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ENTRE
ARTES
LIVRO HiSTÓRiA
TEÓRICO DA ARTE
CIÊNCIAS HUMANAS
E SUAS TECNOLOGIAS
Caro aluno
Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em período integral,
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zando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla,
de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar a
aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A seguir, apresentamos cada seção:
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SUMÁRIO
ENTRE ARTES
HISTÓRIA DA ARTE
AULA 1: A ARTE PRÉ-HISTÓRICA 004
AULA 2: A ARTE NA ANTIGUIDADE: EGITO E MESOPOTÂMIA 009
AULA 3: ANTIGUIDADE CLÁSSICA: A ARTE GREGA I 014
AULA 4: ANTIGUIDADE CLÁSSICA: A ARTE GREGA II 018
ARTE 1. Período paleolítico
PRÉ-HISTÓRICA Também conhecido como “Idade da Pedra Lascada”, o perí-
odo Paleolítico é um dos mais longos de nossa história. Sua
CH
duração é estimada entre 3 milhões de anos a 10 mil anos
atrás. Ela é didaticamente subdividida da seguinte maneira:
COMPETÊNCIA(s) § Paleolítico inferior (até 300 mil anos atrás)
4 § Paleolítico superior (de 300 mil a 10 mil anos atrás)
No Paleolítico inferior, a produção dos antepassados do Homo
AULA HABILIDADE(s)
12, 13 e 14
sapiens consistia em objetos feitos de pedra lascada, ossos,
o passar do tempo, passaram a registrar cenas domésticas, menta de pintura eram os dedos, mas há indícios de uso
rituais (que revelam conexões com futuras experiências de de pincéis rústicos, feitos com pelos e penas de animais. A
dança e representação teatral) e até mesmo figuras com seguir, vemos um registro de animais (bisões) encontrados
grandes marcas de abstração. na Caverna de Altamira, na Espanha.
3. (Upe-ssa 1 2018)
5. (Uern 2013) As gravuras se referem aos monumentos Nas figuras que representam a arte da pré-história bra-
megalíticos, constantes objetos de estudo de arqueólo- sileira e estão localizadas no sítio arqueológico da Ser-
gos e historiadores. Observe. ra da Capivara, estado do Piauí, e, com base no texto,
identificam-se
a) imagens do cotidiano que sugerem caçadas, danças,
manifestações rituais.
b) cenas nas quais prevalece o grafismo entalhado em
superfícies previamente polidas.
c) aspectos recentes, cujo procedimento de datação
indica o recuo das cronologias da prática pré-histórica.
d) situações ilusórias na reconstituição da pré-história,
pois se localizam em ambientes degradados.
e) grafismos rupestres que comprovam que foram reali-
zados por pessoas com sensibilidade estética.
7. (Enem 2007)
CH
de certas obras.
É muito importante conhecermos as bases artísticas egíp-
COMPETÊNCIA(s) cias, pois elas serão altamente influentes para as produ-
4 ções artísticas gregas e romanas em momento posterior.
AULA HABILIDADE(s)
12, 13 e 14
1.1. Dimensão estética
2 1.1.1. Pintura
A arte pictórica egípcia caracteriza-se por não apresentar
sistemas equilibrados de proporcionalidade (entenda-se:
diferença ideal de altura/largura entre as figuras), nem
noção de perspectiva (recurso gráfico que utiliza o efeito
visual de linhas convergentes para criar a ilusão de tridi-
mensionalidade do espaço e das formas), trabalhava com
a peculiar “regra da frontalidade”, que veremos detalhada
1. Arte no Egito Antigo na imagem a seguir. A pintura se concentrava em papiros
funerários e afrescos realizados, em geral, no interior de
Durante a Antiguidade, a civilização egípcia estendeu-se construções como pirâmides.
aproximadamente entre os anos de 3500 a.C. e 500 a.C,
com uma produção artística que ocorreu em um determi-
nado ciclo.
Os egípcios apresentavam uma organização social bas-
tante complexa e fundada em matrizes religiosas. Para a
grande maioria dos povos, os deuses eram responsáveis
por tudo o que existia na natureza e pela organização das
existências. Além disso, eles acreditavam que existia uma
vida eterna após a morte, a qual era muito mais importante
que a vida terrena. Tais crenças contribuíram não apenas
para o modo como seriam organizadas as dimensões so-
ciais e políticas do povo egípcio, mas também sua produ-
ção artística.
