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Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em período integral,
com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos de aula e 107 livros, totali-
zando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla,
de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar a
aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A seguir, apresentamos cada seção:
Coordenador-geral
Murilo de Almeida Gonçalves
Editoração eletrônica
Letícia de Brito
Matheus Franco da Silveira
Imagens
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Pixabay (https://www.pixabay.com)
ISBN
978-85-9542-247-6
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por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a in-
clusão de informação adicional, ficamos à disposição para o contato pertinente. Do mesmo modo,
fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre as imagens pub-
licadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não rep-
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SUMÁRIO
QUÍMICA
ATOMÍSTICA 5
AULAS 1 E 2: MODELOS E ESTRUTURAS ATÔMICAS 007
AULAS 3 E 4: ÍONS E DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA 016
AULAS 5 E 6: TABELA PERIÓDICA 022
AULAS 7 E 8: PROPRIEDADES PERIÓDICAS 028
QUÍMICA GERAL 37
AULAS 1 E 2: PROPRIEDADES DA MATÉRIA 039
AULAS 3 E 4: DIAGRAMAS DE MUDANÇAS DE ESTADOS 046
AULAS 5 E 6: SISTEMAS 052
AULAS 7 E 8: ANÁLISE IMEDIATA 058
CÁLCULOS QUÍMICOS 67
AULAS 1 E 2: GRANDEZAS QUÍMICAS 069
AULAS 3 E 4: FÓRMULAS E LEIS PONDERAIS 078
AULAS 5 E 6: INTRODUÇÃO À ESTEQUIOMETRIA 084
AULAS 7 E 8: ESTEQUIOMETRIA: PUREZA, RENDIMENTO E EXCESSO DE REAGENTE 090
MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM
Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de
produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
Competência 1
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização
H4
sustentável da biodiversidade.
Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações
científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, con-
H8
Competência 3
Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos,
aspectos culturais e características individuais.
Competência 4
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente,
H14
sexualidade, entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos
Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Competência 5
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas,
H17
como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social,
H19
econômica ou ambiental.
Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científicotecnológicas.
Competência 6
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos,
H22
ou em suas implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais,
H23
sociais e/ou econômicas.
Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científicotecnológicas.
Competência 7
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua
H25
obtenção ou produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transfor-
H26
mações químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científicotecnológicas.
Competência 8
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em
H28
especial em ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias
H29
primas ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual,
H30
coletiva ou do ambiente.
QUÍMICA
ATOMÍSTICA
LIVRO
TEÓRICO
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
O tema de propriedades da tabela periódi- Esta frente é abordada de maneira bem Os assuntos abordados aparecem de ma-
ca é cobrado de forma teórica ao comparar interdisciplinar, com assuntos como os neira bem contextualizada com as outras
diferentes elementos. modelos atômicos e as propriedades da frentes de Química. Nessa prova, ocorre
tabela periódica. com frequência o tema distribuições ele-
trônicas e como ele se relaciona com as
propriedades da tabela periódica.
Entender a dinâmica da distribuição ele- O tema distribuição eletrônica e sua rela- Os assuntos desta frente são cobrados em O tema propriedades periódicas é cobrado
trônica e como ela se relaciona com as ção com as propriedades da tabela peri- conjunto com os assuntos das outras, sen- em conjunto com os assuntos das outras
propriedades periódicas são importantes ódica são abordados de tal maneira que do o tema propriedades periódicas o mais frentes.
para questões relacionadas à esta e as são necessários para o entendimento de recorrente.
outras frentes. diversas questões.
O assunto de propriedades da tabela peri- Distribuição eletrônica e propriedades da O assunto abordado nesta frente se relacio-
ódica é cobrado de forma teórica ao com- tabela periódica são os temas mais cobra- na bastante com as outras pelo estudo de
parar diferentes elementos, assim como dos nesta frente. propriedades da tabela periódica.
é necessário para interpretar e entender
outras questões.
Esta frente é abordada de maneira concei- O tema distribuição eletrônica e proprie- Interpretação e bom entendimento dos
tual, com ênfase nos assuntos de tabela dades de tabela periódica são cobrados de conceitos são importantes para a resolução
periódica e distribuição eletrônica. maneira teórica, a interpretação e o bom das questões de distribuição eletrônica e
entendimento do conceito são importantes. propriedades da tabela periódica, que são
cobrados de maneira bem teórica.
VOLUME 1
CN COMPETÊNCIA(s)
1, 3 e 7
As ideias de Dalton fizeram sentido à sua época, uma
vez que explicavam a conservação da massa durante
uma reação química (Lei de Lavoisier), bem como fun-
damentava a Lei de Proust, conhecida também como lei
da proporção definida.
AULAS HABILIDADE(s)
3, 8, 17 e 24
2. Modelos atômicos
2.1. Modelo de Dalton (bola de bilhar)
Baseado em seus experimentos, o professor inglês John multimídia: vídeo
Dalton (1766-1844) propôs em 1808 uma explicação Fonte: Youtube
para a natureza da matéria. Ampola de Crookes
Os principais postulados da teoria de Dalton são:
1. Toda matéria é composta por minúsculas partículas
denominadas átomos. 2.2. Modelo de Thomson
2. Os átomos de um determinado elemento são idênticos (pudim de passas)
em massa e apresentam as mesmas propriedades químicas. Utilizando uma ampola de Crookes, ou seja, um tubo de
VOLUME 1
Lâmina
de ouro
Partículas alfa
VIVENCIANDO
O uso de fogos de artifício é muito comum em festas de fim de ano, e a química exerce um papel essencial nessas
celebrações. Tudo começa com a teoria de Niels Bohr, que afirma que, quando um átomo recebe energia, seu elétron
é deslocado para um nível mais energético, que é o que chamamos de estado excitado. Quando esse elétron perde
energia e desce para o nível de origem, a energia é dissipada em forma de luz (fótons) no espectro visível. Como
cada elemento químico possui órbitas com níveis de energia com valores diferenciados, o fóton de energia emitido
será diferente para cada um. Assim, cada elemento químico emitirá uma cor característica. Dessa maneira, se for
utilizado, por exemplo, oxalato de estrôncio (SrC2O4) ou nitrato de estrôncio ((Sr(NO3)2), será fornecido o íon Sr2+, que
resultará na cor vermelha; ou se for usado cloreto ou nitrato de cobre (CuCℓ2 e NH4Cu(NO3)3), será produzido o íon
Cu2+, que fornecerá a cor verde ou azul. A seguir, uma tabela mostra as cores dos elementos ao sofrerem excitação
por uma chama:
Sódio Amarelo
Estrôncio Vermelho
Bário Verde
Ferro Dourado
Cálcio Amarelo
VOLUME 1
Alumínio Branco
Cobre Verde
§ Para o elemento ferro (Fe, Z = 26), que possui massa 188O 0,20
56: 26
56
Fe ou 26Fe56. 199F 100
não a eletrosfera.
Resolução: e) Incorreta – A eletrosfera comporta apenas partícu-
A partir do enunciado, pode-se montar o seguinte esquema: las de carga negativa (elétrons).
a
b X
137
56Y
138cZ Alternativa A
O Grande Colisor de Hádrons (em inglês Large Hadron Collider – LHC) foi inaugurado em 10 de setembro
de 2008. Trata-se do maior acelerador de partículas do mundo. Um dos principais objetivos do LHC é tentar
explicar a origem da massa das partículas elementares e encontrar outras dimensões do espaço. Uma dessas
experiências envolve a partícula bóson de Higgs. Essas informações podem ser obtidas por meio do choque
entre as partículas, como choques entre próton e elétron, próton e próton, próton e antipróton... Um feixe de
partículas é acelerado até atingir uma energia de aproximadamente 7 TeV (tera elétron-volt), e, a partir desse
choque, é possível obter as informações desejadas.
VOLUME 1
HABILIDADE 3
Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo
ou em diferentes culturas.
MODELO 1
(Enem) Um fato corriqueiro ao se cozinhar arroz é o derramamento de parte da água de cozimento sobre a
chama azul do fogo, mudando-a para uma chama amarela. Essa mudança de cor pode suscitar interpretações
diversas, relacionadas às substâncias presentes na água de cozimento. Além do sal de cozinha (NaCℓ), nela se
encontram carboidratos, proteínas e sais minerais.
Cientificamente, sabe-se que essa mudança de cor da chama ocorre pela
a) reação do gás de cozinha com o sal, volatilizando gás cloro;
b) emissão de fótons pelo sódio, excitado por causa da chama;
c) produção de derivado amarelo, pela reação com o carboidrato;
d) reação do gás de cozinha com a água, formando gás hidrogênio;
e) excitação das moléculas de proteínas, com formação de luz amarela.
ANÁLISE EXPOSITIVA
Esse tipo de exercício é típico para se trabalhar atribuições teóricas do Enem. Na questão, era necessário
recordar os conceitos básicos característicos dos modelos atômicos.
No caso da abordagem da questão, para se chegar a uma alternativa é necessário fazer a associação
com o único metal citado no enunciado, isto é, o sódio, pois não são citadas outras possibilidades para a
mudança da cor da chama, como a ocorrência de uma combustão incompleta do gás utilizado devido ao
derramamento da água de cozimento.
Pressupõe-se então que, na água de cozimento, estejam presentes cátions Na+ dissociados a partir do
NaCℓ.
O elemento metálico sódio, mesmo na forma iônica, libera fótons quando sofre excitação por uma fonte
de energia externa, e a cor visualizada é o amarelo.
RESPOSTA Alternativa B
VOLUME 1
MODELO DE ÁTOMO
DALTON INDIVISÍVEL
MESMO
ELETROSFERA
ISÓTOPO NÚMERO ATÔMICO
(ELÉTRONS)
(PRÓTONS)
ÁTOMO
MESMO
NÚCLEO
+ ISÓTONO NÚMERO DE
ELETROSFERA NÊUTRONS
NÚCLEO MESMO
PRÓTONS ISÓBARO NÚMERO DE
+
NÊUTRONS MASSA
VOLUME 1
CN
e-
COMPETÊNCIA(s)
1e5
AULAS HABILIDADE(s)
3 e 17
elétron (e-)
1. Íons
Como já foi visto, elétrons e prótons são partículas que
compõem o átomo e possuem, respectivamente, carga ne-
gativa e positiva. Assim, se houver o mesmo número de
elétrons e prótons, a carga total do átomo será nula, pois a
2. Camadas eletrônicas do
carga positiva de cada próton será compensada pela carga átomo: distribuição eletrônica
negativa do elétron correspondente. Afirma-se, então, que
um átomo nessa situação está eletricamente neutro. 2.1. Diagrama de Linus Pauling
Um problema para os químicos era elaborar uma teoria
Quando um átomo possui prótons e elétrons em igual
consistente que explicasse como os elétrons se distribuíam
quantidade, ele está eletricamente neutro.
ao redor dos átomos, dando-lhes as características de rea-
ção observadas em nível macroscópico.
Em certas situações, um átomo pode ganhar ou perder elé-
trons. Nesses casos, sua carga total deixa de ser zero, ele Foi o cientista americano Linus C. Pauling (1901-1994)
deixa de ser eletricamente neutro e passa a ter carga elétrica. quem apresentou a teoria mais aceita até o momento acerca
Afirma-se que o átomo se transformou em um íon. da distribuição eletrônica. Pauling foi pioneiro na aplicação
da Mecânica Quântica em Química e, em 1954, recebeu o
Nobel de Química pelo seu trabalho relativo à natureza das
Quando um átomo eletricamente neutro perde ou re-
ligações químicas e, em 1962, recebeu o Nobel da Paz devi-
cebe elétrons, ele se transforma em um íon.
do a sua militância contra as armas nucleares.
Ele provou experimentalmente que os elétrons são dispos-
Um átomo neutro que recebe elétrons passa a ficar com
tos nos átomos em ordem crescente de energia. De fato,
excesso de cargas negativas, isto é, transforma-se em um
todas as vezes que um elétron recebe energia, ele salta para
íon negativo ou ânion. Por outro lado, se um átomo neu-
uma camada mais externa em relação à qual ele se encon-
tro perde elétrons, ele passa a ter excesso de prótons e se
trava. No momento da volta para sua camada de origem, o
transforma em um íon positivo ou cátion.
elétron emite luz devido à energia absorvida anteriormente.
VOLUME 1
VIVENCIANDO
Segundo um estudo realizado pela Unicamp, a cafeína pode colaborar para a descalcificação dos ossos por meio
da perda de íons Ca2+ presentes neles. De acordo com o estudo: “O consumo frequente de café e de refrigerante
à base de cola (Coca-Cola) promove alterações ósseas e pode aumentar o risco de fraturas, principalmente no
gênero feminino. A conclusão é da tese de doutorado do cirurgião-dentista Amaro Ilídio Vespasiano Silva, defen-
dida recentemente no programa de Pós-Graduação em Radiologia Odontológica da Faculdade de Odontologia de
Piracicaba (FOP), sob a orientação do professor Lourenço Correr Sobrinho. Embora a pesquisa tenha sido feita em
VOLUME 1
modelo animal (ratos), sustenta o autor, seus resultados podem ser extrapolados para os seres humanos. ‘Estudos
encontrados em literatura específica acompanharam populações (homens e mulheres) que consumiram refrige-
rante à base de cola e chegaram a resultados semelhantes aos encontrados na minha tese’, afirma o pesquisador.
