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Tipográfico
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Sumário
2
Sem serifa
Outros estilos
FUNDAMENTOS DA
4
TIPOGRAFIA pag.6
História DESDOBRANDO
Conceitos base OS TIPOS pag.37
• Tipos Descrevendo os tipos
• Fonte Medindo os tipos
• Família Tipos Display
• Corpo de texto Tipografia digital e sua
Anatomia evolução
5
• Descrevendo as letras
• Caixas de tipo
• Algarismos/numerais
• Terminais
• Serifas CONCLUSÃO pag.45
• Eixo
• Kerning
2
Introdução
3
INTRODUÇÃO
4
4
O Design soluciona problemas.
5
Fundamentos
da Tipografia
6
FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
7
FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
História
8
FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
História
9
FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
História
10
FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Conceitos base
TIPOS TIPO
Parte de um conjunto denominado fonte.
Podem ser letras, números ou sinais que
possuem semelhança em sua estrutura, Barlow Extra Light
apresentando padrões. Barlow Extra Light Italic
Barlow Light
Barlow Light Italic
FONTE Barlow Regular
É um conjunto de glifos/tipos que com- Barlow Italic
FONTE
FAMÍLIA
põem uma família tipográfica. Esse con-
junto possui padrões estruturais que Barlow Medium
juntos formam uma classe completa de
caracteres.
Barlow Medium Italic
Barlow Semi Bold
Barlow Semi Bold Italic
FAMÍLIA Barlow Bold
Uma família tipográfica é um conjunto Barlow Bold Italic
de fontes tipográficas que seguem os
mesmos padrões e estilo. Elas se dife-
Barlow Extra Bold
renciam por meio de alterações no peso, Barlow Extra Bold Italic
largura e também inclinação.
Barlow Black
EX: Extralight, light, regular, ita-
lic, semibold, bold, black
Barlow Black Italic
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FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Conceitos base
CORPO DE TEXTO
CORPO DE TEXTO ex:30pt
O corpo de texto é referente ao ta-
Abcdefghijklm
manho do tipo, que é calculado do ponto
mais alto até o ponto mais baixo do
tipo. Essa medida é representada pela
unidade pontos (pt).
opqrstuvwxyz
12
FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Anatomia
ABC
Descrevendo as formas das letras
LINHA DE BASE
Mphx
Linha imaginária que define a base
visual das letras. LINHA DAS ASCENDENTES
LINHA DAS CAPITULARES
LINHA MÉDIA
LINHA MÉDIA
ALTURA-X
Linha imaginária que define a
altura x das letras.
LINHA DE BASE
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FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Anatomia
LAÇO
FILETE Traço que encerra, ou encerra
TRAÇO O traço mais fino de um parcialmente, a contra forma em
Refere-se especificamente tipo que tem várias espes- uma romana. Às vezes é usado para
à parte diagonal de letras suras. Pode ser claramente descre- ver as partes cursivas do
como N, M ou Y. Hastes, identificado em um v ou a. p e b.
barras braços bojos, etc.
são chamados coletivamente
YTvaogpbG
de traços de letra.
APOIO
A parte da serifa, que se QUEIXO
conecta com o traço. A parte angular terminal
ESTRESSE do G.
Direção na qual um traço
curvo muda de peso.
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FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Anatomia
BOJO
A contraforma é o espaço vazio
HASTE dentro dos traços de uma letra,
Traço principal vertical ou e está rodeada por um bojo. A
diagonal de uma letra. contraforma pode ser chamada de
olho no caso da letra e.
A T f O K
TRAVE TRAVESSA
FORQUILHA
O local onde a perna e
O traço horizontal em A e H. O traço horizontal em A, o braço de K se
Uma trave une duas hastes. H, T e, f e t. Às vezes encontram.
é chamado de trave. Uma
travessa cruza uma única
haste.
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FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Anatomia
TERMINAL
Descreve o acabamento de um traço. Arial
tem terminaisretos, sem decoração; já Times
ÁPICE New Roman tem terminais agudos.
