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Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em pe-
ríodo integral, com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos
de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto
contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de
material alternativo complementar. Para melhorar a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A
seguir, apresentamos cada seção:
De forma simples, resumida e dinâmica, essa seção foi desenvol- Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu
vida para sinalizar os assuntos mais abordados no Enem e nos distanciamento da realidade cotidiana, o que dificulta a compreensão
principais vestibulares voltados para o curso de Medicina em todo de determinados conceitos e impede o aprofundamento nos temas
o território nacional. para além da superficial memorização de fórmulas ou regras. Para
evitar bloqueios na aprendizagem dos conteúdos, foi desenvolvida
a seção “Vivenciando“. Como o próprio nome já aponta, há uma
preocupação em levar aos nossos alunos a clareza das relações entre
aquilo que eles aprendem e aquilo com que eles têm contato em
teoria seu dia a dia.
Herlan Fellini
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© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2020
Todos os direitos reservados.
Autores
Edson Yukishigue Oyama
Marcos Navarro
Diretor-geral
Herlan Fellini
Diretor editorial
Pedro Tadeu Vader Batista
Coordenador-geral
Raphael de Souza Motta
Editoração eletrônica
Arthur Tahan Miguel Torres
Matheus Franco da Silveira
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Imagens
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ISBN: 978-65-88825-10-5
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o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à dis-
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SUMÁRIO
QUÍMICA
FUNÇÕES INORGÂNICAS E PROPRIEDADES COLIGATIVAS
Aulas 27 e 28: Óxidos moleculares 6
Aulas 29 e 30: Reações inorgânicas 12
Aulas 31 e 32: Pressão do vapor 21
Aulas 33 e 34: Efeitos coligativos 29
QUÍMICA ORGÂNICA
Aulas 27 e 28: Isomeria geométrica 38
Aulas 29 e 30: Isomeria óptica 44
Aulas 31 e 32: Reações de adição 50
Aulas 33 e 34: Reações de substituição 55
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Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológi-
H11
cos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
4
FUNÇÕES INORGÂNICAS E PROPRIEDADES COLIGATIVAS:
Incidência do tema nas principais provas
Propriedades coligativas podem ser relacionadas As propriedades coligativas vão agregar O tema de maior incidência é as propriedades
facilmente com qualquer assunto que aborde um entendimento maior nas propriedades coligativas, principalmente a pressão de vapor.
propriedades físicas das substâncias. A pressão de físicas das substâncias e são cobradas É cobrado junto de outros temas relacionados
vapor é o tema mais cobrado, por isso, é importante de um jeito que se deva entender como com as análises das propriedades físicas das
boa interpretação de gráficos e de enunciados. essas propriedades influenciam em certas substâncias, como volatilidade e temperatura
características das substâncias. de ebulição.
Propriedades coligativas têm alta incidência, Propriedades coligativas são cobradas de As propriedades coligativas são sempre Pressão de vapor é o tema mais cobrado e
principalmente quando se trata de questões modo que o candidato deva relacionar da ma- recorrentes e a pressão de vapor acaba pode se relacionar com forças intermolecu-
que cobram um melhor entendimento de neira correta a sua influência nas propriedades sendo frequente, por isso, é importante lares, geometria da molécula, polaridade e
como elas influenciam nas propriedades físicas físicas dos compostos em geral. entender como ela influencia na volatilida- como ela afeta a temperatura de ebulição
dos compostos. de e temperatura de ebulição. e volatilidade.
UFMG
As propriedades coligativas são um dos temas As propriedades coligativas são um dos temas O tema mais exigido é propriedades coliga-
favoritos. É cobrado de maneira um pouco favoritos. É cobrado de maneira um pouco tivas, em que é possível fazer uma relação
mais aprofundada com previsão de tempera- mais aprofundada com previsão de tempera- com boa parte da matéria com a qual está
tura de ebulição e como a pressão de vapor tura de ebulição e como a pressão de vapor relacionada com qualquer análise frente às
pode influenciar ou nos dizer a respeito de pode influenciar ou nos dizer a respeito de propriedades físicas das substâncias.
diversas características diversas características
das substâncias. das substâncias.
As propriedades coligativas são cobradas As propriedades coligativas é o tema mais O tema mais recorrente é as propriedades
principalmente na forma de pressão de vapor, recorrente, quando se trata de questões que coligativas, que vão agregar um entendimento
e é importante entender o conceito e o que cobram um melhor entendimento de como maior nas propriedades físicas das substâncias.
ele afeta, assim como uma boa interpretação elas influenciam nas propriedades físicas Pressão de vapor ocorre com frequência, sendo
de gráficos e boa análise da situação descrita dos compostos. importante entender como ela trabalha com a
no enunciado. volatilidade e temperatura
de ebulição.
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AULAS ÓXIDOS MOLECULARES
27 E 28
COMPETÊNCIAS: 5, 6 e 7 HABILIDADES: 17, 21, 24, 25, 26 e 27
1. ÓXIDOS MOLECULARES
OU COVALENTES
Óxidos moleculares ou covalentes são óxidos formados por
ametais e oxigênio.
ExOy
multimídia: vídeo
FONTE: YOUTUBE
Na qual E é um ametal: C , Si , N , P , S , Cℓ , Br , I. Tudo sobre gelo seco
Nota: Se o ametal E for o flúor, não há óxidos, mas com-
2. CARÁTER ÁCIDO-BASE
postos denominados fluoretos de oxigênio: OF2, O2F2.
6
2. Óxidos anfóteros: os óxidos anfóteros se comportam Exemplos:
tanto como óxido básico quanto como óxido ácido, apresen- Na+ O22– o Na2O2 Ca2+ O22– o CaO2
tando um caráter intermediário entre os dois óxidos (como peróxido de sódio peróxido de cálcio
foi explicado na parte de óxidos iônicos). Alguns óxidos de
semimetais possuem características anfóteras, como óxido O peróxido de hidrogênio, cuja solução aquosa é denomi-
de arsênio (Ex: As2O3) e de antimônio (Ex: Sb2O3). nada água oxigenada, é molecular, embora apresente o
grupo – O – O –:
3. Óxidos neutros: também denominados óxidos indi-
ferentes, são óxidos que não reagem com água, nem com H–O–O–H
ácidos, nem com bases. Os mais comuns são monóxido de Em termos de reatividade, os peróxidos reagem com água
carbono (CO), monóxido de nitrogênio (NO) e monóxido ou com ácidos diluídos, produzindo água oxigenada (H2O2).
de dinitrogênio (N2O).
Exemplos:
Nota: O fato de serem “neutros” ou “indiferentes” não
significa que eles não possam participar de outras reações. Na2O2(s) + 2 H2O (ℓ) o 2NaOH (aq) + H2O2 (ℓ)
O CO, por exemplo, pode sofrer combustão:
peróxido hidróxido
2 CO (g) + O2 (g) o 2 CO2 (g) de sódio de sódio
Peróxidos são compostos que apresentam o ânion [O–O]2– = O2–2 e peróxido cloreto de
de potássio potássio
têm o oxigênio em estado de oxidação (carga) igual a –1.
7
Na câmara de combustão dos motores, ocorre a seguinte reação:
N2(g) + O2(g) o 2 NO(g)
O monóxido de nitrogênio sofre oxidação:
2 NO(g) + O2(g) o 2 NO2(g)
O dióxido de nitrogênio (NO2) formado, em contato com a
água proveniente da chuva, forma ácidos de acordo com a
seguinte equação:
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VIVENCIANDO
A chuva ácida é a designação dada à chuva, ou a qualquer outra forma de precipitação atmosférica, cuja acidez seja
substancialmente maior que a resultante do dióxido de carbono (CO2) atmosférico dissolvido na água precipitada. A
principal causa da acidificação é a presença, na atmosfera terrestre, de gases e partículas ricas em enxofre e azoto
reativo, cuja hidrólise no meio atmosférico produz ácidos fortes. Assumem particular importância os compostos azo-
tados (NOx) gerados pelas altas temperaturas de queima dos combustíveis fósseis e os compostos de enxofre (SOx)
produzidos pela oxidação das impurezas sulfurosas existentes na maior parte dos carvões e petróleos.
Chuva ácida não seria uma expressão quimicamente adequada, pois, para a Química, toda chuva é ácida devido
à presença do ácido carbônico (H2CO3); no entanto, para a Geografia, toda chuva com pH abaixo do NT (nível de
tolerância pH), igual a aproximadamente 5,5, é considerada ácida.
A chuva ácida pode acarretar sérios danos às trutas, por exemplo, uma vez que, caso caia em um ambiente lacustre
de trutas, abaixo ou acima do NT, os peixes morrerão. Os efeitos ambientais da precipitação ácida levaram diversos
países a tomarem medidas legais restritivas à queima de combustíveis ricos em enxofre, exigindo a adoção de tecno-
logias de redução das emissões de azoto reativo na atmosfera.
Todas as pessoas e animais correm risco de envenenamento por monóxido de carbono. Os sintomas mais comuns do en-
venenamento são: dores de cabeça e no peito, tonturas, confusão, fraqueza, náuseas e vômitos. Esses sintomas podem
facilmente ser confundidos com outras enfermidades, como constipação ou intoxicação alimentar. Em casos mais graves,
pode ocorrer perda de consciência e até morte. A longo prazo, podem surgir sequelas cardíacas e neuronais.
Depois de inalado e difundido para os vasos sanguíneos, o monóxido de carbono combina com a hemoglobina,
formando carboxi-hemoglobina, com muito mais afinidade que o oxigênio (200 a 240 vezes superior), diminuindo a
quantidade de hemoglobina disponível para o transporte de oxigênio. Assim, caso os mecanismos compensatórios
falhem em manter o fornecimento do oxigênio, pode ocorrer o desenvolvimento de hipoxia tecidular.
O monóxido de carbono também inibe a citocromo C oxidase mitocondrial, que tem efeitos de nível inflamatório,
aumentando o estresse oxidativo perivascular.
Os recém-nascidos, crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças cardíacas crônicas, problemas respiratórios ou
anemia fazem parte do grupo de risco devido a sua maior suscetibilidade aos efeitos desse gás.
A exposição a doses relativamente elevadas em pessoas saudáveis pode provocar problemas de visão, redução da
capacidade de trabalho, redução da destreza manual, diminuição da capacidade de aprendizagem, dificuldade na
resolução de tarefas e até mesmo levar à morte.
Concentrações abaixo de 400 ppm no ar causam dores de cabeça e, acima desse valor, são potencialmente fatais,
tanto para plantas e animais quanto para alguns microrganismos.
O monóxido de carbono está associado ao desenvolvimento de doença isquêmica coronária, resultado da interferência
com a oxigenação do miocárdio e do aumento da adesividade das plaquetas e dos níveis de fibrinogênio, o que ocorre
principalmente com os fumantes.
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ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Habilidade
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou
26 minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
Uma das formas de controle da chuva ácida é a diminuição da emissão de gases responsáveis pela formação da
chuva ácida, como o SO2, o SO3, etc. Conforme o avanço tecnológico foi se expandido, mais indústrias foram criadas
para aguentar o ritmo acelerado de desenvolvimento, gerando um aumento dos poluentes. Assim, é importante
saber interpretar meios de formação da chuva ácida.
Modelo
(Enem) Muitas indústrias e fábricas lançam para o ar, através de suas chaminés, poluentes prejudiciais às plantas e
aos animais. Um desses poluentes reage quando em contato com o gás oxigênio e a água da atmosfera, conforme as
equações químicas:
Equação 1: 2SO2 + O2 o 2SO3
Equação 2: SO3 + H2O o H2SO4
De acordo com as equações, a alteração ambiental decorrente da presença desse poluente intensifica o(a):
a) formação de chuva ácida;
b) surgimento de ilha de calor;
c) redução da camada de ozônio;
d) ocorrência de inversão térmica;
e) emissão de gases de efeito estufa.
Análise expositiva - Habilidade 26: A análise das alternativas permite chegar à conclusão de que a única
A alternativa correta é a A, pois nela se confirma o conceito de óxidos ácidos que, ao reagirem com a água,
formam seu respectivo ácido, danificando o ecossistema.
Alternativa A
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DIAGRAMA DE IDEIAS
COMO
FORMA
BASES SAL + ÁGUA
FORMA
ÁGUA ÁCIDO
11
AULAS REAÇÕES INORGÂNICAS
29 E 30
17, 19, 21, 24, 25, 26
COMPETÊNCIAS: 5, 6 e 7 HABILIDADES:
e 27
Síntese do amoníaco:
NH3 (g) + H2O (ℓ) o NH4OH (aq)
12
3. REAÇÕES DE ANÁLISE Catálise – decomposição em presença de um catalisador:
catálise
2 H2O2 (ℓ) 2 H2O (ℓ) + O2 (g)
OU DECOMPOSIÇÃO DECOMPOSIÇÃO CATALISADA DA ÁGUA OXIGENADA
Ocorrem quando um único reagente dá origem a dois ou Decomposição do ácido carbônico (instável):
mais produtos:
H2CO3 (aq) o H2O (ℓ) + CO2 (g)
AoB+C H2SO3 (aq)* o H2O (ℓ) + SO2 (g)
*O ÁCIDO SULFUROSO (H2SO3) TAMBÉM SE DECOMPÕE.
Exemplo:
O NaN3(s) decompõe-se em Na (s) e N2(g) (gás que infla os air Decomposição do hidróxido de amônio (instável):
bags dos automóveis). NH4OH (aq) o H2O (ℓ) + NH3 (g)**
2 NaN3 (s) o 3 N2 (g) + 2 Na (s) **ESSA BASE SÓ EXISTE EM SOLUÇÃO AQUOSA.
2
2 H2O (ℓ) corrente elétrica
H2 (g) + O2 (g) REAÇÃO ENTRE ÁCIDO CLORÍDRICO E ALUMÍNIO METÁLICO.
ELETRÓLISE DA ÁGUA
corrente elétrica
2 NaCℓ (ℓ) 2 Na (s) + Cℓ2 (g)
PROCESSO INDUSTRIAL DE OBTENÇÃO DE SÓDIO METÁLICO E GÁS CLORO
corrente elétrica
2 Aℓ2O3 (ℓ) 4 Aℓ (ℓ) + 3 O2 (g) Zn(s) + Cu2+(aq) o Zn2+(aq) + Cu(s)
PROCESSO INDUSTRIAL DE OBTENÇÃO DE ALUMÍNIO ZINCO DESLOCANDO O COBRE
13
VIVENCIANDO
O principal componente dos antiácidos é o bicarbonato de sódio. Conhecido quimicamente como NaHCO3, é um pó
branco que constitui uma mistura cristalina solúvel em água. Esse composto é classificado como alcalino solúvel e é
denominado hidrogenocarbonato de sódio.
O bicarbonato de sódio, quando diluído, libera gás carbônico, segundo a equação:
NaHCO3 + HC, o NaCℓ + H2O + CO2
Como é possível observar, os produtos da reação são: dióxido de carbono, cloreto de sódio e água.
Note que, na presença de água, o NaHCO3 reage com os ácidos, liberando CO2(g), responsável pela efervescência. Ao
ingerir o antiácido, o indivíduo percebe a presença do dióxido de carbono por causa da liberação de gás pela boca.
Os antiácidos estomacais neutralizam o excesso de HCℓ (ácido clorídrico, que auxilia na digestão dos alimentos) do
suco gástrico presente no estômago. O desconforto estomacal pode ser ocasionado por má alimentação, que estimu-
la o estômago a produzir mais ácido clorídrico para auxiliar na digestão, ou ainda por ansiedade e nervosismo. Essas
duas situações ocasionam o desequilíbrio da acidez estomacal.
No entanto, o antiácido possui o seu lado negativo. Como tudo em excesso é prejudicial, se for feita a neutralização do
ácido gástrico diariamente, ocorrerá um aumento de gases no estômago em razão da liberação de CO2 dos efervescentes.
