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ENTRE
ARTES
LIVRO HiSTÓRiA
TEÓRICO DA ARTE
CIÊNCIAS HUMANAS
E SUAS TECNOLOGIAS
Caro aluno
Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em período integral,
com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos de aula e 107 livros, totali-
zando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla,
de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar a
aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A seguir, apresentamos cada seção:

INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS VIVENCIANDO


De forma simples, resumida e dinâmica, essa seção foi desen- Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico
volvida para sinalizar os assuntos mais abordados no Enem e é o seu distanciamento da realidade cotidiana, o que difi-
nos principais vestibulares voltados para o curso de Medicina culta a compreensão de determinados conceitos e impede
em todo o território nacional. o aprofundamento nos temas para além da superficial me-
morização de fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios na
aprendizagem dos conteúdos, foi desenvolvida a seção “Vi-
venciando“. Como o próprio nome já aponta, há uma preo-
cupação em levar aos nossos alunos a clareza das relações
TEORIA
entre aquilo que eles aprendem e aquilo com que eles têm
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos de cada co- contato em seu dia a dia.
leção tem como principal objetivo apoiar o aluno na resolu-
ção das questões propostas. Os textos dos livros são de fácil
compreensão, completos e organizados. Além disso, contam
com imagens ilustrativas que complementam as explicações APLICAÇÃO DO CONTEÚDO
dadas em sala de aula. Quadros, mapas e organogramas, em
cores nítidas, também são usados e compõem um conjunto Essa seção foi desenvolvida com foco nas disciplinas que fa-
abrangente de informações para o aluno que vai se dedicar zem parte das Ciências da Natureza e da Matemática. Nos
à rotina intensa de estudos. compilados, deparamos-nos com modelos de exercícios re-
solvidos e comentados, fazendo com que aquilo que pareça
abstrato e de difícil compreensão torne-se mais acessível e
de bom entendimento aos olhos do aluno. Por meio dessas
MULTIMÍDIA resoluções, é possível rever, a qualquer momento, as explica-
ções dadas em sala de aula.
No decorrer das teorias apresentadas, oferecemos uma cui-
dadosa seleção de conteúdos multimídia para complementar
o repertório do aluno, apresentada em boxes para facilitar a
compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas, ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
livros, etc. Tudo isso é encontrado em subcategorias que fa-
cilitam o aprofundamento nos temas estudados – há obras Sabendo que o Enem tem o objetivo de avaliar o desem-
de arte, poemas, imagens, artigos e até sugestões de aplicati- penho ao fim da escolaridade básica, organizamos essa
vos que facilitam os estudos, com conteúdos essenciais para seção para que o aluno conheça as diversas habilidades e
ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica, em uma competências abordadas na prova. Os livros da “Coleção
seleção realizada com finos critérios para apurar ainda mais Vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas
o conhecimento do nosso aluno. dessas habilidades. No compilado “Áreas de Conhecimento
do Enem” há modelos de exercícios que não são apenas
resolvidos, mas também analisados de maneira expositiva e
descritos passo a passo à luz das habilidades estudadas no
dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS ajudá-lo a apurar as questões na prática, a identificá-las na
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é prova e a resolvê-las com tranquilidade.
elaborada, a cada aula e sempre que possível, uma seção que
trata de interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares
atuais não exigem mais dos candidatos apenas o puro co-
nhecimento dos conteúdos de cada área, de cada disciplina.
DIAGRAMA DE IDEIAS
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abran- Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Por isso,
gem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, criamos para os nossos alunos o máximo de recursos para
como Biologia e Química, História e Geografia, Biologia e Ma- orientá-los em suas trajetórias. Um deles é o ”Diagrama de
temática, entre outras. Nesse espaço, o aluno inicia o contato Ideias”, para aqueles que aprendem visualmente os conte-
com essa realidade por meio de explicações que relacionam údos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas
a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de mentais e fluxogramas.
outros livros, sempre utilizando temas da atualidade. Assim, Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo
o aluno consegue entender que cada disciplina não existe de da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta
forma isolada, mas faz parte de uma grande engrenagem no aos principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita a
mundo em que ele vive. organização dos estudos e até a resolução dos exercícios.
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Projeto gráfico e capa


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SUMÁRIO

ENTRE ARTES
HISTÓRIA DA ARTE
AULA 1: A ARTE PRÉ-HISTÓRICA 004
AULA 2: A ARTE NA ANTIGUIDADE: EGITO E MESOPOTÂMIA 009
AULA 3: ANTIGUIDADE CLÁSSICA: A ARTE GREGA I 014
AULA 4: ANTIGUIDADE CLÁSSICA: A ARTE GREGA II 018
ARTE 1. Período paleolítico
PRÉ-HISTÓRICA Também conhecido como “Idade da Pedra Lascada”, o perí-
odo Paleolítico é um dos mais longos de nossa história. Sua

CH
duração é estimada entre 3 milhões de anos a 10 mil anos
atrás. Ela é didaticamente subdividida da seguinte maneira:
COMPETÊNCIA(s) § Paleolítico inferior (até 300 mil anos atrás)
4 § Paleolítico superior (de 300 mil a 10 mil anos atrás)
No Paleolítico inferior, a produção dos antepassados do Homo
AULA HABILIDADE(s)
12, 13 e 14
sapiens consistia em objetos feitos de pedra lascada, ossos,

