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Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em período integral,
com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos de aula e 107 livros, totali-
zando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla,
de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar a
aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A seguir, apresentamos cada seção:
Coordenador-geral
Murilo de Almeida Gonçalves
Editoração eletrônica
Letícia de Brito
Matheus Franco da Silveira
Imagens
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ISBN
978-85-9542-241-4
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por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a in-
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SUMÁRIO
HISTÓRIA
HISTÓRIA GERAL 5
AULAS 1 E 2 : INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA E PRÉ-HISTÓRIA 007
AULAS 3 E 4 : ANTIGUIDADE ORIENTAL 014
AULAS 5 E 6 : CIVILIZAÇÃO GREGA: PERÍODOS PRÉ-HOMÉRICO, HOMÉRICO E ARCAICO 026
AULAS 7 E 8 : CIVILIZAÇÃO GREGA: PERÍODOS CLÁSSICO E HELENÍSTICO &
CIVILIZAÇÃO ROMANA: MONARQUIA 034
HISTÓRIA DO BRASIL 43
AULAS 1 E 2: FORMAÇÃO DE PORTUGAL E NAVEGAÇÕES ULTRAMARINAS 045
AULAS 3 E 4: AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA, MERCANTILISMO E
ADMINISTRAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA 056
AULAS 5 E 6: PERÍODO PRÉ-COLONIAL, ADMINISTRAÇÃO COLONIAL E
INVASÕES FRANCESAS 067
AULAS 7 E 8: ECONOMIA COLONIAL, SOCIEDADE E INVASÕES HOLANDESAS 078
MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM
Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.
H6 Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
Competência 2
Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, con-
flitos e movimentos sociais.
Competência 3
Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na
vida social.
Competência 4
H16 Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
H17 Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18 Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19 Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20 Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função,
organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
Competência 5
H21 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
H22 Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construçãodo texto literário.
H23 Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
H24 Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25 Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.
Competência 6
H26 Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27 Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e(ou) geográficos.
H28 Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29 Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30 Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
HISTÓRIA
HISTÓRIA
GERAL
LIVRO
TEÓRICO
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
A prova possui cinco questões de múlti- Nesta prova, a abordagem de História Esta prova adota um perfil específico, São cinco questões de múltipla escolha
pla escolha de História e que, nos últimos combina análise de documentos com que ora cobra do candidato um teor de de História. A abordagem conta com for-
anos, não trouxe o tema da Antiguidade alto teor de interpretação. Nas seis ques- interpretação textual nas questões de te presença de questões de Antiguidade
Clássica. Contudo, as estruturas sociais, tões de História, há uma tendência em História, dado que os registros textuais Clássica, que exigem do candidato um
políticas e econômicas contemporâneas abranger temas relacionados à História costumam ser longos, ora realiza uma grau de apreensão de conceitos combi-
são embasadas em conceitos originados do Brasil, mas isso não impede a relevân- combinação entre a leitura e conhe- nados com interpretação de fontes.
no período antigo. cia da temática da Antiguida- cimentos detalhados sobre
de Clássica. determinados con-
teúdos.
O vestibular é dividido em duas fases. Elaborada pela Vunesp, esta prova possui
Na primeira fase, História ocorre em nove
Na primeira, História está relacionada características semelhantes às demais
questões de múltipla escolha. O vesti-
com a capacidade do candidato de rea- provas citadas e organizadas pela mes-
bular privilegia que o candidato realize
lizar leituras atentas e, simultaneamente, ma fundação. Em suas 55 questões de
análises e interpretações sobre diferentes
analisar o contexto de um determinado múltipla escolha, não são contemplados
processos históricos e perceba suas con-
período. Há um tema que percorre toda diretamente temas de História, mas que
tinuidades e rupturas. Há uma distribui-
a prova e nele, pode-se englobar a podem aparecer abordados
ção balanceada de questões
temática de Antiguidade em outras discipli-
de Brasil e Geral.
Clássica. nas.
Este vestibular não contempla com fre- Nesta prova, não há uma divisão clara Para o curso de Medicina, além do Enem,
quência temas das Antiguidades Clássica entre História e Geografia, que são abor- conta com uma avaliação elaborada pela
e Oriental. No entanto, pelo caráter da dadas como Estudos Sociais. Portanto, instituição “TalentVest”. Em suas dez
prova, cabe ao candidato preparar-se não existem definições específicas de questões de múltipla escolha destinadas
para questões que envolvam conheci- tema, mas sim um grau elevado de inter- à História, há uma tendência em abordar
mento das condições políticas, sociais e disciplinaridade. temas contemporâneos.
econômicas dos períodos des-
critos.
VOLUME 1
CH
quistarem direitos políticos.
COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4, 5 e 6
HABILIDADE(s)
AULAS 1, 4, 5, 7, 8, 9, 11, 14, 15, 16,
1E2
18, 19, 22, 23, 27 e 29
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O que é História?
riedade e a multiplicidade de fatores, talvez o mais evidente organizar os eventos em períodos. Essa periodização, natu-
seja a busca para a compreensão das transformações da ralmente, seguia uma organização cronológica e utilizava
humanidade ao longo do tempo, ou seja, estudar História é acontecimentos marcantes para determinar o fim de um
fundamental para perceber como foram alicerçadas as estru- período e o começo de outro. O fim de um período, no en-
turas que envolvem os sistemas políticos de variadas regiões tanto, não significava o registro de mudanças profundas e
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Aula Top | História Geral | Introdução aos
Estudos Históricos | Profª Carla Kurz
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Certos eventos e comportamentos marcaram o período Pa- Paleolítico | Pré-História - Brasil Escola
leolítico, como domínio do fogo, nomadismo (mobilização
de grupos humanos sem local fixo), caça em grupo, divisão
de tarefas, coletas de recursos na natureza (frutos e raízes), 1.4.2. Mesolítico
começo do convívio em tribos, primeiras manifestações artís- O período Mesolítico foi a transição do Período Paleolítico
ticas (pinturas rupestres) e uso da pele de animais, uso de para o Período Neolítico. Ele se caracteriza pelo começo
cavernas para se abrigar. e pelo fim da era do gelo em alguns continentes. Após a
era glacial, o planeta Terra ficou em um ótimo clima para
a agricultura.
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Neolítico | Pré-História - Brasil Escola
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Idade dos Metais - Brasil Escola
HABILIDADE 26
Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana
com a paisagem.
A habilidade 26 tem como objetivo desenvolver a capacidade de percepção sobre a pluralidade de fontes
históricas como elemento fundamental para a compreensão e estudo do passado, além de dar ênfase ao
processo de ocupação dos meios físicos, trazendo para as questões abordagens que identificam a dispersão
territorial humana como fator de intervenção no meio físico e natural, sobretudo salientando as modifi-
cações humanas de paisagens.
MODELO 1
(Enem) A pintura rupestre mostrada na figura abaixo, que é um patrimônio cultural brasileiro, expressa
ANÁLISE EXPOSITIVA
A questão, ao colocar uma imagem de pintura rupestre da Toca do Pajaú, exige do aluno a percepção de
que elas representavam cenas de atividades rotineiras, como caça, pesca e rituais, evidenciando a inter-
venção humana no meio natural e as formas de representação sobre o cotidiano no contexto conhecido
como “pré-história do Brasil”.
Vale destacar que, ao apresentar uma pintura rupestre encontrada na região da Serra da Capivara, no
Piauí, local que abarca uma série de importantes sítios arqueológicos da pré-história brasileira e onde é
possível encontrar e conhecer milhares dessas pinturas, fica evidente a importância que o exame do Enem
atribui aos significativos elementos que fazem parte do patrimônio cultural brasileiro.
RESPOSTA Alternativa C
VOLUME 1
CH COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4, 5 e 6
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HABILIDADE(s)
Se liga nessa História - Egito Antigo
AULAS 1, 4, 5, 7, 8, 9, 11, 14, 15, 16,
3E4
18, 19, 22, 23, 27 e 29
A civilização egípcia desenvolveu-se no nordeste da Áfri-
ca, uma região caracterizada pela existência de desertos e
uma vasta planície banhada pelo rio Nilo, onde, de junho a
setembro, ocorrem chuvas abundantes que provocam en-
chentes. Quando voltam ao normal, as águas deixam nas
terras um limo, ou húmus, muito fértil.