4.1. Reatividade dos metais A fila de reatividade pode ser representada de maneira
simplificada:
Quando uma lâmina de zinco é mergulhada numa solução
aquosa de sulfato de cobre, a solução descolore-se e um de- metais alcalinos e alcalino-terrosos > outros metais > H >
pósito avermelhado de cobre recobre a lâmina de zinco. Tra- metais nobres
ta-se de uma reação que equivale à seguinte representação:
Zn (s) + CuSO4 (aq) o ZnSO4 (aq) + Cu (s) Consultando a fila de reatividade, é possível prever a ocor-
rência ou não de uma reação de deslocamento.
Como os sais em solução aquosa se encontram dissociados,
a representação dessa reação na forma iônica equivale a: 4.1.1. Reações típicas
Zn (s) + Cu2+ (aq) + SO42– (aq) o Zn2+ (aq) + SO42– (aq) + Cu (s)
ou Reações de ataque de ácidos a metais – ocorrem
Zn (s) + Cu2+ (aq) o Zn2+ (aq) + Cu (s) tão somente nos metais mais reativos que o hidrogênio:
Mg (s) + 2 HCℓ (aq) o MgCℓ2 (aq) + H2 (g)
O que comprova que o zinco é mais reativo que o cobre.
2 Aℓ (s) + 6 HCℓ (aq) o 2 AℓCℓ3 (aq) + 3 H2 (g)
Mediante uma série de reações, foi possível estabelecer Fe (s) + 2 HCℓ (aq) o FeCℓ2 (aq) + H2 (g)
uma fila de reatividade comparativa dos metais, que
pode ser representada genericamente por: Magnésio, alumínio e zinco (mais reativos) deslocam o hi-
drogênio (menos reativo).
K > Na > Li > Ca > Mg > Aℓ > Zn > Fe > Ni > Pb > H >
Cu (s) + HCℓ (aq) o não há reação
Cu > Hg > Ag > Pt > Au
Au (s) + HCℓ (aq) onão há reação
Os metais menos reativos do que o hidrogênio – Cu, Hg, Cobre e ouro (menos reativos) não deslocam o hidrogênio
Ag, Pt, Au – são denominados metais nobres. (mais reativo).
14
Reações de ataque de soluções aquosas de sais
a metais: 5. REAÇÕES DE DUPLA TROCA
Zn (s) + CuSO4 (aq) o Cu (s) + ZnSO4 (aq) Ocorrem quando dois reagentes compostos (formados por,
no mínimo, dois elementos) reagem entre si. Ao trocarem
Zinco (mais reativo) desloca cobre(menos reativo). seus componentes, dão origem a dois novos compostos.
Ag (s) + FeCℓ2 (aq) o nada ocorre
AB + XY o AY + XB
Prata (menos reativa) não desloca o ferro (mais reativo).
Exemplo:
4.2. Reatividade dos ametais Pb(NO3)2 (aq) + 2 KI (aq) o 2 KNO3 (aq) + PbI2 (s)
Ao misturar uma solução aquosa de C,2 (água de cloro) sais incolores sal pouco solúvel amarelo
a uma solução aquosa de KI, nota-se o aparecimento de
uma coloração castanha originada da formação do I2.
5.1. Condições para ocorrência
A reação ocorrida pode ser representada das seguintes
maneiras:
de uma reação de dupla troca
Cℓ2 (aq) + 2 KI (aq) o 2 KCℓ (aq) + I2 (aq) Reações de dupla troca ocorrem apenas quando ao menos
uma das três condições a seguir é satisfeita.
Na forma iônica: a) Um dos produtos é insolúvel ou menos solúvel que
Cℓ2(aq) + 2 K + –
+2I o 2 K (aq) + 2 Cℓ (aq) + I2 (aq)
+ – os reagentes.
(aq) (aq)
ou A tabela a seguir mostra a solubilidade de substâncias de
Cℓ2 (aq) + 2 I– (aq) o 2 Cℓ– (aq) + I2 (aq) acordo com o ânion e o cátion que as compõem:
Como o cloro (C,) deslocou o iodo (I), é possível con- Ânion Solubilidade Exceções
cluir que ele é mais reativo do que o iodo. –
CH3COO solúveis –––
Mediante reações semelhantes, foi determinada uma fila
NO3– solúveis –––
de reatividade dos ametais:
Cℓ–, Br–, I– solúveis Ag+, Hg2+, Pb2+
F > O > N > Cℓ > Br > I > S > C
SO42– solúveis Ca2+, Sr2+, Ba2+, Pb2+
Outro exemplo:
REAÇÃO ENTRE ÁGUA DE CLORO (Cℓ2) E IODETO DE POTÁSSIO (KI). O APARECIMENTO Pb(NO3)2 (aq) + 2 NaI (aq) o PbI2 (s) + 2 NaNO3 (aq)
DA COR CASTANHA OCORRE DEVIDO À FORMAÇÃO DE I2, DESLOCADA PELO CLORO. precipitado
15
Exemplos:
NaCℓ (s) + H2SO4(aq) o Na2SO4 (aq) + 2 HC,(aq)
ácido fixo ácido volátil
Na2CO3 (aq) + H2SO4 (aq) o Na2SO4 (aq) + H2O(,) + CO2 (g)
gás
fracas e insolúveis
famílias B, incluin- Aplicação do conteúdo
do o Mg(OH)2
1. (Vunesp) Nas estações de tratamento de água, uma
fraca e solúvel NH4OH das etapas do tratamento para obtenção de água po-
tável consiste na eliminação das impurezas que se en-
contram em suspensão. Isso é feito produzindo-se hi-
Exemplos: dróxido de alumínio e sulfato de cálcio na superfície da
água a ser tratada. O hidróxido de alumínio atua como
H2SO4(aq) + 2 NaNO2(aq) o Na2SO4(aq) + 2 HNO2(aq)
floculante, arrastando consigo as impurezas sólidas
ácido forte ácido fraco para o fundo do tanque de decantação. Com base nas
molecular
(pouco ionizado) informações fornecidas, os compostos utilizados nas es-
tações de tratamento de água são:
HCℓ(aq) + NaOH(aq) o NaCℓ(aq) + H2O(ℓ)
muito ionizável iônico iônico a) AℓCℓ3 e NaOH.
c) Um dos produtos é mais volátil do que os rea- b) Aℓ(NO3)3 e KOH.
gentes ou ocorre a formação de gás. c) Aℓ2(SO4)3 e KOH.
Volatilidade é a tendência a se vaporizar (passar do estado d) Aℓ2(SO4)3 e Na2CO3.
líquido para o gasoso). e) Aℓ2(SO4)3 e Ca(HCO3)2.
16
com o uso do Ca(HCO3)2. As equações químicas relativas agem com a base; Cℓ2 reage com a base, mas não acidifica
ao processo são: o meio a ponto de fazer a cor rosa desaparecer):
Ca(HCO3)2 o Ca2+ + 2 HCO3- C,2 (g) + 2 NaOH(aq) o NaCℓ(aq) + NaCℓO(aq) + H2O(ℓ)
HCO + H2O o <H2CO3> + OH
3
- -
NaCℓO (aq) o Na+ (aq) + CℓO-(aq)
Aℓ2(SO4)3 + 6 OH- o 2 Aℓ(OH)3 + 3 SO42-
CℓO-(aq) + H2O(,) o HCℓO(aq) + OH-(aq)
Ca + SO o CaSO4
2+
4
2-
O ânion CℓO- sofre hidrólise, liberando OH- para o meio
Equação Global: (ânion de ácido fraco). Assim, mesmo o NaOH reagindo, o
Aℓ2(SO4)3 (aq) + 3 Ca(HCO3)2 (aq) + 6 H2O(ℓ) meio ainda continua básico, não fazendo a cor da fenolfta-
leína desaparecer.
o 2 Aℓ(OH)3(s) + 3 CaSO4(s) + <CO2 + H2O>
Logo, a reação que ocorreu foi:
Alternativa E
C6H12O6(s) + 3 KCℓO4(,) o 6 CO2(g) + 6 H2O(g) + 3 KCℓ(s)
2. A adição de glicose sólida (C6H12O6) a clorato de po-
tássio (KCℓO3) fundido, a 400°C, resulta em uma reação Alternativa B
que forma dois produtos gasosos e um sólido cristalino.
Quando os produtos gasosos formados nessa reação,
e resfriados à temperatura ambiente, são borbulha-
dos em uma solução aquosa 0,1 mol/L em hidróxido de
sódio, contendo algumas gotas de fenolftaleína, veri-
fica-se a mudança de cor dessa solução de rosa para
incolor. O produto sólido cristalino apresenta alta con-
dutividade elétrica, tanto no estado líquido como em
solução aquosa. Assinale a opção CORRETA que apre-
senta os produtos formados na reação entre glicose e
clorato de potássio:
a) C,O2(g), H2(g), C(s). multimídia: livros
b) CO2(g), H2O(g), KC,(s).
c) CO(g), H2(g), KC,O4(s). Química Inorgânica, 4.ª ed.,
d) CO(g), CH4(g), KC,O2(s). de Shriver & Atkins
e) C,2 (g), H2O (g), K2CO3(s)
A química inorgânica é um tema importante
Resolução: e amplo, abrangendo mais de 100 elemen-
tos. Esse livro trata dos fundamentos quími-
De acordo com a questão, a reação entre glicose sólida cos e dos fatos relevantes sobre compostos
e clorato de potássio fundido formou três produtos, dos inorgânicos de uma maneira precisa e clara.
quais dois são gasosos e um sólido. O conteúdo foi selecionado para oferecer uma
O produto sólido formado apresenta alta condutividade elé- visão equilibrada do tema, enfatizando os as-
trica, tanto no estado líquido como em solução aquosa. Isso pectos mais importantes. Os fenômenos quími-
é uma característica de um composto iônico; ou seja, um cos são interpretados de maneira contextuali-
dos produtos formados é um composto iônico, podendo ser zada. As reações e as estruturas estão inseridas
o item b, c, d ou e (carbono sólido não é composto iônico). em modelos e conceitos químicos abrangentes.
Os gases formados foram borbulhados na solução de hi- O texto é enriquecido por inúmeras ilustra-
dróxido de sódio (NaOH) e foi verificada a mudança de cor, ções, os exemplos esclarecem questionamen-
de rosa (meio básico) para incolor (meio neutro/ácido). Isso tos fundamentais, e os exercícios e problemas
mostra que algum dos gases formados reagiu com a base, no fim dos capítulos reforçam a importância
neutralizando-o. Ou seja, o gás formado tem propriedades da Química no cotidiano.
ácidas. Dentre as alternativas, somente o item b possui um
gás com propriedades ácidas, o CO2 (CO, H2 e CH4 não re-
17
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
O titânio e suas ligas são utilizados principalmente devido às suas propriedades mecânicas, adequadas para muitas
aplicações, entre as quais se sobressai uma elevada razão de resistência mecânica/peso. Por outro lado, para algumas
outras aplicações, a principal propriedade do titânio e suas ligas é a elevada resistência à corrosão, que possibilita
seu uso numa ampla variedade de aplicações, como em componentes aeronáuticos, navais e para a utilização na
indústria química.
O titânio comercialmente puro é altamente resistente à corrosão nos ambientes naturais, incluindo água do mar,
fluidos corpóreos e sucos de frutas e de vegetais em geral. O titânio submetido à exposição contínua à água do mar
por cerca de 18 anos apresenta somente uma descoloração superficial. Cloro úmido, enxofre fundido, muitos com-
postos orgânicos (incluindo ácidos e compostos cloretados) e a maioria dos ácidos oxidantes não apresentam efeito
significativo nesse metal. O titânio é usado com frequência na manipulação de soluções salinas (incluindo cloretos,
hipocloretos, sulfatos e sulfetos), gás cloro úmido e soluções de ácido nítrico.
Por outro lado, sais concentrados em temperaturas mais altas, como solução fervente de 30% de AℓCℓ3 em água ou
solução fervente de 70% de CaCℓ2 em água, provocam corrosão no titânio. Soluções quentes ou concentradas de
HCℓ, H2SO4, H3PO4 e ácido oxálico também representam alto risco de corrosão no titânio. Em geral, soluções ácidas
e redutoras corroem o titânio, a não ser que seja realizado o uso de inibidores de corrosão. Contudo, substâncias
fortemente oxidantes, como ácido nítrico com fumaça vermelha e 90% H2O2, podem causar ataque corrosivo no
titânio. Compostos fluoretados ionizáveis, como NaF e HF, ativam a superfície e podem causar corrosão rápida. Nesse
aspecto, o gás cloro seco é especialmente nocivo.
O titânio apresenta limitada resistência à oxidação ao ar em temperaturas superiores a cerca de 650 ºC e interage
com o oxigênio, que se dissolve intersticialmente em temperaturas tão baixas quanto a 427 ºC. Cloretos e hidró-
xidos depositados na superfície do titânio podem acelerar a oxidação. A exposição ao oxigênio líquido ou gasoso,
ao tetróxido de nitrogênio e ao ácido nítrico com fumaça vermelha pode causar reação violenta com o titânio sob
carregamento em impacto.
O titânio pode ser usado como recipiente de hidrogênio líquido ou supercrítico em temperaturas criogênicas, mas,
acima de –100 ºC, o hidrogênio pode ser absorvido e se difundir numa liga, o que pode fragilizar severamente o
titânio. O potencial de fragilização aumenta quando as taxas de difusão do hidrogênio são altas ou quando ocorrem
danos ao revestimento protetor do titânio.
No titânio comercialmente puro e em muitas de suas ligas, zonas de solda são tão resistentes à corrosão quanto o
metal base. Outros processos de fabricação (como o dobramento e a usinagem) também parecem não influenciar
significativamente a resistência à corrosão desse tipo de material.
O titânio comercialmente puro (CP) é o material preferido para a construção de equipamentos usados para o pro-
cessamento de salmouras, na fabricação de bombas, tubulações, fontes de calor, trocadores de calor, cristalizadores,
evaporadores, condensadores e muitos outros dispositivos submetidos à ação corrosiva das salmouras. De modo
geral, as ligas de titânio são menos resistentes à corrosão que o titânio comercialmente puro.
18
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Habilidade
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar
19 problemas de ordem social, econômica ou ambiental.
A partir de reações inorgânicas, é possível reverter processos inesperados ou inconvenientes em reações químicas.
Por exemplo, a neutralização é uma técnica muito empregada para diminuir ou aumentar o pH de substâncias que
são acidentalmente derramadas em lugares movimentados.
Modelo
(Enem) Os tubos de PVC, material organoclorado sintético, são normalmente utilizados como encanamento na cons-
trução civil. Ao final da sua vida útil, uma das formas de descarte desses tubos pode ser a incineração. Nesse processo
libera-se HCℓ(g), cloreto de hidrogênio, dentre outras substâncias. Assim, é necessário um tratamento para evitar o
problema da emissão desses poluentes. Entre as alternativas possíveis para o tratamento, é apropriado canalizar e
borbulhar os gases provenientes da incineração em:
a) água dura;
b) água de cal;
c) água salobra;
d) água destilada;
e) água desmineralizada.
Análise expositiva - Habilidade 19: Nessa questão, espera-se que o aluno compreenda a relação de neutrali-
B zação entre um ácido e uma base. Além disso, é de extrema importância o domínio das matérias anteriores,
como bases e ácidos, pois, dessa forma, será possível chegar à conclusão de que a água de cal, Ca(OH)2, é
uma base e, portanto, capaz de neutralizar um ácido clorídrico.
