois valores que satisfazem a equação: 4 e –4. Observe que o valor de x deve ser menor ou igual a __1 ;
2
Logo, o conjunto solução é S = {–4, 4}. portanto, uma das possíveis soluções da equação, x = 2,
não faz parte do conjunto solução. Substitua os valores en-
1.3. Algumas propriedades importantes contrados e verifique a resposta.
Para quaisquer x [ R e y [ R, valem as seguintes propriedades:
P1: x $ 0 Aplicação do conteúdo
P2: x · y = x y
P3: x + y # x + y 1. Resolva as seguintes equações:
a) | x – 1| = 2
(A essa propriedade damos o nome de desigualdade
triangular.) Resolução:
P4: x – y $ x – y Considerando as duas possibilidades:
P5: x ² = x² x – 1 = 2 (I) ou x – 1 = –2 (II)
__
P6: √ x2 = x Resolvendo as equações, temos:
Quando temos uma sentença aberta (que pode ser ver- (II) x – 1 = –2 ⇒ x = –1
dadeira ou não), como x – 1 = 2, não sabemos se a ex- Portanto, o conjunto solução S = {–1, 3}.
pressão que está dentro do módulo, x – 1, é positiva ou
não. Portanto, temos que considerar os dois casos. Uma Podemos verificar que ambos os valores encontrados
equação como essa é chamada de equação modular. para x satisfazem a equação original:
Geometricamente, já vimos que uma equação do tipo |x| = § para x = –1:
k, com k > 0, possui duas raízes, k e –k, pois há dois valores
x – 1 = 2
de x que distam k unidades da origem. Portanto, para x [ R
e k [ R, temos: –1 – 1 = 2 ⇒ |–2| = 2 ⇒ 2 = 2 (verdadeiro)
|x| = k ⇒ x = k ou x = –k § para x = 3:
Se uma equação modular possui módulo em ambos os x – 1 = 2
membros, podemos utilizar a mesma ideia para sua reso-
lução; porém, é mais prático usar a seguinte propriedade: 3 – 1 = 2 ⇒ 2 = 2 ⇒ 2 = 2 (verdadeiro)
1.5. Condição de existência Aplicando a propriedade P5, temos que x 2 = x2;
portanto:
Destaca-se que a propriedade P1, onde |x| $ 0, é muito
x2 = 9 ⇒ x = 3 ⇒ x = ±3
importante, pois nos diz que uma equação do tipo x = –2
não possui solução, visto que o módulo de um número c) x2 – 6| x |+ 5 = 0
real é sempre maior ou igual a zero. Isso significa que equa- Resolução:
ções modulares possuem condição de existência, e esta
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
deve sempre ser verificada. Veja a seguinte equação: Novamente, temos que x 2 = x2; portanto |x|2 – 6 x +
x – 5 = –2x + 1 5 = 0.
Para que a igualdade seja possível, temos a seguinte con- Observe que essa é uma equação do segundo grau em
dição: –2x + 1 $ 0. x ; portanto, podemos fazer uma substituição de vari-
ável: x = y.
Portanto, x # __1 .
2
y2 – 6y + 5 = 0
Resolvendo a equação modular, temos:
x – 5 = –2x + 1 ⇒ Resolvendo a equação quadrática, temos y’ = 1 e
x – 5 = –2x + 1 ⇒ x = 2 (não convém) y” = 5.
⇒ ou Como y = x , devemos retornar à variável original.
x – 5 = –(–2x + 1) ⇒ x = – 4
32
§ Para y = 1: Portanto:
3x – 5 = 3 – x ⇒ x =2
x = 1 ⇒ x = 1 ou x = –1
3x – 5 = 3 – x ⇒ ou
§ Para y = 5: 3x – 5 = –(3 – x) ⇒ x = 1
x = 5 ⇒ x = 5 ou x = –5 Logo, x = 1 ou x = 2.
Portanto, S = {1; 2}.
Portanto, o conjunto solução é S = {–1, 1, –5, 5}.
b) || 2x | – 3 | = 5
d) | 4x | + 20 = 0
Pela definição de módulo de um número real, temos:
Aplicando a propriedade P2, temos que:
|2x| – 3 = 5 (I)
4x = 4 · x .
2x – 3 = 5 ⇒ ou
Como |4| = 4, temos: |2x| – 3 = –5 (II)
4x + 20 = 0 ⇒ 4 x + 20 = 0 ⇒ x = –5 Resolvendo a equação (I):
33
Substituindo cada expressão na equação original, b) Quais pontos possuem uma distância menor ou
temos: igual a três unidades da origem?
§ para x < –3: Veja, no esquema a seguir, como podemos responder a
essas questões:
1 – 2x – x + 3 = 4 ⇒ (1 – 2x) – (–x – 3) = 4 ⇒
⇒ –x + 4 = 4 ⇒ x = 0
Como estamos analisando o intervalo x < –3, o resul-
tado encontrado x = 0 não convém.
Vamos analisar os dois casos:
§ para –3 # x < __ 1 : a) x $ 3
2
1 – 2x – x + 3 = 4 ⇒ (1 – 2x) – (x + 3) = 4 ⇒ Veja no esquema anterior que, para a distância até a origem
⇒ –3x – 2 = 4 ⇒ x = –2 ser maior ou igual a três unidades, os valores de x devem
1 ;
O valor x = –2 está dentro do intervalo –3 # x < __ ser maiores ou iguais a 3 ou menores ou iguais a –3:
2
portanto, faz parte do conjunto solução.
§ para x $ __ 1 :
2
Portanto, o conjunto solução é x # –3 ou x $ 3.
1 – 2x – x + 3 = 4 ⇒ (–1 + 2x) – (x + 3) = 4 ⇒
⇒x–4=4⇒x=8 b) x # 3
1 ;
Novamente, o valor x = 8 está dentro do intervalo x $ __ Para que a distância até a origem seja menor ou igual a
2 três unidades, os valores de x devem ser menores ou
portanto, também faz parte do conjunto solução.
iguais a 3 e maiores ou iguais a –3, ou seja, de –3 a 3:
Finalmente, encontramos dois valores que obedecem seus
respectivos intervalos em cada etapa e que satisfazem à
equação. O conjunto solução é S = {–2, 8}.
Portanto, o conjunto solução é –3 # x # 3.
2. Inequações modulares De maneira geral, sendo a > 0, podemos ter uma das se-
Já vimos que podemos interpretar o módulo de um número guintes situações:
real de maneira geométrica na reta real. O módulo de um
número real x, representado por x , é a distância entre o § x > a ⇔ x > a ou x < –a
ponto-imagem de x e a origem da reta real. Essa ideia é
muito útil para entendermos a resolução de inequações
modulares.
§ x $ a ⇔ x $ a ou x # –a
Uma inequação modular é uma inequação do tipo x > k,
x $ k, x < k ou x # k.
Estudamos, no capítulo anterior, que podemos resolver
a equação x = 3, geometricamente, através da reta § x < a ⇔ –a < x < a
real. Como x representa a distância do ponto x até a
origem, temos:
§ x # a ⇔ –a # x # a
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Como tanto o ponto x = 3 quanto o ponto x = –3 distam Lembre-se de que a inequação –a # x # a pode ser escri-
três unidades da origem, a solução da equação é x = ±3. ta como um sistema de inequações:
Portanto, para resolver a inequação x $ 3, por exemplo, x $ –a
–a # x # a ⇒ e
devemos nos perguntar o seguinte:
x#a
a) Quais pontos possuem uma distância
maior ou igual a três unidades da origem?
De maneira similar, para resolver a inequação x # 3, a
pergunta a ser feita é a seguinte:
34
Portanto, x < –1 ou x > 0.
Aplicação do conteúdo
Resolvendo, agora, a inequação (II):
1. Resolva a inequação 2x – 3 > 5. x2 + x – 1 < 1 ⇒ x2 + x – 2 < 0
Resolução:
Raízes: x1 = –2 e x2 = 1
Para uma inequação do tipo x > a, com a > 0, temos que
x < –a ou x > a; portanto: Gráfico:
2x – 3 < –5 ⇒ x < –1
2x – 3 > 5 ⇒ e
2x – 3 > 5 ⇒ x > 4
35
x + 1, se x + 1 $ 0 x + 1, se x $ –1 Calculando a interseção, temos:
(II) x + 1 = ou ⇒ ou
–(x + 1), se x + 1 < 0 –x – 1, se x < –1
[ –1, __2 3 [ ù [0, + `[ = [0, __2 3 [
Como cada módulo é definido de maneira diferente para
cada intervalo, faremos uma tabela: § Para x $ __ 3 :
2
2x – 3 + x + 1 # 4
(2x – 3) + (x + 1) # 4
3x # 6
x#2
Substituindo cada expressão na inequação original, temos: Calculando a interseção:
§ Para x < –1: [ __23 , + `[ ù ] –`, 2] = [ __23 , 2 ]
2x – 3 + x + 1 # 4
Finalmente, unimos os conjuntos soluções de cada inter-
(–2x + 3) + (– x – 1) # 4 valo:
–3x # 2
2[ [ [ ]
3 ø __3 , 2 = [ 0, 2 ]
S = 0, ___
2
2
x $ – __
3
Como nesse intervalo temos que x < –1, calculamos a in-
terseção dos intervalos x < –1 e x $ – __ 2 :
3
[
] –`, –1 [ ù – __2 , +` = [
3 [
§ Para –1 # x < __ 3 :
2
|2x – 3| + |x + 1| # 4 multimídia: vídeo
(–2x + 3) + (x + 1) # 4 Fonte: Youtube
–x # 0 Equações modulares
x$0
Na Física, ao se calcular a velocidade de um móvel que se desloca no sentido negativo do eixo das abscissas, obtém-se,
por exemplo, –3 m/s; a velocidade será definida como 3 m/s, ou seja, utiliza-se o módulo como uma ferramenta no
cálculo de distâncias.
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
36
DIAGRAMA DE IDEIAS
-a a
CONDIÇÃO DE
EXISTÊNCIA
|x|≥0 x≥a
|x|≥a ou
x ≤ -a
EXEMPLO: x - 5 = -2x + 1
x = 2 não convém
-a a
| x - 5 | = -2x + 1 ou
x - 5 = - (-2x + 1)
x = -4
| x | < a -a < x < a
-a a
MÓDULO DE UM NÚMERO REAL
| x | ≤ a -a ≤ x ≤ a
x, se x ≥ 0
|x|=
-x, se x < 0
-a a
PROPRIEDADES
IMPORTANTES:
P1: | x | ≥ 0
P2: | x · y | = |x| · |y|
P3: | x + y | ≤ | x | + | y |
P4: | x – y | ≥ | x | – | y |
P5: | x |2 = x2
P6: √x2 = | x |
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
37
y = x, para x > 0 y = -x, para x < 0
FUNÇÕES
MODULARES
MT AULAS
33 E 34
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
3, 4 e 5 12, 15, 17, 18, 19, 20 e 21
38
3. f(x) = x – 3 + 1
Resolução:
Analisando o módulo x – 3 , temos:
Reunindo ambos os gráficos, obtemos o gráfico de f(x) = 2x – 8:
x – 3, se x $ 3
x – 3 = ou
–(x – 3), se x < 3
2. Construa o gráfico da função f(x) = x2 – 4 . Gráfico de (I), onde f(x) = x – 2 para x $ 3:
Resolução:
Uma maneira rápida de construir o gráfico de uma função
composta com a modular do tipo f(x) = |g(x)| é construir o
gráfico da função g(x) = x2 – 4 e “espelhar” a parte que
possui imagem negativa para a parte positiva. Veja:
Gráfico de g(x) = x2 – 4
Raízes: x1 = –2 e x2 = 2
39
Reunindo ambos os gráficos, temos, finalmente, o gráfico § Para x < 1:
de f(x):
f(x) = (–x + 1) + (–2x + 4) = –3x + 5
§ Para 1 ≤ x < 2:
f(x) = (x – 1) + (–2x + 4) = –x + 3
Resolução:
x – 1, se x $ 1
⇒ x – 1 = ou
–x + 1, se x < 1
2x – 4, se 2x – 4 $ 0
(II) 2x – 4 = ou ⇒
–(2x – 4), se 2x – 4 < 0
40
|x|
5. Construa o gráfico da função f(x) = __
x . Gráfico de (I):
Resolução: A função f(x) = x2 – 5x + 6 é quadrática de raízes x1 = 2 e
Analisando x , temos: x2 = 3 e concavidade para cima:
x, se x $ 0
x =
–x, se x < 0
Gráfico de (II):
Simplificando as frações:
A função f(x) = x2 + 5x + 6 é quadrática de raízes x1 = –2
1, se x . 0, x ≠ 0 e x2 = –3 e concavidade para cima:
f(x) =
–1, se x < 0, x ≠ 0
41
Modelos: § g(x) = f(x) ± k
Vamos construir o gráfico da função y = 2x, com domínio Considerando uma função real f(x) e uma constante real po-
em R. sitiva k, o gráfico de f(x) + k desloca-se k unidades “para
§ 1° passo: damos a x alguns valores inteiros (–3, –2, cima” em relação ao gráfico de f(x), aumentando em k
–1, 0, 1, 2 e 3, por exemplo) e alguns valores fracioná- unidades todos os pontos-imagem de f(x). Analogamente,
o gráfico de f(x) – k se desloca “para baixo” k unidades.