Vale ainda ressaltar a importância do território onde essa
civilização se desenvolveu, no entorno do Rio Nilo, especial-
mente perto de seu delta. Essa proximidade com o Rio Nilo
não apenas favoreceu o desenvolvimento agrícola desses
povos, mas deu início às relações comercias entre os reinos Artista desconhecido – O túmulo de Nakht (1500 a.C.) - Afresco
do Baixo Egito e Alto Egito, culminando na unificação dos A pintura acima é um afresco (aplicação de tintura sobre
reinos e no consequente início da dinastia dos faraós. estrutura previamente preparada com pedra ou gesso) que
Sobre a arte, podemos dizer que ela engloba o período que retrata a figura central de Nakht em meio a seus súditos.
vai de 2649 a.C. e 1070 a.C, e apresenta uma notável va- Sobre a parte estética, é possível reparar que – além de
riedade de expressões artísticas, como pinturas (em afres-
VOLUME 1
1.1.2. Escultura
A escultura egípcia foi trabalhada de maneira bastante
detalhista e naturalista, diferente da pintura. Era comum
que se encomendassem esculturas que reproduzissem não
apenas os dados físicos do indivíduo (por exemplo, fisiono-
mia e traços raciais), mas também traços de sua condição Artista desconhecido – Pirâmides de Quéops, Quéfren e
social. Vejamos a imagem a seguir: Miquerinos, no deserto de Gizé (século XXVII– XXVIa.C.)
também a preocupação em registrar fielmente o trabalho lada na base (corpo da coluna) e no capitel (a cabeça da
do escriba, com a mão em forma de pinça, como se esti- coluna). Esse tipo de decoração servirá de inspiração para
vesse segurando um instrumento de escrita, além de um a composição de outros modelos de colunas e capitéis que
documento na mão esquerda. veremos na arte grega.
Gabarito
1. E 2. C 3. 02 + 04 + 08 = 14
4. 01 + 04 + 16 = 14
VOLUME 1
CH
dens arquitetônicas”, as quais consistiam em modificações
pontuais na ornamentação e reforço da construção. Apesar
COMPETÊNCIA(s)
de serem dotadas de muitos detalhes e complexidades, os
4
vestibulares costumam colocar seu foco na ornamentação
das colunas que sustentam os templos. Vejamos as três
principais ordens a seguir:
AULA HABILIDADE(s)
12, 13 e 14
1. As ordens arquitetônicas
na Grécia antiga
VOLUME 1
A ordem jónica surge na Grécia oriental por volta de 450 O templo mais expressivo da ordem jônica é o Erecteion,
a.C. (sendo muito usada em Atenas). Durante um bom erguido em homenagem a Poseidon, Atena e Erecteu. Tam-
tempo, ela se desenvolveu em conjunto com a ordem dó- bém está localizado na Acrópole em Atenas e foi construí-
rica, no entanto, suas formas mais fluidas, que traziam um
do pelo arquiteto Mnesicles.
aspecto de maior leveza ao monumento, fizeram com que
fosse mais utilizada do que a ordem antiga.
A coluna possui uma base larga (a dórica não possuía ne- A ordem coríntia é característica do final do século V a.C.
nhuma base), o fuste é mais detalhado, apresentando vinte É um estilo predominantemente decorativo. A coluna apre-
e quatro sulcos. O capitel apresenta um desenho espirala- senta na base um fuste que é composto por vinte e quatro
do (como se fossem rolos projetados para os lados). sulco afiados.