Alternativa B
19
DIAGRAMA DE IDEIAS
CONHECIDAS
ADIÇÃO SÍNTESE
COMO
POR EXEMPLO
CONHECIDAS
DECOMPOSIÇÃO ANÁLISE
COMO
POR EXEMPLO
CaCO3 ń
∆
CaO + CO2 2H2O2 ȹ 2H2O + O2
CONHECIDO
DESLOCAMENTO SIMPLES TROCA
COMO
POR EXEMPLO
FILA DE
NÃO METAL 1 SAL 1 NÃO METAL 2 SAL 2 REATIVIDADE
OBEDECE À DE AMETAIS
REAGENTE PRODUTO
SAL 1 SAL 2 SAL 3 SAL 4
NÃO VOLÁTIL VOLÁTIL
REAGENTES PRODUTO
BASE 1 SAL 2 BASE 2 SAL 2
SOLÚVEIS INSOLÚVEL
20
AULAS PRESSÃO DO VAPOR
31 E 32
17, 18, 21, 24, 25, 26
COMPETÊNCIAS: 5, 6 e 7 HABILIDADES:
e 27
1. EVAPORAÇÃO DE UM LÍQUIDO
EM RECIPIENTE ABERTO
Quando os líquidos estão em recipientes abertos, nota-se
que seu volume diminui.
diminui mais do que a água; portanto, o éter evapora mais Nessa temperatura (20 ºC), o ponteiro do manômetro não
facilmente do que a água. Isso ocorre porque o éter é uma mais se altera (17,5 mmHg). Esse vapor exerce pressão nas
molécula pouco polar e suas forças intermoleculares paredes e na superfície da água, pressão essa denominada
são menos intensas do que as da água. pressão de vapor (PV).
éter H3C – CH2 – O – CH2 – CH3 Se a temperatura aumentar, eliminando a fase líquida, não
haverá mais a pressão de vapor, mas uma pressão do vapor
o
fracamente de água.
éter H3C – CH2 – O – CH2 – CH3
2. EVAPORAÇÃO EM RECIPIENTE
FECHADO – PRESSÃO DE VAPOR
Considere 1 L de água a 20 ºC em um recipiente fechado.
21
Conclusão:
H2O(ℓ) W H2O(v) Pv = 17,5 mmHg a 20 ºC
3. A PRESSÃO DE VAPOR DEPENDE
SOMENTE DA NATUREZA DO
Se o sistema for aberto, o equilíbrio H2O(ℓ) W H2O(v) nunca
será alcançado. Por isso as roupas secam no varal. LÍQUIDO E DA TEMPERATURA
Comparando com o éter: A pressão de vapor depende da natureza do líquido. Se
as forças intermoleculares forem de grande intensidade, a
vaporização será difícil e a pressão de vapor será baixa. Se,
ao contrário, as moléculas estiverem presas fracamente ao
líquido, a vaporização ocorrerá facilmente e a pressão de
vapor será alta.
Assim, a 20 °C, a pressão máxima de vapor de água é
17,5 mmHg, e a pressão máxima de vapor do álcool etílico
éter(ℓ) W éter(v) Pv = 442 mmHg a 20º C (etanol), na mesma temperatura, é 44 mmHg. O álcool,
portanto, é mais volátil do que a água.
A uma mesma temperatura, o éter evapora mais facilmente
do que a água, pois as forças intermoleculares que atraem
A pressão de vapor não depende da quantidade de
as moléculas do éter são mais fracas do que as forças inter-
líquido nem do espaço ocupado pelo vapor.
moleculares que atraem as moléculas de água.
velocidade de
4. PRESSÃO DE VAPOR E
PONTO DE EBULIÇÃO
condensação
tempo
Do ponto de vista experimental, a ebulição é caracterizada
pela formação de bolhas no líquido. As bolhas vão até a su-
No equilíbrio, a velocidade de condensação iguala-se à ve- perfície e rebentam. Quando formada no interior do líquido
locidade de vaporização, ou seja, o número de moléculas puro, a bolha contém apenas moléculas no estado gaso-
que deixam o líquido iguala-se ao número de moléculas so do líquido puro. Essas moléculas exercem uma pressão
que retornam para o líquido. contra as paredes internas da bolha.
A pressão máxima de vapor ou a pressão de vapor de equi- Observe uma bolha logo abaixo da superfície do líquido.
líbrio costuma ser indicada apenas por pressão de va- Nesse caso, é possível considerar, aproximadamente, que
por. O vapor em equilíbrio com seu líquido é denominado a força que empurra a bolha para o interior do líquido é a
vapor saturante. mesma que origina a pressão atmosférica.
22
Quando o líquido é aquecido, a pressão de vapor na bolha au-
menta e, a uma certa temperatura, iguala-se à pressão atmos- 6. INFLUÊNCIA DA
férica e escapa do líquido. Essa é a temperatura de ebulição.
PRESSÃO EXTERNA SOBRE A
TEMPERATURA DE EBULIÇÃO
5. DIAGRAMA DA PRESSÃO DE
VAPOR VERSUS TEMPERATURA A água pode até mesmo ferver em temperatura ambiente.
Para isso, basta que a pressão sobre ela diminua bastante
– o que pode ser obtido com o aparelho bomba de vácuo.
etílico
23
Gasoso
24
apresenta também ligações de hidrogênio e o clo-
rofórmio apresenta interação do tipo dipolo perma-
nente. Entre os dois tipos de interação, a ligação de
hidrogênio é a interação mais forte.
e) Falsa, pois o etanol entra em ebulição a 60 °C, de
acordo com o gráfico.
Alternativa B
No topo de uma certa montanha, a água ferve a 80 °C. desliga-se o aquecimento e a água para de ferver;
Nesse local, dentro dos limites de erro de leitura dos dados,
fecha-se, imediatamente, o balão; e, em seguida,
pode-se afirmar que:
a) a pressão atmosférica é igual a 800 mmHg; molha-se o balão com água fria; então,
b) o clorofórmio, em sua temperatura de ebulição, a água, no interior do balão, volta a ferver por
apresenta pressão de vapor igual à do etanol a 60 °C;
alguns segundos.
c) o etanol entrará em ebulição a uma temperatura
menor que a do clorofórmio; Assim sendo, é CORRETO afirmar que, imediatamente após
d) a água apresenta forças intermoleculares mais fra- o balão ter sido molhado, no interior dele:
cas que a dos outros dois líquidos; a) a pressão de vapor da água aumenta;
e) o etanol entrará em ebulição a 78 °C. b) a pressão permanece constante;
Resolução: c) a temperatura da água aumenta;
d) a temperatura de ebulição da água diminui.
Pela análise do gráfico, tem-se:
Resolução:
25
Considerando-se as informações contidas nesse gráfico e ou- a) Incorreta, pois a curva 1 representa a de ebulição.
tros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que: Isso pode ser verificado comparando as curvas 1 e 2
a) a temperatura de fusão das quatro substâncias no ponto do Br2, que é líquido, à temperatura am-
está indicada na curva 1; biente (25 °C).
b) as interações intermoleculares no Cℓ2 são dipolo b) Incorreta, pois a interação intermolecular no Cℓ2 é
permanente-dipolo permanente; dipolo induzido-dipolo induzido, porque é uma mo-
lécula apolar.
c) as interações intermoleculares no F2 são menos in-
tensas que no I2; c) Correta, pois apesar de ambas as moléculas serem
apolares (interação intermolecular é dipolo induzi-
d) o Br2 se apresenta no estado físico gasoso, quando
do-dipolo induzido), apresentam intensidades dife-
a temperatura é de 25 °C.
rentes na sua interação intermolecular. Por isso, o F2
entra em ebulição a temperaturas mais baixas.
Resolução:
d) Incorreta, pois, à temperatura de 25 °C, o Br2 se
apresenta no estado líquido (de acordo com o gráfico
Considerando a temperatura ambiente a 25 °C e a pressão ou pelo considerado).
de 1 atm, os compostos F2 e Cℓ2 são gasosos, Br2 é líquido
Alternativa C
e I2 é sólido. A partir disso, tem-se que as alternativas estão:
VIVENCIANDO
Como o próprio nome diz, a osmose reversa ocorre em sentido contrário ao da osmose. Nela, o solvente se desloca
no sentido da solução mais concentrada para a menos concentrada, isolando-se, assim, o soluto.
O processo de osmose reversa tem sido usado com o intuito de tornar potável a água por meio da dessalinização.
A osmose reversa acontece por influência da pressão osmótica que se aplica sobre a superfície na qual se encontra
a solução hipertônica, o que impede o solvente, no caso a água, de ser transportado para o meio mais concentrado.
Isso permite que a água vá sendo isolada do sal. Tal processo passou a ser usado pelos cientistas por volta da década
de 1960.
Atualmente, a osmose reversa é considerada uma saída para o problema previsto da escassez de água. A ausência
de água potável em diversas regiões do globo estimula a utilização dessa técnica.
Na década de 1950, os estudos sobre osmose reversa foram iniciados pelos cientistas Reid e Breton, na Flórida. Loeb e
Sourirajan deram continuidade aos estudos acerca desse assunto. Estes últimos desenvolveram a primeira membrana de
acetato de celulose assimétrica. Em meados da década de 1980, foi desenvolvida a primeira membrana de composto
poliamídico, que facilitava o processo de osmose reversa por ter maior absorção de solvente e menor de soluto.
26
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
Engenheiros anunciaram um novo método para tornar a água dos oceanos potável. O procedimento, que utiliza um
novo tipo de material de filtragem, conhecido como perforene, é bem mais econômico que a dessalinização tradicional.
Até hoje, a demanda por água potável tem levado alguns países a realizarem o procedimento de osmose reversa a partir
da água do mar. Nesse procedimento, um solvente, no caso a água, é separado de um soluto, no caso, o sal, por uma
membrana permeável ao solvente e impermeável ao soluto. Isso ocorre quando se aplica uma grande pressão sobre
esse meio aquoso, o que contraria o fluxo natural da osmose. Contudo, trata-se de um processo complicado e caro, que
demanda uma intensa quantidade de energia durante a operação, o que torna a prática restrita a países muito ricos.
Entretanto, engenheiros da Lockheed Martin anunciaram um novo filtro que reduz em 99% o custo da dessalinização. A
redução ocorre porque o novo material encontrado para ser utilizado, o perforene, é composto de grafeno e tem orifícios
de praticamente um nanômetro de tamanho.
Esses oríficios permitem a passagem da água do mar, mas são tão pequenos que conseguem reter os íons de sal. De acor-
do com a equipe, folhas de filtro de grafeno possuem praticamente um átomo de espessura e despendem menor quan-
tidade de energia para que a água as atravesse. Além disso, aponta-se que o material é 500 vezes mais fino e mil vezes
mais forte do que o melhor filtro disponível, o que faz com que a energia exigida para o processo também seja cem vezes
menor. Para os cientistas, a perspectiva é otimista e pode auxiliar países subdesenvolvidos na realização do processo.
Habilidade
Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às
18 finalidades a que se destinam.
As propriedades coligativas são fundamentais no cotidiano. Cada vez que são utilizados conceitos físico-químicos,
é importante ter a noção do que está acontecendo no mundo molecular e subatômico. A principal aplicação está
diretamente ligada ao uso de substâncias corriqueiras, como álcool, água, acetona, etc., em que é possível analisar
e observar a forma com que essas substâncias evaporam com facilidade.
Modelo
(Enem) Se, por economia, abaixarmos o fogo sob uma panela de pressão, logo que se inicia a saída de vapor pela
válvula, de forma simplesmente a manter a fervura, o tempo de cozimento:
a) será maior, porque a panela “esfria”;
b) será menor, pois diminui a perda de água;
27
c) será maior, pois a pressão diminui;
d) será maior, pois a evaporação diminui;
e) não será alterado, pois a temperatura não varia.
DIAGRAMA DE IDEIAS
SOLUÇÃO
LÍQUIDA
TEM
SOLVENTE
LÍQUIDO
TEM
FAZ PARTE DO
DIAGRAMA
DE FASES
GRÁFICO
RELATIVO A
MUDANÇAS
DE FASES
INFLUENCIADAS POR
VARIAÇÕES DE VARIAÇÕES DE
TEMPERATURA PRESSÃO
28
AULAS EFEITOS COLIGATIVOS
33 E 34
COMPETÊNCIAS: 5, 6 e 7 HABILIDADES: 17, 21, 24, 25, 26 e 27
29
(B)
2 · 61(H3O+) + 1 · 61(SO42–) = 183
100 moléculas (total de partículas na solução)
100 – 61 = 39 (moléculas não ionizam)
Numa solução aquosa de NaCℓ (b), a quantidade de molé- O conceito é representado na seguinte equação:
culas de água que passa para o estado de vapor é menor do
Psolução = xsolvente · Psolvente puro
que na água pura (a), a uma mesma temperatura.
(A) Em que:
nsolvente
xsolvente = fração molar do solvente =n___________
+n soluto solvente
30
VIVENCIANDO
A pressão exercida por um vapor quando ele está em equilíbrio termodinâmico com o líquido que lhe deu origem é
denominada pressão de vapor, ou seja, a quantidade de líquido (solução) que evapora é igual à quantidade que se
condensa. A pressão de vapor é uma medida da tendência de evaporação de um líquido. Quanto maior for a pressão
de vapor, mais volátil será o líquido, e menor será sua temperatura de ebulição em relação a outros líquidos com
menor pressão de vapor à mesma temperatura de referência.
A pressão de vapor é uma propriedade física que depende do valor da temperatura. Qualquer que seja a temperatura,
a tendência é a de o líquido se vaporizar até atingir o equilíbrio termodinâmico com o vapor; em termos cinéticos,
esse equilíbrio se manifesta quando a taxa de líquido vaporizado é igual à taxa de vapor condensado. Uma subs-
tância líquida entra em ebulição quando a pressão do sistema do qual faz parte atinge a pressão de vapor dessa
substância. Esse ponto é denominado ponto de ebulição ou temperatura de ebulição. O ponto de ebulição normal é
a temperatura de ebulição da substância à pressão de uma atmosfera.
Em locais com maior altitude, onde a pressão atmosférica é menor, a temperatura de ebulição das substâncias líqui-
das são mais baixas, uma vez que sua pressão de vapor precisa se igualar a um valor menor (considerando que o
sistema é aberto).
31
2. Uma solução aquosa de glicose (C6H12O6) de 0,5 mol/L
ferve a 100,26 ºC e congela a –0,93 ºC, a 1 atm. Deter-
mine a temperatura de ebulição TE e a temperatura de
congelamento TF de soluções aquosas de 0,5 mol/L de
NaCℓ e 0,5 mol/L de Aℓ2(SO4)3, a 1 atm.
Resolução:
Para a solução de glicose, nota-se que 0,5 mol/L de glicose elevou
a temperatura de ebulição em 0,26 ºC ('tE = 0,26 ºC) e diminuiu
a temperatura de congelamento em 0,93 ºC ('tC = 0,93 ºC).
Para a glicose:
multimídia: sites 1C6H12O6(aq) o 1C6H12O6(aq)
32
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
Os detergentes são substâncias tensoativas, ou seja, diminuem a tensão superficial e a capacidade das moléculas de
se manterem fortemente unidas. Com as ligações, as moléculas enfraquecidas são umedecidas pela água, facilitando
a lavagem do objeto. Em outras palavras, o detergente se torna um solvente mais potente porque, em pequenos
grupos de moléculas, a água penetra melhor na superfície suja. Isso ocorre porque as longas moléculas do detergente
contêm dois grupos de átomos: uns que se dissolvem facilmente em gordura, mas não em água; e outros que se
dissolvem em água, mas não em gordura. Por isso, a solução água-detergente consegue emulsionar a gordura, isto
é, quebra as películas de gordura em uma infinidade de gotículas microscópicas, que ficam dispersas na solução. A
espuma tem um efeito mecânico na limpeza: mantém as partículas de sujeira sólida em suspensão, evitando que se
redepositem na superfície lavada.
3. (PUC-MG) Das soluções a seguir, aquela que ferve em 4. (UEL) A adição de um soluto não volátil a um solven-
temperatura mais alta é a solução 0,1 mol/L de: te dificulta sua ebulição e seu congelamento. Isso pode
a) glicose (C6H12O6) ser útil na prática quando, por exemplo, se pretende
cozinhar um ovo mais rápido ou então quando é ne-
b) ácido clorídrico (HCℓ)
cessário evitar o congelamento da água do radiador de
c) hidróxido de sódio (NaOH) carros em países muito frios. Considere as duas solu-
d) sulfato de sódio (Na2SO4) ções aquosas de NaCℓ, conforme o quadro, e analise as
afirmativas a seguir.