1 madeira e, em regiões específicas, marfim. Os homens desse


período costumavam viver em grupos nômades e domina-
vam o fogo (embora nem sempre conseguissem produzi-lo).
No Paleolítico superior, os grupos humanos começaram a
viver em cavernas e, como consequência disso, passaram a
realizar pinturas nas paredes e rochas dessas cavernas (em
algumas localidades, até no teto das cavernas). As imagens
costumavam ser sobrepostas, sem espaçamento definido en-
tre elas, ou mesmo sem uma aparente organização ou orde-
Denominamos como arte pré-histórica a produção de arte- nação. É nesse período que encontramos um grande volume
fatos feitos com ossos ou pedras, esculturas de pedra ou de de pinturas que retratam animais isolados ou envolvendo
metais variados e também pinturas e gravuras rupestres rea- figuras humanas em ações de caça. Na maioria dos casos
lizadas em cavernas, grutas ou até mesmo em rochas exter- vemos registros de bisões, cervos, leões, rinocerontes e ca-
nas, ao ar livre. Tal produção abarca os períodos conhecidos valos. Para alguns pesquisadores, o registro desses animais
como Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais. em ações de caça, para além de ser um mero retrato de uma
É importante ressaltar que, para os povos que viveram na experiência cotidiana, apresentava uma função mística, uma
pré-história, o conceito de arte não existia. Essa concepção vez que o homem pré-histórico parecia crer que, ao registrar
foi atribuída no século XIX quando as primeiras cavernas um animal sendo abatido por ele em um desenho, isso tam-
paleolíticas foram localizadas em regiões da França e da Es- bém aconteceria posteriormente em uma situação real.
panha (embora, em séculos anteriores, já tivessem sido en- É importante considerarmos também que, pelo fato de a
contrados registros rupestres na Ásia, na Oceania, na África,
linguagem oral não estar completamente desenvolvida, a
na América e até em outras regiões da Europa, mas sem que
movimentação corporal e a mimese (imitação da natureza)
se atribuísse a eles importância artística e histórica).
tornavam-se elementos também constitutivos dos processos
De tudo o que foi produzido nesse período, destacam-se as comunicativos, precedendo aquilo que seriam as experiências
pinturas e gravuras rupestres, que eram realizadas por meio estéticas da dança e do teatro. Também encontramos nesse
de grafismos, em geral, reconhecíveis, com predominância período os primeiros instrumentos musicais que, seguindo o
de figuras zoomórficas (de animais) e antropomórficas (de parâmetro da mimese, pareciam tentar imitar os sons exis-
humanos). Pontualmente, surgiam também grafismos não tentes na natureza.
bem determinados, que pareciam remeter a alguma expe-
riência ritualística. 1.1. Dimensão estética
Por serem povos de tradição oral, não possuímos registros
seguros das motivações para o desenvolvimento dessas
1.1.1. Pintura
imagens. No entanto, é possível afirmar que elas registra- Os registros rupestres do Paleolítico eram realizados com
riam dados da experiência cotidiana desses povos (em suas pigmentos minerais obtidos a partir da mistura de partícu-
atividades de caça por sobrevivência, por exemplo). Também las em pó (rochas trituradas ou ossos carbonizados) com
é possível notar uma evolução no que diz respeito ao refina- algum tipo de aglutinante (ovos, saliva, gordura animal e,
mento e domínio técnico na produção de imagens que, com pontualmente, sangue). O material utilizado como ferra-
 VOLUME 1

o passar do tempo, passaram a registrar cenas domésticas, menta de pintura eram os dedos, mas há indícios de uso
rituais (que revelam conexões com futuras experiências de de pincéis rústicos, feitos com pelos e penas de animais. A
dança e representação teatral) e até mesmo figuras com seguir, vemos um registro de animais (bisões) encontrados
grandes marcas de abstração. na Caverna de Altamira, na Espanha.

4  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias


Autor desconhecido – Pintura rupestre de bisões na Caverna de Altamira, Espanha (c.15000 a.C.) – Pigmento sobre rocha.

Outra técnica desenvolvida no período foi a da pintura com 1.1.2. Escultura


sopro, que consistia em posicionar a mão em uma parede
As esculturas do período paleolítico eram feitas de rocha.
e assoprava-se os pigmentos com uma espécie de canudo
Existiam aquelas que, na verdade, eram materiais utilitários
em torno da mão, criando aquilo que os especialistas cha-
(instrumentos cortantes e outras ferramentas), e outras que
mam de pintura em negativo (uma mão com um delineado
eram representações de figuras humanas, feitas possivel-
em seu contorno).
mente com intenções ritualísticas. Uma das esculturas mais
conhecidas do período é a Vênus de Willendorf, apresenta-
da a seguir:

Artista desconhecido – Vênus de Willendorf


(c.24000 – 22000 a.C.) – Calcário oolítico

Encontrada em um sítio arqueológico na região de Willen-


dorf, na Áustria, trata-se de uma pequenina estátua de 11
centímetros, que foi batizada de “Vênus” pelo arqueólogo
que a encontrou, Josef Szombathy. Ela apresenta uma ca-
beça que é prolongamento do pescoço e, embora seu rosto
apresente uma ausência de detalhes, o objetivo da imagem
 VOLUME 1

parece ser o de ressaltar a dimensão de fertilidade da figu-


ra feminina, uma vez que o ventre, os seios e as nádegas
são mais volumosos.
Artista desconhecido – Mãos em negativo
(c.30000 a.C.) – Pigmento sobre rocha

CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  5


2. Neolítico
Também conhecido como “Idade da Pedra Polida”, o pe-
ríodo Neolítico tem sua duração de 10.000 a 4000 a.C.,
e é caracterizado pela grande revolução agrícola, que fez
com o homem pré-histórico não precisasse mais viver na
perspectiva do nomadismo, mas, finalmente, pudesse se
fixar em algum território, desenvolvendo novos modelos de
moradia. Foi um período marcado também pelo aprimora-
mento dos materiais utilizados em armas e pelo desenvol-
vimento dos trabalhos com a cerâmica, metais e tecelagem.
Artista desconhecido – Estátua encontrada na
Sardenha, em Roma (c.6000 a.C.) - Bronze
2.1. Dimensão estética
2.1.3. Arquitetura
2.1.1. Pintura Uma das criações arquitetônicas mais fascinantes do pe-
A pintura do Neolítico é marcada por um aprimoramento ríodo Neolítico são os monumentos megalíticos, como os
de algumas técnicas, trazendo imagens mais esquemáticas, de Stonehenge, na Inglaterra. Até hoje, não foi possível
nas quais, com frequência, vemos o registro de cenas com decifrar quais foram as dinâmicas de construção de tais
muitos humanos em atividades cotidianas e coletivas, de monumentos, uma vez que eles não possuíam tecnologias
base agrícola (plantio e colheita), além de retratarem ritu- modernas de construção.
ais de fertilidade. Chama a atenção, o número de registros
humanos com valorização da movimentação corporal em
linhas muito próximas à da dança e a do teatro.

Megalíticos de Stonehenge, na Inglaterra.

Artista desconhecido – Pintura rupestre do 3. Arte pré-histórica no Brasil


Platô de Ajjer, Argélia (c.4500 a.C.)
O Brasil possui diversos sítios arqueológicos em todas as
Na imagem acima, vemos que os registros rupestres mos- regiões do país (com destaque para os da região Norte e
tram seres humanos vivendo em conjunto com animais Nordeste), onde encontramos diversos registros rupestres,
que parecem estar domesticados, indicando tratar-se de além de outros artefatos. Acredita-se que diversos grupos
uma experiência de formação de comunidades agrícolas. étnicos viveram no território brasileiro antes do período de
colonização, e muitos deles deixaram suas marcas em pin-
2.1.2. Escultura turas parietais.
Conforme o homem se tornava mais “sedentário” (aban-
donava a dinâmica do nomadismo e passava a estabele-
cer-se de modo fixo em determinados espaços), ele passa-
va a manipular outros tipos de materiais para a construção
de ferramentas, instrumentos e até objetos estéticos. Desse
 VOLUME 1

modo, é comum encontrarmos estatuetas feitas com me-


tal, que parecem já serem construídas com maior grau de
abstração (sem tantos detalhamentos naturalistas) e com
intenções decorativas. Artista desconhecido – Gravura rupestre

6  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias


Aplicando para aprender (A.P.A.) 2. (Enem 2020) A arte pré-histórica africana foi incon-
testavelmente um veículo de mensagens pedagógicas e
sociais. Os San, que constituem hoje o povo mais próxi-
1. (Unicamp indígenas 2021) Em San José del Guaviare, mo da realidade das representações rupestres, afirmam
400 quilômetros ao sul de Bogotá, esconde-se um dos que seus antepassados lhes explicaram sua visão do
maiores e mais antigos tesouros do país: cerca de 7000 mundo a partir desse gigantesco livro de imagens que
pinturas rupestres datadas em mais de 10000 anos são as galerias. A educação dos povos que desconhe-
decoram as rochas da região de Serranía de La Lindo- cem a escrita está baseada sobretudo na imagem e no
sa, um dos oito sítios arqueológicos que atravessam a som, no audiovisual.
Amazônia colombiana. Kl-ZERBO, J. A arte pré-histórica africana,
In: KI-ZERBO, J. (Org.) História geral da África, I:
metodologia e pré-história da África. Brasília: Unesco, 2010.