A diferença da concentração intracelular e extracelular de substâncias e íons através da membrana plasmática pode
ser mantida por transporte passivo (sem gasto de energia, caso da difusão e da osmose) ou por transporte ativo (com
gasto de energia, caso da bomba de sódio e potássio).
O transporte ativo se caracteriza por ser o movimento de substâncias e íons contra o gradiente de concentração, isto
é, ocorre sempre de locais onde estão menos concentrados para os locais onde se encontram mais concentrados.
Esse processo é possível devido à presença de certas proteínas na membrana plasmática que, com o gasto de
energia, são capazes de se combinar com a substância ou íon e transportá-los para a região em que estão mais
concentrados. Para que isso ocorra, a proteína sofre uma mudança em sua forma a fim de receber a substância ou o
íon. É importante ressaltar que a energia necessária para essa mudança é proveniente da quebra da molécula de ATP
(adenosina trifosfato) em ADP (adenosina difosfato) e fosfato.
Um exemplo de transporte ativo é a bomba de sódio e potássio. A concentração de sódio é maior no meio extrace-
lular, enquanto a de potássio é maior no meio intracelular. A manutenção dessas concentrações é realizada pelas
proteínas transportadoras descritas anteriormente, que capturam íons sódio (Na+) no citoplasma e os bombeiam para
fora da célula. No meio extracelular, capturam os íons potássio (K+) e os bombeiam para o meio interno. Caso não
houvesse um transporte ativo eficiente, a concentração desses íons iria se igualar.
Assim, a bomba de sódio e potássio é importante, uma vez que estabelece a diferença de carga elétrica entre os
dois lados da membrana, fator que é fundamental para as células musculares e nervosas, e promove a facilitação da
penetração de aminoácidos e açúcares. Além disso, a manutenção de alta concentração de potássio dentro da célula
é essencial para a síntese de proteína e respiração, e o bombeamento de sódio para o meio extracelular permite a
manutenção do equilíbrio osmótico.
VOLUME 1
1s2
2s2 2p6
3s2 3p6 3d10
DIVIDIDOS EM
4s2 4p6 4d10 4f14
NÚCLEO ELETROSFERA 5s2 5p6 5d10 5f14
6s2 6p6 6d10
NÍVEIS
7s2 7p6
SUBNÍVEIS
VOLUME 1
CN
dades de um elemento eram semelhantes às de outro
da mesma linha, esse elemento era deslocado para uma
COMPETÊNCIA(s) nova linha e posto na coluna do elemento com o qual
1, 5 e 8 tinha semelhança. Assim, formaram-se colunas com ele-
mentos que possuíam propriedades químicas semelhan-
AULAS HABILIDADE(s)
3, 17, 29 e 30
tes. As linhas horizontais foram denominadas períodos,
5E6
e as colunas, famílias ou grupos.
A tabela de Mendeleev foi eficiente ao demonstrar a perio-
dicidade das propriedades dos elementos. Restava, no en-
tanto, encontrar uma explicação para essas propriedades.
Em 1913, o químico inglês Henry Moseley (1887-1915)
verificou que as propriedades dos elementos decorriam
da carga nuclear, denominada número atômico (Z). Com a
descoberta de Moseley, foi possível corrigir algumas ano-
malias que haviam sido observadas por Mendeleev.
1. Introdução
A Tabela Periódica ou classificação periódica dos ele-
mentos possibilita a verificação das características dos ele-
mentos e suas repetições, bem como fazer previsões.
Em 1869, Dimitri Ivanovich Mendeleev (1834−1907), pro-
fessor de Química da Universidade de São Petersburgo
(Rússia), escrevia um livro sobre elementos conhecidos na multimídia: vídeo
época, cujas propriedades havia anotado em fichas separa-
Fonte: Youtube
das – cerca de 63.
Elementos Químicos mais perigosos do mundo
Analisando suas fichas, ele notou que, organizando os
elementos em função da massa de seus átomos (massa
VOLUME 1
Os elementos químicos possuem diversas funções no dia a dia. Na área da medicina, eles atuam como antidepressi-
vos, antipsicóticos, ansiolíticos, calmantes, barbitúricos, etc. Muitos artigos da literatura científica apresentam dados
históricos sobre a descoberta do lítio e seu desenvolvimento na psiquiatria, abordando sua descoberta na Austrália,
seu desenvolvimento primeiramente na Europa e, então, nos Estados Unidos. O grande marco na história do lítio
ocorreu em 1954, quando o pesquisador dinamarquês Mogens Schou e colegas publicaram seu primeiro estudo du-
plo-cego do lítio na mania, dando início a um trabalho de toda a vida de Schou na pesquisa do lítio. O uso do lítio no
transtorno bipolar (TB) causou uma revolução na psicofarmacologia, uma vez que forçou os psiquiatras a pensarem
em termos de diagnóstico, pois a utilidade do lítio nos quadros de mania clássica foi consagrada por diversos estudos
científicos e pela prática clínica.
Durante muitos anos, o lítio foi o único estabilizador do humor. Recentemente, outras medicações começaram a ser
utilizadas para esse fim, principalmente os anticonvulsionantes e os antipsicóticos atípicos. Essas medicações, com
características farmacológicas, posológicas e clínicas diferentes, colocaram em cheque o “reinado” do lítio e o seu
papel atual no arsenal terapêutico do TB. O que se observa na prática clínica é um declínio do uso do lítio. Diversos
motivos concorreram para isso: dificuldades posológicas, efeitos adversos graves (raros) e o investimento da indústria
farmacêutica no desenvolvimento de novas medicações.
Entretanto, depois de 50 anos, o carbonato de lítio continua sendo um tratamento de primeira linha para a maioria
dos pacientes bipolares. Os estudos e a prática clínica ainda consagram o lítio como o estabilizador de humor por
excelência. Diretrizes elaboradas por meio de uma abordagem baseada em evidências consagram o lítio como
primeira escolha terapêutica em praticamente todas as fases e apresentações do TB. Conclui-se que os psiquiatras
(principalmente aqueles em formação) devem ser estimulados a conhecer de forma precisa as indicações do lítio e
aprender a utilizar essa medicação, que tem auxiliado tantos pacientes.
a) Famílias A
phet.colorado.edu/sims/html/build-an-atom/latest/build- Os elementos que formam essas famílias são denominados
-an-atom_pt_BR.html elementos representativos. Seus elétrons mais energé-
ticos estão localizados nos subníveis s ou p.
IA – 1
metais
ns1 1
Li, Na, K, multimídia: vídeo
alcalinos Rb, Cs, Fr
metais
Fonte: Youtube
Be, Mg, Ca,
IIA –2 alcalino- ns 2
2
Sr, Ba, Ra As 100 maiores descobertas da Química
-terrosos
família B, Aℓ, Ga,
IIIA – 13 ns2np1 3
do boro In, Tl, Nh
IVA – 14
família do
carbono
ns2np2 4
C, Si, Ge,
Sn, Pb, Fℓ
4. Metais, ametais,
VA –15
família do
nitrogênio
ns2np3 5
N, P, As, Sb,
Bi, Mc
semimetais e gases nobres
O, S, Se, Te, Outra classificação periódica importante é a que divide os
VIA – 16 calcogênios ns2np4 6
Po, Lv elementos em metais, não metais (ou ametais), semimetais
VIIA – 17 halogênios ns2np5 7 F, Cℓ, Br, I, At, Ts e gases nobres, como é possível observar a seguir.
VIIIA gases He, Ne, Ar, Kr, § Metais: formam cátions (íons positivos) e geralmente
ns2np6 8
(Zero) – 18 nobres Xe, Rn, Og são sólidos à temperatura ambiente (exceto o mercú-
rio) com alto ponto de fusão. Eles não se quebram com
b) Famílias B facilidade, mas, na maior parte dos casos, são maleá-
veis – principalmente quando aquecidos à temperatura
Os elementos dessas famílias são denominados elementos adequada – e podem ser transformados em fios finos,
de transição. Uma parte deles ocupa o bloco central da Ta- isto é, são dúcteis. É por esse motivo que costumam ser
bela Periódica, de IIIB até IIB (10 colunas), denominados ele- usados para moldar chapas e fabricar panelas, utensílios
mentos de transição externa, e apresentam seu elétron domésticos, fios elétricos, etc. São também bons condu-
mais energético em subníveis d (de d1 a d10). tores de eletricidade e calor. Muitos metais se encon-
tram combinados a outros elementos, precisando pas-
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
sar por um processo de separação para serem isolados.
§ Ametais (não metais): cerca da metade dos não me-
3B 4B 5B 6B 7B 8B 1B 2B
tais são gases, com exceção do bromo, que é líquido. Os
d1 d2 d3 d4 d5 d6 d7 d8 d9 d10 demais são sólidos. Oxigênio, nitrogênio, cloro e flúor
são não metais gasosos; carbono, iodo, fósforo, enxofre,
A outra parte deles está deslocada do corpo central, for- selênio e astato são não metais sólidos. Entre eles, exis-
mando as séries dos lantanídeos e dos actinídeos deno- tem os halogênios: flúor, cloro, bromo, iodo e astato, que
minados elementos de transição interna. reagem com metais e formam sais. O sal comum, por
exemplo, é formado pela combinação de cloro e sódio.
Essas séries constituem 15 colunas. O elétron mais energé-
tico está localizado em subníveis f (de f1 a f14). Os não metais não são bons condutores de eletricidade
ou calor; os sólidos normalmente se quebram ao serem
O esquema a seguir apresenta o subnível ocupado pelo dobrados. Eles possuem ponto de fusão baixo (com ex-
elétron mais energético dos elementos da Tabela Periódica. ceção do carbono na forma de grafite ou diamante). Em
1 18
geral, não reagem com ácidos diluídos. O hidrogênio
1s 1 1s 2
2s 1
2
2s 2
13
2p1
14
2p2
15
2p3
16
2p4
17
2p5 2p6
deve ser deixado fora dessa classificação devido às suas
3s 1 3s 2
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
3p1 3p2 3p3 3p4 3p5 3p6
propriedades muito especiais. Por via de regra, os não
4s 1 4s 2 3d1 3d2 3d3 3d4 3d5 3d6 3d7 3d8 3d9 3d10 4p1 4p2 4p3 4p4 4p5 4p6 metais possuem características opostas às dos metais.
VOLUME 1
5s 1 5s 2 4d1 4d2 4d3 4d4 4d5 4d6 4d7 4d8 4d9 4d10 5p1 5p2 5p3 5p4 5p5 5p6
6s 1 6s 2 4f 5d2 5d3 5d4 5d5 5d6 5d7 5d8 5d9 5d10 6p1 6p2 6p3 6p4 6p5 6p6 § Semimetais: possuem propriedades intermediárias en-
7s 1 7s 2 5f 6d2 6d3 6d4 6d5 6d6 6d7 6d8 6d9 6d10 7p1 7p2 7p3 7p4 7p5 7p6 tre os metais e os não metais.
4f 1 4f 2 4f 3 4f 4 4f 5 4f 6 4f 7 4f 8 4f 9 4f 10 4f 11 4f 12 4f 13 4f 14 5d1
§ Gases nobres: possuem comportamento químico muito
5f 5f 5f 5f 5f 5f 5f 5f 5f 5f 5f 5f 5f 5f 6d1
particular, sendo usualmente inertes, ou seja, pouco reativos.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Aplicação do conteúdo
1. Um átomo no estado fundamental apresenta normal-
mente 2 elétrons na primeira camada, 8 na segunda, 18
na terceira e 7 na quarta camada. A família e o período
em que se encontra esse elemento são, respectivamente:
a) família dos halogênios, sétimo período;
b) família do carbono, quarto período;
multimídia: site c) família dos halogênios, quarto período;
d) família dos calcogênios, quarto período;
super.abril.com.br/ciencia/os-elementos-da-morte/ e) família dos calcogênios, sétimo período.
Resolução:
O elemento é do 4.º período, pois apresenta quatro cama-
6. Localização na Tabela Periódica das eletrônicas. Por apresentar 7 elétrons na quarta cama-
A distribuição eletrônica de um elemento permite que seja da, o elemento estará na coluna 7A. Trata-se, portanto, do
determinada sua localização na tabela. halogênio situado no quarto período.
O chumbo tem envenenado a humanidade desde a invenção de duas coisas complementares: a cerâmica e o vinho.
Potes de cerâmica costumavam ser envernizados com produtos à base de chumbo. Esse verniz reage com o vinho,
constituindo uma substância denominada acetato de chumbo. Também chamado de “açúcar de chumbo”, esse pro-
duto é – como seria de se esperar – doce. Por esse motivo, e porque ajuda a conservar o vinho, o acetato de chumbo
era adicionado de propósito à bebida no Império Romano. E a elite de Roma tomava vinho como se fosse água. Isso,
segundo John Emsley, provavelmente era a causa do comportamento alucinado de imperadores como Calígula e
VOLUME 1
Nero. Nos séculos seguintes, esse tipo de envenenamento continuou a atacar os bebedores de vinho, mas de forma
acidental ou devido à má-fé de pessoas que usavam o acetato de chumbo para disfarçar o vinho ruim.