Resolução:
Solução Massa do soluto (g) Volume de água (L)
Como a concentração das soluções é igual para todos, a
solução que vai ferver à temperatura mais alta é a que tem A 117 1,0
maior quantidade de partículas.
B 234 1,0
Calculando a quantidade de partículas de cada solução,
tem-se: I. A solução B tem pressão de vapor menor que a da
a) Glicose (C6H12O6) – como é um composto molecu- solução A, na mesma temperatura.
lar que não ioniza, não há formação de novas partícu- II. As soluções A e B apresentam pontos de ebulição
las. Assim, a quantidade de partículas é 1. menores que o da água pura.
b) Ácido clorídrico (HCℓ) – considerando que o grau III. Independentemente da quantidade de soluto, as
de ionização (D) seja de 100%, serão formadas duas duas soluções apresentam o mesmo ponto de ebulição.
partículas ionizadas: H+ e Cℓ-. Assim, a quantidade de IV. A solução B entra em ebulição a uma temperatura
partículas formadas é 2. mais alta que a solução A.
c) Hidróxido de sódio (NaOH) – composto iônico Estão corretas apenas as afirmativas:
que se dissocia totalmente, formando duas partícu-
a) I e IV. d) I, II e III.
las: Na+ e OH-. Assim, a quantidade de partículas
b) II e IV. e) I, III e IV.
formadas é 2.
c) II e III.
d) Sulfato de sódio (Na2SO4) – composto iônico que se
dissocia totalmente, formando três partículas: 2Na+ e Resolução:
SO2-4 . Assim, a quantidade de partículas formadas é 3.
Como o volume das soluções é igual para todos, a solução que vai
Nesse caso, a solução que vai ferver à temperatura mais ferver à temperatura mais alta é a que tem maior quantidade em
alta é a solução de sulfato de sódio (Na2SO4), por formar o mol de partículas. A solução A tem quantidade menor de mol de
NaCℓ do que a solução B. Assim, segue que as afirmativas estão:
maior número de partículas.
I. Correta, uma vez que a solução B tem quantidade maior de
Alternativa D mol de NaCℓ do que a solução A, o que diminui mais a pressão
de vapor em relação à solução A.
33
II. Incorreta, pois ambas as soluções contêm sais dissolvidos
(solutos não voláteis), fazendo com que a temperatura de ebu-
lição seja maior que a da água pura.
III. Incorreta, pois o aumento da temperatura de ebulição depende
da quantidade (em mol) do composto dissolvido na água.
IV. Correta, uma vez que a solução B tem quantidade maior
de mol de NaCℓ do que a solução A, tendo temperatura de
ebulição mais alta que a solução A.
Alternativa A
multimídia: livros
Química: meio ambiente, cidadania,
tecnologia - Vol. 1 – Martha Reis
34
DIAGRAMA DE IDEIAS
SOLUÇÃO
SOLVENTE
SOLUTO
LÍQUIDO
A PROPORÇÃO DE
AMBOS DETERMINA A
ATENÇÃO AO
CÁLCULO SE FOREM
PROPRIEDADES
COLIGATIVAS
SÃO
ÉO ÉO ÉO
REGIDO PELA
LEI DE
RAOULT
35
QUÍMICA ORGÂNICA: Incidência do tema nas principais provas
No Enem, temos uma abordagem em que é É importante saber como diferentes isome-
observada como os estudos da isomeria desen- rias afetam determinadas propriedades. O
volveram diversos produtos do dia a dia. tema de reações orgânicas é cobrado de
modo a analisar e interpretar as informa-
ções que o enunciado fornece.
As reações orgânicas exigem reconhecer suas O tema isomeria é tratado de tal forma O tema isomeria é cobrado de um jeito em que
diferentes características, já os assuntos de isomeria que se deva reconhecer algumas diferentes se aprofunde mais em relação às propriedades
sempre são cobrados de maneira que se deva identi- propriedades que as substâncias adquirem. Em físico-químicas das substâncias. As reações
ficar suas diferenças e suas diferentes propriedades. relação às reações orgânicas, deve-se analisar orgânicas são trabalhadas de modo que se
as informações dadas pela questão para deva saber determinadas características das
relacionar de maneira correta o reações.
que se pede.
Reações orgânicas têm grande incidência, Isomeria é cobrada de uma forma que se O assunto abordado em reações orgânicas A abordagem de reações orgânicas cobra o
sempre cobradas de maneira que o candidato deva entender as diferentes características é trabalhado de modo que se deva conhe- conhecimento das peculiaridades das reações.
deva reconhecer as características das reações, físico-químicas que podem surgir com a cer as condições e entender a formação Em isomeria, temos cobrança com as caracte-
para que seja possível determinar qual é o mudança do tipo de isômero. Em relação a do produto. Em relação à isomeria, temos rísticas físico-químicas das substâncias.
tipo de reação, assim como a formação dos reações orgânicas, é necessário saber as abordagem mais relacionada às carac-
produtos ou possíveis reagente características das reações. terísticas físico-químicas das
utilizados. substâncias.
UFMG
Reações orgânicas exige interpretação das O tema isomeria é tratado de forma que se O principal assunto são as Isomerias optica
informações dadas no enunciado, para que deva reconhecer algumas diferentes pro- e geométrica, é necessário reconhecer as
seja identificada o tipo de reação e suas priedades físico-químicas que as substân- condições para que ocorram assim como
características. Isomeria é cobrada de maneira cias adquirem. As reações orgânicas são é importante entender as diferenças nas
em que se deva reconhecer as diferentes trabalhadas de modo que se deva saber propriedades físico químicas de cada tipo de
propriedades físico-químicas das determinadas características isomeria.
substâncias. das reações.
Reações orgânicas cobram identificar algumas A abordagem de isomeria é focada nas As reações orgânicas exigem reconhecer
características das reações, assim como iden- características físico-químicas das substâncias. suas diferentes características. Em relação
tificar os reagentes utilizados e os produtos Em reações orgânicas, é necessário boa inter- à isomeria, temos uma abordagem mais
formados. Em isomeria, deve-se compreender pretação para captar as diferenças entre cada relacionada às características físico-químicas
as diferenças físico-químicas características condição e característica da reação. das substâncias.
de determinados tipos.
37
AULAS ISOMERIA GEOMÉTRICA
27 E 28
12, 17, 18, 24, 25, 26
COMPETÊNCIAS: 3, 5 e 7 HABILIDADES:
e 27
2. ISOMERIA GEOMÉTRICA
(CIS-TRANS OU Z-E)
Isômeros geométricos ou cis-trans são moléculas que
possuem a mesma fórmula molecular e a mesma
fórmula estrutural plana, mas cujas estruturas espa-
ciais diferem.
No isômero cis (do latim, “próximo a”) ou Z (inicial da pa-
lavra alemã zusammen, “juntos”), os ligantes de maior
massa molecular ficam do mesmo lado do plano da
dupla ligação ou do ciclo. No isômero trans (do latim, “at-
ravés de”) ou E (inicial da palavra alemã entgegen, “opos-
tos”), os ligantes de maior massa molecular ficam do
lado oposto ao do plano da dupla ligação.
Se dois átomos de hidrogênio, por exemplo, um de cada
carbono do eteno (etileno), forem substituídos por dois
átomos de cloro, serão formadas duas estruturas diferentes
38
Condições necessárias para ocorrer isomeria ciclo com pelo
menos 3 átomos
geométrica (cis-trans)
Dupla ligação entre dois átomos de carbono.
Ligantes diferentes entre si em cada um dos dois áto-
A D
mos de carbono que “cercam” a dupla ligação:
A D B E
C C plano imaginário
B E (em perfil) Com A z B e D z E
Com A z B e D z E
Exemplos:
Exemplos:
Apresentam isomeria geométrica:
H3C – C = C – CH3 H3C – C = C – CH2 – CH3 H3C – C = C – CH3
| | | | | |
H H H CH3 Cℓ H
Não apresentam isomeria geométrica: H CH3
H2C = C – CH3 H3C – C C – CH3 H3C – C { C – CH3
| | | C H
Cℓ H CH3
“repetiu” H “repetiu” CH3 tem tripla ligação,
não dupla
CH22
C C
C C
H H
multimídia: sites
manualdaquimica.uol.com.br/quimica-organica/ Br C
isomeria-geometrica-ou-cis-trans.htm H CH3
39
multimídia: livros multimídia: livros
Química Orgânica 1, de John Mcmurry Química Orgânica 2, de John Mcmurry
Obra editada em dois volumes e em uma Segundo volume da obra, o livro apresenta
versão combo, apresenta um texto claro um texto claro e legível, com a preocupação
e legível, com a preocupação básica de básica de mostrar a beleza e a lógica da Quí-
mostrar a beleza e a lógica da Química Or- mica Orgânica, tornando um assunto con-
gânica, tornando um assunto considerado siderado complexo em algo simples de ser
complexo em algo simples de ser entendi- compreendido pelos leitores.
do pelos leitores. O autor privilegia, entre
outras características, a organização e a
estratégia de ensino, a apresentação dos
tópicos de maneira modular e o reforço dos
principais conceitos por meio de inúmeros
problemas. O livro é destinado a disciplinas
relativas à Química Orgânica dos cursos de
Química, Farmácia e Engenharia Química.
VIVENCIANDO
A gordura trans é um tipo de gordura (ácido graxo) que difere em sua ligação química de outros ácidos graxos insatura-
dos. Ela contém ácidos graxos na configuração trans devido a um processo de hidrogenação que ocorre naturalmente (a
partir da fermentação de bactérias em animais ruminantes) ou artificialmente (a partir da indústria alimentícia).
Os alimentos derivados de animais ruminantes, como o leite e a carne, possuem gorduras trans, mas em quantidades
insignificantes. Atualmente, o maior consumo dessa gordura está relacionado aos alimentos industrializados, em que
a gordura trans também pode ser reconhecida como gordura hidrogenada.
Um óleo encontrado na natureza, por exemplo, possui os átomos distribuídos em posição paralela. Entretanto, quando é
submetido ao tratamento industrial de hidrogenação, a estrutura química do óleo é alterada, fazendo com que os ácidos
graxos fiquem com os átomos em alinhamento transversal, constituindo parte da confecção da gordura trans.
40
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
O governo dos Estados Unidos determinou que o uso de gordura trans nos alimentos não é seguro e exigiu que
os produtos que apresentassem esse componente fossem retirados do mercado. A decisão foi da Administração de
Remédios e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) do país.
“Os óleos vegetais parcialmente hidrogenados, principal fonte de gordura trans nos alimentos processados, não são
geralmente considerados seguros para serem utilizados na alimentação humana”, indicou a FDA em comunicado.
Diversas provas científicas já mostraram que o consumo de gordura trans eleva o nível do chamado colesterol ruim,
assinalou a entidade. Segundo o comunicado da agência, a determinação vai reduzir significativamente o uso de
fósforo nos alimentos.
Desde 2006, os fabricantes foram obrigados a incluir informações de conteúdo de gordura trans nos rótulos. Entre
2003 e 2012, a FDA estimou que o consumo de gordura diminuiu 78% no país e que a nova regra de rotulagem foi
um dos fatores a puxar a queda.
A gordura trans é utilizada pela indústria alimentícia para aumentar o sabor e o tempo de conservação dos produtos.
Ela é prejudicial à saúde por elevar os níveis de colesterol ruim, a lipoproteína de baixa densidade (em inglês, LDL), e
diminuir o colesterol bom, a lipoproteína de alta densidade (em inglês, HDL). Essas alterações nas taxas aumentam o
risco de doenças, como infarto e acidente vascular cerebral.
Habilidade
24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
A padronização de nomenclaturas, ao longo da história da Química, foi essencial para seu desenvolvimento. Com o
passar dos anos, mais compostos foram sendo sintetizados, originando a ideia de se criar uma linguagem para os
novos compostos químicos sintetizados na época.
41
Modelo
(Enem) Em algumas regiões brasileiras, é comum se encontrar um animal com odor característico, o zorrilho. Esse odor
serve para proteção desse animal, afastando seus predadores. Um dos feromônios responsáveis por esse odor é uma
substância que apresenta isomeria trans e um grupo tiol ligado à sua cadeia.
b)
c)
d)
e)
Análise expositiva - Habilidade 24: A análise de modelos tridimensionais nas moléculas é de extrema importân-
B cia na Química. Para analisar a molécula de forma adequada, é necessário traçar um plano em relação à dupla
ligação e, com isso, estabelecer uma posição aos grupos mais pesados, no caso desse exercício, em posição trans.
Trans
H3C H
C C
H CH2 SH
Grupo tiol
Alternativa B
42
DIAGRAMA DE IDEIAS
PODEM TER
MESMA FÓRMULA
ESTRUTURAL PLANA
DIFERENTES
CONFIGURAÇÕES
ESPACIAIS
ISÔMEROS
GEOMÉTRICOS
(CIS-TRANS)
A CONDIÇÃO É A CONDIÇÃO É
R1 R3 R1 R3
C C C C
R2 R4 R2 R4
R1 ≠ R2 e R3 ≠ R4 R1 ≠ R2 e R3 ≠ R4
43
AULAS ISOMERIA ÓPTICA
29 E 30
12, 17, 18, 24, 25, 26
COMPETÊNCIAS: 3, 5 e 7 HABILIDADES:
e 27
1. SUBSTÂNCIAS
OPTICAMENTE ATIVAS luz natural prisma de luz polarizada
Nicol
A luz natural é um tipo de energia radiante. Nela, as vi-
brações ocorrem em todos os planos do eixo x/y, que re- luz polarizada
presenta a direção de propagação do raio luminoso. luz natural
x y prisma de
Nicol
Caso fosse possível observar os planos de vibração da luz As substâncias atravessadas pela luz polarizada são classi-
natural, o esquema seria este: ficadas em dois grupos:
a substâncias opticamente inativas, que não des-
d1 b viam o plano de vibração da luz polarizada; e
substâncias opticamente ativas, que desviam o
plano de vibração da luz polarizada; se o desvio do
plano for para a direita, essas substâncias são denomi-
nadas dextrogiras; se for para a esquerda, são deno-
c1 c
minadas levogiras.
b1 d
a1
44
Casos de isomeria óptica: Observe a seguir exemplos de compostos que apresentam um
carbono assimétrico na molécula e, em razão disso, são repre-
Isomeria óptica em compostos com carbono
sentados por um par de antípodas ópticos e por um racêmico:
assimétrico (C*)
Carbono assimétrico ou quiral (C*) é o que se liga a qua- H OH NH2
| | |
tro ligantes diferentes entre si. Esses ligantes podem ser áto-
H3C – C – C* – CH3 H3C – C* – CH2 – Cℓ
mos, grupos (radicais metil, etil, etc.) ou grupos funcionais. | | |
H H H
Condição necessária para ocorrer isomeria óptica butan-2-ol 1-cloro-2-amino-propano
Número de isômeros
Número de racêmicos
opticamente ativos
Toda molécula formada por um carbono assimétrico é as-
simétrica, ou seja, não possui um plano de simetria. Essa 2n 2n – 1 = (2n) / 2
molécula sempre é dotada de dois isômeros opticamente
ativos, um dextrógiro e outro levógiro, cujas moléculas Nota: Essas fórmulas permitem concluir que o número de racê-
funcionam como objeto e imagem em relação a um espe- micos é a metade do número de isômeros opticamente ativos.
lho plano.
Espelho plano
Exemplo:
O O
C C
OH HO número de carbonos as-
OH Cℓ
simétricos (C*) = n = 2
| | número de isômeros optica-
H3C – C* – C* – CH3
| | mente ativos = 2n = 22 = 4
H OH OH H
H H
número de racêmicos = 2n – 1 =
CH3 CH3
= (2n) / 2 = (22) / 2 = 2
ácido láctico dextrógiro ácido láctico levógiro
“objeto” “imagem”
45
Observe que há dois carbonos no anel (1 e 2) que podem
ser considerados como quirais. A quantidade de isômeros
opticamente ativos é: 2n = 22 = 4.
