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Caro aluno

Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em período integral, com aulas e Estudo
Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares.
O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos
alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades.
A seguir, apresentamos cada seção:

INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS VIVENVIANDO


De forma simples, resumida e dinâmica, essa seção foi desen- Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico
volvida para sinalizar os assuntos mais abordados no Enem e é o seu distanciamento da realidade cotidiana, o que difi-
nos principais vestibulares voltados para o curso de Medicina culta a compreensão de determinados conceitos e impede
em todo o território nacional. o aprofundamento nos temas para além da superficial me-
morização de fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios na
aprendizagem dos conteúdos, foi desenvolvida a seção “Vi-
venciando“. Como o próprio nome já aponta, há uma preo-
cupação em levar aos nossos alunos a clareza das relações
TEORIA
entre aquilo que eles aprendem e aquilo com que eles têm
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos de cada co- contato em seu dia a dia.
leção tem como principal objetivo apoiar o aluno na resolu-
ção das questões propostas. Os textos dos livros são de fácil
compreensão, completos e organizados. Além disso, contam
com imagens ilustrativas que complementam as explicações APLICAÇÃO DO CONTEÚDO
dadas em sala de aula. Quadros, mapas e organogramas, em
cores nítidas, também são usados e compõem um conjunto Essa seção foi desenvolvida com foco nas disciplinas que fa-
abrangente de informações para o aluno que vai se dedicar zem parte das Ciências da Natureza e da Matemática. Nos
à rotina intensa de estudos. compilados, deparamos-nos com modelos de exercícios re-
solvidos e comentados, fazendo com que aquilo que pareça
abstrato e de difícil compreensão torne-se mais acessível e
de bom entendimento aos olhos do aluno. Por meio dessas
MULTIMÍDIA resoluções, é possível rever, a qualquer momento, as explica-
ções dadas em sala de aula.
No decorrer das teorias apresentadas, oferecemos uma cui-
dadosa seleção de conteúdos multimídia para complementar
o repertório do aluno, apresentada em boxes para facilitar a
compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas, ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
livros, etc. Tudo isso é encontrado em subcategorias que fa-
cilitam o aprofundamento nos temas estudados – há obras Sabendo que o Enem tem o objetivo de avaliar o desem-
de arte, poemas, imagens, artigos e até sugestões de aplicati- penho ao fim da escolaridade básica, organizamos essa
vos que facilitam os estudos, com conteúdos essenciais para seção para que o aluno conheça as diversas habilidades e
ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica, em uma competências abordadas na prova. Os livros da “Coleção
seleção realizada com finos critérios para apurar ainda mais Vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas
o conhecimento do nosso aluno. dessas habilidades. No compilado “Áreas de Conhecimento
do Enem” há modelos de exercícios que não são apenas
resolvidos, mas também analisados de maneira expositiva e
descritos passo a passo à luz das habilidades estudadas no
dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS ajudá-lo a apurar as questões na prática, a identificá-las na
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é prova e a resolvê-las com tranquilidade.
elaborada, a cada aula e sempre que possível, uma seção que
trata de interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares
atuais não exigem mais dos candidatos apenas o puro co-
nhecimento dos conteúdos de cada área, de cada disciplina.
DIAGRAMA DE IDEIAS
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abran- Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Por isso,
gem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, criamos para os nossos alunos o máximo de recursos para
como Biologia e Química, História e Geografia, Biologia e Ma- orientá-los em suas trajetórias. Um deles é o ”Diagrama de
temática, entre outras. Nesse espaço, o aluno inicia o contato Ideias”, para aqueles que aprendem visualmente os conte-
com essa realidade por meio de explicações que relacionam údos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas
a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de mentais e fluxogramas.
outros livros, sempre utilizando temas da atualidade. Assim, Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo
o aluno consegue entender que cada disciplina não existe de da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta
forma isolada, mas faz parte de uma grande engrenagem no aos principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita a
mundo em que ele vive. organização dos estudos e até a resolução dos exercícios.
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Letícia de Brito Ferreira
Matheus Franco da Silveira

projeto gráfiCo e Capa


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ISBN: 978-85-9542-203-2

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SUMÁRIO
MATEMÁTICA
ÁLGEBRA 5
AULAS 9 E 10: OPERAÇÕES COM INTERVALOS 7
AULAS 11 E 12: INEQUAÇÕES DO PRIMEIRO E SEGUNDO GRAUS 9
AULAS 13 E 14: RELAÇÕES, FUNÇÕES E DEFINIÇÕES 18
AULAS 15 E 16: FUNÇÕES DO PRIMEIRO GRAU 26

ARITMÉTICA 33
AULAS 9 E 10: RAZÃO, PROPORÇÃO E GRANDEZAS PROPORCIONAIS 35
AULAS 11 E 12: TEOREMA FUNDAMENTAL DA ARITMÉTICA, M.M.C. E M.D.C. 44
AULAS 13 E 14: PORCENTAGEM 53
AULAS 15 E 16: ACRÉSCIMOS E DESCONTOS 56

GEOMETRIA PLANA 61
AULAS 9 E 10: SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS 63
AULAS 11 E 12: RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO 67
AULAS 13 E 14: TRIGONOMETRIA NUM TRIÂNGULO QUALQUER 73
AULAS 15 E 16: ÁREAS DOS TRIÂNGULOS 78
MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM

Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais


Competência 1

H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações - naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.

Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
Competência 2

H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.

Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
Competência 3

H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.


H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.

Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
Competência 4

H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.


H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.

Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas.
Competência 5

H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.


H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.

Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extra-
Competência 6

polação, interpolação e interpretação.


H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.

Compreender o caráter aleatório e não-determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determi-
nação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em uma distribuição estatística.
Competência 7

Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados (não
H27
em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
MATEMÁTICA

2
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
ÁLGEBRA

TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS

A prova do Enem tem alta incidência em No vestibular da FUVEST são encontradas


questões de função de primeiro grau com questões de inequações, relações de fun-
questões mais medianas ou até mesmo ção e função de primeiro grau. Além disso,
de grau elevado. O texto sempre deve ser esses temas são essenciais para a continua-
analisado para uma boa interpretação da ção da matéria até chegar em pontos mais
questão. Saber as relações e definições avançados, como Polinômios.
de uma função torna-se básico
para essa prova.

Operações com intervalos e relações com As aulas deste caderno devem ser analisa- A VUNESP apresentou inúmeras questões
função são temas importantes para a prova das e estudadas para a prova da UNIFESP. de funções nas suas últimas provas, tanto
da Unicamp, pois eles podem ser aborda- Por apresentar questões mais elaboradas na primeira quanto na segunda fase.
dos inicialmente na questão para serem nas grandes áreas da Matemática, a prova
aprofundados dentro dela. Função de pri- pode exigir do candidato conceitos mais
meiro grau tem alta incidência também. específicos.

A prova do Albert Einstein apresenta ques- A FMABC apresenta questões que exigem A PUC de Campinas apresenta alta inci- A prova da Santa Casa possui questões
tões com os temas das aulas do caderno uma boa interpretação de texto na parte dência de questões de inequação do 1.º de elevado grau na matemática. As aulas
1 como base. Em seu desenvolvimento, o de função de primeiro grau. Intervalos dos e 2.º grau, mesclando as duas em divisões deste caderno devem ser estudadas com
aluno terá que ser eficiente ao saber do reais também será exigido ao final de uma ou multiplicações. Saber realizar o gráfico excelência para um bom aproveitamento
domínio e imagem de uma função e como questão de inequações do 1.º ou 2.º grau. de uma função do primeiro grau e ler suas nessa prova.
resolver uma raiz de funções do primeiro incógnitas também é essencial.
grau.

UFMG
A prova de Londrina apresenta questões A federal do Paraná apresenta uma prova A Faculdade de Ciências Médicas apresen-
bem elaboradas nas áreas da Aritmética. de Matemática muito bem elaborada, e ta uma prova com poucas questões, porém
Exercícios com inequação e função de as aulas deste caderno são totalmente abordando vários temas da matemática
primeiro grau não faltarão em sua prova. necessárias para a resolução das questões. dentro delas. O aluno deve estudar detida-
Inequações e função do primeiro grau têm mente as aulas deste livro para alcançar um
alta incidência em seu vestibular. resultado satisfatório.

A UERJ vai aproveitar a operação de inter- A UNIGRANRIO trará uma prova de Mate- A Souza Marques abordará em suas ques-
valos em alguma de suas questões; além mática diferente da prova do Enem, com tões as matérias deste caderno junto com
disso possui elevada recorrência de ques- questões de pouco texto e mais objetivi- outras grandes matérias da Matemática.
tões de função de primeiro grau. dade. É fundamental saber o domínio e Operações com intervalos reais e defini-
imagem de uma função. ções de uma função são essenciais para
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

sua prova.

6
Como intervalos são, por definição, conjuntos, pode-se
realizar as operações entre conjuntos, como união, in-
terseção e diferença em intervalos também.

OPERAÇÕES COM 2. Representação geométrica


INTERVALOS de intervalos na reta real
É possível representar intervalos na reta real, o que facilita
a realização de operações entre intervalos. Veja o exemplo:
a) [–1, 2]

MT AULAS b) [1, 4[

9 E 10 c) ]–2, 2[
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
5 19, 20, 21 e 22 d) [–3, +Ü[

A notação [a, b] se refere necessariamente a um conjunto


1. Introdução de números reais. Assim, o intervalo [1, 2], por exemp-
lo, representa o conjunto de todos os números reais
Dados dois números reais a e b, com a < b, define-se como maiores ou iguais a 1 e menores ou iguais a 2, possuindo
intervalo fechado [a, b] o seguinte conjunto:
infinitos elementos.
[a, b] = {x [ R | a ≤ x ≤ b}

Nesse caso, os elementos a e b pertencem ao interva-


lo, assim como todos os números reais maiores que a e
menores que b.
Do mesmo modo, define-se como intervalo aberto ]a, b[
o conjunto:
]a, b[ = {x [ R | a < x < b}

Perceba que, diferentemente do intervalo fechado, nesse 2.1. Operações com intervalos
conjunto os elementos a e b não pertencem ao intervalo.
Caso o número real a (denominado extremo inferior do Aplicação do conteúdo
intervalo) pertença ao intervalo, e o número b (denomi-
1. Se A = {x [ R | 2 < x < 5} e B = {x [ R | 3 ≤ x ≤ 8},
nado extremo superior do intervalo) não pertença,
determine A > B.
denomina-se esse intervalo como fechado à esquerda
(ou aberto à direita), definido pelo conjunto: Resolução:
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

[a, b[ = {x [ R | a ≤ x < b} 3 é elemento de A e também de B.

Da mesma maneira, caso a não pertença ao intervalo, e 5 é elemento de B e não é elemento de A.


b pertença, denomina-se esse intervalo como fechado à Os elementos de 3 até o 5, excluído esse último, pertencem a A
direita (ou aberto à esquerda), definido por: e a B simultaneamente.

]a, b] = {x [ R | a < x ≤ b}

Também é possível representar intervalos “infinitos”:


[a, +Ü[ = {x [ R | x ≥ a}
]–Ü, a] = {x [ R | x ≤ a}

7
Assim, A > B = {x [ R | 3 ≤ x < 5}. 2. Se –4 < x < –1 e 1 < y < 2, então ​ x_y ​e x ∙ y estão no
intervalo:
§ Dados A = {x [ R | –2 ≤ x ≤ 0} e
B = {x [ R | 2 ≤ x < 3}, determine A > B. a) ] – 8, –1[

Não há elementos que pertençam aos dois conjuntos ao mesmo


tempo.
] ​ 1 ​ ​
b) ​ –2, – __
2 [
c) ] – 2, –1[

]
d) ​ – 8, – ​ __ [
1 ​  ​
2

] __1
[
e) ​ –1, ​   ​  ​
2
A interseção é o conjunto vazio: A > B = Ø.
Resolução:
§ Dados A = {x [ R | –2 ≤ x ≤ 3} e Analisando os valores possíveis para _​ yx ​e xy nos extremos, tem-se:
B = {x [ R | 1 < x ≤ 4}, determine A < B.
I) _​ xy ​
x = – 4, y = 1⇒ _​ xy ​= –4

x = –1, y = 1 ⇒ _​ xy ​= –1

x = – 4, y = 2⇒ _​ xy ​= –2

x = –1, y = 2 ⇒ _​ xy ​ = ​  –1
__ ​
2
II) xy
união pedida
x = – 4, y = 1 ⇒ x ∙ y = – 4
Assim, A < B = {x [ R | –2 ≤ x ≤ 4}.
x = –1, y = 1 ⇒ x ∙ y = –1
§ Dados A = {x [ R | –3 < x ≤ 4} e x = – 4, y = 2 ⇒ x ∙ y = – 8
B = {x [ R | 1 < x < 7}, calcule A – B. x = –1, y = 2 ⇒ x ∙ y = –2
O conjunto A – B é formado pelos elementos que pertencem a A O menor valor encontrado é – 8, e o maior é –1/2. Assim, o
e não pertencem a B. intervalo pedido é ]– 8, –1/2[, lembrando que os extremos são
abertos, uma vez que os extremos de x e y também são abertos.
Alternativa D

Assim, A – B = {x [ R | –3 < x ≤ 1}.


VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

8
Para encontrar o conjunto solução de uma inequação, é
preciso simplificá-la de modo a obter uma inequação equi-
valente (em que o conjunto solução é o mesmo), de ma-
neira semelhante à resolução de equações. Para isso, são
INEQUAÇÕES utilizadas duas propriedades das inequações:

DO PRIMEIRO E § P1: Dada a inequação a > b, com a [ R e b [ R,


pode-se somar um valor c [ R em ambos os lados da
SEGUNDO GRAUS inequação e obter uma inequação equivalente:
a>b e a+c>b+c
possuem o mesmo conjunto solução

3. Encontrar o conjunto solução da inequação

MT AULAS 2x – 1 < x + 4.

11 E 12 Somando –x em ambos os lados da inequação, tem-se:


2x – 1 – x < x + 4 – x
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
x–1<4
5 21
Agora, somando 1:
x – 1 + 1< 4 + 1
x<5
1. Inequações Assim, o conjunto solução é S = {x [ R | x < 5}.
Dadas duas funções f(x) e g(x), sendo seus domínios conti-
dos no conjunto dos números reais, uma inequação é dada § P2: Dada a inequação a > b, com a [ R e b [ R e um
pelas sentenças abertas a seguir: valor c [ R, segue que:
§ f(x) > g(x): f(x) é maior que g(x) ou g(x) é menor que i) se c > 0, a > b e a ∙ c > b ∙ c são equivalentes;
f(x); ii) se c < 0, a > b e a ∙ c < b · c são equivalentes.
§ f(x) > g(x): f(x) é maior ou igual a g(x) ou g(x) é menor Ou seja, pode-se multiplicar ambos os lados de uma
ou igual a f(x); inequação e obter uma inequação equivalente; no en-
§ f(x) < g(x): f(x) é menor que g(x) ou g(x) é maior que tanto, se o valor multiplicado for negativo, o símbolo
f(x); da desigualdade inverte.

§ f(x) < g(x): f(x) é menor ou igual a g(x) ou g(x) é maior Observe a desigualdade a seguir:
ou igual a f(x).
2 < 5   (2 é menor que 5)
1.1. Conjunto solução Se ambos os lados forem multiplicados por –3, tem-se:
O conjunto solução de uma inequação é dado pelo con- –6 > –15 (Note que –6 é maior que –15)
junto S de valores que tornam a inequação verdadeira. Devido à troca do sentido da desigualdade, ao serem
multiplicados ambos os membros por um valor negativo,
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Aplicação do conteúdo na inequação:


​ 1x ​ < __
__ ​ 1 ​
1. O conjunto solução da inequação x + 1 > 2 é dado por 2
S = {x [ R | x > 1}. Note que x = 1 não torna a inequa- Não é possível multiplicar ambos os membros por x, trans-
ção verdadeira: pondo o termo x para o outro membro, como seria feito na
resolução da equação:
1+1>2
2 > 2 (falso) ​ 1x ​ = __
__ ​ 1 ​ ⇒ 1 = __
​ x ​
2 2
2. A inequação x > x + 2 não possui valores reais que a Isso se deve ao fato de que podem existir valores de x
tornam verdadeira (x + 2 sempre será maior que x para negativos que satisfaçam a inequação, e para x < 0, ao
qualquer valor real de x), logo S = \. transpor para o outro membro, deve-se inverter o sentido

9
x  ​– ____
2. Encontre o conjunto solução da inequação ​__ x > ​  5
1 – ​ __ ​.
da desigualdade. Para resolver essa e outras inequações, é
2 4 6
preciso utilizar apenas as propriedades apresentadas, ou seja: Resolução:
​  1x ​ < __
__ ​ 1 ​ Reduzindo ambos os membros a um denominador comum, tem-
2
​  1x ​ – __
__ ​ 1 ​ < 0 -se:
2 ​  6 ·  ​
____ 3 · (1 – x) ____
x – ________
​   ​ > ​ 2 · 5 ​
Reduzindo a um denominador comum, tem-se: 12 12 12
Multiplicando ambos os membros por 12, simplifica-se a expres-
____​  2 – ​x < 0
2x são:
Essa inequação equivalente encontrada é denominada
6x – 3(1 – x) > 2 · 5
inequação-quociente. Mais adiante será analisado o 6x – 3 + 3x > 10
método para encontrar seu conjunto solução. 9x > 13
​ 13 ​
x > ___
2. Inequações do 1.º grau 9

É chamada de inequação do 1.º grau na variável x toda Assim, o conjunto solução é:


desigualdade que pode ser reduzida a uma das formas: {
S = ​ x [ R | x > ___
9 }
​ 13 ​  .​
ax + b > 0
ax + b > 0 2.2. Sistemas de inequações do 1.º grau
ax + b < 0 (com a, b [ R e a Þ 0)
O conjunto solução de um sistema de inequações é de-
ax + b < 0
terminado pela interseção dos conjuntos soluções de cada
Por exemplo, a inequação 4(x –1) – x2 > 3x – x(x + 1) inequação do sistema.
pode ser reduzida à forma ax + b > 0, sendo, assim, uma
inequação do 1.º grau:
Aplicação do conteúdo
4x – 4 – x2 > 3x – x2 – x
4x – 4 – x2 – 3x + x2 + x > 0 1. Resolver a inequação –1 < 2x – 3 < x.
2x – 4 > 0 Com efeito, resolver essa inequação simultânea equivale a
resolver o sistema:
polinômio do 1.° grau
–1 < 2x – 3 (I)
Em algumas situações, é necessário obter os valores de x
2x – 3 < x (II)
que satisfazem duas ou mais inequações.
Duas ou mais inequações consideradas ao mesmo tempo (I)
constituem o que é denominado sistema de inequações. –1 < 2x – 3
–2x < – 3 + 1
2x – 1 > 0 –2x < – 2
Sistema de inequações do 1.º grau.
x–5<0 x>1

1
2.1. Resolução de inequações do 1.º grau
x

(II)
Aplicação do conteúdo 2x – 3 ≤ x
2x – x ≤ 3
1. Resolva a inequação –2x + 4 > 10. x≤3
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Resolução: 3 x

–2x > 10 – 4 Fazendo a interseção:


–2x > 6
1
​ 1 ​
Agora, multiplicando ambos os membros da inequação por – __ (I)
2
(o que é equivalente a dividir ambos os membros por –2): 3
(II)
( ) 2 ( )
​ – ​ __1 ​  ​ (–2x) < 6 ​ – ​ __1 ​  ​
2
(I) > (II)
(Note que o sentido da desigualdade deve ser trocado.) 1 3
x < –3
S = {x [ R I 1 < x < 3}
Assim, o conjunto solução é S = {x [ R I x < –3}.

10
§ Encontre o conjunto solução da inequação 2 < 3x – 1 < 8. Agora, é preciso simplesmente analisar o sinal da função
f(x) = x² – 5x + 4. Para isso, deve-se construir seu gráfico:
Em alguns casos, não é preciso montar um sistema de inequa-
ções para resolver uma inequação simultânea. Nesse exemplo, é § Calculando as raízes
possível somar 1 nos três membros: f(x) = 0
2 + 1 < 3x – 1 + 1 < 8 + 1 x² – 5x + 4 = 0
3 < 3x < 9 x1 = 1 e x2 = 4
Agora, dividindo todos os membros por 3, tem-se:
§ Concavidade da parábola
1<x<3
Como a = 1 (positivo), resulta que a parábola possui concavida-
Assim, o conjunto solução é dado por: de para cima; portanto, seu gráfico é:
1 < x (I) y

x < 3 (II)
f(x)
Realizando a interseção dos dois intervalos, tem-se:
1
(I)
3
(II) 1 4 x

(I) > (II)

S = {x [ R I 1 < x < 3} Pelo gráfico, nota-se que:


Para x < 1 ou x > 4 ⇒ f(x) > 0
3. Inequações do 2.º grau Para 1 < x < 4 ⇒ f(x) < 0
É denominada inequação do 2.º grau na variável x toda Agora, são analisados os intervalos em que se tem f(x) > 0:
desigualdade que pode ser reduzida a uma das formas: y

ax + bx + c > 0
2

f(x)
ax2 + bx + c > 0
(com a, b e c [ R e a Þ 0)
ax2 + bx + c < 0
ax2 + bx + c < 0
1 4 x
Modelos:
x2 – 3x + 1 > 0 2x2 – 5x < 0
polinômio do 2.º grau    polinômio do 2.º grau
Assim, o conjunto solução é S = {x [ R | x < 1 ou x > 4}.
3.1. Resolvendo inequações do 2º grau
Resolver uma inequação do 2.º grau significa determinar
3.2. Sistemas de inequações do 2.º grau
os valores reais de x que satisfazem a inequação dada. Alguns sistemas de inequação apresentam uma ou mais
Um modo simples de encontrar o conjunto solução de uma inequações do 2.º grau. Para resolver esses sistemas, cada
inequação do segundo grau é simplificar a inequação até inequação deve ser resolvida separadamente, e, em segui-
se obter uma expressão do tipo f(x) > 0, f(x) > 0, f(x) < 0 da, encontra-se a interseção das soluções.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

ou f(x) < 0, em que f(x) é uma função do segundo grau; e


o sinal da função f(x) é analisado por meio de seu gráfico. Aplicação do conteúdo
1. Resolver o sistema de inequações:
Aplicação do conteúdo 2x2 + 8 > x2 – 6x (I)
1. Encontrar o conjunto solução da inequação x+5<0 (II)
2x² + 6x – 1 > x² + 11x – 5
Resolvendo (I):
Transpondo todos os fatores para um membro da inequa-
2x2 + 8 > x2 – 6x ⇒ x2 + 6x + 8 > 0
ção, tem-se:
2x² + 6x – 1– x² – 11x + 5 > 0 § a=1>0
x² – 5x + 4 > 0 § x2 + 6x + 8 = 0

11
VIVENCIANDO

No dia a dia ocorre uma variação nas medidas de temperatura. Na prática, essa variação é registrada ao se indicar
uma temperatura mínima e uma máxima, construindo, assim, a ideia de intervalo. Imagine a cidade de São Paulo
em um dia chuvoso, com a temperatura mínima de 18º e a máxima de 24º. A temperatura será representada por
T, e os símbolos de maior ou igual (≥) e de menor ou igual (≤) serão utilizados para escrever a frase que expresse
essa temperatura:
18º ≤ T ≤ 24º
A inequação é mais um recurso da linguagem matemática que permite a organização de problemas, uma vez que
as medidas sempre serão variáveis, por mais precisos que sejam os instrumentos de medição. Ao comparar duas
quantidades, tentando concluir qual delas é maior ou menor, você estará utilizando o princípio da inequação.

D=4
4. Inequações-produto e
​ 8 ​= − 4
x' = − ___
x = ​ –______
6 ± ​2 2 inequações-quociente
2 ​ 4 ​= − 2
x'' = − ___
2
4.1. Inequações-produto
Consideradas duas funções f(x) e g(x), uma inequação-pro-
duto é uma inequação da forma:
–4 –2 x

f(x) ⋅ g(x) > 0


f(x) ⋅ g(x) > 0
f(x) ⋅ g(x) < 0
Resolvendo (II): x + 5 < 0 ⇒ x < –5 f(x) ⋅ g(x) < 0
Deve-se proceder da seguinte maneira para resolver ine-
quações desse tipo:

–5 x
1.ª Realiza-se o estudo dos sinais de cada função separadamente.
2.ª Os resultados são colocados em um quadro de sinais.
3.ª O sinal do produto das funções é analisado, levando em
conta as regras dos sinais da multiplicação de números reais.

