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UFCD - 0654 - Ficheiros de contactos - organização e manutenção
INDICE
Abertura
Objetivos da UFCD
Conteúdos da UFCD
1 – Introdução
2 - Caracterização da equinicultura
3 - Conceito
4 - Objectivos
5 - História do cavalo
5.1 - O cavalo no passado
5.2 - As invasões e influências
5.3 - Curiosidades
5.4 - Adaptação do cavalo ao meio e aos homens
6 - A equinicultura actual
6.1 - Lazer / diversão
6.2 - Trabalho
6.3 - Desporto
7 - A reprodução
8 - Características físicas e psíquicas
8.1 - Exterior do cavalo
8.2 - Dentição
8.3 - Avaliação da idade
8.4 - Condição corporal e aprumos
9 - Registos
9.1 - Sistema de registo
9.2 - Marca e número do criador
9.3 - Transdutor (micro-chip) em conformidade com as normas internacionais
9.4 - Passaporte
1
9.5 - Legislação aplicável
10 - Regimes de estabulação
11- Tipos de parques e vedações
12 - Instalações
12.1 - Tipo, construções anexas e organização de espaços
12.2 - Factores ambientais
12.3 - Manutenção, limpeza e desinfecção
13 - Maneio de equinos e das instalações
14 - Boas práticas de segurança, higiene e saúde no trabalho
Bibliografia
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Abertura
3
Objetivos da UFCD
Identificar as características e os fatores de enquadramento da equinicultura, sob
supervisão.
Conteúdos da UFCD
Caracterização da equinicultura
Conceito
Objectivos
História do cavalo
O cavalo no passado
As invasões e influências
Curiosidades
Adaptação do cavalo ao meio e aos homens
A equinicultura actual
Lazer / diversão
Trabalho
Desporto
A reprodução
Características físicas e psíquicas
Exterior do cavalo
Dentição
Avaliação da idade
Condição corporal e aprumos
Registos
Sistema de registo
Marca e número do criador
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Transdutor (micro-chip) em conformidade com as normas
internacionais
Passaporte
Legislação aplicável
Regimes de estabulação
Tipos de parques e vedações
Instalações
Tipo, construções anexas e organização de espaços
Factores ambientais
Manutenção, limpeza e desinfecção
Maneio de equinos e das instalações
Boas práticas de segurança, higiene e saúde no trabalho
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Abertura
6
1 – Introdução
7
2 - Caracterização da equinicultura
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3 – Conceito
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4 – Objectivos
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5 - História do cavalo
5.1 - O cavalo no passado
Com a sua domesticação, há cerca de 5 mil anos, o cavalo passou a estar definitivamente
ligado á história do próprio Homem. Muito cedo se reconheceu nele, além da sua força
de tracção, para transporte ou para utilização agrícola, uma característica que o
suplantava de qualquer outro animal, a sua velocidade de locomoção. Para o bem e para
o mal, participante activo em todas as grandes batalhas, nomeadamente no confronto
directo com o inimigo, é somente suplantado, já no século XX no início da II Guerra
Mundial. O confronto da Cavalaria Polaca frente aos tanques de Hitler marcou o fim da
utilização militar do cavalo. Hoje, quando se poderia perspectivar o seu rápido declínio,
eis que surge agora, não para transporte, serviços agrícolas ou militares, mas como
animal de desporto e lazer. Toda a indústria ligada ao cavalo, desde corridas, desporto,
lazer, feiras, exposições, criação, “merchandising” falam por si! Sendo a sua posse sinal
de poder, não será difícil de imaginar que muito cedo o homem se tenha preocupado
com a sua identificação. Seria fastidioso estar a enunciar todos os diferentes métodos
utilizados ao longo dos tempos para essa identificação. No entanto valerá a pena referir
que foi a marcação a fogo, referenciada já no antigo Egipto, o método mais utilizado e
que chegou aos nossos dias, sendo ainda hoje, prática corrente na maioria das raças de
cavalos em todo o mundo. Durante muito tempo a identificação de um equídeo
resumia-se a uma descrição mais ou menos pormenorizada e ordenada das diversas
particularidades encontradas.