46
VIVENCIANDO
Quando se trata de moléculas com imagens especulares não superponíveis (enantiômeros), fala-se em termos de
quiralidade. Um objeto que possui a propriedade de “lateralidade” é um objeto quiral, ou seja, é um objeto que não
pode ser colocado sobre a sua imagem especular de forma que todas as partes coincidam. Em outras palavras, um
objeto quiral não é superponível à sua imagem especular. Exemplos comuns são as mãos, que guardam a relação
de imagem especular entre si (esquerda e direita), mas não podem ser sobrepostas. A mão é, portanto, um objeto
quiral. A quiralidade é fundamental no cotidiano. Muitos medicamentos são quirais. Em geral, apenas uma forma de
imagem especular de uma droga fornece o efeito desejado. A outra forma de imagem especular é geralmente inativa,
menos ativa ou mesmo nociva à saúde, provocando efeitos colaterais sérios ou toxicidade.
A mistura racêmica (racemato) foi descrita pela primeira vez em um trabalho de Louis Pasteur, que utilizou um sal de ácido
tartárico. Em uma análise realizada com luz polarizada, ele percebeu que o referido sal, a princípio opticamente inativo,
isto é, sem causar desvio no plano da luz polarizada, formava dois compostos opticamente ativos ao ser recristalizado.
Contudo, havia um problema referente à observação de Pasteur: uma recristalização, por se tratar de um método de
purificação, não pode resultar em um composto químico diferente; assim, ao purificar o sal de ácido tartárico, deveria
ser obtido o mesmo sal com menos impurezas. Nesse sentido, não seria possível formar dois compostos quirais (que
desviam a luz polarizada) a partir de um composto aquiral (que não tem atividade óptica), pois esse fenômeno só
ocorreria a partir de uma reação química envolvendo quebra de ligações e formação de novas.
Excluindo a possibilidade de se tratar de um composto aquiral, Pasteur concluiu que o composto que ele havia pu-
rificado era uma mistura com proporções iguais de dois enantiômeros, sendo 50% dextrogira e 50% levogira, pois,
embora ambos os enantiômeros provoquem rotação no plano da luz polarizada, por serem espelho um do outro e
estarem na mesma proporção, as rotações ocorrem em direções opostas, sendo canceladas.
47
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Habilidade
24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Entender a forma com que as moléculas se dispõem no espaço é de suma importância, ainda mais se tratando de
Química Orgânica. Quando é analisado um composto, algumas de suas propriedades físicas podem ser a chave
para saber qual é o composto. Contudo, muitas fórmulas químicas apresentam isômeros, isto é, a mesma fórmula
molecular, com diferença nas fórmulas estruturais. Essa diferença provoca a mudança de propriedades físicas, como
temperatura de ebulição, temperatura de fusão, densidade, etc.
Modelo
(Enem) A talidomida é um sedativo leve e foi muito utilizado no tratamento de náuseas, comuns no início da gravi-
dez. Quando foi lançada, era considerada segura para o uso de grávidas, sendo administrada como uma mistura
racêmica composta pelos seus dois enantiômeros (R e S). Entretanto, não se sabia, na época, que o enantiômero S
leva à malformação congênita, afetando principalmente o desenvolvimento normal dos braços e pernas do bebê.
ADAPTADO DE: COELHO, F.A.S. “FÁRMACOS E QUIRALIDADE”.
CADERNOS TEMÁTICOS DE QUÍMICA NOVA NA ESCOLA. SÃO PAULO, N. 3, MAIO 2001.
Essa malformação congênita ocorre porque esses enantiômeros:
a) reagem entre si;
b) não podem ser separados;
c) não estão presentes em partes iguais;
d) interagem de maneira distinta com o organismo;
e) são estruturas com diferentes grupos funcionais.
Análise expositiva - Habilidade 24: O exercício exige que o aluno conheça a teoria por trás da isomeria espa-
D cial óptica. Os dois enantiômeros possuem propriedades iguais, e o que difere um do outro é o desvio do
plano da luz polarizada, sendo o R um dextrógiro (desvio da luz para a direita) e o S um levógiro (desvio da
luz para a esquerda). Assim, eles interagem de maneira distinta com o organismo.
Alternativa D
48
DIAGRAMA DE IDEIAS
MESMA FÓRMULA
ESTRUTURAL PLANA
DIFERENTES
CONFIGURAÇÕES
ESPACIAIS
POR EXEMPLO
ISÔMEROS
ÓPTICOS
OCORREM AO SATISFAZER
CONDIÇÃO CONDIÇÃO
NECESSÁRIA SUFICIENTE
QUE É É A PRESENÇA DE
ACARRETA EM OCORRE SE
ATIVIDADE R3
ÓPTICA R4 C R4
R3
R1 ≠ R2 e R3 ≠ R4
49
AULAS REAÇÕES DE ADIÇÃO
31 E 32
12, 17, 18, 24, 25, 26
COMPETÊNCIAS: 3, 5 e 7 HABILIDADES:
e 27
D/Ni
H2C = C = CH2 + 1H2 H2C = CH — CH3
PROPADIENO PROPENO
50
Caso o grupo OH do grupo funcional enol esteja situado
Regra de Markovnikov: o hidrogênio do HX li- no carbono secundário, haverá a formação de uma ceto-
ga-se ao carbono mais hidrogenado da dupla ou na; no entanto, se o grupo OH estiver situado no carbono
tripla ligação. primário, será formado um aldeído.
Cℓ H
| |
H3C — C ; CH + HCℓ o H3C — C = CH
CARBONO MAISROGENADO DA INSATURAÇÃO
Aplicação do conteúdo
1. A hidratação do propeno dará origem a qual dos
compostos abaixo?
b) cloração total do benzeno a) Propano
b) Propan-1-ol
c) Propan-2-ol
d) Propanona
e) Ácido propanoico
Resolução:
Respeitando a regra de Markovnikov, a reação entre prope-
no e água se dá por:
51
4. (UFSC) Assinale as proposições CORRETAS.
VIVENCIANDO
O benzeno é líquido, inflamável, incolor e possui um aroma doce e agradável. Trata-se de um composto tóxico, cujos
vapores, se inalados, causam tontura, dores de cabeça e até mesmo inconsciência. Quando inalados em pequenas
quantidades por longos períodos, causam sérios problemas sanguíneos, como leucopenia.
O benzeno também é conhecido por ser carcinogênico. É uma substância usada como solvente (de iodo, enxofre,
graxas, ceras, etc.) e matéria-prima básica na produção de muitos compostos orgânicos importantes, como fenol,
anilina, trinitrotolueno, plástico, gasolina, borracha sintética e tintas. A benzina é uma mistura de hidrocarbonetos
obtida principalmente da destilação do petróleo, que possui faixa de ebulição próxima ao benzeno.
52
O nome benzeno deriva do ácido benzoico, que foi descoberto no século XVI e que recebeu esse nome por ter sido
obtido, pela primeira vez, a partir da essência do benjoeiro. A destilação seca de goma de benjoim primeiramente foi
descrita por Nostradamus (1556) e, posteriormente, por Aleixo Pedemontanus (1560) e Blaise de Vigenère (1596). O
nome inicial do composto, benzine, foi dado pelo químico alemão Eilhardt Mitscherlich, em 1833.
Em 1825, o benzeno foi descoberto por Michael Faraday (1791-1867) no gás de iluminação usado em Londres.
Faraday é o mesmo cientista que descobriu vários fenômenos elétricos e determinou as leis da eletrólise. Em 1834, o
químico Edilhardt Mitscherlich determinou a fórmula molecular do benzeno como sendo C6H6.
Durante muitos anos, os químicos se esforçaram para descobrir como os seis átomos de carbono e os seis de hidrogênio
estavam dispostos dentro da molécula do anel benzênico. Já na metade do século XIX, vários cientistas haviam propos-
to diferentes fórmulas estruturais para essa molécula. Entretanto, nenhuma dessas proposições conseguia explicar as
reações apresentadas pelo benzeno. Foi então que Friedrich August Kekulé von Stradonitz, mais conhecido apenas por
Kekulé (1829-1896), em 1865, depois de um sonho, propôs a ideia do anel hexagonal, completada no ano seguinte
com a hipótese da existência de um par de estruturas em equilíbrio, com a alternância de ligações duplas.
A Química Orgânica é uma divisão da Química que foi proposta, em 1777, pelo químico sueco Torbern Olof
Bergman. A Química Orgânica era definida como um ramo químico que estudava os compostos extraídos dos or-
ganismos vivos. Em 1807, Jöns Jacob Berzelius formulou a teoria da força vital. Ela se baseava na ideia de que os
compostos orgânicos precisavam de uma força maior (a vida) para serem sintetizados.
Em 1828, Friedrich Wöhler, discípulo de Berzelius, a partir do aquecimento de cianato de amônio, produziu a ureia,
dando início a queda da teoria da força vital. Essa obtenção ficou conhecida como síntese de Wöhler. Mais tarde,
Pierre Eugene Marcellin Berthelot realizou uma série de experiências a partir de 1854 e, em 1862, sintetizou o ace-
tileno. Em 1866, Berthelot obteve, por aquecimento, a polimerização do acetileno em benzeno e, assim, foi derrubada
definitivamente a teoria da força vital.
A definição de Bergman para a Química Orgânica não era adequada. Então, o químico alemão Friedrich August
Kekulé propôs a nova definição aceita atualmente: “Química Orgânica é o ramo da Química que estuda os compos-
tos de carbono”. Embora a afirmação esteja correta, nem todo composto que contém carbono é orgânico, como o
dióxido de carbono, o ácido carbônico, o grafite, etc., mas todos os compostos orgânicos contêm carbono.
Essa parte da Química, além de estudar estrutura, propriedades, composição, reações e síntese de compostos orgâni-
cos que, por definição, contêm carbono, esses compostos podem conter outros elementos, como o oxigênio e o
hidrogênio. Muitos deles contêm nitrogênio, halogênios e, mais raramente, fósforo e enxofre.
53
DIAGRAMA DE IDEIAS
SUBSTÂNCIA QUÍMICA
PODE SER
ORGÂNICA
POR EXEMPLO
HIDROCARBONETOS
PARTICIPAM DE
REAÇÕES
TAIS COMO
REAÇÕES
ADIÇÃO DE ADIÇÃO DE
ENVOLVENDO
ALCENOS ALCINOS
CICLANOS
INCLUI
ADIÇÃO
HIDROGENAÇÃO (COM QUEBRA
CATALÍTICA DE CICLO)
ADIÇÃO DE TÍPICA DE
HALOGÊNIO (X2)
CICLO DE 3C CICLO DE 4C
ADIÇÃO
DE H2O
TEM
ADIÇÃO DE HX
X = HALOGÊNIO ALTA TENSÃO
ANGULAR
REGRA DE
MARKOVNIKOV
54
AULAS REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO
33 E 34
12, 17, 18, 24, 25, 26
COMPETÊNCIAS: 3, 5 e 7 HABILIDADES:
e 27
55
radicais metil. Esses radicais reagem com moléculas de
cloro, produzindo cloreto de metila e radicais de cloro.
1.2. Nitração
Ocorre uma reação em cadeia, e muitas moléculas de Nitração é a reação de um alcano com ácido nítrico, HNO3,
cloreto de metila e cloreto de hidrogênio são produzidas que produz um nitroalcano, um nitrocomposto.
para cada molécula de cloro que sofre fotólise. As cadeias CH3 — H + HO — NO2 o CH3 — NO2 + H2O
terminam graças à recombinação dos radicais de cloro.
NITROMETANO
Exemplo:
Cℓ
|
H2C — CH — CH2 — CH3 + HCℓ (0,7 %)
1.3. Sulfonação
|
CH3
Sulfonação é a reação de um alcano com ácido sulfúrico, H2SO4,
Cℓ que produz um ácido alcano-sulfônico, um ácido sulfônico.
|
H3C — CH — CH2 — CH3 + Cℓ — Cℓ
|
H3C — C — CH2 — CH3 + HCℓ (90 %) CH3 — H + HO — SO3H o CH3 — SO3H + H2O
|
ÁCIDO METIL-SULFÔNICO
CH3
CH3
METILBUTANO
Cℓ
|
H3C — CH — CH — CH3 + HCℓ (9 %)
Em alcanos mais complexos, o halogênio pode atacar a
| molécula em diferentes pontos.
CH3
Cℓ
|
2.3. Sulfonação
multimídia: vídeo
FONTE: YOUTUBE
Produção de Biodiesel a partir de Óleo Usado
56
2.4. Alquilação de Friedel-Crafts
Trata-se da substituição de um ou mais hidrogênios do anel
aromático por um ou mais radicais derivados de alcanos.
multimídia: sites
2.5. Acilação manualdaquimica.uol.com.br/quimica-organica/
reacoes-organicas-substituicao.htm
Trata-se da substituição de um ou mais hidrogênios de um
anel aromático por um ou mais radicais derivados de áci-
dos carboxílicos (R — C = O).
Aplicação do conteúdo
1. Na primeira etapa da reação de alcanos com cloro,
ocorre a troca de apenas um átomo de hidrogênio por
átomo de cloro. Considerando somente essa etapa,
quantos hidrocarbonetos clorados diferentes podem se
formar ao reagirem 2,2-dimetilbutano e cloro?
a) 1
Essas duas reações são denominadas reações de Frie- b) 2
del-Crafts. c) 3
Mecanismo de substituição nos aromáticos d) 4
e) 5
Resolução:
O composto 2,2-dimetilbutano é:
a) O catalisador (ácido de Lewis) reage com Cℓ2:
57
2. Escreva a equação da reação de sulfonação do benze- Resolução:
no e dê o nome do produto orgânico formado.
Estrutura do 2-metilbutano:
Resolução:
VIVENCIANDO
O Biodiesel é uma alternativa aos combustíveis derivados do petróleo. Ele pode ser utilizado em automóveis e em
qualquer outro veículo com motor a diesel. Fabricado a partir de fontes renováveis (óleo de soja, gordura animal, óleo
de algodão), trata-se de um combustível que emite menos poluentes do que o diesel.
O preço da gasolina, do diesel e dos derivados de petróleo tendem a subir cada vez mais. A cada ano, o consumo
aumenta e as reservas diminuem. Além do problema físico, há o problema político: a cada ameaça de guerra ou crise
internacional, o preço do barril de petróleo dispara.
58
Para aumentar sua competitividade, os custos de produção do biodiesel podem ser minimizados pela venda dos
coprodutos gerados durante o processo de transesterificação, como a glicerina, o adubo e a ração proteica vegetal.
Devido à importância do biodiesel e da futura regulamentação para sua utilização no país, o estabelecimento de
padrões de qualidade para o biodiesel se constitui como um fator fundamental para o sucesso de sua adoção.
A história do biodiesel começa junto com a história do século XX. Embora a ideia de utilização de combustíveis de
origem orgânica só tenha se tornado viável mais tarde, principalmente depois da explosão do preço do petróleo
na década de 1970, desde o início do funcionamento dos motores a diesel há relatos do uso de óleo vegetal para
movê-los.
Reações químicas envolvendo compostos orgânicos são denominadas reações orgânicas. Os tipos básicos de reações
da Química Orgânica são reações de adição, reações de eliminação, reações de substituição, reações pericíclicas, rea-
ções de rearranjo ou transposição e reações redox. Em síntese orgânica, reações orgânicas são usadas na construção
de novas moléculas orgânicas. A produção de muitas substâncias pelo homem, como drogas e plásticos, depende
de reações orgânicas.
A combustão de combustíveis orgânicos e a saponificação de gorduras para fazer sabão são as mais antigas reações
orgânicas. A moderna química orgânica inicia-se com a síntese de Wöhler em 1828. Na história do Prêmio Nobel
de Química, há premiados pela invenção de reações orgânicas específicas, como a reação de Grignard, em 1912, a
reação de Diels-Alder, em 1950, a reação de Wittig, em 1979, e a metátese de olefina, em 2005.
