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CICLISMO

Processo histórico
O ciclismo é um dos esportes mais populares do mundo. No qual o seu
surgimento teve por início no século XIX, na Inglaterra. As primeiras
competições foram realizadas em 1868, na primeira edição dos jogos olímpicos
da era moderna.

Se for considerar como ciclismo qualquer atividade que envolva andar de


bicicleta, então podemos observar que no início à 1839, o ferreiro escocês
Kirkpatrick Macmillan criou o primeiro protótipo de uma bicicleta: com dois
pedais grudados em uma enorme roda da frente.

As bicicletas com rodas de tamanho igual e que possuía sistemas de corrente e


catraca, só foi surgir em 1880 e o mecanismo de marchas só foi surgiu na
década seguinte, em 1890.

A primeira competição no ciclismo, nasceu antes da evolução da bicicleta: no


ano de 1869. Foi neste ano que ocorreu a primeira maratona ciclística com um
percurso entre as cidades de Paris e Rouen, com 123 km.

No ano de 1890, houve a construção do primeiro velódromo em Paris, na


França e os franceses foram os primeiros do mundo a fomentarem o ciclismo
como uma modalidade esportiva.

No 1893 foi criado o “Tour de France” pelo ciclista Henry Desgranges. A


competição é considerada a mais famosa do ciclismo de estrada até os dias de
hoje. Só que, foi apenas em 1896 que o esporte ganhou projeção mundial por
ter sido inserido nos Jogos Olímpicos.

A primeira prova olímpica de ciclismo, foi disputada no mesmo trajeto que a


tradicional maratona dos primeiros Jogos: os ciclistas largaram em Atenas e
pedalaram até a cidade de Marathon, depois retornaram para a sua capital
grega.

Após se manter ausente nas três edições olímpicas seguintes, o ciclismo


retornou em 1912, em Estocolmo e desde então se manteve presente no
programa olímpico.
As mulheres, contudo, só começaram a disputar o esporte em 1984, nos jogos
de Los Angeles, com a prova individual de estrada.

História da bicicleta
A bicicleta surge com o progresso vivido pelas cidades, no período de transição
do XIX para XX. Na cidade de Paris é apresentado o primeiro velocípede ao
mundo, tornando-se adotada por entusiastas da modernidade, que aos poucos
foi sendo utilizada com meio de transporte, substituindo o uso do cavalo. Ficou
conhecida como “cavalo de ferro”, passando a ser receitada pelos médicos
franceses para auxiliar no combate ao alcoolismo. Seu uso revolucionou a
mobilidade social, permitindo autonomia das mulheres e homens, contribuindo
com o apogeu da industrialização.
O celerífero, desenvolvido pelo conde francês Méde de Sivrac em 1790. Esse
equipamento era bastante rudimentar, no qual o material utilizado era a
madeira, e não existia guidom, pedais, e correntes que unisse com a rodas.
No ano de 1816, surge a draisiana, nome dado para homenagear o barão Karl
von Drais.
Ele foi responsável pela instalação do sistema de direção no equipamento, que
permitiria que o condutor fizesse curvas. É importante ressaltar que a
dravidiana com pedais surgiu em 1861 por Pierre Michaux. Tendo por objetivo
tornar o deslocamento com mais facilidade e possibilitar que o condutor
alcançasse maiores distancias em cada pedalada.
A bicicleta Michellin é feita com quadro de ferro, substituindo as antigas
bicicletas de madeira em 1869. Torna-se a primeira bicicleta com corrente
contínua de transmissão. A Rover III surgiu em 1888, sendo está bem
semelhante com as bicicletas de hoje. Apresentado rodas simétricas entre si,
guidom que auxilia o condutor na mudança de direção, propulsão por meios
dos pedais ligados a uma corrente feita de aço e tinha pneus de borracha.

A chegada no Brasil

A data de chegada da bicicleta ao Brasil não é certa. Porém, sabe-se que


ocorreu no final do século XIX, a modalidade se alastra pelo mundo através da
Europa onde tem sua origem, inicialmente a bicicleta é um meio de transporte e
lazer, no entanto simultaneamente esta pratica foi aderindo características do
esporte moderno até passar por um processor de esportivização. No Brasil teve
grande aceitação nas grandes capitais como na cidade do Rio de janeiro e a
cidade de Porto alegre no Rio Grande do Sul onde foi institucionalizada em
clubes e posteriormente fundariam a (FGC) Fundação Gaúcha de Ciclismo, os
dois primeiros clubes de Porto Alegre construíram velódromos, onde
rivalizavam disputas ciclísticas. O primeiro velódromo da cidade de Porto
Alegre foi construído pela Radfahrer Verein Blitz (Sociedade Ciclística
Relâmpago), antes disso as disputas ocorriam pelas ruas das cidades ou em
hipódromos. Em sua história no brasil o ciclismo passou por um momento
crítico quando outro esporte chamava atenção, o futebol era exibido pela
primeira vez em 1903 na cidade de porto alegre, o que contribui para o
enfraquecimento dos clubes ciclísticos. Depois de um período esmorecedor e
de pouca visibilidade do ciclismo, inclusive nos jornais, foram retomadas as
competições nos anos de 1930, quando foi fundada a FGC.