De acordo com o texto, a arte mencionada é importante


para os povos que a cultivam por colaborar para o(a)
a) transmissão dos saberes acumulados.
b) expansão da propriedade individual.
c) ruptura da disciplina hierárquica.
d) surgimento dos laços familiares.
e) rejeição de práticas exógenas.

3. (Upe-ssa 1 2018)

Durante mais de dois anos de pesquisa e de trabalho


com comunidades e autoridades locais, foram recolhi-
das evidências para construir um Plano de Ação Arque-
ológico e, então, poder declarar o território como uma
nova área Arqueológica Protegida da Colômbia.
As pinturas registram formas de vida e crenças de co-
munidades que habitaram a região. As representações
conservadas em mais de 60 paredões de pedra mos-
tram práticas de caça e de pesca, rituais religiosos e,
inclusive, relações sexuais e processos de parto.
A declaração da região como área protegida é um ins-
trumento para salvaguardar o território, pois o objetivo
não é cuidar apenas dos ecossistemas e da biodiversi-
dade local, mas também da arte rupestre. Dessa forma,
especialistas puderam definir as atividades que estão
permitidas e as que estão proibidas na região dos sítios:
‘’impede-se a mineração e limita-se a construção de in-
Observando os grafismos, assinale a alternativa CORRETA.
fraestrutura pesada, ao mesmo tempo em que estão
permitidas atividades turísticas guiadas que cumpram a) Não havia animais nesse período específico.
os parâmetros de cuidado e preservação do lugar. b) Essas manifestações culturais não podem ser con-
sideradas arte.
(Adaptado de Así es La Lindosa, la joya arqueológica que desde
ahora estará protegida em Colombia. Semana, 30/05/2018.)
c) Nada sabemos sobre essas populações humanas.
d) Inexistiam técnicas para produção de pigmentos.
A pesquisa sobre as pinturas rupestres na Serranía de e) Há grande relevância histórica e artística.
La Lindosa sugere que:
4. (Unesp 2017) Examine duas pinturas produzidas na
a) a ocupação da Amazônia pelos humanos é mais Caverna de Altamira, Espanha, durante o Período Pale-
recente do que indicam as pesquisas científicas. olítico Superior.
b) o registro das atividades humanas na região de-
monstra a manutenção dos modos de vida das socie-
dades americanas.
 VOLUME 1

c) o convívio entre animais e seres humanos não im-


pactava a cultura dos povos que habitaram a região.
d) a ação de políticas públicas é responsável por reco-
nhecer e preservar a cultura da floresta.

CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  7


Tais pinturas rupestres podem ser consideradas como morfos e zoomorfos. Os grafismos realizados em blo-
a) manifestação do primitivismo de povos incapazes cos ou paredes foram gravados por meio de diversos
de representações realistas. recursos: picoteamento, entalhes e raspados.
b) expressão artística infantilizada e insuficiente para DANTAS, M. Antes: história da pré-história. Brasília: CCBB, 2006
fornecer qualquer indício sobre a vida na Pré-História.
c) comprovação do pragmatismo de povos primitivos,
despreocupados de sua alimentação.
d) representação, em linguagem visual, dos vínculos
materiais de um povo com o seu ambiente.
e) revelação da predominância do pensamento abs-
trato sobre o concreto nos povos pré-históricos.

5. (Uern 2013) As gravuras se referem aos monumentos Nas figuras que representam a arte da pré-história bra-
megalíticos, constantes objetos de estudo de arqueólo- sileira e estão localizadas no sítio arqueológico da Ser-
gos e historiadores. Observe. ra da Capivara, estado do Piauí, e, com base no texto,
identificam-se
a) imagens do cotidiano que sugerem caçadas, danças,
manifestações rituais.
b) cenas nas quais prevalece o grafismo entalhado em
superfícies previamente polidas.
c) aspectos recentes, cujo procedimento de datação
indica o recuo das cronologias da prática pré-histórica.
d) situações ilusórias na reconstituição da pré-história,
pois se localizam em ambientes degradados.
e) grafismos rupestres que comprovam que foram reali-
zados por pessoas com sensibilidade estética.

7. (Enem 2007)

Acerca dessas formações rochosas misteriosas, devida-


mente arrumadas na natureza por nossos antepassa-
dos, é correto afirmar que
a) são consideradas monumentos pela sua formação.
Acredita-se que podem ter surgido durante o período
Neolítico (Idade da Pedra) e a finalidade de sua exis-
tência não é totalmente conhecida.
b) muitas eram contempladas e cultuadas pelos re-
ligiosos fundadores da Igreja Católica, que acredi-
tavam em seus poderes esotéricos e na presença de
relíquias sagradas entre as pedras utilizadas em sua A pintura rupestre mostrada na figura anterior, que é
construção. um patrimônio cultural brasileiro, expressa
c) são construções feitas por seres detentores de al- a) o conflito entre os povos indígenas e os europeus
tos conhecimentos, pois a maioria das pedras chega durante o processo de colonização do Brasil.
a pesar toneladas. Os templos seriam destinados aos b) a organização social e política de um povo indígena
alquimistas e magos, donos do conhecimento científi- e a hierarquia entre seus membros.
co no período Homérico.
c) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram
d) algumas são construções de indivíduos solitários,
durante a chamada pré-história do Brasil.
conhecidos como menires (em celta significa “pedras
d) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes dinos-
compridas”) e tinham o objetivo comprovado de abri-
sauros atualmente extintos.
gar as tribos nômades em suas incursões em busca de
alimento e moradia. e) a constante guerra entre diferentes grupos paleoín-
dios da América durante o período colonial.
6. (Enem PPL 2011) Gravuras e pinturas são duas mo-
 VOLUME 1

dalidades da prática gráfica rupestre, feitas com recur-


sos técnicos diferentes. Existem vastas áreas nas quais
Gabarito
há dominância de uma ou outra técnica no Brasil, o 1. D 2. A 3. E 4. D 5. A
que não impede que ambas coexistam no mesmo es-
paço. Mas em todas as regiões há mãos, pés, antropo- 6. A 7. C

8  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias


ARTE NA
ANTIGUIDADE: Suas obras, em geral, retratavam doutrinas políticas, sociais
EGITO E e espirituais, com função dinástica, religiosa e cultural. Ape-
sar de existirem alguns sistemas de regras para produção
MESOPOTÂMIA artística, nota-se grande criatividade no desenvolvimento

CH
de certas obras.
É muito importante conhecermos as bases artísticas egíp-
COMPETÊNCIA(s) cias, pois elas serão altamente influentes para as produ-
4 ções artísticas gregas e romanas em momento posterior.