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5.2 - As invasões e influências
A história da criação de cavalos remonta a milénios. Embora a data exacta ainda não
seja conhecida, o Homem poderá ter domesticado o cavalo há cerca de 5000 d.C,
apontando-se para os Botai do Médio Oriente como os primeiros criadores de cavalos.
Não se sabe ao certo, mas pensa-se que os cavalos percorriam as paisagens da Europa
há dezenas de milhares de anos atrás, durante a idade do gelo. Provas préhistóricas
encontradas na Europa Ocidental, como restos de cavalos e antigas armas de caça
mostram que muito antes dos cavalos serem montados pelos humanos, eram usados
como bestas de carga, tal facto é evidenciado por antigas imagens esculpidas em osso
ou pinturas profundas dentro das cavernas, sugerindo que os cavalos desempenhavam
um papel importante nos rituais dos povos pré-históricos (American Museum of Natural
History – AMNH). As diferentes raças de cavalos variaram, com a cultura e com o tempo.
O uso dado a cada cavalo determinou as suas qualidades, onde os “amblers” (cavalos
que andam a um compasso mais lento) eram adequados para a equitação, os cavalos
rápidos para o transporte de mensageiros, os cavalos pesados para arar e puxar carroças
pesadas, os póneis para puxar carros de minas de minério, etc. Na época medieval os
cavalos eram usados principalmente para as batalhas, mas no início da renascença
começaram a ser incorporados na alta escola de equitação da nobreza. A necessidade
do uso de cavalos para trabalho e transporte pesado prolongou-se até à revolução
industrial e até ao desenvolvimento do automóvel e do tractor. Desde então o uso do
cavalo caiu significativamente, permanecendo principalmente nas actividades
recreativas e de desporto.
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5.3 – Curiosidades
A questão física do cavalo é logicamente compreendida, pois um cavalo que não esteja
saudável não dá o rendimento de sucesso. Contudo o nível de cuidado em relação à
psicologia tem de ser mais exigente, pois vícios adquiridos são um obstáculo que
necessitam de tempo e trabalho para tratar. O mau comportamento do cavalo ou é um
comportamento normal do cavalo que é mal interpretado pelos seres humanos, ou um
comportamento que se desenvolveu no cavalo como reação a maus tratos infligidos por
seres humanos.
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os equinos daquela raça, onde para além do resenho descritivo, aparece pela primeira
vez o resenho gráfico. Posteriormente em 1980, a Federação Equestre Internacional
(FEI) cria o documento de identificação para os cavalos de desporto, conhecido como
“Passaporte FEI”. Foi um documento com carácter universal com regras muito precisas
para o seu preenchimento, nomeadamente a obrigatoriedade de ser escrito na língua
inglesa ou francesa, de mencionar desde logo o proprietário do equino, bem como prazo
para a sua revalidação e do resenho ser executado por médico veterinário reconhecido
pela FEI. Por essa altura os vários países acabaram por criar os seus próprios documentos
de identificação para os seus equinos, e Portugal, na década de 80, criou também o seu
modelo de Documento de Identificação, inspirado no modelo francês, para os equinos
inscritos nos Livros Genealógicos. A extraordinária mobilidade actual dos equídeos, quer
dentro do país quer fora dele, nomeadamente os cavalos de desporto e lazer, o controlo
da eventual entrada dos equídeos na cadeia alimentar humana, além da necessidade da
simples identificação dos equídeos pelos mais variados motivos, levou a União Europeia
a estabelecer regras de identificação para todos os equídeos aí nascidos, ou aí
introduzidos em livre pratica.
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6 - A equinicultura actual
6.1 - Lazer / diversão
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6.2 – Trabalho
O cavalo foi, talvez, o animal que mais radicalmente mudou de utilidade. Quando o
homem o dominou e adestrou pela primeira vez, usou-o como meio de transporte e
para fazer a guerra. Hoje, no entanto, já é utilizado como ajudante em terapias para
crianças deficientes. Pelo meio, serviu (e serve) como animal de trabalho e de
companhia. O cavalo é sem dúvida alguma, o animal mais próximo do Homem e aquele
que mais serviços lhe prestou. A evolução da civilização humana está ligada
intimamente a esta associação entre o ser inteligente e o cavalo, seu permanente
servidor.
