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04 – Tecnologia da Bicicleta
bicycle: THE
HISTORY
David V. Herlihy
2004
Por que estudar história?
Existe uma forte relação entre:
– Ideias
• e.g.: da Vinci teve a ideia da corrente, mas não havia tecnologia
– Tecnologia
• e.g.: a tecnologia da draisienne já existia há 3.500 anos, mas ninguém teve a
ideia de criá-la
• Após anos 60
– Luta por melhores condições para o ciclismo
– Congestionamento das cidades
– Poluição
– Políticas governamentais
• Como não havia boas estradas, muitas vezes dava mais trabalho andar em
uma draisienne do que a pé, o que era motivo de ridicularização.
• Outras pessoas viam com bons olhos, pois não havia gastos com ração,
não fazia sujeira, suportava parte do peso do ciclista e rodava sem esforço
nas descidas.
• Talvez não fosse vista ainda como um veículo utilitário, mas era fonte de
atividade física e divertimento.
Denis Johnson (Londres)
• 1818 – “Hobby-horse”
– Rodas maiores
– Garfos de ferro
– Mecanismo de direção simplificado
– Além de vender as bicicletas, Johnson também
oferecia cursos pagos de pilotagem e exibições
– Mais leve e elegante que a draisienne
Inglaterra 1818-19
• Causavam furor na população, que não estava acostumada com aqueles
veículos. Além disso, tinham dificuldade em andar nas estradas
esburacadas, por isso andavam nas calçadas, o que irritava mais ainda os
pedestres.
• Mas os americanos estavam animados, pois com suas grandes distâncias, careciam de meios de transporte
alternativos.
• Ainda mais que os barcos a vapor de Robert Fulton navegavam pelos seus rios e em 1819 houve a primeira
navegação transatlântica assistida por vapor (Savannah).
• Por terra, os Estados Unidos estavam bem interligados por uma rede de carruagens.
• Os americanos até gostaram da curiosidade, mas tinham sérias dúvidas sobre o seu uso nas estradas
esburacadas da época.
• Os pedestres se incomodavam com o ciclistas nas calçadas, mas os ringues faziam certo sucesso por um
tempo, principalmente em Nova Iorque, que demorou um pouco para descobrir as bicicletas, depois de
Baltimore, Boston e Filadélfia.
• Os jornais faziam campanhas para que os “cidadãos de bem” destruíssem os velocípedes quando
encontrassem algum.
Então veio o esquecimento pelos
próximos 50 anos...
Época do Esquecimento
• Mas alguns inventores, principalmente na Inglaterra, continuaram com
suas tentativas.
• Ninguém pensava em usar os músculos das pernas, que são bem mais
fortes que os dos braços. Mais um caso em que a tecnologia estava ali,
mas ninguém tinha a ideia.
Isso é um mito.
Provavelmente a máquina de
MacMillan era um triciclo.
De qualquer forma, a
tecnologia estava lá. Só que
ninguém pensou em usá-la.
• Mas muito provavelmente a draisienne não deu certo porque tinha uma
série limitação técnica: não era eficiente.
Curiosamente, apesar das grandes invenções na Inglaterra, a bicicleta (i.e., duas rodas
em linha, direção e pedal) apareceu na França. Pesava cerca de 32 kg. Alguns modelos
mais luxuosos tinham freio do tipo colher.
Texto de um correspondente do New York
Times sobre o novo velocípede
• Supera os 19 km/h.
• Ou todos se conheciam?
A patente de Lallement (EUA-1966) era muito parecida com a
Michaux que apareceria 6 meses mais tarde na França.
Enquanto isso na América...
• Lallement foi para a América em 1865, onde aplicou uma
patente em 1866. Mas não conseguiu a parceria com nenhum
fabricante. Voltou para a França em 1868.
Nessa época havia, tanto na França quanto nos EUA, uma discussão sobre o
melhor material: ferro fundido (permitia reparos, falhava de forma
catastrófica), ferro forjado (caro, tinha que ser fabricado em uma peça única)
ou aço (caro).
Enquanto isso na América...
• Calvin Witty, ainda em 1868, soube que havia uma patente
americana. Comprou os seus direitos com Lallement e James
Carroll (seu sócio).
• No entanto, as vias ainda não estavam preparadas para isso e a tecnologia das
máquinas era precária. Então, os ciclistas procuravam as calçadas, o que
causava grande raiva dos pedestres.
• Dificuldades
– Estradas ruins
– Preocupação com segurança
– Expectativas infladas por parte da população
– Problemas com as patentes
Na França
• 1869
– Cerca de 30 clubes
– Competições
– 100 fábricas
Na França
• 1869
– Defendiam o ciclismo
– Promoviam as bicicletas
• Mas era a Inglaterra, que demorou um pouco para pegar a febre, que se
apresentava como o campo mais fértil para o próximo desenvolvimento.
Parte III – A Era das High Wheels
O velocípede passa a ser chamado de
bicicleta.
• Nos EUA havia cerca atividade de esportistas, mas a sociedade tinha ficado
com grande raiva dos velocípedistas.
Ápice das High Wheels
• No final da década de 1870 o esporte com as high
wheels havia se espalhado por todo o mundo.
• EUA
– A sua sociedade continua não aceitando as
bicicletas, mas a partir de 1877, principalmente
com Pope, recomeça o comércio de bicicletas.
Coronel Albert Augustus Pope
1843-1909
• Em 1877, já rico com a produção de armas e sapatos, o Coronel Albert
Pope (marca: Columbia) começa a produção de bicicletas, com um forte
domínio das patentes e muito respeito pela qualidade.
– mas perigosas)
Faltavam ainda:
• “pneu” pneumático,
• catraca e
•descarrilhador.
• Uma safety custava cerca de $150, enquanto uma high wheel custava
$100. Mas uma clientela inesperada apareceu. As mulheres de classe alta,
buscando afirmação, passaram a substituir os triciclos por safeties feitas
para elas.
Faltam
• Era de ouro
• Século XX
• Mountain Bikes
Obrigado