Aplicação do conteúdo
–5 x
1. Resolva a inequação (x – 3)(1 – x) > 0.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Fazendo a interseção entre as soluções de (I) e (II):


O sinal de cada função será analisado separadamente:
(I) f(x) = x – 3
–4 –2
–5 g(x) = 1 – x
(II)
f(x) g(x)
(I) > (II)
–5
S = {x [ R | x < – 5} 3 1

12
Assim: 3. Resolva a inequação x³ – 2x² < 3x.
Para x > 3, f(x) é positiva, e para x < 3, f(x) é negativa. Transpondo o termo 3x para o outro membro da inequação, tem-
Para x > 1, g(x) é negativa, e para x < 1, g(x) é positiva. -se:
O quadro de sinais é elaborado: x³ – 2x² – 3x < 0
1 3 Fatorando o primeiro membro:
x(x² – 2x – 3) < 0
f(x)
Tem-se, agora, uma inequação-produto na forma f(x) g(x) < 0,
g(x) na qual:
f(x)g(x) f(x) = x
g(x) = x² – 2x – 3
A terceira linha do quadro representa o sinal da função f(x)g(x). Novamente, construindo o gráfico de cada uma das funções para
§ Se x < 1, a função f(x) é negativa, e g(x), positiva; portanto, o realizar a análise de sinal, tem-se:
produto entre elas é negativo. § f(x) = x
§ Se 1 < x < 3, ambas as funções, f(x) e g(x), são negativas; f(x) = x é uma função de primeiro grau, portanto, seu gráfico
portanto, seu produto é positivo. é uma reta. Sua raiz é dada por:
§ Se x > 3, a função f(x) é positiva, e g(x), negativa; portanto, o f(x) = 0
produto entre elas é negativo. x=0
Como se quer (x – 3)(1 – x) > 0, ou seja, não se procuram os A função é crescente, pois a > 0.
valores de x que anulam o produto (x – 3)(1 – x), as raízes 1 e 3 § g(x) = x² – 2x – 3
não são incluídas no conjunto solução:
Calculando suas raízes, tem-se:
S = {x [ R | 1 < x < 3} g(x) = 0
Note que, ao procurar o conjunto solução de (x – 3)(1 – x) > 0, seria x² – 2x – 3 = 0
possível também realizar o produto do primeiro membro e obter x1 = –1 e x2 = 3
–x² + 4x – 3 > 0, resolver a inequação do segundo grau e obter Sua concavidade é para cima, pois a > 0.
o mesmo conjunto solução. f(x) g(x)

2. Encontre o conjunto solução da inequação (x – 2x) 2

(x2 – 5x + 4) < 0. 0 –1 3

Caso seja efetuada a multiplicação entre x² – 2x e x² – 5x + 4, será


encontrado um polinômio de 4.º grau. Assim, o sinal de cada Quadro de sinais:
função será analisado separadamente, e o quadro de sinais será –1 0 3
construído:
f(x) = x² – 2x f(x)
g(x) = x² – 5x + 4
g(x)
Encontrando as raízes de cada função e considerando suas con-
cavidades, ambos os gráficos são elaborados: f(x)g(x)

f(x) g(x) Assim, segue que f(x)g(x) é negativo para x < –1 e para x entre
0 e 3; logo:
S = { x [ R | x < – 1 ou 0 < x < 3}
0 2 x 1 4 x

4.2. Inequações-quociente
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Construindo o quadro de sinais: Dadas duas funções f(x) e g(x), uma inequação-quociente é
0 1 2 4 uma inequação da forma:
f(x)
___ f(x)
___ f(x)
___ f(x)
___
​   ​ > 0 ​   ​> 0 ​   ​ < 0 ​   ​< 0
f(x) g(x) g(x) g(x) g(x)
g(x) A resolução de inequações-quociente é semelhante à reso-
f(x)g(x) lução de inequações-produto, isto é, o sinal de cada função é
analisado separadamente, e, em seguida, para cada intervalo
Como são procurados os valores de x que tornam o produto
de x em que há mudança no sinal de alguma das funções,
(x² – 2x)(x² – 5x + 4) negativo ou nulo, nota-se que o conjunto
f(x)
solução é: verifica-se o sinal do quociente ___
​  , levando em conta a re-
g(x)
S = {x [ R | 2 < x < 4 ou 0 < x < 1} gra de sinais para divisão de dois números reais.

13
A principal diferença na resolução de uma inequação-quo- Ambas são funções de primeiro grau.
ciente em relação à inequação-produto é que, agora, há f(x) = 2 – x
f(x)
uma condição de existência, pois no quociente ___
​   ​ tem- Sua raiz é dada por:
g(x) f(x) = 0
-se que g(x) Þ 0 para não se anular o denominador. 2–x=0
x=2
Como a = –1, a função é decrescente.
g(x) = 2x
Sua raiz é dada por:
g(x) = 0
2x = 0
multimídia: vídeo x=0

Fonte: Youtube Como a = 2, a função é crescente.


Número 23 f(x) g(x)

2 x 0 x

Aplicação do conteúdo Quadro de sinais:


0 2
1. Resolva a inequação ​ 1 __ ​ ≤ ​  1
__
x 2 ​dada no item 1.1.
f(x)
​ 1 ​para o outro membro da inequação:
Transpondo o termo __
2 g(x)
​ 1x ​ – __
__ ​ 1 ​ ≤ 0 f(x)
2
g(x) 0 2
Reduzindo a um denominador comum:
Atenção ao resolver inequações-quociente, pois elas possuem
​ 2 – ​x ≤ 0
____ uma condição de existência. Como a inequação é do tipo
2x f(x)
___
​   ​ < 0, segue que g(x) Þ 0. Ou seja, não é incluída no con-
f(x)
Tem-se, agora, uma inequação-quociente na forma ___
​   ​ < 0, em g(x)
g(x) junto solução a raiz de g(x), pois ela torna o denominador nulo.
que:
f(x) = 2 – x Entretanto, o 2 é incluído, pois ele anula apenas f(x), satisfazendo
g(x) = 2x a inequação.
S = {x [ R | x < 0 ou x > 2}

CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

A tabela abaixo ilustra os valores normais dos lipídios sanguíneos para um adulto. O perfil lipídico é o resultado de
uma série de exames laboratoriais para determinar dosagens dos quatro tipos principais de gordura. Você consegue
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observar uma inequação na tabela?


Indicador Valores Normais
CT (colesterol total) Até 200 mg/dL
LDL (“bom” colesterol) Até 130 mg/dL
HDL (“mau” colesterol) Entre 40 e 60 mg/dL
TG (triglicérides) Até 150 mg/dL

É possível escrever 40 < HDL < 60 no indicador HDL. Note que a inequação está envolvida quando há a necessidade
de se comparar um conjunto de medidas.

14
Quadro de sinais:
–2 –1 4

f(x)

g(x)

f(x)

multimídia: site g(x) –2 –1 4

f(x)
Como são procurados os valores de x que satisfazem ___
​   ​ > 0,
pt.khanacademy.org/math/algebra/one-variable-linear-ine- g(x)
tem-se os intervalos [–2, –1[ e [4, +`[ que tornam a fun-
qualities/alg1-one-step-inequalities/v/inequalities-using-
-multiplication-and-division ção maior ou igual a zero. Perceba novamente que –1 não
pertence ao conjunto solução, pois é raiz da função g(x).
x – x – ​7 > 1.
2
2. Encontrar o conjunto solução da inequação ​  ________ Portanto:
x+1
S = {x [ R | –2 < x < –1 ou x > 4}
Novamente, não é possível transpor apenas o denomina-
dor x + 1 multiplicando no segundo membro. Procede-se
deslocando todos os termos para o mesmo membro e re-
duzindo a um mesmo denominador comum:
​ x – x – ​7 – 1 > 0
2
________
x+1
1(x + 1)
​  x – x – ​7 – _______
2
________ ​   ​ > 0
x+1 x+1
​  x – 2x  ​
–8>0
2
_________
x+1
f(x)
Agora, a inequação-quociente é resolvida na forma ___
​   ​ > 0,
g(x)
em que:

f(x) = x² – 2x – 8
g(x) = x + 1

Construindo os gráficos das funções, tem-se:

f(x)

–2 4

g(x)
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–1

15
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

HABILIDADE 21

Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.

Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a habilidade 21 exige do aluno a capacidade de resolver uma situ-
ação proposta a partir de conhecimentos algébricos adquiridos.

MODELO 1

(Enem) Uma padaria vende, em média, 100 pães especiais por dia e arrecada com essas vendas, em média,
R$ 300,00. Constatou-se que a quantidade de pães especiais vendidos diariamente aumenta, caso o preço
seja reduzido, de acordo com a equação q = 400 – 100p, na qual q representa a quantidade de pães especiais
vendidos diariamente e p, o seu preço em reais.
A fim de aumentar o fluxo de clientes, o gerente da padaria decidiu fazer uma promoção. Para tanto, modifi-
cará o preço do pão especial de modo que a quantidade a ser vendida diariamente seja a maior possível, sem
diminuir a média de arrecadação diária na venda desse produto.
O preço p, em reais, do pão especial nessa promoção deverá estar no intervalo:
a) R$ 0,50 ≤ p < R$ 1,50
b) R$ 1,50 ≤ p < R$ 2,50
c) R$ 2,50 ≤ p < R$ 3,50
d) R$ 3,50 ≤ p < R$ 4,50
e) R$ 4,50 ≤ p < R$ 5,50

ANÁLISE EXPOSITIVA

A arrecadação é dada pelo preço p de cada pão multiplicado pela quantidade q de pães vendidos, dado por
q = 400 − 100p; sendo que essa arrecadação não pode ser menor do que arrecadação atual, ou seja, deve ser
maior ou igual a R$ 300,00. Assim, tem-se:
p . (400 – 100p) > 300
400p − 100p2 > 300
p2 − 4p + 3 < 0
Resolvendo essa equação do segundo grau, resulta que 1 < p < 3. Mas como queremos a maior quan-
tidade possível de pães vendidos, ou seja, q máximo, precisamos que p seja mínimo. Logo, o pão deverá
ter seu preço p reduzido para R$ 1,00, valor que está compreendido apenas no intervalo da alternativa A.

RESPOSTA Alternativa A
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

16
DIAGRAMA DE IDEIAS

DESIGUALDADE INEQUAÇÕES-
1.º GRAU
-PRODUTO
AX + B < 0
F(X) · G(X) < 0
AX + B ≤ 0
F(X) · G(X) ≤ 0
AX + B ≥ 0
F(X) · G(X) ≥ 0
AX + B > 0
F(X) · G(X) > 0
FUNÇÃO

INEQUAÇÕES-
2.º GRAU -QUOCIENTE
AX2 + BX + C < 0
AX2 + BX + C ≤ 0
AX2 + BX + C ≥ 0
AX2 + BX + C > 0

<
MENOR

MENOR

MAIOR
>
MAIOR
OU OU
IGUAL IGUAL

QUADRO DE SINAL

ESTUDO ANÁLISE MONTAGEM


VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

17
Pode-se observar que, numa relação R de A em B, o con-
junto R é formado pelos pares (x, y), em que o elemento
x [ A é associado ao elemento y [ B mediante uma lei
de associação.
RELAÇÕES, A função pode ser definida como um tipo de relação:
FUNÇÕES E § Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f uma relação
de A em B.
DEFINIÇÕES Essa relação f é uma função de A em B quando a cada
elemento x do conjunto A está associado um e apenas
um elemento y do conjunto B.
A definição acima afirma que, para uma relação f de A
em B ser considerada uma função, ela necessita satis-

MT AULAS
13 E 14
fazer duas condições:
§ Todo elemento de A deve estar associado a algum ele-
mento de B.
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
§ A um dado elemento de A deve estar associado um
3, 4, 5 e 6 13, 15, 20 e 25
único elemento de B.

Modelos:
1. Dados os conjuntos A = {0, 5, 15} e B = {0, 5, 10, 15, 20, 25},
1. Relações seja a relação de A em B determinada pela fórmula y = x + 5,
com x [ A e y [ B.
§ Produto cartesiano: dados dois conjuntos não vazios A e
B, chama-se de produto cartesiano de A por B (indica-se: A ×
B) o conjunto constituído pelos pares ordenados, nos quais o
primeiro elemento pertence a A, e o segundo pertence a B.
A × B = {(x, y) | x [ A e y [ B}
§ Relação: dados dois conjuntos A e B, denomina-se re-
lação R de A em B qualquer subconjunto de A × B.
R é relação de A em B à R , A × B.
Modelo:
Sejam os conjuntos A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2, 4, 6, 8, 10}
e a relação R de A em B, tal que y = 2x, x [ A e y [ B.
Escrever os elementos dessa relação R. Observe que:
Como x [ A: x=0äy=2·0=0 par (0, 0) Todos os elementos de A estão associados a elementos
x=1äy=2·1=2 par (1, 2) de B.
x=2äy=2·2=4 par (2, 4) A um dado elemento de A está associado um único ele-
x=3äy=2·3=6 par (3, 6) mento de B.
Assim, a relação de A em B expressa pela fórmula y = x + 5
Assim: R = {(0, 0), (1, 2), (2, 4), (3, 6)}.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

é uma função de A em B.
É possível representar essa relação por meio de um diagra- 2. Dados os conjuntos A = {–2, 0, 2, 5} e B = {0, 2, 5, 10, 20},
ma ou de um sistema cartesiano ortogonal. seja a relação de A em B dada pela fórmula y = x, com x [ A
e y [ B.

18
Esse exemplo não expressa uma função de A em B, uma 1.1. Domínio, contradomínio
vez que o elemento –2 do conjunto A não está associado a
algum elemento de B.
e imagem de uma função
Já foi visto que, numa função, o domínio é constituído por
3. Dados os conjuntos A = { –3, –1, 1, 3} e B = {1, 3, 6, 9}, seja a todos os valores que podem ser atribuídos à variável inde-
relação de A em B dada pela fórmula y = x2, com x [ A e y [ B. pendente. A imagem da função, por sua vez, é formada por
todos os valores correspondentes da variável dependente.
Uma função f com domínio A e contradomínio B será deno-
tada por:
f: A é B (função que relaciona valores do conjunto A a
valores do conjunto B)
x é y = f(x) (a cada elemento x [ A corresponde um
único y [ B)
O conjunto A é denominado domínio da função, que será in-
A relação determinada pela fórmula y = x2, nesse caso, re- dicado por D. O domínio da função, também chamado campo
presenta uma função de A em B, pois: de definição ou campo de existência da função, serve
A todos os elementos de A estão associados elementos para definir em qual conjunto se está trabalhando, ou seja, os
de B. valores possíveis para a variável x.
A um dado elemento de A está associado um único ele- O conjunto B é denominado contradomínio da função, que
mento de B. será indicado por CD. É no contradomínio que estão os elemen-
4. Dados os conjuntos A = {16, 81} e B = {–2, 2, 3}, seja a re- tos que podem corresponder aos elementos do domínio.
lação de A em B dada pela fórmula y4 = x, com x [ A e y [ B. Cada elemento x do domínio tem um correspondente y no
contradomínio. Esse valor de y é chamado de imagem de x
pela função f. O conjunto de todos os valores de y que são ima-
gens de valores de x forma o conjunto imagem da função,
que será indicado por Im. Observe que o conjunto imagem da
função é um subconjunto do contradomínio da mesma.
f: A é B
x é y = f(x)
D = A, CD = B, Im = {y [ CD | y é correspondente de
Esse exemplo não representa uma função de A em B, pois algum valor de x}
o elemento 16 do conjunto A está associado a dois ele-
mentos (–2 e 2) do conjunto B.
Aplicação do conteúdo
Quando ocorre uma função de A em B, pode-se represen-
tá-la da seguinte forma: 1. Dados os conjuntos A = {–3, –1, 0, 2} e B = {–1, 0, 1, 2,
3, 4}, determinar o conjunto imagem da função f: A é B
f: A é B (função f de A em B) definida por f(x) = x + 2.
x é y (a cada valor de x [ A associa-se um só valor y [ B)
f(–3) = (–3) + 2 = –1
As letras x e y são muito utilizadas para representar as va- f(–1) = (–1) + 2 = 1
riáveis de uma função. f(0) = 0 + 2 = 2
f(2) = 2 + 2 = 4
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

A letra f, em geral, dá o nome às funções, mas podemos


ter também a função g, h, etc. Por exemplo, escreve-se
g: A é B para designar a função g de A em B.
Se y = x + 5 é a fórmula de uma relação, pode-se escrevê-
-la também como f(x) = x + 5.
O símbolo f(x), lê-se f de x, possui o mesmo significado do y
e pode simplificar a linguagem. Por exemplo, em vez de se
dizer: “Qual o valor de y quando x = 2?”, simplesmente se
utiliza: “Qual o valor de f(2)?”. Assim, f(2) indica o valor de
y quando x é 2. Observando o diagrama:
Im = {–1, 1, 2, 4}

19
2. Seja a função f: R é R definida por f(x) = x2 – 10x + 8. Em muitas funções, o domínio vem explicitado:
Calcular os valores reais de x para que se tenha f(x) = –1,
isto é, imagem –1 pela função f dada. § A função f: R é R, dada por f(x) = 3x2 – 1, possui
domínio D = R.
f(x) = –1 ä x2 – 10x + 8 = –1
​ x ​+ 5, possui
§ A função g: Z é R, dada por g(x) = – __
x2 – 10x + 9 = 0 2
domínio D = Z.
D = b2 – 4ac = 100 – 36 = 64
§ Na função h(x) = 2x + 3, com –2 ≤ x < 5, deve-se
​ 10 ± ​
x = ______ 8
tomar os valores reais de x no intervalo considerado,
2
x = 9 ou x = 1 isto é, D = {x [ R | –2 ≤ x < 5}.
3. Dada a função f: R é R definida por f(x) = ax + b, com Entretanto, em muitos casos, o domínio e o contradomínio
a, b [ R, calcular a e b, sabendo que f(1) = 4 e f(–1) = –2. da função não vêm explicitados. Deve-se, então, considerar
A lei de formação da função é f(x) = ax + b ou y = ax + b. como domínio o conjunto de todos os números reais que
podem ser colocados no lugar de x na fórmula da função,
f(1) = 4 ä x = 1 e y = 4 ä 4 = a · 1 + b (I)
f(–1) = –2 ä x = –1 e y = –2 ä obtendo, depois dos cálculos, um número real. O contrado-
ä –2 = a · (–1) + b (II) mínio será o conjunto R.
De (I) e (II), tem-se: Numa função f, sendo dada por f(x) = x3 – 2x2 + 7, x pode
ser qualquer número real, isto é, D = R e CD = R.
a+b=4
–a + b = –2 Ao considerar o domínio de uma função, é preciso tomar
certo cuidado, pois existe o risco de atribuir certos valores
Resolvendo o sistema:
para a variável x que não possuem imagem real e, portan-
to, descaracterizam a função.
Em geral, é necessário observar com atenção as funções
que possuem variáveis no denominador ou no radicando
de raiz com índice par, no momento de definir seu domínio.
a=3eb=1
Pelo que foi visto, uma função fica bem definida quando se sabe
qual o seu domínio, o seu contradomínio e a regra de associação. Aplicação do conteúdo
Essa regra de associação (também denominada lei de formação
2x – 1 ​.
1. Determinar o domínio da função f dada por f(x) = ​ __________
ou lei de associação) geralmente é dada por uma fórmula ma-
x² – 9
temática.
​ 2x – 1 ​ só existe em R, se x2 – 9 ≠ 0.
O valor numérico de _____
2. O domínio de uma função x2 – 9
x2 – 9 ≠ 0 ä x2 ≠ 9 ä x ≠ 3 e x ≠ –3
É importante conhecer o domínio de uma função, pois é Ou seja, x = –3 e x = 3 não podem estar no domínio da função.
ele que vai determinar os valores possíveis para a variável D = {x [ R | x ≠ 3 e x ≠ –3} ou D = R – {3, –3}
independente.

VIVENCIANDO
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Nem sempre é possível perceber, mas as funções estão presentes a todo momento no cotidiano. Ao ler um
jornal ou ao assistir a um noticiário, é comum a ocorrência de um gráfico, que nada mais é do que uma relação
de comparação entre grandezas. Um exemplo prático de função é o valor no final do mês da conta de água
ou energia das residências, pois ele depende do quanto se gasta de m³ de água e de quantos KW de energia
foram consumidos durante o mês. Outros exemplos podem ser citados, como o tempo de duração de uma
viagem, que depende da velocidade média de um automóvel, e o imposto de renda a ser pago, que depende
do valor do salário recebido.

20
2. Determinar o domínio da função f(x) = d​ XXXXX 1  ​ .
x – 4 ​+ ​ _____ Os diagramas (I) e (II) são os únicos que representam fun-
d
​ XXXXX
x – 2 ​
ções injetoras ou injetivas.
​dXXXXX x – 4 ​só é possível se x – 4 ≥ 0 ä x ≥ 4 (I)
Definição: uma função f de A em B é injetora se, a todo x1 ≠ x2
​dXXXXX x – 2 ​só é possível se x – 2 > 0 ä x > 2 (II) do domínio (D), ocorrer f(x1) ≠ f(x2) no contradomínio (CD).
Resumindo: não pode haver duas flechas convergindo
Observe que a raiz está no denominador; assim, além
de não poder ser negativo (condição da raiz),
para uma mesma imagem (cada x do domínio tem seu y
também não pode ser nulo (condição do denominador). no contradomínio).
Representando as condições (I) e (II) na reta e determinando a
Nota: Entenda-se por imagem o elemento que “recebe”
interseção dos respectivos intervalos, tem-se:
a flecha.

Considere os gráficos:

D = {x [ R | x ≥ 4}

multimídia: site

O GeoGebra é um programa de matemática que permite § Os gráficos (I) e (II) são os únicos que representam uma
realizar construções geométricas com a utilização de função injetora ou injetiva.
pontos, retas, segmentos de reta, polígonos, etc., assim
como permite inserir funções e alterar todos esses § Para identificar graficamente uma função injetora, são tra-
objetos dinamicamente depois de a construção estar çadas retas horizontais. Se as retas tocarem em um único
finalizada. Equações e coordenadas também podem ser ponto em toda a extensão do domínio ou simplesmente
diretamente inseridas. não tocarem o gráfico, tem-se uma função injetora.
Conclusão: se existir reta horizontal que intercepte o grá-
3. Função injetora fico em mais de um ponto, a função não será injetora.
Considere os diagramas:
3.1. Exemplos de identificação
pela lei de formação
1. Mostrar que a função, cuja lei de formação é f(x) = 2x,
é injetora.
x1 ≠ x2 ä 2x1 ≠ 2x2 ä f(x1) ≠ f(x2), assim, f é injetora.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

2. Mostrar que f(x) = ​ 1 __ ​é injetora.


x
x1 ≠ x2 ä __ 1 __ 1
x​  1 ​ ≠ x​  2 ​ ä f(x1) ≠ f(x2), assim, f é injetora.
3. Mostrar que f(x) = x2 não é injetora.
Basta ver que se x1 = 2 e x2 = –2, então:

Ou seja, existem x1 e x2 diferentes, tais que f(x1) = f(x2)


e f não é injetora.

21
4. Função sobrejetora Para identificar graficamente uma função sobrejetora, tra-
ça-se uma reta horizontal em cada elemento do contrado-
Considere os diagramas: mínio. Se cada uma das retas cortar o gráfico da função em
um ou mais pontos, a função será sobrejetora.

5. Função bijetora
Considere os diagramas:

Os diagramas (I) e (III) são os únicos que representam fun-


ções sobrejetoras ou sobrejetivas.
Definição: uma função f de A em B é sobrejetora se o
contradomínio (CD) for igual ao conjunto imagem (Im). O diagrama (I) é o único que representa função bijetora.
Resumindo: não podem “sobrar” elementos no contra- Definição: uma função f de A em B é bijetora se for inje-
domínio (CD). tora e sobrejetora ao mesmo tempo.
Considere os gráficos: Resumindo:
1. Cada x do domínio tem seu único y no contradomínio.
2. Não “sobra” ninguém no contradomínio (CD = Im).

Importante
O diagrama (II) é de uma função que não é injetora
(pois b e c possuem a mesma imagem) e nem sobreje-
tora (pois “sobram” os elementos i e j no CD).
O diagrama (III) não representa função por duas razões:
1. Está sobrando o elemento V no domínio.
Analisando apenas o gráfico de uma função, não é possível 2. O elemento x possui duas imagens: k e m.
caracterizá-la como sobrejetora, pois, como já foi visto, o
gráfico não indica o contradomínio de uma função, mas
seu domínio e sua imagem. Aplicação do conteúdo
________
Dessa forma, para qualificar uma função como sobrejetora, ​  2 x  ​ ​? √
2
1. Qual o domínio da função real dada por f(x) = ________
é preciso que seja fornecido o contradomínio de todas as –x + 4x
3 funções dadas. Se os contradomínios forem considerados Resolução:
como o conjunto dos reais (R), então apenas o gráfico (II) A condição inicial para a função é que o radicando seja não ne-
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

é uma função sobrejetora. gativo, e o denominador seja diferente de zero.


Se o contradomínio da função (I) for considerado o intervalo Analisando cada parte separadamente, tem-se:
[a, +Ü[, o contradomínio da função (II) for considerado R I) No numerador: x2. Será zero se x = 0.
e o contradomínio da função (III) for considerado R – {a}, + + + +
0 + + + +
x2
então todos os gráficos representarão funções sobrejetoras.
II) Denominador: –x + 4x = x(–x + 4). Será nulo se x = 0 ou
2

x = 4.
Lembre-se! - - - - 0 + + + + +
x
Toda função pode ser sobrejetora, basta que seja escol- + + + + + + + 4 - -
-x+4
–x
hido um contradomínio conveniente.
- - - - 0 + + + 4 - -
-x2 + 4x

22
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

O plano cartesiano é muito utilizado na construção de gráficos de funções, em que os valores relacionados a x
constituem o domínio, e os valores de y, a imagem da função. Pode-se associar o plano cartesiano à localização de
lugares e/ou fenômenos que ocorrem sobre a superfície terrestre, a trabalhos relacionados à cartografia, a pontos
estratégicos de bases militares e a localizações no espaço aéreo, terrestre e marítimo.

x + 1  ​
3. Seja f(x) = ​ _____
Relacionando as informações:
0 –x + 1
+ + + + + + + + +
x2
a) Calcule f(2)
- - - - 0 + + + 4 - -
-x2 + 4 f(2) = _____ ​  3  ​= –3
​ 2 + 1  ​ = __
–2 + 1 –1
x2 - - - - 0 + + + 4 - - -
-x2 + 4x b) Qual o valor de f(f(2))?
Assim: ​  –3 + 1  ​ = ​ –2
f ( f(2) ) = f(–3) = ________ __ ​ = ​ –1
__ ​
–(–3) + 1 4 2
D(f) = ]0, 4[ ou, D(f) = {x ∈ ℝ | 0 < x < 4}
2. A figura a seguir representa o gráfico de uma função
real a valores reais, y = f(x). Sabendo-se que g(x) = f(x – 3),
encontre o valor de g(1) + g(4) + g(7).
y

2
3 5
-2 4 x
-1

Pela lei de formação da função g(x), tem-se:


g(1) = f(1 – 3) = f(–2) = 0
g(4) = f(4 – 3) = f(1) = –1
g(7) = f(7 – 3) = f(4) = 2
Assim:
g(1) + g(4) + g(7) = 0 – 1 + 2 = 1
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

23
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

HABILIDADE 25

Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.