Ponto formado na parte Outras variações includem terminais alar-
superior de um carac- gados, convexos, côncavos e arredondados.
tere, como A, onde o Esses últi- mos têm acabamentos circulares,
traço da direita e o da OMBRO E CORPO também con- hecidos como “remates”.
esqueda se encontram. Arco presente em h ou n.
AvhpdKYTF
VÉRTICE ASCENDENTES E PERNA
Ângulo formado na parte O traço mais baixo inclinado
inferior de uma letra onde
DESCENDENTES em direção à linha de base
o traço da esquerda e o da O ascendente é a parte de de K, k, e R. Às vezes é
direita se encontram, como uma letra que se estende usado para a cauda do Q.
o V. acima da altura-x; um des-
cendente avança abaixo da
linha de base.
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FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Anatomia
A Q s g f F
vertical ou horizontal. em S e s. ou f, por exemplo.
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FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Caixa de tipos
Uma fonte tipográfica contém muito mais de 26 le-
tras, 10 numerais e alguns sinais de pontuação.
Para obtermos sucesso no trabalho com tipos, é
preciso ter certeza de que estamos trabalhando com
uma fonte completa e sabermos como usá-la.
CAIXA-ALTA
É um conjunto de caracteres que corres-
ponde às letras maiúsculas (ou capitais),
AÅÂÄÀÁÃÆBCDEÉÈF
incluindo certas vogais acentuadas, cê- GHIÌÍÎÏJKLMNOÓÒÔÖ
-cedilha (Ç), n til (Ñ) e as ligatuas a/e
e o/e (æ,œ). ØPQRSTUÚÙÜVWXYZ
CAIXA-BAIXA
As letras em caixa-baixa - ou minús-
culas - incluem os mesmos caracteres da
aáàâäåãæbcçdeéèêëfffffi
caixa-alta, além das ligaturas f/i, f/l, fflfiflghiíìïîjklmnñoóòô
f/f, f/i e o “eszett” (duplo s alemão).
öøœpqrsßtuüûúùvwxyz
VERSALETES
Letras em caixa-alta criadas à altura-x
de um tipo. As versaletes são encontradas
AÅÂÄÀÁÃÆBCDEÉÈFGHIÌÍÎÏJKLMNO
principalmente em fontes com serifa. A
maioria dos softwares inclui um comando ÓÒÔÖØPQRSŠTUÚÙÜVWXYZŽ
de estilo que gera versaletes baseadas
nas formas em caixa-alta. Não confundir
as versaletes reias com aquelas geradas
artificialmente.
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FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Caixa de tipos
ALGARISMOS DE CAIXA-ALTA
Também chamados de algarismos alinhados ou alga-
rismos de título, esses números são da mesma altura
que as letras em caixa-alta, e todos têm espaçamento
idêntico. São bem empregados quando usados em mate- 0123456789
riais tabulares ou em situações que exijam letras em
caixa-alta.
ALGARISMOS DE CAIXA-BAIXA
Também chamados de algarismos antigos ou algarismos
de textos, esses números são da altura-x, porém com
ascendentes e descendentes. São melhor utilizados em
conjunto com letras em caixa-alta e caixa-baixa. Os 0123456789
algarismos em caixa-baixa são mais comuns em fontes
com serifa do que naquelas sem serifa.
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FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Caixa de tipos
ITÁLICO
A maioria das fontes hoje em dia são criadas com uma
versão em itálico correspondente. As versaletes, no AÅÂÄÀÁÃÆBCDEÉÈFG
entanto, geralmente não possuem essa variação itá-
lica. Observe que o itálico gerado artificialmente HIÌÍÎÏJKLMNOÓÒÔÖØ
não é o mesmo itálico real, assim como ocorre no ver-
salete.