NÚMERO DE
GRUPO (FAMÍLIA) DEFINIDO PELO ELÉTRONS NO
SUBNÍVEL MAIS
ENERGÉTICO
ELEMENTOS ELEMENTOS
REPRESENTATIVOS DE TRANSIÇÃO
VOLUME 1
2. Eletronegatividade e
CN COMPETÊNCIA(s)
1, 5 e 8
eletropositividade
Eletronegatividade é a tendência que um átomo
AULAS HABILIDADE(s)
3, 17, 29 e 30
possui de atrair elétrons quando se encontra “ligado”
7E8
a outro átomo de elemento químico diferente numa
substância composta.
1. Propriedades periódicas
não está definida
para esses gases.
A Tabela Periódica possibilita deduzir quais elementos têm § Variação da eletropositividade: ocorre de forma
propriedades químicas e físicas semelhantes. Os metais, oposta à da eletronegatividade e também não está de-
semimetais, não metais e gases nobres formam grupos finida para os gases nobres.
subdivididos para facilitar a localização.
A Tabela Periódica não é útil apenas para indicar a massa Eletropositividade é a capacidade que um átomo
atômica, o número atômico e a distribuição eletrônica dos tem de doar elétrons, em comparação a outro átomo,
átomos: ela é utilizada também para observar as proprie- na formação de uma substância composta. É o oposto
da eletronegatividade. Também é denominada caráter
dades periódicas e aperiódicas utilizadas para relacionar as
metálico.
características dos elementos com suas estruturas atômicas.
§ Propriedades periódicas: variam de acordo com o
número atômico, isto é, assumem valores que crescem e
decrescem ao longo de cada período da Tabela Periódica.
Propriedade
4 F
Cl
3 Br
I
At
2
1 Ra multimídia: vídeo
Li Na K Rb Cs Fr
Fonte: Youtube
10 20 30 40 50 60 70 80 90
Número atômico Metais Alcalinos 2
Exemplos: eletronegatividade, raio atômico, energia de
ionização (também denominada potencial de ionização),
eletroafinidade (também denominada afinidade eletrô- 3. Raio atômico
nica), densidade, temperaturas de fusão e ebulição e Devido ao fato de a eletrosfera não possuir um limite bem
VOLUME 1
nuvem eletrônica diminui, reduzindo o seu tamanho. In- Energia (ou potencial) de ionização é a energia
clusive, pode-se perder o último nível de energia. Quanto necessária para remover um elétron de um átomo (ou
menor a quantidade de níveis, menor o raio. Assim, raio íon) na fase gasosa.
do átomo > raio do cátion.
4ª E.I.:13Aℓ3+
(g)
+ 11.575,0 kJ/mol ⇒ 13Aℓ4+
(g)
+ e–
multimídia: site
super.abril.com.br/ciencia/a-quimica-presente-nas-
-atividades-do-dia-a-dia/
Número
3 4 5 6 7 8 9
Atômico (Z)
x 157 112 88 77 74 66 64
y 1,0 1,6 2,0 2,6 3,0 3,4 4,0
A propriedade X pode corresponder ao raio atômico, pois, com o aumento do número atômico (número de prótons), obser-
va-se diminuição nos valores dessa propriedade.
A propriedade Y pode corresponder à eletronegatividade, pois os valores aumentam com a elevação do número atômico.
Alternativa E
VIVENCIANDO
O flúor é muito utilizado em pastas de dente para proteger de forma mais eficiente os dentes contra cáries, e isso tem um
motivo muito lógico. Os dentes são protegidos por um esmalte que é basicamente constituído por um mineral denomi-
nado hidroxiapatita. A hidroxiapatita é formada por fosfato de cálcio cristalino Ca10(PO4)6(OH)2 e representa um depósito
de 99% do cálcio corporal e 80% do fósforo total. Esse mineral, muito pouco solúvel, dissolve-se em ácido, pois tanto o
P quanto o OH– reagem com H+:
Ca10(PO4)6(OH)2 + 20HCℓ → 10CaCℓ2 + 6H3PO4 + 2H2O
As bactérias que causam a deterioração aderem aos dentes e produzem ácido lático por meio do metabolismo
de açúcar. O ácido lático diminui o pH na superfície dos dentes para menos de 5. Num pH inferior a 5,5, a hidro-
xiapatita começa a dissolver e ocorre a deterioração dos dentes. O íon fluoreto inibe a deterioração dos dentes,
formando apatita fluoretada, Ca10(PO4)6F2, que é menos solúvel e mais resistente a ácidos do que a hidroxiapatita.
VOLUME 1
Há vários tipos de componentes que são capazes de conduzir energia elétrica. No entanto, do ponto de vista comercial,
dois são os principais: alumínio e cobre. O cobre é mais caro e, comparativamente, mais pesado do que o alumínio. Então
por que usar cobre?
Basicamente, o tipo de condutor que se aplica melhor às condições impostas é o usado. Peso, custo, aquecimento
e capacidade de condução elétrica são alguns dos fatores físicos e químicos que são levados em consideração na
escolha. Dessa maneira, os condutores de alumínio são mais usados em grandes redes de transmissão, e o cobre, em
instalações domésticas, por exemplo.
Comparativamente, o alumínio já chegou a ser oito vezes mais barato do que um equivalente de cobre. Além dis-
so, o condutor de alumínio tem metade do peso do seu correspondente de cobre. A terceira maior vantagem
desses condutores é resistir melhor à deformação. Todas essas características reduzem os custos do uso desse material em
grandes transmissões, pois as torres podem ser menos robustas e o espaçamento entre elas pode ser maior.
O cobre, por sua vez, possui maior resistência aos fatores externos, como oxidação e corrosão galvânica. Essas ca-
racterísticas reduzem o risco de superaquecimento das fiações. Além disso, o cobre é mais maleável que o alumínio,
favorecendo o uso para aplicações e instalações em que fios flexíveis são necessários ou desejáveis. Outro ponto é o
fato de que a maioria das estruturas existentes já são de cobre, e as conexões cobre-cobre são muito mais confiáveis
que alumínio-cobre.Por fim, a legislação brasileira, por meio da ABNT NBR 5410, impõe restrições legais ao uso de
alumínio em locais com uma ocupação muito densa ou onde o acesso é um pouco mais difícil. Por isso, em hospitais
e hotéis, por exemplo, é proibido usar alumínio.
Cobre – Alumínio
§ Resistividade elétrica:
17,241 Ω · mm²/km – 28,264 Ω · mm²/km
§ Densidade: 8,89 g/cm³ – 2,703 g/cm³
§ Peso (densidade × resistividade):
(17,241 ∙ 8,89) – (28,264 ∙ 2,703)
§ Massa atômica: 63,6 u.a. – 27 u.a.
§ Preço (tonelada): US$ 5.800 – US$ 1.800
VOLUME 1
HABILIDADE 30
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a
implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente.
Atualmente há uma preocupação internacional relacionada aos recursos encontrados. Muitos elementos são,
de forma geral, tão eficientes quantos os recursos que estão aos poucos sendo exauridos.
Por causa disso, é importante encontrar meios alternativos para a obtenção desses elementos com técnicas
diferenciadas e baratas, a fim de garantir um melhor aproveitamento dos recursos que a Terra pode conceder.
MODELO 1
(Enem) No ar que respiramos existem os chamados “gases inertes”. Trazem curiosos nomes gregos, que sig-
nificam “o Novo”, “o Oculto”, “o Inativo”. E de fato são de tal modo inertes, tão satisfeitos em sua condição,
que não interferem em nenhuma reação química, não se combinam com nenhum outro elemento e justamente
por esse motivo ficaram sem ser observados durante séculos: só em 1962 um químico, depois de longos e en-
genhosos esforços, conseguiu forçar “o Estrangeiro” (o xenônio) a combinar-se fugazmente com o flúor ávido
e vivaz, e a façanha pareceu tão extraordinária que lhe foi conferido o Prêmio Nobel.
LEVI, P. A tabela periódica. Rio de Janeiro: Relume-Dumará,1994 (adaptado).
Qual propriedade do flúor justifica sua escolha como reagente para o processo mencionado?
a) Densidade.
b) Condutância.
c) Eletronegatividade.
d) Estabilidade nuclear.
e) Temperatura de ebulição.
ANÁLISE EXPOSITIVA
De acordo com o texto, foi somente em 1962 que um químico, depois de longos e engenhosos es-
forços, conseguiu forçar “o Estrangeiro” (o xenônio) a combinar-se fugazmente com o flúor ávido e
vivaz, e a façanha pareceu tão extraordinária que lhe foi conferido o Prêmio Nobel. Essa informação
descreve a elevada eletronegatividade do flúor, capaz de formar XeF4.
RESPOSTA Alternativa C
VOLUME 1
MENOR PRIMEIROS
MENOR
NÚMERO DE PERÍODOS
RAIO ATÔMICO
CAMADAS DA TABELA
MENOR
MAIOR INTERAÇÃO
ELETROPO-
NÚCLEO-ELÉTRON
SITIVIDADE
VOLUME 1
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VOLUME 1
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QUÍMICA
GERAL
LIVRO
TEÓRICO
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
O tema de mudanças de estado físico e O tema de mudanças de estado e pro- Os temas se relacionam todos entre si, com
suas características são cobradas de ma- priedades físicas são importantes para o grande ênfase nos estudos das proprieda-
neira bem conceitual e interpretativa. melhor entendimento, no momento de des físicas e suas mudanças de estado.
resolver as questões..
Temas como mudança de estado físico e os Os assuntos abordados nesta frente se re- Entender as mudanças de estado físico Entender as mudanças de estado físico e
diagramas são assuntos que sempre incor- lacionam todos entre si, com grande ênfase e suas propriedades é necessário para a suas propriedades auxiliam na resolução e
poram questões mais embasadas. nos estudos das propriedades físicas e suas melhor interpretação de diversas questões entendimento de diversas questões.
mudanças de estado. cobradas.
Cobrados de maneira bem conceitual e in- O tema sobre mudanças de estados físicos É necessário um bom entendimento das
terpretativa, o tema de mudanças de esta- são os mais cobrados nesta frente, poden- mudanças de estado físico e como elas se
do físico e suas características são bastante do ser abordado em diferentes tipos de comportam, para resolver a maioria das
recorrentes. questão. questões.
Nesta frente, os temas de propriedades Os assuntos sobre diagrama de mudança Os temas assuntos de diagrama de mudan-
físicas e as características das mudanças de de estado e as propriedades físicas caem ça de estado e propriedades físicas são os
estado são cobradas para melhor entendi- de maneira que se tornam necessários para mais recorrentes e abordados de tal manei-
mento das informações dadas. a resolução de diversas questões. ra que são necessários para a resolução das
diversas questões.
VOLUME 1
CN
trados em um mesmo espaço físico (volume). A sua forma
e seu volume são fixos.
COMPETÊNCIA(s) Uma bola de boliche, por exemplo, pode ser colocada em
1, 2 e 8 qualquer tipo de recipiente e não assumirá a forma do reci-
piente. Seu volume também não sofrerá alteração.
AULAS HABILIDADE(s)
4, 7, 29 e 30
1E2
1.2. Líquido
No estado líquido, as partículas apresentam maior agita-
1. Estados físicos da matéria ção térmica e estão um pouco mais dispersas. Nesse es-
tado, as substâncias possuem volume fixo, porém a sua
Estados físicos da matéria, estados de agregação forma pode variar.
ou fases são as diferentes formas como a matéria pode se
A água líquida, por exemplo, tem volume fixo, mas assume
apresentar. Forma e volume são alguns fatores que distin-
a forma do recipiente que a contém.
guem cada um dos estados físicos. O estado sólido apresen-
ta forma e volume constante; o líquido possui forma variável
e volume constante; e o gasoso, forma e volume variáveis.
As partículas que formam a matéria não apresentam li-
berdade de movimento no estado sólido, ocorrendo ape-
nas movimentos vibracionais, além de, nesse estado, a
matéria possuir maior densidade. No estado líquido, as
partículas apresentam liberdade de movimento, porém
não estão completamente livres. Por fim, na fase gasosa,
as partículas apresentam ampla liberdade de movimento,
além de a matéria possuir menor densidade.
As substâncias podem sofrer alterações em seu estado fí-
sico quando alguns fatores são alterados, como a tempe- 1.3. Gasoso
ratura e a pressão. O estado gasoso é o estado de maior agitação térmica.
Nele, as partículas estão muito afastadas, dispersas no
espaço. Substâncias no estado gasoso possuem forma e
volume variáveis.
O ar atmosférico, por exemplo, não possui forma e nem
volume fixos, adaptando-se ao recipiente (ou espaço)
que o contém.
VOLUME 1
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Estados Físicos da Matéria - Completo - LENAQ
Va
aç
riz
Co liqu
bl
ão
aç
Su
aç
(
en çã
ão
im
sa o)
(temperatura de ebulição).
bl
çã
Su
Substância
Ponto de Ponto de Densidade é o quociente da massa pelo volume do
fusão (ºC) ebulição (ºC) material (a uma dada temperatura).
A –16 80
B 50 80
C –12 48 Essa definição é representada pela seguinte fórmula:
D –100 16
E 25 55
massa ⇒ d = __
d = ______ m
volume v
Qual o estado físico das substâncias a 20 ºC?