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6.3 - Desporto
Portugal é reconhecido como um País que detém uma vasta história ligada à atividade
equestre, o cavalo tem vindo desde sempre a manter uns laços próximos da população
portuguesa, primeiramente usado como fonte de rendimento e instrumento de
trabalho e, mais recentemente como atividade de lazer e utilização em desporto
(Cordeiro, 1997). O desporto equestre, em Portugal, é oficialmente representado pela
Federação Equestre Portuguesa (FEP) e, encontra-se organizado em nove modalidades
oficiais, sendo estas o Ensino e Equitação Adaptada, Saltos de Obstáculos (SO), Concurso
Completo de Equitação (CCE), Raides, Atrelagem, Equitação de Trabalho, Técnicas de
«Randonnée» Equestre de Competição (TREC), Volteio e «Horseball». (Federação
Equestre Portuguesa [FEP], 2015a). A FEP é a entidade responsável pela organização das
competições equestres Nacionais, nomeadamente Campeonatos Nacionais e Taças de
Portugal e, devido à existência de protocolos formados com outras Federações,
nomeadamente com a ‘Fédération Equestre Internationale’ (FEI), cuja integração
ocorreu no ano de 1927, possibilitou a participação de atletas Portugueses em várias
provas de cariz internacional. (FEP, 2015b). A FEP apresenta como finalidade a
promoção de aspetos relacionados com a prática, controlo e, regulamentação do
desporto equestre em Portugal, incentivando o ensino e a prática de equitação no país
e, impulsionando a formação de jovens desportistas (FEP, 2015b).
Mas também no desporto olímpico, desde 1900, que o cavalo associado ao homem
integra as várias modalidades. A popularidade das diversas disciplinas hípicas tem tido
evoluções diferenciadas, sendo certo que sempre num crescendo quanto ao número de
participantes, quanto ao número de provas e ainda quanto ao progressivo aumento de
disciplinas de natureza desportiva. Inicialmente foram as provas de obstáculos, depois
o Concurso Completo de Equitação e a Dressage (Ensino). A estas chamamos as
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disciplinas Olímpicas, pois desde 1920 que as três disciplinas integram a maior
concentração desportiva ao nível Mundial. Depois foram surgindo inúmeras disciplinas
desportivas que incluem o cavalo montado ou atrelado.
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7 - A reprodução
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consequente maior eficiência reprodutiva tem sido bastante reforçada, desde a origem
humilde da reprodução assistida em laboratório, à aplicação das tecnologias
reprodutivas no campo das diversas espécies animais. Nos últimos anos, as técnicas de
reprodução assistida assumiram muitas formas, desde a simples assistência a uma
cópula natural sob um ambiente controlado até à clonagem de animais adultos (Long,
Walker, Tang & Westhusin, 2003) em diversas espécies animais. O desenvolvimento das
tecnologias de reprodução assistida (assisted reproduction technologies - ART) no
cavalo remonta ao século XIX com o estabelecimento de gestações em equinos obtidas
por meio de inseminação artificial (Landim-Alvarenga et al., 2008) e transferência de
embriões e cada vez mais por inúmeras outras tecnologias.
Tudo isto induziu ao aperfeiçoamento de técnicas na área reprodutiva por parte dos
médicos veterinários, possibilitando o aparecimento de novas linhas de pesquisa,
principalmente no cavalo Lusitano, fomentando-se cada vez mais como ferramenta para
acelerar o ganho genético e tornar os nossos animais mais competitivos. Em Portugal,
nos últimos anos, tem se vindo a aperfeiçoar técnicas como a IA de éguas com sémen
fresco, refrigerado e congelado, a refrigeração e congelação de sémen de garanhões e,
mais recentemente, a TE. Estas técnicas têm-se focado em obter melhores taxas de
concepção em indivíduos mais idosos, com sinais de infertilidade, além de maximizar o
aproveitamento de animais férteis de alto potencial genético. Entretanto, o crescimento
acelerado do efectivo equino necessita a cada dia de mais esforços e estudos científicos
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para viabilizar a sua manutenção e aprimorar o trabalho de selecção genética, bem
como atender às expectativas do mercado nacional e internacional.