(
rios – __3 , – __1 , __
2 2 2 2 )
3 , por exemplo e calculamos y = 2x.
1 e __
Por exemplo, para a função f(x) = x2, veja os gráficos de
Teremos a tabela:
f(x) + 4 e f(x) – 4:
x –3 –2 –1 0 1 2 3
y –6 –4 –2 0 2 4 6
f(x) = 2x e g(x) = 2x + 3
§ g(x) = f(x ± k)
Considerando novamente uma constante real positiva k e
uma função real f(x) qualquer, o gráfico de f(x + k) desloca-se
para a esquerda no plano cartesiano, enquanto que o gráfi-
co de f(x – k) desloca-se para a direita no plano.
Uma noção importante que devemos ter em mente são as
consequências sobre o gráfico de uma função, conforme Por exemplo, considere a função real f(x) = x2 e os gráficos
somamos ou multiplicamos constantes sobre ela. Veremos, das funções f(x + 2) = (x + 2)2 e f(x – 2) = (x – 2)2:
a seguir, alguns casos importantes e o efeito sobre seus
gráficos.
42
Ou seja, ao multiplicar a função f(x) por –1, “espelhamos”
f(x + 2) seu gráfico em relação ao eixo x. Essa consequência pode
ser vista nas seguintes funções:
f(x) = x2 e g(x) = –x2
f(x) = log(x) e g(x) = –log(x)
f(x) = x e g(x) = – x
f(x) = 2x e g(x) = –2x
f(x − 2)
§ g(x) = f(–x)
Considerando uma função real f(x) e seu gráfico, o gráfico
de g(x) = f(–x) será simétrico em relação ao eixo y:
§ g(x) = –f(x)
Considerando o gráfico de uma função real f(x), a função
g(x) = –f(x) será simétrica em relação ao eixo x do gráfico
de f(x):
Ou seja, ao multiplicar x por –1, “espelhamos” o gráfico
de f(x) em relação ao eixo y. Essa consequência pode ser
observada nas funções:
f(x) = x2 e g(x) = (–x)2
f(x) = log(x) e g(x) = log(–x)
f(x) = x e g(x) = –x
f(x) = 2x e g(x) = 2–x VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
VIVENCIANDO
Geógrafos e meteorologistas exercitam juntos a prática diária de análises de temperaturas nas cidades brasileiras.
Logo, as funções modulares estão diretamente ligadas aos seus trabalhos, pois, pelas variações de temperatura em
uma dada cidade e em um dado período do ano, é possível obter rankings que distinguem as cidades mais frias das
mais quentes.
43
2.2. Tabela de gráficos de funções
f: R → R f: R → R f: R → R
f: R+→ R f: R → R f: R+→ R
g: R → R g: R+→ R
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
f: R → R f: R*→ R f: R → R
g: R → R
44
2.3. Crescimento e decrescimento Veja mais alguns exemplos:
45
f4(x) = 2 – x – 4 (deslocamos o gráfico de f3(x) duas uni- § f4(x) = 2 – |x – 4|
dades para cima)
Como f4(x) = f3(x) + 2, deslocamos o gráfico de f3(x) duas
f(x) = 2 – x – 4 (“espelhamos” os pontos de imagem unidades para cima, novamente calculando os pontos de
negativa de f4(x)) interseção com os eixos:
§ f1(x) = | x |
§ f2(x) = |x – 4|
Para o gráfico de f2(x), como f2(x) = f1(x – 4), deslocamos § f(x) = |2 – |x – 4||
o gráfico de f1(x) quatro unidades para a direita e calcula-
mos os pontos de interseção com os eixos: Finalmente, como f(x) = |f4(x)|, tomamos os pontos simétri-
cos aos pontos de imagem negativa de f4(x):
§ f3(x) = – |x – 4|
Como f3(x) = – f2(x), temos:
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
A função modular tem várias aplicações no cotidiano, como a aplicação em comparação das temperaturas
entre duas ou mais cidades, satélites comandados por computadores, interações geofísicas, químicas e tantas
outras atividades do nosso meio envolvidas com Física, Química, Geografia, entre outras.
46
DIAGRAMA DE IDEIAS
DEFINIDA POR
DEFINIÇÃO VÁRIAS SENTENÇAS
MATEMÁTICAS
Ex: f(x) = |x|
f:
f(x) = |x| y
ou f(x) = –x f(x) = x
x, se x ≥ 0 para x < 0 para x ≥ 0
f(x) =
–x, se x < 0
Im(f) = + x
CONSTRUÇÃO
DE GRÁFICOS
+k (DESLOCA-SE
k UNIDADES
PASSO 1 g(x) = f(x) +- k “PARA CIMA”)
CONSTRUIR A TABELA COM
VALORES DE X E F(X) -k (DESLOCA-SE
k UNIDADES
“PARA BAIXO”)
PASSO 2
REPRESENTAR OS PARES ORDENA- +k (DESLOCA-SE
DOS EM UM PLANO CARTESIANO k UNIDADES
g(x) = f(x +- k ) “PARA A ESQUERDA”)
PASSO 3
LIGAR OS PONTOS CONSTRUÍDOS -k (DESLOCA-SE
NO PASSO ANTERIOR POR k UNIDADES
MEIO DE UMA CURVA “PARA A DIREITA”)
47
ANOTAÇÕES
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
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VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
____________________________________________________________
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____________________________________________________________
48
MATEMÁTICA
4
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
ÁLGEBRA E
TRIGONOMETRIA
TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
Na primeira e segunda fase podem apare- A prova exigirá conceitos mais específicos A prova trará uma questão sobre as fun-
cer funções modulares e/ou função trigo- sobre as funções estudadas neste livro, e ções, na primeira ou segunda fase. Ques-
nométrica, aplicadas em questões muito equações e inequações podem aparecer tões com temas aplicados ao nosso cotidia-
bem elaboradas e com elevado grau de com grau elevado de dificuldade. no ocorrem com frequência.
dificuldade.
Questões de função composta e trigono- Questões elaboradas com boa interpreta- Apresenta alta incidência de função com- A prova possui questões com elevado grau
métricas podem aparecer relacionadas com ção de texto em funções trigonométricas. posta, além de questões sobre inequações de dificuldade.
questões de domínio e imagem. Dentre os temas abordados, módulo pode modulares e funções trigonométricas muito
ser o mais difícil. difíceis.
UFMG
A prova apresenta questões bem elabora- A prova de Matemática é muito bem ela- A prova apresenta poucas questões, po-
das em aritmética. Podem ocorrer questões borada, por isso, as aulas deste livro são rém, abordando vários temas da Matemá-
de módulos e sua função, além de funções totalmente necessárias para a resolução tica. Assim, o candidato deve trazer todos
trigonométricas. das questões. os conceitos anteriores para somar com as
aulas deste livro.
O candidato pode se deparar com funções A prova de Matemática é diferente da pro- A prova apresenta questões com os temas
compostas em questões contextualizadas e va do Enem, com questões de pouco texto deste livro junto com outros grandes temas
medianas. Funções trigonométricas ocorre- e mais objetividade. Saber os conceitos de da Matemática.
rão de forma objetiva. funções trigonométricas é fundamental.
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
50
7p
0 # x < ___
6
1
__
sen x > – ä ou
2
11p
____ < x # 2p
6
INEQUAÇÕES Assim, a solução geral é:
MT AULAS
27 E 28
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
5 21 e 22
1. Inequações trigonométricas
Uma inequação trigonométrica é uma desigualdade em No círculo trigonométrico, nota-se no intervalo [0, 2p]:
cujas incógnitas aparecem funções trigonométricas.
Exemplos { 7p # x # ____
S = x [ R| ___
6
11p
6 }
1
c) cos x > __
§ sen x < __ 1 2
2
dXX
2
§ cos x ≤ ___
2
d
§ tg x ≥ 3
XX
Aplicação do conteúdo
1. Resolva a inequação em cada item:
1
a) sen x > – __
2
Resolução:
No intervalo [0, 2p] há: No intervalo [0, 2p] há:
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
0 # x < __
p
1
__
cos x > ä ou 3
2
5p < x # 2π
___
3
Assim, a solução geral é:
{
S = x [ R | 2kp # x < __
p + 2kp
3
5p + 2kp < x # 2p + 2kp
ou ___
3 }
51
__
1 , para x [ [0, 2p]
d) cos x # – __ f) tg x $ – √
3 , com x [ [0, 2p]
2
{ 2p # x # ___
S = x [ R | ___
3
4p
3 } {
S = x [ R | 0 # x < __ p
2
e) tg x > d XX
3 2p < x < ___
ou ___
3
3π ou ___
2
5p # x # 2p
3 }
2. Resolva a inequação cos 2x > 0 no intervalo 0 # x # p.
Resolução:
Se 2x = a, cos a > 0, com 0 # a # 2p.
Portanto:
__
p < x < __
p Se a = 2x:
3 2
__
tg x > √ 3 ä ou 0 # 2x < __ 3p < 2x # 2p ä
p ou ___
2 2
4p < x < ___
___ 3p 3p < x # p
3 2 ä 0 # x < __
p ou ___
4 4
Assim, a solução é:
{
S = x [ R | 0 # x < __
p ou ___
4 4 }
3p < x # p
{
S = x [ R | __
p + 2kp < x < __
3
p + 2kp
2
4p + 2kp < x < ___
ou ___
3
3p + 2kp
2 }
52
p $ 1
3. Resolva a inequação sen 2x – __
( )__ . Na circunferência trigonométrica, nota-se:
4 2
Resolução: __
p + kp < a < __
p + kp
4 2
Se 2x – __
( ) 1 .
p = a, tem-se sen a $ __ Como a = 3x:
4 2
__
p + kp < 3x < __
p + kp ä
4 2
ä + k · < x < __
___
p __
p p + k · __
p
12 3 6 3
S = x [ R | + k · < x < __
{ ___
p __
p p + k · __
p
}
12 3 6 3
5. Resolva |cos x| > 1
__ em [0, 2p].
2
Resolução:
1 , cos x > __
Se |cos x| > __ 1 ou cos x < – __
1 .
2 2 2
Na figura, nota-se:
__
p + 2kp # a # ___ 5p + 2kp
6 6
Se a = 2x – __
p :
4
__
p + 2kp # 2x – __ 5p + 2kp ä
p # ___
6 4 6
ä __
p + __
(
6 4
p + 2kp # 2x # ___
) 6(
5p + __ )
p + 2kp ä
4
{
S = x [ R | 0 # x < __ 2p < x < ___
p ou ___ 4p
3 3 3
5p + 2kp # 2x # ____
ä ___ 13p + 2kp # ä
12 12
5p
___
ou < x # 2p
3 }
6. Determine x, tal que 0 # x # 2p e tg2 x # tg x.
5p + kp # x # ____
ä ___ 13p + kp
24 24 Resolução:
{ 5p + kp # x # ____
S = x [ R | ___
24
13p + kp
24 } Se tg x = a, a2 – a # 0.
a2 – a = 0 ä a(a – 1) = 0 ä a = 0 ou a = 1
4. Resolva a inequação tg 3x > 1.
Resolução:
Se 3x = a:
tg a > 1
0#a#1
0 # tg x # 1
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
{
S = x [ R | 0 # x # __ 5p
p ou p # x # ___
4 4 }
53
7. Determine o domínio da função f, tal que ä __ p + 2kp # x # p + __ p + 2kp
3 3
sen x – __
d (
f (x) = XXXXXXXXX
3 )
p . {
D(f) = x [ R | + 2kp # x # ___
__
p
3 3 }
4p + 2kp
Resolução:
d sen x – __
Para que XXXXXXXXX ( )
p exista em , é necessário que
3
sen x – __
( p
)
$ 0, que é uma inequação trigonométrica.
