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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
por
elaborado por
Bárbara Maier Rossatto
Comissão Examinadora
LISTA DE QUADROS
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................11
1.1. Justificativa.................................................................................................................12
1.2. Objetivos....................................................................................................................12
1.2.1. Objetivos Gerais..............................................................................................12
1.2.2. Objetivos Específicos.......................................................................................12
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................13
2.1. Aço..............................................................................................................................13
2.1.1. Produção do Aço...............................................................................................13
2.1.2. Propriedades Mecânicas do Aço.......................................................................14
2.1.2.1. Limite de Escoamento ( e Limite de Resistência
( ......................14
2.1.2.2. Elasticidade............................................................................................15
2.1.2.3. Plasticidade............................................................................................15
2.1.2.4. Ductilidade.............................................................................................15
2.1.2.5. Tenacidade.............................................................................................15
2.1.3. Tipos de Aço Estrutural.....................................................................................15
2.1.3.1. Aço-carbono..........................................................................................16
2.1.3.2. Aço de baixa liga sem tratamento térmico............................................16
2.1.3.3. Aço de baixa liga com tratamento térmico............................................16
2.2. Perfis Metálicos.........................................................................................................16
2.3. Conexões Metálicas...................................................................................................18
2.3.1. Conexões parafusadas.......................................................................................18
2.3.2. Conexões soldadas.............................................................................................18
2.3.3. Conexões flexíveis e rígidas..............................................................................19
2.4. Sistemas Estruturais Metálicos................................................................................21
2.4.1. Pilares................................................................................................................21
3.2.1.1 Flambagem........................................................................................................21
2.4.2. Vigas..................................................................................................................21
2.4.3. Pórticos Deformáveis e Indeformáveis.............................................................22
2.5. Cargas Solicitantes em Edifícios..............................................................................22
2.5.1. Cargas Permanentes...........................................................................................23
2.5.2. Cargas acidentais ..............................................................................................23
2.5.3. Cargas devidas ao vento....................................................................................23
2.5.4. Combinação de Ações.......................................................................................23
2.6. Dimensionamento de Estruturas de Aço................................................................24
2.6.1. Verificação da Flambagem Local da Mesa e da Alma......................................25
2.6.2. Dimensionamento de Barras Comprimidas.......................................................25
2.6.3. Resistencia de cálculo de barras fletidas devido ao momento fletor.................27
2.6.3.1. Vigas com contenção lateral contínua e vigas cujas seções o estado
limite de flambagem lateral com torção não se aplica.................................27
2.6.3.2. Vigas com contenção lateral descontínua..............................................28
2.6.4. Resistência de cálculo de vigas fletidas à força cortante em relação ao eixo
perpendicular a alma devido.................................................................................29
2.6.5. Verificação para o estado limite de serviço....................................................29
2.7. Software para dimensionamento de estruturas de concreto armado...................30
3. METODOLOGIA............................................................................................................32
3.1. Cargas solicitantes na estrutura..............................................................................36
3.2. Dimensionamento da edificação em estrutura metálica........................................36
3.2.1. Considerações de projeto.................................................................................36
3.2.2. Dimensionamento das vigas dos pavimentos subsolo, térreo e superior........41
3.2.2.1. Dimensionamento das vigas que recebem a carga das paredes externas.......41
3.2.2.2. Dimensionamento das vigas que recebem a carga da laje.............................44
3.2.3. Dimensionamentos das vigas da cobertura......................................................52
3.2.3.1. Vigas que recebem a carga da parede
externa.................................................52
3.3 Dimensionamento dos pilares.................................................................................58
3.3.1 Cargas solicitantes...........................................................................................58
3.3.1.1 Pavimento térreo..............................................................................................58
3.3.1.2 Pavimento superior..........................................................................................58
3.1.1.1. Cobertura...................................................................................................
.......59
3.1.1.2. Total...........................................................................................................
