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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...........................................................3
OS CARROS DE CORRIDA...................................... 6
ORIGEM DO AUTOMOBILISMO............................ 9
AUTOMOBILISMO NO BRASIL............................. 12
ENFIM, O FUSCA.................................................... 15
CONCLUSÃO........................................................... 51
BIBLIOGRAFIA ....................................................... 53
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Crédito editorial Telmo Antunes | Pexels
INTRODUÇÃO
Neste e-book vamos falar sobre o Fusca em um
ambiente de corrida. Sim, o carro popular alemão
ganhou as pistas do automobilismo!
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Competir faz parte da essência do ser humano. Ao
menos, foi o que afirmou Charles Darwin, em sua
conhecida teoria da seleção natural, onde discorreu
sobre a existência de competição entre as espécies.
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Por isso, não é um absurdo dizer que a competição
na raça humana já existia na pré-história, já que os
nossos ancestrais das cavernas disputavam alimen-
tos para garantir a sua sobrevivência e, consequen-
temente, a sobrevivência da espécie.
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Crédito editorial Telmo Antunes | Pexels
OS CARROS
DE CORRIDA
A roda é uma das maiores invenções humanas,
em sua trajetória de desenvolvimento tecnológi-
co, pois permitiu aos povos primitivos tornarem o
transporte mais rápido e fácil, contribuindo para o
surgimento das primeiras grandes cidades.
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As rodas mais antigas de que se tem notícia eram
compostas de três tábuas ligadas por suportes em
forma de cruz, com um furo na tábua central. Por
isso, é quase um consenso que ela girava em torno
de um eixo fixo.
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ORIGEM DO
AUTOMOBI-
LISMO
Assim que surgiram os primeiros carros motoriza-
dos, movimentados à gasolina, iniciaram também
as corridas de automóveis. Afinal, como vimos, o
ser humano sempre foi atraído pelas disputas e o
avanço tecnológico deixou essa predisposição ain-
da mais latente. O ano de nascimento do automó-
vel moderno é 1886 e, na França, já em 1894, foi or-
ganizada a primeira competição, entre Paris e Ruão
(cidade na região da Normandia).
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Disputaram a primeira etapa, com cerca de 50 km,
um total de 69 carros. Desses, 25 se classificaram
para a corrida principal, que teria 127 km. O pri-
meiro a chegar em Ruão foi o conde Jules-Albert
de Dion, com o tempo de 6 horas e 48 minutos e
uma velocidade média de 19 km/h. O curioso é que
sua vitória não foi oficializada, já que ele possuía
um acessório proibido em seu carro. O título, então,
ficou com Georges Lemaître, o segundo colocado.
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O incidente não era um caso isolado, por isso, di-
versas outras cidades proibiram as corridas de rua.
O consenso foi de que era mais seguro realizar tais
disputas em espaços fechados. Optou-se então
por usar os hipódromos utilizados para corridas de
cavalos. Inclusive, com base no seu formato oval
surgiram os primeiros autódromos, que aos pou-
cos foram sendo ajustados à dinâmica dos veícu-
los automotores.
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AUTOMOBI-
LISMO
NO BRASIL
Assim como acontecia no restante do planeta, os
brasileiros se entusiasmaram com a possibilidade
de correr com automóveis. Tanto que em 1902, no
Hipódromo da Mooca, em São Paulo, aconteceu a
primeira corrida de carros do Brasil.
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A primeira competição oficial disputada no Brasil
aconteceu em 1908, por meio do Automóvel Club
de São Paulo, que organizou o Circuito de Itapece-
rica da Serra. O grande vencedor foi o Conde Sylvio
Álvares Penteado, correndo com um Fiat de apenas
40 cavalos de potência. Algumas décadas depois,
o país já possuía muitas competições automobilís-
ticas glamourosas, mas pouco profissionais, o que
gerava descontentamento entre os pilotos.
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Inicialmente, o foco foi criar as categorias de kart
e Rali. Em seguida, como forma de estímulo à pro-
fissionalização, foram criadas as primeiras escolas
de pilotagem e as formações de agentes oficiais de
competição e cronometragem. Não demorou mui-
to para a Confederação Brasileira de Automobilis-
mo organizar todas as competições em território
brasileiro oficialmente.
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ENFIM,
O FUSCA
Assim como as antigas Bigas tinham seu papel
histórico-social no Império Romano, e nas culturas
antigas, o Fusca veio ao mundo para fazer história.