3
multimídia: livro
VIVENCIANDO
54
DIAGRAMA DE IDEIAS
INEQUAÇÕES
TRIGONOMÉTRICAS
EX.: senx 1
2
1
senx
2
tgx 3
55
A resolução de ambos os problemas é a mesma. Em ambos
os casos, temos um conjunto de 5 elementos:
A = {Ana, Beto, Carlos, Diego, Eduardo) e B = {0, 2, 3, 5, 7}
PRINCÍPIO Também, em ambos os casos, um dos elementos já possui
FUNDAMENTAL sua posição determinada. Resta somente a permutação (a
“troca de lugares”) dos outros quatro elementos restantes,
DA CONTAGEM visto que são todos distintos.
É importante conseguir analisar os problemas e identificar
essas similaridades, percebendo que o método de resolu-
ção independe do contexto do problema.
MT AULAS
29 E 30 1.1. Princípio fundamental da contagem
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
Observe o seguinte problema:
1 2e3 Um jovem estudante, durante seu período de férias esco-
lares, decide fazer uma viagem. Ele mora na cidade de São
Paulo e possui três possíveis cidades como destino: Rio de
Janeiro, Belo Horizonte ou Curitiba.
1. Análise combinatória
Veja as seguintes questões:
§ Sabendo que, em uma sorveteria, há 5 tipos de massas
e 3 tipos de cobertura, de quantas maneiras diferentes
pode-se formar um sorvete com massa e cobertura?
§ De quantas maneiras diferentes podemos dispor 5 pes-
soas em cinco assentos de cinema?
§ Em uma sala de 40 alunos, deve-se escolher 4 deles para
participarem da comissão de formatura. De quantas ma- Ao pesquisar, descobriu que, para cada cidade, há a pos-
neiras diferentes podemos escolher essa comissão? sibilidade de transporte por avião ou por ônibus. Quantas
Essas questões são estudadas no ramo da matemática cha- opções de viagem no total existem para o estudante, sendo
mado análise combinatória, em que estudamos técni- que visitará apenas uma cidade na viagem?
cas de contagem, ou seja, dada uma situação, queremos
analisar de quantas maneiras esse evento pode ocorrer. 1.1.1. Resolução
Em muitos problemas envolvendo a análise combinatória, Para cada uma das três cidades de destino, temos duas
é comum encontrarmos mais de uma forma de resolver o possibilidades de transporte. Podemos dispor todas as pos-
mesmo problema, apesar de o resultado final ser o mesmo. sibilidades em um diagrama de árvore:
Dessa forma, analisaremos vários exemplos a fim de de-
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
56
(Rio de Janeiro, Ônibus), (Rio de Janeiro, Avião), (Belo Ho- Resolução:
rizonte, Ônibus), (Belo Horizonte, Avião), (Curitiba, Ônibus) Há 5 possibilidades para a escolha do algarismo das cente-
e (Curitiba, Avião). nas, 5 para o algarismo das dezenas e 5 para o das unida-
des. Portanto, pelo PFC:
Nesse caso, é fácil montar o diagrama de árvore e determinar
todas as possibilidades; porém, se a quantidade de possibilida-
des fosse muito grande, seria trabalhoso montar o diagrama.
Para realizar esse cálculo, utilizamos o princípio Fun- Portanto, há 125 números formados pelos algarismos 2,
damental da contagem (PFC): 3, 4, 5 e 6.
Suponha um determinado evento constituído de duas
etapas sucessivas, sendo que a primeira pode aconte- 2. Quantos números de 3 algarismos distintos podem
ser formados com os algarismos 2, 3, 4, 5 e 6?
cer de a maneiras e a segunda de b maneiras. Sendo
as duas etapas eventos independentes um do outro (a Resolução:
escolha de uma maneira da primeira etapa não altera Perceba que, nesse caso, não é possível a formação dos
a escolha da segunda), temos que o total de maneiras números 222, 244, 445, 556, por exemplo, pois esses nú-
T que o evento pode ocorrer é dado pelo produto: meros possuem algarismos repetidos (não distintos). Nesse
caso, queremos apenas os números que possuem algaris-
T=a·b
mos distintos um do outro.
Podemos estender essa definição para qualquer número
1.ª etapa – escolha do algarismo das centenas: 5 manei-
de etapas sucessivas.
ras distintas.
Poderíamos chegar ao mesmo resultado do problema re- 2.ª etapa – escolha do algarismo das dezenas: 4 manei-
solvido anteriormente utilizando o PFC: como existem 3 ras distintas, visto que um dos algarismos já foi escolhido
possibilidades de destino e 2 possibilidades de transporte, para o algarismo das centenas.
a quantidade de maneiras distintas de realização da via- 3.ª etapa – escolha do algarismo das unidades: 3 manei-
gem é dada por 2 · 3 = 6 maneiras. ras distintas, pois já foram escolhidos um algarismo para a
centena e um para a dezena.
brilhantes da faculdade, aplicou um dos maiores golpes rer. Iremos escolher quais vagas cada carro pode ocupar ou
da história de Las Vegas. A excêntrica equipe utilizava quais carros cada vaga pode ocupar?
o cálculo estatístico para faturar milhões de dólares
jogando vinte e um através de um método simples de 1.ª etapa – escolha da vaga do primeiro carro: 5 vagas distintas.
contar cartas. 2.ª etapa – escolha da vaga do segundo carro: 4 vagas
distintas (uma já ocupada).
3.ª etapa – escolha da vaga do terceiro carro: 3 vagas
Aplicação do conteúdo distintas (duas já ocupadas).
Portanto:
1. Quantos números de 3 algarismos podem ser forma- 5 · 4 · 3 = 60 maneiras distintas
dos com os algarismos 2, 3, 4, 5 e 6? 1.º carro 2.º carro 3.º carro
57
4. Com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7:
a) quantos números de 3 algarismos podemos formar?
b) quantos números de 3 algarismos distintos pode-
mos formar?
Resolução:
Nesse caso, o zero apresenta uma restrição. Veja:
8 ∙ ______
7 ∙ ______
a) ______ 8 multimídia: site
centena dezena unidade
Há 7 possibilidades para a centena (0 não é permi-
tido), 8 para a dezena e 8 para a unidade. Portanto, pt.khanacademy.org/math/probability/probability-
podemos formar 7 · 8 · 8 = 448 números. -geometry/counting-permutations/e/fundamental-
7 ∙ ______
b) ______ 7 ∙ ______
6 -counting-principle
centena dezena unidade
Com 3 algarismos distintos, há 7 possibilidades para
a centena, 7 para a dezena e 6 para a unidade. Por-
tanto, podemos formar 7 ∙ 7 ∙ 6 = 294 números de
3 algarismos distintos com os algarismos 0, 1, 2, 3,
4, 5, 6 e 7.
VIVENCIANDO
O princípio fundamental da contagem é a estrutura básica da análise combinatória. Por meio dele, desenvolvemos
técnicas e métodos de contagem na resolução de problemas que estão diretamente ligados ao nosso cotidiano,
como os modos distintos que podemos organizar as pessoas em uma fila, o número de placas de automóveis que
podemos formar com letras e algarismos, as possíveis combinações da Mega-Sena, entre outras situações.
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
58
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 2
Dentro das competências da área 1 do Enem, a habilidade 2 exige do aluno a capacidade de resolver uma
situação proposta a partir de conhecimentos sobre análise combinatória.
MODELO 1
(Enem) Uma empresa construirá sua página na internet e espera atrair um público de aproximadamente um
milhão de clientes. Para acessar essa página, será necessária uma senha com formato a ser definido pela em-
presa. Existem cinco opções de formato oferecidas pelo programador, descritas no quadro, em que “L” e “D”
representam, respectivamente, letra maiúscula e dígito.
Opção Formato
I LDDDDD
II DDDDDD
III LLDDDD
IV DDDDD
V LLLDD
As letras do alfabeto, entre as 26 possíveis, bem como os dígitos, entre os 10 possíveis, podem se repetir em
qualquer das opções.
A empresa quer escolher uma opção de formato, cujo número de senhas distintas possíveis seja superior ao nú-
mero esperado de clientes, mas que esse número não seja superior ao dobro do número esperado de clientes.
A opção que mais se adequa às condições da empresa é:
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.
ANÁLISE EXPOSITIVA
O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar um problema do cotidiano e utilizar seus
conhecimentos sobre análise combinatória para a sua resolução.
O número de senhas para cada modelo de senha é:
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Opção I: 26 × 10 × 10 × 10 × 10 × 10 = 26 × 105
Opção II: 10 × 10 × 10 × 10 × 10 × 10 = 106
Opção III: 26 × 26 × 10 × 10 × 10 × 10 = 26² × 104
Opção IV: 10 × 10 × 10 × 10 × 10 = 105
Opção V: 26 × 26 × 26 × 10 × 10 = 26³ × 10²
Calculando cada valor, o que se enquadra nas restrições feitas é a opção V.
RESPOSTA Alternativa E
59
DIAGRAMA DE IDEIAS
ANÁLISE
COMBINATÓRIA
TÉCNICAS DE CONTAGEM
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL
DA CONTAGEM (PFC)
60
Como veremos no cálculo de arranjos, permutações e com-
binações, é comum encontrarmos razões entre fatoriais.
Por isso, é comum escrevermos fatoriais em função de fa-
FATORIAL E toriais de números menores; veja um exemplo:
PERMUTAÇÕES
10! = 10 · 9 · 8 · 7 · 6 · 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 10 · 9!
9!
SIMPLES E COM Também poderíamos escrever:
REPETIÇÃO
10! = 10 · 9 · 8! ou 10! = 10 · 9 · 8 · 7!
MT AULAS
31 E 32
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) multimídia: livro
1 2e3
Análise Combinatória e Probabilidade –
Augusto Cesar Morgado, João Bosco
Pitombeira de Carvalho, Paulo Cesar Pinto
1. Fatorial Carvalho, Pedro Fernandez
Veja o seguinte problema: O livro incorpora a experiência dos autores em ensinar
Análise Combinatória, uma disciplina complicada, em que
§ Cinco alunos de uma escola de música irão se apresentar os alunos têm dificuldade de encontrar a fórmula correta
individualmente em um festival musical. Quanto à ordem para cada problema. A obra sugere que os problemas de
das apresentações, de quantas maneiras diferentes os contagem sejam resolvidos pelo uso de alguns princípios
cinco alunos podem realizar sua apresentação? fundamentais, evitando as fórmulas.
Resolução:
Utilizando o princípio fundamental da contagem, pode-
mos afirmar que as apresentações podem ocorrer de 5 ·
4 · 3 · 2 · 1 = 120 maneiras diferentes.
Aplicação do conteúdo
Porém, se houvesse 20 alunos para se apresentarem, tería- 1. Simplifique a expressão 15!
___ .
13!
mos que realizar o produto 20 · 19 · 18 · ... · 3 · 2 · 1. Para Resolução:
simplificar esse tipo de cálculo, utilizamos uma notação
especial: o fatorial. Reescrevemos o fatorial do maior número, no caso o nu-
merador, de forma a simplificar o denominador:
1.1. Definição
15! = __________
___ 15 · 14 ·
13! = 15 · 14 = 210
Dado um número natural n > 2, definimos o fatorial de n 13! 13!
(indicado por n!) como sendo o produto de todos os núme- 20! .
