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gws_rd=ssl#q=exemplo+m%C3%BAsica+modo+grego&safe=active
Os modos litúrgicos, por exemplo, eram maneiras diferentes de se cantar a escala Natural (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si e Dó). Ao fazer
uma melodia que utilizasse a nota Ré como fundamental (o nome usado na época era finalis), essa seria uma melodia Dórica, se a
fundamental fosse Mi a melodia era Frígia e assim por diante. Dessa forma é errado pensar em um modo como uma escala, um
modo na verdade é uma maneira de se tocar ou cantar com uma escala.
Os sistemas modais são considerados sistemas “fechados” pois as melodias são feitas sempre com as mesmas notas de uma escala,
alterando a fundamental de um modo para o outro. Por isso alguns autores consideram as músicas folcóricas com pentatônicas
como modais, pois são compostas sempre com as mesmas 5 notas. Daí você poderá pensar em sistemas modais sobre as escalas
hexafônicas, octatônicas, etc… No entanto, apesar de serem fechados, esses sistemas modais não são de modos gregos ou litúrgicos.
O sistema tonal foi uma espécie de condensação dos modos litúrgicos em dois modos: o Maior e o Menor. Isso quer dizer que a
dissolução do sistema dos modos litúrgicos deu origem ao sistema tonal no séc XVII. Nesse sistema uma nota e um acorde terão
papel principal, e daí serão produzidos uma escala (maior ou menor). A tonalidade é formada por todos os acordes possíveis
montados com essa escala e cada um desses acordes passa a ter uma função (Tônica, Dominante ou Subdominante). A tonalidade
pode ser transposta para qualquer nota e com isso temos diversas tonalidades maiores e menores.
Como uma escala no sitema tonal é formada por sete dos doze sons possíveis dentro de uma oitava, por vezes outros sons podem
entrar em melodias e acordes (como nas dominantes secundárias por exemplo). Isso quer dizer que mesmo em uma música em Dó
Maior podem acontecer alguns sons alterados (sustenidos e bemóis) em melodias ou acordes, e por isso o sistema tonal é
considerado um sistema “aberto”.
Modal é toda vez que muda acorde muda escala! Por exemplo C7M solo C jonio, mudou pra Dm7 muda pra D eólio,
G7 muda pra G mixolídio, é muito mais difícil, dependendo do acorde caracteristico você muda o modo!
Quando gira só em torno de um tom é tonal
O nome correto é Power Chords. Se você manter uma base com Power chord em C, você pode solar em qlq modo
menos lócrio!
http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/72393/p17
Aí eu sempre procurei por isso nesse fórum e nunca achei, agora q descobri to passando pra vcs.
Taí, usando essas escalas vc pode improvisar perfeitamente em uma música em dó.
Agora sobre que acorde vamos aplicar as escalas... heheh aí que ta o misterio da coisa.
O c jonio pode ser aplicada sobre os acordes C, C7M, C6, C6(9), C7M(13), Csus4.
O D dorico pode ser aplicado sobre esses acordes Dm, Dm7, Dm6, Dm11, Dm13, Dm6(9)
O E frigio pode ser usado sobre os seguintes acordes Em, Em7, Em11, Em(b9)
O F Lidio pode ser usado sobre os seguintes acordes F, F7M, F6, F7M(#11), F7M(13), F6(9)
O G mixolidio pode ser usado sobre os seguintes acordes G, G7, G6, G7(9), Gsus7(4), G7(11)
O A eolio pode ser usado sobre os seguintes acordes Am, Am7, Am7(9), Am7(#5),Am7(11), Am(add9), Am11
O B lócrio pode ser usado sobre os seguintes acordes Bdim, Bm7(b5), Bm11
estudem isso tirem suas próprias conclusões e depois transportem para outras tonalidades.
Bom dia!!!
Junior GuitarSP
É uma progressao com 4 acordes, quando estiver no A eu faço o modo Jonio, no Bm o dorico e no E o mixolidio ??? É
isso???
Para o nosso caso, por enquanto não é isso.
é interessante tb fazer a troca das escalas usando a mesma tonica, ajuda na visualização.
veja a relaçao das notas e dos modos envolvidos juntamente com a harmonia que está rolando.
quanto menos saltos, mais fluente é o solo e mais natual soará.
Vejamos:
Escala de G Maior:
Se você reparar bem, todos os acordes são da escala de G maior e todas as escalas são G Jônio, A Dórico, B frígio, etc.
E mais:
Se tu fizer uma base power-chord por exemplo:
http://www.helenos.com.br/Home/artigos/exemplos-de-musicas-com-os-modos-gregos-e-
quando-utiliza-los
Modo Frígio: 'Wherever I May Roam' e a transição de 'Creeping Death' (Metallica), 'Trust' e 'Symphony of
Destruction' (Megadeth), 'Hunter' (Björk), 'Remember Tomorrow' (Iron Maiden), 'Sullen Girl' (Fiona
Apple), 'Phrygian Gates' (John Adams), 'Would?' (Alice in Chains), 'Calling to You' (Robert Plant), 'For the
Love of God' (Steve Vai), 'Deeper Underground' (Jamiroquai), 'Not to Touch the Earth' (The Doors), 'Once'
(Pearl Jam), 'In the Name of God' (Dream Theater), 'If U Seek Amy' (Britney Spears). --> Principalmente
nos festivais e cultos ligados a Cibele/Réia. Tenho a impressão de que os cultos a Hermes poderiam ser
colocados aqui também.
Modo Dórico: início de 'Wave' (Tom Jobim), 'Eleanor Rigby' (Beatles), 'Milestones' e 'So What' (Miles
Davis), 'The End' (The Doors), 'Smoke on the water' (Deep Purple). --> Nos festivais pan-helênicos, como
os jogos ístmicos em Corinto, os jogos de Neméia na Argólia, os jogos pítios em Delfos e nos Jogos
Olímpicos. Também no culto a Deméter.
Modo Lídio: 'Answers' e 'The Riddle' (Steve Vai), início de 'Overture 1928' (Dream Theater), 'Freewill'
(Rush), estrofes de 'Man on the Moon' (R.E.M.), 'Blue Jay Way' (The Beatles, mais especificamente como
George Harrison tocou na Magical Mistery Tour), introdução de guitarra no 'Dancing Days' (Led Zeppelin),
'Flying in a Blue Dream' (Joe Satriani), 'Beyond the Boundaries' (Jimmy Cliff), 'Unravel' (Björk), 'Follow
my way' (Chris Cornell), 'Arcane Lifeforce Mysteria' (Dimmu Borgir), 'Little Red Corvette' (Prince), 'Every
Little Thing She Does is Magic' (The Police), 'All I Need' (Radiohead), maioria dos solos de guitarra das
músicas mais recentes de Frank Zappa, tema dos Jetsons, início do tema dos Simpsons. --> Cultos a
Baco/Dionísio, a Héracles, a Afrodite, a Ártemis, e os festivais de Tebas.