59
ss DIAGRAMA DE IDEIAS
SUBSTÂNCIA QUÍMICA
PODE SER
ORGÂNICA
POR EXEMPLO
HIDROCARBONETOS
PARTICIPAM DE
REAÇÕES
TAIS COMO
REAÇÕES
SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO
ENVOLVENDO
EM ALCANOS EM AROMÁTICOS
CICLANOS
SUBSTITUIÇÃO
(SEM QUEBRA
DE CICLO)
TÍPICA DE
CICLO DE 5C CICLO DE 6C
TEM
BAIXA TENSÃO
ANGULAR
60
TERMOQUÍMICA E CINÉTICA QUÍMICA: Incidência do
tema nas principais provas
A termoquímica requisita boa interpretação de Cálculos termodinâmicos exigem boa O candidato deve compreender as informações
dados, identificar o cálculo de energia correto a ser interpretação do fenômeno e é necessário dadas para utilizar o cálculo correto das
utilizado frente às informações que são dadas e identificar o processo ocorrido, assim como energias. É importante também analisar o tipo
identificar os processos que ocorrem com base na as energias envolvidas nas reações. de processo que ocorre com base nas energias
energia envolvida. envolvidas na reação.
O tema mais abordado é termoquímica, sendo A termoquímica tem como base a interpreta- Na termoquímica, o candidato deve iden- O tema mais cobrado engloba a termoquímica
que o candidato deve interpretar as infor- ção para que seja possível utilizar o método tificar as diferenças de cálculo para utilizar como um todo, sendo importante identificar
mações para realizar o cálculo pelo método correto de cálculo da energia da reação, sendo o método correto e também relacionar a o modelo que deve ser usado parar resolução
correto e também diferenciar o processo que interessante entender os processos que ocor- quantidade de energia envolvida na reação com base nas informações encontradas no
ocorre com base nas energias envolvidas rem devido aos diferentes valores de energia com os diferentes tipos de processos que enunciado.
na reação. que são encontrados. ocorrem.
UFMG
A termoquímica é cobrada de maneira a saber Na termoquímica, é importante salientar os Em termoquímica, é necessário que se
as diferenças nos métodos de cálculo, para a diferentes métodos de cálculo, logo, é neces- compreenda as diferentes formas de cálculo
energia da reação com base nas informações sário saber utilizar cada método na situação que terão base nos dados fornecidos, e é
dadas, e é importante identificar os processos correta, tudo isso com base nas informações importante saber reconhecer os processos
envolvidos analisando as diferentes quanti- dadas, e também relacionar os processos envolvidos para evitar qualquer erro.
dades de energias envolvidas. com as quantidades de energia
envolvidas.
Termoquímica é cobrada de maneira bem O tema termoquímica é cobrado de forma Os cálculos termoquímicos são cobrados de
conceitual. Portanto, é importante conhecer os bem direta. É necessário identificar o método maneira que se deva identificar os processos
diferentes processos e suas implicações, assim correto de cálculo a ser utilizado com base nas envolvidos, assim como o método correto para
como utilizar o método certo no cálculo com informações dadas. o cálculo, tudo isso com base na interpretação
base nas informações dadas. e dados que são fornecidos.
61
AULAS TERMOQUÍMICA: VARIAÇÃO DE ENTALPIA
27 E 28
12, 17, 18, 24, 25, 26
COMPETÊNCIAS: 3, 5 e 7 HABILIDADES:
e 27
62
Decomposição do carbonato de cálcio: De onde vem essa energia em forma de calor?
Calor + CaCO3(s) o CaO(s) + CO2(g) Essa energia liberada em forma de calor estava contida nos
As reações endotérmicas ocorrem exclusivamente median- reagentes (grafita e oxigênio). Quando os reagentes se trans-
te absorção de calor do meio ambiente. Para que elas se formaram no produto (gás carbônico), a energia foi liberada.
realizem, é necessário que os reagentes sejam aquecidos. Com isso, pode-se concluir que cada substância deve apre-
sentar certo conteúdo de energia denominado entalpia e
2. MEDIDA DO CALOR representado pela letra H.
É possível medir em laboratório, com o auxílio de aparelhos O valor numérico do calor é proveniente da diferença:
denominados calorímetros, a quantidade de calor des- Hfinal – Hinicial.
pendida numa reação. Calor = Hfinal – Hinicial
Agitador elétrico
Recipiente e
Termômetro
de precisão
4. VARIAÇÃO DE ENTALPIA ('H)
tampa isolantes
Não é conhecido nenhum método que determine a ental-
pia de uma substância. Na prática, por meio do uso de
calorímetros, é possível medir a variação de entalpia ('H)
de um processo.
O 'H corresponde ao calor liberado ou absorvido durante
o processo à pressão constante. O cálculo da variação da
entalpia é dado pela expressão genérica:
Béquer com massa de água conhecida
, 'H = Hfinal – Hinicial
O calor despendido na reação faz aumentar ou diminuir a
'H = calor liberado ou absorvido em qualquer processo
temperatura da água. Assim, pode-se concluir que:
físico e/ou químico (pressão constante).
Qreação = Qágua
'H nas reações químicas
Qágua = m c 't
Q = quantidade de calor Em uma reação química, o estado inicial é dado pelos rea-
gentes, e o estado final, pelos produtos.
m = massa em gramas
cal
c = calor específico da água 1_____
g ºC ( ) Reagentes o Produtos
't = variação da temperatura (Hinicial = Hreagentes = HR) (Hfinal = Hprodutos = HP)
Joule é a unidade de energia no Sistema Internacional. É
Calor da reação = 'H = HP – HR
simbolizado pela letra J, unidade oficial no Brasil.
Outra unidade muito usada no Brasil é a caloria, equiva-
lente a 4,186 J.
1 cal = 4,186 J; 1 J = 0,238 cal
Em cálculos, é com empregar-se a quilocaloria, que corres-
ponde a 1,0 mil cal, e o quilojoule, que correspondente a
1,0 mil J.
1 kcal = 103 cal = 4 186 J; 1 kJ = 103 J
63
5.'H EM REAÇÕES EXOTÉRMICAS Assim, a reação pode ser representada por:
A o B 'H < 0
Reagentes
HR
Entalpia (H)
Reagentes
HR
H<0 Exemplo:
6.1. Interpretação
Exemplo: Quando 2 mol de NH3(g) decompõem-se em um 1 mol de N2(g)
C(graf.) + O2(g) o CO2(g) 'H = –394kJ e em 3 mol de H2(g), a reação absorve 92,2 kJ do ambiente.
Outra maneira de representar uma equação química de
5.1. Interpretação uma reação endotérmica é:
Quando 1 mol de C(grafita) reage com 1 mol de O2(g), a fim de 2 NH3(g) + 92,2 kJ o N2(g) + 3 H2(g)
dar origem a 1 mol de CO2(g), a reação libera 394 kJ para
Entalpia (H)
o ambiente.
N2(g) + 3 H2(G)
Outra maneira de representar uma equação química de HP
uma reação exotérmica é:
C(graf.) + O2(g) o CO2(g) + 394 kJ ΔH = + 92,2 kJ
Graficamente: 2 NH3(g)
HR
Entalpia (H)
C(Graf) + O2(g)
HR
ΔH
H ==- -394
394kJkJ
HP
CO2(g) 7. EQUAÇÃO TERMOQUÍMICA
Uma equação termoquímica descreve uma reação quí-
mica representando seus reagentes, seus produtos, seus
estados físicos e a energia envolvida. Essa energia é repre-
64
Exemplo: –286,6 = HH O – (HH2 + 1/2HO2)
2
ou HH O = 'H = – 286,6 kJ
0
f
2
PADRÃO DE FORMAÇÃO DE
2. Estado físico dos reagentes
UMA SUBSTÂNCIA ('H) Por convenção, a entalpia padrão de substâncias simples
Entalpia (ou calor) padrão de formação de uma substância (compostas por um único elemento químico) no estado fí-
é o calor liberado ou absorvido numa reação que forma 1 sico mais estável é zero.
mol da substância, a partir das substâncias simples corres- Exemplos:
pondentes, estando todos no seu estado padrão.
Elemento Entalpia
Exemplo:
Fe(s) o Ho f = 0 (metais geral-
H2(g) + __1O2(g) oH2O(,) 'H = -286,6 kJ/mol Ferro mente são sólidos)
2
Fe (ℓ) o Ho f z 0 Fe (g) o Ho z 0
Nesse caso, os reagentes são duas substâncias simples no N2 (g) o Ho f = 0 (nitrogênio é gasoso)
estado padrão (estado das substâncias a 25 °C e 1 atm) e Nitrogênio
N2 (ℓ) o Ho f z 0 N2 (s) o Ho z 0
em condições normais de temperatura e pressão (25°C e 1 atm),
tendo entalpia igual a zero (isso será tratado na outra seção H2 (g) o Ho f = 0 (hidrogênio é gasoso)
Hidrogênio
desta aula). Sabe-se também que a entalpia de formação da H2 (ℓ) o Ho f z 0 H2 (s) o Ho z 0
água é de -286,6 kJ/mol. Para calcular a variação de entalpia
(∆H), deve-se utilizar a fórmula: Ho = entalpia padrão a T = 25 °C e P = 1 atm
'H = Hprodutos - Hreagentes Por sua vez, substâncias compostas (formadas por mais de
um elemento) apresentam entalpia diferente de zero. Os
Substituindo os valores da fórmula, tem-se: valores sempre são dados.
65
Exemplos: Hoje, é possível fabricar diamantes sintéticos. Consideran-
do que a entalpia do diamante é elevada, sua produção é
Substância
muito cara, exigindo altas temperaturas (da ordem de 3,0
H2O (s) o Ho f z 0 CO2 (s) o Ho f z 0 NaCℓ (s) o Ho f z 0 mil ºC) e altas pressões (acima de 100 mil atm). Entretan-
H2O (ℓ) o Ho f z 0 CO2 (ℓ) oHo f≠ 0 NaCℓ (ℓ) o Ho f z 0 to, existe um tipo de diamante sintético ultracristalino que
vem sendo produzido a uma temperatura menor que 800
H2O (g) o Ho f z 0 CO2 (g)o Ho f ≠ 0 NaCℓ (g) o Ho f z 0
ºC. Ele é usado para auxiliar no transplante de retinas arti-
ficiais em pessoas que ficaram cegas.
Atenção! Para uma mesma substância há:
Conclusões idênticas valem para as formas alotrópicas de ou-
Ho f (sólido) < Ho f (líquido) < Ho f (gás)
tros elementos químicos. Por esse motivo, é possível afirma que:
A síntese da água sólida libera mais calor do que a síntese
o enxofre rômbico é mais estável (menos reativo) do
da água gasosa e da água líquida.
que o monoclínico;
H2O(g) 'H: –58 kcal o fósforo vermelho é mais estável (menos reativo) do
1
__
H2(g) + O2(g) o H O 'H: – 68 kcal que o branco; e
2 2 (ℓ)
H2O(s) 'H: –70 kcal o oxigênio (O2) é mais estável (menos reativo) do que
o ozônio (O3).
3. Forma alotrópica 4. Temperatura e pressão
Se o elemento formar alótropos (substâncias simples di- Em geral, a pressão não influi nos calores de reações que
ferentes), a forma mais estável (menos energética) tem envolvem sólidos e líquidos. Mesmo em reações com ga-
entalpia zero. ses, a influência da pressão é mínima. Reações perceptíveis
Exemplos: são as que ocorrem sob pressões elevadíssimas (da ordem
de 1.000 atm). Por isso, não se preocupe com a influência
Forma alotrópica Forma alotrópica da pressão em seus cálculos.
Elemento
mais estável menos estável
66
∆H = Hprodutos - Hreagentes por mol de etanol, e o calor liberado é proporcional à quan-
∆H =(HCaCO3 + HH2O) - (HCa(OH)2 + HCO2) tidade de etanol queimado, pode-se fazer a relação a seguir:
1 mol C2H5OH = 46 g C2H5OH
Substituindo os valores da tabela, tem-se:
46 g C2H5OH — -327 kcal
∆H = [(-1206,9) + (-241,8)] - [(-986,1) + (-393,5)]
115 g — x
∆H = -1448,7-(-1379,6)
x = -817,5 kcal
∆H = -1448,7+1379,6
Assim, a quantidade de calor liberada na queima de 115 g
∆H = -69,1 kJ/mol de etanol é de 817,5 kcal.
Alternativa B Alternativa D
2. O etanol é um composto orgânico cuja ebulição ocor-
re a uma temperatura de 78,4 °C. Pode ser obtido a par-
tir de vários métodos. No Brasil, é produzido através
da fermentação da cana-de-açúcar, já que a sua dispo-
nibilidade agrícola é bastante ampla no nosso país. A
reação química da combustão completa do etanol e o
seu valor da entalpia são dados a seguir:
VIVENCIANDO
Atualmente, uma das grandes preocupações da humanidade é a poluição do ar, pois, reconhecidamente, trata-se de
um fator de risco para a saúde. O nível de poluição do ar aumenta a cada ano, principalmente nas cidades indus-
triais, onde a emissão de gases tóxicos e partículas pelas indústrias soma-se à poluição provocada pela circulação de
veículos, gerando situações críticas à saúde humana, além de prejudicar as plantas e os animais. Um dos fatores da
poluição do ar é o smog fotoquímico.
A palavra smog é uma combinação dos termos do inglês smoke (fumaça) e fog (neblina). O smog fotoquímico possui
esse nome porque causa na atmosfera uma diminuição da visibilidade. O desenvolvimento desse processo, no qual
um grande número de reações acontecem simultaneamente, está geralmente associado à ocorrência de picos de
ozônio nas grandes cidades, quando a concentração de ozônio ultrapassa os padrões estabelecidos.
67
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
A respiração celular pode ser de dois tipos: respiração anaeróbia (sem utilização de oxigênio) e respiração aeróbia
(com utilização de oxigênio).
A respiração celular é o processo de obtenção de energia mais utilizado pelos seres vivos. Na respiração, ocorre a
liberação de dióxido de carbono, energia e água e o consumo de oxigênio e glicose, ou outra substância orgânica,
como lipídios.
Do ponto de vista da fisiologia, o processo pelo qual um organismo vivo troca oxigênio e dióxido de carbono com o
seu meio ambiente é denominado ventilação. No caso específico das células, a operação é executada pela mitocôndria.
Do ponto de vista da bioquímica, respiração celular é o processo de conversão das ligações químicas de moléculas
ricas em energia que poderão ser usadas nos processos vitais.
O processo básico da respiração celular é a quebra da glicose ou glicólise, que pode ser representado pela seguinte
equação química:
Nutrientes (energia química) + O2 o CO2 + H2O + energia (alguma parte que se perde sob a forma de calor e outra
parte que é armazenada na forma de ATP).
A respiração aeróbia requer oxigênio. Na glicólise, é formado o piruvato (também denominado ácido pirúvico), bem
como 2ATP. Cada piruvato que entra na mitocôndria é oxidado a um composto com dois carbonos (acetato) que,
depois, é combinado com a coenzima-A, produzindo NADH e liberando CO2.
Em seguida, inicia-se o ciclo de Krebs. Nesse processo, o grupo acetil é combinado com compostos com quatro carbo-
nos, formando o citrato (6C). Por cada ciclo que ocorre, libera-se 2CO2, NADH e FADH2. No ciclo de Krebs, obtém-se
2ATP. Numa última fase – cadeia transportadora de elétrons (ou fosforilação oxidativa) –, os elétrons removidos da
glicose são transportados ao longo de uma cadeia transportadora, criando um gradiente protônico que permite a
fosforilação do ADP. O aceptor final de elétrons é o O2, que, depois de se combinar com os elétrons e o hidrogênio,
forma água.
68
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Habilidade
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou
26 minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
A forma mais comum de se medir a energia gerada numa reação química é por meio da entalpia. Essa entalpia
normalmente é expressa em kJ/mol, isto é, há uma correlação direta entre o número de mol e a energia liberada ou
absorvida. Essa energia pode ser decorrente de um processo endotérmico ou exotérmico e tudo está ligado ao tipo
de reação que acontece naquele sistema.
Modelo
(Enem) Um dos problemas dos combustíveis que contêm carbono é que sua queima produz dióxido de carbono.