Associando a temperatura ao eixo x (abscissas) e colocan-
Para sólidos e líquidos, a densidade geralmente é expressa
do-se os valores de PF e PE, temos:
em grama por centímetro cúbico (g/cm3 ou g · cm–3)
Ponto de Ponto de ou grama por mililitro (g/mL ou g · mL–1). Para gases,
fusão ebulição
temperatura (ºC)
costuma ser expressa em gramas por litro (g/L ou g · L–1).
sólido líquido gasoso
mais do que a madeira. Ao se colocar na água 1 kg de Com os dados obtidos, calcula a densidade do metal, com-
chumbo e 1 kg de madeira, percebe-se que o chumbo para-a com o valor registrado numa tabela de proprieda-
afunda, enquanto a madeira flutua. Contudo, tal compa- des específicas de substâncias e conclui que se trata de
ração só se torna justa e racional quando realizada entre chumbo puro. Qual o valor calculado para a densidade, em
volumes iguais. g/mL, à temperatura da experiência?
Temperatura Temperatura
sólido de Densidade
Substância de Fusão de Ebulição
formato irregular (g/cm3)
(ºC) (ºC)
Álcool –114,5 78,4 0,789
Acetona –94,8 56,2 0,791
volume Naftalina 80,2 218,5 1,145
água
inicial
A densidade é uma propriedade fundamental para a química. Ela serve para indicar o
porquê de os objetos afundarem ou flutuarem quando estão sob a água ou qualquer outro
líquido. O que tem de se levar em conta quando se trata de densidade não é simplesmente
a massa de certo material, mas a sua distribuição de massa pela quantidade total de volu-
me. Isso leva a uma assimilação matemática em que certos tipos de material têm uma certa
quantidade de massa para certa quantidade de volume. Se os compostos forem imiscíveis,
é possível obter uma coluna de densidade muito bonita para analisar como as diferentes
substâncias têm diferentes densidades. Observe a imagem:
3. (Enem) O controle de qualidade é uma exigência da A respeito das amostras ou do densímetro, pode-se afirmar que:
sociedade moderna na qual os bens de consumo são a) a densidade da bola escura deve ser igual a
produzidos em escala industrial. Nesse controle de qua- 0,811 g/cm3.
lidade, são determinados parâmetros que permitem b) a amostra 1 possui densidade menor do que
checar a qualidade de cada produto. O álcool combustí- a permitida.
vel é um produto de amplo consumo muito adulterado, c) a bola clara tem densidade igual à densidade da
pois recebe adição de outros materiais para aumentar bola escura.
a margem de lucro de quem o comercializa. De acor- d) a amostra que está dentro do padrão estabelecido
do com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o álco- é a de número 2.
ol combustível deve ter densidade entre 0,805 g/cm3
e) o sistema poderia ser feito com uma única bola de
e 0,811 g/cm3. Em algumas bombas de combustível, a densidade entre 0,805 g/cm3 e 0,811 g/cm3.
densidade do álcool pode ser verificada por meio de um
densímetro similar ao desenhado abaixo, que consiste Resolução:
em duas bolas com valores de densidade diferentes e
verifica quando o álcool está fora da faixa permitida. A densidade do álcool combustível deve ser entre
Na imagem, são apresentadas situações distintas para 0,805 g/cm3 e 0,811 g/cm3. Na imagem, as duas bolas no
três amostras de álcool combustível. combustível da amostra 1 estão flutuando, indicando que a
densidade do combustível é maior do que a densidade das
duas bolas.Assim,a densidade do combustível 1 está acima de
0,811 g/cm3, ou seja, está fora do permitido.
Na amostra 3, ocorre o oposto da amostra 1, pois as duas
bolas estão afundadas, indicando que a densidade das duas
bolas é maior do que a do combustível. Assim, a densidade
do combustível 3 está abaixo de 0,805 g/cm3, ou seja, está
VOLUME 1
fora do permitido.
Na amostra 2, ocorre a situação intermediária às amos-
tras 1 e 3, sendo que a bola escura flutua e a bola clara
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 afunda. Isso indica que a densidade do álcool combustível
HABILIDADE 7
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em
vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida.
Muitas vezes é necessário realizar a fiscalização de postos de gasolina para conferir se não há adulteração do
combustível. Essa adulteração é feita por meio da adição de muita água.
Para verificar se a adulteração procede, é realizado o teste de densidade, propriedade físico-química importan-
tíssima para análises laboratoriais.
MODELO 1
(Enem) Ainda hoje, é muito comum as pessoas utilizarem vasilhames de barro (moringas ou potes de cerâmi-
ca não esmaltada) para conservar água a uma temperatura menor do que a do ambiente. Isso ocorre porque
a) O barro isola a água do ambiente, mantendo-a sempre a uma temperatura menor que a dele, como
se fosse isopor.
b) O barro tem poder de “gelar” a água pela sua composição química. Na reação, a água perde calor.
c) O barro é poroso, permitindo que a água passe através dele. Parte dessa água evapora, tomando calor
da moringa e do restante da água, que são assim resfriadas.
d) O barro é poroso, permitindo que a água se deposite na parte de fora da moringa. A água de fora
sempre está a uma temperatura maior que a de dentro.
e) A moringa é uma espécie de geladeira natural, liberando substâncias higroscópicas que diminuem
naturalmente a temperatura da água.
ANÁLISE EXPOSITIVA
Na questão é necessário o domínio das mudanças de estado da matéria, relacionando-o com o coti-
diano. Trata-se de uma ferramenta muito utilizada pelo Enem nos últimos vestibulares.
O barro é poroso, permitindo que a água passe através dele. Parte dessa água evapora (H20(ℓ) + calor
→ H20(v)), absorvendo calor da moringa e do restante da água, que são assim resfriadas.
VOLUME 1
RESPOSTA Alternativa C
ENERGIA CINÉTICA
PROCESSO EXOTÉRMICO DAS MOLÉCULAS
TEMPERATURA
S U B L I MA ÇÃ O
FUSÃO EVAPORAÇÃO
SÓLIDO LÍQUIDO GASOSO
SOLIDIFICAÇÃO CONDENSAÇÃO
S U B L I MA ÇÃ O
VOLUME 1
CN
transcorrido durante o resfriamento de uma amostra de
água, partindo do estado gasoso (a 120 °C) até o estado
COMPETÊNCIA(s) sólido (a –40 °C). O gráfico que representa a temperatura
1, 2, 4 e 7 dessa amostra em função do tempo no resfriamento é cha-
mado de curva de resfriamento da água:
AULAS HABILIDADE(s)
3, 15 e 27
3E4
VIVENCIANDO
É muito comum ver em praias e festas as pessoas colocando sal em seus coolers com bebidas. Mas você sabe por
que as pessoas fazem isso?
A água tem uma temperatura de fusão em aproximadamente 0 °C, e a temperatura da água só começa a baixar a
partir do momento em que toda água vira sólido, caso contrário ela ficará em 0 °C sempre. Porém, ao adicionarmos
sal na água, seu ponto de fusão e de ebulição mudam. A sua temperatura de fusão abaixa. Assim, se você colocar
suas bebidas num recipiente onde a temperatura está abaixo de zero, será muito mais eficiente.
A mistura água + sal permite que as bebidas sejam resfriadas mais rapidamente, pois seu diagrama de fase agora
não é uma temperatura constante nos pontos de ebulição e de fusão, mas pode variar conforme o tempo.
Material PF PE
X Constante Constante
Y Varia Varia
PE = 78,1 Z Constante Varia
T Varia Constante
A fase na qual uma substância se apresenta depende das condições de pressão e temperatura. Assim, para cada
substância, afirma-se que existem pares de valores dessas duas variáveis que correspondem à fase sólida, pares que
correspondem à fase líquida e pares que correspondem à fase gasosa.
Algumas substâncias ditas anômalas fogem da regra de que, quanto maior for a pressão, maior será a temperatura
de mudança de fase. No caso dessas substâncias, quanto maior for a pressão sobre elas, mais baixa será a tempera-
tura de fusão. Dessa forma, o diagrama de fases da água é representado da seguinte maneira:
É possível observar no diagrama que, quando a pressão é 1 atmosfera, a fusão do gelo ocorre a uma temperatura
de 0 ºC. No entanto, quando a pressão exercida é de 8 atmosferas, o gelo se funde a uma temperatura mais baixa,
cerca de –0,06 ºC.
Se você observar o diagrama da água e compará-lo com o de outra substância, perceberá que a linha delimitadora
entre as fases sólida e líquida apresenta uma inclinação para a esquerda.
A inclinação quer dizer que é possível fundir a água por meio de um simples aumento de pressão.
De acordo com a Física, a pressão nada mais é do que a força aplicada dividida pela superfície da área de contato.
Um exemplo claro de como a Física e a Química trabalham juntas são os patinadores de gelo. Como os patins são
muito finos, sua superfície é muito pequena e o seu peso é grande, a pressão exercida pela lâmina quando os patins
deslizam na superfície faz o gelo derreter. Na realidade, os patins deslizam sobre uma fina película de água líquida,
e não sobre a água sólida.
VOLUME 1
MODELO 1
(Enem) Em nosso cotidiano, utilizamos as palavras “calor” e “temperatura” de forma diferente de como elas
são usadas no meio científico. Na linguagem corrente, calor é identificado como “algo quente” e temperatura
mede a “quantidade de calor de um corpo”. Esses significados, no entanto, não conseguem explicar diversas
situações que podem ser verificadas na prática.
Do ponto de vista científico, que situação prática mostra a limitação dos conceitos corriqueiros de calor e temperatura?
a) A temperatura da água pode ficar constante durante o tempo em que estiver fervendo.
b) Uma mãe coloca a mão na água da banheira do bebê para verificar a temperatura da água.
c) A chama de um fogão pode ser usada para aumentar a temperatura da água em uma panela.
d) A água quente que está em uma caneca é passada para outra caneca a fim de diminuir sua temperatura.
e) Um forno pode fornecer calor para uma vasilha de água que está em seu interior com menor tempera-
tura do que a dele.
ANÁLISE EXPOSITIVA
As referencias teóricas das mudanças de fase das substâncias são fundamentais para a resolução da ques-
tão. É de extrema importância a padronização de experimentos e resultados para que se tenha uma noção
do que acontece com as substâncias durante as mudanças de fases.
Quando se aquece uma substância pura que estava inicialmente no estado sólido, a temperatura aumenta
até atingir o ponto de fusão (PF), em que começa a “derreter”; nesse ponto, a temperatura é constante.
Quando é alcançada a temperatura de ebulição, ou ponto de ebulição (PE), ocorre o mesmo: a temperatura
permanece constante. Isso acontece com qualquer substância pura. Veja a figura a seguir:
VOLUME 1
RESPOSTA Alternativa A
SUBSTÂNCIAS
MISTURAS
PURAS
PE E PF
EUTÉTICA AZEOTRÓPICA
CONSTANTES
PF CONSTANTE PE CONSTANTE
MISTURA “COMUM”
PF E PE
VARIÁVEIS
VOLUME 1
CN
A hipótese de Dalton e o reconhecimento de que existem
diversos elementos químicos (átomos) diferentes na na-
COMPETÊNCIA(s) tureza levam a uma pergunta muito importante: por que
1, 2 e 8 existe uma variedade tão grande de materiais na natureza?
Com efeito, os átomos, além de permanecerem isolados,
AULAS HABILIDADE(s)
4, 7, 29 e 30
podem combinar-se de formas distintas, formando uma in-
5E6
finidade de agrupamentos diferentes que podem constituir
moléculas (“átomos compostos”) ou aglomerado de íons
(conceito que será explicado mais adiante).
2. Conceitos fundamentais
2.1. Átomo e elemento químico
Átomos são as partículas que formam a matéria. Ele-
mento, por sua vez, é um conjunto formado por átomos
1. Matéria iguais. Em outras palavras, é um conjunto de átomos com
o mesmo número atômico (Z).
Tudo o que tem massa e ocupa espaço é denominado
matéria. Em outras palavras, qualquer coisa que tenha
existência física ou real é matéria. Tudo o que existe no
universo conhecido manifesta-se como matéria ou energia.
A matéria pode ser líquida, sólida ou gasosa. São exemplos
de matéria: papel, madeira, ar, água, pedra, ferro, etc.
As primeiras ideias sobre a estrutura da matéria surgiram na
Grécia, por volta de 450 a.C., com os filósofos Demócrito e
Leucipo. Eles sugeriram que, dividindo-se sucessivamente uma
substância, chegaríamos a uma unidade indivisível, o átomo
(do grego “átomos”, que significa “não divisível”). Cada elemento químico possui um nome e um símbolo,
que é formado pela letra inicial (de forma e maiúscula) de
1.1. A teoria atômica de Dalton seu nome em latim ou grego. No caso de elementos com a
Mais de dois mil anos depois dos filósofos gregos, o cien- mesma inicial, é acrescentada uma segunda letra, minúscula.
tista inglês John Dalton (1766-1844), procurando justificar O símbolo é usado universalmente.
os resultados obtidos nos experimentos realizados por La- Atualmente existem 118 elementos químicos diferentes
voisier e Proust – que deram origem às leis ponderais –, que, combinados entre si, formam todos os materiais
propôs em 1803 sua teoria sobre a estrutura da matéria, encontrados.
denominada teoria atômica de Dalton:
Observe alguns exemplos a seguir:
§ Toda matéria é constituída por entidades extremamen-
Elemento Símbolo
te pequenas: os átomos.