Modo Mixolídio: blues de tom maior, como 'Scuttle Buttin' e 'Pride and Joy' (Steve Ray Vaughan),
'Norwegian Wood' (Beatles), 'The Visitors' (ABBA), 'Satisfaction' (The Rolling Stones), 'Drinking in L.A.'
(Bran Van 3000). --> Dizem que este modo foi inventado por Safo, então convém associá-lo a Afrodite e
Eros.
Modo Eólio: 'Fear of the dark', 'Hallowed be thy name', 'Running Free' e 'Still Life' (Iron Maiden), 'Achilles
Last Stand' (Led Zeppelin). --> Cultos a Apolo, Ártemis, Atena, Hefesto, festivais da Beócia, de Lesbos e de
outras colônias gregas na Ásia menor. Odisseu esteve na ilha de Eólo, que lhe proveu com Zéfiro (vento
oeste).
Modo Lócrio: primeira parte de 'Painkiller' (Judas Priest), 'Symptom of the Universe' (Black Sabbath),
começo de 'YYZ' (Rush), parte principal de 'Painkiller' (Judas Priest), refrão de 'Our Truth' (Lacuna Coil). --
> Culto a Perséfone e aos heróis da guerra de Tróia, festivais da Magna Grécia e de Amphissa.
Modo Jônio: 'Let It Be' (Beatles), primeira parte do 'Always With Me, Always With You' (Satriani). -->
Culto a Zeus, Hera, Atena, e os demais festivais mais populares.
~ Agora você pode criar sua "playlist" para cada cerimônia. ~
Pessoal já vi em vários cantos muita gente falando sobre improvisação modal e tonal , que cai muito sobre modos
gregos . Existe um Livro sobre modos gregos muito interessante e eu o postarei no final do tópico . Vamos então
primeiramente falar dos modos Gregos .
Uma parte que eu achei muito interessante nesse livro foi sobre a Aplicação dos modos gregos na Progressão ( base )
:
Se quiserem falarem de modos gregos mais um pouco para chegarmos na improvisação TONAL fiquem à vontade :D
Mas ai vem a duvida , Se eu estiver tocando um F lídio , nn será a mesma coisa de tocar um do jonio ? qual
sonoridade saira ? jonio ou lidio ?
Cara eu também tinha esta duvida, mas perceba que agora quem 'manda" na escala(no caso citado por vc) não é
mais o Dó, e sim o Fá, logo todas as notas estarão subordinadas ao Fá, consequentemente os acordes também. Um
bom exemplo é o modo mixolidio, que é bem conhecido, aquele usado muito no baião, no exemplo de "asa branca",
vamos colocar no tom de Dó mixolidio, é como se musica estivesse em Dó maior e com uma nota alterada, ou seja,
continua em Dó, porem com aquela sonoridade da setima menor ali soando todo o tempo e dando aquela diferença,
e com certeza da pra ver que a tonalidade claramente não é o Fá maior, apesar de ter as mesmas notas, pois toda a
harmonia está girando em torno do Dó e não do Fá, que de certa maneira se torna um "coadjuvante". rçrç
cara depende do que você está querendo dizer com isto. No blues acontece o seguinte quando se tem aquela
harmonia I7 IV7 V7, você pode usar uma penta m7, ou uma penta m7 com blue note, este é um exemplo bem
esdrúxulo, mas rola.. isso é caracteristica do blues, é mais uma vez um assunto de sonoridades, mas não vou
aprofundar..
Cara nada na musica é proibido, já vi até o Randy rhoads usar uma escala menor bem encima de um acorde
maior(terça menor encima de terça maior), e não chocou. Mas nem sempre rola..
Não tem regra, mas dificilmente uma harmonia encima de um D jonio por exemplo, vai casar com um D
eolio.(exemplo grotesco pra ficar bem na cara) Pois entre um modo maior e um menor se forem comparados tem
intervalos muito tensos entre si, por exemplo um Dó menor(EÓLIO) e um Dó maior(JONIO):
M-CDEFGABC
m - C D Eb F G Ab Bb C
A no maior temos como terça: E , no menor: Eb; estas duas notas formam entre si um intrvalo de segunda menor,
um intervalo muito tenso, toque-as juntas e veja, agora imagine isso em uma musica, estes intervalos tensos rolando
no meio de uma musica, exemplo:
G Bm C D
Harmonia tonal, mas nada impede de usar outras escalas, desde que se adequem no contexto. No casso você
poderia simplesmente usar a escala de G maior(jonio) e sair tocando, seria mais pratico e você ia ter uma sonoridade
legal que nao ia chocar, poderia também pensar por acordes, no caso teria inumeras opçoes, enquanto tava rolando
o G você poderia usar a penta maior do dominante, a penta da dominante da dominante, .. usar o Bm eolio
enquanto rolava o Bm, fora os arpejos, etc etc.. Só que as vezes fazendo isto em uma harmonia tão simples o solo
pode ficar muito tenso e pode ser que não fique legal...
MODOS GREGOS :
Cara com esse livro vc vai entender bastante sobre a aplicação e a teoria dos modos Gregos :
http://www.4shared.com/office/vthihiM_/Nautilus__modos_gregos.html
https://www.youtube.com/watch?v=3ibGDo30NUA
Tbm tem vários tópicos Interessantes sobre Modos Gregos Aki no FCC :
http://whiplash.net/materias/guitarshred/000598.html
http://whiplash.net/materias/guitarshred/000628.html
http://whiplash.net/materias/guitarshred/000778.html
http://www.cifraclub.com.br/aprenda/cursos/12-violao/w-curso-de-violao --guitarra-p8.html
ESCALA PENTATÔNICA :
http://www.youtube.com/watch?v=6ZEwcHrFMgY
http://www.youtube.com/watch?v=ek0phEKndbU
ARPEGGIOS :
Videos :
https://www.youtube.com/watch?v=E8BMm7Xg1gc
https://www.youtube.com/watch?v=ViAwADwG7Ok
https://www.youtube.com/watch?v=zxh5RfTe49g
Topicos : http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/2769/
http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/70108/
http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/95834/
Sites : http://riffsesolos.blogspot.com.br/2007/04/exerccio-arpejos.html
E PARA CONCLUIR , VIDEOS SOBRE A APLICAÇÃO DE TUDO QUE FOI FALADO ACIMA . [MUITO IMPORTANTE MESMO]
:
https://www.youtube.com/watch?v=mG0tbMXl7yw
https://www.youtube.com/watch?v=LWVTuRtpvEk
bielcamboim
Vejamos:
Escala de G Maior:
Se você reparar bem, todos os acordes são da escala de G maior e todas as escalas são G Jônio, A Dórico, B frígio, etc.