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8 - Características físicas e psíquicas
8.1 - Exterior do cavalo
8.2 - Dentição
8.3 - Avaliação da idade
8.4 - Condição corporal e aprumos
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9 - Registos
9.1 - Sistema de registo
O Regulamento (CE) 504/2008, de 6 de Junho, que entrou em vigor no dia 1de Julho de
2009, respeitante a métodos de identificação de equídeos, vem regulamentar toda
esta área, uniformizando os diversos documentos de identificação emitidos pelos
respectivos Estados Membros, permitindo assim uma identificação fácil, rápida e
expedita e uniforme.
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10 - Regimes de estabulação
11- Tipos de parques e vedações
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12 - Instalações
12.1 - Tipo, construções anexas e organização de espaços
Um centro equestre deverá ser um local agradável, limpo, atrativo, arejado e luminoso;
numa palavra, confortável para utentes e cavalos. Para tanto, deverá promover o asseio
e a limpeza das instalações, evitando a lama e o pó nas zonas de atividades e de
circulação de cavalos mediante a escolha criteriosa do tipo de pavimentos, dos sistemas
de drenagem e rega associados e da sua manutenção regular. A vertente desportiva do
centro dependerá em grande medida, além das dimensões e dos requisitos definidos
nos regulamentos associativos, da qualidade dos pavimentos dos picadeiros e das zonas
de trabalho. Os seus espaços interiores – picadeiros, cavalariças e anexos – deverão ser
convenientemente dimensionados e arejados, preferencialmente de forma natural, e
dispor de boa iluminação natural e artificial, que evite zonas de grande contraste
luz/sombra. A previsão de zonas sociais (Club House), de adequadas instalações de
apoio para os praticantes (vestiários, balneários, etc.), de tribunas que facultem o
“contacto” entre os espetadores e os cavaleiros; a harmonização entre várias funções –
ensino, lazer, desporto – e, por consequência, a diversificação do tipo de cavaleiros e
dos grupos etários permitirão o convívio e a troca de experiência entre os diferentes
utentes e uma maior atratividade do centro.
Enfermaria/Local de tratamento
Espaço equipado com tronco amovível, bancada de trabalho e pia com água quente/fria,
tomadas elétricas para ligação de equipamentos (autoclave, rx …) e armários para
medicamentos, este local deve ter boa iluminação natural e artificial e ainda especiais
cuidados com os materiais de revestimento das paredes e pavimentos de maneira a
facilitar a sua limpeza e desinfeção. A área mínima recomendada é de 30 a 35 m2 e, caso
o número de cavalos o justifique, poderá estar associado a uma sala que servirá
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exclusivamente para o armazenamento de medicamentos. Deve ser complementado
com boxes para o isolamento dos cavalos doentes.
Estes locais devem dispor de boa iluminação natural e artificial e tomadas de energia
para os aparelhos de tosquia, garantindo instalações elétricas seguras e drenagem
adequada. Nalguns centros a tosquia é realizada na zona de ferração e/ou na de
enfermaria/ tratamento dos animais.
Os cavalos são ferrados com uma frequência muito variável, podendo nalguns animais
ser quadrimestral e noutros, de 30 em 30 ou de 40 a 40 dias. Nos centros de pequena
dimensão este trabalho é assegurado pela contratação de um serviço externo, mas,
sempre que se justifique, recomenda-se a previsão de uma zona própria que poderá
também servir para a tosquia. O pavimento deverá estar perfeitamente regularizado
para possibilitar a avaliação do aprumo do cavalo, ter características antiderrapantes e
uma boa drenagem. A ferração pode ser realizada a frio ou a quente, sendo que esta
última técnica carece de um local para a montagem de uma forja ou de um equipamento
similar móvel.
