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Capa
Rosto
INTRODUÇÃO
1. A Roda
2. A Lâmpada Elétrica
3. A Impressão com Tipos Móveis
4. O Telefone
5. A Televisão
6. O Rádio
7. A Pólvora
8. O Computador de Mesa
9. O Telégrafo
10. O Motor de Combustão Interna
11. A Caneta/O Lápis
12. O Papel
13. O Automóvel
14. O Avião
15. O Arado
16. Os Óculos
17. O Reator Atômico
18. A Bomba Atômica
19. O Computador Colossus
20. O Vaso Sanitário
21. O Rifle
22. A Pistola
23. O Sistema de Encanamento
24. O Processo de Transformação de Ferro em Aço
25. O Fio
26. O Transistor
27. O Motor a Vapor
28. A Navegação a Vela
29. O Arco e a Flecha
30. A Máquina de Solda
31. A Ceifadeira
32. O Motor a Jato
33. A Locomotiva
34. A Anestesia
35. A Bateria
36. O Prego
37. O Parafuso
38. O Aparelho de Raios X
39. A Bússola
40. As Embarcações de Madeira
41. O Estetoscópio
42. Os Arranha-Céus
43. O Elevador
44. O Relógio
45. O Cronômetro
46. O Microscópio
47. O Braille
48. O Radar
49. O Ar-Condicionado
50. A Ponte Pênsil
51. O Termômetro
52. A Incubadora
53. A Tomografia Computadorizada
54. O Aparelho de Ressonância Magnética
55. O Drywall (Divisórias de Gesso Acartonado)
56. O Motor Elétrico
57. O Arame Farpado
58. O Preservativo
59. O Telescópio
60. O Eletrocardiógrafo
61. O Marca-Passo
62. A Máquina de Diálise Renal
63. A Câmera Fotográfica
64. O Sistema de Posicionamento Global
65. A Máquina de Costura
66. O Filme Fotográfico
67. A Máquina de Fiar
68. O Tijolo
69. A Câmera Filmadora
70. A Dinamite
71. O Canhão
72. O Balloon Framing
73. A Máquina de Escrever
74. O Motor a Diesel
75. A Válvula de Triodo a Vácuo
76. O Motor de Indução de Corrente Alternada
77. O Helicóptero
78. A Máquina de Calcular
79. A Lanterna Elétrica
80. O Laser
81. O Barco a Vapor
82. O Aparelho de Fax
83. O Tanque Militar
84. O Foguete
85. O Descaroçador de Algodão
86. O Moinho de Vento
87. O Submarino
88. A Tinta
89. O Interruptor de Circuito
90. A Máquina de Lavar
91. A Debulhadora
92. O Extintor de Incêndio
93. O Refrigerador
94. O Forno
95. A Bicicleta
96. O Gravador
97. O Derrick
98. O Fonógrafo
99. O Sprinkler
100. O Gravador de Vídeo
Ficha Técnica
INTRODUÇÃO
18 - A BOMBA ATÔMICA
.
Produzida com paredes duplas e uma tampa de vidro, a
incubadora permanecia a uma temperatura maior pela ação da água
quente, que era aquecida por métodos dos mais variados e
permanecia no vão entre as paredes. Ela tinha capacidade de abrigar
duas crianças que podiam ser posicionadas pela lateral da caixa. A
temperatura era mantida a 30° Celsius.
A incubadora era usada no Hospital Maternidade de Paris, e o
percentual de mortes entre crianças nascidas com menos de dois
quilos caiu de 66% para 38%. Não era uma panaceia, mas, sem
dúvida, representou um avanço. E esses resultados foram obtidos
sem que nenhuma unidade especial tivesse sido criada. Em 1893,
isso foi feito por Pierre Budin, um dos colegas de Tarnier.
Os franceses queriam de maneira enfática dividir o sucesso que
estavam obtendo e, em 1896, enviaram seis de suas incubadoras para
a Exposição de Berlim. Martin Couney, o assistente da exposição,
solicitou e obteve seis bebês prematuros de um hospital próximo e
os colocou nas incubadoras. Ele acreditou que não haveria nenhum
risco para os bebês, já que não sobreviveriam quaisquer que fossem
os esforços. Mas a avaliação dele estava errada. Todos os seis bebês
sobreviveram e a incubadora teve um sucesso estrondoso.