E mais:
Se tu fizer uma base power-chord por exemplo:
os graus:
C - primeiro Grau
D - segundo grau
E - terceiro grau
F - Quarto Grau
G - Quinto Grau
A - Sexto grau
B - Sétimo grau.
1º grau - Jônio
2º grau - Dórico
3º grau - Frígio
4º grau - Lídio
5º grau - Mixolído
6º grau - Eolio
7º grau - Lócrio
Se pegar-mos cada grau e analisar-mos a sequência das notas, veremos que teremos 7 escalas diferentes.
Por exemplo:
G (mixolídio):
GABCDEFG
Obs: Para comparar-mos os modos, devemos comparar os menores com os menores e os maiores com os maiores.
Ex: comparação de Jônio com Mixo: as sétimas se diferenciam (comparei 2 maiores)
Ex2: comparação do modo Dórico com o Eólio: Dórico tem sexta maior, Eólio tem 6ª menor. São diferentes na 6ª
(comparei 2 menores)
F
G
A
B -> B é quarto grau de F, portanto, B frígio = F Jônio, portanto, você estará utilizando escala maior de F.
Se você quer tocar em Db eólio, por exemplo: você deve pensar:
Eolio é 6º grau
Db é 6º grau de quem ?
Fb
Gb
Ab
Bbb
Cb
Db
A enharmonia é desconsiderada... seria errado se eu colocasse dessa forma:
Fb
Gb
Ab
A (Bbb)
C (Cb)
Db
Na prática é aceitável, mas nessa teoria, é errado.
Não usei #, porque estou falando de Db. quanto uso bemol, uso bemol, não misturo com sustenido.
G Mixolídio C maior
C Mixolídio F maior
D Mixolídio G maior
Vamos ao uso dos modos gregos...
Primeiramente vamos voltar aquela nossa tabela dos graus e entender como que cada modo funciona...
Em C Maior:
C é I grau e gera o modo Jônio ou Dó Jônio
D é II grau e gera o modo Dórico ou Ré Dórico
E é III grau e gera o modo Frígio ou E Frígio
F é IV grau e gera o modo Lídio ou F Lídio
G é V grau e gera o modo Mixolídio ou G Mixolídio
A é VI grau e gera o modo Eolio ou A Eolio(Ou A menor)
B é VII grau e gera o modo Lócrio ou B Lócrio
Até ai nenhuma novidade pois esperava-se que alguem deduzisse isso...Mais o lance agora é como usar os modos
independente de qualquer tonalidade. Pra isso podemos trabalhar de duas maneiras. Tendo uma visão direta ou
uma visão indireta.
A visão direta seria a maneira que poucos que eu conheço usam...Eu a utilizo e acho bacana...Seria uma maneira de
visualização em que cada modo funciona como uma escala nova...Em outras palavras vc não faz a "conversão" de um
modo pra uma escala maior ou menor...Vc pensa direto no modo como sendo uma outra escala(Mesmo o modo
sendo uma inversão da escala maior)
A visão indireta é mais fácil e é a que grande parte das pessoas utilizam...Seria a maneira que funciona pegando cada
modo e achando quem que seria o suposto I grau para facilitar a visualização.
Para se fazer a conversão eu aconselho que vc crie pontos de referencia(Tônicas)em todos os modos. Como nós
guitarristas trabalhamos muito com digitações ai vai uma dica. Saiba onde esta a tônica em cada desenho da escala
maior pois é ele que vai facilitar a sua vida na hora de saber quem é quem no final das contas.
Triades
Em acordes maiores pode se usar qualquer modo maior
Em acordes menores pode se usar qualquer modo menor
No acorde menor com quinta diminuta pode se usar o Lócrio
Tetrades
[Nas tetrades as coisas mudam de figura porque tem um modo exclusivo que tem que ser classificado a parte pois é
o único acorde maior c/setima menor(Ou apenas sétima)]
Simples. Qualquer modo maior pois o acorde em questão não tem setima.
Então pode se usar C Jônio, C Lídio e C Mixolídio sobre o acorde de C...Agora vem a pergunta. Mais Alex, eu só
consigo pensar em modos usando a visão indireta. Como irei achar quais escalas são respectivamente C Jônio, C Lídio
e C Mixolídio?
Primeiro. Saiba a ordem dos modos de cabeça porque isso vai salvar a sua vida. Segundo. Basta lembrar dos graus
que a gente acha isso rapidinho.
C Lídio. Lídio corresponde ao IV grau. Agora vem a pergunta. Se o Lídio corresponde ao IV grau convem acharmos
quem seria o I grau.
T - T - ST - T - T - T - ST
I- II- III- IV- V- VI- VII
Basta usar a tabela acima que vc acha facil facil...Se C é o suposto IV grau ele estaria no lugar do IV grau e para achar
o I grau basta voltar dois tons e meio a partir da nota para se obter a escala maior equivalente.
No caso como C era IV grau, o III grau seria B, o II grau seria A e o I grau seria G... Então G maior equivale ao modo C
Lídio.
C Mixolídio: Mixolídio corresponde ao V grau. Se o Mixolídio corresponde ao V grau convem acharmos quem seria o I
grau.
T - T - ST - T - T - T - ST
I- II- III- IV- V- VI- VII- I
Se C é o suposto V grau ele estaria no lugar do V grau e para achar o I grau basta somar dois tons e meio a partir da
nota para se obter a escala maior equivalente.
No caso como C era V grau, o VI grau seria D, o VII grau seria E e o I grau seria F... Então F maior equivale ao modo C
Mixolídio.
Como o acorde é menor podemos usar todos os modos menores sem problema algum.
Vamos ver então. Se o acorde é Cm temos que usar modos que tenham a tônica em C...No caso C Dórico, C Frigio e C
Eolio.
C Dórico: Dórico corresponde ao II grau. Se o Dórico corresponde ao II grau convem acharmos quem seria o I grau
T - T - ST - T - T - T - ST
I- II- III- IV- V- VI- VII- I
Se C é o suposto II grau ele estaria no lugar do II grau e para achar o I grau basta voltar um tom a partir da nota C
para se obter a escala maior equivalente.
No caso como C era II grau, o I grau seria Bb... Então Bb maior equivale ao modo C Dórico
C Frigio: Frigio corresponde ao III grau. Se o Frigio corresponde ao III grau convem acharmos quem seria o I grau.
T - T - ST - T - T - T - ST
I- II- III- IV- V- VI- VII- I
Se C é o suposto III grau ele estaria no lugar do III grau e para achar o I grau basta voltar dois tons a partir da nota C
para se obter a escala maior equivalente.
No caso como C era III grau, o II grau seria Bb e o I grau seria Ab. Então Ab maior equivale ao modo C Frigio.
C Eolio: Eolio corresponde ao VI grau. Se o Eolio corresponde ao VI grau convem acharmos quem seria o I grau.