Localizado de forma a garantir o acesso fácil aos corredores de distribuição das boxes e
ao exterior, a largura da porta (mínimo de 2,20 m) deve permitir a circulação de veículos
de carga/transportes. Recomenda-se a sua instalação ao nível do solo para facilitar o
manuseamento dos fardos de palha e demais produtos. São necessárias precauções
especiais contra os riscos de incêndios, as infiltrações e a humidade e, ainda, as poeiras,
os insetos, as pragas e os roedores.
Abrigado do vento e da chuva, equipado com água fria e, eventualmente, água quente,
com pavimento antiderrapante e drenagem eficaz. Em instalações já existentes, admite-
se que se adapte uma box para este efeito. As figuras 15, 16 e 18 mostram alguns
exemplos e na fig.17 estão indicadas as áreas mínimas recomendadas.
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Casa de arreios
Eventualmente dividida em diversos locais, bem arejada e ventilada para uma boa
conservação dos couros que são suscetíveis de se deteriorar com a humidade, poderá
ser complementada por um atelier de correaria/selaria. O equipamento necessário
inclui: bancada/lavatório para lavagem de ferros e arreios; cavaletes para selas e cabides
para cabeçadas; prateleiras para proteções e ligaduras; armários para xairéis e artigos
de vestuário dos animais (cobrejões, mantas, cilhas mestras, …). Sempre que possível, e
dependendo da dimensão do Centro, é aconselhável garantir a separação entre as zonas
de lavagens (zonas húmidas) e de arrecadação (zonas secas). A casa dos arreios pode
também incluir armários individuais devidamente ventilados.
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Nas cavalariças devem ser contempladas, essencialmente, as seguintes disposições:
Instalação de sistemas de prevenção e combate a incêndios; Instalação de ventilação
adequada, que garanta a remoção da humidade e dos vapores nitrosos e evite as
correntes de ar; Boa iluminação natural e instalação de iluminação artificial com
armaduras e aparelhos estanques; Sistema de abastecimento de água dimensionado
para assegurar a eficiente lavagem das instalações e com qualidade adequada para a
abeberação dos equídeos; Proteção de todos elementos salientes (torneiras,
manjedouras, bebedouros, tomadas elétricas, arestas, …), visando prevenir acidentes
com os animais; Pavimento com revestimento rígido e antiderrapante, com drenagem
eficaz (V. ponto 6.2); A altura pode variar conforme a dimensão da cavalariça, mas
sempre com um mínimo de 2,90 m; Dispositivos de proteção dos cavalos contra os
insectos (moscas, mosquitos,...
O pavimento das cavalariças e das instalações de apoio deve ser periodicamente limpo
e conservado e, sempre que necessário, devem ser realizadas ações de reparação para
evitar lesões nos utilizadores e a sua degradação precoce. Todos os espaços cobertos de
permanência dos cavalos e de armazém de alimentos e equipamento em geral devem
ser alvo de desratização periódica. A exterminação de roedores garante a não
transmissão de leptospirose, tanto para os humanos como para os cavalos, e evita a
degradação prematura das edificações associada aos roedores (urina, fezes e elementos
construtivos roídos).
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construção. A execução periódica de ações de manutenção, como rega, nivelamento,
remoção de dejetos sólidos, passagem de grade e de rolo ou reposição de materiais
constituintes, é indispensável à conservação das características funcionais desportivas e
técnicas e de segurança, salubridade e conforto ao longo do tempo. A frequência de
realização destas ações depende da intensidade de utilização do espaço. A teia,
constituída por materiais flexíveis e resistentes, deve ser periodicamente observada e
mantida em perfeito estado de conservação, pois quando deteriorada pode provocar
ferimentos graves no cavalo ou no cavaleiro.