2. Simplifique a expressão ________
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
19! + 20!
ros naturais menores ou iguais a n e maiores que zero. Isto é:
Resolução:
n! = n · (n – 1) · (n – 2) · (n – 3) · ... · (2) · (1)
Por exemplo: 20!
___________ 20!
= __________
20 · 19! = ___
= _______ 20
19! + 20 · 19! 19! (1 + 20) 19! · 21 21
§ 5! = 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 120
3. Resolva a seguinte equação, sabendo que x [ N*:
§ 2! = 2 · 1 = 2
Resolução:
§ 10! = 10 · 9 · 8 · 7 · 6 · 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 3.628.800
Veja que a definição é válida para n > 2. Em particular, (x + 1)!
______
= 5x
temos dois casos importantes: (x – 1)!
0! = 1 e 1! = 1
61
Utilizando a definição de fatorial, temos:
2. Permutação simples
(x + 1)! = (x + 1) · (x) · (x – 1)! A palavra “permutação” significa "troca", "transposição".
Na matemática, definimos as permutações de um con-
Logo:
junto A de n elementos como todas as sequências distintas
(x + 1) · (x) · (x – 1)!
_______________
= 5x ⇒ (x + 1) · x = 5x possíveis de n elementos formadas pelos elementos de A.
(x – 1)!
Veja um exemplo:
Como x Þ 0, podemos simplificar o x em ambos os termos:
Vamos listar todos os anagramas da palavra “LAR”. Um
x+1=5⇒x=4 anagrama é uma palavra obtida pelo rearranjo das letras
da palavra original, assim como “Iracema” é um anagrama
da palavra “América”.
4. Encontre o valor de n na equação (n – 2)! = 720.
Para a palavra “LAR”, temos:
Resolução:
LAR, LRA, ALR, ARL, RAL, RLA
Devemos procurar um número natural, cujo fatorial seja
igual a 720. Para isso, vamos decompor 720 em fatores A palavra “LAR” possui, portanto, 6 anagramas possíveis.
consecutivos a partir de 2 : Poderíamos determinar o número de anagramas pelo prin-
cípio fundamental da contagem:
720 2
3 · 2 · 1 = 3! = 6 anagramas
360 3 Portanto, para a palavra “LAR” existem 3! anagramas.
Analogamente, para uma palavra de 4 letras distintas, ha-
120 4
veria 4! anagramas, para uma palavra de 5 letras distintas,
haveria 5! anagramas, e assim sucessivamente.
30 5 720 = 6 · 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 6!
Com isso, concluímos que; se um conjunto A possui n ele-
6 6 mentos distintos, definimos uma permutação como sendo
toda sequência de n elementos de A, todos distintos. O nú-
1 mero total de permutações de n elementos, Pn, é dado por:
Pn = n!
Logo:
(n – 2)! = 6! ⇒ n – 2 = 6 ⇒ n = 8 Aplicação do conteúdo
5. Se (n + 4)! + (n + 3)! = 15(n + 2)!, então: 1. Ao criar uma conta-corrente em uma certa agência ban-
cária, uma pessoa deve criar uma senha numérica de 6
a) n = 4.
dígitos distintos com os números 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Quantas
b) n = 3. senhas possíveis é possível formar nesta configuração?
c) n = 2.
d) n = 1. Resolução:
e) n = 0. Queremos saber a quantidade de permutações de 6 ele-
Resolução: mentos:
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
P6 = 6! = 6 · 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 720
Desenvolvendo cada fatorial da equação até chegar a um
fator comum, temos: Portanto, há 720 possibilidades diferentes para a senha
numérica.
(n + 4)! + (n + 3)! = 15(n + 2)! ⇒
⇒ (n + 4)(n + 3) (n + 2)! + (n + 3)(n +2)! = 15 (n + 2)! ⇒ 2. Cinco pessoas (A, B, C, D e E) vão a um concerto e
existem 5 lugares em fila para se sentarem. Sabendo
⇒ (n + 4)(n + 3) + (n + 3) = 15 ⇒ disso, faça o que se pede em cada item:
⇒ n2 + 8n + 15 = 15 ⇒ a) De quantas maneiras todas as cinco pessoas po-
⇒ n = 0 ou n = –8 (não convém) dem se acomodar nas cadeiras?
b) Se A fizer questão de sentar na primeira cadeira, de
Alternativa E quantas formas elas podem se acomodar na fileira?
62
c) Sabendo que B e C são um casal e irão sentar um Portanto, há para cada P4 = 24 permutações dos 4 ele-
ao lado do outro, de quantas formas diferentes então mentos e P2 = 2 permutações entre N e O. Logo, existem
o grupo poderá se sentar? 24 · 2 = 48 anagramas em que N e O são consecutivos.
Resolução: Para o número de anagramas no total, simplesmente
a) Cada permutação das cinco pessoas representa uma calculamos o número total de permutações de 5 ele-
maneira distinta de se sentarem. Sendo assim, temos mentos: P5 = 5! = 120.
no total P5 = 5! = 120 possibilidades diferentes.
b) Nesse caso, um dos elementos está fixo: Finalmente, tomamos a diferença entre os dois resul-
A · · · · tados, sendo o total de anagramas em que N e O não
Portanto, só precisamos calcular as permutações das são consecutivos, PT é:
4 pessoas restantes:
PT = 120 – 48 = 72 anagramas
P4 = 4! = 24 possibilidades
c) Como B e C estão juntos, iremos considerá-los 3. Permutações com repetição
como um elemento só do conjunto; portanto, que-
remos calcular as permutações de quatro elementos: Consideremos os exemplos:
A , BC , D , E. 1. Quantos são os anagramas da palavra BATATA?
Temos, então, 4 elementos: P4 = 24 possibilidades.
Se os A fossem diferentes e os T também, teríamos as letras
Porém, para cada uma dessas permutações existe a B, A1, A2, A3, T1, T2 e o total de anagramas seria P6 = 6!.
permutação dentro do conjunto BC. Como BC pos-
sui 2 elementos, existem P2 = 2! possibilidades dentro Mas as permutações entre os três A não produzirão um
dele: BC e CB. novo anagrama. Então, precisamos dividir P6 por P3. O mes-
Portanto, o número de permutações no total é dado por: mo ocorre com os dois T: precisamos dividir também por P2.
PT = 24 · 2 = 48 Portanto, o número de anagramas da palavra BATATA é:
P
3. Considerando a palavra “ALUNO”, faça o que se pede _____ 6! = _________
6 = ____ 6 · 5 · 4
· 3! = 60
em cada item: P3 · P2 3!2! 3!2!
a) Quantos anagramas podem ser formados, sendo
que as letras L, U e N sejam, não necessariamente 2. Quantos anagramas tem a palavra PAPA?
nesta ordem, consecutivas?
Se a palavra tivesse as 4 letras distintas, teríamos
b) Quantos anagramas podem ser formados de modo
que as letras N e O não sejam consecutivas?
P4 = 4! = 4 · 3 · 2 · 2 = 24.
Resolução:
Como a letra A e a letra P aparecem 2 vezes, devemos
a) A palavra “ALUNO” possui 5 letras, porém, como então fazer:
L, U e N devem ser consecutivas, iremos considerá-las
inicialmente como um só elemento. Portanto, vamos P
calcular o número de permutações de 3 elementos: _____
4 = ____ 4 · 3 ·
4! = ______ 2=6
P2 · P2 2!2! 2·2
A , LUN , O
P3 = 3! = 6 Logo, a palavra PAPA tem 6 anagramas.
Porém, como há 3 elementos dentro do bloco LUN ,
existem P3 = 6 permutações entre eles. Portanto, no Aplicação do conteúdo
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
63
2. Quantos são os anagramas da palavra DEZESSETE? Resolução:
Resolução: Para ir do ponto A até o ponto B percorrendo a menor
Nesse caso, há 4 letras E e 2 letras S, num total de 9 letras. distância possível, devemos, necessariamente, percorrer 3
Então, temos: vezes para cima e 4 vezes para a direita. Uma das possibi-
lidades está demonstrada a seguir:
9! = ______________
P94, 2 = ____ 9 · 8 · 7 · 6
· 5 · 4! = 7560
4!2! 4!2!
Como a soma dos valores de x, y e z é 6, consideramos que Primeiramente, contamos todos os números que começam
precisamos separar 6 elementos em 3 partes. Cada modo com o dígito 1:
de separamos 6 elementos em 3 partes é uma solução da 1____
equação. Por exemplo:
Como há 4 dígitos restantes, existem 4! = 24 números que
•• | •• | •• equivale a x = 2, y = 2 e z = 2 começam por 1. Analogamente, contamos os que come-
• | ••••• equivale a x = 1, y = 5 e z = 0 çam por 2:
8! = _______
P82, 6 = ____ 8 · 7 · 6! = 28 soluções naturais 31___
6!2! 6! · 2 · 1
Como existem 3 dígitos restantes, há 3! = 6 números que
6. No quadriculado a seguir, de quantas maneiras podemos
começam com 31, totalizando 48 + 6 = 54
ir do ponto A até o ponto B, percorrendo a menor distância,
considerando que podemos seguir apenas pelas linhas? Agora, os que começam por 32:
32___
Teremos então mais 6, totalizando 60, portanto, o 60.º nú-
mero é o maior número que começa com 32: 32541.
Logo, o 61.º é o próximo, ou seja, o menor número que
começa com 34: 34125.
64
VIVENCIANDO
Você já se perguntou como as placas dos carros nunca coincidem nas regiões do Brasil? Pois é... Cálculos obtidos
pela análise combinatória permitem que situações como essa sejam moldadas a diferentes casos. Permutações são
características dessa análise. Vejamos um exemplo: quando andamos na rua, podemos ter dois modos de pisar na
calçada – “pé esquerdo/pé direito’’ ou “pé direito/pé esquerdo’’. Logo, dependendo do seu primeiro passo, toda uma
sequência de passos se organiza, e a permutação nos ajuda a reorganizar esse ato de maneiras diferentes. Permutar
nos ajuda a trocar de lugar e de inúmeras formas possíveis objetos distintos.
As permutações caracterizam uma importante ferramenta na área da moda. Um estilista, ao promover sua coleção
em um desfile de moda, utilizará limitados números de peças e sequências variadas de modelos. Logo, para que os
looks não se repitam sequencialmente, o estilista permuta suas peças, obtendo, assim, uma variedade de modelos
em sua coleção. Dessa forma, sem perceber, utilizamos conceitos da análise combinatória em tarefas simples, das
mais diversas áreas de atuação.
65
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 2
Dentro das competências da área 1 do Enem, a habilidade 2 exige do aluno a capacidade de resolver uma
situação proposta a partir de conhecimentos sobre análise combinatória.
MODELO 1
(Enem) Para cadastrar-se em um site, uma pessoa precisa escolher uma senha composta por quatro caracteres,
sendo dois algarismos e duas letras (maiúsculas ou minúsculas). As letras e os algarismos podem estar em
qualquer posição. Essa pessoa sabe que o alfabeto é composto por 26 letras e que uma letra maiúscula difere
da minúscula em uma senha.
Disponível em: <www.infowester.com>. Acesso em: 14 dez. 2012.
O número total de senhas possíveis para o cadastramento nesse site é dado por:
a) 102 . 262.
b) 102 . 522.
4!
c) 102 . 522 . __
.
2!
4! .
d) 102 . 262 . _____
2! . 2!
4! .
e) 102 . 522 . _____
2! . 2!
ANÁLISE EXPOSITIVA
Existem 10 · 10 = 102 maneiras de escolher dois algarismos e 52 · 52 = 522 maneiras de escolher as letras.
4! modos. Portanto, pelo princípio
Definidos os caracteres da senha, podemos dispô-los de P4(2, 2) = ______
2! . 2!
4! .
multiplicativo, segue que a resposta é 102 · 522 · ______
2! . 2!
O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar um problema do cotidiano e utilizar seus
conhecimentos sobre análise combinatória para a sua resolução.
RESPOSTA Alternativa E
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
66
DIAGRAMA DE IDEIAS
ANÁLISE
COMBINATÓRIA
PERMUTAÇÃO
SIMPLES
TROCA DE POSIÇÃO
COMUM EM PROBLEMAS
SEM A REPETIÇÃO
DE ANAGRAMAS
DOS ELEMENTOS
Pn = n!