T - T - ST - T - T - T - ST
I- II- III- IV- V- VI- VII- I
Se C é o suposto VI grau ele estaria no lugar do VI grau e para achar o I grau basta somar um tom e meio a partir da
nota C para se obter a escala maior equivalente.
No caso como C era VI grau, o VII grau seria D e o I grau seria Eb. Então Eb maior equivale ao modo C Eolio.
Por ultimo se tivermos um acorde Cm(b5) este só podera receber o modo Lócrio. No caso C Lócrio
C Lócrio: Lócrio corresponde ao VII grau. Se o Lócrio corresponde ao VII grau convem acharmos quem seria o I grau.
T - T - ST - T - T - T - ST
I- II- III- IV- V- VI- VII- I
Se C é o suposto VII grau ele estaria no lugar do VII grau e para achar o I grau basta somar meio tom a partir da nota
C para se obter a escala maior equivalente.
No caso como C era VII grau, o I grau seria Db. Então Db maior equivale ao modo C Frigio
E para tetrades o uso é igual com excessão que o Modo Mixolídio não deve ser utilizado sobre acordes maiores
c/setima maior...
Acorde parado de C7
C Mixolídio (F Maior)
|:C7M|%|Ab7M|%:|
Progressão acima c/dois acordes que não permitem que nenhum campo harmônico mapeie as duas
simultaneamente. Aqui eu aconselho o uso dos modos. No caso pro 1º acorde(C7M) o modo Lídio(C Lídio) ou o
proprio C maior(C Jônio). Pro acorde de Ab7M a mesma coisa. Teremos que fazer as conversões(Espero que vcs
façam em casa) para Ab Jônio e Ab Lídio. No caso Ab Jônio é a propria escala maior de Ab e o Ab Lídio é na verdade
Eb Maior(Ab é quarto grau de Eb).
Então podemos solar usando as escalas de C Maior e de G Maior pro 1º acorde e as escalas de Ab Maior ou Eb Maior
pro segundo acorde. Testem e me digam se gostaram.
|:Gm7|%|Bb7|%:|
Neste caso são dois acordes menores e que novamente não tem um campo harmonico que mapeie ambos
simultaneamente. Novamente faz se necessario usar os modos. Pro 1º acorde podemos usar G Dórico, G Frigio e G
Eolio. Pro segundo acorde Bb Dórico, Bb Frigio e Bb Eolio.
G Dórico=>F maior
G Frigio=>Eb maior
G Eolio=>E maior
Bb Dórico=>Ab maior
Bb Frigio=>Gb maior
Bb Eolio=>Db maior
O proximo exemplo poderia ser feito por vcs pra ver se pegaram o espirito da coisa
Para um blues de 12 compassos são utilizados 3 acordes na sua variação mais básica. Vamos supor um exemplo em
A Blues. A Blues nos dá 3 acordes: A7, D7 e E7 dispostos nesta ordem.
|: A7|D7|A7|%|D7|%|A7|%|E7|D7|A7|E7:|
Para cada acorde pode ser usado alem das coisas comuns do blues(Pentatônicas e afins) pode se usar modos numa
boa. Pro 1º acorde que é A7 o modo que deve ser utilizado deve ser o modo mixolídio pois é o único que pode ser
usado em acordes com setima. O mesmo vale pros acordes de D7 e E7 que vão usar respectivamente D mixolídio e E
mixolídio.
E pra finalizar gostaria de agradecer todo mundo que teve a santa paciencia de ler esse tópico inteiro e espero que
tenha entendido como funciona os modos e o seu uso...Claro que isso não é só(ahahahahaha) tem muito mais coisa
relacionada a modos mais espero que consigam desfrutar de novas sonoridades e eu aceito algumas harmonias pra
serem discutidas aqui no tópico. Pode colocar a harmonia ai que eu posso dizer se o que vc quer usar esta
teoricamente certo ou não.
Alex Pires
Depois, ler daqui pra frente... http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/15616/p2
Muitas pessoas se restringem a denominar modos como sendo apenas os "shapes" diferentes de uma mesma escala,
quando na verdade, os modos gregos são muito mais abrangentes. Os shapes são úteis para você dominar a escala
no braço inteiro da guitarra ou do violão, mas não são os modos gregos em si. Como o próprio nome sugere, os
modos gregos nada mais são do que modos diferentes de você trabalhar uma escala.
Para facilitar o entendimento desse assunto (que é um tanto quanto complexo), utilizarei para melhor exemplificar
os modos a escala de C maior.
I II III IV V VI VII
CDEFGAB
Assim como essa escala possui 07 notas, é possível utilizar 07 maneiras diferentes de executá-la, ou seja, existem 07
modos diferentes possíveis de serem trabalhados.
O que determina o modo sobre o qual você ira trabalhar é a harmonia sobre a qual você irá improvisar e/ou a nota
que você desejar "enfatizar" em seu solo.
Vejamos então quais são os modos possíveis de serem utilizados, de acordo com sua função dentro do Campo
Harmônico (I IIm IIIm IV V VIm VIIm(5b)):
I: C (Jônico): C D E F G A B
II: Dm (Dórico): D E F G A B C
III: Em (Frígio): E F G A B C D
IV: F (Lídio): F G A B C D E
V: G (Mixolídio): G A B C D E F
VI: Am (Eólio): A B C D E F G
VII: Bm(5b) (Lócrio): B C D E F G A
Vale lembrar que estamos utilizando apenas a escala de C maior no exemplo acima.
- Se você ouvir alguém dizer que fulano de tal está solando e utilizando a escala de C jônico em seu solo, saiba que se
trata da mesma escala que Dm dórico, Em Frígio, F lídio, G mixolídio, Am Eólio e Bm(5b) lócrio, pois:
I Jônico = IIm Dórico = IIIm Frígio = IV Mixolídio = V Lídio = VIm Eólio = VIIm(5b) Lócrio
Vamos tentar trazer toda essa teoria para a prática, pois esta é uma das finalidades deste pequeno tutorial.
Imaginemos que você está ensaiando com sua banda. Seu guitarrista-base, mergulhado em um momento único de
inspiração, cria uma base ali mesmo no ensaio, "na hora", cujos acordes são os seguintes:
C7M: C E G B
Am7: A C E G
Dm7: D F A C
G7: G B D F
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
CDEFGAB
Se analisarmos a base que seu guitarrista criou, você perceberá que ela gira sobre a tonalidade (campo harmônico)
de C com sétima maior, e o repouso desses acordes tende a acontecer no acorde de C7M. Qual escala utilizar?
Você pode utilizar tranqüilamente a escala de C jônico, pois todas as notas originadas da "dissecção" dos acordes da
base, fazem parte do Campo Harmônico de C7M.
Além disso, o acorde tônico (repouso) dessa base tende a acontecer sobre o acorde de C7M (que é o I grau do
Campo Harmônico). Por essa razão, diz-se que a escala a ser utilizada é a escala de C jônico.