A vida girava em torno do ciclo de cheias e vazantes do
Nilo. Os egípcios dirigiam preces e cânticos ao deus Hapi,
deus do Nilo.
1. Egito O rio Nilo divide o Egito em duas partes bem distintas: o
Alto e o Baixo Egito. O Alto Egito é a região do interior do
1.1. Geografia e povoamento território, com cerca de 10 quilômetros de largura e que
chega até a primeira catarata. O Baixo Egito é a região do
Antigo Egito
delta, cheia de alagadiços e que se alarga à medida que
se aproxima do Mediterrâneo.
Graças à localização do seu território cercado de desertos,
uma das características da civilização egípcia foi seu isola-
mento, o que permitiu o desenvolvimento de traços cultu-
rais razoavelmente homogêneos.
1.2. Política
1.2.1. Império Antigo (3200-2200 a.C.)
Adaptado de: pt.wikipedia.org. Acesso em: 03 dez. 2014
A história do Egito começou quando as populações que vi-
Da Pré-História para a História houve uma série de trans-
viam às margens do Nilo tornaram-se comunidades dedica-
formações, como o surgimento do Estado, a organização
das mais à agricultura do que à caça ou à pesca. No quarto
da religião como instrumento de poder, o desenvolvimen-
milênio antes de Cristo, evoluíram para pequenas unidades
VOLUME 1
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Cleópatra (1963)
Uma fantástica história de poder e traição que mudou o multimídia: vídeo
curso da história. Como a lendária Cleópatra, rainha do Fonte: Youtube
Nilo, conquistou Júlio César e Marco Antônio, dois dos
Já entendi - História - Mesopotâmia
maiores soldados de Roma.
Zigurate
tos, empobrecendo cada vez mais o trabalhador do campo, A economia era predominantemente agropastoril, desen-
para sustentar o luxo de seu reinado, criando um clima de volvida nas terras férteis do vale do rio Jordão. E também
insatisfação entre o povo hebreu. com intensas relações comerciais com o Egito, a Fenícia,
a Síria, a Ásia Menor, a Mesopotâmia, a Arábia e o reino
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Hebreus - Mundo História - ENEM
egípcia Bithiah, que resolve criá-lo como príncipe. Já adul- rante de púrpura, obtido de molusco chamado múrice, que
to, Moisés descobre sua origem e dedica-se a libertar seu permitia o tingimento de tecidos.
povo da escravidão e conduzi-lo à Terra Prometida. Isso fez deles os principais navegantes e comerciantes da an-
tiguidade, desenvolvendo técnicas navais e conhecimentos
Dois grupos arianos ocuparam o Irã, a partir de 2000 a.C., Segunda Guerra Médica, na Batalha Naval de Salamina.
os medos e os persas. Os primeiros ao sul do mar Cáspio; Com a derrota, houve o enfraquecimento e a progressiva
os persas a leste do golfo Pérsico. Tornaram-se pequenos
desintegração do Império Persa, facilitando a total conquis-
reinos rivais no século VIII a.C.. Entre esses Estados mo-
ta greco-macedônica de Alexandre Magno, em 330 a.C.
mesopotâmica.
HABILIDADE 11
Através de variadas fontes, cite o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da paisagem
com a vida humana.
Em documentos escritos, na arte ou na arquitetura, todas as sociedades registram suas práticas cotidianas. A
habilidade 11 permite ao aluno a compreensão da regência das instituições sociais, políticas e econômicas
em tais registros.
Para isso ele deve interpretar as informações passadas, por meio de imagens e textos, juntamente com seus conhe-
cimentos teóricos, relacionando-os conforme a exigência de cada exercício em particular.
MODELO 1
(Enem) O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os quadrantes do planeta, desejosos
de ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra há milênios: as pirâmides de
Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos construídos ao longo do Nilo.
O que hoje se transformou em atração turística era, no passado, interpretado de forma muito diferente, pois:
a) significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes contingentes
populacionais que trabalhavam nesses monumentos;
b) representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar tra-
balho nos canteiros faraônicos;
c) significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses
suas riquezas, construindo templos;
d) representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os desocupados a trabalha-
rem em obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito;
e) significava um peso para a população egípcia, que condenava o luxo faraônico e a religião baseada
em crenças e superstições.
ANÁLISE EXPOSITIVA
O poder teocrático do faraó era representado pela arquitetura e pelas pirâmides e templos. A alternativa A
é a correta. Muitas das obras públicas eram realizadas pela servidão coletiva.
RESPOSTA Alternativa A
VOLUME 1
TRANSIÇÃO:
ANTIGUIDADE ORIENTAL
PRÉ-HISTÓRIA -> HISTÓRIA
• ESTADO
• RELIGIÃO
EGITO
• ESCRITA
• GRANDES OBRAS
GEOGRAFIA:
NORDESTE DA ÁFRICA - DESERTOS / RIO NILO
ECONOMIA:
MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO
SOCIEDADE:
TEOCRÁTICA - FARAÓ (DEUS) / NOBREZA
COMERCIANTES / CAMPONESES / ESCRAVOS
RELIGIÃO
POLITEÍSMO / MUMIFICAÇÃO
MESOPOTÂMIA HEBREUS
GEOGRAFIA: GEOGRAFIA:
REGIÃO FÉRTIL ENTRE OS RIOS TIGRES E EUFRATES ATUAL ISRAEL / PALESTINA
ECONOMIA: ECONOMIA:
MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO AGROPASTORIL E COMERCIAL
SOCIEDADE: SOCIEDADE:
TEOCRÁTICA - REIS / NOBREZA / COMERCIANTES ESTRUTURA TRIBAL - PROPRIEDADE PRIVADA -
CAMPONESES / ESCRAVO NOBREZA / COMERCIANTES
RELIGIÃO CAMPONESES / ESCRAVOS
POLITEÍSMO / CÓDIGO HAMURABI RELIGIÃO
MONOTEÍSMO
ESCRITA CUNEIFORME
IMPÉRIO PERSA
FENÍCIOS
GEOGRAFIA:
GEOGRAFIA: ENTRE A MESOPOTÂMIA E A
ATUAL LÍBANO ÍNDIA - DESERTOS E MONTANHAS
ECONOMIA: ECONOMIA:
MARÍTIMO-COMERCIAL COMÉRCIO / MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO
SOCIEDADE: SOCIEDADE:
CIDADE-ESTADO - REI IMPÉRIO - NOBREZA - BUROCRATAS
CONSELHEIROS COMERCIANTES MILITARES / SACERDOTES
RELIGIÃO RELIGIÃO
POLITEÍSMO / ALFABETO FONÉTICO RELIGIÃO DUALISTA / ARQUITETURA MODERNA
VOLUME 1
CH
dos “Pré-homérico”, “Homérico”, “Arcaico”, “Clássico” e
“Helenístico”. Neste capítulo abordaremos os três primei-
COMPETÊNCIA(s) ros períodos mencionados, salientando o processo de for-
1, 2, 3, 4, 5 e 6 mação e consolidação de importantes estruturas culturais
e políticas da civilização grega.