PQRSTUÚÙÜVWXYZ
Veja abaixo a diferença entre um itálico “verda- 0123456789
deiro” e o que chamamos de “oblíquo” (ou falso itá-
lico). As formas em um itálico verdadeiro remetem aáàâäåãæbcçdeéèêëfffffi
à escrita cursiva italiana do século XV. As formas
oblíquas baseiam-se tipicamente na forma romana da
fflfiflghiíìïîjklmnñoóòô
fonte. Em algumas fontes contemporâneas torna-se di- öøœpqrsßtuüûúùvwxyz
fícil fazer a distinção entre formas itálicas e oblí-
quas, no entanto, devemos estar cientes das suas di- 0123456789
ferenças.
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FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Algarismos / Numerais
Como o próprio nome já diz, os algarismos são os
números presentes na fonte. Eles podem ser clas-
sificados em três tipos: old style, lining e small
caps.
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FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Terminais
São as formas encontradas no final das letras a, c, f, j, r, s e y e
possuem 4 principais variações.
10
22
FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Serifas
“Traço adicionado ao início ou ao fim dos traços principais de uma
letra” (BRINGHURST, 2005). Existem diversas classificações de serifas,
veja as principais:
23
FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Serifas
Segundo Kane (2012), ele ainda distingue as serifas bilaterais em
4 tipos, de acordo com o seu desenho e o período em que surgiram.
DO CALIGRÁFICO AO MECÂNICO
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FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Eixo
“É o ângulo de inclinação característico das
letras b, c, e, g, o, p e q” (ROCHA, 2001).
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FUNDAMENTOS DA TIPOGRAFIA
Kerning
É o ajuste de espaço entre fontes
adjacentes com o objetivo de obter
uma maior legibilidade.
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Classificação
dos tipos
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CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS
Vox Coles
O historiador francês Maximilien O designer e consultor tipográfico
Vox (1894-1974) organizou a primeira Stephen Coles, sem seu livro “The
e mais conhecida classificação ti- Anatomy of Type”, propõe um sis-
pográfica em 1954. tema de classificação mais con-
Em 1962 a classificação foi ado- temporâneo que contempla mais va-
tada pela Association Typogra- riações de fontes serifadas e não
phique Internationale (AtypI) e em serifadas.
1967 pela BS (British Standard).
(ROCHA, 2012)
28
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS
Vox
MANUAIS Luminari
BLACKLETTER Brokenscript
29
Baseada na escrita humanista com origem em Veneza no século XIV.
Com serifa
HUMANISTA RACIONALISTA
• Serifa adnata com leve curvatura na base • Serifas fi nas e abruptas
• Contraste moderado e eixo humanista/ • Perna curvada
obliquo • Contraste moderado até alto contraste e
• Terminais caligráficos • eixo racionalista/vertical
• Terminal em bola
• Espora curvada
TRANSICIONAL
• Serifa adnata com base reta
• Perna reta CONTEMPORÂNEA
• Contraste moderado e eixo variável (aqui • Serifa triangular
racionalista) • Detalhes simplificados
• Terminal em lágrima/gota • Abertura e espaço interno grandes
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CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS
Sem serifa
GROTESCA NEO-GROTESCA
• Perna curvada • Largura maior na letra R
• Contraste moderado e eixo racionalista/ • Terminais ausentes ou horizontais
vertical • G “aberto”
• Aberturas pequenas e arco para dentro
GÓTICA GEOMÉTRICA
Variação inglesa e americana da grotesca. • Largura clássica na letra R
• Perna reta • Contraste mínimo
• Contraste mínimo e eixo racionalista/ • Formas arredodandas em formato circular
vertical • A simples/1 andar
• G fechado (em loop) • Curvas em formato circular
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CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS
Sem serifa
HUMANISTA NEO-HUMANISTA
• Traços e formas caligráficos • Estrutura humanista com menos traços ca-
• Contraste moderado ligráficos
• Aberturas grandes • Contraste mínimo
• Aberturas grandes
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CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS
Sem serifa
QUADRADA HUMANISTA
• Perna curvada
• Contraste mínimo
• Serifa quadrada e abrupta
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CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS
Outros estilos
SCRIPT INCISA
A maioria das caligráficas é inclinada. A • Traços alargados
inclinação pode variar, porém as clássicas • Formas esculpidas/cinzeladas
geralmente tem um ângulo padrão
35
É importante observar que a classificação tipo-
gráfica pode auxiliar na seleção de tipos, mas
não deve ser um limitador e nem exigir do desig-
ner um conhecimento muito específico sobre esti-
los tipográficos.