A habilidade 25 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação proposta a partir da análise de gráficos
e tabelas.

MODELO 1

(Enem) Os congestionamentos de trânsito constituem um problema que aflige, todos os dias, milhares de mo-
toristas brasileiros. O gráfico ilustra a situação, representando, ao longo de um intervalo definido de tempo, a
variação da velocidade de um veículo durante um congestionamento.

Quantos minutos o veículo permaneceu imóvel ao longo do intervalo de tempo total analisado?
a) 4. b) 3. c) 2. d) 1. e) 0.

ANÁLISE EXPOSITIVA

A questão exige que o aluno seja capaz de interpretar os dados fornecidos pelo gráfico.
Nos instantes em que tem velocidade igual a zero, o móvel está em repouso. Analisando o gráfico, perce-
be-se que a velocidade atinge valor igual a zero entre os minutos 6 e 8. Assim, o carro permaneceu imóvel
por 2 minutos.

RESPOSTA Alternativa C
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

24
DIAGRAMA DE IDEIAS

DOMÍNIO TIPO DE RELAÇÃO

(D) F: A ⟶ B
X ⟶ Y = F(X)

CONTRADOMÍNIO FUNÇÃO IMAGEM

(CD) (IM)

INJETORA SOBREJETORA

BIJETORA

VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

25
a > 0 ⇒ f é crescente a < 0 ⇒ f é decrescente

FUNÇÕES DO
PRIMEIRO GRAU
2. Função linear
Considere a função polinomial do 1.º grau f(x) = ax + b.
No caso de b = 0, tem-se f(x) = ax, e ela recebe o nome

MT
especial de função linear.
AULAS Uma característica da função linear é que, se for atribuído
15 E 16 para x o número zero, sua imagem f(0) também será 0, pois
se x = 0, então f(0) = a · 0 = 0.
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
Utiliza-se, ainda, um nome especial para a função li-
3, 4, 5 e 6 13, 15, 20 e 25
near f(x) = ax, em que a = 1. Essa função, dada por
f(x) = x (ou y = x), é denominada função identidade.
O gráfico da função linear y = ax (sendo a ≠ 0) é sempre

1. Introdução uma reta que passa pela origem do sistema cartesiano.


O gráfico da função polinomial do 1.º grau y = ax + b (sen-
Como foi visto em aulas anteriores, a função é do 1.º grau quan- do a ≠ 0) intercepta o eixo das ordenadas no ponto (0, b).
do a sua representação matemática é um polinômio de grau 1.
De modo geral, é possível representar a função polinomial 3. Variantes da função do 1.º grau
de 1.º grau na forma f(x) = ax + b com a e b sendo os 1. Se a = 0 e b ≠ 0 ä y = b (função constante)
números reais e a ≠ 0 (caso a = 0, tem-se f(x) = b, que
representa uma função constante). Os números represen-
tados por a e b são denominados coeficientes, enquanto x
é a variável independente.
Portanto, são funções polinomiais do 1.º grau:

f(x) = 2x – 1 é coeficientes: a = 2 e b = –1 2. Se a ≠ 0 e b = 0 ä y = ax (função linear)

f(x) = –3x + 4 é coeficientes: a = –3 e b = 4

​ 5 ​– x é coeficientes: a = –1 e b = __
f(x) = __ ​ 5 ​
3 3
Em geral, o domínio da função polinomial do 1.º grau é R.
Entretanto, quando a função está relacionada ao cotidiano,
é preciso verificar o que representa a variável independente
3. Se a = 1 e b = 0 ä y = x (função identidade – bissetriz
(x) para determinar seu domínio. dos quadrantes ímpares)
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Chama-se função do 1.º grau toda função definida de R


em R por f(x) = ax + b, onde a, b [ R e a ≠ 0.

a é denominado coeficiente angular.


b é denominado coeficiente linear.

O gráfico de uma função do 1.º grau é uma reta, que 4. Se a = –1 e b = 0 ä y = –x (bissetriz dos quadrantes pares)

​ –b
corta o eixo x no ponto ​___ ( )
a ​, 0 ​e o eixo y no ponto (0, b).
Uma função do 1.º grau é crescente se a > 0 e decrescente
se a < 0; assim, tem-se que:

26
VIVENCIANDO

Um dos mais importantes da Matemática e das ciências em geral, o conceito de função é utilizado na representa-
ção cotidiana de situações que envolvem grandezas variáveis, sempre colocando um valor em função do outro. Ao
abastecer o automóvel no posto de combustível, por exemplo, o preço a ser pago depende da quantidade de litros
de combustível colocada no tanque. Outro exemplo prático que se pode destacar é uma simples corrida de táxi.
Considere a seguinte situação:
Um motorista de táxi cobra R$ 4,50 de bandeirada mais R$ 2,75 por quilômetro rodado. Sabe-se que o preço a
pagar é dado em função do número de quilômetros rodados. Qual o preço a ser pago se a distância percorrida for
de 16 quilômetros?
A função que define o valor a ser cobrado por uma corrida de x quilômetros é:
ƒ(x) = 2,75x + 4,50
Assim:
ƒ(16) = 2,75 ∙ 16 + 4,50
ƒ(16) = 48,50

4. Proporção na função do 1.º grau

Em qualquer ponto no eixo x, o valor da ordenada é zero; por-


tanto: f(x) = 0:
2x – 6 = 0
x=3
Assim, o ponto (3, 0) pertence à reta. Como já existem dois pon-
tos pelos quais passa a reta da função f(x), é possível construir
tg a = ​ y2 – y1 ____ x2 – x1 ​= ​ y3 – y2 ____ x3 – x2 ​ o gráfico:

proporção (igualdade de frações)

Nota:
a = tg a (coeficiente angular)
b = coeficiente linear
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Aplicação do conteúdo
1. Construa o gráfico da função do primeiro grau 2. Dado o gráfico a seguir de uma função polinomial do
1.º grau, encontre sua lei de formação.
f(x) = 2x – 6.
Como o gráfico de uma função do primeiro grau é uma reta,
são necessários apenas dois pontos para a construção do gráfico.
Para isso, é preciso encontrar os pontos de interseção da reta
com os eixos coordenados.
Como o coeficiente linear é –6, já se sabe que a reta passa pelo
ponto –6 no eixo y:

27
Como a função é de primeiro grau, sabe-se que sua forma é do Ou seja, realizar o estudo de sinal significa determinar para
tipo y = ax + b. Em primeiro lugar, deve-se encontrar o coeficien- quais valores de x temos f(x) > 0, f(x) < 0 ou f(x) = 0.
te angular a: É possível realizar o estudo de sinal facilmente ao construir
y2 – y1 5 – 4 __1
a = x_____
​  – x  ​ = ____
​   ​ = ​   ​ o gráfico da função.
2 1 3–1 2

Substituindo na função, tem-se:


Aplicação do conteúdo
​ 1 ​x + b
y = __
2 1. Faça o estudo do sinal da função f(x) = 10 – 5x.
Agora é possível substituir qualquer um dos dois pontos dados,
Construindo o gráfico da função, tem-se:
(1, 4) ou (3, 5), na função a fim de encontrar o coeficiente linear
b. Substituindo o ponto (1, 4):

​ 1 ​x + b
y = __
2
​ 1 ​1 + b
4 = __
2

​ 1 ​= b ⇒ b = __
4 – __ ​ 7 ​
2 2

​ 1 ​x + __
Assim, a função pedida é y = __ ​ 7 ​.
2 2

5. Estudo do sinal da função Do gráfico, segue que:

polinomial do 1.º grau § Para todo x > 2, a função possui valores de f(x) negativos.
§ Para todo x < 2, a função possui valores de f(x) positivos.
Estudar o sinal de uma função y = f(x) significa analisar
§ Para x = 2, a função f(x) é nula, sendo x = 2, portanto,
para quais valores de x do domínio da função a imagem
a raiz da função.
será positiva, negativa ou nula.

CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

A importância do estudo das funções não se restringe aos interesses da Matemática. O estudo das funções também
é colocado em prática em áreas como Física, Química e Economia. No estudo da cinemática, por exemplo, que é a
parte da Física que estuda os movimentos relacionando-os por meio dos conceitos de posição, velocidade e acelera-
ção, o uso de funções de 1.º grau é muito comum. Um dos exemplos mais famosos é o que relaciona a posição (S) de
um móvel em movimento uniforme com o tempo (t). O modelo matemático que define essa função é:
S = S0 + v ∙ t
Em que:
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

S0 → é o espaço inicial do móvel (lugar que ele ocupa no instante t = 0)


v → é sua velocidade escalar.
Observe uma comparação entre a expressão acima e a expressão que define uma função afim:
S = S0 + v ∙ t
y=b+a∙x

A comparação entre as expressões deixa bem claro que a fórmula definida como espaço em função do tempo é uma
função do 1.º grau.

28
6. Zero de uma função O mesmo nível será encontrado com o ponto comum a ambas
as retas, f(x) = g(x).
polinomial do 1.º grau
Agora será estudado o que significa “zero” ou “raiz” de
{
I)  
f(0) = a(0) + b
      
  
​​
f(40) = a (40) + b ​ { ​b = 100
​  ​ ⇒ ​      
40 a + b = 0 ​
​  ​⇒

uma função f(x) = ax + b, com a ≠ 0. ⇒ 40 a + 100 = 0 ⇒ a = ​ –100 ___ ​= – __ ​ 5 ​ ⇒


40 2
Observe o problema: ⇒ f(x) = – __ ​ 5 ​x + 100
2
§ Dada a função f(x) = x – 2, calcule o valor de x para
que f(x) = 0. II)  
  
​ ​
{
g(0) = a(0) + b
      
g(48) = a (48) + b ​ {
​  ​ ⇒ ​ ​b      
= 80
48 a + b = 0 ​
​  ​⇒

⇒ ⇒ 48 a + 80 = 0 ⇒ a = ​ –80 ___ ​= – __ ​ 5 ​ ⇒


48 3
⇒ g(x) = – __ ​ 5 ​x + 80
O número 2, para o qual f(x) = 0, é denominado zero ou 3
raiz dessa função. III) f(x) = g(x) ⇒ - __ ​  5 ​ x + 100 = – __ ​ 5 ​ x + 80 ⇒
2 3
Denomina-se zero ou raiz da função f(x) = ax + b o valor de
x que anula a função, ou seja, torna f(x) = 0. ⇒ - __​  5 ​ x + __
​ 5 ​ x = –100 + 80 ⇒
2 3
Geometricamente, o zero da função polinomial do 1.º grau –15x + ​
⇒ ​ _________ 10x = –20 ⇒ –5x = –120 ⇒
f(x) = ax + b, a ≠ 0 é a abscissa do ponto em que a reta corta 6
o eixo x. ⇒ x = ​ –120 ____ ​= 24
–5
Ao final do 24º dia estarão no mesmo nível.

2. O valor de um carro novo é de R$ 9.000,00 e, com


4 anos de uso, é de R$ 4.000,00. Supondo que o preço
caia com o tempo, segundo uma linha reta, calcule o
valor de um carro com 1 ano de uso.
Resolução:
multimídia: livro O gráfico passa por (0, 9000) e (4, 4000). Encontrando a lei da
função e a imagem para t = 1, tem-se:
O Homem que Calculava - Malba Tahan I) 9000 = a · (0) + b ⇒ b = 9000
As proezas matemáticas do calculista persa Beremiz 4000 = a · (4) + b ⇒ 4a + 9000 = 4000 ⇒
Samir – o homem que calculava – tornaram-se lendá- –5000
rias na antiga Arábia, encantando reis, poetas, xeques e ​ 4000 – ​9000= ​ _____
⇒ a = ___________  ​= – 1250
4 4
sábios. Nesse livro, Malba Tahan relata as incríveis aven-
II) f(t) = –1250t + 9000 ⇒
turas desse homem singular e suas soluções fantásticas
f(1) = –1250 ∙ (1) + 9000 = –1250 + 9000 = 7750
para problemas aparentemente insolúveis.

Aplicação do conteúdo
1. Dois líquidos diferentes encontram-se em recipien-
tes idênticos e têm taxas de evaporação constantes.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

O líquido I encontra-se inicialmente em um nível de


100 mm e evapora-se completamente no quadragési-
mo dia. O líquido II, inicialmente com nível de 80 mm,
evapora-se completamente no quadragésimo oitavo
dia. Antes da evaporação completa de ambos, ao final
de qual dia os líquidos terão o mesmo nível (em mm)
nesses mesmos recipientes?
Resolução:
De acordo com as informações, tem-se:
I) Líquido I: f(0) = 100 e f(40) = 0
II) Líquido II: g(0) = 80 e g(48) = 0

29
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

HABILIDADE 25
Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.

A habilidade 25 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação proposta a partir da análise de gráficos e
tabelas.

MODELO 1

(Enem) Um dos grandes desafios do Brasil é o gerenciamento dos seus recursos naturais, sobretudo os recursos
hídricos. Existe uma demanda crescente por água e o risco de racionamento não pode ser descartado. O nível
de água de um reservatório foi monitorado por um período, sendo o resultado mostrado no gráfico. Suponha
que essa tendência linear observada no monitoramento se prolongue pelos próximos meses.

Nas condições dadas, qual o tempo mínimo, após o sexto mês, para que o reservatório atinja o nível zero de
sua capacidade?
a) 2 meses e meio.
b) 3 meses e meio.
c) 1 mês e meio.
d) 4 meses.
e) 1 mês.

ANÁLISE EXPOSITIVA

A questão exige que o aluno seja capaz de interpretar os dados fornecidos pelo gráfico para que, a
partir deles, possa encontrar a resposta correta da questão.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Do gráfico é possível perceber que ocorre uma variação de 20% (30% − 10%) no percentual da
capacidade máxima do reservatório em 6 – 1 = 5 meses. Assim, para que haja uma redução de 10%
do nível de capacidade, deve-se passar (5/20). 10 = 2,5 meses.

RESPOSTA Alternativa A

30
DIAGRAMA DE IDEIAS

FUNÇÃO DO 1.º GRAU

Y = AX + B
COEFICIENTE ANGULAR ↲ ↳ COEFICIENTE LINEAR

ΔY Y2 − Y1
A = TG α = =
ΔX X2 − X1


A > 0 → CRESCENTE
A < 0 → DECRESCENTE
A = 0 → CONSTANTE

PONTO EM QUE A y2
RETA CORTA O EIXO Y
y1 α . Δy
Δx
α x
x1 x2

VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

31
ANOTAÇÕES

________________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
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VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

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______________________________________________________

32
MATEMÁTICA

2
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
ARITMÉTICA

TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS

No Enem não faltará uma questão de por- Os temas das aulas deste livro são essen-
centagem, também aparecendo cálculos ciais para a prova da FUVEST e de grande
sobre aumento ou decréscimo de um valor. importância para Química e Física. Saber
Calcular um M.M.C. e um M.D.C. é essen- realizar uma porcentagem e um cálculo
cial para esse vestibular, junto com uma de M.M.C. e M.D.C. é de grande vantagem
boa interpretação da questão. para resolver as questões dessa prova.

A Comissão para o Vestibular da Unicamp Na UNIFESP não faltará uma questão sobre A UNESP, tanto na primeira fase como na
trará questões com proporcionalidade porcentagem, seja na parte de Matemáti- sua segunda fase, irá apresentar questões
tanto na parte da aritmética como na ge- ca, da Física ou da Química. Questões com com porcentagens. A incidência de ques-
ometria plana. Cálculo de porcentagens problemas de grandezas diretamente ou tões sobre proporcionalidade é grande.
também são de grande importância para inversamente proporcionais também de-
essa prova. vem aparecer nesse vestibular.

A prova da Albert Einstein tem uma boa A FMABC apresenta questões com baixo A PUC de Campinas tem um bom índice de A Santa Casa apresenta uma baixa inci-
incidência de questões sobre porcentagens, índice de grandezas proporcionais, M.M.C. questões sobre grandezas proporcionais e dência em questões sobre os teoremas
com problemas de médio e elevado grau e M.D.C.; no entanto, as aulas de porcen- porcentagens. Na segunda fase, os itens de fundamentais da aritmética e grandezas
de dificuldade. tagem deste caderno são fundamentais. aumento e desconto são fortemente apre- proporcionais. Em contrapartida, saber de-
Com isso diversos problemas das exatas sentados em problemas de elevado grau. finir uma porcentagem e resolver questões
serão resolvidos. dessa matéria é essencial para essa prova.

UFMG
A prova da UEL apresenta, junto a uma Na UFPR não faltará uma questão de Para a Faculdade de Ciências Médicas é
análise de texto, os conceitos da porcen- porcentagem, também aparecendo cálcu- essencial calcular porcentagem com exce-
tagem de uma forma diferenciada. As los sobre porcentagem em todos os seus lência. Já questões de grandezas propor-
questões são elaboradas de modo a exigir aspectos. Calcular um M.M.C. e um M.D.C. cionais e os teoremas da aritmética são de
a máxima atenção do candidato. é essencial para esse vestibular junto com baixa incidência.
uma boa interpretação da questão.

A UERJ apresenta uma boa incidência de A UNIGRANRIO apresenta uma prova A faculdade Souza Marques apresenta
questões de grandezas proporcionais e objetiva com poucas informações e mais questões objetivas na sua prova de ma-
os teoremas da aritmética. As aulas sobre desenvolvimento. Questões sobre grandeza temática. As aulas de porcentagem são
porcentagem deste livro são as mais impor- proporcional e porcentagem são de alta as mais importantes deste livro para esse
tantes para esse vestibular. incidência em seu vestibular. vestibular.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

34
Ou seja, em média, cada pessoa consumiu 4,4 salgados.
Em geral, dados dois números reais a e b, com b ≠ 0, usa-se __​  a ​
b
ou a : b para indicar a razão entre a e b, respectivamente.

RAZÃO, PROPORÇÃO Na razão (lê-se: a para b), o número a é denominado an-


tecedente, e o número b, consequente.
E GRANDEZAS ​ a ​
Razão entre a e b = __
PROPORCIONAIS b

2. Proporção
Proporção é uma igualdade entre duas razões. Quando se
diz que os números reais a, b, c e d, não nulos, formam,

MT AULAS nessa ordem, uma proporção, significa que se tem a se-


guinte igualdade:
9 E 10 ​  a ​ = __
__ ​  c  ​ou a · d = c · b
b d
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
(lê-se: a está para b, assim como c está para d)
3e4 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 18
Note, na última igualdade acima, que os termos a e d fica-
ram nas extremidades (a e d são chamados de extremos da
proporção), já os termos b e c ficaram no meio (b e c são
1. Razão chamados de meios da proporção).

A razão entre duas grandezas é o quociente entre elas. 2.1. Propriedades da proporção
Considere a situação em que 20 homens e 30 mulheres
Se __​ a ​ = __​  c ​, com a, b, c e d, reais não nulos, tem-se __​ a ​ = __​  c ​= k,
compareceram a uma festa. Nesse sentido, afirma-se que: b d b d
I. A razão entre o número de homens e o de mulheres na em que k é denominado constante de proporcionalidade.
festa é: Essa constante k é o número de vezes que cada anteceden-
​  n° Homens  ​ = ___
__________ ​ 20 ​ = __
​ 2 ​ te é maior que seu respectivo consequente. Observe:
n° Mulheres 30 3
Isso significa que, para cada 2 homens, existem 3 mulheres.
​  a ​ = __
__
b d {
​  c  ​= k ä ​ a   
​ = k · b ​  ​​​
c = k · d​
Assim, tem-se as seguintes propriedades:
II. A razão entre o número de mulheres e o total de pessoas
na festa é: P1: __​  a ​ = __​  c ​ ä ad = bc (propriedade fundamental)
b d
n° Mulheres  ​ = _______
_______________
​   
   ​  30  ​ = ___
​ 30 ​ = __
​ 3 ​ ​ “Numa proporção, o produto dos meios é igual ao pro-
n° Total de Pessoas 20 + 30 50 5 duto dos extremos.”
Isso significa que, para cada 5 pessoas na festa, 3 são mu- Veja:
lheres.
As grandezas envolvidas em uma razão podem ser de es- { a · d = (kb) · d = kbd
​ ​       
   ​​ ä a · d = b · c
b · c = b · (kd) = kbd ​
pécies diferentes. Por exemplo, se, na festa citada, as mu-
P2: __​  a ​ = __​  c ​ ä = _____
​ a + c ​
lheres consumiram 120 salgadinhos, e os homens consu- b d b+d
miram 100, afirma-se que:
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Veja:
k(b + d)
III. A razão entre o número consumido pelos homens e o ​  a + c  ​ = ______
_____ ​ kb + kd ​ ä _____ ​  a + c  ​ = _______
​   ​ ä
b+d b+d b+d b+d
número de homens foi de:
ä _____ ​  a + c  ​= k = __ ​ a ​ = __
​  c  ​
n° Salgados 100
__________ 5 salgados b+d b d
 ​ = ​ ____ ​ = ________
​   ​ ​
n° Homens 20 1 homem
P3: __​  a ​ = __​  c ​ ä _____
​  a  ​ = ____
​  c  ​
Isto significa que, em média, cada homem consumiu 5 salgados. b d a+b c+d
Veja:
IV. A razão entre o número de salgados consumidos e o
número de pessoas foi de: ​  a  ​ = ____
_____ ​  c  ​ ä _____
​  bk  ​ = _____
​  dk  ​ ä
a+b c+d bk + b dk + d
n° de salgados ________________
(120 + 100) salgados __________
4,4 salgados
___________
  
​   ​ =   
  
​   ​ = ​  pessoa ​ ​  bk  ​ = _______
ä _______ ​  dk  ​ (verdade).
n° de pessoas (30 + 20) pessoas b(k + 1) d(k + 1)

35
II. Para o refresco, obtido a partir do suco:
Aplicação do conteúdo
​  1 ​x
__
​  concentrado
__________ 1
__
 ​ = ​   ​ ä ​  4
_____ ​ 1 ​
 ​ = __
1. Duas jarras idênticas contêm poupa de fruta e água
água 6 y + __ 3
​   ​x 6
nas proporções: 3:7 na primeira e 3:5 na segunda. Jul-
4
gando o suco da primeira “muito fraco” e o da segunda
“muito forte”, Dona Benta resolveu juntar os conteúdos ​ 6 ​x = y + __
ä __ ​ 3 ​x ä __
​ 3 ​x = y
4 4 4
das duas jarras numa vasilha maior, obtendo, a seu ver,
um suco na proporção ideal de poupa de fruta e água. ä 3x = 4y ä _​ xy ​ = ​ __ 4 ​
3
Considerando J o volume de uma jarra, é possível desco-
brir essa proporção ideal utilizando as propriedades das Observe que, ao adicionar x copos de suco, tem-se __ ​ 1 ​x de con-
3
proporções. Observe: centrado, e de água se tem os __ ​ 3 ​x do suco mais y copos de água.
4
I. Na primeira jarra: Assim, conhecendo a quantidade de copos de suco disponíveis, o
poupa __ poupa chefe saberá quantos copos de água deverá acrescentar para obter
_____
​   ​ = ​  3 ​ ä ____________
​     ​ = _____ ​  3  ​ ä
água 7 (poupa + água) 3 + 7 o refresco. Por exemplo, se sobrarem 8 copos de suco (x = 8), deve-
rão ser adicionados 6 copos de água (y = 6), pois __ ​ 8 ​ = __
​ 4 ​.
​  3  ​· J e água = ___
poupa = ___ ​ 7  ​· J 6 3
10 10 3. Um carpinteiro fabrica portas retangulares maciças,
Note: poupa + água = J (volume da jarra) feitas de um mesmo material. Por ter recebido de seus
II. Na segunda jarra: clientes pedidos de portas mais altas, aumentou sua altura
poupa __ poupa em ​  1
__ ​, preservando suas espessuras. A fim de manter o cus-
_____
​   ​ = ​  3 ​ ä ____________
​     ​ = _____ ​  3  ​ ä 8
to com o material de cada porta, precisou reduzir a largura.
água 5 (poupa + água) 3 + 5
Qual a razão entre a largura da nova porta e a largura
poupa = __​ 3 ​· J e água = __
​ 5 ​· J da porta anterior?
8 8
III. Juntando-se as duas jarras, obtém-se: Resolução:

​  3  ​· J + __
___
poupa __________ ​ 3 ​· J Sejam x, y e z, respectivamente, a altura, a espessura e a largura
​  _____ ​ = ​  10 8  ​ ä da porta original. Assim, segue que o volume da porta original é
água ___ ​   ​· J + ​ 5 ​· J
7 __ igual a x · y · z.
10 8
Aumentando-se em __ ​ 1 ​a altura da porta e preservando sua espes-
​  12J +  ​
________ 15J 8
sura, deve-se ter, a fim de manter o custo com o material, __ ​ 9x ​∙ y ·
ä ​ ________ 40 ​ 27 ​= 27:53
 ​ = ___ 8
28J
______
​  +  ​53
25J z1 = x ∙ y ∙ z ⇔ z1 = __ ​ 8z ​, sendo a largura da nova porta.
40 9 z
Assim, a razão pedida é __ ​ 8 ​
​ z ​ = __
1
A proporção ideal consiste em 27 partes de poupa de fruta para 9
53 partes de água. 4. Por um terminal de ônibus passam dez linhas diferentes.
2. Um bar vende suco e refresco de tangerina. Ambos A mais movimentada delas é a linha 1: quatro em cada
são fabricados diluindo em água um concentrado dessa sete usuários do terminal viajam nessa linha. Cada uma
fruta. As proporções são de uma parte de concentrado das demais linhas transporta cerca de 1.300 usuários do
para três de água, no caso do suco, e de uma parte de terminal por dia. Considerando que cada passageiro utili-
concentrado para seis de água, no caso do refresco. Fal- za uma única linha, a linha 1 transporta, por dia, cerca de
tando refresco e sobrando suco, o chefe de cozinha do a) 5.200 usuários do terminal.
bar poderá transformar o suco em refresco. Mas, para b) 9.100 usuários do terminal.
isso, ele deverá saber quantas partes de suco (x partes) c) 13.000 usuários do terminal.
ele deverá diluir em y partes de água. A relação entre x d) 15.600 usuários do terminal.
poderá ser obtida através das proporções. Observe: e) 18.200 usuários do terminal.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

I. Para o suco: Resolução:


​ concentrado
__________ ​ 1 ​
 ​ = __ Seja T o total de usuários do terminal. Sabendo que 9 linhas
água 3
concentrado transportam 1.300 usuários por dia, e que __ ​ 4 ​dos usuários do
________________
  
​    ​  1  ​
 ​ = _____ 7
(concentrado + água) 1 + 3 terminal utilizam a linha 1, tem-se __ ​ 3 ​ ∙
7
Concentrado = __ ​ 1 ​do suco e __3 ​ T = 9 ∙ 1.300 ⇒ T = 3 ∙ 7 ∙ 1.300
4 7
3
__
água = ​   ​do suco Assim, o resultado pedido é __ ​ 4 ​∙ T = __​ 4 ​∙ 3 ∙ 7 · 1.300 ⇒
4 7 7
T = 15.600
Note: concentrado + água = suco (todo)
Alternativa D

36
5. Uma empresa fabricante de suco que envasava o pro-
duto em frascos de vidro passou a fazer o envasamento 3. Números diretamente
em um novo vasilhame plástico com ​2
__ ​da capacidade do
3 proporcionais
frasco anterior.
Considere as seguintes sequências numéricas:
A lanchonete revendedora enche de suco um copo com
capacidade de ​ 1__ ​do frasco de vidro. 1.ª sequência: (2, 6, 4, 10).
5 2.ª sequência: (6, 18, 12, 30).
A quantidade de copos de suco (inteiro + fração) que a
lanchonete obtém com um frasco do novo vasilhame é Observe que as sequências crescem ou decrescem na mesma
igual a: razão inversa, ou seja, se um dado elemento de uma delas
a) 1 copo e 2/3 triplica, o correspondente desse elemento na outra sequência
b) 2 copos e 1/3
c) 2 copos e 2/3 também triplica. Em outras palavras, os elementos correspon-
d) 3 copos e 1/3 dentes nas duas sequências estão na mesma razão.
e) 3 copos e 2/3

Resolução:
Volume do frasco de vidro: v
Volume do frasco de plástico: __ ​ 2v ​
3
​ v ​
Volume do copo: __ Em geral, é possível dizer que os números da sucessão
5 numérica (a1, a2, a3,..., an) são diretamente proporcionais
​ 2v ​
__
(ou simplesmente proporcionais) aos números da sucessão
Número de copos: ​ v3 ​ = __
___ ​ 5 ​ = ___
​ 2v ​ ∙ __ ​ 10 ​
__
​   ​ 3 v 3 (b1, b2, b3, ..., bn) quando as razões entre seus respectivos
5 correspondentes forem iguais, isto é:
1
__
Ou seja, 3 copos e ​   ​
3
Alternativa D
6. As dimensões de um paralelepípedo retângulo são
proporcionais aos números 1, 2 e 3, e sua área total é
igual a 198 cm2. Sobre esse paralelepípedo, assinale o Essa razão constante k é denominada fator ou coeficiente
que for correto. de proporcionalidade e indica quantas vezes cada antece-
a) Seu volume vale 162 cm3. dente é maior que o respectivo consequente.
b) As suas dimensões formam uma progressão aritmética.
c) A soma das medidas de todas as suas arestas é 72 cm. Aplicação do conteúdo
d) Sua diagonal é maior que 11 cm.
Resolução: (
1. Se (a, b, 20) e ​ 3, ​ 2 )
__ ​, 5 ​são proporcionais, determine o
3
coeficiente de proporcionalidade e os valores de a e b.
Sejam a, b e c as dimensões do paralelepípedo retângulo. Tem-se
que: ​  a ​ = __
__ ​  b  ​ = ___
​ 20 ​ ä __
​  a ​ = ___
​ 3b ​= 4

{
  a=k 3 __ 2 5 3 2
​  a ​ = __
__ ​ b ​ = __
​  c ​= k ⇔ ​ b  
= 2k​
​   ​
3
1 2 3 c = 3k Coeficiente de proporcionalidade:
​ om k sendo um número real positivo.
C
Dado que a área total é igual a 198 cm2, tem-se:
2(ab + ac + bc) = 198 ⇔
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

k ∙ 2k + k ∙ 3k + 2k ∙ 3k = 99 ⇔ k2 = 9 ⇒ k = 3
Assim, a = 3 cm, b = 6 cm e c = 9 cm 2. Os irmãos João Victor, Gabriela e Matheus têm 16 anos,
14 anos e 10 anos, respectivamente. Se o pai deles dis-
a) Correto. O volume do paralelepípedo vale
tribuir R$ 240,00 reais entre eles, em partes diretamente
a · b · c = 3 · 6 · 9 = 162 cm3 proporcionais às idades, quanto receberá cada um?
b) Correto. As dimensões formam uma progressão arit- Sendo k a constante de proporcionalidade, a parte de cada um
mética com primeiro termo igual a 3 e razão igual a 3. será k vezes a respectiva idade, ou seja, as partes serão 16 k
c) Correto. A soma das medidas de todas arestas é (João Victor), 14 k (Gabriela) e 10 k (Matheus).
igual a 4(a + b + c) = 4(3 + 6 + 9) = 72 cm
d) Correto. A diagonal__________
_________ do paralelepípedo mede
____

d = ​ a + b + ____
2 2 2 √
c  ​= ​ 3 + 6____
2 2 2 √
+ 9  ​= ​ 126 ​ cm
Assim, tem-se √
​ 126 ​cm > √ ​ 121 ​cm = 11 cm.

37
João Victor, Gabriela e Matheus receberam, respectivamente, R$ Se elas são inversamente proporcionais, os produtos entre
96,00, R$84,00 e R$60,00. os respectivos elementos são iguais:
Nota: O mais velho recebe mais, pois as partes são diretamente pro-
porcionais às idades. Quanto mais velho, mais recebe.

4. Números inversamente
proporcionais
Considere as seguintes sequências numéricas:

1.ª sequência: ​__ (


​  1 ​, __
​ 1 ​, __ )
​ 1 ​, ___
​  1  ​  ​formada pelos respectivos Aplicação do conteúdo
2 6 4 10
inversos de (2, 6, 4, 10). 1. Se (a, 8, b) e (3, c, 5) são inversamente proporcionais
e têm coeficiente de proporcionalidade igual a 120, cal-
2.ª sequência: (6, 18, 12, 30). cule a, b e c.
Observe que as sequências crescem ou decrescem na razão Os produtos dos respectivos elementos devem ser iguais ao coe-
inversa, ou seja, se dado elemento de uma delas triplica, o ficiente de proporcionalidade.
correspondente desse elemento na outra sequência reduz- Assim:
-se a sua terça parte.
Observe que os inversos dos números da 1.ª sequên-
cia são diretamente proporcionais aos números da
2. Os funcionários de uma fábrica, Lucas, Raquel e
2.ª sequência. Elias, no mês de maio, faltaram ao serviço 8 dias, 5
dias e 2 dias, respectivamente. Se o diretor financeiro
4.1. Inversos da 1.ª sequência (2, 6, 4, 10) dessa fábrica dividir R$ 396,00 entre os citados fun-
cionários, em partes inversamente proporcionais às
Em geral, diz-se que os números da sequência (a1, a2, a3,
faltas, quanto receberá cada um?
..., an) são inversamente proporcionais aos números da se-
quência (b1, b2, b3, ..., bn) quando os números de uma delas As partes procuradas devem ser diretamente proporcionais aos
forem, respectivamente, diretamente proporcionais aos in- inversos dos números de falta ​ __ (
​ 1 ​, __
85 2 )
​ 1 ​ e __
​ 1 ​  ​, respectivamente. Sendo
versos da outra, isto é: k a constante de proporcionalidade, as partes são, então, __ ​ 1 ​· k
8
a a2 __ a a ​ 1 ​· k (Raquel) e __
(Lucas), __ ​ 1 ​· k (Elias).
__ 5 2
​  1  ​ = __
​   ​ = ​  3  ​= ... = __
​  n  ​= k
​  1  ​ __
__ ​  1  ​ __
​  1  ​ ​  1  ​
__ Daí:
b1 b2 b3 bn

Ou de outra forma:
a1b1 = a2b2 = a3b3 = ... = anbn = k
Nesse caso, a constante k também é chamada de fator
ou coeficiente de proporcionalidade e indica o produto
entre os respectivos elementos das sequências inversa-
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

mente proporcionais. Lucas, Raquel e Elias receberão R$ 60,00, R$ 96,00 e R$ 240,00,


respectivamente.
Em resumo, considerando as sequências (a1, a2, ..., an) e (b1,
b2, ..., bn), tem-se: Nota: Quem faltou mais recebe menos, pois as partes são inver-
samente proporcionais. Quanto mais falta, menos recebe.
Se elas são diretamente proporcionais, as razões entre os
respectivos elementos são iguais:
5. Sequências proporcionais
a várias outras
Caso os números de uma sequência sejam proporcionais
aos respectivos números de várias outras sequências, eles
serão números proporcionais.

38
Assim:
Aplicação do conteúdo
​ 48 ​= 24; __
​  k ​ = ___
__ ​ 3k ​ = _____
​ 3 ·  ​
48 = 36 e __ ​ 2 ·  ​
​ 2k ​ = _____ 48 = 32
1. Usando a constante de proporcionalidade k, repre- 2 2 4 4 3 3
sente quantidades: Rafaela deve receber 24 reais; Augusto, 36 reais; e Moacir, 32
​ 3 ​
reais.
a. Diretamente proporcionais a 2, 5 e __
8
Se a 1.º quantidade é k vezes maior que o 1.º número (2), a 2.º 6. Grandezas diretamente
e a 3.º quantidades devem ser também k vezes 5 e k vezes __ ​ 3 ​,
respectivamente. Assim:
8 proporcionais
1.ª quantidade = 2 · k Veja na tabela seguinte as quantidades (Q) de picolés com-
2.ª quantidade = 5 · k
prados a R$ 3,00 reais cada e os respectivos valores pagos:
​ 3 ​ k
3.ª quantidade = __ Valor(V) 3 6 15 24 18 36
8 Quantidade (Q) 1 2 5 8 6 12
​ 1 ​, __
b. Inversamente proporcionais a __ ​ 1 ​e 21 Observe que as razões obtidas entre os respectivos ele-
3 6
​ 1  ​
As quantidades devem ser diretamente proporcionais a 3, 6 e __ mentos das sequências de valores (V) e de quantidade (Q)
21
(inversos dos números dados), respectivamente. são iguais.
Assim: ​ 3 ​ = __
​  V  ​ = __
__ ​ 6 ​ = ___
​ 15 ​= ... = ___
​ 36 ​ ä __
​  V  ​= 3
Q 1 2 5 12 Q
1.ª quantidade = 3 · k Em geral, diz-se que duas grandezas, A e B, são diretamen-
2.ª quantidade = 6 · k te proporcionais quando uma aumenta e outra também
​ 1  ​· k
3.ª quantidade = ___ aumenta na mesma proporção, ou seja, quando as razões
21
obtidas entre os valores assumidos por uma das grandezas
​ 3 ​e 9 inversamente pro-
c. Diretamente proporcionais a 2, __ e os respectivos valores assumidos pela outra são iguais.
5
​ 3 ​, 6 e __
porcionais a __ ​ 1 ​. Em símbolos:
2 8
A∝B à __ ​ A ​= k,
(
As quantidades devem ser diretamente proporcionais a ​2, __
5 )
​ 3 ​, 9 ​ B
(
e ​__
3 6 )
​ 2 ​, __ ( ) ​ 3 ​, 6, __
​ 1 ​e 8 ​, os inversos __
2 8
​ 1 ​  .​ Em que k é a constante de proporcionalidade.

Desse modo, as quantidades serão proporcionais aos produtos Aplicação do conteúdo


2 · __ ​ 3 ​ · __
​ 2 ​; __ ​ 1 ​e 9 · 8 1. As grandezas X e Y são diretamente proporcionais.
3 5 6
Assim: Quando X vale 28, tem-se Y valendo 12. Assim, se Y = 15,
1.ª quantidade = 2 · __ ​ 2 ​· k = __
​ 4 ​ k quanto vale X?
3 3
Deve-se ter __ ​ X ​= k, onde k é a constante. Assim:
2.ª quantidade = __ ​ 3 ​ · __
​ 1 ​· k = ___
​  k  ​ Y
5 6 10
X
3.ª quantidade = 9 · 8 · k = 72 k I. __
​  ​= k ä ___ ​ 28 ​= k ä k = __ ​ 7 ​
Y 12 3
​  X ​ = __
II. __ ​ 7 ​ ä ___ ​  X  ​ = __
​ 7 ​ ä X = 35
2. Rafaela, Augusto e Moacir têm 14,12 e 9 anos e tira- Y 3 15 3
ram notas iguais a 7, 9 e 6, respectivamente, na prova de
Português. Se o pai deles repartir 92 reais em partes in- 2. Um trabalhador limpará dois terrenos circulares
versamente proporcionais às idades e diretamente pro- cujos raios medem 5 e 15 metros. Se, para limpar o
porcionais às notas entre eles, quanto receberá cada um? primeiro terreno, esse trabalhador gastou 3 horas,
considerando os dois terrenos com igual dificuldade
Sendo k o coeficiente de proporcionalidade, as partes devem ser:
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

de limpeza, ele poderá estimar quanto tempo levará


§ Rafaela = ___ ​ 1  ​· 7 · k = __​ k ​ para limpar o segundo terreno?
14 2
§ Augusto = ___ ​ 1  ​· 9 · k = __​ 3k ​ As grandezas “quantidade de horas” (T) e “área a limpar” (A)
12 4
1
__ 2k
__ são diretamente proporcionais (note: “quanto maior a área, mais
§ Moacir = ​   ​· 6 · k = ​   ​
9 3 ​ T ​= k em que k é a cons-
tempo se gasta para limpá-la”). Daí, __
Assim: A
tante de proporcionalidade e A = p (raio)2.
__ ​ 3k ​ + __
​  k ​ + __ ​ 2k ​= 92 ä Assim, deve-se ter, considerando os dois terrenos:
2 4 3
ä 6k + 9k + 8k = 92 · 12 __ ​  3  ​ = ______
​  T ​ = _____ ​  x  ​ = k (constante), em que x é o tempo, em
A p · 52 p · 152
⇒ k = ______ ​ 92 ·  ​12 ä k = 48
horas, gasto na limpeza do segundo terreno.
23
​ 3 · 15
2
Assim: x = _____  ​= 27
5 2

39
7. Grandezas inversamente 8. Grandezas proporcionais a
proporcionais duas ou mais outras grandezas
Felipe quer dividir todos os seus 60 bombons entre seus Se uma grandeza A é proporcional às grandezas B e C, en-
amigos em partes iguais. Observe na tabela a seguir os tão A é proporcional ao produto B · C, ou seja:
possíveis números de amigos (A) e as respectivas quantida-
​​  A  ​= k em que k é a constante
____
des (B) de bombons recebidos por cada amigo. B·C

Número de Essa propriedade se estende para mais de duas outras


2 3 4 5 6 10 30
amigos (A) grandezas. Por exemplo:
Bombons a. A grandeza X é proporcional às grandezas Y, Z e W. En-
30 20 15 12 10 6 2
recebidos (B) tão:
​  X  ​= constante
_______
Perceba que os produtos obtidos entre os respectivos ele- Y·Z·W
mentos das sequências “números de amigos” (A) e “nú- b. A grandeza M é diretamente proporcional às grandezas
mero de bombons recebidos” (B) são iguais: A e B e inversamente proporcional à grandeza C. Então:
A · B = 2 · 30 = 3 · 20 = ... = 30 · 2 ⇒ A · B = 60
​  M · C ​= constante
_____
A·B
Em geral, afirma-se que duas grandezas, A e B, são inversa-
c. A grandeza X é inversamente proporcional às grandezas
mente proporcionais quando uma aumenta e a outra dimi-
P, Q, R e diretamente proporcional à grandeza S. Então:
nui na razão inversa, ou seja, quando os produtos obtidos
multiplicando-se cada valor assumido por uma das gran- X·P·Q·R
_________
​   ​= constante
dezas pelo respectivo valor assumido pela outra são iguais. S

Em símbolos: Aplicação do conteúdo


​  1 ​à A · B = K
A a ____
B 1. Três grandezas, X, Y e Z, são tais que X é
Em que k é a constante de proporcionalidade. diretamente proporcional a Y e inversamente propor-
cional a Z. Quando X vale ​ 2 __ ​, tem-se Y valendo ​ 3
__ ​e Z va-
3 5
Aplicação do conteúdo 9
__
5
7
__
8
1
__
lendo ​   ​. Assim, se Y vale ​   ​e z vale ​   ​ ​, qual o valor de X?
4
X ·
____ Z
Deve-se ter ​   ​= k, em que k é a constante. Assim:
1. Duas grandezas V e W são inversamente proporcio- Y
nais. Quando V vale 18, tem-se W valendo 20. Assim, se
​ 9 ​
​  2 ​ · __
__
W vale ​ 24
___ ​, quanto vale V? X·Z
____ 3
I.  ​= k ä ​   ​= k ä __
____ 5 ​ 6 ​ · __
​ 5 ​= k ä k = 2
7 Y __3 5 3
​   ​
5
Deve-se ter V · W = k, em que k é a constante. Assim:
X · __ ​ 1 ​
X·Z
____ 4
I. V · W = k ä 18 · 20 = k ä k = 360 II.  ​= 2 ä ​   ​= 2 ä __
____ ​ X ​ = __ ​ 7 ​ ä X = 7
Y __7 4 4
​   ​
​ 360  ​
​ 24 ​= 360 ä V = ______
II. V · W = 360 ä V · ___ · 7 ä V = 105
8
7 24
2. Para construir uma barragem de 22 metros de compri-
2. Se 20 operários, todos com a mesma capacidade de mento por 0,9 metro de largura, 20 operários gastam 11
trabalho, realizam determinado serviço em 15 dias,
dias, trabalhando 8 horas por dia. Em quanto tempo 8
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

pode-se deduzir em quantos dias 24 desses operários


operários, trabalhando 6 horas por dia, construirão uma
farão serviço idêntico. Para isso, note que as grandezas
barragem de 18 metros de comprimento, 0,3 metro de
“n.º de operários” (H) e “n.º dias” (D) são inversamente
largura e com o dobro da altura da primeira, se a capaci-
proporcionais (note: “quanto mais homens trabalhan-
dade de trabalho do 2.º grupo é o dobro a do 1.º grupo?
do, menos tempo eles gastam”). Daí, H · D = k, em que
k é a constante. Tomando a grandeza “n.º de dias” (D) como referência (a gran-
Assim, para os dois serviços, deve-se ter: deza cujo valor se quer descobrir), são diretamente proporcionais
a ela: comprimento (C), largura (L), altura (A) (note: quanto maior
H · D= 20 · 15 = 24 · x = k (constante), em que x é o número de
é o C, L ou A, maior é o D). Já as grandezas “n.º de operário”
dias para realizar o outro serviço. Assim:
(P), “horas por dia de trabalho” (H) e “capacidade” (E) são inver-
​ 20 ·  ​
x = ______ 15 = 12,5. samente proporcionais a D (note: quanto maior é o P, H ou E,
24
menor é o D). Considerando a primeira barragem de altura 1, a

40
segunda terá altura 2,e considerando a capacidade de trabalho
do 1.º grupo 1, a do 2.º. grupo será 2. Daí: Aplicação do conteúdo
​ D · P · H · ​
_________ E = k, em que k é a constante. 1. Para analisar a transpiração das plantas, os botâni-
C · L ·A
cos precisam conhecer a área das suas folhas. Essa área
11 · 20 · 8 · 1
I. ___________ ​ 80 ​ ä k = ___
 ​= k ä k = ___ ​ 800
 ​ pode ser obtida pelo seguinte processo: coloca-se a fo-
22 · 0,9 · 1 0,9 9 lha da planta sobre uma cartolina e traça-se o seu con-
D · P · H · E ___ torno. Na mesma cartolina, desenha-se um quadrado
II. ________  ​ = ​ 800 ​ D · 8 · 6 · 2 ​ = ___
 ​ ä _________ ​ 800
 ​ ä com 10 cm de lado, como mostram as figuras a seguir:
C · L ·A 9 18 · 0,3 · 2 9
800 · 3 · 0,3
D = __________
​   ​ ä D = 10
9·8
Nota: Os valores de uma mesma grandeza devem estar numa
mesma unidade.
Depois de serem recortadas, as duas figuras são pesadas em
9. Regra de três simples e uma balança de alta precisão, que indica uma massa de 1,44
regra de três composta g para o quadrado da cartolina. Desse modo, usando grandezas
proporcionais, os botânicos podem determinar a área das folhas.
Há uma regra prática que possibilita relacionar dois valores Supondo que o botânico obteve a massa da figura da folha igual
de uma grandeza A com dois valores de outras grandezas a 3,24 g, ele poderia usar a seguinte regra de três:
proporcionais à grandeza A.
Área (cm2) Massa (g)
Essa regra pode ser resumida da seguinte maneira:
100 1,44
1.º passo: elabora-se uma tabela colocando ordenada- x 3,24
mente em cada coluna os valores de cada grandeza.
2.º passo: escolhe-se uma grandeza para servir de referên- 1,44
​ 100
Daí: ___ ____
​   ​é 1,44x = 324 ä x = 225
x ​ = 3,24
cia, de preferência a que se quer saber o valor.
3.º passo: à grandeza de referência é associada uma seta Assim, a área da folha é 255 cm2.
com sentido para baixo (é só uma convenção, poderia ser 2. As grandezas X e Y são diretamente proporcionais.
para cima). Quando X vale 28, tem-se Y valendo 12. Assim, se Y vale
4.º passo: essa grandeza de referência é comparada isola- 15, quanto vale X?
damente a cada uma das outras com o intuito de identificar Usando a regra de três, tem-se:
se há proporcionalidade direta (setas no mesmo sentido) ou
inversa (setas invertidas). Grandeza X Grandeza Y
5º passo: a razão da grandeza de referência isolada é colo- 28 12
cada no 1.º membro, e, no 2.º membro, é colocada a outra a 15
razão ou o produto das outras grandezas, caso haja mais de
uma; é importante lembrar que, se houver proporcionalida- ​ 28
Assim: ___ ___
a ​ = 15 ​ 15 ·  ​
​ 12 ​ ä a = ______ 28 ä a = 35
de em relação à grandeza de referência, é preciso inverter 12
os elementos da respectiva coluna e escrever a razão inversa 3. Duas grandezas, V e W, são inversamente proporcio-
no membro da igualdade formada. nais. Quando V vale 18, tem-se W valendo 20. Assim,
Se o problema envolve apenas duas grandezas proporcio- se W vale ​ 24
___ ​, quanto vale V?
nais, tem-se uma regra de três simples. Se o problema envol- 7
ve mais de duas grandezas proporcionais, trata-se de uma Usando regra de três, tem-se:
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

regra de três composta.