2. Pintura
A pintura na Grécia antiga não foi o elemento artístico de
maior destaque e, como em outras civilizações, apareceu
como elemento que complementava a arquitetura e a es-
cultura. São muito comuns os grandes painéis pintados
que recobriam paredes de templos ou outras construções,
O capitel da ordem coríntia apresenta uma exuberância no entanto, a grande maioria dessas pinturas parietais
decorativa que imitavam folhas de uma planta chamada acabou sendo destruída junto com os templos dos quais
acanto. Foi um sistema de ornamentação que, posterior- faziam parte.
mente, foi muito utilizado na arte romana. Também, o teto O maior destaque fica por conta das pinturas realizadas
difere da ordem anterior: passa a ser horizontal. em peças de cerâmica, mais especificamente em vasos e
ânforas. Essas pinturas ficaram conhecidas por valorizarem
o equilíbrio e a simetria entre os desenhos apresentados e
o formato curvo dos vasos, além do uso de cores intensas
que davam maior destaque às imagens.
CH COMPETÊNCIA(s)
4
AULA HABILIDADE(s)
12,13 e 14
Para entendermos a complexidade do desenvolvimento da O Kouros (estátua masculina) é sempre apresentado nu,
estatuária grega, é necessário que acompanhemos o seu valorizando uma dimensão estética de possível perfeição
desenvolvimento ao longo de determinadas épocas. Vai ser corporal. Já Koré (estátua feminina) é sempre representa-
possível notar com clareza que o desenvolvimento artístico da vestida (nesse período, a nudez feminina era encarada
desses povos acompanhou seu desenvolvimento social. como uma referência problemática à prostituição), com
algumas variações entre tipos de túnicas e tipos de pente-
ados por ela utilizados.
1. A escultura no período
Arcaico (c.650 – 480 a.C.) 2. A escultura no período
O Período de Arcaico Grego surge a partir do século VIII a.C. Clássico (c.480 – 323 a.C.)
Por volta do ano 700, os reinos começaram a ser substitu- A vitória sobre os persas em 490 – 479 a.C. estabeleceu
ídos por oligarquias e cidades-estados. Nesse período, as Atenas como a mais forte das cidades-estados gregas.
ligações comerciais marítimas foram restabelecidas entre a Apesar das ameaças externas, ela manteve seu papel cul-
Grécia e o Egito, aumentando a prosperidade no território tural de liderança nos séculos seguintes. É durante esse
e facilitando o crescimento da cultura e produção artística. contexto que são lançadas as bases para a formação do
A escultura grega arcaica era fortemente influenciada pela Período Clássico ateniense.
egípcia, bem como por técnicas sírias, especialmente no Por volta de 450 a.C., o general Péricles consolidou seu po-
que diz respeito ao caráter simétrico e mais simplificado der utilizando o dinheiro público advindo das taxas cobra-
das imagens. Escultores gregos criaram estátuas (em pe- das a seus aliados da Liga Delos, para financiar os artistas
dra, terracota e bronze) e obras em miniatura (em marfim e pensadores de sua cidade-estado, pagando artistas para
e osso). construírem templos e outros edifícios públicos na cidade.
VOLUME 1
O estilo do período foi dominado por dois arquétipos (mo- Dessa forma, ele poderia ganhar o apoio do povo distri-
delos) humanos: o jovem nu em pé (kouros) e a menina buindo muitos trabalhos e, ao mesmo tempo, aumentar o
drapeada (kore). Destes, os nus masculinos foram vistos prestígio de Atenas, assim como o seu próprio, com a cons-
como mais importantes. trução de tais obras grandiosas.
Artista desconhecido
O gaulês moribundo (c.230 – 220 a.C.) – Mármore
ca. Os mármores de Elgin, assim é chamada a preciosi- sa Atena; possui colunas da ordem dórica, e o princi-
dade, duvidoso tributo ao homem que a surrupiou em pal escultor do templo foi Fídias.
1836, e olimpicamente a despachou para casa - isto é, 04) A simetria é uma das características mais eviden-
para a Inglaterra. Desde 1816 elas repousam no British tes dos templos gregos; tanto o pórtico de entrada
Museum". quanto o dos fundos são muito semelhantes.
Gabarito
Em qual das alternativas estão indicados os três estilos? 1. A 2. B 3. C 4. 01 + 02 + 04 + 08 = 15
a) O dório, o jônio e o coríntio. 5. 02 + 04 + 08 = 14 6. A 7. D
b) O sofista, o platônico e o socrático.
c) O alexandrino, o maneirista e o barroco.
d) O dório, o gótico e o alexandrino.
e) O helênico, o romântico e o helenístico.
7. (Mackenzie 2020)