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Material Teórico
Contextualização e Período Pós-Industrial
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Contextualização e
Período Pós-Industrial
• Introdução;
• De 1789 a 1820: a Idade Contemporânea até o Design;
• A Revolução Industrial;
• O Impressionismo e o Design;
• Evolução da Imprensa.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Conceituar o Design Contemporâneo e estudar a relação e a influência que os movimen-
tos artísticos do início da Idade Contemporânea e a Revolução Industrial tiveram nos
movimentos relacionados ao Design Contemporâneo, bem como para com a função e a
atuação do designer nos dias atuais.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Contextualização e Período Pós-Industrial
Introdução
Seja muito bem-vindo(a) à nossa disciplina de Design Contemporâneo! Espero que
este conteúdo seja muito útil para sua formação e seu desenvolvimento profissional.
Para isso, vamos relembrar e/ou reforçar o conceito de Design, que nos ajudará
a responder às duas perguntas acima.
A palavra Design vem do latim disegnare, que se traduz como desenhar, assim,
um projeto é um desenho de alguma ideia. Um desenho que pode começar amador
e vazio, mas que num segundo momento, respeita algumas coerências geométricas
para se sustentar. Assim como o nome que deriva do latim, o Design nasceu na
Itália, principalmente relacionado a produtos.
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• Design de Ambientes (Design de Interiores, Design de Iluminação etc.);
• Entre outros.
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É por esse motivo que a Idade Contemporânea é também conhecida como a Ida-
de das Guerras. Essa característica, em ser conhecida como a Idade das Guerras,
de certa maneira influenciou o Design, como veremos mais adiante e nas demais
unidades desta disciplina.
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De 1789, início da Idade Contemporânea, até 1820, quando nasce o Design
pós-industrial, tivemos movimentos artísticos que o influenciaram. A Idade Con-
temporânea é marcada pela característica de o homem ser obrigado a reconstruir
as sociedades afetadas pelas revoluções, conflitos e guerras, e nestes 31 anos, mes-
mo não “existindo” o Design, aconteceram movimentos artísticos que o influencia-
ram, após 1820.
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A Revolução Industrial
Como já comentamos anteriormente, para estudar movimentos relacionados
ao Design, devemos falar da Revolução Industrial, uma vez que, historicamente, o
Design começou a partir daí, aproximadamente em 1820.
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de produção de ferro, maior eficiência da energia da água, o uso crescente da ener-
gia a vapor e o desenvolvimento das máquinas-ferramentas, além da substituição da
madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão. A revolução teve início na Ingla-
terra e em poucas décadas se espalhou para a Europa Ocidental e Estados Unidos.
É aqui, por exemplo, que temos o advento da máquina fotográfica, como falare-
mos mais adiante. É o que podemos chamar de “Arte na era da máquina”.
Como falamos, o ideal da Revolução Industrial também teve impacto nas Artes.
As expressões artísticas desse período têm como característica retratar a realida-
de e os diversos temas sociais, em um repúdio à artificialidade vista até então. Já
podemos notar essa tendência no Neoclassicismo, no Romantismo e no Realismo
citados anteriormente.
O Impressionismo e o Design
Ainda na Idade Contemporânea, mais precisamente na metade final do século
19, portanto, já após a Revolução Industrial, temos outro movimento de destaque
na Arte, que se relacionou com o Design, o Impressionismo.
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UNIDADE Contextualização e Período Pós-Industrial
Além disso, como também veremos numa próxima unidade da disciplina, outra
mostra da proximidade que o Design teve com a Arte é o brasileiro Eliseu Visconti.
Ele foi o principal nome impressionista no Brasil, pois teve contato com as obras
dos impressionistas europeus e soube transformar as características do movimento
conforme a cor e a atmosfera luminosa do nosso país.
Visconti não se vinculou à Art Nouveau, mas transitou pelo movimento, e, dessa
forma podemos dizer que, Eliseu Visconti, além de ter atuado como artista Impres-
sionista, atuou também como Designer, ainda que de maneira involuntária.
Evolução da Imprensa
Por falar em temas que são intimamente relacionados ao Design, e ressaltando
os avanços que a Revolução Industrial trouxe para esses movimentos, podemos di-
zer que uma das primeiras áreas que tem relação direta com o Design, e que sofreu
impacto da industrialização, foi a tipografia, mais precisamente a imprensa.
A Revolução Industrial teve impacto direto na imprensa que, até então, usava
os tipos móveis de Johannes Gutenberg, uma invenção de 1450, século 15, ainda
da Idade Média, tratando-se de um processo mecanizado, porém, lento, já que as
folhas de papel eram inseridas na prensa, manualmente, uma a uma.
Para compor uma página, Gutenberg criava uma matriz, ou seja, coloca-
va cada tipo móvel lado a lado, amarrados, dentro de uma forma de madeira.
Essa matriz composta pelos tipos móveis era colocada na prensa tipográfica, era
passada uma camada de tinta sobre essa composição e o papel era prensado
contra ela, imprimindo a página no papel.
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Gutenberg revolucionou a indústria da escrita na Idade Média, pois, até sua
invenção, as publicações eram feitas com escrita manual e, depois dele, as publica-
ções puderam ser produzidas de forma mecanizada.
Ainda no século 19, as impressoras chegaram a produzir 25 mil cópias por hora,
cerca de 416 por minuto. Contudo, se as impressoras de Lord Stanhope e Friedrich
König passaram a ser automatizadas com relação à impressão da folha, o mesmo
não se pode dizer em relação à tipografia usada nessas impressoras. Essas ainda
eram de certa maneira manuais, ou seja, o processo de composição da página
ainda era letra a letra, como comentamos, muito semelhante ao processo dos tipos
móveis de Gutenberg.
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Era como uma máquina de escrever gigante, em que todas as letras estavam
dentro da Linotype. As letras eram impressas no papel à medida em que o opera-
dor digitava no teclado.
Com isso, o preço de um jornal que era de cerca de três centavos, despencou
para apenas um centavo, o número de páginas que compunham um exemplar se
multiplicou e a circulação disparou.
Não deixe de assistir à videoaula desta unidade para enriquecer ainda mais seus conhecimentos!
Em Síntese Importante!
Como vimos, a Idade Contemporânea começou em 1789, no século 18, com a Revolu-
ção Francesa, e se estende até os dias atuais, século 21. Os movimentos relacionados ao
Design Contemporâneo e a evolução da imprensa que estudamos nesta unidade, têm iní-
cio a partir de 1820, após a Revolução Industrial, na Idade Contemporânea, assim como o
Impressionismo que também citamos.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
A Revolução Industrial
CANEDO, L. B. A Revolução Industrial. 23. Ed. São Paulo: Atual, 1994. Col.
Discutindo a História.
História do Design Gráfico
PURVIS, A. W.; MEGGS, P. B. História do Design Gráfico. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
Filmes
Tempos Modernos
1936, em que o personagem Carlitos, de Charlie Chaplin, interage com o resultado
da Revolução Industrial e mostra o avanço da industrialização.
Linotype
2012, que apresenta os avanços e a revolução que a impressora Linotipo teve para
a imprensa pós-industrial.
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Referências
BONSIEPE, G. Design: do material ao digital. Trad. Cláudio Dutra. Florianópolis:
FIESC/IEL, 1997.
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