Grandeza V Grandeza W
18 20
x ​ 24 ​
___
7

Note que a grandeza W é inversamente proporcional à grandeza


V; logo, a razão no cálculo é invertida.
Assim:
multimídia: vídeo
​ 24 ​
___
Fonte: Youtube 18
___ ___ ​ 18
​  x ​ = ​  7  ​ ä ___ 24 ___
___ 1 18 · 7 · 5
_______
20 x ​ = ​  7 ​ · ​ 20 ​ ä x = ​  6 ​ ä x = 105
Proporcionalidade e Funções Afins - Elon - 2001

41
4. Vinte operários, todos com a mesma capacidade de 6. Para construir uma barragem de 22 metros de com-
trabalho, realizam determinado serviço em 15 dias. primento por 0,9 metros de largura, 20 operários gas-
Usando regra de três, é possível deduzir em quantos tam 11 dias, trabalhando 8 horas por dia. Em quanto
dias 24 desses operários farão um serviço idêntico. tempo 8 operários, trabalhando 6 horas por dia, cons-
truirão uma barragem de 18 metros de comprimento,
Observe:
0,3 metro de largura e com o dobro da altura da primei-
n.º de operários Dias ra, se a capacidade de trabalho do 2.º grupo é o dobro
da do 1.º grupo. Observe:
20 15
24 x Comprimento Largura Operários Dias
Horas
por dia
Altura Capacidade

Note: quanto mais operários trabalham, menos dias são gas- 22 0,9 20 11 8 1 1
tos. 18 0,3 08 x 6 2 2
0,9 ___
​ 15
Daí: ___ 24
___ 15 · 5
_____
x ​ = ​  20 ​ ä x = ​  6 ​ ä x = 12,5 ​ 11
Daí: ___ 22 ___
___ 8 __ 6 __ 1 __ 2
x ​ = ​  18 ​ · ​ 0,3 ​ · ​ 20 ​ · ​ 8 ​ · ​ 2 ​ · ​ 1 ​
Assim, eles farão o serviço em 12,5 dias. Resolvendo a proporção, obtém-se x = 10. Assim, eles construi-
rão em 10 dias.
5. Três grandezas, X, Y e Z, são tais que X é diretamen-
7. Três irmãs – Jasmim, Flora e Gardênia – reservaram
te proporcional a Y e inversamente proporcional a Z.
para as compras de Natal as quantias de 600 reais, 360
Quando X vale ​ 2__ ​, tem-se Y valendo ​ 3 __ ​ e Z valendo ​ 9
__ ​. reais e 120 dólares, respectivamente. Antes de sair às
3 5 5 compras, as três fizeram o seguinte acordo: o total de
7__ 1
__
Assim, se Y vale ​   ​e Z vale ​   ​, qual o valor de X? reais reservados por Jasmim e Flora seria igualmente
8 4 dividido entre as três, enquanto os dólares reservados
Usando regra de três, temos: por Gardênia seriam totalmente repassados a Jasmim
e Flora em partes proporcionais às quantias que cada
Grandeza X Grandeza Y Grandeza Z uma delas tinha inicialmente.
Considerando que o acordo foi cumprido, quantos dóla-
_​ 2_ ​ ​ 3 ​
__ ​  9 ​
__
3 5 5 res Jasmim recebeu a mais que Flora?
a ​ 7 ​
__ __
​  1  ​ Resolução:
8 4
Equacionando as informações dadas no enunciado, tem-se:
Assim:
​  Jasmin
_____  ​ = ____ ​ Flora ​ ä___________
​ Jasmin + ​
   Flora= ___
​ 120 ​ = __
​ 1 ​ ä
​  2 ​ __
__ ​ 3 ​ __ ​ 1 ​ 600 360 960 960 8
3​   ​ = __
__ 5​   ​ · __
4​   ​ ä __ ​ 3 ​ · __
​  2  ​ = __ ​ 8 ​ · __ ​ 5 ​ ä
​ 1 ​ · __
a __7 __9 3a 5 7 4 9 ​ Jasmin
___________
 ​ = __ ​ 1 ​ ä Jasmin = 75 dólares
​   ​ ​   ​ 600 8
8 5
​  Flora ​ = __
____ ​ 1 ​ ä Flora = 45 dólares
​ 6 ​· 7 ä a = 7
​  2  ​ = __
__ 360 8
3a 9 Jasmin recebeu (75 – 45), ou seja, 30 dólares a mais que Flora.

CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS


VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Razão, proporção e grandezas proporcionais possuem características interdisciplinares e, por esse motivo, são
temas recorrentes nos vestibulares. A proporcionalidade está relacionada com a estequiometria na disciplina de
Química, com a variação de grandezas no estudo do comportamento dos gases na disciplina de Física, e também
com a mudança de escalas da cartografia na disciplina de Geografia.

42
8. Já que, em determinadas situações, e também para al- 9. Duas grandezas positivas x e y são inversamente pro-
gumas pessoas, “tempo é dinheiro”, uma ação na Bolsa porcionais se existir uma correspondência bijetiva entre
de Valores apresentou a seguinte evolução: nos primeiros os valores de x e os valores de y e um número constante
30 minutos do pregão, o preço de compra da ação pas- positivo k tal que, se o valor y for o correspondente do
sou de R$ 12,00 para R$ 12,75. Um investidor comprou valor x então y · x = k. Nessas condições, se o valor y =
1.000 dessas ações ao preço de R$ 12,00 no início do 6 é correspondente ao valor x = 25, então o valor y que
pregão e vendeu todas elas após 18 minutos. Supondo corresponde ao valor x = 15 é:
que a variação desse preço tenha ocorrido igualmente a) 8
distribuída nos 30 minutos iniciais do pregão, o lucro bru-
b) 10
to alcançado por esse investidor, em 18 minutos, foi de:
c) 12
a) R$ 450,00 d) R$ 900,00 d) 14
b) R$ 325,00 e) R$ 250,00
c) R$ 750,00 Resolução:

Resolução: O enunciado descreve uma função y . x = k, sendo k uma cons-


tante. Ou seja: y = _​ xk ​, o que confere com a informação do enun-
Se as ações aumentaram de R$ 12,00 para R$ 12,75 em 30
minutos, então pode-se dizer que a variação foi de 0,75 em 30 ciado de que x e y são inversamente proporcionais. Ainda de
minutos. Assim, pode-se escrever: acordo com o informado, quando y = 6, x é igual a 25, logo:
0,75 —— 30min ​  k  ​ ⇒ k = 150
y = _​ xk ​ ⇒ 6 = ___
25
x —— 18 min
Portanto, a função descrita será: y = ___ ​ 150
x  ​. Logo, quando
x = 0,45
x = 15, y terá valor igual a 10.
Ou seja, aos 18 minutos, as ações compradas por R$ 12,00 já
valiam R$ 12,45 cada uma. Se o investimento inicial foi de R$ Alternativa B
12.000,00 (1000 x R$ 12,00) e após 18 minutos elas foram to-
das vendidas por um total de R$ 12.450,00 (1000 x R$12,45) o
lucro bruto foi de R$ 450,00.
Alternativa A

DIAGRAMA DE IDEIAS

RAZÃO

É O QUOCIENTE ENTRE DUAS GRANDEZAS

EX.: O ARTILHEIRO FEZ 45 GOLS EM 9 JOGOS HÁ UMA RAZÃO DE 5 GOLS POR JOGO
A
RAZÃO ENTRE A E B:
B

PROPORÇÃO
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

IGUALDADE ENTRE DUAS RAZÕES

A1 A QUANDO UMA GRANDEZA AUMENTA


PROPORÇÃO DIRETA: = 2= K
B1 B2 A OUTRA TAMBÉM AUMENTA

A1 A2 QUANDO UMA GRANDEZA AUMENTA


= = K
PROPORÇÃO INVERSA: 1 1 A OUTRA DIMINUI
B1 B2

43
2.1. Definição
Um número natural é definido como primo caso ele pos-
TEOREMA sua somente dois divisores positivos: 1 e ele próprio. Os
números compostos são os números que podem ser es-
FUNDAMENTAL critos como multiplicação de dois números primos, ou os
números que possuem dois ou mais divisores.
DA ARITMÉTICA, Os primeiros 12 números primos são:
M.M.C. E M.D.C. 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, ...
Observe que:
§ 1 não é considerado um número primo;

MT
§ 2 é o único número primo par;
AULAS § existem infinitos números primos.
11 E 12
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) 3. Teorema fundamental
1e5 3, 4, 5 e 21
da aritmética
O teorema fundamental da aritmética afirma que todo in-
teiro positivo maior do que 1 pode ser expresso como
1. Introdução um produto de potências de números primos, descon-
A aritmética é o ramo da matemática que estuda os nú- siderando a ordem dos fatores de maneira única.
meros e as operações que podem ser realizadas entre eles. Observe alguns exemplos:
Trata-se de um ramo diferente da álgebra, por exemplo, 6=2∙3
que lida com equações e polinômios. 12 = 22 · 3
30 = 2 · 3 · 5
2. Números primos 150 = 2 · 3 · 52

Há muito tempo os números primos são conhecidos e Note que, se o número 1 fosse considerado primo, o teore-
estudados. O matemático Euclides, em seu livro Os Ele- ma fundamental da aritmética não seria verdadeiro, pois a
mentos (300 a.C.), já discutia a importância dos números fatoração não seria única como diz o teorema:
primos, apesar de a matemática grega da época se fun- 6=1∙2∙3
damentar inteiramente na geometria. Diversos matemá- ou
ticos importantes estudaram os números primos e suas 6 = 12 · 2 ∙ 3
propriedades, como Eratóstenes, na Grécia, por volta de Todo número não primo diferente de 0 e 1 é considerado um
230 a.C., Marin Mersenne e Pierre de Fermat, na França número composto, pois ele é composto de fatores primos.
no século XVII, e Leonhard Euler, na Suíça no século XVIII.
No mundo atual, os números primos possuem aplicações 3.1. Decomposição em fatores primos
na área de criptografia.
É possível decompor um número composto em seus fato-
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Muitos problemas chegaram ao século XXI sem solução, res primos utilizando a seguinte técnica:
como a prova da Conjectura de Goldbach, que afirma que
todo número inteiro par maior do que 2 pode ser escrito § Escreve-se o número que se deseja decompor e é traça-
como uma soma de dois números primos: da uma reta vertical:

4=2+2 60
6=3+3
8=5+3
10 = 7 + 3
...
600 = 269 + 331

44
§ Divide-se o número pelo seu divisor primo; o quociente Decompor um número como um produto de fatores pode
é escrito abaixo do número. Para 60, seu primeiro divi- ser útil em alguns casos. Caso se queira, por exemplo, sim-
sor primo é 2: plificar a seguinte expressão:
____
60 2 √
​​  294 ​
_____ __ ​
​√6 ​
30
Como já foi visto no exemplo anterior, 294 = 2 · 3 · 7²,
logo:
____ _______ ____ __ __
√ __ √ √ √ 7​√__6 ​ ​= 7
​ ​ 294 ​
_____ ​ ​ 2 ∙ 3__ ​
 ​ = ________ ∙ 72 ​ = _________
​ ​ 2 ∙ 3 ​__∙ ​
​ 72 ​ = ​ ____

​ 6 ​ √
​ 6 ​ √
​ 6 ​ √
​ 6 ​

§ O processo se repete até que o número a ser dividido


seja 1:
3.2. Divisibilidade
Ao utilizar os números em sua forma fatorada em função
60 2
de seus fatores primos, pode-se verificar se um número a é
30 2 divisível por outro número b. Considere a = 23 · 32 = 72 e
15 3 b = 22 · 32 = 36. Ao observar as formas fatoradas de a e b,
5 5 é possível afirmar que a é divisível por b, pois:

1
​ 22 · 32 ​ 
​​  a ​ = _____  ​ __a ​= 2
3 2
__ simplificando

b 2 ·3 b

Assim, a decomposição do número 60 em fatores primos é: Como __​ a ​= 2 é um número inteiro, a é divisível por b.
b
60 = 2 · 2 · 3 · 5 = 22 · 3 · 5
Observe alguns exemplos: Exemplos
72 2 1. Dados x = a3 · b5 · k e y = a4 · b7 · c2, com a, b e c naturais,
qual deve ser o menor valor de k para que x seja divisível
36 2
por y?
18 2
9 3 Para x ser divisível por y, _​ yx ​deve ser um número inteiro:
3 3
a3 · b5 · k
_​ x ​ = ​ ________ simplificando
 ​ _xy ​ = ​ ________
k
1 y a4 · b7 · c2 ​  a1 · b2 · c2
 ​
72 = 23 · 32
Para “cancelar” todos os termos do denominador, segue
294 2
que k deve ser, no mínimo:
147 3
k= a1 ∙ b2 ∙ c2
49 7
Observe:
7 7
_​  x ​ = ​ ________
k a1 ∙ b2 ∙ c2
________
1 y a1 ∙ b2 ∙ c2 ​ = ​  a1 ∙ b2 ∙ c2 ​= 1 [ Z
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

2. Quanto deve ser o valor de x em 12x para que este seja um


294 = 2 · 3 · 72 cubo perfeito?

165 3 Ocorre que 12 = 2² ∙ 3. Fazendo K = 12x, tem-se:


55 5 K = 2² ∙ 3 ∙ x
11 11
Para que K seja um cubo perfeito, deve-se ter:
1
x = 2¹ ∙ 3², pois, assim, tem-se:
K = 2² ∙ 3 ∙ 2¹ ∙ 3² = 2³ ∙ 3³ = 6³

165 = 3 · 5 · 11 Como 6³ é um cubo perfeito, então x = 2¹ ∙ 3².

45
3.3. Número de divisores de O fator 3² pode estar presente como 30, 3¹ ou 3², isto é, de
3 maneiras.
um número natural
O fator 5¹ pode estar presente como 50 ou 5¹, isto é, de
Sejam dois números a, b inteiros. Diz-se que b é divisor de
2 maneiras.
a se existe k também inteiro, tal que:
Observe que o número de maneiras que um fator pode
b·k=a estar presente no divisor é uma unidade a mais do que a
potência. Cada um dos fatores pode estar presente de 4,
Ou seja, k = __​ a ​, em que k deve ser inteiro. Em outras pa- 3 e 2 maneiras:
b
lavras, b é divisor de a caso a divisão de a por b resul- ___ · ___ · ___
te em um número inteiro com resto nulo. Por exemplo,
ao escrever o conjunto dos divisores positivos de 12, deno-
tado por D+ (12):
20, 21, 22 ou 23 30, 31 ou 32 50 ou 51
D+ (12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
O número total de divisores Pelo Princípio Fundamental da
​ 12 ​é inteiro.
1 é divisor de 12, pois ___ Contagem é:
1
4 · 3 · 2 = 24 divisores
​ 12 ​é inteiro.
6 é divisor de 12, pois ___
6 De modo geral, é possível afirmar que:
​ 12 ​não é inteiro.
5 não é divisor de 12, pois ___
5 O número de divisores inteiros positivos de um número é
igual ao produto dos expoentes dos fatores primos aumen-
A quantidade de divisores positivos que um número pos-
tados em uma unidade. Isto é, se um número N decomposto
sui pode ser calculada por meio das potências dos fatores
em potências de números primos resulta em N = ax · by · cz,
primos em sua fatoração. Considere o número 360 e sua
o número de divisores inteiros positivos que N possui
decomposição em potências de fatores primos:
n[D+ (N)] é igual a:
360 = 23 · 32 · 51
n[D+ (N)] = (x + 1)(y + 1)(z + 1)
Para um número ser divisor de 360, ele deve ser composto
por potências dos fatores primos de 360. Ao se pensar em Modelo:
frações, é possível verificar esse fato facilmente. Observe se
§ Quantos divisores naturais possui o número
12 é divisor de 360:
432?
​  360 ​  23 · 32 · ​
5 = _______
​ 2 · 3 ​ · 5 = 30
1 1
___ decompondo
 ​ ________
12 2 ·3
2 1 Fatorando 432, tem-se:

Veja que não restaram fatores no denominador, portanto, 432 = 24 · 33


o número é inteiro. Agora, observe se 50 é divisor de 360: Assim, como os expoentes dos seus fatores primos são 4
e 3, resulta que o número de divisores naturais é dado por
​  360 ​  2 · 3 · 5 ​ = _____
​ 2 ·  ​
3 = ___
​ 36 ​
3 2 1 2 2
___  ​ ________
decompondo

50 21 · 52 5 5 (4 + 1)(3 + 1) = 5 · 4 = 20
Depois das simplificações, não foi possível reduzir o deno-
minador a 1, “sobrando” o fator 5. Assim, 50 não é divisor 3.4. Critérios de divisibilidade
de 360. § Divisibilidade por 2: um número é divisível por 2 quan-
Todos os divisores de 360 devem ser, portanto, compostos do ele é par.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

por fatores de 360:


§ Divisibilidade por 3: um número é divisível por 3 quan-
2³ · 3² · 5¹ = 360 do a soma dos seus algarismos for divisível por 3.
2² · 3² · 5¹ = 180
Exemplo: 51.204 é divisível por 3, porque
2¹ · 3² · 5¹ = 90 5 + 1 + 2 + 0 + 4 = 12, e 12 é divisível por 3.
20 · 3² · 5¹ = 45
§ Divisibilidade por 4: um número é divisível por 4 quan-
.... do termina em 00 ou quando o número formado pelos
2 · 3 · 50 = 1
0 0
dois últimos algarismos da direita for divisível por 4.
O fator 23 pode estar presente como 20, 2¹, 2² ou 2³, isto Exemplo: 37.528 é divisível por 4, pois seus últimos
é, de 4 maneiras. dois algarismos, 28, formam um número divisível por 4.

46
§ Divisibilidade por 5: um número é divisível por 5 quan- Por sua vez, 7 não é o maior divisor comum de 42 e 70,
do o último algarismo (das unidades) é 0 ou 5. pois 6 e 10 apresentam fator comum absoluto diferente
de 1. Ou seja, existe um número maior que 7 que divide
Exemplo: 90 é divisível por 5, pois termina em 0.
exatamente 42 e 70. Observe:
§ Divisibilidade por 6: um número é divisível por 6 quan- 42 = 7 · 6 = (7 · 2) · 3
do é divisível por 2 e por 3. 70 = 7 · 10 = (7 · 2) · 5
Exemplo: 738 é divisível por 6, pois é divisível por 2 Assim, 7 · 2 = 14 é o M.D.C. de 42 e 70, pois 3 e 5 são pri-
(pois é par) e é divisível por 3 (pois 7 + 3 + 8 = 18). mos entre si. Isso indica que 14 é o maior inteiro positivo que
§ Divisibilidade por 7: um número é divisível por 7 quan- divide exatamente 42 e 70. Em símbolos: mdc (42, 70) = 14.
do a diferença entre o dobro do último algarismo e o Analisando os números 630 e 280, por exemplo, nota-se
número formado pelos algarismos restantes for divisí- facilmente que 10 é divisor comum. Será 10 o M.D.C. de
vel por 7. 630 e 280? Observe:
Exemplo: 378 é divisível por 7, pois 630 = 10 · 63
37 – 2 · 8 = 37 – 16 = 21, e 21 é divisível por 7. 280 = 10 · 28
Nota-se que 10 é divisor comum de 630 e 280, mas não é
§ Divisibilidade por 8: um número é divisível por 8 quan-
o maior. Existe outro divisor (fator) comum maior, uma vez
do termina em 000 ou quando o número formado pe-
que 63 = 7 · 9 e 28 = 7 · 4 não são primos entre si. Assim,
los três últimos algarismos da direita for divisível por 8.
o maior divisor (fator) comum é 10 · 7 = 70. Veja:
Exemplo: 61.112 é divisível por 8, pois 112 é divisível
630 = 10 · 63 = (10 · 7) · 9
por 8.
280 = 10 · 28 = (10 · 7) · 4
§ Divisibilidade por 9: um número é divisível por 9 quan- ⇒ 10 ∙ 7 = 70 é o M.D.C. de 630 e 280, pois 9 e 4 são
do a soma dos seus algarismos formarem um número primos entre si.
divisível por 9.
Exemplo: 3.726 é divisível por 9, pois Lembre-se!
3 + 7 + 2 + 6 = 18, e 18 é divisível por 9.
O M.D.C. de dois números primos entre si é igual a 1.
§ Divisibilidade por 10: um número é divisível por 10
quando seu último algarismo for 0.

4. Máximo divisor comum (M.D.C.)


Dados dois números inteiros positivos, A = d ∙ k e B = d ∙ q,
em que k e q são números inteiros, diz-se que o inteiro d é
um divisor (fator) comum de A e B.
multimídia: site
Modelos:
12 = 6 · 2 pt.khanacademy.org/math/pre-algebra/pre-algebra-fac-
1. ⇒ 6 é divisor comum de 12 e 18 tors-multiples/pre-algebra-greatest-common-divisor/e/gcf-
18 = 6 · 3
-and-lcm-word-problems
2. 42 = 7 · 6 ⇒ 7 é divisor comum de 42 e 70
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

70 = 7 · 10
Caso ocorra A = d · k e B = d ∙ q, em que k e q são núme-
ros inteiros primos entre si, isto é, k e q não apresentam
5. Mínimo múltiplo comum (M.M.C.)
divisores (fatores) comuns, exceto a unidade, diz-se que o Todo número de forma A = 6 · k, em que k [ Z, é múltiplo
inteiro positivo d é o máximo divisor comum (M.D.C.) de de 6; e todo inteiro B = 8 · q, na qual q [ Z, é múltiplo de
A e B. 8. Trata-se, portanto, dos conjuntos dos múltiplos de 6 e de
8, respectivamente:
Nos exemplos anteriores, 6 é o M.D.C. de 12 e 18, uma vez
que 2 e 3 são primos entre si. Ou seja, 6 é o maior inteiro M(6) = {0, ± 6 · 1, ± 6 · 2, ± 6 · 3, ± 6 · 4, ± 6 · 5, ...}
positivo que divide exatamente 12 e 18. Em símbolos: mdc M(8) = {0, ± 8 · 1, ± 8 · 2, ± 8 · 3, ± 8 · 4, ± 8 · 5, ...}
(12, 18) = 6.

47
Observe que o menor múltiplo comum positivo de 6 e 8 é Modelo:
6 ∙ 4 = 8 · 3 = 24, ou seja, 24 é o menor inteiro positivo 1. Para os inteiros 10 e 12, temos:
que pode ser dividido exatamente (é divisível e múltiplo)
por 6 e 8. Em símbolos, m.m.c. (6, 8) = 24. M(10) = {..., –30, –20, –10, 0, 10, 20, 30, 40, 50,
De maneira geral, dados números inteiros a e b, o me- 60, ...}
nor múltiplo comum de a e b é o menor inteiro positivo M(12) = {..., –24, –12, 0, 12, 24, 36, 48, 60, ...}
a · k = b · q, em que k e q são inteiros positivos. Assim,
obter o m.m.c. de 6 e 8 equivale a encontrar o menor produ- M(10) > M(12) = {..., –60, 0, 60, ...} é conjunto dos
to inteiro positivo 6 · k = 8 · q. Para isso, é preciso encontrar múltiplos comuns de 10 e 12. O menor elemento posi-
os menores inteiros positivos k e q na igualdade anterior. tivo de M(10) > M(12) é 60.
Observe:
Então, m.m.c. (10, 12) = 60
6·k=8·q
(cancelando os fatores comuns de 6 e 8)
4q
3 · k = 4 · q ⇒ k = ___
​   ​
6. Técnicas para o cálculo
3
(3 e 4 são primos entre si, k é inteiro do M.D.C. e do M.M.C.
positivo e q é múltiplo de 3) O M.D.C. e o M.M.C. de dois ou mais números podem ser
Assim, o menor valor para q é 3, o que resulta: obtidos a partir da decomposição dos números em seus
fatores primos.
q = 3, k = 4 e 6 · k = 8 · q = 24
Decompondo-os isoladamente em fatores primos distintos,
5.1. Resumindo o M.D.C. desses números é o produto dos fatores primos
Dados dois inteiros a e b, não nulos, seu mínimo múltiplo comuns, tomados com seus menores expoentes.
comum, indicado por m.m.c. (a, b), é o menor elemento Por sua vez, o M.M.C. desses números é o produto dos
positivo do conjunto M(a) > M(b). fatores primos comuns e não comuns, tomados com os

VIVENCIANDO

Os cálculos de M.M.C. e M.D.C. estão ligados aos múltiplos e aos divisores de um número, e é muito comum a sua
utilização nas resoluções de problemas. Imagine a seguinte situação: um médico, ao prescrever uma receita, deter-
mina que três medicamentos sejam ingeridos pelo paciente de acordo com a seguinte escala de horários: remédio A,
de 3 em 3 horas; remédio B, de 4 em 4 horas; e remédio C, de 6 em 6 horas. Caso o paciente utilize os três remédios
às 9 horas da manhã, qual será o próximo horário que os mesmos serão ingeridos juntos?
Calculando o M.M.C. dos números 3, 4 e 6, temos:
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

3 4 6 2

3 2 3 2

3 1 3 3

1 1 1

mmc (3, 4, 6) = 2 ∙ 2 ∙ 3 = 12
Então, de 12 em 12 horas, os três remédios serão ingeridos juntos. Portanto, o próximo horário será às 21 horas.