Modalidades:
- ciclismo de Pista;
- ciclismo de Estrada;
- ciclismo de BMX;
- ciclismo de Estrada Mountain Bike.

Na pista:

Essa modalidade acontece nos velódromos, são esses locais fechados,


composta de pista de madeira ou material sintético, o ciclismo de pista é
bastante caro de ser praticado por conta das bicicletas moderníssimas. O
ciclismo de pista é dívida em provas diferentes como:

(1° Sprint) chamada de "velocidade" - aonde dois atletas largam juntos e


andam juntos até a terceira volta no velódromo, a disputa ocorre na terceira
volta, quem chegar primeiro vence.

(2° perseguição) ocorre em equipes, os atletas largam em posições diferentes


na pista e o objetivo é ultrapassar os adversários antes do final de 4 km
(masculino) ou 3 km (feminino) a equipe com menor tempo no percurso vence.

(3° keirin) seis atletas largam atrás de uma moto, que diz o ritmo até a quarta
volta e meia, quando a moto sai, os atletas tem 600 metros para alcançar o
máximo de velocidade que puder e vencer a prova, quem completar a distância
primeiro vence.

(4° omnium) é formado por seis provas, cada prova soma um ponto e o placar
final determina vencedor. Entres essas provas estão as de perseguição,
velocidade, contra o tempo e outras.

Ciclismo de estrada

Essa é a mais tradicionais modelos de disputa do Ciclismo. Esteve presente na


primeira edição dos jogos Olímpicos. Atualmente e disputado em duas formas
distintas na olimpíadas, a primeira em um percurso de 250 (masculino) e 140
(feminino) aonde o vencedor é quem chegar primeiro na linha de chegada. A
outra disputada nos jogos é o "contrarrelógio", aonde os atletas largam com
intervalos de 90 segundos, o atleta que atingir a distância de 46 km (masculino)
e 32km (feminino) no menor tempo, vence e ganha a medalha de ouro e assim
em diante.

BMX (bicicross)

O bicicross surgiu em 1960na América, apareceu por uma adaptação do


motocross no país Norte americano, objetivo é passar por elevações na lista de
terra ou de material sintético. Nas provas oficiais, oito atletas largam juntos de
um portão posicionado no alto de um pequeno morro. A atratividade do público
com a modalidade se espalhou rapidamente por grande parte dos EUA e além
das suas fronteiras do país. Em 1981 foi criada a federação internacional de
BMX, que ficou responsável por regular o novo esporte e universalizar suas
regras, o desenvolvimento da mesma aumentou muito rápido, tanto que em
1993, a modalidade foi aceita na UCI, condições essas que favoreceram a
participação nos jogos Olímpicos pela primeira vez em Pequim (2008)

Mountain Bike (MTB)

(Croos Country, Down Hill, Free Ride) são categorias dentro da modalidade se
MTB. O Mountain Bike nasceu na Califórnia, cerca de uns dez anos depois que
a categoria BMX, alguns atletas em busca de mais aventuras na prática do
Ciclismo, testaram suas habilidades nas trilhas com solo de terra, diferente da
BMX, por ser menos previsíveis. A bicicleta teve que ser modificada, pois as
que eram utilizadas em asfalto não eram adequadas ao solo ou barro, com isso
os pneus ficaram mais largos, os materiais que eram utilizados ficaram mais
resistentes, tendo um sistema de amortecedor dianteiro e traseiro, para
diminuir os impactos causados pelos obstáculos. Devido se popularizar muito
rápido no EUA, Austrália e a Europa, ocorreu a realização do primeiro
campeonato mundial em 1990, reconhecido pela (UCI) União Ciclística
Internacional. Depois de seis anos, o MTB teve sua primeira participação nos
jogos Olímpicos, em Atlanta (1996), no MTB os atletas percorrem um número
de voltas pré-estabelecidos pela organização, e quem completa-las em menor
tempo, é o vencedor.