Carbono C
§ Átomos iguais possuem propriedades iguais, inclusive
Hidrogênio H
a massa.
VOLUME 1
Sódio (Natrium) Na
§ Átomos diferentes possuem propriedades diferentes,
Prata (Argentum) Ag
inclusive a massa.
Chumbo (Plumbum) Pb
§ Átomos podem combinar-se entre si formando estruturas
Potássio (Kalium) K
quimicamente estáveis.
3. Sistemas materiais
Uma porção de matéria é denominada sistema. Geralmente,
essa porção de matéria é isolada para análise ou estudo. Os
sistemas podem ser classificados de duas maneiras:
1. Quanto à constituição (composição) – substância multimídia: vídeo
pura (ou simplesmente substância) ou mistura.
Fonte: Youtube
2. Quanto ao aspecto visual (nem sempre confiável, caso Concurso! - Torre de Líquidos
seja aplicada apenas a visão humana para análise) – ho-
mogêneo ou heterogêneo.
É importante ressaltar que esses dois critérios não são mu- 3.2. Mistura
tuamente excludentes; assim, é possível encontrar: Mistura é a espécie de matéria constituída, literalmente,
§ substância pura com aspecto homogêneo (como água pela mistura de duas ou mais substâncias puras.
pura líquida); As misturas têm composição química variável, ou seja, a
proporção de cada uma das espécies que as compõem
§ substância pura com aspecto heterogêneo (como água é variável.
e gelo);
Algumas misturas são tão importantes que possuem
§ mistura homogênea (como água e sal de cozinha); nome próprio.
§ Mistura heterogênea (como água e óleo). § Gasolina – mistura de hidrocarbonetos, que são subs-
tâncias formadas somente por hidrogênio e carbono.
§ Ar atmosférico – mistura de 78% de nitrogênio,
VOLUME 1
Matéria
multimídia: site
Simples Composta Homogênea Heterogênea
https://www.soq.com.br/conteudos/ef/substancias/
4.1. Fases de um sistema p3.php
Cada uma das porções homogêneas que compõem um
sistema heterogêneo é denominada fase.
Exemplos
5.Alotropia
§ A mistura de água e óleo apresenta duas fases: uma
Chamamos de alótropos as substâncias simples formadas pelo
porção homogênea formada pela água e outra forma-
mesmo elemento químico, mas que têm quantidades diferen-
da pelo óleo.
tes de átomos desse elemento, ou ainda arranjos espaciais
§ A mistura de água, sal e areia apresenta duas fases: distintos. Nas tabelas a seguir, podemos ver alguns exemplos
uma porção homogênea formada pela água contendo de alótropos.
o sal dissolvido e uma fase sólida constituída pela areia.
Exemplos
§ O granito, pedra bastante utilizada em construção, pos-
sui três fases sólidas (quartzo, mica e feldspato). Elemento
Nome da
Figura no
substância Fórmula Atomicidade
químico espaço
simples
Em relação ao número de fases, os sistemas são classi-
VOLUME 1
grafite Cn ou C macromolécula
Misturas são sistemas formados por duas ou mais substâncias puras e podem se classificar em homogêneas ou heterogêneas.
Mistura homogênea possui as mesmas propriedades ao longo de toda a sua extensão, independente da resolução
óptica usada para examiná-la. Já nas misturas heterogêneas, as propriedades de uma região ou amostra são diferen-
tes daquelas para outra região ou amostra.
A distinção entre os componentes das misturas heterogêneas pode ser vista a olho nu, mas em alguns casos são
necessários aparelhos microscópios, como é o caso do sangue. As diferentes porções constituintes do sangue podem
ser observadas ao microscópio.
O sangue é composto por glóbulos vermelhos (hemácias), que contêm hemoglobina, cuja função primária é o arma-
zenamento e transporte do oxigênio para os tecidos; glóbulos brancos, cujo principal papel é identificar, destruir e
VOLUME 1
remover qualquer produto estranho que tenha penetrado no organismo; e plaquetas, que atuam principalmente no
mecanismo de coagulação sanguínea.
sistema polifásico.
II. Falso. A maioria dos sistemas polifásicos é uma Gelo
mistura heterogênea. No entanto, um sistema que
contém água com gelo é polifásico, mas não se trata
Água líquida
de uma mistura heterogênea.
III. Falso. Sangue é um exemplo de um sistema mo- Ferro sólido
DIAGRAMA DE IDEIAS
AMOSTRA DE
MATÉRIA
SUBSTÂNCIA
MISTURA
PURA
COMPOSTA
SIMPLES HOMOGÊNEA HETEROGÊNEA
(2 OU +
(1 ELEMENTO) (1 FASE) (2 OU + FASES)
ELEMENTOS)
VOLUME 1
CN
utilizadas no dia a dia.
A seguir, serão abordados os principais processos de separação.
COMPETÊNCIA(s)
1, 2 e 8
AULAS HABILIDADE(s)
4, 7, 29 e 30
7E8
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
O Segredo das Coisas - Ouro
2. Misturas heterogêneas
1. Separação de misturas Como foi visto anteriormente, misturas heterogêneas são
sistemas formados por pelo menos dois componentes,
compondo ao menos duas fases distintas.
que o açúcar se dissolve na água, ao contrário da areia. sofre evaporação, causando a cristalização separada de
cada componente. Essa técnica se baseia na diferença
Dependendo da complexidade da mistura, é preciso utilizar de solubilidade dos sólidos. A cristalização pode ser
vários processos diferentes numa sequência que se baseia induzida por mudanças na concentração, na tempera-
nas propriedades das substâncias presentes na mistura. tura, etc.
Divulgação
Líquido separado
Sólido
2.2. Misturas heterogêneas
[sólido-líquido]
§ Decantação: a fase sólida se sedimenta por ser mais
densa, ou seja, deposita-se no fundo do recipiente.
VOLUME 1
Condensador
Balão de
destilação
Torneira
Erlenmeyer
de partículas sólidas na atmosfera. A filtração também acoplada à aparelhagem de destilação simples. Conhe-
é utilizada nos aspiradores de pó, onde o sólido é retido
cendo-se a temperatura de ebulição de cada líquido, é
(poeira) à medida que o ar é aspirado.
possível saber, pela temperatura indicada no termômetro,
qual deles está sendo destilado (eliminado do sistema).
Quando o petróleo é extraído, ele vem cheio de impurezas que são separadas por meio de processos físicos. Por
exemplo, a decantação é utilizada para separar o petróleo da água salgada. Dado que a água é mais densa do que
o petróleo, ela fica na parte de baixo, e o petróleo fica na parte de cima, o que possibilita a separação. Também é
utilizada a filtração para remover impurezas maiores, como areia, argila e pedaços de rochas.
O petróleo é composto por uma mistura complexa de hidrocarbonetos; devido a isso, ele é enviado para as refina-
rias a fim de que seus componentes sejam separados e tenham um melhor aproveitamento. Entretanto, não é conhecido
até o momento nenhum método que consiga separar cada um desses hidrocarbonetos. Por isso, essa separação ocorre
em frações de substâncias, ou seja, separa-se a mistura complexa do petróleo em misturas bem mais simples.
A destilação fracionada é o primeiro método utilizado para esse fim e se baseia na diferença das faixas das tempe-
raturas de ebulição das frações do petróleo.
Para isso, é utilizada uma torre de destilação com uma fornalha na parte inferior, onde o combustível é aquecido. A
torre possui até 50 pratos ou bandejas, sendo que cada um apresenta uma temperatura diferente que vai diminuindo
à medida que a altura aumenta.
Quando o petróleo é aquecido na fornalha, seus componentes vão passando para o estado gasoso. Os componentes
mais pesados (de maior massa molar) não sobem, permanecem líquidos na parte inferior e são separados. As demais
frações no estado gasoso sobem pela torre, e, quando uma dessas frações atinge uma bandeja com uma temperatu-
ra menor que seu ponto de ebulição, ela se liquefaz e é coletada nessa altura da torre. As demais frações, que ainda
permanecem no estado gasoso, passam para a próxima bandeja, e esse processo vai se repetindo. Assim, cada uma
das frações se liquefaz em um dos pratos ou em uma das bandejas e é coletada separadamente.
Termômetro
Condensador
Coluna
de fracionamento
Balão
Saída de água
Entrada de água
Bico Bunsen
Exemplos: separação de misturas de água e álcool. A destilação é muito empregada em indústrias petroquímicas na sepa-
ração dos diferentes derivados do petróleo. Nesse caso, as colunas de fracionamento são divididas em bandejas ou pratos.
Esse processo também é muito usado na produção de bebidas alcoólicas (alambique).
Tacho de
aquecimento
Garapa fermentada
em destilação
VOLUME 1
Saída de água
de resfriamento
Entrada de água
de resfriamento Serpentina
de resfriamento
Fogo Aguardente
O esquema mostra o tradicional alambique usado para preparar bebidas alcoólicas provenientes da fermentação de açúcares ou cereais.
Gasolina
A liquefação fracionada é empregada na separação
200ºC dos componentes do ar atmosférico: N2, O2 e outros
Querosene
gases. Depois da liquefação do ar, a mistura líquida
300ºC é destilada, e o primeiro componente a ser obtido é
o N2, pois ele apresenta menor PE (–196 °C); em se-
Óleo diesel
370ºC
guida, obtém-se o O2, que possui maior PE (–183 °C).
Petróleo
bruto Óleo
lubrificante
gêneas (soluções gasosas), tem-se: e o cloreto de sódio estão numa mesma fase líquida,
enquanto que o cloreto de prata se encontra numa
§ Liquefação fracionada: a mistura de gases passa fase sólida. Descreva como é possível realizar, em um
por um processo de liquefação e, em seguida, pela des- laboratório de química, a separação dos componentes
tilação fracionada. dessa mistura.
Como visto anteriormente, o sangue pode ser classificado como uma mistura homogênea a olho nu. No entanto, com
o auxílio de um microscópio, é possível observar uma mistura heterogênea, pois o sangue é constituído por outros
compostos. Além de tudo, há maneiras diferentes de separar os conteúdos do sangue.
“O sangue pode ser separado em diversos componentes sanguíneos para várias indicações clínicas. No entanto, muitos
países não possuem instalações para a separação de componentes, e o sangue total continua sendo o produto mais uti-
lizado na maioria dos países subdesenvolvidos. O uso de sangue total pode ser a mais segura e sustentável maneira de
cobrir as necessidades transfusionais mais urgentes. No entanto, quando há recursos disponíveis, o uso de componentes
sanguíneos oferece certas vantagens”, segundo a Organização Mundial de Saúde.
A centrifugação é uma das maneiras mais utilizadas na separação do sangue.
Para isso, coloca-se a mistura num aparelho chamado centrífuga, que gira em alta velocidade, depositando no fundo
VOLUME 1
Plasma (55%)
Glóbulos brancos
e plaquetas (1%)
Glóbulos vermelhos
(44%)
VOLUME 1
HABILIDADE 30
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a
implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente.
Atualmente há uma preocupação internacional relacionada aos recursos encontrados. Muitos elementos são,
de forma geral, tão eficientes quantos os recursos que estão, aos poucos, sendo exauridos.
Por causa disso, é importante encontrar meios alternativos para a obtenção desses elementos com técnicas
diferenciadas e baratas, a fim de garantir um melhor aproveitamento dos recursos que a Terra pode conceder.
Meios de extração para purificação da água, dessalinização da água, formas de purificação de uma região
poluída por solventes orgânicos residuais de indústrias e meios de separação de substâncias imiscíveis em um
âmbito ambiental são algumas das principais questões desenvolvidas nesse tipo de habilidade.
MODELO 1
(Enem) Entre as substâncias usadas para o tratamento de água está o sulfato de alumínio que, em meio alcali-
no, forma partículas em suspensão na água, às quais as impurezas presentes no meio aderem.
O método de separação comumente usado para retirar o sulfato de alumínio com as impurezas aderidas é a
a) flotação;
b) levigação;
c) ventilação;
d) peneiração;
e) centrifugação.
ANÁLISE EXPOSITIVA
Essa questão mostra a dinâmica do Enem em que sempre há uma abordagem relacionada ao cotidiano e
muitas vezes relacionada com problemas ambientais.
Nas estações de tratamento, a água que será consumida pela população precisa passar por uma série de
etapas que possibilite eliminar todos os seus poluentes.
Uma dessas etapas é a coagulação ou floculação, com o uso de hidróxido de cálcio, conforme a reação:
3Ca(OH) + Aℓ (SO ) 2Aℓ(OH) + 3CaSO
2 2 4 3 3 4
O hidróxido de alumínio (Aℓ(OH)3) obtido, que é uma substância insolúvel em água, permite reter em sua
superfície muitas das impurezas presentes na água (floculação). O método de separação comumente usado
para retirar o sulfato de alumínio com as impurezas aderidas é a flotação (faz-se uma agitação no sistema
e as impurezas retidas sobem à superfície da mistura heterogênea).