.......59
3.1.2. Pré-dimensionamento.......................................................................................59
3.1.3. Verificações......................................................................................................61
3.2. Dimensionamento da estrutura de concreto
armado..............................................62
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS.....................................................................................67
4.1. Orçamento da estrutura
metálica.............................................................................67
4.2. Orçamento da estrutura de concreto
armado..........................................................69
5. CONCLUSÃO...................................................................................................................71
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................72
7. ANEXOS............................................................................................................................73
12
1. INTRODUÇÃO
1.2. Justificativa
1.3. Objetivos
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Aço
O aço pode ser definido como uma liga metálica composta de ferro com pequenas
quantidades de carbono que possui propriedades de resistência e ductilidade, as quais são
mais requeridasna construção civil.
ConformeLuiz Andrade de Matos Dias,(2006) o aço líquido, antes de ser resfriado em
forma de placas ou perfis laminados, é produzido através de finos de minério de ferro,
chamados de sínter, que são aglutinadosno coque siderúrgicoque é um material carbonáceo
sólido obtido a partir da destilação do carvão mineral em forno. Essa aglutinação é feita no
alto forno onde uma injeção de ar causa uma reação exotérmica que funde esses materiais
produzindo o material metálico, a gusa líquida, e a escória de alto forno como subproduto
(usada na fabricação de cimento).
Nesta fase o líquido metálico possui excesso de carbono e impurezas, então, ele é
refinado na aciaria, unidade que possui equipamentos para a remoção desses elementos
através de uma injeção de oxigênio puro na gusa. Também, no refinamento,há a adição de
outros elementos como cobre, níquel, manganês, silício, titânio, vanádio, entre outros, para
desenvolver características desejadas de resistência, ductilidade, soldabilidade e resistência à
corrosão.
Após o processo completo da formação de aço líquido, este é resfriado no processo de
lingotamento para a formação de blocos e placas e então, são feitos os perfis metálicos
laminados, gerados no processo de laminação, os quais são perfis que saem da siderúrgica
com uma seção transversal definida. Já os perfis soldados são formados a frio sendo dobrados
ou cortados e soldados posteriormente por fabricas de perfis de aço soldados. A Figura 1
mostra um fluxograma simplificado da produção do aço.
15
2.1.2.2. Elasticidade
2.1.2.3. Plasticidade
2.1.2.4. Ductilidade
2.1.2.5. Tenacidade
É a capacidade que o aço possui de absorver tanto energia elástica como plástica por
unidade de volume até a sua ruptura. Representa a área total do diagrama tensão-deformação.
17
Os aços estruturais são classificados de acordo com a liga que lhes confere,
conforme Luiz Andrade de Matos Dias(2006).
2.1.3.1. Aço-carbono
Não possui elementos de liga e pode ter alto, médio ou baixo teor de carbono
(C≤0,3%), sendo este o mais adequado a construção civil.
Os aços-carbono mais usuais são o ASTM-A36, aço-carbono de média resistência
( =250MPa), e o ASTM A572/GR50, aço-carbono de alta resistência ( =350MPa) e baixa
liga, os quais são especificados pela American Society for Testing and Materials (ASTM). A
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) também especifica aços como o ASTM-
A570, mais utilizado na fabricação de perfis formados a frio, e NBR 7007/MR-250, aço para
fabricação de perfis laminados que mais se assemelha ao ASTM A-36.
Recebe elementos de liga com teor inferior a 2% para aumentar a resistência mecânica
e/ou à corrosão. É adequado para a construção civil, mas é necessária uma análise econômica.
Também recebe elementos de liga com teor inferior a 2%, mas recebem um tratamento
térmico especial após a laminação para adquirir alta resistência mecânica (fy ≥ 300Mpa).
Usado em tanques, vasos de pressão, dutos forçados, ou onde os elevados esforços
justifiquem economicamente sua utilização.
18
Figura 3- Perfis laminados padrão americano (Adaptado Luiz Andrade de Matos Dias,2006)
Os perfis soldados (Figura 4) são obtidos pelo corte composição e soldagem de chapas
planas de aço, o que permite variedade de formas e dimensões das seções, podendo ser
fabricados conforme a especificação, por exemplo, ASTM A36 ou ASTM A 572. São
classificados em séries de acordo com sua utilização:
• Série VS: perfis soldados para vigas em que 1,5< d/bf ≤4;
• Série CVS: perfis soldados para vigas e pilares em que 1< d/bf ≤ 1,5;
• Série CS: perfis soldados para pilares em que d/bf=1.
