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Institucional
Material Teórico
Caracterização do Termo “Institucional”
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Caracterização do
Termo “Institucional”
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Transmitir ao aluno as definições a respeito do termo “institucional” no âmbito da arqui-
tetura e do urbanismo.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
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Podemos começar a entender a questão institucional na arquitetura por meio
do termo instituição. Esse termo está ligado a algumas relações humanas, isso é,
como as pessoas interagem entre si e nos lugares. Dessa forma, podemos elencar
alguns quesitos que nos auxiliam para esse entendimento. São eles:
1. Padrões de comportamentos;
2. Relação inter-humanas;
3. Equipamento/materiais para o público;
4. Objetos organizados de modo que gerem um interesse social;
5. Estruturas decorrentes das necessidades sociais básicas de uma sociedade
com pré-requisito de permanência humana.
Ainda com relação à questão institucional, podemos relacionar esse termo tam-
bém com algo pertencente a uma instituição, isso é, idealizado e construído por
alguém que, na maioria das vezes, pode ser retratado pelo poder Público.
Podemos entender melhor esses conceitos quando Neto (2016), em sua disserta-
ção de mestrado intitulada O Projeto como objeto de investigação: Processo de
projeto de arquitetura institucional em Afuá (PA), descreve:
Validando a referida metodologia, traz-se inicialmente alguns conceitos
acerca do termo “institucional”, por preceder à finalidade deste capítulo.
Assim, sem precisar lançar mão de outros recursos, pode-se compreen-
der a expressão, segundo a definição do Michaelis Moderno Dicionário da
Língua Portuguesa, como relativo a algo que pertence a uma instituição
ou ainda o que visa a institucionalização de algo, que no caso específico,
pode ser compreendida também como o Poder Público, representado
por qualquer um dos seus entes em vários níveis, seja federal, estadual ou
municipal, que busca a sua institucionalização a partir da prestação de
um serviço que pode ser de qualquer natureza. No caso dos edifícios, eles
podem ser denominados como pertencente à instituição do Estado, que
no caso do Fórum Eleitoral, se encontra vinculado ao Poder Judiciário
Federal. Considerando que todo edifício agrega valores diversos que en-
volvem desde o valor econômico da edificação ao seu uso e relevância so-
cial, também poderia se utilizar outro sinônimo para a referida expressão:
bem público, em decorrência disso, pode-se também classificar esse tipo
de empreendimento como relativo a espaços destinados ao público para
usos diversos, Como Educação, Saúde, Segurança, Justiça etc. (NETO,
2016, p. 27)
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Com essa ideia, temos que considerar na fase de projeto, em primeiro lugar,
onde será a localização desse objeto arquitetônico, independente do tipo que será
idealizado, pois devem oferecer fácil acessibilidade para as pessoas que usarão o
projeto de modo geral. Sendo assim, podemos entender porque a maioria dos equi-
pamentos institucionais de grande porte estão localizados nos centros das grandes
capitais ou em vias de grande fluxo, já que oferecem a possiblidade de seus usuários
utilizarem o transporte público para chegarem ao objeto arquitetônico.
Um grande exemplo do que foi retratado acima pode ser vislumbrado na cidade
de São Paulo, mais precisamente na região central, subprefeitura da Sé, onde te-
mos equipamentos públicos voltados para saúde, educação, cultura, dentre outros,
tendo suas chegadas, na maioria das vezes, realizadas por meio do metrô.
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Figura 2 – Instituto Moreira Sales São Paulo Figura 3 – Instituto Moreira Sales São Paulo
Fonte: Andrade Morettin Arquitetos Fonte: Andrade Morettin Arquitetos
Outra questão que os arquitetos têm que se atentar é com a relação entre a efi-
ciência construtiva da obra e o custo para edificar o projeto, tendo em vista que
a maioria dos projetos institucionais são geridos pelo poder público no Brasil,
ou seja, são provenientes principalmente de arrecadação de impostos cobrados
da população.