RESPOSTA Alternativa A
VOLUME 1
• VENTILAÇÃO
• CATAÇÃO
• LEVIGAÇÃO
• PENEIRAÇÃO
• DECANTAÇÃO (SIFONAÇÃO)
• FILTRAÇÃO
MISTURAS • CENTRIFUGAÇÃO
HETEROGÊNEAS
• DECANTAÇÃO (FUNIL)
SÓLIDO
• DECANTAÇÃO (CÂMARA DE POEIRA)
GASOSO
LÍQUIDO
• DESTILAÇÃO SIMPLES
MISTURAS
• DESTILAÇÃO FRACIONADA
HOMOGÊNEAS
• LIQUEFAÇÃO FRACIONADA
VOLUME 1
CÁLCULOS
QUÍMICOS
LIVRO
TEÓRICO
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
Cálculo estequiométrico sempre é cobrado, Cálculo estequiométrico e o raciocínio para Ocorre grande incidência em cálculo este-
de tal maneira que o raciocínio para a reso- a resolução das questões são cobrados na quiométrico e o raciocínio utilizado por trás
lução é importante. maior parte da prova. das resoluções é considerado.
O cálculo estequiométrico, assim como o O tema cálculo estequiométrico é cobrado O tema cálculo estequiométrico e o bom O tema cálculo estequiométrico e o bom
raciocínio e a interpretação das informa- de maneira bem direta, sendo necessários entendimento de como se relaciona com as entendimento de como se relaciona com as
ções, são sempre cobradas em questões. boa interpretação e conhecimentos sobre informações são sempre necessários para a informações são sempre necessários para a
as propriedades físicas e químicas das resolução das questões. resolução das questões.
substâncias.
É necessário boa interpretação e conhe- Boa interpretação e conhecimentos sobre As questões abordam cálculos estequio-
cimentos sobre as propriedades físicas e as propriedades físicas e químicas das métricos, e todo o raciocínio envolvido na
químicas das substâncias, já que o tema substâncias são necessário para a resolu- resolução da questão é cobrado.
de cálculo estequiométrico é cobrado de ção das questões de cálculo estequiométri-
maneira bem direta. co, que são as mais recorrentes.
O tema cálculo estequiométrico é abor- O tema cálculo estequiométrico é abor- Por ser abordado de maneira bem direta o
dado junto com as outras frentes, sendo dado de maneira que o aluno precise tema cálculo estequiométrico, o candidato
necessários bom conhecimento em pro- interpretar bem os dados e relacioná-los precisa interpretar bem os dados e relacio-
priedades e características das substâncias. corretamente. ná-los da maneira correta.
VOLUME 1
CN
Os átomos individuais são muito pequenos para serem vis-
tos e pesados. Contudo, pode-se determinar as massas re-
COMPETÊNCIA(s) lativas de átomos diferentes, ou seja, é possível determinar
1e2 a massa de um átomo comparando-a com a massa de um
átomo de outro elemento escolhido como padrão.
AULAS HABILIDADE(s)
4e7
Na Conferência da União Internacional de Química Pura
1. Introdução
1 da
Uma unidade de massa atômica (1u) corresponde a ___
Para se obter uma quantidade desejada de produtos, é preci- 12
massa de um átomo do isótopo 12 do elemento carbono.
so, tanto nas atividades laboratoriais quanto nas industriais,
conhecer a quantidade de reagentes que se deve usar. O valor de 1u é 1,66 ∙ 10–24 g, que equivale aproximada-
É a partir do cálculo das massas e dos volumes das substâncias mente à massa de um próton ou de um nêutron.
envolvidas nas reações químicas que isso será possível. Muitas
vezes, é necessário determinar também o número de átomos
ou de moléculas das substâncias que reagem ou são produzi-
das. Para isso, é necessário conhecer a massa dos átomos.
A medida de uma grandeza é feita por comparação com
uma grandeza padrão convenientemente escolhida. Dessa
maneira, a medida da massa de um corpo é feita comparan-
do-a com a massa de um padrão adequadamente escolhido. multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Quando se afirma que uma pessoa possui uma massa de
65 kg, é possível interpretar esse resultado da seguinte ma- HAVE YOU EVER SEEN AN ATOM?
neira: a pessoa possui uma massa 65 vezes maior que o
padrão utilizado para medir a sua massa, isto é, 1 kg.
E qual será a grandeza utilizada para medir a massa de um 2.2. Massa atômica (MA)
átomo ou de uma molécula?
Massa atômica é o número que indica quantas vezes
a massa de um átomo de um determinado elemento é
1 da massa do átomo de 12C.
maior que 1u, ou seja, ___
12
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube Exemplo
O QUE É A QUÍMICA Quando se diz que a massa atômica do átomo de 32S é
igual a 32 u, conclui-se que:
A, composto pelos isótopos naturais A1, A2, ..., An, pode ser
§ Número de massa (A) é um número inteiro e po- calculada por:
sitivo, definido como a soma do número de prótons
A1 · %A1 + A2 · %A2 + ... + An · %An
(Z = P) com o número de nêutrons (N), isto é, A = P + N. ____________________________
.
100%
O aparelho usado na determinação da massa atômica é chama-
do de espectrômetro de massa. A medida é realizada com gran- Exemplo
de precisão, e o processo de determinação da massa do átomo
é comparativo com o padrão, ou seja, o átomo de carbono-12. Quando se diz que a massa atômica do elemento cloro é
35,5 u, conclui-se que:
2.3. Massa atômica de um elemento § cada átomo do elemento cloro possui massa, em mé-
dia, igual a 35,5 u;
Um mesmo elemento é formado, muitas vezes, por átomos
de diferentes massas denominados isótopos. § cada átomo do elemento cloro possui massa, em mé-
1 da massa do carbono-12.
dia, 35,5 vezes maior que ___
Ocorrência 12
Elemento Isótopo MA (u)
Natural
12
C 12,000 98,89%
Carbono
13
C 13,0034 1,11%
Sódio 23
Na 22,9898 100%
35
Cℓ 34,9689 75,77%
Cloro
37
Cℓ 36,9659 24,23%
79
Br 78,9183 50,7% multimídia: site
Bromo
81
Br 80,9163 49,3%
121
Sb 120,9038 57,3% super.abril.com.br/historia/400-anos-em-10/
Antimônio
123
Sb 122,9042 42,7%
Mg ⇒ 23,985 u — 78,99 %
24 Visto que as moléculas são formadas por um grupo de
átomos ligados entre si, o padrão usado como base para
Mg ⇒ 24,986 u — 10,00 %
25
identificar as massas dessas moléculas é o mesmo usado
Mg ⇒ 25,982 u — 11,01 %
26
para os átomos: a unidade de massa atômica (u).
1
§ a massa de uma molécula H2O é 18 vezes maior que ___ Assim, temos:
12 7,7 · 10-6 g de He ———— 11,6 · 1017 átomos de He
da massa do átomo de carbono-12;
4 g de He ———— Na
§ uma molécula de água é 1,5 vezes mais pesada que
um átomo de carbono-12.
NA = 6,02 · 1023 átomos
Nota: A massa dos compostos iônicos é chamada de
massa-fórmula (MF).
Por exemplo: NaCℓ ⇒ MF = 58,5 u
Para facilitar, é utilizada a expressão massa molecular tanto
5. Conceito de mol
para os compostos moleculares quanto para os iônicos. Segundo a União Internacional da Química Pura e Aplicada
(IUPAC), mol é a quantidade de matéria que contém tantas
entidades elementares (átomos, moléculas, elétrons, partí-
4. Constante ou número culas, etc.) quantos são os átomos de carbono-12 contidos
Considere as seguintes amostras: 12 g de carbono, 27 g de Constante de Avogadro é o número de átomos de 12C con-
alumínio e 40 g de cálcio. tidos em 0,012 kg de 12C, e seu valor é 6,02 · 1023 mol–1.
Verifica-se experimentalmente que o número de átomos n
existentes em cada uma das amostras é o mesmo, embo- Assim:
ra elas possuam massas diferentes. No entanto, quantos
átomos existem em cada uma dessas amostras? Várias ex- Mol é uma quantidade de 6,02 · 1023 partículas quaisquer.
periências foram realizadas para determinar esse número,
conhecido como número de Avogadro (Na), e o valor en- Exemplo
contrado foi 6,02 · 1023.
§ 1 mol de átomos contém 6,02 · 1023 átomos.
VOLUME 1
VIVENCIANDO
Em uma indústria química, é indispensável saber o que significa um mol. Os químicos trabalham com soluções muitas
vezes perigosas e/ou corrosivas. Contudo, é possível analisar facilmente se um ácido vai trazer prejuízos a quem o estiver
manipulando. Uma solução de ácido sulfúrico muito diluída, com concentração de, por exemplo, 5 mmol/L, não causará
danos se entrar em contato com a pele. É claro que muito tempo de exposição pode causar prejuízos. Nesse sentido, por
precaução, mantenha-se longe de soluções perigosas e esteja sempre acompanhado de um responsável.
A quantidade de mol por litro de solução também influencia em processos industriais. Em condições nas quais há um
aumento na concentração de reagentes, a velocidade da reação pode ser acelerada. Essa técnica é muito usada em
indústrias, onde o aumento da concentração da solução evita desperdício e garante um maior rendimento.
Exemplos
§ CO2 (C = 12 u , O = 16 u)
MCO = (12 · 1) + (16 · 2) = 44 u
2
Assim, tem-se:
contêm
∙
VOLUME 1
90% de 20Ne
6,02 · 1023 fórmulas de NaCℓ 1 mol de fórmulas de NaCℓ
Massa molar do NaCℓ = 58,5 g · mol-1 0,27% de 21Ne
9,73% de 22Ne
6.3. Massa molar de um íon (M)
Considerando as massas atômicas dos isótopos praticamen-
te iguais aos seus números de massa, pede-se para calcular
A massa molar de um íon é a massa em gramas de 1 a massa atômica do elemento neônio.
mol de íons e é numericamente igual à massa do íon
expressa em u. Resolução:
Exemplo
§ CO-23(C = 12 u, O = 16 u)
MCO 2- = (12 · 1) + (16 · 3) = 60 u 2. Existem dois isótopos do rubídio que ocorrem na na-
3
tureza: 85Rb, que tem massa igual a 84,91 g/mol, e 87Rb,
Assim, tem-se: cuja massa é 86,92 g/mol. A massa atômica do rubídio é
85,47 g/mol. Qual é a porcentagem do 87Rb?
a) 72,1%.
b) 20,1%.
c) 56,0%.
d) 27,9%.
e) 86,9%.
x–– 280 g
m
n = __ 280 ·
x = _______ 1 mol de átomos ⇒ x = 5 mol de átomos
M 56
de Fe
1 mol de C2H6O –– 46 g — 6,02 ·1023 moléculas de C2H6O 6. A massa de uma única molécula de ácido acético
(C2H4O2) é:
100 g — x
(C = 12 u; H = 1 u; O = 16 u)
100 · 6,02 · 1023
_____________
x =
moléculas ⇒
46 a) 1,0 · 10-21 g.
x = 1,3 · 1024 moléculas de C2H6O b) 1,0 · 10-22 g.
c) 1,0 · 10-23 g.
Observe, porém, que cada molécula de C2H6O con- d) 1,0 · 10-24 g.
tém 6 átomos de hidrogênio. Conclui-se, então, que há e) 1,0 · 10-25 g.
6 · 1,3 · 1024 átomos de hidrogênio, ou seja: 7,8 · 1024 Resolução:
átomos de hidrogênio.
MC H O = (12 · 2) + (1 · 4) + (16 · 2) = 60 g · mol-1
2 4 2
5. Quantas moléculas existem em 88 g de dióxido de 1 mol de moléculas C2H4O2 ––– 60 g — 6,02·1023 moléculas
carbono (CO2)?
(C = 12 u, O = 16 u) x —— 1 molécula de CO2
Em 1811, quando Avogadro elaborou a tese de que, dadas as mesmas condições de temperatura e pressão, dois gases
diferentes ocuparão o mesmo volume e conterão o mesmo número de moléculas, o mundo da ciência foi revolucionado.
Entretanto, somente anos mais tarde que ele ganhou o reconhecimento (póstumo) que merecia por causa de sua tese.
Tal tese foi de extrema importância e vital no desenvolvimento de indústrias automotivas, farmacêuticas, químicas, etc.
Seu número, mais conhecido como 6,02 ∙ 1023, é responsável pela precisa relação matemática entre moléculas e átomos.
Pode-se dizer, por exemplo, que a cada 1 mol de água tem-se 6,02 ∙ 1023 moléculas, o que corresponde a 18 g.
Esse meio de medida é muito importante. Com esse numero pôde-se ter uma nova forma de unidade de concentração, co-
nhecida como concentração molar. O número de mol também é importante para evitar doses letais e na produção de antído-
tos. A dose letal do cianureto, por exemplo, é 5 mg/kg, se passarmos isso para mol obteremos aproximadamente 2 mmol/kg.
VOLUME 1
HABILIDADE 4
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de
conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade.
A industrialização avançou de forma significante durante o século passado. A máquina movida a vapor foi um
dos maquinários responsáveis por um extraordinário progresso industrial e tecnológico.
Entretanto, houve consequências, como a poluição. Na habilidade 4 é possível interpretar em termos quantita-
tivos e mensurar a quantidade de gases poluentes lançados na atmosfera. É muito comum a aplicação desses
conhecimentos para cálculos da quantidade de substâncias causadoras da poluição no ambiente.