HABILIDADE(s)
AULAS 1, 4, 5, 9, 11, 14, 18, 19,
2.1. Período Pré-homérico (2000-1200 a.C.)
5E6
22, 23, 24, 27 e 29
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
A Odisseia conta o retorno de Ulisses, Odisseus, ao Rei-
no de Ítaca. Trata de três temas: a viagem de Telêmaco, as Troia (2004)
viagens de Ulisses e o massacre dos pretendentes de sua Orlando Bloom é Paris, um príncipe que em 1193 a.C.
mulher, Penélope. Após o século XII a.C., a célula básica da provoca uma guerra da Messência contra Troia, ao afas-
VOLUME 1
sociedade grega era o genos (comunidade gentílica), uma tar Helena de seu marido, Menelaus. A esperança do
grande família. Os descendentes de um mesmo antepassa- Priam (Peter O’Toole), rei de Troia, em vencer a guerra
do viviam no mesmo lar. Cada membro (gens) dependia está nas mãos de seu filho Heitor (Eric Bana) e de Aqui-
da unidade da família cujo chefe era o páter-famílias – o les (Brad Pitt), o maior herói da Grécia.
mais velho dos membros do genos, um líder de clã, que
2.3.1.3. Política
A evolução e a consolidação das cidades-Estado marcaram Diarquia (governo de dois reis), uma assembleia e um
o Período Arcaico grego. Bem povoadas de forma bastante conselho exerciam o poder, guiados pela Grande Retra – a
particular, isoladas geograficamente, sua evolução deu-se constituição de Esparta, código de leis atribuído ao lendário
Economia: promoveu a vinda de artesãos estrangeiros eupátridas. Cada uma dessas zonas foi dividida em dez uni-
(metecos); estabeleceu um sistema de pesos e medidas; dades. Da reunião das unidades de cada zona – do litoral,
estimulou o desenvolvimento comercial e industrial; proi- da cidade e do interior – formou-se uma tribo, totalizando
biu a exportação de cereais; dotou Atenas de um padrão dez tribos. A menor unidade de divisão formava as demos,
HABILIDADE 9
Usando a escala local, regional ou mundial, propor a comparação do significado histórico-geográfico
das organizações políticas e socioeconômicas.
A habilidade 9 desenvolve a comparação entre diversas formações sociais e econômicas durante o tempo e
o espaço. Ao candidato cabe encontrar similaridades e diferenças entre os diversos modos de produção na
economia e seus reflexos nas organizações da vida política e social.
Tais questões têm caráter interdisciplinar, extraindo dos alunos conhecimentos além de um só tema. Muito
mais do que o conhecimento prévio do assunto, é importante observar textos ou imagens junto aos enun-
ciados para definir a alternativa correta.
MODELO 1
(Enem) No período 750-338 a.C., a Grécia antiga era composta por cidades-Estados, como por exemplo
Atenas, Esparta, Tebas, que eram independentes umas das outras, mas partilhavam algumas características
culturais, como a língua grega. No centro da Grécia, Delfos era um lugar de culto religioso frequentado por
habitantes de todas as cidades-Estado.
No período 1200-1600 d.C., na parte da Amazônia brasileira onde hoje está o Parque Nacional do Xingu, há
vestígios de quinze cidades que eram cercadas por muros de madeira e que tinham até dois mil e quinhentos
habitantes cada uma. Essas cidades eram ligadas por estradas a centros cerimoniais com grandes praças. Em
torno delas havia roças, pomares e tanques para a criação de tartarugas. Aparentemente, epidemias dizima-
ram grande parte da população que lá vivia.
Folha de S. Paulo, ago. 2008 (adaptado).
Apesar das diferenças históricas e geográficas existentes entre as duas civilizações elas são semelhantes pois:
a) as ruínas das cidades mencionadas atestam que grandes epidemias dizimaram suas populações;
b) as cidades do Xingu desenvolveram a democracia, tal como foi concebida em Tebas;
c) as duas civilizações tinham cidades autônomas e independentes entre si;
d) os povos do Xingu falavam uma mesma língua, tal como nas cidades-Estados da Grécia;
e) as cidades do Xingu dedicavam-se à arte e à filosofia tal como na Grécia.
ANÁLISE EXPOSITIVA
A questão enfatiza a organização política de duas sociedades situadas em épocas e lugares distintos, mas
organizadas politicamente de maneira similar. Em ambas, há uma ampla descentralização política, sendo
cada cidade politicamente autônoma em relação às demais. Vê-se, também, pelo texto, que havia ampla
comunicação e relações econômicas entre as cidades do Parque Nacional do Xingu, algo muito similar às
antigas cidades-Estado gregas.
RESPOSTA Alternativa C
VOLUME 1
GRÉCIA
GEOGRAFIA SOCIEDADE
CH
MONARQUIA as Guerras Médicas ou pérsicas. Após a conquista de
COMPETÊNCIA(s)
Ciro sobre o Oriente Médio, o Império Persa continuou a
crescer com Cambises e foi aperfeiçoado por Dário I. Na
1, 2, 3, 4, 5 e 6
Ásia, ocorreu o primeiro choque com os gregos.
HABILIDADE(s) De início, os persas respeitaram a autonomia das cidades
AULAS 1, 4, 5, 7, 8, 9, 14, 16, 18, 19, gregas, passando a exigir impostos e auxiliando para que
7E8
22, 23 e 29 tiranos tomassem o poder. A guerra entre gregos e persas,
na região da Jônia, começou quando Mileto rebelou-se
com apoio de Atenas.
Após ser arrasada, os habitantes de Mileto foram deporta-
dos para a Mesopotâmia. Em 492 a.C., Dário exigiu rendição
grega incondicional. Atenas e Esparta recusaram-se. Os ate-
nienses venceram o primeiro choque e correram para salvar
Esparta numa segunda vitória. Os espartanos chegaram
depois da batalha: retardaram sua entrada na guerra por
motivos religiosos. Salvadora da Grécia da dominação persa,
1. Introdução cresceu o prestígio de Atenas entre os gregos.
No capítulo anterior abordamos as bases da civilização Xerxes, líder dos persas e sucessor de Dario, em 486 a.C.,
grega, alicerçadas nos períodos Pré-homérico, Homérico fez um acordo com Cartago, no norte africano, pelo qual os
e Arcaico. Vale ressaltar que a formação de um conjunto cartagineses atacariam os gregos do sul da Itália.
de cidades independentes levou o território grego a uma
grande fragmentação política. Porém, mesmo que cada
cidade dispusesse de estruturas políticas e econômicas
bastante variadas, havia uma noção solidificada entre os
habitantes da Hélade1 de que, mesmo com essa miríade
de cidades, havia uma orientação cultural que acabava
por aproximá-las, ou seja, uma base cultural comum re-
lacionada, por exemplo, aos aspectos linguísticos e reli-
giosos predominantes na região. Abordaremos agora os
dois últimos períodos temporais da história grega, os perí-
odos Clássico e Helenístico. Iniciemos, portanto, observan- Representação do militarismo espartano
do como essa aproximação cultural das cidades acabou Por terra e mar os persas atacaram. A infantaria cruzou os
propiciando uma união pragmática contra um inimigo dois quilômetros do Helesponto, hoje Estreito de Dardanelos,
comum: os persas. entre a Ásia e a Europa, sobre uma ponte de barcos. Cami-
nhando perto do litoral, essas forças chegaram pelo norte,
com suprimentos fornecidos pela esquadra, que navegava
1. Período Clássico junto à costa. No Desfiladeiro das Termópilas, comandados
(séc. V e IV a.C.) pelo rei Leônidas, 6 mil espartanos tentaram barrar os persas.
Porém, o inimigo descobriu outra passagem no alto das
Período de hegemonias e imperialismo no mundo grego.
montanhas. A fim de permitir a retirada de suas tropas, Leô-
Atenas foi a primeira potência dominante, seguida por Es- nidas resistiu com 300 homens no desfiladeiro e foram mas-
parta e Tebas. As guerras médicas ou pérsicas projetaram a sacrados. Atenas estava vazia, uma vez que havia sido reti-
hegemonia ateniense até a Guerra do Peloponeso. Filipe II
VOLUME 1
lanças de madeira introduzidas por Epaminondas e a orga- Como líder supremo do helenismo, deveria libertar as
nização do exército tebano. cidades da Ásia e levar os gregos à vingança contra os per-
sas. Alexandre rumou para a Ásia com 40 mil homens, 12
mil dos quais na infantaria, o forte de seu exército.
Recusou o acordo de paz oferecido por Dario III, derrotou-o
em pleno centro do Império Persa em 331 a.C. Já impe-
rador persa, avançou para a Índia, percorreu a região do
rio Indo e só não chegou ao Ganges porque os soldados
recusaram-se a ir com ele.
Aos 33 anos, morreu na Babilônia em 323 a.C., deixando
um dos mais vastos impérios já criados, ao qual imprimiu
Tetradeacma de prata de Felipe II da Macedônia um caráter universal, de acordo com a concepção divina que
tinha de si, contra o que egípcios e persas não se opuseram.