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13 - Maneio de equinos e das instalações
A iluminação natural deve ser abundante sem ser ofuscante e uniformemente repartida
de maneira a evitar zonas de sombra ou de contraste claro-escuro. As sombras
projetadas no pavimento podem assustar o cavalo. Recomenda-se uma orientação Este-
Oeste (eixo longitudinal do picadeiro), sendo a iluminação natural preferencialmente
assegurada por superfícies transparentes ou translúcidas dispostas na parede da
fachada Norte (acima dos 3 m) ou na cobertura. Os vãos existentes na parede oposta
(ventilação transversal) poderão ser protegidos da incidência direta da luz solar por meio
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de estores de lâminas orientáveis ou de vidros fumados. A superfície envidraçada deve
ser, aproximadamente, 1/9 da superfície interior do picadeiro. A iluminação artificial é
directa e assegurada por um grande número de fontes luminosas, de forma a evitar
fenómenos de encadeamento. O nível mínimo de iluminação é de 120 lux, ao nível do
solo, mas é aconselhável acautelar 280 lux; os cones de luz devem encontrar-se a 2,5 m
ou 3 m acima do piso. A renovação do ar do picadeiro deve ter em conta que a
respiração/ transpiração de um só cavalo em trabalho corresponde aproximadamente à
de dez desportistas. Deverá ser assegurada uma ventilação natural permanente,
complementada por um conjunto de vãos (janelas e outros) de abertura regulável em
função do ambiente de conforto pretendido para os cavaleiros e os cavalos, ao qual deve
corresponder um grau higrométrico de cerca de 65% e temperatura mínima superior a
8/10ºC. A envolvente construída do picadeiro – paredes, vãos e cobertura – deverá ser
concebida de modo a garantir um bom comportamento térmico e higrométrico do
edifício, com inércia e capacidade de isolamento que assegure, em conjunto com a
ventilação natural permanente, uma qualidade ambiental adequada às atividades que
alberga. Embora a capacidade e a localização das tribunas dependam da utilização do
picadeiro, é sempre útil prever uma bancada de, pelo menos, 50 lugares na parede de
topo para o acesso de visitantes e alunos.
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lâmpadas de vapor de sódio que emitem uma luz monocromática de uma grande
eficácia luminosa e permitem uma melhor perceção com chuva ou nevoeiro. Tal como
para o picadeiro coberto, a gradagem e a rega são necessárias e devem ser realizadas
com frequência para manter as qualidades do pavimento requeridas.
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14 - Boas práticas de segurança, higiene e saúde no trabalho
Várias medidas concorrem para garantir a segurança: A escolha de um local que permita o
acesso aos espaços exteriores sem cruzamento de vias muito movimentadas; A separação
entre a circulação dos veículos, dos cavalos e dos visitantes no interior do Centro; A aplicação
rigorosa da legislação e das medidas de segurança contra incêndios, tais como: a qualidade das
instalações elétricas e a proteção destas instalações contra as ações dos cavalos (mordeduras,
membros, cascos); a escolha dos materiais; a previsão de separadores rígidos e portas corta-
fogo nos locais de armazenamento das forragens; a presença de extintores em número
suficiente e bem localizados; A não existência de partes salientes e perigosas que possam
colidir, quer com os cavaleiros, quer com os cavalos, tanto nos recintos de atividades como nas
vias de circulação e nas cavalariças.
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Bibliografia
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Objetivos
Conteúdos
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Introdução
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Bibliografia
POMBEIRO, Joaquim Rodrigo Nest Arnaut, ALMEIDA, Eduardo Vaz Netto e SEQUEIRA,
João M. Bilstein de Menezes Luiz de Sequeira. Manual Oficial de Formação Equestre.
Vol. I – Selas 1,2,3 e 4, 1.ª ed., col. «Formação», Instituto do Desporto de Portugal, 2005.
SB – Sport Facilities and Swimming Pools, IAKS – International Association for Sport and
Leisure Facilities, 1993
SPORTS COUNCIL, Technical Unit for Sport. Handbook of Sports and Recreational
Building Design. Vol. IV – Sports Data, The Architectural Press, London, 1981.
THE PONEY CLUB. Manual Prático de Equitação. 4.ª ed. rev. e aum., Tradução de Lina
Arsénio da Silva e Inês Amorim, prefácio e revisão de Balula Cid, Major de Cavalaria. col.
«Habitat», Editorial Presença, Lisboa, 2005.
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L’Agriculture, Paris, s/d [anos 80 do séc. XX]. Fotografias: Instalações equestres da GNR;
Hipódromo do Campo Grande
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