PERMUTAÇÃO COM
FATORIAL
REPETIÇÃO
EM QUE:
α: SÃO ELEMENTOS
DE UM MESMO TIPO
β: SÃO ELEMENTOS
DE UM MESMO TIPO
γ: SÃO ELEMENTOS
DE UM MESMO TIPO
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
67
Pelo princípio fundamental da contagem, há, no total,
4 · 3 = 12 possibilidades.
Os 12 agrupamentos ordenados diferentes são:
ab ba ca da
ARRANJOS ac bc cb db
ad bd cd dc
A A
Na p-ésima posição: n – (p –1) possibilidades
68
Podemos ainda indicar An,p por meio de fatoriais. Observe:
An, p = n(n – 1)(n – 2) . ... . (n – p + 1)
(n – p)!
Multiplicando esse número por _______
, temos:
(n – p)!
(n – p)! ____________________________
n(n – 1) (n – 2) ... (n – p + 1)(n – p)! ______
An, p = n(n – 1)(n – 2) . ... . (n – p + 1) · ______
= = n!
(n – p)! (n – p)! (n – p)!
Portanto:
n!
An, p = ______
(n – p)!
Resumindo:
Arranjos simples de n elementos tomados p a p (p ≤ n) são os agrupamentos ordenados distintos que se podem formar com
p dos n elementos dados.
Indica-se por An, p ou Anpo total desses agrupamentos, que calculamos assim:
An, p = n(n – 1)(n – 2). ... . (n – p + 1)
ou
n!
An, p = ______
(n – p)!
Exemplos
(10 – 4 + 1)
↑
§ A10, 4 = 10 · 9 · 8 · 7 = 5040 ou
10! = _____________
A10, 4 = ___ 10 · 9 · 8
· 7 · 6!= 5040
6! 6!
8 · 7
§ A8, 2 = 8 · 7 ou A8,2 = _______ · 6!
6!
Observação
Você pode usar o conceito de arranjo ou o princípio fundamental da contagem para resolver problemas, como veremos nos exem-
plos de aplicação a seguir. Só compreendendo o que está sendo feito é que você saberá aplicar a fórmula. Por isso, pouco adianta
apenas decorá-la. VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Os arranjos se propagam grandemente no nosso cotidiano. Na área da saúde, por exemplo, quando uma enfermeira
recebe prescrições médicas de medicamentos, onde no pronto-socorro irá recombiná-los com vários outros genéricos,
ela está aplicando arranjos no seu trabalho. Percebe-se que, através de um remédio, várias outras combinações serão
criadas, causando efeitos diferentes nos pacientes.
69
2.ª maneira:
Aplicação do conteúdo Usando a fórmula:
1. Quantos números de dois algarismos diferentes pode- Fixando E como 1.ª letra, temos que arranjar as 3 res-
mos escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9?
tantes das 7 que sobraram.
Resolução: Assim:
1.ª maneira: 7! = 7 · 6 · 5 = 210
A7, 3 = __
4!
Usando a fórmula: d) Quantas terminam com TA?
Procuramos agrupamentos de 2 elementos em que a ordem
Resolução:
é importante, pois, por exemplo, 12 ≠ 21. Temos 9 elementos
para serem arranjados 2 a 2. Assim, temos que calcular: 1.ª maneira:
9! = __
A9, 2 = ______ 9! = _______
9 · 8
· 7! = 72 Sem usar a fórmula:
(9 – 2)! 7! 7!
Fixando TA como 3.ª e 4.ª letras, restam 6 possibilida-
Portanto, existem 72 números de dois algarismos diferen- des para a 1.ª letra e 5 para a 2.ª. Assim, temos:
tes que podem ser escritos com os algarismos de 1 a 9.
6 · 5 = 30 palavras
2.ª maneira: 2.ª maneira:
Sem usar a fórmula: Usando a fórmula:
Para o algarismo das dezenas temos 9 opções e, para o al-
garismo das unidades, apenas 8 opções, pois não podemos Fixando as duas últimas como sendo TA, temos que
repetir algarismos. Assim temos 9 · 8 = 72 possibilidades. arranjar as 2 iniciais das 6 que sobraram. Assim:
Portanto, são 72 números. 6! = 6 · 5 = 30
A6, 2 = __
4!
2. Responda às seguintes questões:
e) Quantas contêm a letra M?
a) Quantos anagramas podemos formar com as letras
da palavra CONTAGEM? Resolução:
b) Quantas “palavras” de 4 letras distintas podemos Fixando M como 1.ª letra, restam 7 possibilidades
formar com as letras da palavra CONTAGEM? para a 2.ª letra, 6 para a 3.ª e 5 para a 4.ª letra.
Assim, temos 7 · 6 · 5 = 210 palavras com o M na
Resolução:
1ª posição. Da mesma forma, teremos 210 possibili-
1.ª maneira: dades para o M na 2.ª posição, na 3.ª posição e na 4.ª
Sem usar a fórmula: posição. Assim, temos:
Temos 8 possibilidades para a 1.ª letra, 7 para a 2.ª, 6 4 · 210 = 840 palavras
para a 3.ª e 5 para a 4.ª letra. Assim, temos: 2.ª maneira:
8 · 7 · 6 · 5 = 1680 Usando a fórmula:
2.ª maneira:
Colocado o M temos
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Usando a fórmula:
7! = 7 · 6 · 5 = 210 possibilidades para as outras
A7, 3 = __
4!
8! = 8 · 7 · 6 · 5 = 1680
A8, 4 = __ letras. Como podemos colocar o M de quatro maneiras
4!
c) Quantas dessas “palavras” começam com E? diferentes.
Resolução: M __ __ __; ___ M ___ ___; ___ ___
1.ª maneira: M ___ e ___ ___ ___ M, temos:
Sem usar a fórmula: 4 · 210 = 840
Fixando E como 1ª letra, restam 7 possibilidades para
a 2ª letra, 6 para a 3ª e 5 para a 4ª letra. Assim, temos:
7 · 6 · 5 = 210
70
f) Quantas não contêm a letra M? 4. Quantas frações diferentes (e não iguais a 1) pode-
mos escrever usando os números 2, 3, 5, 7, 11 e 13?
Resolução:
Resolução:
1ª maneira:
1ª maneira:
Sem usar a fórmula:
Usando a fórmula:
Sem o M teremos 7 letras para compor a palavra:
Nesse caso, estamos procurando agrupamentos de dois
7 possibilidades para a 1.ª letra, 6 para a 2.ª, 5 para a
3.ª e 4 para 4.ª letra. Assim, temos:
elementos, nos quais a ordem deles é relevante __
e nos quais um mesmo número não pode ser repetido na
3 2 ( )
3
2 ≠ __
71
2ª maneira: 8. Com os dígitos 3, 4 e 5, quantos números naturais de
algarismos distintos podemos formar?
Usando a fórmula:
Resolução:
Temos as possibilidades:
§ 3 ___ ___ § De 1 algarismo: 3
§ 4 ___ ___ § De 2 algarismos: A3, 2 = 3 · 2 = 6
§ 5 ___ ___
§ De 3 algarismos: P3 = 6
§ 6 ___ ___
Total 3 + 6 + 6 = 15 números.
Para preencher cada uma das lacunas, temos A5, 2 possibili-
dades. Portanto, podemos formar:
5! = 4 . 5 . 4 = 80 números
4 . A5, 2 = 4 . __
3!
7. Com os algarismos 3, 5, 7 e 9 foram formados todos os
números naturais possíveis de 3 algarismos e colocados
em ordem crescente. Qual a posição do número 739?
Resolução:
multimídia: site
Temos as possibilidades:
3 __ __ → A3,2 = 6 pt.khanacademy.org/math/probability/probability-
6 + 6 = 12
5 __ __ → A3,2 = 6 -geometry/counting-permutations/e/fundamental-
7 3 5 → 13º número 7 3 9 → 14º número -counting-principle
VIVENCIANDO
Doze times se inscreveram em um torneio de futebol amador. O jogo de abertura do torneio foi escolhido da seguinte
forma: primeiro, foram sorteados quatro times para compor o grupo A. Em seguida, entre os times do grupo A, foram
sorteados dois times para realizar o jogo de abertura do torneio, sendo que o primeiro deles jogaria em seu próprio
campo e o segundo seria o time visitante. A quantidade total de escolhas possíveis para o grupo A e a quantidade
total de escolhas dos times do jogo de abertura podem ser calculadas por meio de:
a) uma combinação e um arranjo, respectivamente;
b) um arranjo e uma combinação, respectivamente;
c) um arranjo e uma permutação, respectivamente;
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
d) duas combinações;
e) dois arranjos.
Resolução:
Trata-se de arranjo e combinação; caso a ordem de escolha importe, trata-se de arranjo; caso a ordem de escolha
não importe, combinação. Observando o enunciado, temos que serão escolhidos quatro times dentre 12 times para
definir o grupo A; como a ordem de escolha não importa, trata-se de uma combinação. Para o jogo de abertura, a
ordem de escolha importa, ou seja, trata-se de um arranjo. Logo, a alternativa correta é A.
Alternativa A
72
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 2
Dentro das competências da área 1 do Enem, a habilidade 2 exige do aluno a capacidade de resolver uma
situação proposta a partir de conhecimentos sobre análise combinatória.
MODELO 1
(Enem) Uma família composta por sete pessoas adultas, após decidir o itinerário de sua viagem, consultou o
site de uma empresa aérea e constatou que o voo para a data escolhida estava quase lotado. Na figura, dis-
ponibilizada pelo site, as poltronas ocupadas estão marcadas com X e as únicas poltronas disponíveis são as
mostradas em branco.
9!
a) ___
2!
9!
b) ______
7! . 2!
c) 7!
5!
d) _____
2! . 4!
5!
e ) ___ 4!
. ___
4! 3!
ANÁLISE EXPOSITIVA
RESPOSTA Alternativa A
73
DIAGRAMA DE IDEIAS
ANÁLISE
COMBINATÓRIA
ARRANJO
QUANDO A An,p= n!
(n-p)! SEM REPETIÇÃO
ORDEM IMPORTA
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
74
MATEMÁTICA
4
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
GEOMETRIA
ESPACIAL
TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
O Enem tem alta incidência de questões so- Apresenta questões sobre volume de pris-
bre geometria espacial. O candidato deve mas e suas aplicações. Questões difíceis
esperar questões de todos os níveis. podem aparecer na primeira e/ou segunda
fase.
A prova exigirá conhecimento sobre volu- Pode apresentar questões na parte de Físi- A prova apresenta os temas deste livro com
me e todas as figuras geométricas, por isso, ca e Química abordando volumes. grau mediano e elevado. Semelhança de
é necessário conhecer o conceito de sólido sólidos pode ser muito utilizado.
de revolução.
A prova busca de seu candidato uma com- A prova apresenta a geometria espacial A prova sempre abordará a geometria A prova apresentará questões de elevado
preensão do conteúdo aplicado. Questões com incidência e grau medianos. O candi- espacial, e os temas abordados neste livro grau de dificuldade. Associar todos os itens
sobre o conhecimento científico trarão a dato deve saber fazer a correlação entre são de extrema importância para o candi- de geometria plana para a espacial é fun-
geometria espacial. sólidos e seus volumes. dato realizar seus problemas. damental.
UFMG
A geometria espacial alinhada com a ge- A prova exige a parte da geometria espa- A prova exigirá de seu candidato uma boa
ometria plana levará o candidato a ter um cial com elevado grau em suas questões. análise da geometria espacial com ques-
grande resultado. Questões do nosso coti- Associar um cilindro com as outras formas tões elevadas. Tronco de pirâmides é um
diano e que buscam uma visão tridimen- geométricas é fundamental. bom tema a cair em sua prova, associado
sional também podem aparecer na prova. com temas de geometria plana.
A prova apresentará questões sobre geo- Diferente dos outros vestibulares, leva ao A prova possui baixa incidência de geome-
metria espacial no seu exame discursivo seu candidato uma prova muito objetiva. tria espacial, porém, as questões são muito
e de qualificação. O candidato deve se Os temas deste livro, na parte de geome- bem elaboradas.
atentar à junção entre a geometria plana e tria espacial, sempre ocorrem em questões
espacial para realizar uma boa prova. muito bem elaboradas.