Luiz Andrade de Matos Dias (2006) explica que as siderúrgicas fornecem as chapas e
perfis laminados aos fabricantes de estruturas metálicas em dimensões padronizadas, devido a
isso a fabricação da peça estrutural nas dimensões do projeto requer cortes e conexões do
material, estas são feitas por soldagem ou parafusamento.
Os parafusos são formados pela cabeça, pelo fuste e pela rosca. São identificados pelo
diâmetro nominal, mas a resistência à tração é função do diâmetro efetivo (Figura 6).
As conexões parafusadas são classificadas pela forma de transmissão dos esforços aos
parafusos, como ligação à tração, à força cortante e aos esforços combinados de ambas.
20
As ligações rígidas são aquelas onde, teoricamente, não ocorre a rotação relativa das
peças conectadas, ao contrário das ligações flexíveis que permitem essa rotação. As Figuras 8
e 9 exemplificam ligações rígidas e as Figuras 10 e 11representam as ligações flexíveis.
Figura 8 – Conexão soldada rígida da viga na aba do pilar (Adaptado de Luiz Andrade de Matos Dias,2006)
21
Figura 9– Conexão parafusada rígida da viga na alma do pilar (Adaptado de Luiz Andrade de Matos Dias,2006)
Figura 10 – Conexões parafusadas flexíveis da viga na aba do pilar (Adaptado de Luiz Andrade de Matos
Dias,2006)
Figura 11 –Conexões parafusadas flexíveis pelas almas das vigas (Adaptado de Luiz Andrade de Matos
Dias,2006)
Luiz Andrade de Matos Dias (2006) explica, a seguir, a função de pilares e vigas assim como
algumas características desses elementos
22
2.4.1. Pilares
Os pilares são estruturas que transmitem todas as cargas para as fundações estando
sujeitos basicamente a esforços axiais de compressão. São conformados a partir de perfis “I”,
“H”, de alma cheia, tubulares, barras chatas ou redondas. Os pilares são formados por peças
esbeltas, podendo ocorrer o fenômeno da flambagem.
3.2.1.1 Flambagem
2.4.2. Vigas
As vigas são elementos estruturais sujeitos basicamente por esforços de flexão com
objetivo de vencer vãos horizontais e transferir forças verticais para os apoios. As vigas
metálicas podem ser de alma cheia, alveolares, em forma de treliças e Vierendeel.
• Vigas de alma cheia: são formadas por duas mesas interligadas por uma alma,
adequadas para resistir a flexão, compressão e tração. Os perfis mais utilizados são
I laminados, I soldados e U estruturais formados a frio.
• Vigas alveolares: são obtidas a partir dos perfis I por recorte longitudinal das almas
na forma de ameias com posterior deslocamento e soldagem. Elas terão maior
altura que o perfil original, mas consideravelmente mais leves.
23
• Vigas em forma de treliças: são constituídas por barras coplanares articuladas entre
si por ligação direta ou indireta e submetidas a cargas nodais. A ligação indireta é
feita por chapas Gousset, permitindo o giro nos nós fazendo com que as barras
resistam ao esforço normal e cortante. A ligação direta é efetuada por soldagem,
então essas treliças são, na verdade, pórticos com conexões rígidas cujas barras
resistem a esforços de flexão, mas são chamadas assim devido a sua forma.
• Vigas Vierendeel: são vigas compostas de barras em formas de quadro unidas por
ligações rígidas e resistem a forças normais, cortantes e fletoras. São usadas para
solucionar a necessidade de grandes vãos livres, o que resulta em uma altura de
viga igual a distancia entre os pavimentos da estrutura.