Alguns dias depois desse ensaio fabuloso, seu iluminado guitarrista-base te liga às 23:30 de uma terça-feira, com o
violão na mão, feliz da vida. Põe o telefone no viva-voz para mostrar o mais novo fruto de suas viagens, pedindo que
você crie "aquele" solo para acompanhá-lo nessa base que ele levará no próximo ensaio:
Qual escala você utilizaria para solar? Qual modo grego você pode utilizar para solar em cima dessa base, e dar
aquele "tempêro" para seu solo?
Dm7: D F A C
G: G B D
F: F A C
C/E: (E no baixo) C E G
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
DEFGABC
Alguma semelhança com a escala "dissecada" da base anterior? Todas! De fato, são as mesmas notas. É à partir de
agora que os modos começam a fazer sentido de fato.
Se analisarmos mais essa base que seu guitarrista criou, você perceberá que ela gira sobre a tonalidade (campo
harmônico) de C com sétima maior, e o repouso desses acordes tende a acontecer no acorde de Dm7. Qual escala
utilizar?
Você pode utilizar tranqüilamente a escala de Dm dórico, pois todas as notas originadas da "dissecção" dos acordes
da base, fazem parte do Campo Harmônico de C7M.
Apesar disso, o acorde tônico (repouso) dessa base tende a acontecer sobre o acorde de Dm7 (que é o II grau do
Campo Harmônico). Por essa razão, diz-se que a escala a ser utilizada é a escala de Dm dórico.
Seu guitarrista-base começa a se empolgar as suas harmonias elaboradas e bem aceitas por toda a banda e toma a
decisão de estudar um pouquinho mais sobre os modos gregos, de modo a compreender melhor as obras cunhadas
por suas mãos. De tanto estudar, ficou cansado e dormiu. Sonhou que estava tocando violão, dentro de um pequeno
bar, localizado ao norte da Espanha, executando a seguinte base:
(Em F Em F G) Em
Mais uma missão para você. Qual escala você vai utilizar para solar sobre essa base? Qual modo grego você pode
utilizar para solar em cima dessa base, e dar aquele "tempêro" para seu solo?
Em: E G B
F: F A C
G: C B D
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
EFGABCD
Alguma semelhança com as escalas "dissecadas" das bases anteriores? Todas! De fato, são as mesmas notas.
Ao analisarmos essa base que seu guitarrista criou, percebemos que ela gira sobre a tonalidade (campo harmônico)
de C maior, e o repouso desses acordes tende a acontecer no acorde de Em . Qual escala utilizar?
Podemos utilizar tranqüilamente a escala de Em frígio, pois todas as notas originadas da "dissecção" dos acordes da
base, fazem parte do Campo Harmônico de C.
Apesar disso, o acorde tônico (repouso) dessa base tende a acontecer sobre o acorde de Em (que é o III grau do
Campo Harmônico). Por essa razão, diz-se que a escala a ser utilizada é a escala de Em frígio.
Os estudos realizados por seu guitarrista-base estão causando uma revolução em toda banda. Todos estão tendo
que estudar um pouquinho mais para não fazer feio perante as bases que o mesmo tem trazido para o ensaio. E
mais uma vez, nosso fenomenal guitarrista chega com mais uma de sua obras de arte:
(F Dm Am G) F
Mais outra missão para você. Qual escala você vai utilizar para solar sobre essa base? Qual modo grego você pode
utilizar para solar em cima dessa base, e dar aquele "tempêro" para seu solo?
F: F A C
Dm: D F A
Am: A C E
G: G B D
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
FGABCDE
Alguma semelhança com as escalas "dissecadas" das bases anteriores? Todas! De fato, são as mesmas notas.
Ao analisarmos mais essa base que seu guitarrista criou, você perceberá que ela gira sobre a tonalidade (campo
harmônico) de C maior, e o repouso desses acordes tende a acontecer no acorde de F. Qual escala utilizar?
Podemos utilizar tranqüilamente a escala de F lídio, pois todas as notas originadas da "dissecção" dos acordes da
base, fazem parte do Campo Harmônico de C.
Apesar disso, o acorde tônico (repouso) dessa base tende a acontecer sobre o acorde de F (que é o IV grau do
Campo Harmônico). Por essa razão, diz-se que a escala a ser utilizada é a escala de F lídio.
Sem mais historinhas. O nosso fenômeno das bases guitarrísticas chega com mais uma base de peso para o ensaio:
Mais outra missão para você. Qual escala você vai utilizar para solar sobre essa base? Qual modo grego você pode
utilizar para solar em cima dessa base, e dar aquele "tempêro" para seu solo?
G9: G B D A
F7M: F A C E
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
GABCDEF
Alguma semelhança com as escalas "dissecadas" das bases anteriores? Todas! De fato, são as mesmas notas.
Se analisarmos essa base que seu guitarrista criou, você perceberá que ela gira sobre a tonalidade (campo
harmônico) de C maior, e o repouso desses acordes tende a acontecer no acorde de G9. Qual escala utilizar?
Você pode utilizar tranqüilamente a escala de G mixolídio, pois todas as notas originadas da "dissecção" dos acordes
da base, fazem parte do Campo Harmônico de C.
Apesar disso, o acorde tônico (repouso) dessa base tende a acontecer sobre o acorde de G9 (que é o V grau do
Campo Harmônico). Por essa razão, diz-se que a escala a ser utilizada é a escala de G mixolídio.
O genial guitarrista ainda está na área. Dessa vez, com a seguinte base:
(Am F Am F G) Am
Qual escala você utilizaria para solar? Qual modo grego você pode utilizar para solar em cima dessa base, e dar
aquele "tempêro" para seu solo?
Am: A C E
F: F A C
G: G B D
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
ABCDEFG
Alguma semelhança com a escala "dissecada" da base anterior? Todas! De fato, são as mesmas notas.
Se analisarmos mais essa base que seu guitarrista criou, você perceberá que ela gira sobre a tonalidade (campo
harmônico) de C maior, e o repouso desses acordes tende a acontecer no acorde de Am. Qual escala utilizar?
Você pode utilizar tranqüilamente a escala de Am eólio, pois todas as notas originadas da "dissecção" dos acordes
da base, fazem parte do Campo Harmônico de C.
Apesar disso, o acorde tônico (repouso) dessa base tende a acontecer sobre o acorde de Am (que é o VI grau do
Campo Harmônico). Por essa razão, diz-se que a escala a ser utilizada é a escala de Am eólio.
Só não utilizarei o exemplo de B lócrio, porque eu, particularmente, nunca vi uma base de guitarra ou violão que
utiliza o acorde de Bm7(5b) com a função de repouso (caso exista, eu nunca ouvi, sendo que dessa forma, seu uso
passa a ser muito restrito).
(Am F C F) Am
Qual escala você utilizaria para solar? Qual modo grego você pode utilizar para solar em cima dessa base, e dar
aquele "tempêro" para seu solo?