Filipe procurava instigar nos gregos o ódio aos persas, con-
tando com a colaboração de Isócrates, que pregava uma Promoveu a integração cultural do mundo persa e egípcio.
cruzada contra os antigos inimigos. Como resultado, criou-se a cultura helenística, fruto da
fusão da cultura grega (helênica) com a cultura oriental
As forças macedônias derrotaram os atenienses em 338 a.C.,
(egípcia e persa).
na Batalha de Queroneia, os tebanos e, em seguida, Filipe
apoderou-se da Grécia. Conhecedor do individualismo das O império desmoronou com a morte de Alexandre e foi dividi-
cidades-Estado e de muita astúcia política, respeitou-lhes a do (reinos helenísticos) entre seus principais generais. Os rein-
autonomia. Assim, foi proclamado hegemon (líder) com o di- os helenísticos foram conquistados pelos romanos em 31 a.C.
reito de chefiar uma liga contra os persas, a Liga de Corinto.
Sob comando de Parmênion, uma força da Liga já havia
estabelecido uma cabeça de ponte na Ásia, quando um
aristocrata assassinou Filipe II em 336 a.C.
VOLUME 1
4. Civilização romana
4.1. Geografia e povoamento
multimídia: música
Povos pré-romanos na península
Fonte: Youtube
Itálica (séc. X-VII a.C.)
Da Mitologia Grega à Passarela do Samba –
Os deuses Gregos no Carnaval Brasileiro
de, impulsionou o conhecimento do corpo humano. teriormente, foi invadida pelos indo-europeus e outros di-
ferentes povos. O norte do rio Pó foi habitado por tribos
O regime democrático de Atenas serviu de exemplo para
gaulesas; a região entre os rios Arno e Tibre, a Toscana,
todos os povos.
pelos etruscos, donos de uma complexa civilização. Ao sul e
a leste da região etrusca instalaram-se tribos dos italiotas.
MODELO 1
(Enem)
TEXTO l
Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interes-
ses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença
de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de
chegar a hora da ação.
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).
TEXTO II
Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e
exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que
não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de
certos intervalos de tempo prefixados.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.
Comparando os textos l e II, tanto para Tucídidtes (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV a.C.), a
cidadania era definida pelo
a) prestígio social;
b) acúmulo de riqueza;
c) participação política;
d) local de nascimento;
e) grupo de parentesco.
ANÁLISE EXPOSITIVA
A questão apresenta dois textos. No primeiro, de Tucídides, fica evidente que o autor menospreza “o ho-
mem alheio às atividades públicas”, além de uma notória valorização do debate para a tomada de ação.
Já no segundo texto, de autoria de Aristóteles, é considerado “cidadão integral” aquele que tem o “direito
de administrar justiça e exercer funções públicas”. Ou seja, em ambos os textos, fica evidente que a parti-
cipação nos debates públicos é um valor que categoriza quem seria considerado, portanto, cidadão. Assim,
verifica-se que a participação política era valorizada, estimulada e considerada fator moral fundamental e
bastante apreciado para os autores.
VOLUME 1
RESPOSTA Alternativa C
GRÉCIA
PERÍODO HELENÍSTICO
PERÍODO CLÁSSICO (SÉC. V A IV A.C.)
(SÉC. IV - I A.C.)
CONFEDERAÇÃO LIGA DO
DE DELOS PELOPONESO
(ATENAS) (ESPARTA)
ROMA: MONARQUIA
PATRÍCIOS (PROPRIETÁRIOS)
CLIENTES (NÃO PROPRIETÁRIOS
PEQUENO POVOADO BASEADA EM ATIVIDADES
LIGADOS AOS PATRIARCAS)
DA PENÍNSULA ITÁLICA AGROPECUÁRIAS
PLEBEUS (CLASSE DIVERSA)
ESCRAVOS
MONARQUIA ROMANA
(SÉC. VIII - VI A.C. )
REI
CONSELHO SENADO
DE ANCIÕES (PATRÍCIOS)
(PATRÍCIOS)
QUEDA DA MONARQUIA - GOLPE POLÍTICO
VOLUME 1
HISTÓRIA
DO BRASIL
LIVRO
TEÓRICO
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
Organizado pela Vunesp, esta prova pos- Nesta prova, a abordagem de História se- Esta prova adota um perfil específico, Desde 2017, esta prova deixou de ser
sui cinco questões de múltipla escolha de gue a perspectiva adotada pela Vunesp, que ora cobra do candidato um teor de elaborada pela Fuvest e passou a ser
História e que, nos últimos anos, trouxe- que combina análise de documentos com interpretação textual nas questões de organizada pela Vunesp – são cinco
ram questões sobre colonização portu- alto teor de interpretação. Nas seis ques- História, dado que os registros textuais questões de múltipla escolha de História.
guesa que privilegiam análise de fontes. tões de História, há uma tendência em costumam ser longos, ora realiza uma A abordagem conta com menor presença
abranger temas relacionados à História combinação entre a leitura e conhe- de questões sobre América portuguesa.
do Brasil e colonização cos- cimentos detalhados sobre
tuma ser um tema determinados con-
recorrente. teúdos.
História está relacionada com a capaci- Elaborada pela Vunesp, esta prova possui
História ocorre em nove questões de
dade do candidato de realizar leituras características semelhantes às demais
múltipla escolha. Há uma distribuição
atentas e, simultaneamente, analisar o provas citadas e organizadas pela mes-
balanceada de questões que transitam
contexto de um determinado período. ma fundação. Em suas 55 questões de
pelas linhas temporais de Brasil e Geral,
Há um tema que percorre toda a prova múltipla escolha, não são contemplados
de modo que formação de Portugal, da
e nele, pode-se englobar formação de diretamente temas de História, mas que
América portuguesa pré-colonial e colo-
Portugal, da América portuguesa podem aparecer abordados
nial e de colonização são alguns
pré-colonial e colonial e de em outras discipli-
dos temas aborda-
colonização. nas.
dos.
Realiza análises de estruturas históricas Nesta prova, não há uma divisão clara Para o curso de Medicina, além do Enem,
brasileiras, que propõem aos candidatos entre História e Geografia, que são abor- conta com uma avaliação elaborada pela
uma reflexão sobre temas contemporâ- dadas como Estudos Sociais. Portanto, instituição “TalentVest”. Em suas dez
neos, como preconceito e desigualdade não existem definições específicas de questões de múltipla escolha destinadas
social. Utiliza textos, mapas, gráficos e tema, mas sim um grau elevado de inter- à História, há uma tendência em abordar
imagens, de forma mesclada na elabora- disciplinaridade. temas contemporâneos.
ção de suas questões, e coloca
alternativas longas.
VOLUME 1
CH
1140, foi nomeado rei dos portugueses, tornando-se, as-
sim, o primeiro rei da dinastia de Borgonha.
COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3 e 4
AULAS HABILIDADE(s)
1, 7, 9, 15, 16 e 18
1E2
Henrique de Borgonha (nobre francês), em virtude da sua atua- do controle dos senhores feudais. Ou seja, desde o século
ção na Guerra de Reconquista, recebeu do rei Afonso VI, de XII, já existiam muitos trabalhadores assalariados no cam-
Leão, a mão de sua filha Teresa (1093) e, posteriormente, o po. Essa mão de obra agrícola pouco numerosa, no entan-
controle sobre o Condado Portucalense (1096). Afonso Henri- to, condicionou os monarcas a impulsionarem a libertação
ques foi fruto desse casamento. dos servos das terras cultiváveis: as glebas.
Foi a primeira dinastia, fundada por Afonso Henriques, A burguesia mercantil passava aos poucos a formar uma
que configurou plenamente as características do feuda- classe rica e poderosa, que procurava desembaraçar-se dos
lismo português. entraves feudais. Nas cidades litorâneas, almejava-se incre-
mentar as atividades de navegação e expandir o comércio
A economia portuguesa era essencialmente agrária (como ultramarino, uma vez que os mercados europeus já não
o cultivo de azeite, vinho e cereais). No interior, agricultura eram suficientes e muito menos seguros.
e pastoreio; na região litorânea, começavam a se desen-
volver um incipiente comércio e outras atividades ligadas à
navegação, à pesca e ao artesanato.