Portanto, uma característica importante, ao se escolher um combustível, é analisar seu calor de combustão (∆Hco), de-
finido como a energia liberada na queima completa de um mol de combustível no estado padrão. O quadro seguinte
relaciona algumas substâncias que contêm carbono e seu ∆Hco.
Nesse contexto, qual dos combustíveis, quando queimado completamente, libera mais dióxido de carbono no ambi-
ente pela mesma quantidade de energia produzida?
a) Benzeno d) Octano
b) Metano e) Etanol
c) Glicose
Análise expositiva - Habilidade 26: Para a resolução, é necessário ter conhecimento de algo muito pedido nas pro-
C vas em geral: a relação entre número de mol e entalpia. O primeiro passo para resolver a questão é calcular a quan-
tidade de CO2 produzida quando se obtém 1.000 kJ de energia (por exemplo), utilizando uma regra de três simples.
n.° de moléculas de C —— energia liberada (kJ/mol)
X moléculas de C —— 1.000 kJ
Esse cálculo deverá ser feito para todas as substâncias.
Cálculo para a glicose:
6 —— 2.808
X —— 1.000
X = 2,13 mol de CO2
69
Para as outras substâncias, você encontrará os seguintes valores:
Benzeno = 1,83 mol de CO2
Etanol = 1,46 mol de CO2
Metano = 1,12 mol de CO2
Octano = 1,46 mol de CO2
Alternativa C
DIAGRAMA DE IDEIAS
EXEMPLO
REAÇÃO
QUÍMICA
TRANSFORMAÇÃO
MUDANÇA DE
FASE
PODE ENVOLVER
MEDIDO
PARA FORA POR UM PARA DENTRO
DO SISTEMA DO SISTEMA
O QUE CALORÍMETRO O QUE
CARACTERIZA A CARACTERIZA A
TRANSFORMAÇÃO TRANSFORMAÇÃO
PERMITE
EXOTÉRMICA ENDOTÉRMICA
DETERMINAR
VARIAÇÃO DE
ENTALPIA (∆H)
∆H < 0 ∆H > 0
PODE SER PODE SER
TERMOQUÍMICA
70
AULAS TERMOQUÍMICA: LEI DE HESS
29 E 30
12, 17, 18, 24, 25, 26
COMPETÊNCIAS: 3, 5 e 7 HABILIDADES:
e 27
1. DIAGRAMAS ENERGÉTICOS
(ENTÁLPICOS)
Em geral, as transformações físicas ou químicas da maté-
ria são representadas por gráficos, explicitando a troca de
energia (ganho ou perda) do sistema. É comum que a re-
presentação de reagentes e produtos traga seus respectivos
coeficientes estequiométricos e seus valores de energia que
permitem calcular o DH.
multimídia: vídeo
1.1. Reações endotérmicas (DH > 0) FONTE: YOUTUBE
Exemplo: Pedra que pega fogo na água (experiência)
2. LEI DE HESS
Assim, a soma algébrica das reações dadas deve resultar
na reação de formação do metano, cujo DH pretende-se
Em 1849, o químico suiço Germain Henri Hess (1802-1850), ao determinar:
efetuar inúmeras medidas dos calores de reação, verificou que:
C(graf.) + 2 H2(g) o CH4(g) DH = ?
O calor liberado ou absorvido numa reação química não Entretanto, para se obter essa equação, devem ser efetua-
depende dos estados intermediários pelos quais a rea- das as seguintes operações:
ção passa, depende apenas dos estados inicial e final
da reação. multiplicar a reação II por 2 para que o número de mols
de H2(g) seja igual a 2; consequentemente, o DH tam-
bém será multiplicado por 2;
71
inverter a reação III para que o CH4(g) passe para o se- Para aplicar a Lei de Hess a fim de calcular o calor de for-
gundo membro da equação; por esse motivo, o DH mação do SO3, é necessário dividir as duas equações por 2
também terá seu sinal invertido; portanto, se a reação e somá-las em seguida.
for exotérmica, com o sentido invertido passará a ser
endotérmica e vice-versa; e S(S) + O2(g) o SO2(g) DH1 = – 296,8 kJ
somar algebricamente as equações e os DH. SO2(g) + __1 O2(g) o SO3(g) DH2 = – 97,8 kcal
2
______________ ______________
I. C(graf) + O2(g) o CO2(g) DH1 = – 393 kJ
S(s) + __3 O2(g) o SO3(g) DH = DH1 + DH2 =
II. 2 H2(g) + O2(g) o 2H2O(<) DHII = – 571 kJ 2
DH = – 296,8 + (–97,8)
III. CO2(g) + 2 H2O(<) o CH4(g) + 2 O2(g) DHIII = +889,5 kJ
Assim: DH = –394,6 kJ
_________________________ ______________
2. Dadas as equações termoquímicas:
C(Graf.) + 2 H2(g) o CH4(g) DH = DH1 + DHII + DHIII =
DH = – 74,5 kJ C(grafite) + O2(g) o CO2(g) DH1 = – 393,3 kJ
C(diamante) + O2 (g) o CO2(g) DH2 = – 395,2 kJ
Calcule a variação da entalpia da transformação:
C(grafite) o C(diamante) DH = ?
Resolução:
3. Dadas as equações:
Aplicação do conteúdo
Fe2O3(s) + 3 C(grafite) o 2 Fe(s) + 3 CO2(g) ∆H0 = + 489 kJ
1. Considere as seguintes equações termoquímicas:
FeO(s) + C(grafite) o Fe(s) + CO(g) ∆H0 = + 155,9 kJ
2 S(s) + 2 O2(g) o 2 SO2(g) DH1 = –593,6 kJ
C(grafite) + O2(g) o CO2(g) ∆H0 = - 393 kJ
2 SO2(g) + O2(g) o 2 SO3(g) DH2 = –97,8 kcal
CO(g) + __1 O2(g) o CO2(g) ∆H0 = - 282,69 kJ
Calcule o calor de formação de um mol de SO3 gasoso, 2
em kJ. Calcule o valor de ∆H0 para a reação:
72
Resolução: Não se usa a equação Fe2O3(s) + 3 C(grafite) o 2 Fe(s) + 3 CO2(g),
porque há Fe2O3, composto que não há na reação global.
Pela Lei de Hess, segue que:
Alternativa A
Fe(s) + CO(g) o FeO(s) + C(grafite) ∆H = -155,9 kJ (inverte)
C(grafite) + O2(g) o CO2(g) ∆H = -393 kJ (mantém)
CO2(g) oCO(g) + 1/2O2(g) ∆H = + 282,69 kJ (inverte)
_________________________________________
Fe(s) + 1/2 O2 o FeO(s) ∆H = - 266,21 kJ
VIVENCIANDO
A usina termoelétrica é uma instalação industrial que produz energia a partir do calor gerado pela queima de com-
bustíveis fósseis, como carvão mineral, óleo, gás, entre outros, ou por outras fontes de calor, como a fissão nuclear
em usinas nucleares.
Essas usinas funcionam do seguinte modo: primeiramente, aquece-se uma caldeira com água que será transformada
em vapor, cuja força movimentará as pás de uma turbina que, por sua vez, movimentará um gerador.
Uma maneira de se aquecer o caldeirão é pela queima de combustíveis fósseis. Depois da queima, eles são soltos na
atmosfera e causam grandes impactos ambientais. Outra maneira de aquecimento é utilizando a energia nuclear por
meio de reações nucleares como a quebra (fissão) do urânio.
Depois do vapor ter movimentado as turbinas, ele é enviado a um condensador para ser resfriado e transformado
em água líquida. Em seguida, para iniciar um novo ciclo, é enviado de volta ao caldeirão. O vapor pode ser resfriado
por água de um rio, lago ou mar, mas esse processo causa danos ecológicos devido ao aquecimento da água, que
provoca uma diminuição do oxigênio. Outra maneira de resfriar o vapor é utilizando água armazenada em torres;
essa água, por sua vez, é enviada em forma de vapor à atmosfera, alterando o regime de chuvas.
Um dos maiores problemas das usinas termoelétricas é o papel que elas desempenham no aquecimento global, por
meio do efeito estufa, e na formação de chuvas ácidas devido à queima de combustíveis. No caso das usinas termo-
elétricas de Angra dos Reis, que usam energia nuclear como fonte de calor, além da poluição térmica ainda existe o
problema do lixo atômico.
No entanto, essas usinas não apresentam apenas desvantagens. Uma de suas vantagens é o fato de que elas podem
ser construídas próximo a centros urbanos, diminuindo as linhas de transmissões e desperdiçando menos energia.
Também são usinas que produzem uma quantidade constante de energia elétrica durante o ano inteiro, ao contrário
das hidrelétricas, que têm a produção dependente do nível dos rios. No Brasil, as térmicas complementam a matriz
energética de hidrelétricas, sendo ligadas apenas quando há necessidade (como em períodos de estiagem).
73
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
Na física nuclear, o processo de fissão nuclear é a quebra do núcleo de um átomo instável em dois átomos menores
pelo bombardeamento de partículas como nêutrons. Os isótopos formados pela divisão possuem massa parecida,
mas geralmente seguem a proporção de massa de três para dois. O processo de fissão é uma reação exotérmica
em que ocorre liberação. A fissão é considerada uma forma de transmutação nuclear, uma vez que os fragmentos
gerados não são do mesmo elemento que o isótopo gerador.
A energia liberada no processo de fissão nuclear é resultado da conversão de parte da massa nuclear em energia,
prevista pela ideia relativística de massa-energia; essa massa nuclear, que se transforma em energia, não é composta
por quarks, mas é o resultado da força forte, uma das quatro forças fundamentais, cuja partícula mensageira é o
glúon (do inglês glue, “cola”). A força forte, nas distâncias subatômicas, é a mais forte de todas as quatro e é o que
mantém quarks, nêutrons e prótons coesos no núcleo do átomo. A energia que essa força dispensa é percebida como
massa e é parte da massa total do núcleo (razão pela qual a massa do núcleo é ligeiramente maior do que a massa
de todos os seus componentes somadas, pois o glúon não possui massa).
A força forte é menor quanto menos numerosas são as partículas componentes do átomo. Dessa forma, parte da massa
resultante da energia dispensada pela força forte é convertida em energia. A maior parte da energia liberada nesse
processo, conhecido como fissão (em que normalmente um átomo de urânio-235 recebe um nêutron, tornando-se urâ-
nio-236, oscilando e ficando instável até se fragmentar em criptônio e bário), é do tipo luminosa; no entanto, uma parte
considerável é convertida em partículas fundamentais mais raras, como o neutrino do elétron, o múon ou o pósitron.
A formação de antipartículas, como o pósitron ou o antimúon, é geralmente seguida pela interação com suas partícu-
las, o que também libera energia; assim, é comum a energia liberada da fissão, que é também um tipo de conversão
massa-energia, ser confundida com esse outro tipo de conversão massa-energia.
Habilidade
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou
26 minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
A forma mais comum de se medir a energia gerada numa reação química é por meio da entalpia. Essa entalpia
normalmente é expressa em kJ/mol, isto é, há uma correlação direta entre o número de mol e a energia liberada ou
absorvida. Essa energia pode ser decorrente de um processo endotérmico ou exotérmico e tudo está ligado ao tipo
de reação que acontece naquele sistema.
74
Modelo
(Fuvest) A energia liberada na combustão do etanol de cana-de-açúcar pode ser considerada advinda da energia solar,
uma vez que a primeira etapa para a produção do etanol é a fotossíntese. As transformações envolvidas na produção
e no uso do etanol combustível são representadas pelas seguintes equações químicas:
Com base nessas informações, podemos afirmar que o valor de ∆H para a reação de fotossíntese é:
a) –1305 kJ/mol.
b) +1305 kJ/mol.
c) +2400 kJ/mol.
d) –2540 kJ/mol.
e) +2540 kJ/mol.
Alternativa E
75
DIAGRAMA DE IDEIAS
TRANSFORMAÇÃO
PODE ENVOLVER
TRANSFERÊNCIA
DE CALOR
HÁ
VARIAÇÃO DE
ENTALPIA (∆H)
ENTALPIA: ENTALPIA:
LEI DE
PADRÃO DE PADRÃO DE
HESS
COMBUSTÃO FORMAÇÃO
REFERE-SE À REFERE-SE À
REAÇÃO DE REAÇÃO DE
COMBUSTÃO FORMAÇÃO
COM OS
A PARTIR DOS
PARTICIPANTES NO
ELEMENTOS NO
ESTADO PADRÃO
ESTADO PADRÃO
76
AULAS TERMOQUÍMICA: ENERGIA DE LIGAÇÃO
31 E 32
12, 17, 18, 24, 25, 26
COMPETÊNCIAS: 3, 5 e 7 HABILIDADES:
e 27
77
Energia absorvida nas quebras de ligações:
4 (C — H) = 4 (413,6) = 1.653,6 kJ Aplicação do conteúdo
3 (Cℓ — Cℓ) = 3 (242,6) = 727,8 kJ 1. Observe a seguir a reação de cloração do etano na
presença de luz:
energia total absorvida = 2.381,4 kJ
Energia liberada nas formações das ligações: H3C – CH3 + Cℓ2 o H3C – CH2 – Cℓ + HCℓ
1C — H = 1 (413,6) = 413,6 kJ Sabe-se que ela apresenta uma variação de entalpia igual
3C — Cℓ = 3 (327,2) = 981,6 kJ a –35 kcal ∙ mol-1. Considerando os valores das energias
3H — Cℓ = 3 (431,8) = 1.295,4 kJ de ligação presentes na reação, determine a energia da
energia total liberada = 2.690,6 kJ ligação C – Cl no composto CH3Cℓ.