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Desdobrando
os tipos
37
DESDOBRANDO OS TIPOS
Descrevendo os tipos
Depois de reconhecer as partes das letras, podemos
usar o que sabemos para identificar os tipos. Tenha em mente que alguns, todos ou mesmo uma
Contudo, além de aspectos característicos de uma combinação desses estilos pode ser encontrados
fonte tipográfica, além dos aspectos caracterís- dentro de uma única família tipográfica.
ticos de uma fonte tipográfica, também há aplica-
ções de estilos que precisamos conhecer.
Romano
Estilo básico das letras, é chamado assim porque as formas
em caixa-alta são derivadas das inscrições em monumentos
romanos. Em algumas fontes, os traços levemente mais claro
do estilo romano é chamado de “book”.
Negrito
Dependendo da largura relativa dos traços da fonte, o es-
tilo também pode ser chamado de “seminegrito” (semibold) ou
“médio” (medium), “negro” (black), “extranegrito” (extrabold)
ou “super”.
Em algumas fontes - como a Bodoni - a versão mais negra
do tipo é chamada de “poster”.
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DESDOBRANDO OS TIPOS
Descrevendo os tipos
Claro Traço mais claro que a forma romana. Traços ainda mais
leves são chamados de “thin” em inglês.
Condensado
Como o nome sugere, é a versão condensada da forma romana.
Estilos extremamente condensados geralmente são chamados
de “estreitos”.
Expandido
Exatamente o que você deve estar pensando. Uma forma esten-
dida das formas romanas.
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A confusão de estilos dentro de uma família tipo-
gráfica pode parecer desencorajadora para os ini-
ciantes, e certamente configura um incomodo até
mesmo para os designers mais experientes.
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DESDOBRANDO OS TIPOS
Medindo tipos
Além do seu vocabulário peculiar, a tipografia 6 paicas
também possui suas próprias unidades de medida. escreve-se
Originalmente o tamanho do tipo era determinado 6p ou 6p0
pela altura real dos tipo de chumbo. Obviamente o
uso dos tipos de metal na composição não é mais
6 paicas, 7 pontos
comum, no entanto o conceito de letras moldadas em
escreve-se
pequenas peças de chumbo continua sendo a maneira
6p7
mais útil de pensarmos na sua medida. Embora o
tamanho tipo se referisse a princípio ao corpo do
tipo (peça de metal na qual as letras eram fun- 7 pontos
didas), hoje normalmente o tamanho é medido do escreve-se
topo da ascendente até o limite inferior da des- 7pt
cendente, como vimos no início do guia.
Abcdefghijklm
equivale a doze pontos ou a 1/6 de polegada. entrelinha 2pt
escreve-se
opqrstuvwxyz
A abreviação padrão para escrever uma dimensão Nome da fonte 10/2
em paicas é p.
41
DESDOBRANDO OS TIPOS
Medindo tipos
Largura do tipo
Todas as letras têm uma largura específica que corresponde à largura da forma em si mais o espaço
necessário de cada lado para evitar que uma forma encoste na outra. A largura é descrita em unidades,
uma medida totalmente arbitrária que muda de um sistema para outro. No exemplo a seguir, a letra “M”
em caixa-alta (geralmente a letra mais larga no conjunto de caracteres) tem 20 unidades de largura e
a letra “a” em caixa-baixa tem 9 unidades.
