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Estratégias de Projeto – Parte III
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Estratégias de Projeto – Parte III
• Introdução;
• Revisão das Organizações Espaciais FDE;
• Análise do Projeto Sem Ligação Com a Metodologia Adotada Pelo FDE.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Compreender a organização de duas Escolas que não utilizam nenhuma das quatro tipo-
logias propostas pela FDE, a fim de compreender seus partidos arquitetônicos.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Estratégias de Projeto – Parte III
Introdução
Quando estamos desenvolvendo um Projeto para um determinado lote, temos
de entender quais são as premissas relacionadas às diversas temáticas que serão
abordadas nas discussões volumétricas para gerar uma obra arquitetônica.
Dessa forma, esta Disciplina tem como temática institucional abordar o tema
Ensino e Arquitetura em objetos construídos – Escolas, a fim de gerar inquietações
projetuais aos alunos e a instigá-los a desenvolverem Projetos idealizados para o
Ensino de forma crítica e concisa para os seus usuários.
Essa ação está relacionada às diversas faixas etárias ou Ciclos de Ensino, como
distingue a FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação).
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Além dessas Categorias de Ensino, existe a chamada de Ensino Superior, também
intitulada “3º grau”, que corresponde ao Nível Universitário. Estamos falando das
Universidades e das Faculdades espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, como um todo.
A atuação do arquiteto urbanista vem ao encontro dessa troca de ideias, vez que
permite discutir um programa de necessidades específico para as diversas idades
e temáticas, o que dá origem a diversas discussões com relação à espacialização
desse programa em espaços nos quais acontecerão as dinâmicas de Ensino.
Podemos visualizar e entender melhor esta ideia de acordo com o explicado por
Kowaltowski (2011, p. 2) transcrito a seguir:
O tema da educação carrega tal importância que excede o seu alcance
pedagógico e formador de cidadãos, constituindo objeto de estudo e in-
tervenções para todas as áreas do conhecimento. Como fundamento e
alicerce da sociedade, é um mote também para arquitetos, que tratam de
materializar os ambientes para o seu desenvolvimento.
Com essa citação, podemos entender que quando o arquiteto idealiza um Projeto
arquitetônico voltado ao Ensino e às pessoas, ele assume um papel crucial ao desen-
volver um volume arquitetônico que auxilie a didática e o Ensino de seus usuários.
Com isso, podemos entender que, ao projetar uma Escola, temos de ter em mente
de que tipo de Escola estamos tratando, a fim de conseguirmos organizar muito bem
um programa de necessidade que irá reger sua organização espacial e, assim, tornar
possível gerar conceitos que darão as características almejadas para cada ambiente
proposto no programa de necessidades, tanto individual quanto coletivamente.
Em meados de 1987, na cidade de São Paulo, foi criada a FDE (Fundação para
o Desenvolvimento da Educação), como instrumento para organizar a produção
dos edifícios educacionais, visando a discutir a qualidade arquitetônica dos Projetos
atrelados às questões de Ensino.
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Figura 1 – Escola Estadual Dr. Telêmaco Paioli Melges – Escritório Una Arquitetos
Fonte: Una Arquitetos, 2003
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Organizações com a quadra ao centro
As Organizações com quadra ao centro consistem em uma forma de organizar es-
pacialmente o volume arquitetônico escolar de forma que se tenha um único volume
no qual a quadra, centralizada no edifício, organiza de forma geral as circulações ver-
ticais e horizontais para os outros Setores existentes no programa de necessidades.
Essa organização dos volumes gera o conjunto que será utilizado para o Ensino.
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Figura 4 – Escola Estadual Parque Montreal II – Escritório Buitoni Yamamura Arquitetos Associados
Fonte: Escritório Buitoni Yamamura Arquitetos Associados, 2004
Organizações longitudinais
As Organizações longitudinais consistem em uma Organização volumétrica na
qual o objeto arquitetônico está disposto em um eixo de composição longitudinal.
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Portanto, os Projetos idealizados e construídos pelo FDE têm um raciocínio
projetual de Organização de formas arquitetônicas que parte de configurações ra-
cionais e modulares relacionados à estrutura, a fim de cumprir a função de edificar
Escolas com qualidade para os seus usuários.