Sem se mostrar capaz de acompanhar as transformações
sociais e econômicas ocorridas em Portugal, a dinastia de
Borgonha se indispôs com a classe dos mercadores, que
crescera bastante no período. Assim, a dinastia de Avis,
mais ligada aos interesses comerciais e urbanos, tomaria multimídia: vídeo
futuramente o seu lugar.
Fonte: Youtube
Portugal era predominantemente agrário e, nos fins do sé- Novo Telecurso – Ensino Médio – História – Aula 17 (2 de 2)
culo XIV, passou a desenvolver uma economia mais voltada
para a navegação e o comércio. Para entender as trans-
formações ocorridas em Portugal, é preciso analisar o que 1.3. Revolução de Avis (1383-1385)
aconteceu em toda a Europa durante aquele século.
A morte de D. Fernando I desencadeou uma luta pela su-
1.2.1. Portugal e a crise do século XIV cessão do trono português, em 1383, e serviu de estopim
para a Revolução de Avis. O rei não havia deixado um filho
A crise do século XIV, em Portugal, diz respeito aos três varão, e sua filha, D. Beatriz, era casada com D. João I, de
grandes flagelos que atingiram a Europa, causando uma Castela. Se ela herdasse a coroa, o reino se tornaria domí-
crise que devastou o continente. nio de Castela e perderia a independência política.
Em consequência do crescimento populacional, das más co- A sociedade portuguesa se dividiu após a crise sucessória. A
lheitas e da alta dos preços dos cereais, a população rural mi- alta nobreza era partidária da união com Castela, que era feu-
grou para a cidade para fugir da Grande Fome (1315-1317). dal e a beneficiaria. Já a burguesia, que considerava a perda
Um surto de peste bubônica, agravado pelas precárias da independência uma ameaça aos seus interesses, apoiou as
condições de higiene e alimentação da população, dizi- pretensões de D. João, mestre de Avis, irmão bastardo do rei.
mou, aproximadamente, um terço dos europeus, acome- Quando D. João foi aclamado rei, Castela invadiu Portugal.
tidos pela Peste Negra (1347-1350). A burguesia, a pequena nobreza e a população pobre,
A Guerra dos Cem Anos (1337-1453), travada entre a partidários do mestre de Avis, derrotaram os castelhanos
França e a Inglaterra, devastou a agricultura e desarticu- na Batalha de Aljubarrota (Padeira), consolidando a au-
lou o comércio no Ocidente Europeu. tonomia portuguesa, em 1385.
Os camponeses empobreciam à medida que os senhores
feudais intensificavam as exigências tributárias, o que pro-
vocou grandes revoltas camponesas, conhecidas na França
como Jacqueries, responsáveis pelo agravamento da de-
cadência do feudalismo.
O comércio europeu girava em torno de dois polos principais:
VOLUME 1
multimídia: música
Fonte: Youtube
Pindorama – Palavra Cantada multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
da monarquia nacional
2.4.1. Guerra de Reconquista 2.5. A expansão marítima espanhola
Em relação a Portugal, a Espanha teve um processo expan- Colombo sustentava que a Terra era esférica, muito mais pró-
sionista tardio. Contrariamente à região da costa do Atlân- ximo da tradição e dos novos conhecimentos renascentistas,
tico, na qual a luta contra os árabes deu origem à precoce entre eles as concepções heliocêntricas de Galileu. Italiano
formação do reino centralizado de Portugal, o restante da de nascimento (quase todos os documentos relatam seu
Península Ibérica havia se fragmentado em quatro reinos nascimento na cidade de Gênova), Colombo acreditava que,
levados por interesses próprios e, por vezes, conflitantes: navegando em linha reta, acabar-se-ia retornando ao ponto
Aragão, Castela, Leão e Navarra. de partida. Logo, navegando em direção oposta, em direção
ao Ocidente, seria possível alcançar as Índias.
SÉCULO XI SÉCULO XII
OCEANO OCEANO
ATLÂNTICO ATLÂNTICO
Leão A
o RR
U N HA
Portucalense Saragoça
TA
de Barcelona
CASTELA CA
CALIFADO Barcelona
Lisboa Toledo
DE CÓRDOBA 1147 ALMORÁVIDAS
Ourique
Córdoba 1139 Córdoba
EO O E
ÂN ÂN
ERR ERR
M EDIT M EDIT
Ceuta MAR Ceuta M AR
N NAVARRA
PORTUGAL ARAGÃO REINO DE
REINO DE
PORTUGAL
ARAGÃO Cristóvão Colombo
CASTELA
Lisboa Alarcos REINO DE Barcelona
CASTELA E LEÃO
Algarve
1250
ALMOADAS
Valência
Lisboa Valência Quando o rei de Portugal lhe negou apoio, Colombo foi ter,
1250 Las Navas de Tolos Córdoba
GRANADA 1212
O NE
REINO DE
E RRÂ
NEO então, com os reis espanhóis. Depois de insistentes solicita-
ERRÂ GRANADA EDIT
Ceuta MAR MEDIT Ceuta
MA
RM
ções, conseguiu o patrocínio de que precisava.
Tratado de Tordesilhas
Ilhas
Canárias
Cabo
Verde
ilhas
Equador
Em 1529, os monarcas de Portugal (D. João III) e da Espanha conhecido como a Revolução dos Preços, em razão da
(Carlos I) assinaram o Tratado de Zaragoza. Definiu-se uma desvalorização da moeda e do aumento geral dos preços;
linha imaginária a 297,5 léguas a leste das Ilhas Molucas, diversificação dos artigos de consumo: batata, tabaco, ca-
dividindo o mundo oriental entre as nações ibéricas. cau e o milho oriundos da América;
Algumas nações europeias não iriam respeitar a divisão § destruição das civilizações pré-colombianas astecas
territorial imposta pelo Tratado de Tordesilhas, pois julga- e incas;
vam injusta a partilha do mundo entre as nações ibéricas.
Os países mais contrariados foram: a Grã-Bretanha, o Rei- § enriquecimento da burguesia mercantil europeia;
no dos Países Baixos e a França. Ao rei francês Francisco I § fortalecimento dos Estados absolutistas;
foi atribuída a seguinte frase: “O Sol brilha para todos e
desconheço a cláusula do testamento de Adão que divi- § europeização do mundo, ou seja, a difusão da cultura
diu o mundo entre portugueses e espanhóis”. Isso deixava europeia (vestimentas, língua, hábitos alimentares);
clara a sua posição contrária às determinações impostas.
§ mudança do eixo econômico europeu do mar
Mediterrâneo para o oceano Atlântico;
§ expansão do mercantilismo;
A cartografia mundial foi redefinida a partir das viagens ultramarinas, ampliando-se os “limites” do mundo até
então conhecido. Isso levou os estudos geográficos a novas realizações, levando os mapas a definições menos
imaginárias e hipotéticas.
Também foi possível, com a utilização conjunta dos instrumentos náuticos (bússola, sextante, astrolábio, etc.),
a criação de um primeiro Sistema de Posicionamento Global (GPS), com precisão consideravelmente grande à
época. Lembrando que o GPS atual usa coordenadas num plano cartesiano global, o que é muito estudado na
Matemática.
VOLUME 1
HABILIDADE 15
Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
A Habilidade 15 impõe aos candidatos uma avaliação crítica sobre diversos conflitos sociais no tempo e no
espaço. Entende-se “conflitos” não somente pela contenda armada ou violenta, mas também pelos choques
civilizacionais presentes na história, tanto entre colonizadores e colonizados quanto entre dominadores e do-
minados em geral.
As diversas sociedades interpretam e se relacionam com o seu meio físico e cultural de diferentes formas,
segundo suas idiossincrasias e visões de mundo. O papel do estudante é captar como se dão esses choques
culturais e as suas resoluções – sejam estas pacíficas ou não.
MODELO 1
(Enem) Em geral, os nossos tupinambás ficaram admirados ao ver os franceses e os outros dos países longín-
quos terem tanto trabalho para buscar o seu arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um ancião da tribo que
me fez esta pergunta: “Por que vindes vós outros, mairs e pêros (franceses e portugueses), buscar lenha de tão
longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?”
LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. Mudanças Sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 1974.
O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz um diálogo travado, em 1557, com um ancião tupinam-
bá, o qual demonstra uma diferença entre a sociedade europeia e a indígena no sentido:
a) do destino dado ao produto do trabalho nos seus sistemas culturais.
b) da preocupação com a preservação dos recursos ambientais.
c) do interesse de ambas em uma exploração comercial mais lucrativa do pau-brasil.
d) da curiosidade, reverência e abertura cultural recíprocas.
e) da preocupação com o armazenamento de madeira para os períodos de inverno.
ANÁLISE EXPOSITIVA
Na cultura indígena, a madeira é empregada de maneira bastante específica, sendo utilizada para acender
fogueiras. Estas aqueciam os indivíduos nos períodos de frio, bem como espantavam animais e serviam
para cozimento de diferentes produtos. Dessa forma, o índio ancião imaginava que os europeus atribuíam
ao pau-brasil a mesma finalidade e não o seu uso na tinturaria. Trata-se, evidentemente, de um choque
cultural entre as duas populações, que atribuíam destinos diferentes ao mesmo produto.
RESPOSTA Alternativa A
VOLUME 1
CH
NA AMÉRICA
COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
AULAS HABILIDADE(s)
1, 2, 5, 7, 11, 15, 16, 19 e 23
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/
3E4
Arte_olmeca>. Acesso em: 23 dez. 2015.
Comanches
A população olmeca era bastante desenvolvida, espalha-
Sioux da pelo império, dividia-se entre uma minoria (sacerdotes,
artífices de elite), que habitava os centros cerimoniais, e a
Musgoguis
Seminolas
Trópico de Câncer
ASTECAS
Caraíbas
maioria do povo (camponeses), que vivia nas aldeias.
OCEANO
MAIAS
ATLÂNTICO
Aruaques
Aruaques
Equador Caraíbas
Caras
Quéchuas Tupis
OCEANO PACÍFICO INCAS
Jês
Trópico de Capricórnio Aiamarás Guaranis
Tupis
Araucanos
0 1085 km
Patagões
Adaptado de: <http://eroneducador.blogspot.com.br/2013/08/as- Uma das quatro cabeças colossais encontradas em LaVenta,
americas-pre-colombiana.html?view=classic>. Acesso em: 23 dez. 2015. com altura aproximada de 3 metros
área. As características marcantes do Império olmeca, que cipientes (como em Três Zapotes), obrigados pela necessi-
se estendeu do México ocidental à Costa Rica, foram a pre- dade de supervisão e planejamento, além de recrutamento
sença de centros cívicos religiosos a que se subordinavam de numerosa mão de obra para a construção de platafor-
áreas periféricas e a escultura monumental. mas, aterros e pirâmides.
1.2. Maias
1.2.1. Características
ta-se que fosse uma sociedade extremamente hierarquizada, Ao preverem eclipses solares, o movimento dos planetas e
na qual a posição social era determinada pelo nascimento de o calendário cíclico, bem como na aquisição de avançadas
cada indivíduo. Uma elite (militares e sacerdotes) constituía o noções, como um símbolo para o zero e o princípio do valor
grupo dominante, de caráter hereditário, que habitava os nu- relativo, os maias fizeram notáveis progressos na astrono-
merosos centros cerimoniais circundados pelas aldeias onde mia e na matemática.
calendário maia
rista e teocrático.
1.3.1. Características Construíram obras arquitetônicas colossais: templos e pa-
Conhecidos também como mexicas, os astecas ocuparam lácios com terraços em forma piramidal, objetos decorati-
originalmente a região noroeste do atual México. Guerrei- vos, obras de ourivesaria em prata, ouro e pedras preciosas
Quito
Machu Picchu
Cuzco
OCEANO
PACÍFICO
VOLUME 1
0 1000 km
multimídia: livro
aos cuidados de um colono (encomiendeiro), o qual po- gura como parte integrante da política mercantilista. Ele cor-
deria utilizar a mão de obra dos nativos em atividades va- respondia ao conjunto de relações entre metrópoles e colô-
riadas, assegurando, como pagamento pelos serviços dos nias, quando as primeiras impuseram uma série de restrições
ameríndios, a instrução cristã, ou seja, a catequese. à economia colonial. As determinações metropolitanas às
O choque cultural ocorrido nos primeiros encontros entre europeus e nativos americanos demonstra o estranhamen-
to com relação ao que pertence a uma outra cultura e a difícil aceitação do outro como tão “civilizado” quanto você.
O processo de destruição da cultura dos ameríndios e a imposição da cultura europeia demonstra isso com clareza.
Também podemos observar o efeito de doenças que não eram conhecidas por uma determinada população e seu efeito
nesse novo ambiente, analisando as primeiras tentativas de combater essas moléstias, as quais agora seriam globais.
VOLUME 1
HABILIDADE 7
Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
A Habilidade 7 impõe ao aluno a compreensão, dentro dos diversos espaços e tempos, das relações de poder
entre as nações. Inserida num eixo interdisciplinar com Geografia, Sociologia, Filosofia e História, o candidato
deverá interpretar as causas e as consequências de processos de dominação entre os povos, além de captar
seu significado econômico e político.
Conflitos de diferente natureza estão inseridos nessa habilidade, mormente os de guerras, colonização e escra-
vização entre nações. O estudante deverá relacionar registros acadêmicos, artísticos ou relatos dos participan-
tes para fundamentar sua resposta.
MODELO 1
(Enem) Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua [Pana-
má] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da
região não podem ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à vontade.
Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C.
Colombo e a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado).
ANÁLISE EXPOSITIVA
O processo de conquista e colonização da América pelos espanhóis esteve ligado à busca de riquezas,
fossem elas especiarias ou metais preciosos. O texto, de 1503, retrata a perspectiva de encontrar ouro na
região, num momento em que ainda não haviam sido descobertas as grandes minas do México e Peru, e
no qual a Espanha ainda buscava uma forma de atingir as Índias, demonstrando inclusive as divergências
quanto à continuidade do processo expansionista.
RESPOSTA Alternativa E
VOLUME 1
AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA
OLMECAS MAIAS
CASAS DE DIVISÃO
ADELANTADOS
CONTRATAÇÃO DE TERRAS
CONSELHOS
AUDIÊNCIAS
DAS ÍNDIAS
ÍNDIOS
CHAPETONES CRIOLLOS
E NEGROS
• INTERVENÇÃO ESTATAL
• METALISMO
MERCANTILISMO • PROTECIONISMO
• BALANÇA COMERCIAL FAVORÁVEL
• COLONIALISMO
VOLUME 1
CH
FRANCESAS a quem o rei arrendara a Colônia para a exploração do pau-
-brasil em troca da defesa da costa.
COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
AULAS HABILIDADE(s)
1, 5, 7, 8, 9, 15, 16, 18 e 23
5E6
multimídia: livro
A crescente presença de franceses, principalmente junto ao litoral, exigiu um esquema de policiamento mais ostensivo. Para isso,
foram enviadas duas expedições guarda-costas comandadas por Cristóvão Jacques, em 1516 e 1526, visando a combater
os corsários franceses. Entretanto, esse recurso não chegou a ter bons resultados. O litoral continuou ameaçado, o que exigiu
muito mais esforço para garantir sua segurança. Por fim, D. João III, rei português, teria anunciado uma mudança na mentalidade
lusa em relação ao Brasil, dando início a um projeto colonizador, pois era necessário “colonizar para não perder”.
Além da ameaça de invasão francesa, essa mudança de mentalidade sobre o Brasil deu-se devido ao declínio do comércio
com os produtos do Oriente e ao fato de a Espanha ter encontrado metais preciosos nas suas áreas coloniais, o que levava
Portugal a ter a mesma expectativa quanto às terras brasileiras.
Obra de Benedito Calixto, “Fundação de São Vicente”, mostra a visão do artista sobre a chegada dos portugueses no litoral paulista.