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- O consumo de combustível não deveria ser maior
que 13 km/litro (portanto, deveria ser econômico);
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A produção foi baixa, porque, em face da Segunda
Guerra Mundial, a plataforma do Fusca foi usada
para a fabricação de carros de guerra, a versão ale-
mã dos jipes americanos. Após a guerra, e a derrota
alemã, a região em que ficava a fábrica passou para
a mão dos britânicos, que decidiram reativar a pro-
dução. Foi assim, de forma extremamente resumi-
da, que reiniciou-se a produção e abriu-se espaço
para a exportação do Volkswagen, principalmente
para os Estados Unidos - onde, após vender apenas
duas unidades no primeiro ano, tornou-se uma pai-
xão nacional.
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Até que em 1959, em São Bernardo do Campo, foi
inaugurada a fábrica que faria a fabricação alcan-
çar uma escala muito superior. E, como você deve
imaginar, não demorou muito para o brasileiro le-
var o veículo às pistas de corrida!
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provas de subida de montanha, como na Serra do
Mar, em São Paulo, e subidas via estrada, como no
caso do Rio-Cabo Frio e Rio-Caxambu.
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Foi então que, ao saberem da prova, Eugênio Mar-
tins, Jorge Lettry e João Skuplik, consultaram o
regulamento e decidiram colocar no Fusca 1952 de
Eugênio um motor de Porsche 1500 Super, com 70
cv, para correr a prova de inauguração da Mil Mi-
lhas Brasileiras.
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Além disso, com a chegada do motor 1300, o au-
mento da facilidade de preparação do carro e a
oferta de material levou ao aumento exponencial
do interesse em correr com o modelo. Afinal, ele era
um carro rápido e leve.
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Sem contratempos, no ano seguinte, o mesmo car-
ro, agora pilotado por Lauro Bezerra e Caio Marcon-
des Ferreiras, conseguiu um destaque ainda maior:
a 3ª posição, atrás de 02 Carreteras.
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Então, em 1967, um VW Fusca teve outra prova de
destaque, chegando na 6ª posição, com a con-
dução de Fritz Jordan e Nataniel Towsend, após
completar 168 voltas. No ano de 1970, com o de-
senvolvimento das preparações da mecânica a ar,
e a diminuição no número de concorrentes, entre
os carros de pequeno porte, o Fusca tornou-se o
modelo menos oneroso para quem almejava parti-
cipar da corrida.
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Já a prova de 1973 marcou uma verdadeira invasão
dos VW Fusca. Equipados com motor 1.6 e prepa-
ração sob o regulamento das antigas Divisão 1 e 3,
eles foram apelidados de “penicos atômicos”.
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Nesta prova, o célebre Ingo Hoffmann correu com
um VW Fusca, junto com sua dupla, Alex Dias Ri-
beiro. Abaixo, você confere a ordem de chegada
dos participantes :
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bróglio, do Rio Grande do Sul, 154 voltas;
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41º lugar - VW nº 68 - Pedro Mufatto e Antonio
Muffato, com 48 voltas;
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Na prova realizada em 1998, dois exemplares com
preparação Speed 1600 participaram da prova. Fo-
ram eles:
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O Fitti-Fusca - um fusca de dois motores
Além das Divisões citadas acima, existia também a
categoria de Protótipo Experimental CBA, que per-
mitiu aos preparadores a criações de carros exóti-
cos e muito criativos. Um bom exemplo é o Fitti-
-Fusca, que contava com 2 motores VW 1600cc,
acoplados por uma junta de borracha Giubo, como
as usadas em eixos cardan, atingindo cerca de 400
cv de potência.
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Emerson queria participar do “1.000 Quilômetros
da Guanabara”, mas não tinha um carro compe-
titivo para a prova, já que teria que correr contra
modelos como Ford GT40, o Lola T70, e o Alfa T33.
O carro disponível para os irmãos Fittipaldi era um
Fusca, incapaz de competir com os modelos aci-
ma… a não ser que algo fosse feito. A primeira ideia
foi preparar o motor original com a melhor mecâ-
nica possível para a época, o que faria com que ele
chegasse aos 200 cv.
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A carroceria era finíssima e pesava apenas 17 kg,
A traseira abria toda para cima para permitir o
acesso ao motor. Já o para-brisa foi inclinado para
alimentar o duto de ar que passava pelo teto. O
câmbio, os freios a tambor e o sistema de direção
vieram de um Porsche 550 Spyder 1500 RS, que já
pertencia aos Fittipaldi na época. No fim, o carro
ficou com 420 kg, bem mais leve que o esperado
inicialmente.
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Uma nova categoria no automobilismo
Em 1985, o Brasil viveu uma crise assustadora, com
uma inflação galopante, girando em torno de 235%
ao ano. Apesar das notáveis dificuldades econô-
micas, o automobilismo continuava sustentável e
bem, além de contar com o apoio das fabricantes.