Am: A C E
F: F A C
C: C E G
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
A?CDEFG
Observe que falta uma nota para que a escala tenha suas 07 notas completas. E é justamente esta nota que pode
tornar seu solo diferenciado. Veja bem.
Percebem a diferença? Somente 01 única nota diferencia as duas escalas, e é essa única nota que pode fazer
"aquela" diferença no seu solo.
Por essa razão, você pode utilizar tranqüilamente a escala de Am eólio, pois todas as notas originadas da "dissecção"
dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de C; ou a escala de Am frígio, pois todas as notas
originadas da "dissecção" dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de F.
Peça para um amigo executar essa base, ou grave-a em seu computador, depois sole em cima, primeiro utilizando a
escala de Am eólio (C jônico), depois utilizando a escala de Am frígio (F jônico), e perceba você mesma(o) a
diferença.
(Am C9 Am C9) Am
Qual escala você utilizaria para solar? Qual modo grego você pode utilizar para solar em cima dessa base, e dar
aquele "tempêro" para seu solo?
Am: A C E
C9: C E G D
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
A ?? C D E ?? G
Observe que faltam duas notas para que a escala tenha suas 07 notas completas. E são justamente estas notas que
podem tornar seu solo diferenciado. Veja bem.
Percebem a diferença? Somente 02 notas diferenciam as três escalas, e são as notas que podem fazer "aquela"
diferença no seu solo.
Por essa razão, você pode utilizar tranqüilamente a escala de Am eólio, pois todas as notas originadas da "dissecção"
dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de C; ou a escala de Am frígio, pois todas as notas
originadas da "dissecção" dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de F; ou ainda, a escala de Am
dórico, pois todas as notas originadas da "dissecção" dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de G.
Peça para um amigo executar essa base, ou grave-a em seu computador, depois sole em cima, primeiro utilizando a
escala de Am eólio (C jônico), depois utilizando a escala de Am frígio (F jônico), e depois utilizando a escala de Am
dórico (G jônico) e perceba você mesma(o) a diferença.
É isso aí galera. O pouco que sei, tentei resumir nesse pequeno (pequeno?!) tutorial sobre modos gregos. Espero te-
los ajudado e contribuído de alguma forma para o crescimento musical de vocês.
Talvez eu tenha me expressado mal. O que eu disse (ou tentei dizer) é que existe 07 maneiras de executar a escala
de C maior (C jônico, Dm dórico, Em frígio, F lídio...), e que essa maneira como é executada, depende do acorde
sobre o qual se faz o repouso da harmonia. Por ex.:
Se você tem a seguinte base: (F Dm Am G) F, ela está na tonalidade (campo harmônico) de C maior, porém, o acorde
sobre o qual a harmonia repousa, é o acorde de F. Por essa razão, você utiliza a escala de F lídio, que nada mais é
que a escala de C maior executada de uma maneira, um modo diferente, pois ao invés de você focalizar, enfatizar a
nota C, você vai focalizar, enfatizar a nota F.
Perceba bem esta diferença. Você não vai utilizar a escala de F maior (jônico), cujas notas são F G A Bb C D E para
solar sobre a harmonia (campo harmônico) de C maior jônico (cuja escala é a mesma que F lídio - F G A B C D E).
F#m: F# A C#
D: D F# A
A: A C# E
E: E G# B
Se pegarmos essas notas dissecadas e colocarmos numa reta, teremos:
F# G# A B C# D E
No caso da introdução, você tem apenas a alternativa de utilizar a escala de F#m eólico (que é a mesma escala de A
jônico), pois as notas dissecadas desses acordes, por pertencerem exclusivamente à escala de A maior (jônico), o que
dificulta a utilização de um outro modo.
F#m: F# A C#
E: E G# B
D: D F# A
A: A C# E
B: B D# F#
Bm: B D F#
Antes uma pergunta. Existe o B maior na harmonia do refrão? Ou é um Bm e houve um pequeno erro de digitação?
Agora voltando. Se colocarmos essas notas que foram dissecadas numa reta, temos a seguinte escala:
F# G# A B C# D D# E
No caso, eu sublinhei o D e o D#, porque são notas que "se chocam", causam uma certa estranheza, pois se em seu
solo, você utilizar a nota D sobre o acorde de B, vai ficar um pouco estranho, pois este é o único momento em que
aparece um acorde da tonalidade de E.
Sugestão: Com exceção do D#, todas as outras notas pertencem à escala de F#m eólico. Por essa razão, utilize esta
escala para solar (pois ela é predominante na grande parte dessa harmonia, uma vez que o B aparece uma única vez
nessa harmonia, descaracterizando a tonalidade (campo harmônico) de E). Porém, quando chegar no acorde B, evite
utilizar a nota D, substituindo-a por D# (pois é o único acorde da harmonia que sugere o tom de F#m dórico). Ou
então, não utilize nenhuma das notas ré (nem o D, nem o D#).
G: G B D
A: A C# E
D: D F# A
E: E G# B
G G# A B C# D E F#
É um caso parecido com o caso que analisamos acima. Essa harmonia está na tonalidade (campo harmônico) de G
lídio (que é a mesma escala de D jônico). Porém o acorde de E sugere a tonalidade de D lídio (que é a mesma escala
de A jônico).
Sugestão: Com exceção do G#, todas as outras notas pertencem à escala de G lídio. Por essa razão, utilize esta escala
para solar Por essa razão, utilize esta escala para solar (pois ela é predominante na grande parte dessa harmonia,
uma vez que o E aparece uma única vez nessa harmonia, descaracterizando a tonalidade (campo harmônico) de A).
Porém, quando chegar no acorde E, por ser o último acorde da progressão, você pode utilizar "roubar" o G# do tom
de A, e substitui-lo no lugar do G. Neste caso (você estaria utilizando somente neste acorde, a escala de E mixolídio),
pode surtir um efeito interessante.
E no final do refrão:
Bm: B D F#
D: D F# A
A: A C# E
E: E G# B
B C# D E F# G# A
Nesse finalzinho, você pode utilizar a escala de Bm dórico, pois apesar da música acabar no acorde de D, o repouso
dessa harmonia se dá no acorde de Bm, e como a música está na tonalidade (campo harmônico) de A, Da-lhe Bm
dórico!
Forte abraço!
Desculpem a demora. Montei mais um pequeno (pequeno?!) tópico, de modo a dar uma espécie de continuidade ao
material contido no 1º post. Espero que possa ser útil.
Para iniciarmos este post, é interessante que nós separemos os modos maiores, dos modos menores, com base nas
funções (graus) que cada modo assume dentro do campo harmônico.
Modos maiores
Modos menores
Para facilitar (ou ao menos tentar facilitar) o entendimento do assunto, será utilizada a escala de C jônico quando
tratarmos sobre os modos maiores e Am Eólio, quando tratarmos sobre os modos menores:
Modos maiores
*Para melhor compreender o assunto daqui p/ frente, é interessante que se tenha ao menos um pequeno
conhecimento sobre intervalos.