No ano seguinte, o mesmo experimento foi conduzido numa
exposição britânica, mas nenhum dos pais daquele país quis arriscar
a vida dos filhos numa invenção francesa. De fato, para que
pudessem demonstrar a incubadora, bebês prematuros franceses
tiveram que ser “importados”.
Em outras palavras, a popularidade das incubadoras não
apresentou avanços. Em 1897, o The Lancet chegou a comentar que as
incubadoras ainda não estavam “completamente difundidas na
Inglaterra”.
Uma das críticas a respeito das primeiras incubadoras é que
exigiam monitoramento constante de temperatura, já que não havia
um controle automático. Isso exigia que uma enfermeira ou outra
pessoa verificasse se a temperatura da caixa não estaria muito
elevada ou muito baixa. Outros reclamavam que as incubadoras
eram somente utilizadas em bebês de pais ricos.
Mas alguns progressos estavam sendo realizados,
principalmente na área de controle de temperatura. Uma incubadora
exibida numa feira de produtos agrícolas apresentava uma tira
bimetálica, como as utilizadas nos termostatos de aquecedores
domésticos, que ajustaria a temperatura automaticamente.
Havia uma outra preocupação a respeito da exposição de bebês
em feiras. Por exemplo, o The Lancet, em seu número de fevereiro de
1898, perguntava: “Será que está de acordo com a dignidade da
ciência que incubadoras com bebês vivos sejam exibidas ao lado da
correria de crianças brincando, do carrossel, do jogo de mão na
mula, dos animais selvagens, dos palhaços, dos shows e de toda a
iluminação e barulho de uma feira popular?”
Mesmo assim, havia um lado positivo: as incubadoras
obtiveram propaganda gratuita e chamaram a atenção do mundo.
Como se diz, não existe publicidade má. Mais de 90 anos após a
Exposição de Berlim, alegrei-me por eles terem realizado o serviço
de divulgação.
53 - A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Você já parou para pensar o que faz com que seu coração bata,
horas a fio, dia após dia? A resposta está num grupo seleto de
células cardíacas ou “marca-passo” que podem gerar energia
elétrica.
Localizadas numa câmara específica do coração, essas células
marca-passo permitem que partículas com carga elétrica penetrem
na sua membrana plasmática. Essas partículas ativam as células de
marca-passo, fazendo com que o coração se contraia. Isso, por sua
vez, produz um padrão de atividade previsível, que pode ser
medido por um aparelho de eletrocardiograma (ECG); se o padrão
não for correspondente aos critérios de normalidade, um médico
pode verificar o que está ocorrendo imediatamente.
Para que possamos compreender como é a atividade cardíaca, as
células marca-passo estão situadas na aurícula direita, que é uma das
duas câmaras da parte superior do coração, e essas células viajam
para a aurícula esquerda, causando a contração das aurículas. Após
um curto período, permitindo que as aurículas se contraiam, as duas
câmaras inferiores do coração, ou ventrículos, recebem o sangue. O
sinal elétrico então atravessa o que é conhecido como os feixes de
fibras à esquerda e à direita, que, por sua vez, fazem com que o
ventrículo se contraia, bombeando o sangue.
Toda essa atividade elétrica produz ondas que, como
mencionamos anteriormente, são medidas pelo ECG. Ele monitora
três partes distintas dos batimentos cardíacos. Elas são as “ondas P”,
quando a atividade elétrica se propaga pelas aurículas, o “complexo
QRS”, quando a atividade elétrica se propaga pelos ventrículos, e as
“ondas T”, que é a fase de recuperação dos ventrículos.
Hoje, o eletrocardiógrafo, como outras invenções, é resultado de
um longo processo de desenvolvimento e refinamento. O primeiro
equipamento desenvolvido ficou conhecido como “galvanômetro”,
em 1794. O equipamento registrava a eletricidade do coração
humano, mas não media sua corrente. Somente em 1849 o
equipamento primitivo foi aprimorado por Emil du Bois-Reymond.