Como visto nos módulos anteriores, foram explanadas com exaustão algumas
metodologias para pensar o Projeto de Arquitetura voltado ao Ensino realizado pela
iniciativa pública por meio do FDE.
A seguir, iremos mostrar duas formas de se pensar o Projeto por meio da inicia-
tiva privada, com as seguintes escolas como estudo de caso:
• Wish School;
• Fundação Bradesco.
Wish School
Ficha técnica:
• Arquitetura: Grupo Garoa Arquitetos Associados;
• Localização do Projeto: Rua São Gil, 159, Tatuapé, São Paulo/SP;
• Área construída do Projeto: 1.166,00m²;
• Área de terreno: 1.275,00 m²;
• Ano do Projeto: 2016.
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Essas interações/reações podem ser elencadas nos seguintes tópicos, que são
espelhadas no Projeto Arquitetônico:
• Emoção;
• Interações:
»» Social;
»» Culturais;
»» Corporais;
»» Criativo;
»» Intuitivo;
»» Espirituais.
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Figura 7 – Wish School – Escritório Grupo Garoa Arquitetos Associados
Fonte: Grupo Garoa Arquitetos Associados, 2016
Nessas imagens, podemos visualizar que a grande maioria desses espaços não
possui fechamentos, proporcionando interação mais direta entre o espaço interior
e o exterior.
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As Figuras 10, 11 e 12 retratam como ficaram os espaços depois da obra entre-
gue e procura transmitir a sensação de fluidez de usos possíveis nessas áreas.
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Outro ponto que foi cuidadosamente pensado está relacionado à transição entre
a rua – espaço público e as áreas internas.
Devido ao desnível existente no lote, foi possível criar um pavimento térreo in-
ferior, no qual se localiza boa parte da área verde e do pátio coberto de recreação
para os alunos.
Por se tratar de um retrofit, as plantas tem uma organização racional que tem
como premissa a pré-existência. Dessa forma, as organizações dos espaços partem
de uma organização na qual a malha arquitetônica coincide com a estrutural.
Assim, no pavimento térreo superior, temos sete salas de aulas e alguns espaços
de permanência e, no primeiro pavimento, temos mais 10 salas de aulas. No se-
gundo pavimento, por ser uma área mais restrita, temos os Laboratórios, Biblioteca
e salas de estudo.
O térreo inferior foi idealizado como uma grande área pública do Projeto, como
uma praça de chegada ao edifício, que também gera parte do convívio dos alunos.
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Sendo assim, esse pavimento desfruta de uma boa área livre organizada pelo Pai-
sagismo, com espaços de contemplação, interação e esportes.
Para que haja a contenção de terra, foi pensado um desenho paisagístico por
meio do desenho de mobiliário, piso e áreas verdes organizadas em patamares,
criando, assim, um desenho escalonado da paisagem, que serve ao mesmo tempo
com contenção estrutural “arrimo” e também como espaço de convivência a céu
aberto para os alunos, com seu acesso principal pelo térreo inferior.
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Figura 19 – Fundação Bradesco – Escritório Shieh Arquitetos Associados
Fonte: Shieh Arquitetos Associados, 2017
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As Figuras 23 e 24 retratam a dinâmica do térreo inferior.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Lições de arquitetura
HERTZBERGER, H. Lições de arquitetura. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
O que é arquitetura
LEMOS, C. A. C. O que é arquitetura. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. Coleção
Primeiros Passos – 16.
Le Corbusier: Uma Análise da forma
BAKER, C. Le Corbusier: uma Análise da forma. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
Arquitetura Escolar paulista: Estruturas pré-fabricadas
FERREIRA, A. de F; MELLO, M. G. Arquitetura Escolar paulista: estruturas pré-
fabricadas. São Paulo: FDE Diretoria de Obras e Serviços, 2006. 336p.
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Referências
BUITONI Yamamura Arquitetos Associados. Escola Estadual Parque Montreal II.
Disponível em: <http://www.bvy.com.br/web/portfolio-items/ee-parque-montreal>.
Acesso em: 24 maio 2019.
UNA ARQUITETOS. Escola estadual Dr. Telêmaco Paioli Melges. Disponível em:
<http://www.unaarquitetos.com.br/site/projetos/fotos/12/escola_em_campinas>.
Acesso em: 24 maio 2019.
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