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
76
1.2. Volume do paralelepípedo
retângulo ou bloco retangular
O bloco retangular é um poliedro formado por 6 faces re-
tangulares. Ele é determinado por três medidas: o seu com-
VOLUME DE PRISMAS primento (a), a sua largura (b) e a sua altura (c). O volume
desse bloco retangular será indicado por V (a, b, c), e o
volume do cubo unitário será indicado por V (1, 1, 1) = 1.
MT AULAS
27 E 28
O volume do bloco retangular é proporcional a cada uma
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) de suas dimensões, ou seja, se duas das dimensões forem
2e3 6, 7, 8, 9 e 14 mantidas constantes e a terceira dimensão for multiplicada
por um número natural qualquer, o volume também será
multiplicado pelo mesmo número natural. Isso pode ser
observado no exemplo a seguir:
1. A ideia intuitiva de volume V(a, b, 3c) = V(a, 3b, c) = V(3a, b, c) = 3V(a, b, c)
Considere que se queira medir a quantidade de espaço
ocupado por um sólido S. Para isso, é preciso comparar S
com uma unidade de volume. O resultado dessa compa-
ração é um número que exprime quantas vezes o sólido S
contém a unidade de volume. Esse número, assim obtido,
é o volume de S.
Por exemplo, o volume do sólido S a seguir é de 12 unida-
des de volume, 12 U, ou seja:
Volume de S = 12 U
77
Assim, o volume de um paralelepípedo retângulo é dado 1.3. Volume em litros
pelo produto das suas dimensões.
O litro é a unidade de medida de volume mais comum
no cotidiano. Em geral, o litro é usado para medir o volu-
Notas: me de líquidos, embora ele possa ser utilizado para medir
qualquer volume. Um litro é definido como o volume de
1. Como ab indica a área da base, e c indica a altura, é
um cubo de 1 decímetro de aresta (10 centímetros), ou
possível também indicar o volume do paralelepípedo
seja, 1dm3.
retângulo assim:
V = Abh
V = a ⋅ a ⋅ a ou V = a3
multimídia: site
pt.khanacademy.org/math/basic-geo/basic-geo-volu-
me-sa/volume-rect-prism/e/volume_1
78
5. Na caixa cúbica da figura a seguir, a ripa transversal
mede 8 dm. Qual é o volume da caixa?
Resolução:
Área da base = Ab = 3 . 4 = 12 m2
V = área da base . altura = Abh
= 12 m2 . 0,20 m = 2,40 m3
São necessários 2,40 m3 de concreto.
Resolução:
2. Princípio de Cavalieri
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
79
Agora, é possível calcular o volume de um prisma qual-
quer utilizando o paralelepípedo retângulo como auxílio.
80
Dados: d XX
3 = 1,7. Calculando V1:
2dXX 2dXX
l
Ab1 = 6 · ____ 3 = 6 · ____
8
3 = 163,2m2
4 4
V1 = Ab1 h = 163,2 mm2 · 5 mm = 816 mm3
Calculando V2:
2dXX 2dXX
l
Ab2 = 6 · ____ 3 = 6 · ____
6
3 = 91,8 mm3
4 4
Vb2 = Ab2 · h = 91,8 mm2 · 5 mm = 459 mm3
V = V1 – V2 = 816 – 459 = 357 mm3
O volume da porca de parafuso é 357 mm3.
Resolução:
Pelos dados do problema, tem-se:
4(a + 1)2 = 4a2 + 164 ⇒
4a2 + 8a + 4 - 4a2 = 164 ⇒
8a = 160 ⇒ a = 20 cm
Resolução:
O volume será:
Indicando por:
V = a3 = (20 cm)3 = 8 000 cm3
V1: o volume do prisma maior
V2: o volume do prisma menor
V = V1 – V2: volume da porca
81
VIVENCIANDO
O paliteiro e a barra de sabão são exemplos de objetos com forma prismática. As pessoas encontram muitos objetos
tridimensionais diferentes todos os dias. Em geral, esses objetos passam despercebidos e poucos percebem que
alguns deles são prismas. Da próxima vez que você olhar em volta, em casa ou na rua, talvez observe alguns prismas
que nunca tenha considerado, como uma barra de chocolate Toblerone.
HABILIDADE 14
Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas
e medidas.
Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a Habilidade 14 exige do aluno a capacidade de resolver uma
situação proposta com conhecimentos de geometria.
MODELO 1
(Enem) Uma empresa especializada em conservação de piscinas utiliza um produto para tratamento da água,
cujas especificações técnicas sugerem que seja adicionado 1,5 mL desse produto para cada 1.000 L de água da
piscina. Essa empresa foi contratada para cuidar de uma piscina de base retangular, de profundidade constante
igual a 1,7 m, com largura e comprimento iguais a 3 m e 5 m, respectivamente. O nível da lâmina d’água dessa
piscina é mantido a 50 cm da borda da piscina.
A quantidade desse produto, em mililitro, que deve ser adicionada a essa piscina de modo a atender às suas
especificações técnicas é:
a) 11,25. b) 27,00. c) 28,80. d) 32,25. e) 49,50.
ANÁLISE EXPOSITIVA
O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar o problema utilizando cálculos de volume de sólidos
geométricos (prismas, nesse caso) para a sua resolução.
De acordo com o enunciado, tem-se que o volume de água na piscina é igual a:
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
RESPOSTA Alternativa B
82
DIAGRAMA DE IDEIAS
VOLUME DO
PARALELEPÍPEDO
VOLUME DE PRISMAS
a
V=a·b·c
V = Ab · h
EM QUE:
VOLUME DO Ab: ÁREA DA BASE
CUBO h: ALTURA
a
RELAÇÕES
IMPORTANTES
a
1 l = 1 dm3
a 1000 l = 1 m3
V = a3 1 ml = 1 cm3
83
Veja, a seguir, alguns exemplos de pirâmides:
PIRÂMIDES E
TRONCOS DE
PIRÂMIDES
MT AULAS
29 E 30
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) A 1.ª pirâmide, ABCDE, tem base quadrada (pirâmide qua-
2 6, 7, 8 e 9 drada), a região poligonal BCDE é sua base, AC é uma ares-
ta lateral, BC é uma aresta da base e a região triangular
ACD é uma das faces laterais.
A 2.ª pirâmide tem base pentagonal (pirâmide pentagonal)
1. As pirâmides e a 3.ª tem base triangular (tetraedro).
Observação
1.1. Construção e definição
Se todas as arestas laterais são congruentes, a pirâmide é
Considere uma região poligonal, por exemplo, ABCDE, conti- reta, caso contrário, ela é oblíqua. Nos exemplos dados a
da em um plano a e um ponto V exterior ao plano da região 1.ª e a 2.ª são pirâmides retas e a 3.ª é oblíqua.
poligonal. Traçamos os segmentos VA, VB, VC, VD e VE. Cada
dois vértices consecutivos de ABCDE determinam com V uma 1.2. Pirâmide regular
região triangular. Essas regiões triangulares, juntamente com
a região poligonal ABCDE e vértice V, formam uma pirâmide. Pirâmide regular é uma pirâmide reta, cuja base é uma re-
gião poligonal limitada por um polígono regular.
Vamos considerar uma pirâmide cuja base é uma região
quadrada e com arestas laterais congruentes:
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
84
Nesse caso, podemos ainda afirmar que: 2.1. Caso particular importante:
§ o segmento (PG) que liga o vértice ao centro da base é o tetraedro regular
a altura da pirâmide;
Uma pirâmide particular formada por quatro regiões trian-
§ as faces laterais são regiões triangulares isósceles e
gulares congruentes e equiláteras é o tetraedro regular (te-
congruentes;
tra: quatro; edro: face).
§ a altura de cada face lateral é conhecida por apótema
da pirâmide regular (a).
Observação
Em toda pirâmide regular devemos destacar quatro im-
portantes triângulos retângulos, nos quais aparecem: a
aresta da base (ø), a aresta lateral (ø1), o raio da base
(r), o apótema da pirâmide (a), o apótema da base (a1)
e a altura da pirâmide (h). Nele, qualquer uma das faces pode ser considerada base. O
tetraedro regular é um caso particular de pirâmide regular.
Veja, em uma pirâmide regular pentagonal, a aplicação da
relação de Pitágoras nesses triângulos:
Aplicação do conteúdo
1. Uma pirâmide regular hexagonal tem 8 cm de altura
e a aresta da__sua base __mede dXX
______ 3 3 cm. Calcule a área
total. Adote √3 ≅ 1,7 e √ 84,24 ≅ 9,1.
Resolução:
Sabemos que:
__ __
3√3 ⇒ ______
6 · 9 ·
_________ √ 3
162
de uma pirâmide 4 4
= 68,85
Do mesmo modo que foi visto nos prismas, nas pirâmides § Cálculo de a1 (apótema da base):
também temos: __ __
√ √
§ superfície lateral: é formada pelas faces laterais 3 3 ·
a1 = _______ 3 = __
9
(triangulares); 2 2
§ área lateral: é a área da superfície lateral; ou
__
( )
§ superfície total: é formada pelas faces laterais e pela __ √
2
3 3
(3√3 ) = a21+ ____
2
⇒
base; 2
§ Área total: é a área da superfície total. 81 ⇒ a1 = __
27 = ___
a21= 27 – ___ 9
4 4 2
85
§ Cálculo de a (apótema da pirâmide):
_____
() 9 2 = 64 + ___
a2 = 82 + __
2
81 = ___
4
337 = 84,25 ⇒ a =√84,25 ≅ 9,1
4
§ Cálculo de Aø (área lateral):
.a __
𝓵
Aø = 6 · __ = 3 · 3√3 · 9,1 > 139,23
2
§ Cálculo de At (área total):
VIVENCIANDO
Muitos artistas representam a nossa cidade, as pessoas, os prédios, a iluminação, o transporte, a natureza e todas as
coisas que estão ao nosso redor. Um exemplo é Tarsila do Amaral, uma das artistas brasileiras de grande importância
para a nossa cultura, pois suas obras são reconhecidas mundialmente. Com um estilo inconfundível, Tarsila explorava
temas tropicais com muita cor e sensibilidade. Você acredita que podemos destacar a presença de sólidos geométri-
cos nas obras de Tarsila? Pois é! Observe a obra “Calmaria II” (1929).
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
86
3. Volume da pirâmide Então, pelo princípio de Cavalieri, temos que os volumes
das pirâmides são iguais, ou seja:
Observe a figura abaixo:
Pirâmides com áreas das bases iguais e com mesma
altura têm volumes iguais.
pP11 Pp2
área de P1 ________
área de P2
Daí, tiramos ________
=
área de p1 área de p2
Como consideramos inicialmente que área de P1 = área de
P2, concluímos que:
Área de p1 = área de p2 para qualquer plano horizontal p.
87
Volume da pirâmide triangular = volume de uma pirâ-
Observações mide qualquer (de mesma área da base e mesma altura)
1. As pirâmides I e II têm bases congruentes e alturas Como o volume da pirâmide triangular é um terço da área
iguais. De fato, os triângulos ABC e DEF são congruen- da base multiplicada pela altura, temos a seguinte fórmula:
tes e a distância de D ao plano (ABC) é igual à distân- Ah
cia de C ao plano (DEF) – altura do prisma original. V = ___
b
3
Logo, I e II têm mesmo volume.
2. As pirâmides II e III também têm bases congruentes Aplicação do conteúdo
e alturas iguais. De fato, o triângulo CEF é congruente
ao triângulo BCE, pois cada um deles é a metade do 1. A área da base de uma pirâmide é 36 cm2. Uma sec-
paralelogramo BCFE, pois cada uma dessas pirâmides ção transversal feita a 3 cm da base tem 9 cm2 de área.
é a distância de D ao plano (BCFE). Logo, II e III têm o Calcule a altura da pirâmide.
mesmo volume. Assim, VI = VII e VII = VIII e, portanto, os
três volumes são iguais.