A corrente elétrica podia ser medida por meio de um interruptor
com duas posições. O aparelho passou a ser chamado de “reótomo”
(interruptor de fluxo).
Em 1868, Julius Bernstein, um aluno de du Bois-Reymond,
aperfeiçoou o reótomo, permitindo que o tempo entre o estímulo e a
amostragem pudesse ser variado. Conhecido como “reótomo
diferencial”, esse foi o primeiro instrumento a medir a atividade
cardíaca. Na época, a maioria dos eletrocardiogramas era realizada
em rãs e os eletrodos eram colocados diretamente no coração.
Já que uma maior sensibilidade era necessária para medir os
impulsos elétricos do coração, o “eletrômetro capilar” foi inventado.
Ele foi desenvolvido por Gabriel Lippman em 1872. Mesmo assim,
um outro problema foi levantado: a atividade elétrica somente
poderia ser medida com precisão com a cavidade torácica aberta.
Augustus Desiré Waller foi o primeiro a descobrir isso e a
gravar, em 1887, com sucesso a atividade elétrica de um coração
humano. Ele chamou o procedimento, em seu primeiro relatório, de
“eletrograma”. Posteriormente, deu o nome de “cardiograma”.
Somente depois de algum tempo, o termo pelo qual hoje
conhecemos o exame foi cunhado: “eletrocardiograma”.
Willem Einthoven começou a desenvolver seu próprio
galvanômetro em 1900. Seu trabalho era mais sofisticado do que o
que du Bois-Reymond havia realizado mais de meio século antes. O
trabalho de Einthoven foi motivado pelo fato de ele não apreciar o
eletrômetro capilar. Assim, ele criou o “galvanômetro de corda”, que
foi apresentado em 1903.
Seu eletrocardiógrafo foi inicialmente produzido na Alemanha,
por Edelmann e Filhos, de Munique. Posteriormente, o equipamento
passaria a ser produzido pela Companhia de Instrumentos
Científicos de Cambridge.
O primeiro eletrocardiógrafo a surgir nos Estados Unidos foi
um aparelho de corda Edelmann trazido por Alfred Cohn em 1909.
O primeiro equipamento produzido nos Estados Unidos foi
projetado pelo professor Horatio Williams e construído em 1914 por
Charles Hindle. Cohn recebeu o primeiro eletrocardiógrafo Hindle
em maio de 1915.
Um fato interessante e ao mesmo tempo dramático ocorreu no
dia 20 de maio de 1915, quando, numa demonstração de um dos
equipamentos de Cohn, verificou-se que o paciente estava tendo um
ataque cardíaco.
Durante a evolução do galvanômetro de corda, seu peso
diminuiu de 272,16 quilos em 1903 para 13,61 quilos em 1928. Um
outro aperfeiçoamento foi a diminuição do tamanho dos eletrodos.
Em 1920, Cohn introduziu, nos Estados Unidos, o eletrodo
fixado a uma correia. Dez anos mais tarde, a Companhia de
Instrumentos Científicos Cambridge, de Nova York, introduziu os
eletrodos com placas de contato direto em prata produzidos na
Alemanha. Um eletrodo por sucção foi desenvolvido por Rudolph
Burger em 1932 para as sondas precordiais. Posteriormente, eles
foram modificados para o formato de uma ventosa, que chegou a ser
padrão por algum tempo.
A fase seguinte no desenvolvimento de eletrocardiógrafos foi a
utilização de tubos a vácuo para amplificação. O primeiro aparelho
desse tipo foi desenvolvido nos Estados Unidos pela General
Electric. Uma vez introduzido o tubo de raios catódicos, as
características físicas do gravador de ECG foram aperfeiçoadas.
O passo seguinte foi a introdução de um eletrocardiógrafo do
tipo amplificador que levou ao desenvolvimento de instrumentos de
registro escrito direto. Esses instrumentos eram capazes de traduzir
os impulsos elétricos em marcas de tinta numa folha e, assim, uma
representação contínua da atividade cardíaca do paciente se tornou
disponível.
61 - O MARCA-PASSO