AULA HABILIDADE(s)
12, 13 e 14
1.1. Dimensão estética
2 1.1.1. Pintura
A arte pictórica egípcia caracteriza-se por não apresentar
sistemas equilibrados de proporcionalidade (entenda-se:
diferença ideal de altura/largura entre as figuras), nem
noção de perspectiva (recurso gráfico que utiliza o efeito
visual de linhas convergentes para criar a ilusão de tridi-
mensionalidade do espaço e das formas), trabalhava com
a peculiar “regra da frontalidade”, que veremos detalhada
1. Arte no Egito Antigo na imagem a seguir. A pintura se concentrava em papiros
funerários e afrescos realizados, em geral, no interior de
Durante a Antiguidade, a civilização egípcia estendeu-se construções como pirâmides.
aproximadamente entre os anos de 3500 a.C. e 500 a.C,
com uma produção artística que ocorreu em um determi-
nado ciclo.
Os egípcios apresentavam uma organização social bas-
tante complexa e fundada em matrizes religiosas. Para a
grande maioria dos povos, os deuses eram responsáveis
por tudo o que existia na natureza e pela organização das
existências. Além disso, eles acreditavam que existia uma
vida eterna após a morte, a qual era muito mais importante
que a vida terrena. Tais crenças contribuíram não apenas
para o modo como seriam organizadas as dimensões so-
ciais e políticas do povo egípcio, mas também sua produ-
ção artística.
Vale ainda ressaltar a importância do território onde essa
civilização se desenvolveu, no entorno do Rio Nilo, especial-
mente perto de seu delta. Essa proximidade com o Rio Nilo
não apenas favoreceu o desenvolvimento agrícola desses
povos, mas deu início às relações comercias entre os reinos Artista desconhecido – O túmulo de Nakht (1500 a.C.) - Afresco
do Baixo Egito e Alto Egito, culminando na unificação dos A pintura acima é um afresco (aplicação de tintura sobre
reinos e no consequente início da dinastia dos faraós. estrutura previamente preparada com pedra ou gesso) que
Sobre a arte, podemos dizer que ela engloba o período que retrata a figura central de Nakht em meio a seus súditos.
vai de 2649 a.C. e 1070 a.C, e apresenta uma notável va- Sobre a parte estética, é possível reparar que – além de
riedade de expressões artísticas, como pinturas (em afres-
 VOLUME 1

não ter perspectiva nem proporcionalidade adequada – se-


cos e papiros), esculturas, cerâmicas e obras arquitetônicas. guiam uma estética rígida chamada de “regra da frontali-
É importante salientar que, nesse período, não havia ainda dade”, na qual o tronco e um dos olhos eram retratados
a distinção entre “arte” e “artesanato”, que aparecerá no de frente para o espectador, enquanto a cabeça e as pernas
Renascimento. eram vistas de perfil.

CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  9


De acordo com estudiosos, como a arte egípcia estava 1.1.3. Arquitetura
intimamente ligada a experiências dinásticas e religiosas
A arquitetura egípcia destacou-se pelo fascinante trabalho
(mesmo as relações de trabalho, como a que é vista na
com construções de pirâmides, esfinges e templos. Esses
imagem, estavam conectadas à ideia de servir ao faraó), as
monumentos eram realizados para atestar a grandiosidade
imagens não deveriam representar as individualidades (a
e a imponência do poder político e religioso dos faraós.
criatividade) do artista. As pinturas também não deveriam
ter um caráter altamente naturalista (o observador não
deve confundir uma pintura com o indivíduo), ela deveria
ser explicitamente representativa.

1.1.2. Escultura
A escultura egípcia foi trabalhada de maneira bastante
detalhista e naturalista, diferente da pintura. Era comum
que se encomendassem esculturas que reproduzissem não
apenas os dados físicos do indivíduo (por exemplo, fisiono-
mia e traços raciais), mas também traços de sua condição Artista desconhecido – Pirâmides de Quéops, Quéfren e
social. Vejamos a imagem a seguir: Miquerinos, no deserto de Gizé (século XXVII– XXVIa.C.)

As pirâmides da imagem acima foram construídas a pedido


dos faraós que dão nome a cada uma das construções, a
fim de abrigar seus restos mortais. A maior delas, a de Que-
óps, possui 146 metros de altura e ocupa uma superfície
de 54.300 metros quadrados, revelando o grande domínio
que os egípcios possuíam da técnica de construção.

Artista desconhecido – Esfinge do faraó Quéfren (século XXVIIa.C.)

A imagem acima apresenta uma esfinge que está loca-


lizada próxima às três pirâmides da imagem anterior. A
Artista desconhecido – Escriba sentado (2500 a.C.)
gigantesca construção (20 metros de altura e 74 de com-
primento) tenta representar a figura do faraó Quéfren, no
Trata-se de uma das esculturas mais impressionantes da entanto, a ação erosiva do vento e das areias do deserto
arte egípcia. Talhada em calcário fino, conserva até hoje desgastaram a imagem (o nariz, por exemplo), dando-lhe
sua base constitutiva original (no Louvre, onde está insta- um aspecto misterioso.
lada, passou por leve restauração em 1998). O que mais Quanto aos templos, o mais conhecido é o “Templo de
chama a atenção é o detalhamento do rosto e do corpo Luxor”, cujas apresentam um aspecto artístico importante:
(que influenciará muito, mais adiante, a arte grega). Há são decoradas com uma espécie de flor de papiro enro-
 VOLUME 1

também a preocupação em registrar fielmente o trabalho lada na base (corpo da coluna) e no capitel (a cabeça da
do escriba, com a mão em forma de pinça, como se esti- coluna). Esse tipo de decoração servirá de inspiração para
vesse segurando um instrumento de escrita, além de um a composição de outros modelos de colunas e capitéis que
documento na mão esquerda. veremos na arte grega.

10  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias


Artista desconhecido – Lacre cilíndrico de mármore (3000
a.C.; à esquerda) e sua impressão em argila (à direita).