I II III IV V VI VII
CDEFGAB
Assim como essa escala possui 07 notas, é possível utilizar 07 maneiras diferentes de executá-la, ou seja, existem 07
modos diferentes possíveis de serem trabalhados.
O que determina o modo sobre o qual você ira trabalhar é a harmonia sobre a qual você irá improvisar e/ou a nota
que você desejar "enfatizar" em seu solo.
Vejamos então quais são os modos possíveis de serem utilizados, de acordo com sua função dentro do Campo
Harmônico (I IIm IIIm IV V VIm VIIm(5b)):
I: C (Jônico): C D E F G A B
II: Dm (Dórico): D E F G A B C
III: Em (Frígio): E F G A B C D
IV: F (Lídio): F G A B C D E
V: G (Mixolídio): G A B C D E F
VI: Am (Eólio): A B C D E F G
VII: Bm(5b) (Lócrio): B C D E F G A
I: C (Jônico): C D E F G A B
IV: F (Lídio): F G A B C D E
V: G (Mixolídio): G A B C D E F
I: Modo Jônico: T 2 3 4 5 6 7M
IV: Modo Lídio: T 2 3 4+ 5 6 7M
V: Modo Mixolídio: T 2 3 4 5 6 7
I: Modo Jônico: T 2 3 4 5 6 7M
IV: Modo Lídio: T 2 3 4+ 5 6 7M
Se no modo jônico, a quarta é justa (4), no modo lídio, a quarta é aumentada (4+).
I: C Jônico: C D E F G A B
IV: C Lídio*: C D E F# G A B
*É interessante ressaltar que o C é o IV grau da escala de G jônico (G A B C D E F#). Por isso é chamado de C lídio.
I: Modo Jônico: T 2 3 4 5 6 7M
IV: Modo Lídio: T 2 3 4+ 5 6 7M
I: C Jônico: C D E F G A B
IV: C Lídio: C D E F# G A B
Se no modo jônico, a sétima é maior (7M), no modo mixolídio, a sétima é menor (7).
I: C Jônico: C D E F G A B
V: C Mixolídio*: C D E F G A Bb
É interessante ressaltar que o C é o V grau da escala de F jônico (F G A Bb C D E). Por isso é chamado de C mixolídio.
I: Modo Jônico: T 2 3 4 5 6 7M
V: Modo Mixolídio: T 2 3 4 5 6 7
I: C Jônico: C D E F G A B
V: C Lídio: C D E F G A Bb
Modos menores
Vamos relembrar outra vez o que já fôra dito sobre os modos gregos:
I II III IV V VI VII
CDEFGAB
Assim como essa escala possui 07 notas, é possível utilizar 07 maneiras diferentes de executá-la, ou seja, existem 07
modos diferentes possíveis de serem trabalhados.
O que determina o modo sobre o qual você ira trabalhar é a harmonia sobre a qual você irá improvisar e/ou a nota
que você desejar "enfatizar" em seu solo.
Vejamos então quais são os modos possíveis de serem utilizados, de acordo com sua função dentro do Campo
Harmônico (I IIm IIIm IV V VIm VIIm(5b)):
I: C (Jônico): C D E F G A B
II: Dm (Dórico): D E F G A B C
III: Em (Frígio): E F G A B C D
IV: F (Lídio): F G A B C D E
V: G (Mixolídio): G A B C D E F
VI: Am (Eólio): A B C D E F G
VII: Bm(5b) (Lócrio): B C D E F G A
VI: Am (Eólio): A B C D E F G
II: Dm (Dórico): D E F G A B C
III: Em (Frígio): E F G A B C D
VII: Bm(5b) (Lócrio): B C D E F G A
Transformando essas notas em intervalos, temos:
Se no modo eólio, a sexta é menor (6m), no modo dórico, a sexta é maior (6).
VI: Am Eólio: A B C D E F G
II: Am Dórico*: A B C D E F# G
*É interessante ressaltar que o A é o II grau da escala de G jônico (G A B C D E F#). Por isso é chamado de Am dórico.
VI: Am Eólio: A B C D E F G
II: Am Dórico*: A B C D E F# G
Se no modo eólio, a segunda é maior (2), no modo frígio, a segunda é menor (2m).
VI: Am Eólio: A B C D E F G
II: Am Frígio*: A Bb C D E F G
*É interessante ressaltar que o A é o III grau da escala de [/b]F jônico[/b] (F G A Bb C D E). Por isso é chamado de Am
frígio.
Se no modo eólio, a segunda é [u]maior (2) e a quinta é maior (5), no modo lócrio, a segunda é menor (2m) e a
quinta é diminuta (5b).
VI: Am Eólio: A B C D E F G
II: Am Lócrio*: A Bb C D Eb F G
*É interessante ressaltar que o A é o VII grau da escala de Bb jônico (Bb C D Eb F G A). Por isso é chamado de Am
lócrio.
- O modo lócrio é o modo eólio com a segunda menor (2m) e quinta diminuta (5b):
VI: Am Eólio: A B C D E F G
II: Am Lócrio*: A Bb C D Eb F G
É interessante ter esses intervalos não apenas no papel ou na cabeça, mas no braço da guitarra ou violão. Se nos
ajuda (e muito) sabermos que nota estamos tocando numa melodia, também ajuda (e muito) saber qual é o
intervalo em relação à tônica.
Vejamos dois exemplos. Um, referente aos modos maiores; outro, referente aos modos menores:
(D A D G A | D Am D G Am) D
D: D F# A
A: A C# E
G: G B D
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
D E F# G A B C#
Percebe-se que este trecho da harmonia gira sobre a tonalidade (campo harmônico) de D maior, e o repouso desses
acordes tende a acontecer no acorde de D. Por essa razão, utiliza-se a escala de D jônico, pois todas as notas
originadas da "dissecção" dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de D.
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
D E F# G A B C
Percebe-se que este trecho da harmonia gira sobre a tonalidade (campo harmônico) de G maior, e o repouso desses
acordes tende a acontecer no acorde de D. Por essa razão, utiliza-se a escala de D mixolídio, pois todas as notas
originadas da "dissecção" dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de G.
(D A D G A | D Am D G Am) D
Comparando a escala de D jônico (primeiro trecho da harmonia) com a escala de D mixolídio (segundo trecho da
harmonia), temos:
I: D Jônico: D E F# G A B C#
V: D Mixolídio: D E F# G A B C
É importante que tenhamos não apenas o nome das notas memorizados na escala da guitarra ou do violão, mas
também os intervalos, pois, se você fôr improvisar sobre a harmonia que pegamos de exemplo, e você souber onde
localiza-se a sétima maior da escala de D jônico, você não terá muitos problemas ao improvisar sobre a base de D
mixolídio, uma vez que, ao invés de você digitar a sétima maior, você vai digitar a sétima menor (que é
imediatamente um meio-tom abaixo).