Curiosidades

A prova sem vencedores

A prova de velocidade das Olimpíadas de Londres-1908 teve um dos finais


mais inusitados de todos os tempos. A prova decisiva foi disputada pelo
francês Maurice Schilles e pelos britânicos Benjamin Jones, Victor Johnson e
Clarence Kingsbury. Mas nenhum deles levou uma medalha sequer para casa.

Com percurso de 1km, o tempo limite para completar a prova era de 1 minuto e
45 segundos. Mas nenhum dos finalistas conseguiu terminar a disputa abaixo
desse tempo. Johnson e Kingsbury ficaram pelo caminho com pneus furados.
Na linha de chegada, Schilles superou Jones por pouco, mas, para surpresa
geral, não ficou com o ouro.

A União Internacional de Ciclismo se recusou a permitir que a disputa fosse


repetida, deixando a corrida sem medalhistas.

Curiosidades

Medalhas em família

Ganhar uma medalha olímpica é um feito alcançado por poucos. Para a família
sueca Pettersson, no entanto, o pódio foi algo banal nos Jogos de Tóquio-1964
e Cidade do México-1968. No Japão, três dos irmãos Pettersson voltaram para
casa com medalhas. Gösta, o mais famoso deles, Erik e Sture levaram o time
sueco ao bronze na prova de estrada contra o relógio.
Não foi o suficiente para os Pettersson. Quatro anos depois, no México, eles
fizeram ainda melhor. Sven Harmin, o outro integrante da equipe medalhista
em 1964, foi substituído por Tomas Pettersson. Com a família completa, os
suecos melhoraram o resultado da edição anterior e conquistaram a prata.
Para completar a festa na casa sueca, Gösta ainda levou um bronze na prova
de estrada.

A super holandesa

O nome dela é enorme: Leontien Martha Henrica Petronella Zijlaard-van


Moorsel. Maior do que isso só mesmo as conquistas desta ciclista holandesa.
Nascida em 22 de março de 1970, van Moorsel é a maior vencedora da história
do ciclismo de estrada. Em Sidney-2000 e Atenas-2004, a holandesa
conquistou nada menos do que 3 medalhas de ouro na modalidade.

A holandesa foi ouro na prova de resistência e contra-relógio em Sidney-2000 e


repetiu o título no contra-relógio em Atenas-2004. Os resultados já colocariam
a ciclista na história, mas ela ainda aumentou seu sucesso na pista. Além dos 3
ouros na estrada, van Moorsel ainda conquistou um ouro (perseguição
individual) e uma prata (corrida por pontos) em Sidney-2000 e um bronze
(perseguição individual) em Atenas-2004.

Curiosidades

Território francês

Desde que o mountain bike começou a ser disputado, nos Jogos de Atlanta-
1996, a França ganhou pelo menos uma medalha por edição. O primeiro a
subir no pódio olímpico foi Miguel Martinez, bronze na prova masculina em
1996. Depois da estreia no terceiro lugar, os franceses melhoraram muito o
desempenho.

A partir de Sidney-2000, a França não deixou de conquistar pelo menos um


ouro no mountain bike. O primeiro deles foi justamente com Miguel Martinez,
campeão da prova masculina na Austrália. Depois dele veio Julien Absalon,
medalha de ouro tanto em Atenas-2004 quanto em Pequim-2008. Por último, a
francesa Julie Bresset tornou-se a primeira representante do país a conquistar
uma medalha de ouro no feminino.
Dois bicampeões

O mountain bike olímpico teve, até agora, 10 medalhas de ouro distribuídas. No


Rio de Janeiro, mais duas estarão em disputa. De Atlanta-1996 a Londres-
2012, apenas dois atletas conseguiram conquistar a medalha de ouro duas
vezes, o que deixa a modalidade com 8 campeões diferentes.

Os únicos a conseguir repetir o título foram a italiana Paola Pezzo, medalha de


ouro em Atlanta-1996 e Sidney-2000, e o francês Julien Absalon, campeão no
masculino em Atenas-2004 e Pequim-2008. O curioso é que ambos foram
campeões em edições consecutivas. Assim, a também francesa Julie Bresset e
o tcheco Jaroslav Kulhavy, campeões em Londres-2012, terão a chance de
repetir o feito no Brasil.

CICLISMO E QUALIDADE DE VIDA

Cuidar da saúde é uma preocupação de muitas pessoas, e as atividades físicas


fazem parte das recomendações para uma vida mais saudável. Dentre as
diversas opções existentes, o ciclismo pode ser uma boa solução, por ser um
esporte democrático, de baixo impacto articular, que pode ser praticado por
todas as pessoas.