Toda estrutura formada por barras vinculadas entre si é denominada pórtico espacial e
ele pode ser deformável ou indeformáveldependendo do tipo de ligação entre as barras, como
se vê na Figura 12. Pórticos deformáveis possuem conexões rígidas, que fazem o
pórticodeformar-se por flexão das barras, já os pórticos indeformáveis possuem conexões
flexíveise o deslocamento dos nós, que decorre da deformação axial das barras, pode ser
desprezado. Quando a ação de vento é considerada devem ser travados em cruz, X, Y ou em
K.
A rigidez das barras à deformação axial é muito maior que a rigidez à deformação por
flexão, assim resultando em barras menores e mais leves para o sistema de pórtico
indeformável.
As cargas permanentes são as cargas de todos os materiais que compõe o peso próprio
da estrutura, desde lajes, vigas e pilares até coberturas e acabamentos.Atabela 1 da NBR
6120(Anexo1) possui os pesos específicos aparentes dos materiais mais utilizados em
edifícios para o cálculo do peso próprio na estrutura destes materiais.
São as sobrecargas variáveis na estrutura como o peso das pessoas, móveis, objetos
estocados. A NBR 6120 possui valores mínimos de cargas acidentais de acordo com o tipo de
edificação, como é mostrado no Anexo 2.
(1)
Onde:
Q = ação variável predominante para o efeito analisado
1
Q = demais ações variáveis
j
= coeficientes de ponderação das ações permanentes
g
= coeficientes de ponderação das ações variáveis
q
ψ = fatores de combinação
Para estruturas de até dois andares, as solicitações de cálculo podem ser determinadas
por análise plástica, ignorando-se os efeitos de segunda ordem.
Para realizar o projeto estrutural deve ser realizada uma análise do projeto
arquitetônico, fazendo a escolha dos tipos de perfis que serão utilizados e do tipo de ligação
que os elementos terão entre si. Deve-se ter muito cuidado com esta fase do projeto, pois
algum erro pode causar um prejuízo econômico.
Para aços em geral a NBR8800 adota os seguintes valores para as propriedades
mecânicas do aço na faixa normal de temperaturas atmosféricas:
• Módulo de elasticidade: E = 205,000 Mpa;
• Coeficiente de Poisson: νa= 0,3;
-6 0
• Coeficiente de dilatação térmica: β = 12 x 10 por C;
• Peso específico, γ = 77 kN/m³.
a
O dimensionamento deve considerar o estado limite último (ELU) e o estado limite de
serviço (ELS).Os estados limites últimos relacionam a segurança da estrutura sujeita as
combinações mais desfavoráveis previstas durante sua vida útil, e os estados limites de
serviço estão relacionados com o desempenho da estrutura sob condições normais de serviço,
ou seja, condições de aparência e conforto.
Para a verificação da estrutura, pelo estado limite último, a resistência de cálculo de
cada componente da estrutura deve ser igual ou superior asolicitação de cálculo.
O valor da relação largura / espessura das almas e das mesas dos perfis metálicos
devem sempre ser menores que o valor encontrado no Anexo 3 -Valores limites das relações
largura/espessura, o qual apresenta valores conforme o caso e a classe especificados no anexo.
• Flambagem Local da Mesa:
27
(2)
Onde:
b = largura da mesa
em = espessura da mesa
(3)
Onde:
H= altura do perfil
H – 2em = altura da alma
ea = espessura da alma
(4)
(5)
(6)
: parâmetro de esbeltez;
: parâmetro de flambagem;
: raio de giração relativa a um dos eixos da secção transversal do perfil;
: módulo de elasticidade do aço.
Aplicado para seções transversais “I”, “H” e caixão duplamente simétricas, tubulares
de seção circular, “U” simétrica em relação ao eixo perpendicular à alma, todas contendo
apenas elementos com relações “b/t” iguais ou inferiores às dadas no Anexo3para seções
classe 2. Também seções cheias, podendo ser redondas, quadradas ou retangulares. O
carregamento deve sempre estar em um plano de simetria, exceto no caso de perfis “U”
fletidos em relação ao eixo perpendicular a alma, quando o plano de carregamento deve
passar pelo centro de torção.