Lembrando que Vprisma = VI + VII + VIII e fazendo VI = VII
= VIII = V, temos que: Vprisma
Vprisma = 3V ⇒ V = ____
3
Como Vprisma = área da base ∙ altura, temos:
área da base · altura
V ou Vpirâmide triangular = ________________
3
Essa propriedade citada pode ser verificada experimen-
talmente. Se quiséssemos encher de água uma vasilha Resolução:
em forma de prisma usando um recipiente em forma
de pirâmide, com mesma base e mesma altura, seria Na figura, temos:
necessário usá-lo três vezes para encher a vasilha. P1 = 36 cm2
p1 = 9 cm2
h – x = 3 cm ⇒ x = h – 3
P h2 ___
2 ⇒ 36 = ______
h 2 ⇒ 4 = ______
h 2 ⇒
2 2
__
p1 = __
1 x 9 (h – 3) (h – 3)
3.2. Cálculo do volume de ⇒ 2 = ______ h ⇒ 2h – 6 = h ⇒ h = 6
(h – 3)
uma pirâmide qualquer
Agora, para determinarmos o volume de uma pirâmide A altura da pirâmide é 6 cm.
qualquer, usamos a conclusão anterior e o princípio de Ca- 2. Calcule o volume de uma pirâmide quadrada, cuja
valieri. Assim, dada uma pirâmide qualquer, consideramos aresta da base mede 4 cm e a altura, 7cm.
uma pirâmide triangular que tenha a mesma área da base
e a mesma altura que uma pirâmide qualquer.
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
88
3. Qual é o volume de um tetraedro regular de aresta a?
Resolução: O tetraedro regular é tema bastante recorrente
quando nos referimos a pirâmides. Os resultados
Sabemos que, num tetraedro regular (figura abaixo), as obtidos nesse último exemplo são importantes e
quatro faces são triângulos equiláteros. podem ser utilizados sempre em exercícios relacio-
nados a tetraedros regulares:
§ Altura __ do tetraedro regular:
√
h = ____ a 6
3
§ Área total __
do tetraedro regular:
2√
a 3 __
4 . _____
= a2 √3
4
§ Volume do tetraedro regular:
__
a 2
3√
_____
12
3 __ __ Ab = 5 · 5 = 25 cm2
__
a
__2
2a
___ 2
a
____ √ 6
√__2 ____
a √ 2
⇒ h = a – = ⇒ h = =
2 2
25 · 5
_______
3 3 √3 3 Abh _______ 2 125 · 1,4
___
V = = = _______
= 29,1 cm3
Calculando o volume, temos: 3 3 6
__ __
2√
a
____ a√6
3 · ____
__ __ Como são duas pirâmides, temos:
A h 3a3√
3√
___b
V = = 4
_________ 3
= _____ = 2
2 a
____
VT > 2 · 29,1 = 58,2 cm3
3 3 36 12
__
3√
a .
Então, o volume do tetraedro regular vale ____ 2 Portanto, o volume do octaedro regular é de aproximada-
12
mente 58,2 cm3.
89
4. Tronco de pirâmide 4.1. Volume do tronco de pirâmide
Vamos considerar uma pirâmide de vértice V e altura h. Consideremos o tronco de pirâmide representado pela fi-
Traçando um plano p paralelo à base, que secciona a pirâ- gura abaixo.
mide a uma distância d do vértice, obtemos dois poliedros:
uma pirâmide de vértice V e altura d e um poliedro que é
denominado tronco da pirâmide inicial.
h ____
V = ___1 (AB + √
ABAb + Ab)
3
Assim, você pode calcular o volume do tronco por meio
da subtração dos volumes das pirâmides semelhantes (a
original e a menor) ou aplicando a fórmula acima.
Aplicação do conteúdo
ø1 = aresta da base maior do tronco
ø2 = aresta da base menor do tronco 1. Um tronco de pirâmide tem como bases duas regiões
a = aresta lateral do tronco quadradas de lados 5 cm e 12 cm. A altura do tronco é
8 cm. Calcule o volume desse tronco.
h2 = apótema do tronco (ou altura da face lateral)
90
Resolução: têm 3m e 1m. A altura do obelisco é de 15m. Calcule o
volume de granito usado para a construção do obelisco.
1º maneira: usando a fórmula
AB = 12 cm · 12 cm = 144 cm2
Resolução:
Ab = 5 cm · 5 cm = 25 cm2
h1 = 8 cm 1º maneira: usando a fórmula
h ____ Sendo 3 m o lado da base maior, temos:
V = __
1 (AB + √ 8 (144 + 60 + 25) ⇒
ABAb + Ab) = __ __ __
3 3 2√
9√3
8 1832 3
AB = ____ 3 = ____
m2
⇒ V = __ · 229 = ____
= 610,6 cm3 4 4
3 3
Sendo 1 m o lado da base menor, temos:
O volume do tronco é de 610,6 cm3, aproximadamente. __ __
2√ √
1
Ab = ____ 3 = ___
3 m2
2º maneira: sem usar a fórmula 4 4
A partir do tronco, consideremos as pirâmides origi- Sendo h = 15 m, temos:
nal e miniatura, com suas alturas h e x. Temos que h ____
h = x + 8 e que a razão de semelhança entre as duas pirâ- V = __ (
1 AB + √
ABAb + Ab = )
3
mides semelhantes é: __ ___ __
5 = __
k = ___ x ⇒ 5h = 12x ⇒ 5(x + 8) = 12x ⇒
= ___
3 4 ( √
9 3
15 ____ √ √
3 =
27 + ___
+ ___
16 4 )
12 h __ __ __
⇒ x = ___ 40 cm e h = ___
7
96 cm
7 ( √
9 3
= 5 ____
4
3√3
+ ____
4
√3 =
+ ___
4 )
__
65 · 1,7
√ 3 ______
13
= 5 · _____ = = 27,6m3
4 4
O volume de granito usado é 27,6 m3, aproximadamente.
2º maneira: sem usar a fórmula VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
91
A partir do tronco, consideremos as pirâmides original e Vamos calcular a altura do tronco:
menor, com suas alturas h e x. Temos que h = x + 15
e que a razão de semelhança entre as duas pirâmides
semelhantes é:
1 = __
k = __ x ⇒ h = 3x ⇒ x + 15 = 3x ⇒
3 h
15 = 7,5m e h = ___
x = ___ 45 = 22,5 m
2 2
Pela figura, temos:
O volume da pirâmide original é: __
__ __
1
__ 32 √
_____ 3 45
___ 135
______ √
3 m3 42 = 32 + h2 ⇒ h2 = 7 ⇒ h = √
7 m
V1 = · · =
3 4 2 8 Vamos calcular o volume do tronco no qual temos:
O volume da pirâmide menor é: __
__ __ AB = 64 m2, Ab = 4 m2, h = √ 7 __m
2 √ √ 3 3
1
__ 1
_____ 3 15
___ 5
____ ____ √ _____
V2 = · · = m
3 4 2 8 h AB + √
V = __ ( ) 7 ( 64 + √64 ∙4 + 4 ) ⇒
ABAb + Ab = ___
3 3
__ __
Então, o volume do granito é: √ √
7 (64 +16 + 4) = _____
V = ___ 84 7 = 28 √__ 7 m3
__ __ __ 3 3
Vt = V1 – V2 ⇒ Vt = ______√3 – ____
135
√ 3 _____
5
√ 3
= 65 = 27,6 m3
__
8 8 4 Logo, o volume do tronco é 28√7 m3.
3. As bases de um tronco de pirâmide regular são regiões 2ª maneira: sem usar a fórmula
quadradas de lados 8 m e 2 m, respectivamente. A aresta __
lateral do tronco mede 5 m. Calcule o volume do tronco. Mesmo procedimento até obter h = √ 7 ; depois, a partir
do tronco, consideremos as pirâmides original e miniatura,
com suas alturas h e x.
__
Temos que h = x + √7 e que a razão de semelhança entre
as duas pirâmides semelhantes é:
__
__ √
2 = __
k = __ x ⇒ 2h = 8x ⇒ x + √ 7
7 = 4x ⇒ x = ___
8 h 3
Resolução:
Não calcularemos h.
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
()
3
é k3 = __2 = ___
1 . Assim:
8 64
__
Vmini ___
___ 1 √ 7 3
256
______
= ⇒ Vorig = Vmini · 64 = m
Vorig 64 9
Pela figura, temos: Então, o volume do tronco é:
__ __
__
5 = a’ + 3 ⇒ a’ = 16 ⇒ a’ = 4 m
2 2 2 2 √ 7 ____
256
______ √
– 4 7
= 28√7 m3
9 9
92
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
Quando falamos em pirâmides, surgem com frequência à nossa mente as belíssimas imagens das antigas pirâmides
do Egito, cuja construção é um exemplo da contribuição da geometria espacial para as áreas da engenharia e da
arquitetura. A matemática envolvida nessas construções é realmente impressionante. A grande pirâmide de Quéops
é a maior e mais bem elaborada que existe, com 146 metros de altura, uma base quadrada com 230 metros de lado
e peso de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas.
93
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 8
Dentro do segundo eixo cognitivo do Enem, a habilidade 8 exige do aluno a capacidade de resolver situa-
ções-problemas que envolvam conhecimentos geométricos de espaço e fórmula.
MODELO 1
(Enem) É comum os artistas plásticos se apropriarem de entes matemáticos para produzirem, por exemplo,
formas e imagens por meio de manipulações. Um artista plástico, em uma de suas obras, pretende retratar os
diversos polígonos obtidos pelas intersecções de um plano com uma pirâmide regular de base quadrada.
Segundo a classificação dos polígonos, quais deles são possíveis de serem obtidos pelo artista plástico?
a) Quadrados, apenas.
b) Triângulos e quadrados, apenas.
c) Triângulos, quadrados e trapézios, apenas.
d) Triângulos, quadrados, trapézios e quadriláteros irregulares, apenas.
e) Triângulos, quadrados, trapézios, quadriláteros irregulares e pentágonos, apenas.
ANÁLISE EXPOSITIVA
Nessa questão, é necessário que o aluno saiba identificar os diferentes tipo de figuras planas e sóli-
dos geométricos além de conhecer as características e propriedades.
Supondo que quadriláteros irregulares e trapézios sejam polígonos distintos, tem-se que as possibilidades
são: triângulos, quadrados, trapézios, quadriláteros irregulares e pentágonos, conforme as figuras abaixo.
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
RESPOSTA Alternativa E
94
DIAGRAMA DE IDEIAS
PIRÂMIDES
ELEMENTOS CLASSIFICAÇÃO
ab
TRONCO DA PIRÂMIDE
VT = Vm - Vm
AM = ÁREA DA BASE MAIOR
PODEMOS UTILIZAR
d Am = ÁREA DA BASE MENOR
SEMELHANÇA PARA
Am d = ALTURA DA PIRÂMIDE MENOR
CALCULAR OS VOLUMES
h h = ALTURA DA PIRÂMIDE MAIOR
h1 h1 = ALTURA DO TRONCO d 2 Am
VT = VOLUME DO TRONCO =
AM h AM
VM = VOLUME DA PIRÂMIDE MAIOR
Vm = VOLUME DA PIRÂMIDE MENOR d 3 Vm
=
h VM
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
95
CILINDROS
cilindro reto
MT AULAS
31 E 32
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
2e3 6, 7, 8, 9 e 14
96
Um cilindro reto pode ser obtido girando-se uma região
retangular em torno de uma reta que contém um de seus
lados. Por isso, o cilindro circular reto pode ser chamado
também de cilindro de revolução, uma vez que é o sólido
gerado quando uma região retangular faz um giro com-
pleto em torno do eixo determinado por um de seus lados.
1. Secções de um cilindro
1.1. Secção transversal
É a intersecção do cilindro com um plano paralelo às suas bases.
A secção transversal é um círculo congruente às bases.
Em particular, se a secção meridiana for um quadrado, di-
zemos que o cilindro é equilátero.
Nesse caso, h = 2R
VIVENCIANDO
O formato cilíndrico possui várias aplicações no cotidiano: peças de carros, compartimentos de produtos gasosos e
líquidos, máquinas industriais, embalagens de produtos para consumo, etc.
97
2. Área da superfície
de um cilindro reto
planificado
Resolução:
Resolução:
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
98
Sendo a base do cilindro um círculo de raio r e área pr2, temos:
multimídia: livro
3. Volume do cilindro
Vamos novamente usar o princípio de Cavalieri, agora para
determinar o volume do cilindro.