2.1.1. Arte e religião


A religião era a força motriz da sociedade mesopotâmica
e a arte e arquitetura sumérias serviam como expressões
práticas das crenças e dos rituais religiosos. No topo do
sistema teocrático das cidades-estados sumérias estava o
deus protetor, o Governante Supremo. O rei, isto é, a pes-
soa responsável por fazer a vontade divina na posição de
protetor da cidade e de sacerdote (que mediaria as rela-
Artista desconhecido – Colunas do templo de Luxor (sécXIV - XIIa.C.) ções entre deuses e homens). Inclusive, cada cidade sumé-
ria costumava ser construída ao redor de um gigantesco
templo em forma de torre, denominado “zigurate”.
2. Arte na Mesopotâmia Durante uma escavação em um zigurate (Zigurate de Ur), no
ano de 1928, o arqueólogo britânico Sir C. Leonard Woolley
A região chamada de Mesopotâmia (atual Iraque) localiza-
descobriu um importante complexo funerário de um casal
va-se em um vale entre os rios Tigres e Eufrates, no Oriente
real, em que a mulher, conforme dados encontrados um la-
Médio. Foi um espaço ocupado há séculos pelos sumérios, cre cilíndrico, chamava-se Pu-Abi. O casal estava enterrado
assírios, babilônicos e os persas. Em particular, a habilidade com mais de 75 empregados e com um conjunto significa-
agrária dos sumérios estabeleceu uma sociedade urbana tivo de objetos funerários, como joias, ferramentas, vasos,
governada por reis com base em um sistema teocrático. armas, oferendas religiosas, jogos de tabuleiro, instrumentos
Também, é importante ressaltar que as tradições políticas, musicais, entre outros objetos. Vejamos alguns a seguir:
religiosas, econômicas, artísticas e arquitetônicas lançariam
as fundações para a civilização ocidental.

2.1. Dimensão artística x utilitária


Alguns objetos hoje considerados artísticos, tiveram sua
origem ligada ao campo utilitário, ou seja, eram objetos
com alguma funcionalidade, em geral, cotidiana. Como
exemplo, temos os lacres cilíndricos de mármore, que eram
pequenas peças entalhadas com a escrita cuneiforme ou
outros desenhos, e que funcionavam como se fossem “ca-
rimbos de autenticidade”. Como os sumérios foram o povo
que construiu as primeiras redes comerciais, com ligações
que alcançavam África, Ásia e Europa; era necessário que
 VOLUME 1

eles tivessem algum material para trabalhos administrati-


vos. Alguns lacres cilíndricos também eram utilizados como
forma de identificação pessoal de figuras importantes da Artista desconhecido – Estatueta de cordeiro num bosque
sociedade. (2600 a.C.) Madeira, cobre e outros materiais.

CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  11


A estatueta acima pertence a um par de estatuetas fune-
rárias que foram encontradas na tumba real. Elas foram
Aplicando para Aprender (A.P.A.)
batizadas pelo arqueólogo Leonard Woolley com o nome 1. (Ufg 2008) Observe a imagem:
acima apresentado. Vemos que se trata de um cordeiro que
parece estar “em pé”, apoiado em uma árvore. Os chifres,
sobrancelhas e olhos do animal são feitos com lápis-lazúli
(uma rocha preciosa). A árvore, o rosto do animal e tam-
bém suas pernas, são partes folheadas com ouro. Além
disso, há algumas conchas que parecem compor uma pe-
lagem sobre as costas do animal.

A pintura egípcia pode ser caracterizada como uma arte


que
Artistas desconhecidos – Estandarte de Ur (c.2600 a.C. – a) definiu os valores passageiros e transitórios como
2400 a.C.) Calcário vermelho, conchas e lápis-lazúli.
forma de representação privilegiada.
Também encontrado durante as escavações do zigurate b) concebeu as imagens como modelo de conduta,
de Ur, o Estandarte de Ur. Originalmente entendido como utilizando-as em rituais profanos.
um quadro bélico (um quadro que traz narrativas ligadas a c) adornou os palácios como forma de representação
pública do poder político.
batalhas), é hoje interpretado pelos estudiosos como uma
d) valorizou a originalidade na criação artística como
caixa para transporte para um instrumento musical. Ain-
possibilidade de experimentação de novos estilos.
da assim, trata-se de uma caixa que possui, em seus dois
e) elegeu os valores eternos, presentes nos monu-
lados, painéis com três faixas horizontais, onde são mos- mentos funerários, como objeto de representação.
tradas cenas de pessoas e animais. Quando lidas de baixo
para cima, as cenas das faixas contam uma narrativa visu- 2. (Unesp 2015) A maior parte das regiões vizinhas [da
antiga Mesopotâmia] caracteriza-se pela aridez e pela
al. O primeiro painel (em destaque, acima) é chamado de
falta de água, o que desestimulou o povoamento e fez
Quadro Bélico e mostra o rei liderando uma batalha com com que fosse ocupada por populações organizadas em
seu exército sumério. Há cenas violentas, em que animais pequenos grupos que circulavam pelo deserto. Já a Meso-
passam por cima de corpos de soldados derrotados, além potâmia apresenta uma grande diferença: embora marca-
de uma celebração da vitória desse exército. da pela paisagem desértica, possui uma planície cortada
por dois grandes rios e diversos afluentes e córregos.
Na parte de trás do painel há o chamado Quadro da Paz,
(Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.)
que retrata o rei e a nobreza celebrando a vitória da guerra
em um banquete. Eles também são vistos agradecendo aos A partir do texto, é correto afirmar que
deuses, ao mesmo tempo em que homens entregam os a) os povos mesopotâmicos dependiam apenas da
espólios de guerra ao rei. caça e do extrativismo vegetal para a obtenção de
alimentos.
b) a ocupação da planície mesopotâmica e das áreas
vizinhas a ela, durante a Antiguidade, teve caráter se-
dentário e ininterrupto.
c) a ocupação das áreas vizinhas da Mesopotâmia
tinha características nômades e os povos mesopotâ-
micos praticavam a agricultura irrigada.
d) a ocupação sedentária das regiões desérticas re-
 VOLUME 1

presentava uma ameaça militar aos habitantes da


Mesopotâmia.
e) os povos mesopotâmicos jamais puderam se se-
dentarizar, devido às dificuldades de obtenção de
alimentos na região.

12  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias


3. (Uem-pas 2022) Sobre a arte egípcia, assinale o que
for correto.
01) Nas cidades, especialmente na Ágora, destaca-
vam-se os templos com grandes cúpulas em home-
nagem aos deuses.
02) As tumbas e as construções mortuárias marcaram
a arquitetura.
04) As pirâmides são as construções mais conhecidas
e foram erguidas para ostentar os poderes político e
econômico dos faraós.
08) Nas pinturas, o tronco das figuras humanas era
desenhado de frente; as pernas, os pés e a cabeça
eram vistos de perfil.
16) A pintura e a escultura não obedeciam a regras
nem a regularidades, embora a maioria das figuras
incorporasse a perspectiva.