O valor da resistência de cálculo ( ) deve ser igual ou superior à carga de
compressão solicitada ( ) multiplicada pelo coeficiente de ponderação ( ) relativo à
combinação de ações usada. Então, o dimensionamento de barras fletidas deve atender a
relação:
(7)
(8)
(9)
Nesse caso as vigas estão no estado limite de flambagem lateral com torção. Para
seções com I ≠ I , fletidas em relação ao eixo de maior inércia, a resistência de cálculo ao
x y
momento fletor é dada por “ ”, onde = 0,90 e “ ” é a resistência nominal calculada
conforme a relação do comprimento sem contenção lateral “Lb” com os comprimentos “Lp” e
“Lr”,para seções “I” e “H”, mostrados a seguir:
(10)
(11)
(12)
Onde:
(16)
(17)
(18) (19)
M1/M2 é positiva quando esses momentos provocarem curvatura reversa, e negativa em caso
de curvatura simples. Quando o momento fletor em alguma seção intermediária for superior,
em valor absoluto, a M1 e M2, Cbdeve ser tomado igual a 1,0, assim como, no caso de
balanços.
(24)
(25)
(26)
, para almas sem enrijecedores transversais, para a/h 3 ou para
a/h (29)
Onde:
(30);
:área efetiva de cisalhamento;
H: altura total da seção transversal;
a : distância entre linhas de centro de dois enrijecedores transversais adjacentes;
h :altura livre da alma entre mesas;
: espessura da alma.
(31)
(32)
(33)
3. METODOLOGIA
As cargas variáveis serão calculadas através dos valores mínimos das cargas verticais
apresentadas noAnexo2.
Então, nos locais dos laboratórios a carga acidental é de 300 kgf/m² e nas salas de uso
geral e banheiros foi considerado 200 kgf/m² mais 100 kgf/m², que é o valor mínimo que a
norma recomenda para os locais com divisórias leves. Assim, tem-se uma carga acidental de
300 kgf/m² para toda a edificação.
NasFiguras 26, 27 e 28a seguir, tem-se a configuraçãoinicial dos pilares e vigas com a
direção das lajes, as quais são apoiadas apenas nas vigas que estão no sentido horizontal.
Como a laje pré-moldada é unidirecional, foi calculado dois perfis de viga para a
estrutura, um para o grupo de vigas na direção horizontal, que suportam a carga das lajes, e
outro para o grupo de vigas na direção vertical, que suportam apenas as cargas das paredes
externas.
Para obter perfis com resistências compatíveis a todas as vigas dentro de cada grupo,
foi escolhidapara o dimensionamento a viga mais solicitada de cada grupo, ou seja, foi
escolhida a viga mais solicitada das vigas que recebem a carga da laje e a viga com maior vão
das que apenas rebem a carga de parede externa.
3.2.2.1. Dimensionamento das vigas que recebem a carga das paredes externas.
Para o dimensionamento das vigas que não recebem a carga das lajes, mas apenas das
paredes externas da edificação, foi escolhida a viga V20 do pavimento térreo (ou V18 do
superior), para o cálculo, pois possui o maior vão dentre elas, totalizando 520 cm. A carga de
parede foi considerada com a altura do pé-direito, ou seja, não foram descontadas as
aberturas.
• Momento máximo:
(35)
45
OK!
• Flambagem local da alma: Essa verificação também é feita pelo ANEXO 3. Para
seção I tem-se o caso 5, e para a verificação à flexão, classe 2.
46
OK!
• Resistencia de cálculo ao momento fletor: As vigas dimensionadas não possuem
contenção lateral contínua, pois as lajes são simplesmente apoiadas nelas (Figura
30), então, as vigas estão no estado limite de flambagem lateral com torção (Lb>0).
Lb > Lp
OK!
OK!
Para este caso, foi calculada a carga solicitante da viga V2 e da viga V9 do pavimento
térreo para selecionar qual delas possui o maior momento, pois a V2 tem carga
extra,proveniente da parte da escada que a viga V15 sustenta, mas a viga V9 possui maior
área de influência, como mostra a Figura 31.
