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Que tal uma taça cujo vinho nunca acaba? (Fonte da imagem: Reprodução/Mick
Stephenson/Wikipedia)
O cálice era conectado a um reservatório por meio de um tubo. Quando alguém bebia o
vinho, o nível do reservatório diminuía e liberava a saída de líquido por um tampão.
Assim que o nível era restabelecido, o tampão voltava a bloquear essa passagem. Ainda
hoje, muitos estudantes de engenharia foram incapazes de recriar esse dispositivo e,
aparentemente, os boêmios da época tinham que tomar vinho de “canudinho” para que
tudo funcionasse corretamente.
2. Motor a vapor
A eolípila é uma máquina projetada por Heron de Alexandria e que, para muitos, é
considerada como sendo o primeiro motor a vapor documentado da História. O aparelho
era composto por uma câmara com tubos curvados, por onde o vapor da água aquecida
seria expelido, fazendo com que a câmara girasse.
A invenção era mais uma prova de conceito do que uma ferramenta útil, mas não deixa
de ser impressionante. Heron chegou a adaptar esse conceito em máquinas mais úteis
posteriormente, como uma forma de automatizar o levantar e baixar das cortinas de um
teatro. No vídeo acima é possível conferir uma eolípila em ação.
Herond e
Alexandria e esquema técnico de seu invento (Fonte da imagem:
Reprodução/Neatorama)
É claro que, naquela época, a máquina era mais rudimentar. A moeda depositada caía
sobre uma alavanca e, à medida que a água-benta enchia um recipiente, a moeda se
deslocava da alavanca, fazendo com que apenas a quantidade correta de água fosse
vendida. Tudo isso para que os fiéis não pegassem mais do que precisavam.
Com isso, Ctesíbio, que viveu entre 285 e 222 a.C., acabou proporcionando a base para
a invenção posterior do motor moderno e da bomba de incêndio, que foi inclusive
utilizada pelos romanos para combater o fogo.
5. Porta automática
Quando você passar por uma dessas portas que se abrem sozinhas, agradeça ao grande
Heron de Alexandria. Apesar de o professor de Estudos Gregos e Romanos da
Universidade de Calgary, John Humphrey, ter declarado à Smithsonian Magazine que
dificilmente alguém teria construído uma porta dessas naquela época, é do século I d.C.
o primeiro registro que temos da ideia.
Basta ler a síntese do funcionamento do mecanismo pensado por Heron para ter uma
ideia da dificuldade de implementá-lo. Um sacerdote acenderia o fogo em uma parte
específica do altar do templo. Com isso, o ar se aqueceria e aumentaria de volume. Esse
ar mais pesado faria com que um contêiner cheio de água derramasse o líquido em um
balde. À medida que o balde enchesse, uma série de polias e engrenagens ajudaria a
levantar a porta do templo.
6. Computador analógico
Por mais incrível que pareça, os gregos do século I a.C. também possuíam
computadores. Eles não podiam jogar fazendinha, mas a Máquina de Anticítera era uma
espécie de computador analógico capaz de calcular posições astronômicas. As primeiras
peças desse mecanismo foram encontradas em 1900, quando mergulhadores exploravam
o local de um naufrágio que ocorreu mais de 2 mil anos atrás.
Fragm
ento da Máquina de Anticítera exposto em museu (Fonte da imagem:
Reprodução/Smithsonian Magazine)
7. Bateria de Bagdá
Como se não bastasse o computador analógico dos gregos, há indícios arqueológicos de
que baterias haviam sido construídas no Oriente Médio por volta do ano 200 a.C.
Descobertas em 1938, pelo alemão Wilhelm Konig, as Baterias de Bagdá são, na
verdade, cinco vasos de argila com cerca de 13 centímetros de altura, que contêm um
cilindro de cobre que protege uma barra de ferro e uma tampa de betume.
Baterias de Bagdá poderiam ser usadas para galvanizar superfícies (Fonte da imagem:
Reprodução/Oddx)