MODELO 1
(Enem) A eutrofização é um processo em que rios, lagos e mares adquirem níveis altos de nutrientes, especial-
mente fosfatos e nitratos, provocando posterior acúmulo de matéria orgânica em decomposição. Os nutrientes
são assimilados pelos produtores primários e o crescimento desses é controlado pelo nutriente limítrofe, que
é o elemento menos disponível em relação à abundância necessária à sobrevivência dos organismos vivos. O
ciclo representado na figura seguinte reflete a dinâmica dos nutrientes em um lago.
A análise da água de um lago que recebe a descarga de águas residuais provenientes de lavouras adubadas
revelou as concentrações dos elementos carbono (21,2 mol/L), nitrogênio (1,2 mol/L) e fósforo (0,2 mol/L).
Nessas condições, o nutriente limítrofe é o
a) C.
b) N.
VOLUME 1
c) P.
d) CO2.
e) PO4.
Nessa habilidade o aluno deve demonstrar domínio de problemas envolvendo proporcionalidade entre as
substâncias de reações químicas e dominar a mudança de unidade de gramas para mol e vice-versa.
O nutriente limítrofe é aquele encontrado em menor quantidade. Conforme o enunciado, algas e
outros organismos fixadores de nitrogênio e outros fotossintéticos assimilam C, N e P nas razões
atômicas 106:16:1.
A partir dos valores das concentrações dos elementos carbono (21,2 mol/L), nitrogênio (1,2 mol/L) e
fósforo (0,2 mol/L), é possível calcular a proporção deles na água do lago.
C N P
106 mol/L 16 mol/L 1 mol/L
21,2 mol/L 1,2 mol/L 0,2 mol/L
C N P
106 mol/L 16 mol/L 1mol/L
21,2 mol/L 1,2 mol/L 0,2 mol/L
___________ __________ __________
0,2 0,2 0,2
C N P
106 mol/L 16 mol/L 1 mol/L
106 mol/L 6 mol/L 1 mol/L
(limítrofe)
(menor quantidade)
RESPOSTA Alternativa B
VOLUME 1
MASSA
MOLAR
(g.mol-1)
ÍONS
FÓRMULAS
PRESENTE EM:
SUBSTÂNCIA
IÔNICA
VOLUME 1
CN
Fórmula percentual indica a porcentagem, em
massa, de cada elemento que constitui a substância.
COMPETÊNCIA(s)
1e2
Um modo de determinar a fórmula percentual é partir da
fórmula molecular da substância, aplicando os conceitos
AULAS HABILIDADE(s)
4e7 de massa atômica e massa molecular.
C: 16 ——— 100%
1. Introdução 12 · 100%
12 ——— x ⇒ x = _________
= 75%
16
Um químico, ao se deparar com um material desconhecido,
procura, utilizando diversas técnicas físicas e químicas, en- H: 16 ——— 100%
contrar a composição desse material. 4 · 100%
4 ——— y ⇒ y = ________
= 25%
16
A primeira providência é realizar a análise imediata do ma-
terial, ou seja, separar por meio de processos puramente
Logo, a fórmula percentual do CH4 é: C75%H25%.
físicos as diversas substâncias presentes na amostra. Es-
ses processos baseiam-se no fato de que o conjunto de
características, como ponto de fusão, ponto de ebulição, 2. Fórmula mínima ou empírica
densidade e solubilidade, é diferente para cada substância,
O primeiro passo ao realizar a análise de uma substância
e, manejando criteriosamente essas diferenças, é possível
desconhecida é determinar sua composição, ou seja, os
separá-las uma a uma.
elementos que a compõem. O segundo passo consiste
Depois que as diversas substâncias da amostra estiverem na determinação das quantidades das massas de cada
separadas, a próxima providência é realizar uma análise elemento. A partir desses dados obtém-se a fórmula per-
elementar de cada uma delas. centual e, com ela, é possível determinar o “número de
mol” (n) de átomos de cada elemento e estabelecer uma
proporção entre esses valores.
metrein (medida). Considere uma amostra que foi submetida à análise qua-
É preciso conhecer as proporções entre os elementos que litativa e apresenta, como únicos constituintes, carbono e
compõem as diferentes substâncias para que os cálculos hidrogênio. A análise quantitativa revelou a existência de
estequiométricos possam ser efetuados. 75% em massa de carbono e 25% em massa de hidrogênio.
VIVENCIANDO
As ideias de cientistas como Proust e Lavoisier são muito úteis até hoje para a indústria química. Em uma indústria,
podem ser produzidas toneladas de determinados materiais. Nessa produção são utilizados reagentes que nem
sempre são baratos. Nesse sentido, é fundamental que tudo o que seja comprado seja aproveitado. Em vista disso, a
lei das proporções definidas ajuda as indústrias químicas a realizarem o cálculo exato para que não ocorram gastos
além do necessário.
4.1. Lei da conservação das tempo, o frasco foi pesado novamente e apresentou a mesma
massas – Lei de Lavoisier massa; no entanto, o mercúrio havia reagido com o gás oxigê-
Essa lei foi proposta por Antoine Laurent Lavoisier por volta nio do ar contido no frasco formando uma nova substância: o
de 1775 e é popularmente enunciada da seguinte maneira: óxido de mercúrio (II).
Mercúrio (II)
hidrogênio + oxigênio → água
200 g + 16 g = 216 g
Proporção 1 : 8 : 9
Experimento A 10 g + 80 g 90 g 80 g y
Experimento B 5g + 40 g 45 g
Óxido de
Mercúrio + Oxigênio →
Mercúrio (II) Em volume 3 volumes 1 volume 2 volumes
200 g + 16 g = 216 g
z 6g O enunciado da lei de Gay-Lussac é:
Assim:
200
___ 16
___
z = 6 ⇒ z = 75 g de mercúrio
Nas mesmas condições de pressão e temperatura,
os volumes dos gases participantes de uma reação
A massa de mercúrio que reagiu foi 75 g. Como a massa química têm entre si uma relação de números inteiros
de mercúrio presente era de 80 g, existem 5 g de mercúrio e pequenos.
em excesso.
Observe abaixo outro exemplo em que os resultados expe-
4.3. Lei volumétrica – Lei de Gay-Lussac rimentais confirmam essa lei. Para isso, considere sempre
Uma das contribuições do cientista francês Gay-Lussac todos os participantes no estado gasoso e nas mesmas
(1778-1850) à Química foi a lei da combinação de volu- condições de pressão e temperatura.
mes, publicada em 1808 e baseada em uma série de ex-
perimentos. Um desses experimentos envolvia a reação
entre o gás nitrogênio e o gás hidrogênio, cujo produto é
a amônia.
Nessa reação, 3 volumes de H2 reagem com 1 volume de
N2, formando 2 volumes de NH3.
“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Essa célebre frase dita por Lavoisier revolucionou a
Química. Tido como o pai da Química moderna, Lavoisier teve uma morte trágica. Tudo ocorreu na época da Revo-
lução Francesa, quando o Iluminismo predominava e as classes operárias estavam se insurgindo contra a burguesia.
Lavoisier, além de químico, era também um coletor de impostos e banqueiro. A classe oprimida, ao derrubar a classe
dominante, acusou Lavoisier de extorquir dinheiro do povo favorecendo o governo da época. Lavoisier foi executado
em 1794, na guilhotina, em meio à Revolução Francesa.
VOLUME 1
Aplicação do conteúdo
1. Em determinadas condições de pressão e temperatura, verificou-se que 0,70 L de monóxido de nitrogênio reage com
0,35 L de oxigênio para formar 0,70 L de dióxido de nitrogênio. Mostrar que esses dados estão de acordo com a lei
volumétrica de Gay-Lussac.
DIAGRAMA DE IDEIAS
MASSA DOS
LEI DE LAVOISIER PRODUTOS IGUAIS
ÀS DOS REAGENTES
MESMA RELAÇÃO
ENTRE AS MASSAS
LEI DE PROUST
DOS ELEMENTOS
NUMA SUBSTÂNCIA
LEI DAS PROPORÇÕES DEFINIDAS
PROPORÇÃO
LEI DE GAY-LUSSAC
ENTRE VOLUMES
LEI VOLUMÉTRICA
VOLUME 1
CN
Nesse sentido, para que a equação possa obedecer à Lei
de Lavoisier, é necessário fazer o balanceamento da mesma
para mostrar que há a conservação de átomos no sistema.
COMPETÊNCIA(s)
O balanceamento nada mais é do que o acerto dos co-
1, 2 e 8
eficientes estequiométricos na equação. A equação
balanceada é:
AULAS HABILIDADE(s)
4 , 7, 29 e 30 N2 + 3 H2 → 2 NH3
VIVENCIANDO
A estequiometria está presente no dia a dia. Qualquer ação que remeta a uma proporção pode ser relacionada com
a estequiometria. Um exemplo claro é o ato de fazer café. O café nada mais é do que uma estequiometria em menor
escala. Se, por exemplo, for colocado muito açúcar em um café, será possível observar que nem todo açúcar vai ser
dissolvido. Esse tipo de situação é chamado de reagente em excesso. Desse modo, no momento de preparar um
produto ou mesmo um café, é muito importante ter em mente a estequiometria da reação.
2.2. Roteiro para resolução de Estabelecer uma regra de três entre as grandezas envolvi-
das (o que se pede e os dados), obedecendo aos coeficien-
problemas de estequiometria tes da equação (os coeficientes indicam a proporção entre
Escrever a equação química da reação envolvida no problema. o número de mol).
É preciso obedecer dois pontos básicos para escrever
Caso seja necessário, faça a transformação do número
corretamente uma equação:
de mol para outra grandeza (massa, volume, número de
a) deve-se representar realmente um fato experimental, moléculas, etc.).
conhecido e bem analisado;
Dadas as massas molares CO (28 g · mol-1), O2 (32 g · mol-1) e
b) é necessário obedecer à Lei de Lavoisier. CO2 (44 g · mol-1) e considerando condições ideais, observe
Acertar os coeficientes estequiométricos da equação. a tabela:
No exemplo 2H2 + 1O2 → 2H2O, deve-se concluir o seguinte: Proporção
2CO(g) + 1O2(g) → 2CO2(g)
em
§ A proporção mínima em que ocorre a reação é de duas mol 2 mol 1 mol 2 mol
moléculas de hidrogênio para uma molécula de oxigênio, massa 2 · 28 = 56 g 1 · 32 = 32 g 2 · 44 = 88 g
o que resulta em duas moléculas de água. volume 2 · 22,4 = 1 · 22,4 = 2 · 22,4
(gases) 44,8 L 22,4 L = 44,8 L
§ Essa proporção sempre é mantida quando a reação se rea- 2 · 6 · 1023 = 1 · 6 ·1023 = 2 · 6 · 1023 =
moléculas
liza. Ou seja, para 100 moléculas de H2, são necessárias 50 12 · 1023 6 · 1023 12 · 1023
moléculas de O2 para produzir 100 moléculas de água (H2O). Além da Lei de Lavoisier, a Lei de Proust também merece
Desse modo, para 2 mol de moléculas de H2 precisa-se de atenção especial. As duas leis respondem basicamente por
1 mol de moléculas de O2 para formar 2 mol de moléculas todo o cálculo estequiométrico.
de água (H2O). A Lei de Proust afirma que “as substâncias reagem em pro-
porções fixas e definidas”. Por exemplo, no problema sobre
Mol é o número de Avogadro (6,02 · 1023) de par- a reação do hidrogênio com oxigênio para formar água,
VOLUME 1
tículas. Massa molar é a massa, em gramas, de um ficou claro que 4 g de H2 reagem sempre com 32 g de O2;
mol de moléculas e é numericamente igual à massa 8 g reagem com 64 g, e assim por diante.
molecular da substância. Um mol de qualquer gás, a
0 ºC e 1 atm (CNTP), ocupa o volume de 22,4 litros. O que aconteceria se 10 g de H2 fossem colocados para
reagir com 32 g de O2?
g ∙ mol-1
Resolução:
m
n(NH ) CO = __ 250
___
42 3 n = 96 ≅ 2,6 mol
Escrever a equação relacionada com o problema.
Ca + HCℓ → H2 + CaCℓ2
Resolução:
ℓ ℓ
VOLUME 1
HABILIDADE 30
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a
implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente.
Hoje em dia há uma preocupação internacional relacionada aos recursos encontrados. Muitos elementos são,
de forma geral, tão eficientes quanto os recursos que estão aos poucos sendo exauridos.
Sendo assim, é importante encontrar meios alternativos para a obtenção desses elementos com técnicas diferen-
ciadas e baratas, com o intuito de garantir um melhor aproveitamento dos recursos que a Terra pode conceder.
A fim de produzir maior quantidade, é interessante utilizar técnicas que possibilitam o aumento da produção e
um maior rendimento nas reações químicas.
MODELO 1
(Enem) Em setembro de 1998, cerca de 10.000 toneladas de ácido sulfúrico (H2SO4) foram derramadas pelo
navio Bahamas no litoral do Rio Grande do Sul. Para minimizar o impacto ambiental de um desastre desse
tipo, é preciso neutralizar a acidez resultante. Para isso pode-se, por exemplo, lançar calcário, minério rico em
carbonato de cálcio (CaCO3), na região atingida.