Acaba se tornando um investir na sua própria saúde, bem-estar e qualidade de


vida, pois são muitos os motivos que levam ao início da prática do ciclismo,
como por exemplo, a procura por distração e alivio do stress, a melhora do
condicionamento físico, emagrecimento, e maior contato com a natureza.
Pedalar é uma excelente atividade física e está fortemente relacionada com o
nível de qualidade de vida dos indivíduos e do meio onde vivem, pois é um
exercício que auxilia na queima de calorias, controle do peso corporal, da
pressão arterial e na redução do colesterol.

Porém os benefícios não estão apenas relacionados a aspectos físicos, mas


também colabora com o bom funcionamento do seu corpo e da sua mente, pois
estão relacionados a aspectos psicológicos e sociais. Durante as pedaladas,
podemos observar a liberação da endorfina que causa uma sensação de
prazer, bem-estar e ajuda a controlar/prevenir desordens mentais. Atua
também na diminuição dos níveis de stress, e possibilita o encontro e a
socialização com outros praticantes da mesma atividade, contribuindo assim
em diversos aspectos para a promoção da qualidade de vida. 

Desse modo, podemos observar que o ciclismo quando praticado de maneira


correta algumas vezes durante a semana, ajuda a diminuir a tensão da rotina,
promove a sensação de bem-estar, melhora o humor, combate o desanimo,
melhora a qualidade de vida e a disposição diária.

De que forma pode agregar?

O movimento ciclístico no Brasil contribui a vida da população de diversas


maneiras benéficas, as quais ressalto duas: melhora da qualidade de vida, não
apenas em ganhos físicos, assim como psicológicos e meio econômico e não
poluente de mobilidade urbana. É notório que com o crescimento da tecnologia
a uma diminuição nos meios de atividade física, no entanto o dia a dia do
brasileiro requer que o mesmo tenha que se movimentar e deslocar-se durante
sua jornada diária várias vezes, e por que não o fazer em cima de uma
bicicleta? Dessa maneira agregando o meio transporte com o exercício físico,
como modo de locomoção econômico a pratica do ciclismo ajudar a reduzir os
gastos, como o de uma manutenção em veículos e gastos diários com
gasolina. Sem falar na grande parcela doa população que devido ao contesto
socio econômico não pode ter o luxo de um automóvel.

Paraciclismo

Um dos esportes mais praticados no mundo por pessoas com deficiência, o


ciclismo adaptado já é tradição nas Paraolimpíadas.

Desde Moscou, em 1980, até Tóquio 2020, a modalidade evoluiu, adotou


novas categorias e hoje engloba atletas de ambos os sexos com dificuldade de
locomoção, amputados, cadeirantes e pessoas com deficiência visual.

O ciclismo paralímpico é disputado em provas de pista no velódromo e de


estrada e tem algumas diferenças do ciclismo convencional.

Estreia do Brasil foi em 1992


O Brasil estreou no ciclismo paralímpico em Barcelona 1992, com a
participação de Rivaldo Gonçalves Martins, que foi o primeiro brasileiro a ser
campeão mundial, em 1994, na Bélgica.

Os tipos de bicicleta:

Entre os atletas com dificuldade de locomoção, as bicicletas podem ser


convencionais ou triciclos, de acordo com grau de deficiência do atleta.

Os atletas com deficiência visual pedalam em uma bicicleta de dois lugares


chamada de tandem, sendo guiados por outra pessoa que enxerga
normalmente e que fica no banco da frente.

Os cadeirantes utilizam uma bicicleta adaptada, a Handbike, cujos pedais são


impulsionados pelas mãos dos competidores.

Dopping

 Em 1886 dá-se a primeira fatalidade descrita na história devido ao uso de fármacos


que melhoram o desempenho físico: no “Tour de France” de ciclismo, o ciclista inglês
Linton morre sob o efeito stress e speed ball (cocaína+heroína).
 A partir de 1982 as análises começaram a ser efetuadas no Laboratório de Análises de
Doping passando a ser controladas outras modalidades para além do ciclismo, com
base na legislação publicada no final de 1979.

Referencias
http://book.uniguacu.edu.br/index.php/renovare/article/view/121. Acesso em
17/05/2022 as 10h

http://www.inteligenciaesportiva.ufpr.br

https://www.scielo.br/j/rbme/a/qD9F9BzhXtN9ZHXHKP7Z7mK/?lang=pt

https://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/article/view/5998

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/228863/PadraoTCC-
Wesley.pdf?sequence=1&isAllowed=y

http://rededoesporte.gov.br/pt-br/megaeventos/olimpiadas/modalidades/ciclismo-
mountain-bike

https://xn--paralmpico-o8a.com.br/paraciclismo

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