Dado um cilindro com a base contida em um plano a, va-
mos considerar um paralelepípedo retângulo, também com
a base contida em a, que tem a área da base igual à da
base do cilindro e altura igual à do cilindro.
Cada plano b, paralelo a a, que secciona um dos só-
lidos também secciona o outro, e as secções determi- Resolução:
nadas por b em cada um deles têm a mesma área de
Se o diâmetro é igual a 12 cm, então r = 6 cm.
suas bases.
Área da base = Ab = pr2 = p · 62 = 36p cm2
Área lateral = Aø = 2prh = 2p · 6 · 10 = 120p cm2
Área total = At = Aø + 2Ab = 120p + 2(36p) = 192p cm2
Volume = V = Abh = pr2h = p · 62 · 10 = 360p cm3
Portanto, a área lateral é 120p cm2, a área total é 192p cm2
e o volume é 360p cm3.
99
Resolução: Modelo matemático
Essencial para a vida de qualquer ser humano, o oxigênio é de suma importância para a medicina, em todos os seus
níveis, desde primeiros socorros até as cirurgias mais complexas, e é utilizado nos mais diversos ambientes de saúde,
como hospitais, clínicas e, hoje em dia, até na própria casa dos pacientes. Problemas respiratórios impedem que os
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
pulmões desempenhem o seu papel com eficiência. Um ar rico em oxigênio permite uma melhor respiração e auxilia no
tratamento de diversas doenças pulmonares. Você já reparou onde o oxigênio é armazenado? Isso mesmo, em cilindros.
100
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 14
Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas
e medidas.
Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a habilidade 14 exige do aluno a capacidade de resolver uma
situação proposta com conhecimentos de geometria.
MODELO 1
(Enem) Em regiões agrícolas, é comum a presença de silos para armazenamento e secagem da produção de
grãos, no formato de um cilindro reto, sobreposto por um cone, e dimensões indicadas na figura. O silo fica
cheio e o transporte dos grãos é feito em caminhões de carga, cuja capacidade é de 20 m³. Uma região possui
um silo cheio e apenas um caminhão para transportar os grãos para a usina de beneficiamento.
ANÁLISE EXPOSITIVA
O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar o problema utilizando cálculos de volume de
sólidos geométricos, nesse caso prismas, para a sua resolução
Temos que o volume de um cilindro é dado por πr²H e o volume de um cone é dado por _____ πr²H
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
.
3
Assim, o volume de um silo é igual a π∙3²∙12 + __1 ∙3²∙3∙π = 351 m³, utilizando π = 3 .
3
O número de viagens que o caminhão deve fazer é ____ 351
= 17,55 , ou seja, para levar todo o volume,
20
o caminhão deve fazer, no mínimo, 18 viagens.
RESPOSTA Alternativa D
101
DIAGRAMA DE IDEIAS
CILINDRO
ÁREA DA
ELEMENTOS
SUPERFÍCIE
h
ÁREA DA BASE (AB)
AB = πr2
r
BASE
SUPERFÍCIE
LATERAL VOLUME
BASE
V = AB · h
V = πr2h
SÓLIDO DE REVOLUÇÃO
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
102
CONES E TRONCOS
DE CONE RETO
MT AULAS
33 E 34
centro da base.
Se o eixo é perpendicular à base, o cone é denominado cone reto.
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) Se o eixo é oblíquo à base, o cone é denominado cone oblíquo.
2 6, 7, 8 e 9
1. O cone
Vamos considerar um plano a, uma região circular R nesse
plano e um ponto P não pertencente a a.
A reunião de todos os segmentos que ligam cada ponto de Um cone reto pode ser obtido gerando-se uma região
R ao ponto P é um sólido denominado cone circular. triangular, cujo contorno é um triângulo retângulo em tor-
no de uma reta que contém um dos catetos.
A superfície do cone é formada por uma parte plana, a
região circular, que é a sua base, e uma parte curva, “arre- Por esse motivo, o cone reto é considerado um sólido ou
dondada”, que é a sua superfície lateral. corpo de revolução e é denominado cone de revolução.
103
A secção meridiana de um cone reto é um triângulo isósceles.
Aplicação do conteúdo
1. Um cone possui altura de 8 cm e diâmetro da base de
12 cm. Calcule o comprimento de sua geratriz.
g
8 cm
2. Secções do cone
2.1. Secção transversal
A secção transversal é a intersecção do cone com um plano
paralelo à sua base.
3. Área da superfície
A secção transversal do cone é um círculo.
de um cone reto
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Montado Planificado
2.2. Secção meridiana A superfície total do cone reto é formada pela superfície
A secção meridiana é a intersecção do cone com um plano lateral (um setor circular) mais a superfície da base (um
que contém o seu eixo. círculo), isto é, At = Aø + Ab.
104
Inicialmente, calculamos a área do setor (Aø). 2. A geratriz de um cone reto mede 5 cm e o ângulo central
do setor circular mede 72º. Calcule a área lateral do cone.
A área de um setor circular é proporcional à área do círculo
correspondente, de forma que: Resolução:
A
____
agraus arad
setor2 = ____
= ___ = ____
ø De acordo com os dados do problema, temos a = 72º (ân-
pR 360º 2p 2pR
gulo central) e g = R = raio do setor circular = 5 cm. Então:
Assim, podemos calcular a área do setor como Asetor = ____
ø · pR2. A𝓵
2pR
72 ⇒ Aø = p(5)2 · ___
= ___ 72 = p · 25 · __
1 = 5p ⇒
p · 52 360 360 5
No caso do cone, temos ø = 2pr e R = g. Logo:
Aø = 5 · 3,14 = 15,70 cm2
2pr · pg2 = prg
Aø = ____
2pg
3. Dado um setor circular de comprimento L = 6 p cm e
A área da base é a área do círculo de raio r: Ab = pr2. ângulo central de 60°, calcule a medida da área lateral
do cone formado a partir deste setor.
Logo, a área total do cone reto é:
At = prg + pr2 = pr(g + r). Resolução:
60º π r2 = __
A = ____ 1 π(182) = 54π cm2
360º 6
4. Volume do cone
Mais uma vez, usaremos o princípio de Cavalieri.
Consideramos um cone de altura H e base de área A con-
a) medida da sua geratriz;
tida em um plano horizontal a.
b) área lateral; Consideramos também uma pirâmide de altura H, base de
c) área total; área A, também contida em a.
d) medida do ângulo do setor circular (Use p = 3,14)
Resolução:
Aplicando as fórmulas, temos:
____
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
105
AH
( )
o volume da pirâmide V = b , o volume do cone tam-
bém é o mesmo.
3 Aplicação do conteúdo
1. Qual é o volume de um cone de raio 7 cm e altura
área da base
Vcone = ________________
· altura
12 cm?
3
Então, para um cone circular de raio r e: altura h, podemos
Resolução:
dizer que:
1 pr2h = __
V = __ 1 p · 72 . 12 = 196p = 615,44 cm3
3 3
1 Abh V= __
V = __ 1 pr2h
O volume do cone é 615,44 cm3.
3 3
2. Em um cone reto, a geratriz mede 15 cm e o raio da
base mede 9 cm. Calcule a altura e o volume do cone.
Observação
Resolução:
Lembrando a relação entre os volumes do prisma e
da pirâmide de mesma altura e mesma área da base Pela figura, temos:
e usando o princípio de Cavalieri, podemos concluir:
O volume de um cone de mesma área da base e mesma
1 do volume do cilindro.
altura de um cilindro é igual a __
3
g2 = h2 + r2 ⇒ 152 = h2 + 92 ⇒ h2 = 144 ⇒ h = 12 cm
106
Resolução:
Temos:
Diâmetro = 6 cm; raio = 3 cm; h = 10 cm
1 pr2h = __
V = __ 1 p · 32 · 10 = 30p = 94,20 cm3
3 3
Como 1 cm3 = 1 mø, a capacidade do copinho é de 94,20 mø.
Resolução:
15
Aø = prg ⇒ prg = 15p ⇒ rg = 15 ⇒ g = ___r (I)
At = pr(g + r) ⇒ pr(g + r) = 24p (II)
( )
15 + r = 24p ⇒ 15p + pr2 = 24p ⇒ pr2 = 9p
pr ___
r
⇒ r2 = 9 ⇒ r = 3 cm
§ duas bases: a base maior (base do cone inicial) e a base
15
Se r = 3 cm, então g = ___r = 5 cm; daí:
menor (secção determinada por a);
h = __ r1 __ g
__ r = g
d 2 2
A
()
2
h
__ = __
b
d AB
em que Ab é a área da base me-
nor e AB é a área da base maior
() h 3 = __
__
d
V
V2
em que V é o volume do cone inicial e V2 é
o volume do cone determinado por a
Nesse caso, obtemos dois sólidos; um cone de vértice V e
altura d e outro sólido, denominado tronco do cone inicial:
107
6. Volume do tronco de cone reto 2.ª maneira: Sem o uso da fórmula
Seja x + 6 a altura do cone que deu origem ao tronco de
cone do exercício:
1.ª maneira:
Usando a fórmula
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Resolução:
R = 40 cm; r = 20 cm; h = 30 cm
hp (R2 +Rr + r2) ⇒
V = ___
3
30p
V = ____ (402 + 40 · 20 + 202) = 10p (2800) ⇒
3
V = 28000p = 87920 cm3 = 87.920 dm3
V = ___ 6p (32 + 3 · 2 + 22) ⇒
ph (R2 + Rr + r2) = ___
3 3 Como 1 dm3 = 1ø, temos V = 87,92ø.
V = 38p = 119,32 cm3
108
3. A figura mostra um tronco de cone. Os raios das bases
são r1 e r2. Sendo g1 a geratriz do tronco, mostre que a
área lateral do tronco é dada por Aø = pg1 (r1 + r2).
Resolução:
Planificando a superfície lateral do tronco de cone, temos:
g2
g
g1
2πr2
Aℓ
2πr1
A1 = área lateral do cone maior = pr1g
A2 = área lateral do cone menor = pr2g2
Aø = área lateral do tronco = A1 – A2
Aø = A1 – A2 = pr1g1 – pr2g2 = p(r1g – r2g2) (I)
Considerando a figura original, temos:
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
g – g2 r1 – r2
_____ g1 r1 – r2 r1g1
r1 g =_____
r ⇒ __
g =_____
r ⇒ g = r_____
– r (II)
__ g __
g 2 = r 2 ⇒ g – g2 r1 – r2 g1 r1 – r2
1 1 1 2
_____ r2g1
g =_____
⇒ g__
⇒_____
r ⇒ g2 = r_____
– r (III)
2 r2 2 2 1 2
( )
rg rg
Aø = p (r1g – r2g2) = p r1 · _____
r 1– 1r – r2 · _____
r 2– 1r ⇒
1 2 1 2
( )
r – r
2 2 (r1 + r2)(r1 – r2)
⇒ Aø = pg1 _____ 1 1 ___________
r1 – r2 = pg1 r1 – r2 ⇒
109
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 7
A habilidade 7 exige que o aluno consiga utilizar seus conhecimentos geométricos para realizar a leitura e a
representação da realidade e agir sobre ela.
MODELO 1
(Enem) A figura seguinte mostra um modelo de sombrinha muito usado em países orientais.
ANÁLISE EXPOSITIVA
Nessa questão, é necessário que o aluno saiba identificar os diferentes tipos de sólido geométrico e co-
nheça suas características e propriedades.
A expressão superfície de revolução garante que a figura represente a superfície lateral de um cone.
RESPOSTA Alternativa E
VOLUME 4 MATEMÁTICA e suas tecnologias
110
DIAGRAMA DE IDEIAS
CONE
Al = π R g Ab · h
V=
Ab = πR2 3 d
At = πR (g + R)
V= πR h
2
r
g h
h 3
h1
R R
h → ALTURA
R → RAIO DA BASE h 3 Vmaior
=
d Vmenor
g → GERATRIZ
π h1 2
g2 = h2 + R2 Vtronco= (R + Rr + r2)
3
CONE RETO
111
ANOTAÇÕES
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
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