48
• Viga V2:
o Laje pré-moldada treliçada: 200 kgf
o Revestimento: 100 kgf
o Carga Acidental: 300 kgf/m²
o Área de Influencia: 23,04 m² + 13,09 m² = 36,13 m²
o Carga Distribuída: (36,13*(200+100+300)) / 9,6 = 2258,12 kgf/m
o Carga Concentrada:
Peso próprio da escada apoiada na V15:
(500kgf*1,33m²) /2,4m=277,08 kgf/m
Peso próprio da V12 e V15 = 38,00 kgf/m
Carga concentrada na viga V2:
(277,08*1,2m)+(38*(1,2+2,4m))=469,3 kgf
49
o Momento máximo:
R1 + R2 = 469,3 + 2218,12 * 9,6 = 21763,2 kgf
M1= 0 R2 = ((2218,12 * 9,6 * 4,8) + (469,3 * 6,05))/9,6 = 10942,7 kgf
R1 = 21763,2 - 10942,7 = 10820,5 kgf
Mmáx= (10820,5 * 4,8)-(2218,12 * 4,8 * 2,4) = 26385,7 kgf
• Viga V9:
o Laje pré-moldada treliçada: 200 kgf
o Revestimento: 100 kgf
o Carga Acidental: 300 kgf/m²
o Área de Influencia: 23,04 m² + 22,32 m² = 45,36 m²
o Carga Distribuída: (45,36*(200+100+300)) / 9,6 = 2835,00 kgf/m
o Carga Concentrada:
Peso próprio da V24 e V28 = 38,00 kgf/m
Carga aplicada na V9: 38*(2,325+2,4))= 179,55kgf
o Momento máximo:
50
As vigas foram renomeadas, então a viga V20 calculada anteriormente passa a ser a viga V21.
o Momento máximo:
R1 + R2 = 179,55+91,2+ 2835,00 * 9,6 = 28916,19 kgf
M1 = 0 R2 = ((2835,00 * 9,6 * 4,8) + (179,55* 6,05)) + (91,2*3,025)/ 9,6 = 14464,6kgf
R1 =14451,58 kgf
Mmáx= (14451,58 * 4,8) - (2835,00 * 4,8 * 2,4) - (91,2*1,775) = 34831,17 kgf
• Pré-dimensionamento:
Verificações:
• Flambagem local da mesa: Para seção I tem-se o caso 1, e para a verificação à
flexão, classe 2.
OK!
OK!
Lb = 302,5 cm > 0 =
Lb > Lp
OBS:
55
Lp <Lb <Lr
O momento máximo foi recalculado para considerar o peso próprio do perfil metálico.
OK!
Como , tem-se
= R2 =14332,0 kgf
>
OK!
• Cargas Solicitantes:
57
Peso próprio da parede de alvenaria: 1300 kgf/m³ * 0,2 m* 1,5m= 390 kgf/m
• Momento máximo:
Verificações:
• Flambagem Local da Mesa: Para seção I tem-se o caso 1, e para a verificação à
flexão, classe 2.
OK!
58
OK!
Lb = 520 cm > 0 =
Lb > Lp
OK!
OK!
• Viga V9 da cobertura:
o Laje pré-moldada treliçada: 200 kgf
o Revestimento: 0 kgf
o Carga Acidental: 50 kgf/m²
o Área de Influencia: 23,04 m² + 13,09 m² = 36,13 m²
o Carga Distribuída: (36,13*(200+50)) / 9,6 = 940,88 kgf/m
o Carga Concentrada:
Peso próprio da V14 =25,70 kgf/m
Carga concentrada na viga V2:
25,7*(1,2+2,4m))= 92,52 kgf
25,7*(2,4m))= 61,68 kgf
• Momento máximo:
R1 + R2 = 92,52 +61,68+ 940,88 * 9,6 = 9186,65 kgf
Mmáx=11205,93 kgf
• Pré-dimensionamento:
Primeiramente escolheu-se o perfil I-305x67 com Wx = 785 cm³, mas apenas com o
perfil I-305x81,9 (Wx = 881 cm³) obteve-se êxito na verificação da resistência ao momento
fletor. Características do perfil:
• Massa nominal: 81,9 kg/m
• Área: 104,3 cm²
• Altura: H = 304,8 mm
• Largura: b = 142,2mm
• Espessura média: em = 16,74mm
• Espessura da Alma: ea = 20,6 mm
• H/(b* em) = 1,28cm-1
• Inércia em relação ao eixo x: Jx= 13430 cm4
• Raio de giração da seção T: rt= 3,34 cm
• Módulo de resistência elástico em relação ao eixo x: Wx = 881 cm³
• Módulo de resistência plástico: Z = 938 cm
Verificações:
OK!