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Em oposição à Divisão 3, a nova categoria tinha
uma premissa: ser acessível. Nasceu, então, a ca-
tegoria Speed 1600. Muitas mudanças tiveram
que acontecer, tanto na marca dos pneus, quanto
no trabalho de motor e regulagem de suspensão.
Nesse novo formato mudaram as regras, o traçado
e, junto com os novos regulamentos, novos pilotos
chegaram, gerando grides com 60 carros em uma
só disputa.
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Em resumo, o regulamento estabelecia que:
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A categoria se tornou um sucesso por muitos fato-
res, entre eles, o custo de entrada. Afinal, competir
com um Fusca era mais barato do que correr com
um Kart.
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Em 1987, o recorde do Autódromo de Interlagos:
63 fuscas disputaram a competição na categoria
Speed 1600. Até hoje, esse recorde permanece.
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- Os cabos de velas podem ser livre de marca e mo-
delo.
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As mudanças são relativamente simples, mas tor-
nam o veículo próprio para a disputa da prova em
alta velocidade. Em contrapartida, visando a se-
gurança, é obrigatória a instalação de um sistema
de gaiolas, conhecido como Santo Antônio. Além
disso, outros cuidados são necessários:
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A retirada de peças complementares, para alívio de
peso, é facultativa: contudo, há obrigatoriedade na
retirada de alguns itens, como a trava de direção,
do painel de acabamento da porta e os tapetes.
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O Fusca mais rápido do mundo
Em 2016, durante oWorld of Speed 2016, aVolkswa-
gen mostrou ao mundo seu exemplar mais veloz
de toda a história. Modificado pela própria mon-
tadora, o veículo bateu o recorde de velocidade
máxima.
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Para isso, foi necessário realizar a troca de turbo,
pistões e outros itens. Rebaixou-se ao máximo a
suspensão, e acrescentou-se rodas e pneus espe-
cialmente desenvolvidos para atingir o feito alme-
jado. Por dentro, foi mantido apenas o necessário
para o funcionamento e todo o conforto foi dis-
pensado. No fim, restou apenas o banco especial
do motorista, as gaiolas de proteção e um sistema
de supressão de incêndio.
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CONCLUSÃO
Nunca é o fim quando se trata de um fusca.
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De repente, ele era visto em circuitos de corrida, não
como um coadjuvante, mas como estrela principal
dos certames, disputando, por anos, com carros
mais novos, mais modernos e com desenhos pró-
prios para a alta velocidade.
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BIBLIOGRAFIA
As informações e dados utilizados neste e-book se ba-
searam nos conteúdos abaixo listados:
Crédito Editorial
Crédito Editorial Karol Smoczynski | Unsplash (Capa)
Crédito Editorial
Crédito Editorial Eduardo Soares | Unsplash (Sumário)
Introdução
https://openleaders.global/a-relacao-do-ser-humano-com-a-competicao/ Acesso em 06/12/2022
Os carros de corrida
https://www.infoescola.com/cultura/roda/ Acesso em 06/12/2022
Origem do automobilismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Automobilismo Acesso em 06/12/2022
Automobilismo no Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Confedera%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_de_Automobilismo Acesso em 06/12/2022
Enfim, o Fusca
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/fusca-industria-automobilistica-no-brasil.htm Acesso em
06/12/2022
https://flatout.com.br/as-categorias-extintas-que-mais-fazem-falta-no-automobilis-
mo-no-brasil-e-no-mundo-2/#:~:text=Sendo%20assim%2C%20a%20partir%20do,pneus%20melhores%2C%20
entre%20outras%20coisas Acesso em 06/12/2022
http://blogdamilmilhas.blogspot.com/2015/01/o-fusca-nas-mil-milhas-de-interlagos.html
http://autoetecnica.band.uol.com.br/fotos-historicas-o-fusca-fittipaldi-de-dois-motores-e-400-cv/ Acesso em
06/12/2022
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/o-inacreditavel-fusca-de-dois-motores-dos-irmaos-fittipaldi/ Acesso em
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https://autoentusiastas.com.br/2021/03/novo-causo-o-vw-fusca-e-como-nos-o-pilotamos-em-competicoes/ Acesso em
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http://fpra.com.br/site/wp-content/uploads/2012/06/Tecnico-OLD-Fusca-Velocidade-A.pdf-12-05-2022.pdf Acesso em
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https://www.automanianet.com.br/2022/07/old-fusca-velocidade-levou-emocao-a-telemaco-borba/ Acesso em
06/12/2022
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