A costa brasileira foi dividida em quinze faixas de terra, com largura entre 200 e 650 quilômetros, do litoral à linha do Tratado
de Tordesilhas, no ano de 1534. Chamavam-se capitanias hereditárias pois passariam dos donatários a seus herdeiros. Os do-
natários possuíam grandes poderes: podiam dispor das terras e distribuí-las entre os colonos (as chamadas sesmarias), receber
taxas e impostos, fundar vilas, cobrar tributos pela navegação dos rios, nomear autoridades administrativas e judiciárias, etc.
Hoje a historiografia faz uma revisão sobre o verdadeiro limite geográfico das capitanias hereditárias, principalmente por conta dos
contornos dos atuais estados do Ceará, Piauí, Maranhão e Pará, os quais se orientam paralelos à linha do Tratado de Tordesilhas.
VOLUME 1
Um novo grupo de jesuítas, dentre os quais o padre José mento da pecuária e a importação de escravizados africanos.
de Anchieta, desembarcou no Brasil acompanhado do se- Iniciou a luta contra os franceses, que contavam com o
gundo governador-geral, que, juntamente com Manuel apoio dos índios tamoios (Confederação dos Tamoios), ini-
da Nóbrega, fundou, em 1554, o colégio de São Paulo de migos dos tupis, aliados lusos, a partir de 1560.
Equador
Salvador ESTADO DO
BRASIL
Vila Real Salvador
(Cuiabá) (capital até 1763)
Vila Boa
Porto Seguro
Sabará
Repatirção Vila Rica (Ouro Preto) Vitória
São João del Rei
do Sul São Paulo
560 km Rio de Janeiro
(capital a partir de 1763)
Curitiba São Vicente
Tratado de Tordesilhas, 1494
Rio de Janeiro 2
3
Tratado de Utrecht, 1713-15
Tratado de Madri, 1750 2 Vila do Desterro
4 Tratado de Santo Idelfonso, 1777 4
5 Tratado de Badajós, 1801
5 Porto Alegre
Área disputada por Portugal e Espanha 3
OCEANO
Áreas em litígio com os países
Vila de São Pedro
ATLÂNTICO
vizinhos no decorrer do séc. XIX
Colônia do Sacramento
Fonte: Youtube
Desmundo
Câmara Municipal Poder Local
VOLUME 1
O extrativismo vegetal e os seus efeitos nocivos ao habitat nativo do Brasil, com a exploração de toneladas
de madeira (principalmente o pau-brasil) sem nenhum cuidado referente a sua preservação, levou a uma
grande diminuição da mata nativa da costa brasileira (Mata Atlântica), além de causar a extinção de inúmeras
espécies vegetais e animais.
VOLUME 1
HABILIDADE 4
Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
Cada vez mais o Enem lança mão de questões com fragmentos de textos acadêmicos ou de relatos históricos. A
Habilidade 4 se insere nessa perspectiva, exigindo a comparação entre os textos fornecidos. O candidato deverá
se preocupar em aguçar sua capacidade de leitura e compreensão, pois, na maioria dos casos, a resposta do
exercício está contida explícita ou implicitamente nos textos fornecidos.
Para os estudantes de ciências humanas, conseguir relacionar pontos de vista, premissas ideológicas e registros
documentais criticamente é uma tarefa indispensável, exigida a todos os candidatos no Enem.
MODELO 1
(Enem)
TEXTO I
Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como “os brasis”, ou “gente
brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas as referências ao status
econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos “negro da terra” e “índios” eram
utilizados com mais frequência do que qualquer outro.
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, C.
G. (Org.). Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).
TEXTO II
Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus. Desinteressados pela
diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o indivíduo de outras culturas, espanhóis,
portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram por denominar da mesma forma povos tão díspares quanto
os tupinambás e os astecas.
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005.
Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o período anali-
sado, são reveladoras da
a) concepção idealizada do território, entendido como geograficamente indiferenciado.
b) percepção corrente de uma ancestralidade comum às populações ameríndias.
c) compreensão etnocêntrica acerca das populações dos territórios conquistados.
d) transposição direta das categorias originadas no imaginário medieval.
e) visão utópica configurada a partir de fantasias de riqueza.
ANÁLISE EXPOSITIVA
Ao desprezarem a diversidade cultural indígena, os europeus que chegaram ao continente americano de-
monstraram seu etnocentrismo, que se manifestou tanto na linguagem que utilizaram quanto nas atitudes
que tomaram nesses novos territórios.
VOLUME 1
RESPOSTA Alternativa C
INVASÕES FRANCESAS
CONSELHO ULTRAMARINO (1642)
(SÉC. XVI E XVII)
CH
em favor da Metrópole. Procurava-se sempre, até onde fosse
possível, pagar os menores preços pelos produtos da Colônia
para vendê-los com maior lucro na Metrópole ou revendê-los
COMPETÊNCIA(s)
para o mercado europeu. Além disso, buscava-se conseguir
1, 2, 3, 4 e 5
maiores lucros da venda de produtos oriundos da Metrópole,
sem concorrência na Colônia. A economia colonial era, por-
AULAS HABILIDADE(s)
3, 5, 7, 8, 9, 13, 15, 18 e 23
tanto, complementar em relação à economia metropolitana.
2. A cana-de-açúcar
(séculos XVI e XVII)
A cana-de-açúcar foi o produto escolhido para dar início
à ocupação econômica do Brasil por uma série de razões:
§ A experiência portuguesa na produção de cana na cos-
1. Economia colonial ta africana (Cabo Verde, Madeira, São Tomé).
Voltada para o mercado externo, transferindo capital da Colô- Evaldo Cabral de Mello – O Brasil holandês
nia para a Metrópole, que controlava a circulação mercantil, a
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o
segundo o qual as colônias só poderiam comerciar com suas
Sã
Penedo
Rio
36 Cachoeira metrópoles. Por isso, todos os esforços deviam concentrar-se
engenhos
Salvador na cultura de um só produto, isto é, na monocultura, sendo
esta voltada para exportação. Grandes extensões de terra
4
engenhos
Ilhéus eram utilizadas para o plantio da cana e reduzidos espaços
Porto Seguro
eram destinados a uma agricultura de subsistência. O esta-
belecimento da agricultura no Brasil, como em outras áreas
6
engenhos
tropicais, teve como principal objetivo cultivar um produto
Vitória de grande valor comercial na Europa e altamente lucrativo.
3
engenhos
Campo dos Goitacás O rei regulamentou a escravização do índio sob pretexto
São Paulo Rio de Janeiro de defendê-lo. Daí por diante, para aprisionar índios foram
São Vicente Santos organizadas as chamadas bandeiras, expedições que se
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engenhos tornaram um dos principais fatores da atual extensão do
território brasileiro, principalmente na região mais ao sul
Os engenhos de açúcar no Brasil do Brasil Colônia (atual Sudeste). Em 1570, uma Carta Ré-
gia autorizava a escravização de índios presos em “guerra
Portugal enfrentava dificuldades econômicas e, por isso, as- justa”, isto é, conflito iniciado pelos índios ou promovido
sociou-se, em especial, ao capital holandês na montagem contra tribos que se negassem a se submeter aos colonos
da agromanufatura açucareira. A lavoura açucareira requeria ou que recusassem a catequese.
grandes investimentos iniciais, especialmente para a compra
e montagem dos equipamentos dos engenhos, o transporte
de mudas para o Brasil e a obtenção de mão de obra escrava. 2.1. A organização da
produção do Engenho
A grande produção só começou oficialmente com Martim
Afonso de Souza, em 1533, em São Vicente. Mas registros
da alfândega de Lisboa de 1526 já acusam a entrada de
açúcar vindo de Itamaracá, em Pernambuco.
As construções principais num engenho eram a casa-gran-
de, a senzala, as estrebarias e as oficinas. Já as principais
multimídia: livro instalações eram a moenda, a caldeira e a casa de purgar.