48
seus maiores expoentes. Observe, por exemplo, as formas 4.200 720 600 2
fatoradas dos números 4.200, 720 e 600: 2.100 360 300 2
4200 = 23 · 31 · 52 · 71 1.050 180 150 2
720 = 24 · 32 · 51 525 90 75 2
600 = 23 · 31 · 52 525 45 75 3 mdc = 23 · 3 · 5 = 120
175 15 25 3
Com base nessas fatorações, tem-se: 175 5 25 5
§ M.D.C. (4.200, 720, 600) = 23 · 31 · 51 = 120 35 1 5 5
(produto dos fatores primos comuns, tomados com 7 1 1 7
seus menores expoentes). 1 1 1 24 · 32 · 52 · 7 = 25.200 = mmc
§ M.M.C. (4.200, 720, 600) = 24 · 32 · 52 · 71 = 25.200 Note que os fatores primos circulados dividiram todos
(produto dos fatores primos comuns e não comuns ele- os números das respectivas linhas (são os fatores co-
vados ao maior expoente). muns). O produto deles é o M.D.C. dos números 4.200,
Assim, 120 é o maior número inteiro positivo que divide 720 e 600.
exatamente 4.200, 720 e 600. Isso significa que, caso haja
4.200 kg de arroz, 720 latas de leite e 600 kg de café para Lembre-se!
montar cestas básicas, de modo que cada cesta contenha Dados dois números inteiros positivos a e b, vale a se-
as mesmas quantidades inteiras de kg de arroz, latas de guinte relação entre o M.D.C. e o M.M.C.:
leite e kg de café, é possível montar 120 cestas básicas,
a · b = mdc (a, b) · mmc (a, b).
beneficiando 120 famílias.
Por outro lado, 25.200 é o menor inteiro positivo que
pode ser dividido exatamente (é divisível, é múltiplo) por
4.200, 720 e 600. Isso significa que, se Antonio, Francisco
6.1. M.M.C. e M.D.C. de
e Raimundo estão treinando para uma maratona e cada expressões algébricas
um deles der voltas em pistas circulares de 4.200 m, 720 Da mesma forma que são utilizados os fatores de dois nú-
m e 600 m, respectivamente, os três terão dado um nú- meros para calcular o M.M.C ou o M.D.C. entre eles, é possí-
mero inteiro de voltas e percorrido a mesma distância vel expandir esse conceito para expressões algébricas. Assim
quando cada um tiver percorrido, no mínimo, 25.200 como é feito com números, deve-se fatorar as expressões em
25200 ​ = 6, _____
m. Nesse caso, eles terão dado ​ _____ ​ 25200
 ​ = 35 fatores primos. Observe uma rápida revisão dos métodos::
25200
_____ 4200 720
e ​   ​= 42 voltas, respectivamente. § M.M.C.:
600
Outro modo de se obter o M.D.C. e o M.M.C. é fatorando Depois de fatorar os números em função de potências
simultaneamente esses números. Nesse caso, o M.D.C. de seus fatores primos, o M.M.C. é o produto dos fa-
é o produto apenas dos fatores comuns, enquanto o tores primos comuns e não comuns, tomados com os
M.M.C. é o produto de todos os fatores obtidos. Observe: seus maiores expoentes.

CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS


VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Já imaginou o quão cansativo seria se para saber se um número é ou não divisível por outro fosse necessário efetuar
a divisão e verificar se o resto é nulo? Diante desse fato, os critérios de divisibilidade auxiliam a determinar quais
números são divisores de um determinado número; com isso, podemos efetuar cálculos numéricos, presentes tam-
bém na Física e na Química, sem a necessidade de efetuar longos processos de divisão, otimizando, assim, o tempo
para a resolução de um problema.

49
§ M.D.C.: Agora que o denominador comum é conhecido, deve-se
Decompondo os números isoladamente, em fatores proceder da mesma maneira aplicada para somar frações
primos distintos, o M.D.C. desses números é o produto numéricas: o denominador de cada fração é dividido pelo
dos fatores primos comuns, tomados com seus meno- denominador comum encontrado; por fim, o quociente é
res expoentes. multiplicado pelo respectivo numerador:

Observe um exemplo: ​  2 2 a 2 2 ​ + ______


________ ​  b  ​ =
c a – c b (a – b)3
§ Encontre o mínimo múltiplo comum e o máximo divisor
= ____________
​     a ​  b  ​ =
 ​ + ______
comum das expressões algébricas a seguir: c2(a – b)(a + b) (a – b)3
x²y³ (z + 1) e x(z + 1)³ (a – b)2a + c2(a + b)b
= _________________
​        ​
Note que as expressões já estão em sua forma fato- c2(a – b)3(a + b)
rada.
Aplicação do conteúdo
6.1.1. M.M.C.
1. Antônio e Bruno são dois trabalhadores que tiram um
São escolhidos os fatores comuns e não comuns de
dia de folga a cada 8 dias e a cada 12 dias, respectiva-
maior expoente: mente. Sabendo que no dia 1.° de janeiro eles tiraram
x²y³ (z + 1) e x(z + 1)³ o dia de folga juntos, qual a última vez no ano que vão
tirar folga juntos novamente?

Calculando o mínimo múltiplo comum, tem-se: mmc (8,12)


x²y³ (z + 1)³ = 24.
Assim, a cada 24 dias, os dois trabalhadores tiram folga juntos,
Assim, o M.M.C. entre x²y³(z + 1) e x (z + 1)³ é: x²y³ (z + 1)³. ou seja, após 24, 48, 72, 96, ... dias. Para calcular o último dia do
ano, dividi-se a quantidade de dias no ano por 24, e, em seguida,
6.1.2. M.D.C. analisa-se o resto da divisão:
Tomamos os fatores comuns e de menor expoente: 365 24

x²y³ (z + 1) e x(z + 1)³ 5 15

Logo, há cinco dias a mais após o último dia de folga simultâ-


neo. Assim, como o último dia do ano é 31/12, cinco dias antes
x(z + 1) temos: 26/12.

Assim, o M.D.C. entre x²y³(z+1) e x (z+1)³ é: x(z + 1). 2. Em uma fábrica de papel há duas bobinas, uma con-
tendo 120 m de papel e outra contendo 160 m de papel.
Se desejamos cortar o papel em pedaços de tamanhos
Em alguns casos, é preciso fatorar o polinômio para en-
iguais, qual deve ser o maior tamanho que eles devem
contrar o M.M.C. ou o M.D.C.. Observe: ser cortados de modo a não haver sobra? Quantos pe-
daços podem ser cortados desta forma?
​  a
§ A expressão ________ ​  b  ​é reduzida a uma
 ​ + ______
c2a2 – c2b2 (a – b)3
única fração. Queremos um divisor comum entre 120 e 160 que seja o maior
possível, logo, calculamos o máximo divisor comum entre os nú-
Para realizar a soma, é necessário reduzir as parcelas a um
meros: mdc (120,160) = 40.
mesmo denominador comum. Isso se faz encontrando o
M.M.C. entre os denominadores: Assim, cada pedaço cortado terá 40 m.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

m.m.c. (c²a² – c²b², (a – b)³) = ? Para calcular a quantidade de pedaços, dividimos o comprimento
total de papel por 40 m:
Fatorando c²a² – c²b², tem-se:
​ 120 m + 160
___________
    ​ m = ​ 280 m ​= 7
_____
c²(a² – b²) (fator comum em evidência) 40 m 40 m
c²(a – b)(a + b) (diferença de quadrados)

Agora, o M.M.C. entre c²(a – b)(a + b) e (a – b)³ é o


produto dos fatores comuns e não comuns de maior
expoente:
mmc (c²a² – c²b², (a – b)³) = c²(a – b)³(a + b)

50
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

HABILIDADE 3

Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.

A habilidade 3 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação proposta a partir de conhecimentos de
aritmética.

MODELO 1

(Enem) O gerente de um cinema fornece anualmente ingressos gratuitos para escolas. Este ano serão distribuídos
400 ingressos para uma sessão vespertina e 320 ingressos para uma sessão noturna de um mesmo filme. Várias
escolas podem ser escolhidas para receberem ingressos. Há alguns critérios para a distribuição dos ingressos:
1) cada escola deverá receber ingressos para uma única sessão;
2) todas as escolas contempladas deverão receber o mesmo número de ingressos;
3) não haverá sobra de ingressos (ou seja, todos os ingressos serão distribuídos).
O número mínimo de escolas que podem ser escolhidas para obter ingressos, segundo os critérios estabelecidos, é:
a) 2. b) 4. c) 9. d) 40. e) 80.

ANÁLISE EXPOSITIVA

O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar um problema do cotidiano e utilizar seus conheci-
mentos sobre aritmética que envolvam múltiplos e divisores para a sua resolução.
O número mínimo de escolas beneficiadas ocorre quando cada escola recebe o maior número possí-
vel de ingressos. Logo, sendo o número máximo de ingressos igual ao máximo divisor comum de
400 = 24 · 5² e 320 = 26 · 5, temos mdc(400, 320) = 24 · 5 = 80.
Assim, como 400 = 5 · 80 e 320 = 4 · 80, segue 5 + 4 = 9

RESPOSTA Alternativa C

VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

51
DIAGRAMA DE IDEIAS

NÚMEROS PRIMOS M.M.C.


MÍNIMO
MÚLTIPLO COMUM

DECOMPOSIÇÃO
EX: 20 2 EX: 10,15 2
10 2 5, 15 3
5 5 5, 5 5
ARITMÉTICA
22 · 5 1, 1 2 · 3 · 5 = 30

M.M.C. (10,15) = 30

M.D.C.
DIVISORES MÁXIMO
DIVISOR COMUM

EX: 10,15 2
5, 15 3
5, 5 5
1, 1

M.D.C. (10,15) = 5
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

52
​ 1 ​ou 0,25 (quarta parte)
§ 25%: __
4

​ 3 ​ou 0,75
§ 75%: __
4

​  1  ​ou 0,01
§ 1%: ___
100
PORCENTAGEM ​ 1 ​ou 0,5 (metade)
§ 50%: __
2

§ 200%: o dobro

​  1  ​ou 0,1
§ 10%: ___
10

MT AULAS
13 E 14
1.1. Porcentagem de uma quantia
Considere uma mercadoria que custa R$ 450,00 e está
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
sendo vendida com desconto de 8%. Observe como
calcular de quanto é o desconto e por quanto ela está
5e6 21, 23 e 25
sendo vendida.
Deve-se calcular 8% ​___(100 25 )
​  8  ​ = ___
​  2  ​  ​de 450, ou seja:

​  2  ​de 450 = ___


___ ​ 2  ​· 450 = 36
1. Porcentagem 25 25
A porcentagem é uma forma utilizada para indicar uma 450 – 36 = 414
fração de denominador 100 ou qualquer representação Assim, o desconto é de R$ 36,00, e a mercadoria está sen-
equivalente a ela. do vendida por R$ 414,00.

Exemplos: Na sentença 8% de R$ 450,00 = R$ 36,00, tem-se:


8%: porcentagem
​  50  ​ ou __
§ 50% é o mesmo que ___ ​ 1 ​ou 0,50 ou 0,5 (metade);
100 2 R$ 450,00: total
R$ 36,00: valor correspondente a 8%
​ 75  ​ ou __
§ 75% é o mesmo que ___ ​ 3 ​ou 0,75;
100 4
De modo geral, as situações com porcentagem são resol-
​  9  ​ou 0,09;
§ 9% é o mesmo que ___ vidas usando-se os três problemas exemplificados a seguir.
100
Cada um deles pode ser resolvido de diversas maneiras.
​ 40  ​ou 40%;
§ 0,4 é o mesmo que 0,40 ou ___ Busque compreender cada uma das situações.
100

​ 3  ​ ou ___
§ 6/40 é o mesmo que ___ ​  15  ​ou 15%; § Qual o valor de 45% de 60?
20 100
45% de 60 = x
​ 8  ​ ou ___
§ 8 pessoas em grupo de 10 correspondem a ___ ​  80  ​
10 100 Método 1: utilizando a forma fracionária da taxa:
ou 80% do grupo; 45% = ___ ​ 45  ​ = ___
​  9  ​
100 20
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

​  9  ​· 60 = x ä x = 27
___
§ Num total de R$ 300,00, a quantia de R$ 21,00 equi- 20
Método 2: utilizando a forma decimal da taxa:
​ 21  ​ ou ___
vale a ___ ​  7  ​ou 7% do total. 45% = 0,45
300 100
0,45 · 60 = x ä x = 27
Algumas porcentagens usadas com maior frequência de-
vem ter seus valores bem conhecidos. Observe e procure Método 3: utilizando a proporção em que 60 corresponde
justificar cada uma delas: a 100% (inteiro), e a parte x corresponde a 45%:

§ 100%: (total) ​  60  ​ = ___


___ ​  x  ​ ä 100x = 2.700 ä x = 27
100 45
​ 1 ​ou 0,2
§ 20%: __ Assim, 45% de 60 é 27.
5

53
§ 80% de quanto resulta em 28? Exemplos
80% de x = 28 § 10% de 450 = 45,0 ou 45
§ 10% de R$ 38,00 = R$ 3,80
Método 1: utilizando a forma fracionária da taxa:
§ 1% de 450 = 4,50 ou 4,5
​ 80  ​ = __
80% = ___ ​ 4 ​ § 1% de R$ 20.000,00 = R$ 200,00
100 5
4/5 · x = 28 ä x = _____​ 5 ·  ​
4
28 = 35 Aplicação do conteúdo
Método 2: utilizando a forma decimal da taxa: 1. Uma mistura de combustível possui 10 litros de álco-
ol e 40 litros de gasolina. Pergunta-se:
80% = 0,80 = 0,8 a) Qual a porcentagem de álcool em relação à gasolina?
​ 28 ​ ä x = 35
0,8 · x = 28 ä x = ___ b) Qual a porcentagem de álcool em relação à mistura?
0,8 c) Quantos litros de gasolina devemos adicionar para
Método 3: utilizando a proporção na qual x corresponde que o álcool represente 10% da mistura?
a 100%, e a parte 28 corresponde a 80%: Resolução:
___ ​ 28 ​ ä 80 ∙ x = 2800 ä x = 35
​  x  ​ = ___ a) A porcentagem de álcool em relação à gasolina é
100 80
dada pela razão entre as duas grandezas:
Assim, 80% de 35 é 28. ​  10 ​= 0,25 ou 25%
___
40
§ A quantia R$ 36,00 corresponde a quantos por b) A porcentagem de álcool em relação à mistura é
cento de R$ 120,00? dada pela razão entre a quantidade de álcool e o to-
x% de 120 = 36 tal da mistura:
​  10  ​ = ___
_______ ​ 10 ​= 0,20 ou 20%
Método 1: utilizando a forma fracionária da taxa: 10 + 40 50

​ 36  ​ = ___
x · 120 = 36 ä x = ___ ​  6  ​ = ___
​  30  ​= 0,3% c) Como a razão entre a quantidade de álcool e o
120 20 100 total representa a porcentagem de álcool na mistura,
Método 2: utilizando a forma decimal da taxa: tem-se:
​  10  ​= 0,10
_____
​ 36  ​= 0,3 = 0,3%
x · 120 = 36 ä x = ___ 10 + x
120
Em que x representa a quantidade de gasolina desejada. Re-
Método 3: utilizando a proporção em que 120 correspon-
solvendo a equação, tem-se:
de a 100%, e 36 corresponde a x%:
10 = 0,10(10 + x)
​  120 ​ = ___
___ ​ 36 ​ ä 120x = 3600 ä x = 30% 10 = 1 + 0,10x
100 x
9 = 0,10x
Assim, 30% de 120 é 36.
x = ​  9  ​= 90 litros
____
0,10
Nota: Para calcular 10% ​___
10( ) ( )
​  1  ​  ​ou 1% ​___
​  1  ​  ​de um núme-
100 Assim, como já havia 40 litros de gasolina, deve-se adicionar
ro, basta andar com a vírgula uma ou duas casas para a
90 – 40 = 50 litros de gasolina para que o álcool represente
esquerda, respectivamente. 10% da mistura.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

VIVENCIANDO

Como calcular quanto vale um desconto ao entrar em uma loja e escolher uma peça que está em promoção? A mate-
mática está em todos os lugares, e a porcentagem é um tipo de operação utilizada o tempo todo. Se você for calcular o
aumento da gasolina, os 10% do garçom em um restaurante ou o desconto de impostos, tenha certeza de que usará a
porcentagem. Além disso, vários assuntos ligados a Matemática financeira exigem o uso de porcentagem. Por exemplo:
cálculo de juros em compras financiadas, financiamentos de carros, casas, apartamentos, empréstimos bancários, etc.

54
2. No racionamento de energia elétrica, a cota destina- Resolução:
da a uma determinada cidade é distribuída entre resi-
a) O total do Sr. Oliveira é de R$ 50.000,00. O rendimen-
dências, comércio e indústria.
to na caderneta de poupança e no fundos de ações são:
Assim: 20% da cota são destinados ao uso residencial; ​  X  ​ = ​ ___
Ppoupança = 8% ä _____ 8  ​ ä X = R$ 1.600,00
25% da cota restante são destinados ao uso comercial; 20000 100
144 milhões de kWh (os restantes) são destinados ao uso ​  Y  ​ =​  ___
Pações = 2% ä _____ 2  ​ ä Y = R$ 600,00
20000 100
industrial.
a) 144 b) 173 c) 180 d) 216 e) 240 O rendimento total é de R$ 2.200,00. Assim a porcen-
tagem global será:
Resolução: Pglobal = 2200 ∙ 100 = 4,4%
A porcentagem destinada ao uso residencial é de 20% em b) O valor otal da aplicalção agora são os R$ 20.000,00
relação ao total. O restante (80%) é dividido entre o co- mais um valor X. O valor de rendimento com o fundo de
mércio e a indústria. Como 25% do retante é destinado ao ações será de 0,02x. Sendo a porcentagem global 6%
comércio (25% de 80%), logo 75% de 80% é destinado ao ano, temos:
a indústria. Ppoupança = 6% ä 1.600 + 0,02x = 0,06 ä
ä 1200 + 0,06x = 1600 + 0,02x ä 0,04x = 400
Pind = 75% ∙ 80% ä 144 = 0,60 ä
ä x = R$ 10.000,00
Etotal = 144 = 240 milhões de kWh

Alternativa E
3. (FGV) O Sr. Oliveira aplicou R$ 20.000,00 numa cader-
neta de poupança e R$ 30.000,00 num fundo de ações
por 1 ano. Neste período, a caderneta de poupança ren-
deu 8% e o fundo de ações apenas 2%.
a) Qual a taxa de rendimento global do Sr. Oliveira,
multimídia: site
no período?
b) Quanto ele deveria ter aplicado no fundo de ações pt.khanacademy.org/math/pre-algebra/pre-algebra-ra-
(mantida a aplicação de R$ 20.000,00 na caderneta de
tios-rates#pre-algebra-intro-percents
poupança) para que sua taxa global fosse 6% ao ano?

VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

55
Na prática, se a opção for pela primeira interpretação, é
necessário aprender a obter a taxa percentual a partir do
valor do fator de atualização.
§ Se f > 1, f = 1 + i; portanto a taxa é i = f – 1, em nú-
meros decimais.
ACRÉSCIMOS E § Se f < 1, f = 1 – i; portanto a taxa é i = 1 – f, em nú-
DESCONTOS meros decimais.
Assim:
§ f = 1,05 ä i = f – 1 = 0,05 ä taxa = 0,05 . 100 = 5%
(maior do que...)
§ f = 0,90 ä i = 1 – f = 0,1 ätaxa = 0,1 . 100 = 10%

MT
(menor do que...)
AULAS
15 E 16 2. Aumentos e descontos
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
Na comparação entre dois valores diferentes de uma mesma
grandeza, f > 1 significa aumento (ou acréscimo de valor), e
1e5 3, 4, 5 e 21
f < 1 significa desconto (ou perda de valor), pois o valor da
grandeza variou no tempo, e o valor mais antigo é a base de
comparação. O fator f = 1 significa que não ocorreu variação.

1. Variações percentuais ​  valor novo ​


f = _________
valor antigo
f > 1 é aumento, ganho, acréscimo
1.1. Fator de atualização f < 1 é desconto, queda, perda, decréscimo
O fator de atualização (f) é a razão entre dois valores de f = 1 é não houve variação
uma grandeza em tempos diferentes (passado, presente ou
futuro). Trata-se da ferramenta mais indicada para quem 2.1. Aumentos e descontos sucessivos
deseja trabalhar com matemática financeira, seja na prepa- Para compor vários aumentos e/ou descontos, basta mul-
ração para os vestibulares, seja na vida cotidiana. tiplicar os vários fatores individuais e, dessa forma, obter
Só existem três resultados possíveis na divisão de dois va- o fato “acumulado”, que nada mais é do que o fator de
lores quaisquer. Ou resulta 1, ou maior que 1 ou menor que atualização entre o primeiro e o último valor considerado,
1. Quando o resultado da divisão é 1, significa que os dois independentemente dos valores intermediários.
valores são iguais, ou seja, um valor é 100% do outro. Por facumulado = f1 · f2 · f3 · f4 ...
isso, diz-se que f = 1 é fator neutro.
O fator acumulado é também um fator de atualização e
No caso da divisão resultar em número maior que 1, deve ser interpretado como tal.
​ A ​= 1,05, pode-se entender o resultado de duas ma-
como __
B
neiras diferentes:
Aplicação do conteúdo
1. A é 5% maior que B ou
1. (Vunesp) Se a taxa de inflação de janeiro é de 6%
2. A é 105% de B (portanto 5% maior). e a de fevereiro é de 5%, então a taxa de inflação no
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

bimestre janeiro/fevereiro é de:


As duas interpretações são corretas e seu uso depende
do contexto. a) 11% d) 11,3%
b) 11,1% e) 11,4%
No caso de a divisão resultar em número menor que 1, c) 11,2%
​ A ​= 0,90, o resultado também pode ser entendi-
como __
B Resolução:
do de duas formas diferentes:
f1 = 1 + 0,06 = 1,06
3. A é 10% menor que B ou
f2 = 1 + 0,05 = 1,05
4. A é 90% de B (portanto 10% menor).
facumulado = f1 · f2 ä facumulado = 1,06 · 1,05 = 1,113 = 11,3%
Também aqui a escolha sobre qual interpretação é melhor
Alternativa D
depende do contexto.

56
2. Em uma liquidação, os preços dos artigos de uma Assim:
loja são reduzidos em 20% de seu valor. Terminada a facumulado = f1 · f2 · f3 · f4 · f5 =
liquidação e pretendendo voltar aos preços originais, = 0,9765 . 1,0137 . 1,0105 . 0,9987 . 1,0021 = 1,00107
de que porcentagem deve ser acrescidos os preços
da liquidação? Como o fator acumulado > 1, então:
a) 27,5% b) 25% c) 22,5% d) 21% e) 20% f = 1 + i ä i = 1,00107 – 1 = 0,00107 = 0,107%
Ou seja, o dólar teve uma pequena alta de 0,107%.
Resolução:
f1 = 1 – 0,20 = 0,80 4. O preço de uma camisa passou de R$ 50,00 para R$
59,00. Qual foi o aumento percentual desse preço?
f2 = ?
facumulado = f1 · f2 = 1 (f = significa que não houve alteração: voltou Resolução:
aos valores originais)
Preço velho: 50,00
Assim: facumulado = 0, 80 f2 = 1 ä f2 = ___ ​  1  ​= 1,25 Preço novo: 59,00
0,8
Como f2 > 1, então: f2 = 1 + i = 1,25 ä i = 0,25 = 25% preço novo 59,0
f = ​ _________ ​ = ____
​   ​= 1,18
preço velho 50,0
Alternativa B
Como f > 1, então:
3. A tabela a seguir mostra a variação do preço do dólar
f = 1 + i = 1,18 ä i = 0,18 = 18%
em uma semana qualquer, em termos percentuais. No
valor acumulado desses 5 dias, o que aconteceu com o Assim, o aumento percentual foi de 18%.
preço do dólar? (Subiu? Caiu? Quantos por cento?)
Resolução: 2.2. Resolução de problemas
Dia Variação
com porcentagem
Segunda-feira –2,35% Problemas que envolvem porcentagem estão a todo mo-
Terça-feira 1,37% mento presentes no dia a dia. Com os conceitos trabalha-
Quarta-feira 1,05% dos até agora, é possível resolver uma série deles.
Quinta-feira –0,13%
Sexta-feira 0,21% Aplicação do conteúdo
É preciso compor as cinco variações para poder emitir um julga- 1. Uma geladeira, cujo preço à vista é de R$ 680,00,
mento. Para isso, são necessários os fatores de atualização de tem um acréscimo de 5% no seu preço se for paga em
cada variação: 3 prestações iguais. Qual é o valor de cada prestação?

f1 = 1 – 0,0235 = 0,9765 Resolução:


f2 = 1 + 0,0137 = 1,0137 1.º modo:
f3 = 1 + 0,0105 = 1,0105 5% de 680 = 0,05 · 680 = R$ 34 (acréscimo)
f4 = 1 – 0,0013 = 0,9987 680 + 34 = R$ 714 (preço em 3 prestações iguais)
f5 = 1 + 0,0021 = 1,0021 714 : 3 = R$ 238 (valor de cada prestação)

CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS


VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

A porcentagem é muito útil no mercado financeiro, como no momento de obter um desconto, calcular o lucro na
venda de um produto ou medir as taxas de juros. Na Engenharia, por exemplo, a porcentagem pode ser utilizada para
definir o quanto já foi construído de um prédio. Em Administração, ela pode ser aplicada para medir as quotas de
participação dos sócios em um negócio. No campo da Estatística, possui participação ativa na apresentação de dados
comparativos e organizacionais, proporcionando, assim, uma imensa utilidade em diversas práticas do cotidiano.