A equação química que representa a neutralização do H2SO4 por CaCO3, com a proporção aproximada entre
as massas dessas substâncias é:
H2SO4 + CaCO3 → CaSO4 + H20 + C02
1 tonelada 1 tonelada sólido gás
reage com sedimentado
Pode-se avaliar o esforço de mobilização que deveria ser empreendido para enfrentar tal situação, estimando
a quantidade de caminhões necessária para carregar o material neutralizante. Para transportar certo calcário
que tem 80% de CaCO3, esse número de caminhões, cada um com carga de 30 toneladas, seria próximo de
a) 100. b) 200. c) 300. d) 400. e) 500.
ANÁLISE EXPOSITIVA
Nesse tipo de habilidade, os conhecimentos do aluno são testados ao se apresentar um problema encontrado
em muitas indústrias e mineradoras (quando elas desejam conter algum risco ambiental). É possível ter uma
noção correlacionada com o cotidiano, favorecendo a aproximação do aluno em relação aos temas estudados
em sala de aula.
Utilizando a proporção aproximada fornecida no enunciado do teste, tem-se:
H2SO4 + CaCO3 → CaSO4 + H2O + CO2
1t – 1t
10.000 t – 0,80 ∙ m (pureza de 80%)
m = 12.500 t
30 t — 1 caminhão
12.500 t — x
VOLUME 1
RESPOSTA Alternativa D
CONTÉM
REAÇÃO QUÍMICA EQUAÇÃO QUÍMICA
NA QUAL HÁ
QUE EXPRESSAM
A PROPORÇÃO ENTRE COEFICIENTES
OS PARTICIPANTES ESTEQUIOMÉTRICOS
DA REAÇÃO
ENVOLVENDO
A QUANTIDADE
EM MOL PODE SER NÚMERO DE
RELACIONADO
• MASSA
• VOLUME
• MOLÉCULAS
• ÁTOMOS
• ÍONS
VOLUME 1
CN
gundo a equação:
H2SO4 + Ca(OH)2 → CaSO4 + 2H2O
COMPETÊNCIA(s)
1, 2 e 8 Dados: Massas molares (g ∙ mol-1): H2SO4 = 98;
Ca(OH)2 = 74 e CaSO4 = 136.
AULAS HABILIDADE(s)
4 , 7, 29 e 30
Pede-se para calcular:
7E8
a) a massa de sulfato de cálcio formado;
b) a massa do reagente que “sobra” (em excesso) de-
pois da reação.
É preciso calcular a massa efetiva de ácido sulfúrico que vai
reagir com 7,4 g do hidróxido de cálcio.
das substâncias.
O produto maior da multiplicação indica o excesso, e o pro- Por exemplo, o calcário (carbonato de cálcio – CaCO3) é um
duto menor da multiplicação indica o limitante, ou seja, a minério utilizado para fabricar a cal virgem (óxido de cálcio
substância que reage completamente. – CaO). Contudo, além do carbonato de cálcio, esse minério
geralmente vem acompanhado de impurezas em sua consti-
tuição, como areia, carvão e outras substâncias.
Considere que, em 100 g de calcário, apenas 80 g são de
carbonato de cálcio e 20 g são de impurezas. Assim, segue
que o grau de pureza desse minério é 0,8 ou 80%, confor-
me mostrado abaixo:
Como o produto 740 é maior que 725,2, conclui-se que o mpura
H2SO4 está em excesso e o Ca(OH)2 é o limitante. Deve-se, p =m ________
80 = 0,8
= ___
total (impura) 100
portanto, realizar os cálculos por meio do reagente limitante.
p% = p ∙ 100 = 0,8 ∙ 100 = 80%
Aplicação do conteúdo Isso significa que o grau de pureza dessa amostra de cal-
cário é de 80%
1. A combustão completa do gás metano, CH4, dá como
produtos CO2 e H2O, ambos na fase gasosa. Se 1 L de
100% de pureza –––– 100 g de calcário
metano for queimado na presença de 10 L de O2, qual
o volume final da mistura resultante? Suponha todos os x –––– 80 g de carbonato puro
volumes medidos nas mesmas condições de temperatura
e pressão e comportamento ideal para todos os gases. ⇒ x = 80%
Resolução:
Dessa forma, quando for preciso calcular a massa de pro-
A questão é de resolução simples, pois a proporção dos duto obtida a partir de um reagente impuro, é necessário
volumes gasosos (a P e T constantes) em uma reação quí- primeiro calcular qual é a parte pura da amostra e, em se-
mica coincide com a própria proporção dos coeficientes da guida, efetuar os cálculos com o valor obtido.
equação correspondente. Tem-se:
Aplicação do conteúdo
1. Qual é a massa de óxido de cálcio (CaO) obtida na
VOLUME 1
Dados:
Assim, o volume final da mistura resultante será (1 + 2 + 8) =
Massas molares em g ∙ mol-1: Ca = 40, O = 16, C = 12.
11 L.
5. Rendimento
Como, em indústrias e laboratórios, o rendimento da rea-
ção não é total na maioria das reações químicas realizadas,
Aplicação do conteúdo
1. Num processo de obtenção de ferro a partir da hema-
tita (Fe2O3), considere a equação não balanceada:
∙ ∙
Fe2O3 + C → Fe + CO
Depois do balanceamento da equação, deve-se realizar o Para compensar essa perda, deve-se partir de uma quanti-
cálculo estequiométrico de forma usual: dade maior que os 19,05 g previstos.
Assim:
De cada 100 —— 50 g de Cu
∙ g de Cu realmente reagem
y —— 19,05 g de Cu
VOLUME 1
realmente reagem
100 ∙ 19,5
A massa de ferro (3,36 toneladas) seria obtida se a reação ⇒ y = _________
= 38,1 g de Cu serão necessári-
50
tivesse aproveitamento ou rendimento total (100%). os (apenas 50% desse valor reagirá).
Aplicação do conteúdo
1. Um volume de 56 L de metano é completamen-
te queimado ao ar, produzindo gás carbônico e água.
Suponha todas as substâncias no estado gasoso e nas
Passemos, agora, para o cálculo do rendimento porcentual: mesmas condições de pressão e temperatura.
6. Volume de ar nas
reações químicas Observe que esse cálculo corresponde a multiplicar o volu-
me do O2 por 5, de acordo com a proporção já menciona-
O ar seco apresenta cerca de 78% de gás nitrogênio (N2),
da: 1O2 : 4N2 : 5ar.
21% de gás oxigênio (O2) e 1% de outros gases, em volume.
b) Cálculo do volume total dos gases no final da reação
Isso quer dizer que temos uma proporção de aproximada-
mente 1 : 4 : 5 de gás oxigênio, gás nitrogênio e ar total, Pela equação, note que, no final, haverá:
VOLUME 1
respectivamente.
O ar participa de muitas reações, principalmente nas rea- ∙ ∙ ∙ ∙
ções de oxidação, como as combustões. Na verdade, po-
rém, o único componente do ar que reage é o oxigênio, ⇒ No final da reação tem-se 56 L de
80 L de N2 ——— 20 L de O2 ℓ ℓ
y ——— 112 L de O2
⇒ y = 448 L de N2
∙
Observe que todos esses cálculos são desnecessários, pois,
relembrando a proporção 1O2 : 4N2 : 5ar, percebe-se que
basta multiplicar o volume de O2 por 4 para descobrir o ℓ
volume do N2.
Por fim, o volume da mistura gasosa final será: A massa total dos produtos formados será:
Vfinal = 56 L de CO2 + 112 L de vapor de água + 448 L de mtotal = 200 g de HF + 730 g de HCℓ = 930 g de produtos.
N2 = 616 L de gases no final da combustão. Observe que não se pode somar as duas equações vistas
acima, pois a soma:
7. Misturas de reagentes 2H2 + 1F2 + 1Cℓ2 → 2HF + 2HCℓ
Apenas as substâncias puras possuem fórmulas químicas
e apenas com elas é possível escrever equações químicas. apresenta a proporção de 1 mol de F para 1 mol de Cℓ,
enquanto o enunciado do problema fala em 5 mol de F2 e
Numa mistura (composição variável), estão presentes duas 10 mol de Cℓ2.
ou mais substâncias puras.
Assim, em problemas com misturas de reagentes, o ideal é
Às vezes, deseja-se expressar sua composição (em peso ou resolver as equações químicas separadamente, realizando
em volume) ou mesmo saber quanto de cada componen- o cálculo estequiométrico também separadamente.
te deve ser misturado para formar outra mistura de com-
posição previamente fixada.
7.2. Segundo caso: quando a composição
Nesses problemas, a dificuldade fundamental é: as misturas
não são obrigadas a obedecer a uma proporção constante;
da mistura reagente não é conhecida -- pelo
entretanto, de acordo com a Lei de Proust, toda equação contrário, constitui a pergunta do problema
química deve obedecer a uma proporção constante. Uma massa de 24 g de uma mistura de H2 e CO queima
completamente produzindo 112 g de produtos finais.
7.1. Primeiro caso: quando a composição Pede-se para calcular as massas de H2 e de CO existentes
da mistura reagente é dada na mistura inicial (Massas atômicas: H = 1, C = 12, O = 16).
Considere que uma mistura composta por 5 mol de Resolução:
flúor e 10 mol de cloro reage completamente com
As reações mencionadas no problema são:
o hidrogênio.
Qual é a massa total dos produtos formados? (Massas atô- 2H2 + O2 → 2H2O
VOLUME 1
HABILIDADE 29
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a
saúde, a produção de alimentos, matérias-primas ou produtos industriais.
Com o avanço dos estudos da Tabela Periódica, foi possível separar os elementos em grupos e períodos e clas-
sificá-los como representativos e de transição. Muitos desses elementos têm extrema importância na avaliação
de métodos eficazes e práticos para preservação ambiental.
De forma geral, é importante identificar as características correspondentes desses elementos para que se possa
trabalhar de forma adequada em relação às propriedades específicas de cada elemento.
Para isso, utiliza-se a estequiometria, que leva em conta situações na qual um produto foi extraído e tratado.
Esse tratamento nem sempre acontece com o maior rendimento ou, muitas vezes, é uma amostra impura. A
habilidade 29 tem como objetivo consolidar o raciocínio lógico de forma quantitativa nas reações químicas.
MODELO 1
(Enem) A composição média de uma bateria automotiva esgotada é de aproximadamente 32% Pb, 3% PbO,
17% PbO2 e 36% PbSO4. A média de massa da pasta residual de uma bateria usada é de 6 kg, onde 19% é
PbO2, 60% PbSO4 e 21% Pb. Entre todos os compostos de chumbo presentes na pasta, o que mais preocupa
é o sulfato de chumbo (II), pois nos processos pirometalúrgicos, em que os compostos de chumbo (placas das
baterias) são fundidos, há a conversão de sulfato em dióxido de enxofre, gás muito poluente.
Para reduzir o problema das emissões de SO2(g), a indústria pode utilizar uma planta mista, ou seja, utilizar o
processo hidrometalúrgico, para a dessulfuração antes da fusão do composto de chumbo. Nesse caso, a re-
dução de sulfato presente no PbSO4 é feita via lixiviação com solução de carbonato de sódio (Na2CO3) 1 M a
45 °C, em que se obtém o carbonato de chumbo (II) com rendimento de 91%. Após esse processo, o material
segue para a fundição para obter o chumbo metálico.
PbSO4 + Na2CO3 → PbCO3 + Na2SO4
Dados: Massas Molares em g/mol Pb = 207; S = 32; Na = 23; O = 16; C = 12
ARAÚJO, R.V.V.; TINDADE, R.B.E.; SOARES, P.S.M.
Reciclagem de chumbo de bateria automotiva: estudo de caso.
Disponível em: http://www.iqsc.usp.br. Acesso em: 17 abr. 2010 (adaptado).
Segundo as condições do processo apresentado para a obtenção de carbonato de chumbo (II) por meio da
lixiviação por carbonato de sódio e considerando uma massa de pasta residual de uma bateria de 6 kg, qual
quantidade aproximada, em quilogramas, de PbCO3 é obtida?
a) 1,7 kg
b) 1,9 kg
c) 2,9 kg
d) 3,3 kg
e) 3,6 kg
VOLUME 1
A estequiometria é uma das áreas mais importantes da Química. Por meio dela é possível aprender sobre a
proporcionalidade das reações químicas e a relação dos reagentes. Para que se tenha um melhor rendimento
possível, é necessário utilizar uma maior quantidade de reagente com maior pureza. Nessa habilidade, é colo-
cada em prova a capacidade do aluno de interpretar e avaliar as condições da estequiometria para um melhor
aproveitamento da reação e de colocar em termos quantitativos a resposta achada.
6 kg (pasta) — 100 %
m (PbSO4) — 60%
m (PbSO4) = 3,6 kg
Obtenção de PbCO3:
RESPOSTA Alternativa C
VOLUME 1
CONTÉM
REAÇÃO QUÍMICA EQUAÇÃO QUÍMICA
NA QUAL HÁ
QUE EXPRESSAM
A PROPORÇÃO ENTRE COEFICIENTES
OS PARTICIPANTES ESTEQUIOMÉTRICOS
DA REAÇÃO
• RENDIMENTO 100%
NA QUAL
• RENDIMENTO MENOR QUE 100%
PODE SER UMA
• EXCESSO DE REAGENTE
REAÇÃO COM
• REAGENTES NÃO PUROS
VOLUME 1
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VOLUME 1
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