4. (Uem 2019) Sobre a arte no Egito Antigo, assinale o


que for correto.
01) A religião ocupou um papel de grande relevância
na sociedade egípcia e influenciou profundamente
sua produção artística.
02) Os egípcios possuíam objetos de arte que sempre
lembravam seus feitos e suas atividades diárias, pois,
para eles, a vida terrena era mais importante que a
vida após a morte.
04) Os primeiros faraós foram enterrados em tumbas
que eram réplicas de suas casas, e as pessoas comuns
eram enterradas em construções retangulares sim-
ples, que, posteriormente, originaram as pirâmides.
08) Para a elaboração de suas obras os artistas não
seguiam padrões e regras, pois imperava a liberdade
para desenvolver a criatividade e a imaginação pes-
soais, bem como um estilo próprio.
16) Na pintura e nos baixos-relevos a arte não de-
veria reproduzir a realidade, mas ter um aspecto de
ilusão, induzindo a percepção do expectador.

Gabarito
1. E 2. C 3. 02 + 04 + 08 = 14

4. 01 + 04 + 16 = 14
 VOLUME 1

CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  13


ANTIGUIDADE também para proteger de intempéries climáticas (excesso
CLÁSSICA: de chuva ou sol). Sua construção obedecia a regras bem
rígidas que foram evoluindo com o passar do tempo, e
A ARTE GREGA I
essas mudanças deram origem ao que chamamos de “or-

CH
dens arquitetônicas”, as quais consistiam em modificações
pontuais na ornamentação e reforço da construção. Apesar
COMPETÊNCIA(s)
de serem dotadas de muitos detalhes e complexidades, os
4
vestibulares costumam colocar seu foco na ornamentação
das colunas que sustentam os templos. Vejamos as três
principais ordens a seguir:
AULA HABILIDADE(s)
12, 13 e 14

3 1.1. Ordem dórica


A ordem dórica surge nas costas do Peloponeso, em mea-
dos do século V a.C. É a mais simples das ordens. Foi muito
empregada no exterior de templos mais baixos, de caráter
sólido.

A Grécia Antiga ou civilização grega é como conhecemos


a civilização formada pelos gregos no sul da Península Bal-
cânica, civilização essa que se estendeu por outras partes
do Mediterrâneo, além das Cíclades, pela Ásia Menor e por
regiões costeiras no Mar Negro. A história grega iniciou-se
oficialmente naquilo que é chamado de período homérico,
por volta de 1100 a.C. e estendeu-se até a transformação
da Grécia em protetorado romano, em 146 a.C.
A história grega é subdividida em cinco períodos criados pe-
los historiadores, sendo o clássico o momento considerado
o auge da experiência civilizacional grega. Nesse período
houve grande desenvolvimento das pólis (antigas cidades
gregas), destacando-se Atenas e Esparta. Os gregos lega-
ram à humanidade uma série de contribuições significativas
em áreas do conhecimento, como as bases que formaram as
disciplinas de história, filosofia e literatura; além do teatro. A coluna não tem base, tem entre quatro a oito módulos
A arte grega, em seus primórdios, recebeu forte influência de altura, o fuste apresenta vinte estrias (sulcos verticais
da produção artística egípcia. Destacam-se as produções na coluna). O capitel é simples, sem ornamentação, e se
arquitetônicas (templos) e escultóricas do período. Também assemelha a uma almofada.
encontramos pinturas, mas em menores quantidades, mui-
tas vezes restritas a suportes como vasos e ânforas.
Nessa primeira parte da aula, estudaremos as ordens ar-
quitetônicas gregas e também conheceremos um pouco da
pintura.

1. As ordens arquitetônicas
na Grécia antiga
 VOLUME 1

Na arquitetura grega, as edificações que mais despertaram


interesse foram os templos, que eram locais utilizados não
apenas para reunir pessoas para atividades religiosas, mas (Detalhamento – Coluna Dórica)

14  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias


A maior expressão da ordem dórica e também da arqui-
tetura grega, como um todo, é o Partenon, templo mais
conhecido da Grécia Antiga, erguido em tributo à deusa
Atena e localizado no topo da Acrópole, na cidade de Ate-
nas. Foi construído em mármore branco e seus ornamentos
foram pintados de azul, vermelho e dourado.

O Partenon (447 a.C. – 432 a.C) – Acrópole de Atenas, Grécia.

1.2. Ordem jônica (Detalhamento – Coluna Jônica)

A ordem jónica surge na Grécia oriental por volta de 450 O templo mais expressivo da ordem jônica é o Erecteion,
a.C. (sendo muito usada em Atenas). Durante um bom erguido em homenagem a Poseidon, Atena e Erecteu. Tam-
tempo, ela se desenvolveu em conjunto com a ordem dó- bém está localizado na Acrópole em Atenas e foi construí-
rica, no entanto, suas formas mais fluidas, que traziam um
do pelo arquiteto Mnesicles.
aspecto de maior leveza ao monumento, fizeram com que
fosse mais utilizada do que a ordem antiga.

Erecteion (421 a.C. – 406 a.C.) - Acrópole de Atenas, Grécia.

1.3. Ordem coríntia


 VOLUME 1

A coluna possui uma base larga (a dórica não possuía ne- A ordem coríntia é característica do final do século V a.C.
nhuma base), o fuste é mais detalhado, apresentando vinte É um estilo predominantemente decorativo. A coluna apre-
e quatro sulcos. O capitel apresenta um desenho espirala- senta na base um fuste que é composto por vinte e quatro
do (como se fossem rolos projetados para os lados). sulco afiados.

CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  15


Templo de Zeus Olímpico (VI a.C. – 131 d.C.)
- Centro de Atenas, na Grécia.

2. Pintura
A pintura na Grécia antiga não foi o elemento artístico de
maior destaque e, como em outras civilizações, apareceu
como elemento que complementava a arquitetura e a es-
cultura. São muito comuns os grandes painéis pintados
que recobriam paredes de templos ou outras construções,
O capitel da ordem coríntia apresenta uma exuberância no entanto, a grande maioria dessas pinturas parietais
decorativa que imitavam folhas de uma planta chamada acabou sendo destruída junto com os templos dos quais
acanto. Foi um sistema de ornamentação que, posterior- faziam parte.
mente, foi muito utilizado na arte romana. Também, o teto O maior destaque fica por conta das pinturas realizadas
difere da ordem anterior: passa a ser horizontal. em peças de cerâmica, mais especificamente em vasos e
ânforas. Essas pinturas ficaram conhecidas por valorizarem
o equilíbrio e a simetria entre os desenhos apresentados e
o formato curvo dos vasos, além do uso de cores intensas
que davam maior destaque às imagens.

(Detalhamento – Coluna Coríntia)

A construção grega mais exemplar da ordem coríntia é o


Templo de Zeus Olímpico ou Olimpeu. É um dos maiores
 VOLUME 1

templos gregos já feitos. Sua construção levou sete séculos


para ser concluída, porém pouco sobrou de sua estrutura
nos dias de hoje. De suas 104 colunas originais, somente
Exéquias – Ânfora da Ática com figuras negras (c.540 a.C. – 530 a.C.)
15 ainda se mantém de pé atualmente.

16  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias


Lekythoi - Cerâmica grega em técnica White Ground (c. 470 – 450 a.C.)