Havia dois tipos de engenho: o real, movido por roda-
Evaldo Cabral de Mello – O bagaço da cana -d’água, e o trapiche, movido por tração animal. Um en-
Depois de O Brasil holandês, em que Evaldo Cabral de Mello genho se constituía basicamente de:
contextualiza trechos dos documentos mais importantes § Casa do engenho: formada pelas instalações desti-
sobre a presença batava no Nordeste, o autor publica obra nadas à produção de açúcar, como a moenda (onde
sobre os engenhos de açúcar na região, que complementa se mói a cana para extrair o caldo), a fornalha (onde
o livro anterior e constitui um instrumento valioso para o se purifica o caldo), a casa de purgar (onde se acaba
estudo da história socioeconômica do período. de purificar o caldo) e os galpões (onde o açúcar era
armazenado).
No Brasil, a atividade açucareira funcionava da seguinte ma-
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multimídia: livro
multimídia: música
Fonte: Youtube
– Cana-de-Açúcar, o Doce Sabor do Prazer –
Barroca Zona Sul (samba-enredo 2007)
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Navio negreiro – Tráfico de africanos para as Américas
multimídia: música
Fonte: Youtube
Casa-Grande e Senzala – Mangueira
(samba-enredo 1962)
consumidor para o gado, que fornecia carne, leite e couro. Como seriam comercializados com o mercado europeu,
O clima e a vegetação favoreciam a atividade criatória e o e devido aos embates com nativos não amistosos que
desenvolvimento de grandes fazendas conhecidas como es- viviam na região amazônica, tais produtos só não repre-
tâncias, principais fornecedoras de charque para a região das sentaram maior impacto na economia colonial devido à
minas, descobertas no final do século XVII. distância do litoral.
3.5. Algodão
A principal área produtora de algodão do mundo era a re-
gião Sul das Treze Colônias inglesas na América do Norte.
Em virtude da crise da cotonicultura norte-americana, pro-
vocada pela Guerra de Independência dos EUA, entre 1776
e 1783, a Inglaterra veio a consumir o algodão produzido
no Brasil. O algodão servia como matéria-prima para a
D. Sebastião, “o Desejado”
indústria têxtil inglesa, que era a maior consumidora do
produto devido à I Revolução Industrial. D. Sebastião desapareceu, não deixando herdeiros, du-
rante a batalha de Alcácer-Quibir (atual Marrocos). O
No século XVIII, a principal área de produção de algodão
velho cardeal D. Henrique, único sobrevivente masculino
no Brasil Colonial e que teve um grande crescimento na
da linhagem de Avis, assumiu a regência enquanto não
produção era a região do Maranhão. Uma grande lavoura
se solucionava o problema da sucessão. Em 1580, o car-
monocultora e escravista, que atraiu grande quantidade de
deal-regente morreu. Felipe II, rei da Espanha, neto de D.
negros para a região.
Manuel, o Venturoso (o mesmo que organizara a esquadra
Já no século XIX, devido à Guerra de Secessão (1861- de Pedro Álvares Cabral), achou-se no direito de ocupar o
1865), o Sul dos EUA ficara destruído, arrasando a coto- trono português.
nicultura local, levando o algodão maranhense a ser muito
importante novamente para a Inglaterra. Reuniu suas tropas e invadiu Portugal, sendo apoiado inclu-
sive por uma parcela da classe dominante portuguesa, que
via na união com a Espanha a possibilidade de estender o
tráfico de escravizados para a América espanhola.
Portugal ficou submetido à Espanha durante 60 anos. Con-
sequentemente, nesse período o Brasil também passou para
o domínio espanhol, sofrendo alterações na sua estrutura
interna e no seu relacionamento internacional.
multimídia: música
Em 1580, quando da união das Coroas Ibéricas, Portugal
Fonte: Youtube viu-se envolvido pelas rivalidades espanholas, sobretudo
Algodão – Luiz Gonzaga com relação à Holanda. Em 1581, a Holanda proclamava
sua independência do Império Espanhol. Rebelados desde
1568 contra os altos impostos e a repressão religiosa do ca-
4. Invasões holandesas tólico Felipe II contra o calvinismo, os holandeses tiveram de
(século XVII) sustentar longos anos de lutas para preservar sua liberdade
diante do poderio espanhol, lutas essas que ficaram conhe-
cidas como Guerra dos 80 Anos (1568-1648). A Holanda
4.1. União Ibérica (1580-1640) havia financiado a produção do açúcar brasileiro, esperando
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Antes de estudar as invasões holandesas – as mais impor- distribuí-lo na Europa, mas, visando a prejudicá-los, Felipe
tantes pelo tempo de permanência em nosso território e pela II decretou o fechamento dos portos do Brasil, de Portugal
área abrangida –, é necessário examinar a União Ibérica, uni- e de qualquer domínio espanhol aos navios e comerciantes
ficação de Portugal e Espanha no período de 1580 a 1640. flamengos. Os prejuízos dos holandeses foram enormes.
São Luís
PA
Fortaleza
Oceano
Atlântico
CEARÁ
PARAÍBA
Igaraçu Fonte: Youtube
PIAUÍ Olinda
Recife Doce Brasil holandês
PERNAMBUCO
Porto Calvo
ALAGOAS
Maceió (Alagoas)
SERGIPE Penedo
TO
0 155 310 km
GO
Tanto os senhores de engenho como os holandeses que- lação (catolicismo, protestantismo, judaísmo, etc.) foram
riam um ambiente de ordem e paz para que pudessem ob- toleradas pelo governo de Nassau. Deve-se notar, entre-
ter lucros com a atividade açucareira. A Companhia enviou tanto, que a religião oficial era o protestantismo calvinis-
ao Brasil o conde João Maurício de Nassau Siegen, ta, sendo, por isso, a mais defendida e difundida.
Uma prática realizada durante o período colonial brasileiro foi a plantation, que, principalmente durante o ciclo
canavieiro, impôs uma agricultura monocultora e geradora de ostensivo desgaste do solo, diminuindo a fertili-
dade de algumas regiões e causando a transformação do meio ambiente original.
Também é importante lembrar a adoção da mão de obra escrava africana pelos portugueses, o que era extre-
mamente lucrativo para a Coroa, mas que transformava todo um continente em mero fornecedor de “peças”
de trabalho. Esse foi um dos maiores exemplos de desumanização da História, perdurando até os anos finais do
século XIX.
HABILIDADE 4
Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
Saber como se constroem os pontos de vista e como eles representam um determinado grupo social é funda-
mental para as ciências humanas. A Habilidade 4 visa a explorar essa capacidade do estudante. É necessário
atentar-se, além do fenômeno histórico em específico tratado pelo exercício, aos textos propostos e, principal-
mente, aos seus autores. O candidato deverá captar qual vertente ideológica cada autor representa, bem como
os interesses que defende.
O Enem recorre a muitos relatos de indivíduos que registraram a sua época sob diferentes escopos ideológicos.
Para resolver essas questões, o aluno deve estar familiarizado com as ideais dos principais intelectuais e figuras
históricas do Brasil e do mundo ocidental.
MODELO 1
(Enem) Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque padeceis em um modo muito semelhante
o que o mesmo Senhor padeceu na sua cruz e em toda a sua paixão. A sua cruz foi composta de dois madeiros,
e a vossa em um engenho é de três. Também ali não faltaram as canas, porque duas vezes entraram na Paixão:
uma vez servindo para o cetro de escárnio, e outra vez para a esponja em que lhe deram o fel. A Paixão de Cristo
parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias. Cristo
despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em
tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação,
que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento de martírio.
VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951 (adaptado).
O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece uma relação entre a Paixão de Cristo e
a) a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos brasileiros.
b) a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana.
c) o sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios.
d) o papel dos senhores na administração dos engenhos.
e) o trabalho dos escravizados na produção de açúcar.
ANÁLISE EXPOSITIVA
No texto apresentado, o Padre Antônio Vieira estabelece relação entre o sofrimento de Cristo e as péssimas
condições de trabalho dos escravizados durante a produção do açúcar no período colonial. O texto apresenta
uma linguagem bastante distinta da utilizada cotidianamente, o que pode prejudicar os que possuem alguma
dificuldade de leitura. Contudo, para aqueles a quem a leitura não é um problema, a resposta está contida
no texto.
RESPOSTA Alternativa E
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INVASÕES HOLANDESAS
CONSEQUÊNCIAS DAS
INVASÕES HOLANDESAS