Você está na página 1de 5

O PLANO DE AULA

O plano de aula é um documento elaborado pelo professor para definir o tema da aula, seu objetivo,
o que exatamente será ensinado, a metodologia a ser utilizada e a avaliação a ser aplicada para
analisar a assimilação do que foi ensinado, dentre outras coisas. O professor deve elaborar seus
planos de aula considerando as dez competências gerais da Educação Básica definidas na BNCC -
Base Nacional Comum Curricular. Veja um passo a passo de como montar um plano de aula de
acordo com a BNCC.

1. Reflita sobre o público-alvo

Antes de começar a redigir o plano de aula, o professor deve refletir sobre seu público-alvo: os
alunos.

2. Escolha o tema da aula

O tema é a definição daquilo que será abordado na aula; algo bastante específico dentro de uma
disciplina, e que será desdobrado detalhadamente em conteúdos.

3. Defina o conteúdo a ser abordado

O conteúdo é um item do plano de aula que está diretamente relacionado ao tema, pois é
subordinado a ele, e ao objetivo da aula.

4. Defina a habilidade a ser desenvolvida pelos alunos

Nesse momento, o professor deve definir a habilidade que pretende desenvolver com os seus alunos
no tema escolhido. As habilidades são encontradas na BNCC. Cada uma delas é identificada através
de um código, que deve ser indicado no plano de aula. Por exemplo, a habilidade referente a Vozes
Verbais encontra-se da seguinte forma na BNCC: (EF08LP08) Identificar, em textos lidos ou de
produção própria, verbos na voz ativa e na voz passiva, interpretando os efeitos de sentido de
sujeito ativo e passivo (agente da passiva).

5. Defina o objetivo a ser alcançado

O objetivo é aquilo que o professor deseja que os alunos aprendam com a aula. É importante referir
que não existe um limite de objetivos por plano de aula.

6. Decida a duração da aula

A duração da exploração de determinado tema fica a critério do professor, tendo em conta o


conteúdo programático que ele deve seguir.

7. Selecione os recursos didáticos

Alguns exemplos de recursos didáticos:

• Apagador.
• Aparelho de DVD.
• Cartaz.
• Computador.
• Filme.
• Jogo.
• Mapa.
• Música.
• Projetor.
• Quadro negro ou branco.
• Reportagem.
• Televisão.

8. Defina a metodologia a ser utilizada

Alguns exemplos de metodologia:

• Aplicação de exercícios.
• Aula expositiva.
• Dramatização.
• Estudo de caso.
• Estudo dirigido.
• Estudo de texto.
• Mapa conceitual.
• Painel.
• Pesquisa de campo.
• Seminário.
• Solução de problemas.

9. Escolha como avaliar o aprendizado dos alunos

Alguns exemplos de avaliação:

• Participação do aluno em sala de aula.


• Prova escrita.
• Prova oral.
• Exercícios de fixação.
• Trabalho feito em sala de aula.
• Trabalho de casa.

10. Informe as referências utilizadas

Por fim, o professor pode indicar as referências utilizadas como fonte para a elaboração de

Modelo de plano de aula para Ensino Fundamental (com indicações para


preenchimento)

Plano de aula de (disciplina e ano)

Tema (tema específico que será abordado na aula)

Práticas de linguagem ou (é encontrado na BNCC na tabela em que consta o código da


Unidade temática habilidade)

(é encontrado na BNCC na tabela em que consta o código da


Objetos de conhecimento
habilidade)
Plano de aula de (disciplina e ano)

(código da habilidade que será desenvolvida no tema escolhido


Habilidades
e que é encontrado na BNCC)

(aquilo que o professor deseja que os alunos aprendam com a


Objetivos
aula)

(está diretamente relacionado ao tema, pois é subordinado a


Conteúdo
ele, e ao objetivo da aula)

Duração (duas ou mais aulas, conforme o critério do professor)

(materiais de apoio que auxiliam o professor de forma


Recursos didáticos
pedagógica, facilitando o desenvolver da aula)

(métodos escolhidos pelo professor para orientar o aprendizado


Metodologia do aluno, ou seja, nos caminhos que ele escolherá para conduzir
a aula)

(formas usadas pelo professor para considerar a real assimilação


Avaliação
do conteúdo por parte do aluno)

(referências utilizadas como fonte para a elaboração do plano


Referências
de aula: livros, outros materiais impressos e recursos digitais)

DICAS DE ESTUDO PARA A AVALIAÇÃO FINAL:

• Ensinar resulta em adotar procedimentos diferentes dependendo do tipo de conteúdo com


que se lida. Aliás, esse papel é da didática. Ela tem a atribuição de propor os melhores meios
para tornar possíveis, efetivos e eficientes esse ensino e essa aprendizagem. Nesse sentido, a
didática tem como objeto de estudo o processo de ensino na sua globalidade.