• Flambagem Local da Alma: Para seção I tem-se o caso 5, e para a verificação à
flexão, classe 2.
OK!
• Resistencia de Cálculo ao Momento Fletor:
61
Lb = 355 cm > 0 =
Lb > Lp
OBS:
O momento máximo foi recalculado para considerar o peso próprio do perfil metálico.
OK!
62
Como , tem-se
= R2 =4987,09 kgf
>
OK!
63
A carga solicitante normal do pilar foi determinada através da soma das reações das
vigas referentes ao apoio do pilar P3.
• Viga V2:
o Peso próprio: 121,2 kgf
o Área de Influencia: 23,04 m² + 21,12 m² = 44,16 m²
o Carga Distribuída: (44,16 *(200+100+300) + 121,2) / 9,6 = 2760,0
kgf/m
o Carga Concentrada:
Peso próprio da V12 e V13 = 38,00 kgf/m
Carga concentrada da V12 = 38*(2,4) = 91,2 kgf
Carga concentrada da V13 = 38*(2,2 + 2,4) = 174,8 kgf
3.3.1.3. Cobertura
• Viga V2: Foi usada a reação da viga V9, pois as cargas solicitantes
possuem diferenças muito pequenas.
R1= 4985,80 kgf
3.3.1.4. Total:
Para fins práticos e em virtude da segurança, foi considerada uma carga de 40000,00
kgf para o dimensionamento dos pilares.
65
3.3.2. Pré-dimensionamento
O pré-dimensionamento foi realizado pelo índice de esbeltez limite, o qual não pode
ser superior a 200.
3.3.3. Verificações
OK!
OK!
• Resistencia de cálculo:
Onde:
Q=1
Como o perfil metálico escolhido foio perfil padrão americano I (laminado) possuindo
t 40mm e d/b= 304,8/133,4 = 2,28>1,2, então,a curva “a” foi encontrada para o eixo x-x e
a curva“b” para o eixo y-y, conforme a Figura 39 abaixo.
Após, os valores de e foram encontrados nas tabelas dos valores das curvas de
flambagem, através do e calculados abaixo.
Curva a
Curva b
OK!
Figura 45 – Pórtico 3D
Os pilares P2, P5, P10, P16, P19, P22, P26 foram acrescentados a fim de diminuir o
vão das vigas V1, V2, V4, V6, V7 e V8 que antes não satisfaziam o estado limite de serviço,
mesmo com seções robustas como 25x70cm.
Com a relação dos perfis metálicos das vigas e pilares, a estrutura foi orçada através
do valor do quilo do perfil laminado I, obtido na tabela SINAPI2015 (Sistema Nacional de
Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) de Porto Alegre, RS, cujo valor é 3,61
R$/kg. Então, foi calculado o custo de cada viga e pilar em relação ao seu comprimento,
através da multiplicação da massa nominal (kg/m) pelo comprimento de projeto da barra e
75
pelo preço do quilo (3,61). O Quadro 3 discrimina a quantidade de barras de cada perfil com
os custos, assim como o custo total da estrutura metálica.
Custo
Peso + 10% (kg) Peso da Número de Custo por
Diâmetro Número de Unitário da
Aço barra de Barras Diâmetro
(mm) Barras Barra de
12m Aproximado (R$)
12m
Vigas Pilares Total
Custo
Vigas Pilares Total Custo
Total(R$)
Volume concreto
30,6 16,5 47,1 344,7 R$/m³ 16235,37
C30(m³)
Aço 14519,27
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
7. ANEXOS
ANEXO 9 – Valores de K
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