57
2.º modo: Resolução:
t = 5% = 0,05 = Sabendo que y = 2,08 ∙ x, tem-se que o resultado pedido é igual a:
f = 1 + 0,05 = 1,05
2,08 ∙ x – x
_________
680 · 1,05 = 714 ​  x ​∙ 100% = 108,0%
714 : 3 = R$ 238
Alternativa C
Assim, o valor de cada prestação é de R$ 238,00.
5. O professor Cláudio prestou um serviço de consul-
2. O salário de um trabalhador que era de R$ 840,00 toria pedagógica. Sabendo-se que sobre o valor bruto
passou a ser R$ 966,00. Qual foi a porcentagem de a receber incidiram os descontos de 11% do Instituto
aumento? Nacional de Seguridade Nacional (INSS) e 7,5% do Im-
posto de Renda Pessoa Física (IRPF), e que o valor des-
Resolução: contado de INSS foi de R$ 105,00 a mais que o IRPF,
qual o valor líquido recebido por Cláudio?
1.º modo:
a) 2.295 reais. d) 2.555 reais.
966 – 840 = 126 (aumento em reais)
b) 2.445 reais. e) 2.895 reais.
?% de 840 = 126
c) 2.505 reais.
___ ​  18  ​ = ___
​  126 ​ = ___ ​  3  ​ = ___
​  15  ​ ä 15% aumento em porcentagem
840 120 20 100 Resolução:
2.º modo: Seja x o valor bruto do salário do professor Cláudio. Tem-se que:
?% de 840 = 966 (salário anterior mais aumento) 0,11 ∙ x = 0,075 ∙ x + 105 ⇔ x = R$ 3.000,00.
___ ​ 138 ​ = ___
​  966 ​ = ___ ​ 23 ​ = ___
​ 115 ​ ä115% ä 100% + 15% aumento Portanto, o valor líquido recebido por ele foi
840 120 20 100
(1 – 0,185) ∙ 3000 = R$ 2.445,00.
3.º modo:
Alternativa B
f = 966/840 = 1,15
6. Analise as afirmativas abaixo.
f > 1 é aumento
f = 1 + i = 1,15 ä i = 0,15 = 15% I. Uma pessoa perdeu 30% de seu peso em um mês. No
mês seguinte, aumentou seu peso em 40%. Ao final des-
Assim, a porcentagem de aumento foi de 15%.
ses dois meses, o peso inicial dessa pessoa diminuiu 2%.
3. Se, ao aumentarmos o comprimento dos lados de um II. Quando num supermercado tem-se a promoção “pa-
quadrado na mesma proporção, obtivermos um aumen- gue 3 produtos e leve 4”, o desconto concedido é de 30%.
to de 69% em sua área, a porcentagem do aumento no III. Há alguns meses, uma certa casa podia ser comprada
comprimento de cada lado do quadrado deverá ser: por 25% do seu valor atual. O aumento no valor da casa
a) 27,0% c) 31,0% nesse período foi de 75%.
b) 30,0% d) 34,5% Entre as afirmativas acima, é(são) FALSA(S)
Resolução: a) Apenas a II. c) Apenas II e III.
b) Apenas I e III. d) I, II e III.
Considere ℓ e L, respectivamente, o lado do quadrado original e o
lado do quadrado aumentado. Desse modo, tem-se: Resolução:
L2 = 1,69 ∙ ℓ2 → L = 1,3ℓ I. Verdadeiro. Seja x o peso inicial da pessoa, pode-se escrever:
1.º mês → x – 0,3x = 0,7x
Ou seja, o percentual de aumento no comprimento de cada lado
2.º mês → 0,7x + 0,4 ∙ (0,7x) = 0,98x
do quadrado deverá ser
1,3ℓ - ℓ Ou seja, ao final do segundo mês, essa pessoa possuía 98% do
______
​   ​∙ 100% = 30% peso inicial (2% a menos).
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias


Alternativa B II. Falsa. Considerando como x o preço de cada produto e y o
desconto a ser concedido sobre os 4 produtos comprados, pode-
4. Considere uma mercadoria que teve seu preço ele- -se equacionar:
vado de x reais para y reais. Para saber o percentual de
aumento, um cliente dividiu y por x obtendo quociente 4x ∙ (1 - y) = 3x ä 4 − 4yä = 3 ä y = 0,25 ä y = 25%
igual a 2,08 e resto igual a zero. III. Falsa. Considerando como x o valor da casa atualmente e
Em relação ao valor de x, o aumento percentual é y o aumento que a mesma sofreu nos últimos meses, pode-se
equivalente a: equacionar:
a) 10,8% c) 108,0% 0,25x ∙ (1 + y) = x → 0,25 + 0,25y = 1 ä
b) 20,8% d) 208,0% ä 0,25y = 0,75 ä y = 3 ä y = 300%
Alternativa C

58
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

HABILIDADE 25
Resolver problemas com dados apresentados em tabelas ou gráficos.

A habilidade 25 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação proposta a partir da análise de gráficos
e tabelas.

MODELO 1

(Enem) Quanto tempo você fica conectado à internet? Para responder a essa pergunta foi criado um minia-
plicativo de computador que roda na área de trabalho, para gerar automaticamente um gráfico de setores,
mapeando o tempo que uma pessoa acessa cinco sites visitados. Em um computador, foi observado que houve
um aumento significativo do tempo de acesso da sexta-feira para o sábado, nos cinco sites mais acessados. A
seguir, temos os dados do miniaplicativo para esses dias.

Analisando os gráficos do computador, a maior taxa de aumento no tempo de acesso, da sexta-feira para o
sábado, foi no site
a) X. b) Y. c) Z. d) W. e) U.

ANÁLISE EXPOSITIVA

A questão exige que o aluno seja capaz de interpretar e analisar os dados fornecidos pelo gráfico
para chegar à resposta correta.
Considere as taxas de aumento de cada um dos sites:
X: 9/12 = 0,75
Y: 21/30 = 0,7
Z: 1/10 = 0,1
W: 19/38 = 0,5
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

U: 16/40 = 0,4
A maior taxa de aumento é a do site X.

RESPOSTA Alternativa A

59
DIAGRAMA DE IDEIAS

PORCENTAGEM

PORCENTAGEM DE VARIAÇÕES RAZÃO COM


UMA QUANTIA PERCENTUAIS DENOMINADOR 100

EX: X% = X
100
15% DE 200
15 · 200 = 15 · 2 = 30
100 1 FATOR DE
ATUALIZAÇÃO

AUMENTOS DESCONTOS

F = VALOR NOVO
VALOR ANTIGO
F > 1 → AUMENTO, GANHO, ACRÉSCIMO
F < 1 → DESCONTO, QUEDA, PERDA, DECRÉSCIMO
F = 1 → SEM VARIAÇÃO
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

60
MATEMÁTICA

2
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
GEOMETRIA PLANA

TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS

O Enem apresenta muitas questões sobre No vestibular da FUVEST haverá questões


geometria plana. Os temas deste caderno sobre todos as aulas deste caderno. A pro-
são essenciais para esse tipo de prova. Ali- va, por ser de elevado nível, não deixará
nhar os conceitos de trigonometria com os a geometria plana de lado e com certeza
deste livro é de grande proveito. exigirá os conceitos apresentados neste
caderno.

A UNICAMP exigirá de seu candidato a As aulas deste caderno devem ser analisa- A VUNESP apresenta os temas deste ca-
resolução de questões com todos os temas das e estudadas para a prova da UNIFESP. derno com um grau mediano e até mesmo
deste livro e até mesmo as relações trigo- elevado. Questões que exigem uma inter-
nométricas para áreas da Física. pretação dos dados também não faltarão
em suas fases.

A prova da ALBERT EINSTEIN procura apre- A prova da FMABC traz a geometria plana A PUC de Campinas aborda em sua prova A Santa Casa mostra um vestibular com
sentar a geometria plana com questões de com grande incidência dos temas aborda- a geometria plana, e os temas abordados uma incidência média de geometria pla-
grande interpretação dos dados. dos neste livro. neste livro são de extrema importância na, porém, quando há uma questão, os
para o candidato realizar seus problemas. temas deste livro são os mais exigidos do
candidato.

UFMG
A parte da trigonometria alinhada com a A Federal do Paraná exige do seu can- A faculdade de Ciências Médicas de Minas
geometria plana levará o candidato a ter didato a parte da geometria plana com Gerais exigirá de seu candidato uma boa
um grande resultado no vestibular da Es- elevado grau em suas questões. Visto isso, análise da geometria plana com questões
tadual de Londrina. os temas deste livro são necessários para medianas. Os temas das aulas deste livro
esse vestibular. tem alta incidência em seu vestibular.

A UERJ apresenta questões tanto no seu A UNIGRANRIO, diferente dos outros ves- A Faculdade Souza Marques aborda os
exame Discursivo como no exame de Qua- tibulares, leva ao seu candidato uma prova temas da geometria plana em sua prova.
lificação sobre geometria plana. O aluno muito objetiva e por isso o tema da geo- Assim, as aulas deste livro são necessárias
deve se atentar nas questões para ter um metria plana não tem grande incidência em para uma boa aplicação do aluno em seu
bom aproveitamento. sua prova. Mesmo assim, os temas deste vestibular.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

caderno, quando abordados, são de alta


complexidade.

62
Aplicação do conteúdo
1. Os triângulos abaixo são semelhantes?

SEMELHANÇA DE
TRIÂNGULOS


Note que os ângulos correspondentes são congruentes,​
^​ ​^​ ​^​ ​^​ ​^​ ​^​
A ​ ≡ D ​ ​ ≡ ​E ​e C ​
​ , B ​ ​ ≡ ​F ​

MT AULAS
9 E 10
Calculando a proporção entre os lados correspondentes,
tem-se:

COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
___ ​ 12 ​= 3
​ AB ​ = ___
DE 4
2e3 6, 7, 8, 9, 12 e 14
___ ​ 18 ​= 3
​ BC ​ = ___ razão de semelhança
EF 6

​ AC ​ = __
___ ​ 9 ​= 3
1. Semelhança de triângulos DF 3
Assim, como os ângulos correspondentes são congruentes
A seguir, será analisado se os triângulos ABC e A’B’C’ são
e os lados correspondentes são proporcionais, é possível
semelhantes:
afirmar que os triângulos ABC e DEF são semelhantes.

1.1. Teorema fundamental da


semelhança de triângulos
Caso uma reta seja paralela a um dos lados de um triân-
De acordo com a definição de semelhança, dois polígonos gulo e intercepte os outros dois lados em pontos distintos,
são semelhantes quando seus lados correspondentes são então o triângulo que ela determina com esses lados será
proporcionais e os ângulos correspondentes congruentes. semelhante ao primeiro.
Nos triângulos acima é possível observar que:  
​^​ ​^​
Supondo que a reta r é paralela ao lado AB​
​ (r // AB​
​ ), e,
 
​ ≡ A’​
§ A ​ ​ portanto, DE​ ​ , será demonstrado que DABC ~ DDEC.
​ // AB​
​^​ ​^​
​ ≡ B’​
§ B ​ ​
​^​ ​^​
​ ≡ C’​
§ C ​ ​
E também:

​  BC  ​ = ____
​  AB  ​ = ____
____ ​  CA  ​ = __
​ 7 ​—— razão de semelhança
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

A’B’ B’C’ C’A’ 5


Aplicando a definição geral de semelhança dos polígonos,
pode-se dizer que:
 
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, seus Como DE​
​ // AB​ ​ CD ​ = ___
​ , então: ___ ​  CE ​  (I)
CA CB
ângulos correspondentes são congruentes e os lados Tem-se ainda:
correspondentes são proporcionais. ​^​ ​^​
§ A​C ​B ≡ D​C ​E (ângulo comum aos dois triângulos)
Nesse caso, a razão entre os lados correspondentes tam- ​^​ ​^​
§ B​A ​C ≡ E​D ​C (ângulos correspondentes em retas paralelas) (II)
bém é denominada razão de semelhança.
​^​ ​^​
§ A​B ​C ≡ D​E ​C (ângulos correspondentes em retas paralelas)

63
1.2. Casos de semelhança Se dois triângulos possuem os três pares de lados corres-
pondentes proporcionais, então esses triângulos são seme-
Nem sempre é necessário conhecer a medida de todos os lhantes.
lados e de todos os ângulos de dois triângulos para verifi-
car se eles são semelhantes.
1.3. Consequência da semelhança
Observe os três casos de semelhança de triângulos.
de triângulos
1.º Caso: Ângulo – Ângulo (AA)
Observe os triângulos semelhantes ABC e A’B’C’:
São conhecidos dois ângulos dos triângulos em que:
​^​ ​^​ ​^​ ​^​
C​A ​B ≡ C’​A AB ​C ≡ A’​B ​‘C’
 ​‘B’ e ​

   
Nesses triângulos, AH​
​ e A’H’​
​ são as alturas, e AM​
​ e A’M’
​ ​
DABC ~ DA’B’C’
são as medianas.
Se dois triângulos possuem dois ângulos correspondentes
congruentes, então esses triângulos são semelhantes. Pela semelhança de dois triângulos, pode-se verificar que,
se a razão de semelhança entre ABC e A’B’C’ é um número
2.º Caso: Lado – Ângulo – Lado (LAL) real k, então:
São conhecidos dois lados dos triângulos e o ângulo for-
​^​ ​^​ § A razão entre duas alturas correspondentes é k, ou
mado por eles, em que: ____ CA  ​e C​A ​
​ AB  ​= ​  ____ B ≡ C’​A
 ​‘B’
A’B’ C’A’ AH  ​= k
seja: ​ ____
A’H’
§ A razão entre duas medianas correspondentes é k, ou
AM  ​= k
seja: ​ ____
A’M’
​  a + b + c  ​= k
§ A razão entre os perímetros é k. _________
a’ + b’ + c’
Nota: Em um triangulo ABC qualquer, unindo os pontos
 
médios dos lados AB​ ​ e AC​
​ , resulta um segmento cuja me-

dida é a metade da medida do terceiro lado BC​ ​ .

DABC ~ DA’B’C’
Demonstração:
  
No DABC, construímos DE​
​ de forma que AD​
​ = A’B’​
​ e
 
DE​
​ // BC​
​ .

Se dois triângulos têm dois pares de lados correspon-


dentes proporcionais e os ângulos compreendidos por
esses lados são congruentes, então esses triângulos são
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

semelhantes. ___ __
​ 1 ​ BC
MN = __
3.º Caso: Lado – Lado – Lado (LLL) 2

São conhecidos os três lados dos triângulos em que: ​ Essa consequência é denominada base média de um
triângulo.
CA ​ = ​  ____
AB  ​ = ​  ____
____ BC  ​
A’B’ C’A’ B’C’

DABC ~ DA’B’C’

64
Aplicação do conteúdo
1. Encontre o comprimento do lado do quadrado PQRS
na figura a seguir:

O valor, em metros, da medida x é


a) 2. b) 2,5. c) 3. d) 4. e) 6.
Resolução:

Resolução:
​^​ ​^​
Denominando o ângulo P​B ​S = a e P​S ​B = b, tem-se que a e
 
b​ são

complementares. Como SR​
​ é​ ​paralelo a BC​
​ , segue que
^ ^
A​S ​
​ ​
R = a, e,​ consequentemente,

A​R ​S = b. Da mesma forma, O triângulo ADE é isósceles, logo AD = 8 m.
^ ^
Q​C ​R = b e C​R ​Q = a: O triângulo ABC é semelhante ao triângulo ADE, assim:
​  2 ​ = ___
__ ​  x  ​ → 8x =24 ⇔ x = 3 m
8 12
Alternativa C
4. Suponha que dois navios tenham partido ao mesmo
tempo de um mesmo porto A em direções perpendicu-
lares e a velocidades constantes. Sabe-se que a veloci-
dade do navio B é de 18 km/h e que, com 30 minutos de
viagem, a distância que o separa do navio C é de 15 km,
conforme mostra a figura:
raio C

Assim, os triângulos BPS e CQR são semelhantes (caso AA): x


A C
__
__ ​ 3 ​ ⇒ x2 = 6 ⇒ x = √
​  x  ​ = __ ​ 6​
2 x y
15
2. Numa festa junina, além da tradicional brincadeira raio B
de roubar bandeira no alto do pau de sebo, quem des-
cobrisse a sua altura ganharia um prêmio. O ganhador
do desafio fincou, paralelamente a esse mastro, um B
bastão de 1 m. Medindo-se as sombras projetadas no Desse modo, pode-se afirmar que, com uma hora de via-
chão pelo bastão e pelo pau de sebo, ele encontrou, gem, a distância, em quilômetros, entre os dois navios e
respectivamente, 25 dm e 125 dm. Portanto, a altura do a velocidade desenvolvida pelo navio C, em quilômetros
pau de sebo, em metros, é por hora, serão, respectivamente:
a) 30 e 25. b) 25 e 22. c) 30 e 24.
a) 5,0. b) 5,5. c) 6,0. d) 6,5.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

d) 25 e 20. e) 25 e 24.
Resolução: Resolução:
Sabendo que a altura é proporcional ao comprimento da sombra y = 18 ∙ 0,5 = 9 km
projetada, segue-se que a altura h do pau de sebo é dada por: Aplicando o teorema de Pitágoras:

​  h  ​ = ___
___ ​  1  ​ ⇒ 25 × h = 125 ⇒ h = 5 m x2 + 92 = 152 ⇒ x2 + 81 = 225 ⇒
125 25 x =225 – 81 ⇒ x2 = 144 ⇒ x = 12 km
2

Alternativa A Depois de uma hora de viagem, as distâncias serão dobradas; por-


tanto, a distância entre os navios B e C será de 30 km.
3. Considere a imagem abaixo, que representa o fundo O navio C se locomove de 12 km a cada meia hora, isto é, sua
de uma piscina em forma de triângulo isósceles com a velocidade é de 24 km/h.
parte mais profunda destacada.
Alternativa C

65
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

HABILIDADE 12
Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.

Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a habilidade 12 exige do aluno a capacidade de resolver uma
situação proposta com conhecimentos de geometria.

MODELO 1
(Enem) A rampa de um hospital tem na sua parte mais elevada uma altura de 2,2 metros. Um paciente ao
caminhar sobre a rampa percebe que se deslocou 3,2 metros e alcançou uma altura de 0,8 metro.
A distância em metros que o paciente ainda deve caminhar para atingir o ponto mais alto da rampa é
a) 1,16. b) 3,0. c) 5,4. d) 5,6. e) 7,04.

ANÁLISE EXPOSITIVA

O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar o problema e utilizar seus conhecimentos de
geometria básica para descobrir a resposta correta.

RESPOSTA Alternativa D
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

66
A parte destacada na figura representa triângu-
los retângulos, e cada uma de suas áreas é dada por
​ ab ​. Se as áreas de todos os triângulos forem
Atriângulo = __
RELAÇÕES 2
subtraídas da área do quadrado maior, o resultado será a
área do quadrado menor:
MÉTRICAS NO Amenor = Amaior – 4 ∙ Atriângulo
TRIÂNGULO ​ ab ​
c² = (a + b)² – 4 ⋅ __
2
RETÂNGULO c² = a² + 2ab + b² – 2ab
c² = a² + b²

Aplicação do conteúdo
MT AULAS
11 E 12 1. Determine a medida da hipotenusa no triângulo abaixo.

COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
2e3 7, 8, 9 e 12

1. Teorema de Pitágoras
Considere o triângulo retângulo a seguir:

  
Nesse caso, AB​
​ e AC​
​ são os catetos e BC​
​ é a hipotenusa.
c Aplicando o teorema, tem-se:
b
a2 = 72 + 42
a2 = 49 + 16
a a2 = 65
   ___
Nesse triângulo, AB​
​ é a hipotenusa e BC​
​ e AC​
​ são os catetos. a=√ ​ 65 ​
a ≅ 8,06
O teorema de Pitágoras afirma que:
Num triângulo retângulo, a soma dos quadrados das medidas Nota: um triângulo pitagórico é um triângulo retângulo,
dos catetos é igual ao quadrado da medida da hipotenusa. em que os três lados possuem medidas inteiras. O triângulo
pitagórico mais comum é o que possui catetos de compri-
a² + b² = c²
mento 3 e 4 e hipotenusa de comprimento 5.
Um prova simples pode ser realizada utilizando o conceito
Na tabela a seguir é possível observar algumas medidas de
de áreas. Observe a figura a seguir:
triângulos pitagóricos (denominadas ternos pitagóricos):

Cateto Cateto Hipotenusa


VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

3 4 5
5 12 13
7 24 25
8 15 17
9 40 41
... ... ...

Note também que, se (c, b, a) é um terno pitagórico, como


Na figura, é possível notar um quadrado maior de lado (a (3, 4, 5), qualquer termo dado por (kc, kb, ka) também é
+ b) e um menor de lado c. A área do quadrado menor é pitagórico, para qualquer k natural, como (6, 8, 10), (9, 12,
dada por c², enquanto a área do quadrado maior é dada 15), (12, 16, 20) e assim por diante.
por (a + b)².

67
1.1. Segunda relação métrica b2 + c2 = a2
b2 + 62 = 102
Considere os triângulos ABC e HBA, que são semelhantes b2 = 100 – 36
pelo caso de semelhança AA (Ângulo-Ângulo), conforme b2 = 64
verificado. b=8
b⋅c=a⋅h
​ ba⋅ ​
h = ____ c

​ 8 ⋅ 6 ​
h = ____
10
h = 4,8

Pode-se escrever a seguinte proporção entre os la- 1.2. Terceira relação métrica
dos homólogos:
Analisando ainda a proporção entre os lados homólogos
 
AB​ = ​ ___
 ​ ___ ​BC​

AC
___
 ​ = ​  ​ ​
dos triângulos semelhantes ABC e HBA:
HB BA​ HA​
​  c  ​ = __​ ca ​ = __​ b ​ (I)
__
m h
Da igualdade (I), tem-se:
__​  a ​ = __​ b ​
c h
bc=ah
 
Num triângulo retângulo qualquer, o produto das medidas AB​ = ​ ___
 ​ ___ ​BC​
 ​ = ​  ​ ​
AC
___
dos catetos é igual ao produto da medida da hipotenusa HB BA​ HA​
pela medida da altura relativa à hipotenusa. ​  c  ​ = __​ ca ​ = __​ b ​
__
m h
(II)
Aplicação do conteúdo Da igualdade (II), tem-se:
1. Para encontrar a medida h no triângulo abaixo, é apli- ​  c  ​ = __​ ca ​
__
m
cada a segunda relação métrica.
c2 = a ⋅ m
Agora, considere os triângulos ABC e HAC. Como foi visto,
esses triângulos também são semelhantes.

b⋅c=a⋅h

​ ba⋅ ​
h = ____ c

​ 4 ⋅ ​
h = ____ 3
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

5
h = 2,4

2. Aplicando o teorema de Pitágoras e a segunda relação


métrica, é possível encontrar as medidas b e h. Observe:
É possível escrever a seguinte proporção entre os la-
dos homólogos:
 
AB = ​ ___
 ​ ___ ​BC​
 ​ = ​  ​
AC
___
HA AC​ HC​
__​  c ​ = __​ a ​ = __​ b ​
h b n
(III)

68
Da igualdade (III), tem-se: Da igualdade (IV), segue:
__​  a ​ = __​ b ​ ​ m ​ = __
__ ​ h ​
b n h n
h2 = m ⋅ n
b =a⋅n
2

Num triângulo retângulo qualquer, o quadrado da medida da


Dessa forma, esta é a terceira relação métrica:
altura relativa à hipotenusa é igual ao produto das medidas
Num triângulo retângulo qualquer, o quadrado da medi- das projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa.
da de um cateto é igual ao produto da medida da hipo-
tenusa pela medida da projeção ortogonal desse cateto Exemplo
sobre a hipotenusa. Calcule a medida h da altura do triângulo retângulo abaixo
usando a quarta relação métrica.
Exemplo
Encontre as medidas b e c no triângulo seguinte:

h2 = m ⋅ n
h = 2,5 ⋅ 7,5
2

Calculando b: h2 = 18,75
_____
b2 = a ⋅ n h=√ ​ 18,75 ​
b2 = 5 ⋅ 3,2 h ≅ 4,33
b = 16
2
___
b=√​ 16 ​
b=4
2. Aplicações do teorema
Calculando c: de Pitágoras
c2 = a ⋅ m
c2 = 5 ⋅ 1,8 2.1. Diagonal de um quadrado
c =9
2
Considere um quadrado ABCD de lado ℓ e diagonal d.
__
c=√​ 9 ​ 
Note que a diagonal AC​
​ divide o quadrado ABCD em dois
c=3 triângulos retângulos congruentes (DABC e DADC).

1.3. Quarta relação métrica


Considere, agora, os triângulos semelhantes HBA e HAC.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Aplicando o teorema de Pitágoras ao ∆ABC, tem-se:

d2 = ℓ2 + ℓ2 ⇒ d2 = 2ℓ2 ⇒ d = d​ 2ℓ² ​
XX ⇒ d = ℓ​dXX
2 ​
Pode-se escrever a seguinte proporção entre os lados
homólogos: Então:
  __
HB = ​ ___
 ​ ___ HA​
​ ​ = ​  ___ ​BA
​ Em um quadrado de lado ℓ, a medida da diagonal é ℓ​√2 ​.
HA HC​ AC​
​ h ​ = __​  c ​
​  m ​ = __
__
h n b
(IV)

69
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

O triângulo é a figura mais simples e uma das mais importantes da Geometria. Ele é objeto de estudos desde a An-
tiguidade. Quando se trata de decomposição de vetores, é preciso lançar mão de uma ferramenta matemática muito
importante: a Trigonometria, que tem suas bases associadas aos elementos do triângulo retângulo.