As pinturas em ânforas do período arcaico apresentavam


silhuetas em negro sobre um fundo em geral avermelhado.
Costumavam retratar a mitologia grega e outros aspectos
da época, como ritos funerários, competições esportivas,
trabalhos e feitos heroicos no campo de batalha. Original-
mente, esses objetos eram utilizados em rituais religiosos
ou mesmo para armazenar água, vinho, azeite e outros
mantimentos. Com o passar do tempo, devido à qualidade
e equilíbrio das imagens, passaram a ser entendidos tam-
bém como objetos artísticos.
No período clássico, houve um declínio do interesse pela
pintura em cerâmica sofreu um grande declínio. A única
inovação que houve foi a da pintura em técnica White
ground, que, diferente dos estilos de figuras negras ou ver-
melhas, que se baseavam em tiras de argila para criar figu-
ras, a técnica White Ground empregava tinta e douramento
em um fundo de argila branca.
 VOLUME 1

CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  17


ANTIGUIDADE
CLÁSSICA:
A ARTE GREGA II

CH COMPETÊNCIA(s)
4

AULA HABILIDADE(s)
12,13 e 14

Artistas desconhecidos – Kouros (arquétipo masculino nu)


e Koré (arquétipo feminino com vestido drapeado).

Os arquétipos gregos clássicos são caracterizados pela si-


Nessa continuação da aula anterior, vamos estudar a arte metria (equilíbrio entre as dimensões de ombros, braços e
escultórica grega, que foi uma das produções mais impor- pernas), com peso de corpo igualmente distribuído sobre
tantes dessa civilização, gerando referência que seriam as duas pernas. Apresentam rigorosa posição frontal, são
posteriormente retomadas por futuros movimentos que pouco expressivos (feições são mais ), além de um caráter
desejavam apresentar uma abordagem dita “clássica”. estático (não há sensação de movimento).

Para entendermos a complexidade do desenvolvimento da O Kouros (estátua masculina) é sempre apresentado nu,
estatuária grega, é necessário que acompanhemos o seu valorizando uma dimensão estética de possível perfeição
desenvolvimento ao longo de determinadas épocas. Vai ser corporal. Já Koré (estátua feminina) é sempre representa-
possível notar com clareza que o desenvolvimento artístico da vestida (nesse período, a nudez feminina era encarada
desses povos acompanhou seu desenvolvimento social. como uma referência problemática à prostituição), com
algumas variações entre tipos de túnicas e tipos de pente-
ados por ela utilizados.
1. A escultura no período
Arcaico (c.650 – 480 a.C.) 2. A escultura no período
O Período de Arcaico Grego surge a partir do século VIII a.C. Clássico (c.480 – 323 a.C.)
Por volta do ano 700, os reinos começaram a ser substitu- A vitória sobre os persas em 490 – 479 a.C. estabeleceu
ídos por oligarquias e cidades-estados. Nesse período, as Atenas como a mais forte das cidades-estados gregas.
ligações comerciais marítimas foram restabelecidas entre a Apesar das ameaças externas, ela manteve seu papel cul-
Grécia e o Egito, aumentando a prosperidade no território tural de liderança nos séculos seguintes. É durante esse
e facilitando o crescimento da cultura e produção artística. contexto que são lançadas as bases para a formação do
A escultura grega arcaica era fortemente influenciada pela Período Clássico ateniense.
egípcia, bem como por técnicas sírias, especialmente no Por volta de 450 a.C., o general Péricles consolidou seu po-
que diz respeito ao caráter simétrico e mais simplificado der utilizando o dinheiro público advindo das taxas cobra-
das imagens. Escultores gregos criaram estátuas (em pe- das a seus aliados da Liga Delos, para financiar os artistas
dra, terracota e bronze) e obras em miniatura (em marfim e pensadores de sua cidade-estado, pagando artistas para
e osso). construírem templos e outros edifícios públicos na cidade.
 VOLUME 1

O estilo do período foi dominado por dois arquétipos (mo- Dessa forma, ele poderia ganhar o apoio do povo distri-
delos) humanos: o jovem nu em pé (kouros) e a menina buindo muitos trabalhos e, ao mesmo tempo, aumentar o
drapeada (kore). Destes, os nus masculinos foram vistos prestígio de Atenas, assim como o seu próprio, com a cons-
como mais importantes. trução de tais obras grandiosas.

18  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias


Durante esse período, conhecido também como o “Século
de Ouro” ou, o “Século de Péricles”, haja vista o enorme
A escultura no período
desenvolvimento econômico e cultural ateniense, tivemos Helenístico (c.480 – 323 a.C.)
um processo criativo que não apenas dominaria a arte ro-
A escultura grega helenística deu prosseguimento à ten-
mana futura, mas também a Europa Renascentista 2.000 dência clássica de retratar as imagens com um naturalismo
anos depois. Tudo isso mesmo com a destruição da maioria cada vez maior. No entanto, os artistas não se sentiam mais
das pinturas e esculturas. obrigados a retratar pessoas como ideais de beleza; a sere-
Durante a era Clássica em sua totalidade, houve uma enor- nidade clássica, idealizada dos séculos quinto e quarto, deu
me melhoria na habilidade técnica dos escultores gregos lugar a um emocionalismo maior, a um realismo intenso e
em retratar o corpo humano em uma postura naturalis- a uma dramatização quase barroca do assunto.
ta, em vez de rígida. A anatomia tornou-se mais precisa e,
como resultado, as estátuas começaram a parecer muito
mais realistas. Além disso, o bronze tornou-se o principal
meio de trabalho independente devido à sua capacidade
de manter a sua forma, o que permitiu a criação de poses
ainda mais naturais.

Artista desconhecido
O gaulês moribundo (c.230 – 220 a.C.) – Mármore

A escultura acima, de acordo com pesquisadores, retrata


um guerreiro gálata (celta da Ásia Menor) vencido e mori-
bundo. Ela deve ter sido esculpida para assinalar a vitória
do rei de Pérgamo sobre os gálatas, os quais ficaram a par-
tir de então remetidos ao interior do planalto da Anatólia,
a região onde se encontra atualmente a capital da Turquia,
Ankara. É possível notar que nela não há uma preocupa-
ção em retratar detalhes de perfeição corporal, mas sim
em demonstrar o sofrimento de um soldado derrotando,
intensificando o caráter dramático da peça.

Aplicando para Aprender (A.P.A.)


1. (Famerp 2020) Observe as três ordens da arquitetura
grega clássica.
Crítio – Efebo de Crítio (c. 485 – 480 a.C.)

Uma das esculturas mais exemplares do período Clássico


ateniense é o Efebo, atribuído ao escultor Crítio (não se
sabe ao certo se Crítio seria o verdadeiro autor dessa escul-
tura. Tal conjetura é baseada em semelhanças estilísticas
com outras obras que sabidamente eram do autor).
A estátua apresenta características estilísticas marcantes,
como maior naturalismo e realismo da imagem, anatomia
corporal mais detalhada, delicado movimento de cabeça,
 VOLUME 1

ligeira flexão corporal e quebra da simetria clássica (é pos-


sível notar uma “intenção de movimento”, que faz com
que o peso da estátua seja direcionado para a perna direi-
ta, como vemos na segunda imagem).

CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  19


As três colunas correspondem, respectivamente, aos
estilos:
a) dórico, jônico e coríntio.
b) jônico, gótico e românico.
c) românico, coríntio e dórico.
d) gótico, dórico e barroco.
e) coríntio, barroco e gótico.

2. (Ufsm 2012) Observe as imagens:

O texto menciona o Partenon, cuja imagem você pode


ver neste exercício. Sobre o Partenon é correto afirmar
que:
a) Foi erguido nos tempos homéricos, estando sua cons-
trução descrita na Ilíada e na Odisseia;
b) Foi um conjunto arquitetônico erguido durante o perí-
odo arcaico, sendo sua construção descrita por Homero;
c) Foi um conjunto arquitetônico mandado construir por
Péricles, no período clássico, com obras de Fídias, um dos
Com base nas gravuras, reflita a respeito da Antiguida- maiores escultores daquele tempo;
de Clássica e analise as afirmativas a seguir. d) Foi um conjunto arquitetônico mandado construir por
I. A Civilização Grega não sofreu influência dos egípcios Alexandre da Macedônia e representava o estilo gran-
nem dos povos do Oriente Médio. Sua cultura esgotou-se dioso da arquitetura helenística;
entre os gregos e sua originalidade foi reconhecida ape- e) Foi um conjunto arquitetônico mandado construir
nas com o Renascimento Cultural. pelos romanos, quando a região da Grécia sofreu forte
II. A arte do período clássico evidenciou o ideal grego influência da arquitetura dos etruscos.
de harmonia e equilíbrio, percebido tanto na represen-
4. (Uem-pas 2021) Sobre a arte na Grécia antiga, assi-
tação da figura humana quanto no projeto de sociedade,
nale o que for correto.
a pólis.
III. A arte do período helenístico expressou uma dramati- 01) As louças e os vasos eram decorados principal-
cidade que pode ser entendida como expressão das ten- mente com temas alusivos aos deuses.
sões do mundo grego da época: a derrocada da pólis au- 02) A tentativa de representar o movimento do corpo
tônoma e independente e a formação de grandes reinos. humano já se fazia presente nas esculturas.
IV. Ao conquistar e dominar as cidades gregas, o Império 04) A proporção áurea foi utilizada em diversas es-
Romano manteve o seu projeto original (oriundo das cul- culturas gregas.
turas itálicas) e ignorou a cultura helênica. 08) Nas colunas dos edifícios gregos, identificam-se
três ordens arquitetônicas: a dórica, a jônica e a co-
Está(ão) correta(s) ríntia.
a) apenas I e II. 16) São consideradas importantes contribuições do
b) apenas II e III. período o uso dos arcos, dos vitrais e dos mosaicos
c) apenas I, II e III. na arquitetura e a reprodução de retratos de perso-
d) apenas III e IV. nalidades na escultura.
e) apenas IV.
5. (Uem-pas 2020) Sobre arte e arquitetura na Antigui-
3. (Espm 2005) "A Olimpíada de Atenas é a chance dade, assinale o que for correto.
que os gregos pediram a Zeus para expor aos olhos do
mundo, no curto espaço de 17 dias, uma queixa que já 01) Tanto na Grécia quanto no Egito a principal
dura 2 séculos. A queixa é de furto. E diz respeito aos função da arte era retratar cenas do cotidiano dos
extraordinários frisos de mármore esculpidos por Fídias deuses considerando os conceitos de proporção e de
no Partenon - que está entre os 5 dos mais imponentes perspectiva.
monumentos ainda preservados da Antiguidade clássi- 02) O Partenon foi construído em homenagem à deu-
 VOLUME 1

ca. Os mármores de Elgin, assim é chamada a preciosi- sa Atena; possui colunas da ordem dórica, e o princi-
dade, duvidoso tributo ao homem que a surrupiou em pal escultor do templo foi Fídias.
1836, e olimpicamente a despachou para casa - isto é, 04) A simetria é uma das características mais eviden-
para a Inglaterra. Desde 1816 elas repousam no British tes dos templos gregos; tanto o pórtico de entrada
Museum". quanto o dos fundos são muito semelhantes.

20  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias


08) As esculturas gregas, na maioria das vezes, eram representados sob essa condição, aproximando os fiéis
representações de deuses, aos quais se associavam do transcendental e divino.
valores como a virilidade e a beleza. c) ao mito religioso, cultivado e disseminado em todas
16) As esculturas gregas do período clássico, nas as classes sociais das diversas cidades-estados gregas.
quais a nudez era considerada natural, ainda não Acreditava-se que um corpo são e perfeito é sempre
tentavam superar a aparência de imobilidade, como acompanhado por um espírito saudável e sagaz.
ocorre com Davi, de Michelangelo. d) ao pensamento helenístico, capaz de criar uma unida-
de cultural em toda a Grécia, superando os paradigmas
6. (Ufpe 1996) As artes foram um ponto de destaque religiosos de outras civilizações da época e passando a
na Grécia, sobretudo a Arquitetura, em Atenas, em que valorizar o homem e sua capacidade racional de enten-
se destacaram estilos arquitetônicos gregos, represen- der o mundo.
tados pelas figuras a seguir:
e) ao pensamento aristocrático, que se utilizava da ex-
pressão máxima da beleza humana para se impor sob as
demais classes sociais, já que o homem era representado
como um deus, garantindo a submissão do restante da
sociedade grega.

Gabarito
Em qual das alternativas estão indicados os três estilos? 1. A 2. B 3. C 4. 01 + 02 + 04 + 08 = 15
a) O dório, o jônio e o coríntio. 5. 02 + 04 + 08 = 14 6. A 7. D
b) O sofista, o platônico e o socrático.
c) O alexandrino, o maneirista e o barroco.
d) O dório, o gótico e o alexandrino.
e) O helênico, o romântico e o helenístico.

7. (Mackenzie 2020)

A imagem acima da escultura de Doríforo de Policle-


to é uma das mais conhecidas obras da Antiguidade
Clássica, por traduzir o equilíbrio exato da proporção
harmônica nas medidas do corpo humano. A arte grega
livre de imposições ou normas estilísticas, valorizava o
homem, devido
a) à cultura de Atenas, responsável pela produção artís-
tica grega, que considerava o homem a medida comum
 VOLUME 1

de todas as coisas, apesar desse princípio não ser ado-


tado por todas as cidades-estados, como por exemplo,
Esparta que valorizava as atividades militares.
b) às suas crenças e práticas religiosas, por acredita-
rem que os deuses habitavam o corpo humano e eram

CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  21


ENTRE ASPAS - OBRAS LiTERÁRiAS LiNGUAGENS, CÓDiGOS E SUAS TECNOLOGiAS

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