• Veja estes trechos de Schneider, In: Bacich, Tanzi e Trevisani (2015): “… Significa que as
atividades a serem desenvolvidas devem considerar o que o aluno está aprendendo, suas
necessidades, dificuldades e evolução – ou seja, significa centrar o ensino no aprendiz …
Acontece nos diferentes espaços escolares, entre eles – e talvez em primeiro lugar – a sala de
aula.” Percebe-se que os trechos se referem à presença do ensino híbrido no processo de
otimização do espaço escolar por meio da personalização do ensino.

• O plano de ensino é um roteiro das unidades didáticas para o professor ministrar as aulas.
Desse modo, o plano de ensino deve ser composto por: justificativa da disciplina, objetivos
gerais e específicos, conteúdos, tempo, metodologias e avaliação.

• Para Libâneo (1985), os enfoques sobre o papel da didática na atividade escolar variam de
acordo com as tendências pedagógicas. Uma dessas tendências que a tradicional, refere-se à
didática assentada na transmissão cultural, concebendo o aluno como um ser
receptivo/passivo, atribuindo um caráter dogmático aos conteúdos e métodos da educação.
• A formação profissional é um processo pedagógico, intencional e organizado, de preparação
teórico científica e técnica do professor para dirigir competentemente o processo de ensino.
Nessa perspectiva, sobre a didática e a formação profissional do professor, percebe-se que o
processo didático efetivo a mediação escolar de objetivos, conteúdos e métodos das matérias
de ensino. Além disso, a didática descreve e explica os nexos, relações e ligações entre ensino
e a aprendizagem; investiga os fatores codeterminantes desses processos; indica princípios,
condições e meios de direção do ensino, tendo em vista a aprendizagem, que são comuns ao
ensino das diferentes disciplinas de conteúdos específicos. Enfim, a didática se caracteriza
como mediação entre as bases teórico-científicas da educação escolar e a prática docente.

• O objeto da Didática diz respeito ao processo de compreensão, problematização e


proposição acerca do ensino, sendo este entendido como o processo de fazer aprender alguma
coisa a alguém, marcado pela mediação e pela dupla transitividade. Dessa forma, o processo
de ensinar incorpora em si mesmo o processo de aprender, constituindo-se como um único
processo com movimentos distintos (ensinagem e aprendizagem), porém indissociáveis.
Trata-se de favorecer ao professor em formação e em atuação condições de propor formas de
mediação da prática pedagógica, fundamentadas por concepções que permitam situar a função
social de tais mediações. Não se trata, pois, de enfatizar o como fazer, porém, o como fazer
(mediação) em articulação ao por que fazer (intencionalidade pedagógica), condição
intrínseca da Didática fundamental. (Adaptado de: CRUZ, G. B.; André, M. E. D. A. “Ensino de didática:
um estudo sobre concepções e práticas de professores formadores”. Educação em Revista, vol. 30, n. 4, out.-dez.
2014.) Desta forma, na situação exposta pelo texto, as concepções que permitam situar a função
social de tais mediações (linhas 5 e 6) é equivalente à intencionalidade pedagógica implicada
na didática.

• O conhecimento sobre as didáticas específicas – verdadeira matéria-prima do trabalho do


professor – existe e começa a ser incorporado às escolas. Hoje, sabe-se que os alunos sempre
têm alguma, ou muita, informação sobre o objeto de ensino que será trabalhado em classe.
Portanto, é preciso levar isso em conta na hora de planejar e propor atividades – em vez de
ficar simplesmente reproduzindo um mesmo método como se a turma fosse 100%
homogênea, tanto em termos de conhecimentos prévios, como na capacidade de avançar. Ou
seja, há didáticas específicas porque não apenas o jeito de ensinar Geografia é diferente do de
ensinar História, por exemplo, mas porque dentro da própria disciplina há formas mais
eficientes de trabalhar cada conteúdo.

• Para Lerner (2002), uma das formas para conciliar as necessidades inerentes à instituição
escolar com o propósito educativo de formar leitores e escritores, o possível é gerar condições
didáticas que permitam por em cena uma versão escolar da leitura e da escrita mais próxima
da versão social dessas práticas. Para tal, a autora sugere, como uma das possibilidades, os
projetos de produção-interpretação ou trabalho por projeto.

• A didática é a sistematização e a racionalização do ensino, constituída de métodos e técnicas


de ensino de que se vale o professor para efetivar a sua intervenção no comportamento do
estudante. Ou seja, a didática tem como objetivo ensinar métodos e técnicas que possibilitem
a aprendizagem do aluno por parte do professor ou instrutor.
• Quando se pretende que o aluno construa o conhecimento, a intervenção pedagógica do
professor tem valor decisivo no processo de aprendizagem e, por isso, é preciso avaliar
sistematicamente se a intervenção está adequada, se está contribuindo para as aprendizagens
que se espera alcançar.
• Expandir o uso da linguagem em instâncias privadas e utilizá-la com eficácia em instâncias
públicas, sabendo assumir a palavra e produzir textos coerentes e coesos, é um dos objetivos
do ensino de língua portuguesa no Ensino Fundamental.

Você também pode gostar