Uma vez que a energia liberada é maior do que a ab- C – H = 105 kcal ∙ mol–1
sorvida, a reação será exotérmica e seu valor absoluto: Cℓ – Cℓ = 58 kcal ∙ mol–1
2.381,4 – 2.690,6 = –309,2 kJ H – Cℓ = 103 kcal ∙ mol–1
REAGENTE PRODUTO C – C = 368 kcal ∙ mol–1
Assim: a) –97 kcal ∙ mol–1 d) – 95 kcal ∙ mol–1
b) – 96 kcal ∙ mol–1 e) 95 kcal ∙ mol–1
CH4(g) + 3 Cℓ2(g) o HCCℓ3(g) + 3 HCℓ DH = –309,2 kJ
c) 96 kcal ∙ mol–1
Conhecidas as energias de ligação no estado gasoso:
Resolução:
H—H 'H = 104 kcal/mol
Cℓ — Cℓ 'H = 58 kcal/mol A reação de cloração do etano é:
H — Cℓ 'H = 103 kcal/mol Cℓ
~
Calcule o DH da reação: H3C — CH3 + Cℓ — Cℓ oH3C — CH2 + H — Cℓ
H2(g) + Cℓ2(g) o 2 HCℓ(g)
Para o reagente: energia absorvida (sempre positiva,
De acordo com as fórmulas estruturais para escrever a equação: independentemente do sinal dos valores fornecidos). Nos
reagentes, tem-se o etano com a ligação C – H seis vezes
H — H + Cℓ — Cℓ o 2 H — Cℓ
e com a ligação C – C uma vez, e o reagente Cℓ2 com a
Para que a reação ocorra, é preciso romper 1 mol de liga- ligação Cℓ – Cℓ uma vez. Assim, tem-se:
ções H — H e 1 mol de ligações Cℓ — Cℓ e formar 2 mol
de ligações H — Cℓ. ER = 6 ∙ EC – H + EC – C + ECℓ – Cℓ
ER = 6 ∙ 105 + 368 + 58 = + 1056
Em termos energéticos, obtém-se:
energia consumida na quebra das ligações dos reagentes Para o produto: energia liberada (sempre negativa, inde-
= + (104 + 58) = +162 kcal pendentemente do sinal dos valores fornecidos). Nos pro-
energia liberada na formação das ligações dos produtos dutos, tem-se 1 mol do cloroetano, que apresenta a ligação
= – (2 ∙ 103) = –206 kcal C – H cinco vezes, a ligação C – C uma vez e a ligação
C – Cℓ uma vez, além de 1 mol do produto HCℓ, que apre-
DH = + 162 – 206 o DH = –44 kcal
senta a ligação H – Cℓ uma vez. Assim, tem-se:
Ep = 5 ∙ Ec – H + E C – C + EC - Cℓ + EH – Cℓ
EP = 5 ∙ 105 + 83 + EC – Cℓ + 103 – (996 + EC – Cℓ)
Portanto, segue que:
∆H = ER + EP
−35 = 1056 + (−996 − ECℓ – Cℓ) ECℓ − Cℓ = +95 kcal ∙ mol-1
Alternativa E
2. (Uncisal) No processo de Haber-Bosch, a amônia é
obtida em alta temperatura e pressão, utilizando fer-
ro como catalisador. Essa amônia tem vasta aplicação
multimídia: vídeo como fonte de nitrogênio na fabricação de fertili-
zante e como gás de refrigeração. Dadas as energias
FONTE: YOUTUBE de ligação, H – H = 436 kJ/mol, N {N = 944 kJ/mol e
Reações de combustão H – N = 390 kJ/mol, a entalpia de formação de 1 mol
de amônia é:
78
1N2(g) + 3H2(g) o 2NH3(g) Resolução:
a) –88 kJ/mol. d) +88 kJ/mol. Em primeiro lugar, deve-se determinar a quantidade de
b) –44 kJ/mol. e) +600 kJ/mol. energia absorvida no reagente (ER) e liberada no produto
c) +44 kJ/mol. (EP) da reação:
Resolução: Para o reagente: tem-se 1 mol do N2 com a ligação N {N
e 1 mol do O2 , que apresenta a ligação O = O. Assim, tem-se:
Em primeiro lugar, é importante reescrever a equação química
demonstrando todas as ligações existentes em cada molécula: ER − EN = N + EO = O
1N { N + 3H − H o 2 H − N − H ER = 950 + 500 = + 1450
I
H
Para o produto: tem-se 2 mols do NO:
Em seguida, deve-se determinar a quantidade de energia ab-
sorvida no reagente (ER) e liberada no produto (EP) da reação: Ep = −2 ∙ EN = 0
Para o reagente: tem-se o N2 com a ligação N {N e 3
mol de H2 , que apresenta a ligação H – H. Assim, tem-se: Com esses dados, basta utilizar a expressão para o cálculo
do ∆H envolvendo a energia de ligação:
ER = EN { N + 3 ∙ EH − H
'H = ER − Ep
ER = 944 + 3 ∙ 436 = +2252
+90 = 1450 − 2 ∙ EN = O o EN = O = 680 kj ∙ mol-1
Para o produto: tem-se 2 mol de NH3, que possui três
ligações N − H. Assim, tem-se:
Alternativa B
EP = 3 ∙ 2 ∙ EN - H
EP= 6 ∙ 390 = 2340 4. (Mackenzie) O gás propano é um dos integrantes do
GLP (gás liquefeito de petróleo) e, dessa forma, é um
Portanto, segue que: gás altamente inflamável. A seguir está representada
∆H = ER + EP a equação química NÃO BALANCEADA de combustão
completa do gás propano.
'H = +2252 − 2340 = −88 kj ∙ mol -1
C3H8 (g) + O2 (g) o CO2 (g) + H2O (v)
Como a questão quer energia para a formação de 1 mol de
amônia, tem-se que: Na tabela, são fornecidos os valores das energias de ligação, todos
88 = 44 kj ∙ mol-1 nas mesmas condições de pressão e temperatura da combustão.
'H = – ___
2 Ligação Energia de ligação (kj ∙ mol-1)
Alternativa B
C−H 413
3. (Unicesumar-SP) A ligação covalente que mantém os O=O 498
átomos de nitrogênio e oxigênio unidos no óxido ní-
trico, NO, não é explicada pela regra do octeto, mas a
C=O 744
sua energia de ligação pode ser calculada a partir dos C−C 348
dados fornecidos a seguir. O−H 462
Dados: Assim, a variação de entalpia da reação de combustão de
Energia de ligação N {N : 950 kJ ∙ mol–1; um mol de gás propano será igual a:
a) –1670 kJ. d) – 4160 kJ.
Energia de ligação O = O : 500 kJ ∙ mol–1; b) – 6490 kJ. e) + 4160 kJ.
Entalpia de formação do NO: 90 kJ ∙ mol–1. c) +1670 kJ.
79
ER = 8 ∙ EC − H 2 ∙ EC − C + 5 ∙ EO = O
ER = 8 ∙ 413 + 2 ∙ 348 + 5 ∙ 498 = 6490
Para o produto:
EP = 3 ∙ 2 ∙ EC = O + 4 ∙ 2 ∙ EO - H
EP = 6 ∙ 744 + 8 ∙ 462 = 8160
Com esses dados, basta utilizar a expressão para o cálculo
do ∆H envolvendo a energia de ligação:
multimídia: livros
'H = ER − Ep
'H = 6490 − 8160 Completamente Química –
' = − 1670 kJ Química Orgânica, de Martha Reis
Alternativa A Esse livro da coleção Completamente Química
desenvolve a teoria com rigor científico e
auxilia no entendimento, partindo do que é
palpável e do que pode ser sentido, tocado
e observado. O livro traz também atividades
distribuídas de forma sistemática, organizada
e graduada.
VIVENCIANDO
A energia solar é proveniente da luz e do calor do Sol. É utilizada em diferentes tecnologias, como o aquecimento solar, a
energia solar fotovoltaica, a energia heliotérmica, a arquitetura solar e a fotossíntese artificial. Dependendo da forma como
capturam, convertem e distribuem a energia solar, as tecnologias solares são caracterizadas como ativas ou passivas. Entre
as técnicas solares ativas estão o uso de painéis fotovoltaicos, concentradores solares térmicos das usinas heliotérmicas e os
aquecedores solares. Entre as técnicas solares passivas estão a orientação de um edifício para o Sol, a seleção de materiais
com massa térmica favorável ou propriedades translúcidas e a projeção de espaços que façam o ar circular naturalmente.
Na geração fotovoltaica, a energia luminosa é convertida diretamente em energia elétrica. Nas usinas heliotérmicas,
a produção de eletricidade ocorre em duas etapas: primeiro, os raios solares concentrados aquecem um receptor; em
seguida, o calor (350 °C-1.000 °C) é utilizado para iniciar o processo convencional da geração de energia elétrica
por meio da movimentação de uma turbina. No aquecimento solar, a luz do Sol é utilizada para aquecer a água de
casas e prédios (≈80 °C), sem o objetivo de gerar energia elétrica.
No seu movimento de translação ao redor do Sol, a Terra recebe 1.410 W/m² de energia, medição feita numa superfí-
cie normal (em ângulo reto). Cerca de 19% dessa energia são absorvidos pela atmosfera e 35% são refletidos pelas
nuvens. Ao passar pela atmosfera terrestre, a maior parte da energia solar está na forma de luz visível e luz ultraviole-
ta. As plantas utilizam diretamente essa energia no processo de fotossíntese. As pessoas usam essa energia quando
queimam lenha ou combustíveis minerais. Existem técnicas experimentais para criar combustível a partir da absorção
da luz solar em uma reação química de modo similar à fotossíntese vegetal, mas sem a presença desses organismos.
A radiação solar, juntamente com outros recursos secundários de alimentação, como a energia eólica, a energia das
ondas, a hidroeletricidade e a biomassa, são responsáveis por grande parte da energia renovável disponível na Terra.
Apenas uma minúscula fração da energia solar disponível é utilizada.
80
Em 2011, a Agência Internacional de Energia afirmou que “o desenvolvimento de tecnologias de fontes de energia
solar acessíveis, inesgotáveis e limpas terá enormes benefícios a longo prazo. Ele vai aumentar a segurança energéti-
ca dos países através da dependência de um recurso endógeno, inesgotável e, principalmente, independente de
importação, o que aumentará a sustentabilidade, reduzirá a poluição, reduzirá os custos de mitigação das mudanças
climáticas e manterá os preços dos combustíveis fósseis mais baixos. Essas vantagens são globais. Sendo assim, entre
os custos adicionais dos incentivos para a implantação precoce dessa tecnologia devem ser considerados investimen-
tos em aprendizagem; que devem ser gastos com sabedoria e precisam ser amplamente compartilhados”.
O processo no qual dois ou mais núcleos atômicos se juntam e formam outro núcleo de maior número atômico é
denominado fusão nuclear. A fusão nuclear requer muita energia e geralmente libera muito mais energia do que
a energia consumida. Quando ocorre com elementos mais leves que o ferro e o níquel (que possuem as maiores
forças de coesão nuclear de todos os átomos, sendo, portanto, mais estáveis), ela geralmente libera energia, e, com
elementos mais pesados, ela consome. Ainda não foi encontrada uma maneira de controlar a fusão nuclear, como
acontece com a fissão.
O principal tipo de fusão que ocorre no interior das estrelas é o de hidrogênio em hélio, em que dois prótons se fun-
dem em uma partícula alfa (um núcleo de hélio), liberando dois pósitrons, dois neutrinos e energia. Contudo, dentro
desse processo, ocorrem várias reações individuais, que variam de acordo com a massa da estrela. Para estrelas do
tamanho do Sol ou menores, a cadeia próton-próton é a reação dominante. Em estrelas de massa elevada, predo-
mina o ciclo CNO.
É importante destacar que há conservação da energia. Assim, pode-se calcular a massa dos quatro prótons e do
núcleo de hélio e subtrair a soma das massas das partículas iniciais daquela soma do produto dessa reação nuclear
para calcular a energia produzida.
Utilizando a equação E = mc², é possível calcular a energia liberada, oriunda da diferença de massas. Uma vez que
o valor de c é muito grande (cerca de 3 × 108 m/s), mesmo uma massa muito pequena corresponde a uma enorme
quantidade de energia. Esse fato levou muitos engenheiros e cientistas a iniciarem projetos para o desenvolvimento de
reatores de fusão (tokamaks), de modo a gerar eletricidade (por exemplo, a fusão de poucos cm³ de deutério, um isótopo
de hidrogênio, produziria uma energia equivalente àquela produzida pela queima de 20 toneladas de carvão).
81
DIAGRAMA DE IDEIAS
TRANSFORMAÇÃO
PODE ENVOLVER
TRANSFERÊNCIA
DE CALOR
HÁ
VARIAÇÃO DE
ENTALPIA (∆H)
ENERGIA DE
LIGAÇÃO
E CONSIDERANDO QUE
QUEBRA DE FORMAÇÃO DE
LIGAÇÕES LIGAÇÕES
É PROCESSO É PROCESSO
QUE QUE
ABSORVE LIBERA
CALOR CALOR
82
AULAS CINÉTICA QUÍMICA: VELOCIDADE
33 E 34 MÉDIA DE UMA REAÇÃO QUÍMICA
12, 17, 18, 24, 25, 26
COMPETÊNCIAS: 3, 5 e 7 HABILIDADES:
e 27
D[H ] u D[H2] u
1. CINÉTICA QUÍMICA Vm de consumo de H2 = – _____2 ou _____
Dt
D[NH ]
Dt
83
variação da concentração molar do NH3 (mol/L)
Vm = ___________________________________
intervalo de tempo
84
De modo geral, define-se velocidade média de uma reação c) 5 mol/h
da seguinte maneira:
Resolução:
Para a reação genérica aA +bB o cC + dD, a rapidez ou 13 O o 4CO + 5H O
C4H10(g) + ___
velocidade média (sem especificação de se referir a 2 (g) 2(g) 2 (g)
Calcule a velocidade média da reação no intervalo de 3 a 5 min. Na reação acima equacionada, observou-se a variação na
concentração de X em função do tempo, segundo a tabela
Resolução: a seguir:
DN2O5 0,180 – 0,200
Vm = – _____ Vm = –___________
Dt 300 – 180 tempo (s) 0 120 240 360 720
Vm = 0,000167 mol/L · s-1 [x] mol/litro 0,255 0,220 0,200 0,190 0,100
Vm = 1,67 · 10-4 mol/L · s-1
85
VIVENCIANDO
Como o próprio nome indica, os catalisadores biológicos são produtos biológicos (produzidos pelas células) e atuam
nas reações metabólicas do organismo. As enzimas são os principais catalisadores biológicos. Em geral, são proteínas
(embora nem toda proteína seja uma enzima), mas há exceções, como é o caso das ribozimas, que não são moléculas
proteicas, mas moléculas de ácido ribonucleico (RNA). Exemplos de enzimas: amilase, lipase e desidrogenase. É inte-
ressante destacar que a atividade normal de cada enzima depende de pH, temperatura, especificidade (cada enzima
atua sobre um determinado substrato), etc.
Os catalisadores não biológicos são substâncias químicas, geralmente inorgânicas, que aumentam a velocidade de
reações químicas. Por exemplo: o sulfato de manganês (que é uma substância inorgânica) catalisa positivamente a
reação entre ácido oxálico e permanganato de potássio em meio ácido. Os catalisadores químicos são importantes em
diversos processos e alguns são utilizados industrialmente. Os automóveis, por exemplo, possuem conversor catalítico
no sistema de escapamento com o objetivo de acelerar a conversão de gases poluentes em substâncias menos tóxicas.
A catálise heterogênea, por sua vez, é utilizada na produção de margarinas, na síntese de fertilizantes, etc.
As enzimas são substâncias orgânicas, geralmente proteínas, que catalisam reações biológicas pouco espontâneas e muito len-
tas. O poder catalítico de uma enzima relaciona a velocidade das reações com a energia despendida para que elas aconteçam.
Na presença de uma enzima catalisadora, a velocidade da reação é mais rápida e a energia utilizada é menor. Por
essa razão, as enzimas praticamente controlam todo o funcionamento celular interno favorecendo o metabolismo
anabólico (construção) e catabólico (degradação). Elas também atuam no funcionamento celular externo por meio
de sinalizadores catalíticos estimulantes ou inibitórios atuantes em outras células (hormônios, por exemplo).
No organismo, existem diferentes tipos enzimáticos, reguladores das diversas vias metabólicas, estendendo-se por
todo o corpo humano, embora em pequenas quantidades.
A grande especificidade de uma enzima é determinada pelo tamanho e pela forma tridimensional, formando regiões
de afinidade com os reagentes (substratos). Essa complementaridade é denominada combinação chave-fechadura.
Alguns fatores influenciam na atividade catalítica das enzimas, como: concentração enzimática, concentração do
substrato, potencial hidrogeniônico (pH) e temperatura.
Considerando a concentração das moléculas de enzimas, quanto maior o seu teor, maior será a velocidade da reação,
seguindo proporcionalmente a quantidade suficiente de substratos para reagir com as enzimas. Conforme a deman-
da no consumo de reagentes vai ocorrendo, a velocidade da reação decai gradativamente.
Quando a concentração do substrato aumenta, a velocidade tende a um limite determinante de acordo com a quan-
tidade de enzimas no sistema. A partir desse ponto, o substrato não terá nenhuma influência sobre a velocidade, pois
todas as enzimas já se encontram ocupadas.
86
Cada enzima possui um pH ótimo para desempenhar suas funções, seja no estômago, no caso das pepsinas em pH
ácido (por volta de 2 – muito baixo), ou em qualquer outro órgão ou tecido. Cada enzima requer condições favoráveis
para potencializar sua atuação.
Para a otimização das reações biológicas mediadas por catalisadores, é necessária uma temperatura adequada, que
varia de acordo com o tipo de enzima. Baixas temperaturas podem causar inativação, e altas temperaturas podem
causar desnaturação enzimática.
DIAGRAMA DE IDEIAS
TRANSFORMAÇÃO
TEM
ESTUDADA
PELA
RAPIDEZ DE
CINÉTICA QUÍMICA
REAÇÃO
HÁ
GRÁFICO DE
QUANTIDADE × TEMPO
CURVA CURVA
DECRESCENTE CRESCENTE
TÍPICA DE TÍPICA DE
REAGENTE PRODUTO
POIS É POIS É
CONSUMIDO FORMADO
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