Assim, especialmente no Brasil, onde os recursos para projetos novos são pro-
venientes de arrecadações e podem não chegar aos projetos em sua plenitude,
cabe ao arquiteto desenvolver o seu raciocínio criativo para driblar esse empecilho
financeiro e, ao mesmo tempo, produzir objetos arquitetônicos de qualidade.
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Figura 4 – Museu de Arte Moderna
Fonte: Afonso Eduardo Reidy, 1952
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Centro Cultural
Volume arquitetônico de caráter institucional/cultural com o conceito de reunir
pessoas com alguma finalidade cultural, isso é, criar laços com a comunidade onde
está inserida, funcionando como um objeto que informa e proporciona a dissemi-
nação da cultura para diferentes grupos sociais, com o objetivo de tentar promover
uma integração de classes.
A arquitetura de um centro cultural tem que prever espaços que permitam re-
alizar atividades culturais como dança, pinturas, projeções, leitura, contemplação
e jogos, dentre outros espaços previstos em um programa de necessidades para
esse equipamento. Seu programa pode variar conforme o seu tamanho, podendo
abranger desde auditórios, a bibliotecas, salas de informática e outros espaços com
infraestrutura para a organização de palestras, cursos ou também permitindo rea-
lizar concertos, peças de teatro, projeções etc., de forma que favoreçam interação
social entre as pessoas.
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Figura 9 – Centro Cultural São Paulo
Fonte: Prado e Telles, 1978
Mercado
Volume arquitetônico de caráter institucional/comercial com o conceito de reunir
pessoas com a finalidade de comprar. Segundo Corona e Lemos (2017, p. 319), o
termo mercado é conceituado como: “Tema arquitetônico referente à função de
venda em larga escala e de gêneros alimentícios, objetos populares etc.”
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Para exemplificar o que foi falado acima, temos nas figuras 12, 13, 14 e 15 o
projeto relacionado ao mercado de Pinheiros, localizado no Bairro de Pinheiros, na
cidade de São Paulo, dos arquitetos Eurico Prado Lopes e Benedito Teles.
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Figura 15 – Mercado Municipal de Pinheiros
Fonte: Prado e Teles, 1971
Poupatempo
Volume arquitetônico de caráter institucional voltado para serviços ao público em
geral, com o conceito de auxiliar as pessoas a tirarem documentos com agilidade.
Para exemplificar o que foi falado acima, a figuras 16, 17, 18 e 19 apresentam o
projeto do Poupatempo de Itaquera, localizado na cidade de São Paulo, idealizado
pelo Arquiteto Paulo Mendes da Rocha e o escritório MMBB.
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Creche
Volume arquitetônico complexo de caráter institucional/educacional, voltado a
reunir crianças a fim de cuidar das mesmas enquanto seus pais estão trabalhando.
Pode-se entender melhor os conceitos de museus segundo Corna e Lemos (2017,
p. 152): “Local onde são recolhidas e alimentadas, durante o dia, crianças cujos
pais estejam trabalhando e, por isso, impossibilitados de lhes dar assistência”
Hospital
Volume arquitetônico complexo de caráter institucional/saúde, voltado para tra-
tamento de pessoas com relação a saúde das mesmas. Pode-se entender melhor o
conceito de hospital tendo por base Corna e Lemos (2017, p. 262):
Edifício onde se recolhem e tratam de doentes. Constitui um programa
arquitetônico de larga importância nos dias atuais. Conforme explica o
Arquiteto Rino Levi. “três fatores intervêm nitidamente no estudo de um
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projeto de arquitetura: a função, a técnica e a plástica. Estes três fatores,
se fundem numa unidade, isto é, a obra de arquitetura. Resulta claramen-
te que a arquitetura implica na coordenação de conhecimentos variados
e que não pode ser concebida corretamente sem um trabalho de cola-
boração estreita assim, o projeto de um HOSPITAL não prescinde dos
conhecimentos e da experiência do médico, do administrador hospitalar,
do responsável de cada um dos seus setores e mesmo do enfermeiro.