2.2. Altura do triângulo equilátero Resolução:

Considere um triângulo equilátero ABC de lado ℓ e altura h. a)


___ __ ____ __
 ​ 27 ​= √
I) y2 = 9 ∙ 3 ⇒ y = √ ​ 33 ​= √
​ 32 ∙ 3 ​= 3​√3 ​ cm x = 12 cm
​ divide o DABC equilátero em dois
Note que a altura AH​ __
II) x = 9 + 3 = 12 cm y = 3​√3 ​ cm
triângulos retângulos congruentes (DABH e DACH). _______ ___ ⇒ z = 6 cm
III) z2 = 3 ∙ x ⇒ z = √
​ 3 ∙ 12 ​= √
​ 36 ​= 6 cm __
_______ ________ __
t = 6​√3 ​ cm
IV) t = 9 ∙ x ⇒ t = ​√9 ∙ 12 ​= ​√32 ∙ 22 ∙ 3 ​= 6​√3 ​ cm
2

b)
________ ____
I) x2 = (9)2 + (12)2 ⇒ x = ​√ 81 + 144 ​= √
​ 225  ​= 15 cm x = 15 cm
108
II) x ∙ t = 9 ∙ 12 ⇒ 15t = 108 ⇒ t = ___
​   ​= 7,2 cm y = 5,4 cm
15
Aplicando o teorema de Pitágoras ao DACH, tem-se: ⇒
144
___ z = 9,6 cm
III) (12) = z ∙ x ⇒ 15z = 144 ⇒ z = ​   ​= 9,6 cm
2
15

() ℓ  ​  ²​ = ℓ2 ⇒ h2 + __
d
​ 3ℓ² ⇒ h = ​ ___
​ ℓ² ​= ℓ2 ⇒ h2 = ___
XXX
​ 3ℓ ​ ​
2
h2 + ​ ​ __ 81
IV) (9)2 = y ∙ x ⇒ 15y = 81 ⇒ y = ___
​   ​= 5,4 cm
t = 7,2 cm
2 4 4 4 15

ℓ​ d​  ​
⇒ h = ____ 3 ​
XX
2
Então:
Em um triângulo equilátero de lado ℓ, a altura mede
dXX
3 ​
​ ℓ​  ​.
h = ____
2

Aplicação do conteúdo multimídia: livro


1. Nos triângulos retângulos mostrados, determine o
valor de x, y, z e t. Descobrindo o teorema de Pitágoras – Luiz Márcio Ime-
a) nes e Marcelo Lellis
O livro apresenta a importância do teorema de Pitágoras
t para a ciência e o avanço tecnológico, desafiando o
y z
leitor a redescobri-lo e ensinando-o a prová-lo.
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

9 cm 3 cm
__
x 2. No retângulo ABCD de lado AB = 3 cm e BC = √
​ 7 ​ cm,
o segmento AP é perpendicular à diagonal BD.
b)
B
y
x
9 cm
t z

A C
12 cm Quanto mede o segmento BP?

70
Resolução: Assim, como o quadrado de um cateto é igual ao produto da sua
projeção pela hipotenusa, tem-se:
Pelo teorema de Pitágoras, tem-se:
__ AB2 = BP ∙ BD ⇔ 32 = BP ∙ 4
BD2 = AB2 + AD2 ⇔ BD2 = 32 + (​ ​√7 ​  )2​
​ 9  ​ cm.
⇔ BP = __
⇒ BD = 4 cm. 4

ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

HABILIDADE 12

Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.

Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a habilidade 12 exige do aluno a capacidade de resolver com
conhecimentos de geometria uma situação proposta.

MODELO 1

(Enem) Para decorar uma mesa de festa infantil, um chefe de cozinha usará um melão esférico com diâmetro
medindo 10 cm, o qual servirá de suporte para espetar diversos doces. Ele irá retirar uma calota esférica do
melão, conforme ilustra a figura, e, para garantir a estabilidade deste suporte, dificultando que o melão role
sobre a mesa, o chefe fará o corte de modo que o raio r da seção circular de corte seja de pelo menos 3 cm. Por
outro lado, o chefe desejará dispor da maior área possível da região em que serão afixados os doces.

Para atingir todos os seus objetivos, o chefe deverá cortar a calota do melão numa altura h, em centímetro, igual a
a) 5 - d​ XXX
91 ​/2 b) 10 - d​ XXX
91 ​ c) 1 d) 4 e) 5

ANÁLISE EXPOSITIVA
O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar o problema e utilizar seus conhecimentos
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

sobre relações métricas para a sua resolução.


O triângulo OAB é um triângulo pitagórico do tipo (3, 4, 5); assim:
AO = 4
AB = r = 3
r=5
h = r – AO = 5 – 4
h=1

RESPOSTA Alternativa C

71
DIAGRAMA DE IDEIAS

RELAÇÕES MÉTRICAS NO
TRIÂNGULO RETÂNGULO

O TRIÂNGULO

TEOREMA DE ·
PITÁGORAS B C
H

M · N
A
A2 = B2 + C2

A HIPOTENUSA
B E C CATETOS
H ALTURA
RELAÇÕES M PROJEÇÃO DO LADO B
N PROJEÇÃO DO LADO C

AH = BC
H2 = M · N
B2 = M · A APLICAÇÕES
C2 = N · A

D
L L L
·
L L

L2 = H2 + L ()
2
D2 = L2 + L2
2​
D = Ld2​ H = Ld 3
2
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

72
TRIGONOMETRIA
NUM TRIÂNGULO
QUALQUER

MT AULAS Os ângulos internos medem 120° em um hexágono regu-


lar. Pode-se, então, aplicar a lei dos cossenos no triângulo
13 E 14 ABF:
​^​
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) BF2 = AB2 + AF2 – 2 ⋅ AB ⋅ AF ⋅ cos(B​A ​F) ⇒
2e3 7, 8, 9 e 14
( )
​ 1 ​  ​= 8 + 4 ⇒
⇒ BF2 = 22 + 22 – 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ ​ – __
2
⇒ BF = d​ 12 ​
XXX = 2​dXX
3 ​ cm

1. Lei dos cossenos


Observe a figura a seguir:
2. Lei dos senos
Em todos os triângulos, os lados são proporcionais aos se-
nos dos ângulos opostos.
​^​
Observe a figura a seguir, onde o DACB é obtusângulo em C ​
​:

§ No triângulo ABD, tem-se:


​^​ x ​^​
​ = _​ c ​
cos A ​ x = c ⋅ cos A ​

⇒ (1)
(AB)2 = (AD)2 + (BD)2 c =x +h
2 2 2

§ No triângulo BDC, tem-se:


(BC)2 = (BD)2 + (CD)2
​  a ​
__ ​^​
2 ​  a  ​= sen A ​
DOHB → sen α = ​   ​ = ___
__
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

a = h + (b – x)
2 2 2

R 2R
a2 = h2 + b2 – 2bx + x2
a2 = b2 + h2 + x2 – 2bx (2) Admitindo que tal propriedade estende-se a todos os ân-
gulos do ∆ABC, conclui-se que:
Substituindo (1) em (2), tem-se:
​^​
a2 = b2 + c2 – 2 ∙ b ∙ c ∙ cos A ​
​ ​  a​ ^ ​​ = ____
____ ​  b​ ^ ​​ = ____
​  c​ ^ ​​ = 2R
sen​A ​ sen​B ​ sen​C ​
Aplicação do conteúdo Além da conclusão de que as razões entre os lados e os
 senos dos ângulos opostos são iguais, também é possível
1. Calcule o comprimento do segmento BF​
​ no hexágono
regular de lado 2 cm a seguir: observar que eles equivalem ao diâmetro (2R) da circunfe-
rência circunscrita ao triângulo.

73
Por fim, o raio da circunferência é dado por:
Aplicação do conteúdo
​  BC  ​ = 2R
_______
​^​
 sen(B​A ​C)
1. Calcule o comprimento do segmento BC​
​ e o raio da cir-
cunferência de centro O circunscrita ao triângulo da figura 2​dXX
______6 ​
​   ​= 2R
a seguir: sen 60º
____ 2​dXX
6 ​
​   ​= 4​dXX2 ​= 2R
​___ dXX
3 ​
​   ​
2
R = 2​dXX
2 ​cm.

2.1. Área de um DABC qualquer


(fórmula trigonométrica)
​^​
Em primeiro lugar, calcula-se a medida do ângulo B​A ​C:
​^​
B​A ​C + 75°
​ ​ + 45° = 180°
^
B​A ​C = 60°
Aplicando a lei dos senos, tem-se:
​  BC  ​= ________
_______ ​^​ ​  AB  ​ ​^​
sen(B​A ​C) sen(A​C ​B) I. Se α + θ = 180º → sen α = sen θ.
​^​
​  BC  ​ = ______
______ ​  4  ​ ​ h ​ → h = b ∙ sen θ = b ∙ sen α = b ∙ sen A ​
II. sen θ = __ ​.
sen 60º sen 45º b
​  4  ​ ∙ sen 60º
BC = ______ ​ c ⋅  ​.
III. Área (DABC) = ____ h
sen 45º __ 2
​√3 ​ Substituindo (II) em (III), resulta:
BC = ___ ​  4__ ​ ∙ ___
​   ​ ​^​

​___ 2 ​ 2 c ⋅ bsen
_______ A ​

​   ​ Área (DABC) = ​   ​
__ 2 2
__
4​√3 ​
BC = ____
​  __ ​= 2​√6 ​ cm Admitindo que tal resultado estende-se a todos os ângulos

​ 2 ​ do ∆ABC, conclui-se: ​^​ ​^​ ​^​
​ c ⋅ bsen
área (DABC) = _______  ​ A ​ ​ a ⋅ bsen
​ = ________  ​ C ​ ​ a ⋅ csen
​ = _______  ​ B ​

2 2 2

VIVENCIANDO

A trigonometria possui distintas aplicações nos diversos ramos da ciência e também no cotidiano. Por esse motivo,
é considerada uma importante aliada do mundo moderno. É possível encontrar um excelente exemplo na prática de
exercícios físicos. A caminhada é uma das atividades físicas que, quando realizada com frequência, torna-se eficaz
na prevenção de doenças crônicas e na melhora da qualidade de vida. Imagine a seguinte situação: para a prática
de uma caminhada, uma pessoa sai do ponto A, passa pelos pontos B e C e retorna ao ponto A, formando em A um
ângulo de 120°. Sabe-se que a distância entre os pontos A e C é de 80 m, e a distância entre os pontos A e B é de
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

70 m. Quantos quilômetros ela terá caminhado?


Pela lei dos cossenos, segue que:
x² = (80)² + (70)² – 2 ∙ 80 ∙ 70 ∙ cos 120°
x² = 6400 + 4900 – 11200 ∙ (–1/2)
x² = 11300 + 5600
x² = 16900
x = 130
Total percorrido: 130 + 80 + 70 = 280 m = 0,28 km.

74
3. Algebrópolis, Geometrópolis e Aritmetrópolis são ci-
dades do país Matematiquistão, localizadas conforme a
figura abaixo. A partir dos dados fornecidos, determine
a distância aproximada
__ de Geometrópolis a Algebrópo-
lis. Considere √2 ​ ≅ 1,4.
Resolução:
Encontrando o terceiro ângulo, aplica-se a lei dos senos:
multimídia: site

pt.khanacademy.org/math/trigonometry/trig-with-
general-triangles#law-of-sines

Aplicação do conteúdo
1. Um navio, deslocando-se em linha reta, visa um farol
e obtém a leitura de 30º para o ângulo formado entre
a sua trajetória e a linha de visada do farol. Após na-
vegar 20 milhas, através de uma nova visada ao farol,
obtém a leitura de 75º. Determine a distância entre o
farol e o navio no instante em que se fez a 2ª leitura.
__ __
​ 2 ​ ≅ 1,4)
(Use √ √
​ 2 ​
__
​  5  ​ = ______
______ ​  x  ​ ⇒ __
​ 1 ​x = 5 ∙ ___
​   ​ ⇒ x = 5​√2 ​ ⇒
Resolução: sen30º sen135º 2 2
x = 5(1,4) = 7 km.
Observe a situação ilustrada na figura. A distância “d” pedida
pode ser calculada pela lei dos senos:

multimídia: livro
__
O Andar do Bêbado - Leonard Mlodinow
​  d  ​ = ______
______ ​  20  ​ ⇒ d ​___
sen30º sen45º
__
( ) ()

​ 2 ​
​   ​ ​= 20 ​__
2
​  1 ​ ​⇒
2 O Andar do Bêbado, do físico americano Leonard Mlodinow,
20 20 ∙ (1,4) explica por que as pessoas apresentam tanta dificuldade em
d​√2 ​= 20 ⇒ d =​ _____ ​ =_______
​   ​= 10 ∙ (1,4) = 14 milhas.

​ 2 ​ 2 aceitar o acaso e compreendê-lo. Num tom irreverente, o au-
​^​ ​^​
2. Um triângulo ABC possui ângulos B ​
​ e C ​
​ medindo, res- tor costura casos emblemáticos a teorias matemáticas, citando
pectivamente, 45º e 30º. Determine a medida do lado pesquisas e exemplos presentes em todos os âmbitos da vida,
AB, sabendo que a medida de AC é 8 cm. do mercado financeiro aos esportes, de Hollywood à medici-
na. Mais do que uma visão geral sobre aleatoriedade, sorte e
Resolução:
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

probabilidade, Mlodinow lembra que muitas coisas em nossas


Aplicando a lei dos senos, tem-se: vidas são tão previsíveis quanto o próximo passo de um bêbado
depois de uma noitada.

__ __
√ ​2 x​√2 ​
​  8  ​ = ______
______ ​  x  ​ ⇒ 8 ∙ ​__
sen45º sen30º 2
__
( )
​ 1 ​ ​= x ∙ ___ ⇒ 4 = ____
​ 2 ​
__
​   ​ ⇒
2
__

​ 2 ​ 8​√2 ​
​  8__ ​ = ___
⇒ x = ___ ​  8__ ​ ∙ ___
​  __ ​ ⇒ x = ____
​   ​= 4​√2 ​ cm.
√ √
​ 2 ​ ​ 2 ​ ​ 2 ​ √ 2

75
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 14
Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e
medidas.

Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a habilidade 14 exige do aluno a capacidade de resolver uma
situação proposta com conhecimentos de geometria.
MODELO 1
(Enem) Uma desenhista projetista deverá desenhar uma tampa de panela em forma circular. Para realizar esse dese-
nho, ela dispõe, no momento, de apenas um compasso, cujo comprimento das hastes é de 10 cm, um transferidor e
uma folha de papel com um plano cartesiano. Para esboçar o desenho dessa tampa, ela afastou as hastes do com-
passo de forma que o ângulo formado por elas fosse de 120º. A ponta seca está representada pelo ponto C, a ponta
do grafite está representada pelo ponto B e a cabeça do compasso está representada pelo ponto A conforme a figura.

Após concluir o desenho, ela o encaminha para o setor de produção. Ao receber o desenho com a indicação do
raio da tampa, verificará em qual intervalo este se encontra e decidirá o tipo de material a ser utilizado na sua
fabricação, de acordo com os dados.
Tipo de material Intervalo de valores do raio (cm)
I 0<R≤5
II 5 < R ≤ 10
III 10 < R ≤ 21
IV 15 < R ≤ 21
V 21 < R ≤ 40
__
Considere 1,7 como aproximação para √​ 3 ​.

O tipo de material a ser utilizado pelo setor de produção será


a) I. b) II. c) III. d) IV. e) V.

ANÁLISE EXPOSITIVA
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar o problema e utilizar seus conhecimentos sobre
relações métricas para a sua resolução.
O compasso forma, com a superfície do papel, um triângulo isósceles de lados, 10, 10 e R (raio), e ângulos
de 120º, 30º e 30º graus. Sabendo disso, é possível calcular o raio R:
__
__
10
R  ​ = _______
​  _______ ⇒ R∙ 1​ __ ​= 10 ___ ​ 3 ⇒ R ≅ 17 cm ∵ 15 < R ≤ 21
​√​  3 ​ ​ ⇒ R = 10 √
sen 120º sen 30º 2 2

RESPOSTA Alternativa D

76
DIAGRAMA DE IDEIAS

A
^
A c
^ ^ ^
b → A + B + C = 180º
^
B B
^
C a
C

TRIÂNGULO QUALQUER

LEI DOS COSSENOS ÁREAS LEI DOS SENOS

^ A = B = C =
^
A2 = B2 + C2 -2BC · COS A A = 1 A · B · SEN C 2R
^
2 ^ ^ ^
SEN A SEN B SEN C
B2 = A2 + C2 -2AC · COS B ^
^ A = 1 B · C · SEN A
C2 = A2 + B2 -2AB · COS C 2
^
A = 1 A · C · SEN B
2

VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

77
Os três triângulos possuem a mesma área, pois possuem a
mesma base e a mesma altura, uma vez que as retas r e s
são paralelas.

Exemplo
ÁREAS DOS Calcule a área do triângulo BCP da figura a seguir:

TRIÂNGULOS

MT AULAS
15 E 16 
Se o lado BC​
​ for utilizado como base, é preciso calcular a

COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) altura hBC relativa à base BC​
​ :
2e3 7, 8, 9 e 14

1. Áreas de um triângulo em
função da base e da altura
A


Entretanto, nota-se que o segmento AB​
​ é a altura relativa

hhaa à base PC​
​ , pois os segmentos são perpendiculares. Caso a
b figura seja observada de outro ângulo, pode-se perceber:
Cc
hhbb

hhc
c

B a C

§ ha: medida da altura relativa ao vértice A;


§ hb: medida da altura relativa ao vértice B;
§ hc: medida da altura relativa ao vértice C; 
Assim, será calculado o comprimento do segmento PC​
​ pelo
§ a, b, c: medidas dos lados do ∆ABC.
teorema de Pitágoras no triângulo ABC:
a ⋅ h b ⋅ hb ____ c ⋅ hc __ __ __
Área (∆ABC) = S = ____
​   ​a = ____
​   ​ = ​   ​ (AC)² + (AB)² = (BC)²
2 2 2
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

__
Como um triângulo possui três alturas, cada uma relativa (CP + 7)² + 5² = (13)²
__ __
a uma base, é possível utilizar qualquer uma das três para CP²+ 14CP+ 49 + 25 = 169
__ __
obter a área, até mesmo se a altura for externa ao triângu- CP²+ 14CP – 95 = 0
lo. Observe os três triângulos a seguir, compreendidos na
região entre duas retas r e s paralelas: Resolvendo a equação de segundo grau, tem-se que CP = 5.
Portanto, a área do triângulo BCP é:
__ __
A = ​  ⋅ AB
CP
______ 5 ⋅  ​
 ​ = ​ ____5 = ___
​ 25 ​ u.a.
2 2 2

78
VIVENCIANDO

O triângulo é considerado uma das figuras mais importantes nos estudos relacionados à geometria. Além de ser
indispensável, ele possui uma imensa utilidade no nosso cotidiano. É muito comum observar que os engenheiros
utilizam essa forma geométrica em construções, a fim de que elas apresentem mais segurança. Muitos telhados, por
exemplo, são construídos em formato triangular, pois devido à rigidez geométrica dos triângulos, uma vez construído,
é impossível modificar a abertura de seus ângulos e construir outro triângulo. Armários, portões, andaimes e prate-
leiras também possuem algum triângulo em sua estrutura com o mesmo intuito: aproveita-se de sua rigidez para
evitar deformações. Podemos comprovar a rigidez do triângulo fazendo a seguinte experiência: pegue três palitos
de sorvete (ou canudinhos) que podem ter tamanhos variados. Em seguida, prenda os palitos com tachinhas e tente
mover os lados do triângulo. Realmente não é possível!

1.1. Área de um triângulo retângulo Calculando a área pelos catetos:


__ __
A = ​  ⋅  ​
AC
______ 12 ⋅ ​
CB = ​ _____ 9 = 54 u.a.
2 2
Agora é possível, inclusive, calcular a altura h da
seguinte forma:
__
​ AB ⋅ ​
A = _____ h
2
No entanto, já se sabe que a área vale 54:

§ b: medida do cateto AC​
​ ;
​ 15h ​
54 = ___
 2
§ c: medida do cateto AB​
​ ;
36
___
h = ​   ​

§ a: medida da hipotenusa BC​
​ ; 5
§ Relação métrica: a2 = b2 + c2 (Pitágoras). 1.2. Área de um triângulo equilátero
​ b ⋅  ​c = ​ ___________
Área (∆ABC) = S = ____ cateto ⋅  ​
cateto
2 2
 
Nesse caso, o cateto AC​
​ é a base, e o cateto AB​
​ é altura.

Aplicação do conteúdo
1. Calcule a área do triângulo ABC a seguir:
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

 § a: medida dos lados do ∆ABC;


​ a ⋅  ​.
d
​ XX
3 ​
Em vez de calcular a altura h relativa ao lado AB,

​ é mais § h: medida da altura do ∆ABC → h = _____
simples calcular o lado CB​
​ pelo teorema de Pitágoras: 2
__ __ __
​ a² ⋅ ​ ​
dXX
3 ​
(AC)² + (CB)² = (AB)² Área (DABC) = S = ______
__ 4
(12)² + (CB )² = (15)²
__  ​
CB = 9

79

1.3. Área de um triângulo em Prolongando o lado AC​
​ e traçando uma perpendicular que

passa pelo vértice B, tem-se a altura relativa ao lado AC​
​ :
função dos três lados

§ a, b, c: medidas dos lados do triângulo ABC;


§ p: semiperímetro (metade do perímetro): Como o triângulo BCD formado é retângulo, pode-se cal-
cular o lado BD por trigonometria:
​ a + b ​
p = ________+c __ __
2 BD
___
senθ = ​ __ ​ BD= senθ ∙ BC
Área (∆ABC) = S = d​ XXXXXXXXXXXXXXXXXX
p(p
   – a) (p – b) (p – c) ​ BC
 
(fórmula de Heron) Como BD​
​ representa a altura relativa à base AC​ ​ , a área do
triângulo ABC é dada por:
__ __
1.4. Área de um triângulo em função de
​ AC ⋅  ​
A = ______ ​ b ⋅ senθ
DB = _________ ⋅a
 ​
dois lados e do ângulo formado entre eles 2 2
​ a ⋅ b ⋅  ​
A = _________ senθ
2

1.5. Área de um triângulo em função


dos lados e do circunraio (raio da
circunferência circunscrita)
A

§ a, b, c: medidas dos lados do triângulo ABC;


§ a: medida do ângulo formado pelos lados b e c.
​^​
​ b ⋅ c ⋅ senα
Área (∆ABC) = S = _________ ​  b ⋅ c ⋅  ​
 ​ = _________ sen​A ​
2 2
Observando o triângulo ABC a seguir, é possível demons-
trar essa relação facilmente:

§ O: centro do círculo;
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

§ P: ponto da circunferência;
§ OP = R (circunraio);
§ a, b, c: medidas dos lados do DABC.

​ a ⋅ b  ​
Área (∆ABC) = S = ______ ⋅c
4R

80
1.6. Área de um triângulo em
função dos lados e do inraio

multimídia: site

pt.khanacademy.org/math/basic-geo/basic-geo-area-and-
perimeter/area-triangle/v/intuition-for-area-of-a-triangle

§ O: centro do círculo;
§ P: ponto da circunferência;
§ OP = r (inraio);
§ a, b, c: medidas dos lados do DABC;
multimídia: livro
§ p: semiperímetro.
O teorema do papagaio
Área (∆ABC) = S = p ⋅ r
Um filósofo numa cadeira de rodas; um menino surdo; um
casal de gêmeos adolescentes; um papagaio que sofre de
amnésia. Esse grupo inusitado de repente se defronta com
uma situação ainda mais estranha quando a remessa de uma
fabulosa bibiloteca de livros raros de matemática chega até
sua casa, em Paris, enviada da longínqua Manaus.

VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

81
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

HABILIDADE 14
Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a
grandezas e medidas.

Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a habilidade 14 exige do aluno a capacidade de resolver uma
situação proposta com conhecimentos de geometria.

MODELO 1
(Enem) A distribuição de salários pagos em uma empresa pode ser analisada destacando-se a parcela do total
da massa salarial que é paga aos 10% que recebem os maiores salários. Isso pode ser representado na forma
de um gráfico formado por dois segmentos de reta, unidos em um ponto P, cuja abscissa tem valor igual a 90,
como ilustrado na figura.
No eixo horizontal do gráfico tem-se o percentual de funcionários, ordenados de forma crescente pelos valores
de seus salários, e no eixo vertical tem-se o percentual do total da massa salarial de todos os funcionários.

O Índice de Gini, que mede o grau de concentração de renda de um determinado grupo, pode ser calculado
pela razão A/(A + B) em que A e B são as medidas das áreas indicadas no gráfico.
A empresa tem como meta tornar seu Índice de Gini igual ao do país, que é 0,3. Para tanto, precisa ajustar os
salários de modo a alterar o percentual que representa a parcela recebida pelos 10% dos funcionários de maior
salário em relação ao total da massa salarial.
Disponível em: www.ipea.gov.br. Acesso em: 4 maio 2016 (adaptado)
Para atingir a meta desejada, o percentual deve ser
a) 40% b) 20% c) 60% d) 30% e) 70%

ANÁLISE EXPOSITIVA
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar o problema utilizando cálculos de área de super-
fícies planas para a sua resolução.
Seja Yp a ordenada do ponto P, de tal forma que : B = 90 · Yp/2 + (Yp + 100)·10/2 = 50 · Yp + 500.
Assim, tem-se: A = 100·100/2 – B = 4500 – 50 Yp.
Desse modo, se a meta é 0,3, então: A / (A + B) = 0,3 ⇒ A = 1500 ⇒ 4500 – 50Yp = 1500 ⇒ Yp = 60
Portanto, a resposta é ( 100 – 60 )% = 40%

RESPOSTA Alternativa A

82
DIAGRAMA DE IDEIAS

RETÂNGULO

ÁREA DE UM TRIÂNGULO

EM FUNÇÃO DA EM FUNÇÃO DOS


BASE E DA ALTURA TRÊS LADOS

B
a c
hb
C b A

b · hb
S=
2

EM FUNÇÃO DE DOIS CIRCUNS-


EQUILÁTERO INSCRITO
LADOS E DO ÂNGULO CRITO
FORMADO ENTRE ELES

A a
C l l C B
h c b r
r
b a l
VOLUME 2  MATEMÁTICA e suas tecnologias

b c
B C
a h=
l 3 a
A
A c B 2 a· b · c
S= S=p·r
l2 3 4R
b · c · sen a S=
S= 4
2

83
ANOTAÇÕES

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