Quando os tipos eram moldados de forma manual, cada letra, seja em caixa-alta ou baixa, tinha a
possibilidade de ter uma largura específica. Quando os processos de composição mecânica se desenvol-
veram, os designers de tipo foram forçados a restringir a quantidade de larguras de cada fonte para
M a
atender as limitações dos novos sistemas (metal ou foto). Um “a” e um “e”, por exemplo, podiam ter a
mesma largura pois alguns sistemas eram incapazes de expressar distinções mais sutis, A tecnologia
digital, no entanto, já avançou bastante na recuperação da diversidade dos tipos moldados à mão. Muitos
softwares trabalham numa escala e 200 unidades para representar a largura de um “M”.
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DESDOBRANDO OS TIPOS
Tipos Display
oBSERVANT
Na maior parte deste livro, os tipos que ana-
lisamos foram criados como tipos para texto - ou
Adreena
seja, tipos destinados principalmente para apre-
sentação entre 6 a 12 pt. Os tipos exibidos acima
de 18 pt, para títulos ou destaques são chamados
de tipos Display. A grande maioria das fontes pro-
duzidas hoje em dia é criada exclusivamente para
uso em grandes dimensões.
BlowBrush
É fácil entender a popularidade dos tipos dis- bubblegum
dk cosmo stitch
play. Como mostram os exemplos trazidos aqui, eles
possuem uma variedade infinita de características,
personalidade, história e estilo. Tipógrafos expe-
rientes usam fontes como essa para apimentar uma
composição já equilibrada. Infelizmente, os ini-
ciantes confiam nelas com frequência para dar voz
marvin visions
ao que, de outra maneira, seria irremediavelmente
disforme e sem graça.
Harbour
As mesmas características que tornam os tipos
display atraentes em tamanhos avantajados - formas oBSERVANT
comprimidas ou estendidas demais, contraformas Adreena
especialmente grande ou pequenas, detalhes com-
plexos, fortes referências pictóricas - tornam-os BlowBrush
inapropriados para o uso em tamanhos menores em bubblegum
blocos de texto, como no exemplo no canto inferior dk cosmo stitch
direito. Tenha em mente que os tipos display são marvin visions
feitos mais para serem “vistos” do que “lidos”.
Harbour
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DESDOBRANDO OS TIPOS
A tipografia digital
Junto com o florescimento da indústria dos com- Em 1990, praticamente todas as fundições de tipos
putadores pessoais na década de 1980 veio o de- no mundo ofereciam versões digitais de suas faces
senvolvimento da editoração eletrônica, devido ao e diversas lojas foram abertas exclusivamente para
fácil acesso dos designers às ferramentas neces- vender fontes digitais. Em 2000, métodos tradicio-
sárias para criar, compor e ilustrar um projeto, nais de produzir tipos, já com 500 anos de idade,
sem ter que recorrer a prestadores de serviços. foram relegados ao domínio de puristas e aos que
Sob muitos aspectos, o método de trabalho foi um se dedicavam à atividade como um hobby. Um classe
retorno aos scriptoriums medievais. A Bitstream, inteira de profissionais - os compositores - foi
Inc. começou a oferecer fontes digitais em 1981; a instinta.
Adobe Systems, Inc., pouco tempo depois.
No entando, graças as primeiras contribuições
e ao alto nível dos designers de tipos Matthew
Carter, Summer Stone e muitos outros, essa mu-
dança na produção não significou necessariamente
uma perda de qualidade. O campo de design de tipos
continuou crescendo, junto com os avanços da tecno-
logia digital. Os designers jamais tiveram tantos
tipos - e tantos tipos bons - a sua disposição.
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Conclusão
45
Este guia tem o intuito de te mostrar um pouco sobre como
funciona o mundo da tipografia e te dar algumas dicas de
como usá-la com mais clareza e propósito. Apesar de apa-
rentar, não existe certo ou errado, quebre as regras quando
precisar!
SABRINA SABATINI
14202011
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Referências
Guia de tipografia, Manual prático para o uso de tipos no design gráfico. TIMOTHY, Samara.
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/177348/348452.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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