Na parte propriamente construtiva, será indispensável a colaboração de
engenheiros e técnicos. Não menos importante é a parte que cabe ao
fabricante do grande, variado e complexo equipamento do hospital. O
primeiro trabalho ao se iniciar o estudo de um hospital é o de organizar
o seu programa funcional. Este deverá ser precedido de um trabalho
de pesquisa e da coleta de dados. O programa deverá ser minucioso
e preciso. Certos detalhes, à primeira vista secundários, podem influir
decisivamente na concepção do projeto. É importante notar, também,
que o programa não deverá trazer qualquer sugestão arquitetônica, que
só poderá prejudicar o arquiteto na fase da concepção da obra”. (Aula
proferida no I Curso de Planejamento de Hospitais, realizado em São
Paulo, na semana de 13 a 17 de abril de 1953, sob os auspícios do Insti-
tuto de Arquitetos do Brasil, Departamento de São Paulo, através de sua
Comissão de Planejamento de Hospitais. Publicado em volume intitulado
“PLANEJAMENTO DOS HOSPITAIS” São Paulo, 1954, pg.39.
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Escola
Volume arquitetônico complexo de caráter institucional/educacional, voltado
para o ensino de pessoas de diversas idades. Pode-se entender melhor o conceito
de escola tendo por base ainda Corna e Lemos (2017, p. 194):
Edifício ou estabelecimento destinado a permitir o ensino científico, li-
terário ou artístico. Constitui um dos programas arquitetônicos de mais
importância em nossa época, pois é preocupação da totalidade dos pa-
íses o problema da educação e que só poderá ter o melhor atendimento
no espaço arquitetônico devidamente organizado e chamado “escola”. O
programa de necessidades da escola de modo geral se resume no seguin-
te: 1) sala de aulas; 2) salas especiais; 3) locais para trabalhos manuais; 4)
locais para os exercícios corporais; 5) locais para descanso e as salas de
reuniões coletivas; 6) cantinas e locais de tratamento médico ou social; 7)
locais de serviços gerais e instalações sanitárias etc.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Lições de arquitetura
HERTZBERGER, Herman. Lições de arquitetura. 2. ed. São Paulo: Martins
fontes, 1999.
O que é arquitetura
LEMOS, Carlos Alberto Cerqueira. O que é arquitetura. 7.ed. São Paulo: Brasiliense,
1994. Coleção Primeiros Passos; 16.
Le Corbusier: Uma Análise da forma
BAKER, Geoffrey. Le Corbusier: Uma Análise da forma. São Paulo: Martins
Fontes, 1998.
Maquetes de papel
ROCHA, Paulo Mendes Da. Maquetes de papel. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
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Referências
ANDRADE MORETTIN. Instituto Moreira Sales. Disponível em: <http//www.
andrademorettin.com.br/projetos/ims/>. Acesso em: 10 de janeiro de 2019.
ARCH DAILY. Avenues The Word School / aflalo / gasperini arquitetos. Dis-
ponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/907434/avenues-the-word-school-
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ponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/907434/avenues-the-word-school-
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ponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/907434/avenues-the-word-school-
aflalo-gasperini-arquitetos/5c0ebbc608a5e59a2e0002e7-avenues-the-word-school-
aflalo-gasperini-arquitetos-foto>. Acesso em: 10 de janeiro de 2019.
ARCH DAILY. Avenues The Word School / aflalo / gasperini arquitetos. Dis-
ponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/907434/avenues-the-word-school-
aflalo-gasperini-arquitetos/5c0ebf9f08a5e54bad000049-avenues-the-word-school-
aflalo-gasperini-arquitetos-planta-terreo>. Acesso em: 10 de janeiro de 2019.
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ARCH DAILY. Hospital Municipal Villa el Libertador Príncipe de Asturias/
Santiago Viale + Ian Dutari + Alejandro paz. Disponível em: <https://www.
archdaily.com.br/br/626056/hospital-municipal-villa-el-libertador-principe-
de-asturias-santiago-viale-mais-ian-dutari-mais-alejandro-paz/53e06915c07-
a801874000179-villa-el-libertador-principe-de-asturias-municipal-hospital-
santiago-viale-ian-dutari-alejandro-paz-photo>. Acesso em: 10 de janeiro de 2019.
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