Am: A C E
G: G B D
Dm: D F A
C: C E G
G/B: (B no baixo) D G B
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
ABCDEFG
Percebe-se que este trecho da harmonia gira sobre a tonalidade (campo harmônico) de C maior, e o repouso desses
acordes tende a acontecer no acorde de Am. Por essa razão, utiliza-se a escala de Am eólio, pois todas as notas
originadas da "dissecção" dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de C.
Am: A C E
G: G B D
D: D F# A
C: C E G
G/B: (B no baixo) D G B
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
A B C D E F# G
Percebe-se que este trecho da harmonia gira sobre a tonalidade (campo harmônico) de G maior, e o repouso desses
acordes tende a acontecer no acorde de Am. Por essa razão, utiliza-se a escala de Am dórico, pois todas as notas
originadas da "dissecção" dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de G.
Comparando a escala de Am eólio (primeiro trecho da harmonia) com a escala de Am dórico (segundo trecho da
harmonia), temos:
VI: Am Eólio: A B C D E F G
II: Am Dórico*: A B C D E F# G
É importante que tenhamos não apenas o nome das notas memorizados na escala da guitarra ou do violão, mas
também os intervalos, pois, se você fôr improvisar sobre a harmonia que pegamos de exemplo, e você souber onde
localiza-se a sexta menor da escala de Am eólio, você não terá muitos problemas ao improvisar sobre a base de Am
dórico, uma vez que, ao invés de você digitar a sexta menor, você vai digitar a sexta maior (que é imediatamente um
meio-tom acima).
Bom galera, p/ fechar esse material, vai um pequeno resumo do que já fôra falado acima, com relação à
memorização dos modos. A transposição para os outros tons, fica por conta de vocês OK?
Modos maiores
Modo jônico: –
Modo lídio: modo jônico com quarta aumentada (4+);
Modo mixolídio: modo jônico com sétima menor (7);
Modo jônico: C D E F G A B
Modo lídio: C D E F# G A B
Modo mixolídio: C D E F G A B
Modos menores
Modo eólio: –
Modo dórico: modo eólio com sexta maior (6);
Modo frígio: modo eólio com segunda menor (2m);
Modo lócrio: modo eólio com segunda menor (2m) e quinta diminuta (5b);
Modo eólio: T 2 3m 4 5 6m 7
Modo dórico: T 2 3m 4 5 6 7
Modo frígio: T 2m 3m 4 5 6m 7
Modo lócrio: A 2m 3m 4 5b 6m 7
Modo eólio: A B C D E F G
Modo dórico: A B C D E F# G
Modo frígio: A Bb C D E F G
Modo lócrio: A Bb C D Eb F G
Bom galera, é isso aí. Esses "esqueminhas" me ajudaram bastante a entender o pouco que sei sobre os "temidos"
modos gregos. Espero que este material possa ser útil para vocês. Qualquer dúvida, postem aí. Faremos o possível
para tentar solucioná-las e juntos crescermos musicalmente.
EDIT: peço a gentileza de que, caso haja alguma incoerência nesse tópico, postem por favor mostrando onde está
errado, para que possamos corrigi-lo, e sempre contribuir para o crescimento musical da galera. Valeu!
Velho... Antes de responde-lo (ou ao menos tentar responde-lo) gostaria de lhe fazer uma pergunta:
Existe diferença de harmonia tonal para harmonia modal? (Acredito que sim, mas eu não sei diferencia-la)...
Se você pudesse explicar, eu ficaria agradecido mesmo, até porque nunca consegui achar uma explicação legal sobre
o assunto.
1- Agora falando em harmonia modal, supondo que vc queira compor uma música em Dó Lídio, que acordes vc usaria
que teriam a função dominante e subdominante?
Cara, não sei te responder... Tentarei te responder pela lógica, pelo que eu imagino que seja.
Escala de C lídio: C D E F# G A B
I: C7M: C E G B
II: D7: D F# A C
III: Em7: E G B D
IV: F#m7(5b): F# A C E
V: G7M: G B D F
VI: Am7: A C E G
VII: Bm7: B D F# A
Cara. Este é o campo harmônico de G7M. Resumindo, não sei responder sua pergunta...
=\
2- Você tá usando como parâmetro pra determinar o conceito de escala as notas, não a ordem dos intervalos. Então
quer dizer que a escala de Lá menor é a mesma de Dó maior? Que eu saiba a escala de Dó maior é a escala maior, a
de Lá menor a menor. A mesma coisa com os modos, os modos são escalas também, não são apenas escalas maiores
e menores começadas de um jeito "esquisito", ou num contexto harmônico "incomum". Digo isso por um motivo que
vc mesmo citou: o repouso e o relaxamento (graus) das notas são diferentes, portanto um Ré dórico tem suas
funções harmônicas de um jeito, o Dó maior de outro e o Lá menor de outro, embora tenham as mesmas notas. E isso
remete à primeira pergunta que eu fiz.
Quando eu utilizei como exemplo a escala de C jônico para modos maiores e Am eólio para modos menores, foi pelo
fato de que, eu acredito que facilitaria o entendimento do assunto, uma vez que essas escalas possuem as mesmas
notas, o que não significa que tenham a mesma intenção, passem a mesma emoção, entende?
Eu concordo em gênero, número e grau quando você afirma que os modos são escalas também, não são apenas
escalas maiores e menores começadas de um jeito "esquisito", ou num contexto harmônico "incomum". Os modos
estão intrinsicamente ligados à harmonia da música, quebrando a idéia de que modo é você começar a escala de um
jeito "esquisito", ou num contexto harmônico "incomum", como você bem ressaltou.
Talvez a forma como eu me expressei, tenha dado a entender que C jônico é a mesma coisa que Am eólico. De fato,
eles possuem as mesmas notas, o que não significa que transmitam a mesma emoção, sentimento quando são
executados. Que fique claro isso.
Aproveito a oportunidade para lhe pedir que explique a diferença de harmonia tonal para harmonia modal, e
também responder à pergunta que eu não soube responder.
1- Agora falando em harmonia modal, supondo que vc queira compor uma música em Dó Lídio, que acordes vc usaria
que teriam a função dominante e subdominante?
Existe diferença de harmonia tonal para harmonia modal? (Acredito que sim, mas eu não sei diferencia-la)...
Sim.
Não vou explicar tão claro quando vc explicou os modos pro pessoal porque eu não tenho a mesma paciência nem
eloquência que vc, mas vou tentar: A harmonia tonal gira toda no princípio de atração que tem na sensível (Sétimo
grau maior, o Si da escala de Dó maior por exemplo).
Essa nota dentro do campo harmônico tem um poder de atração muito forte, por exemplo, o acorde de Si diminuto
pede invariavelmente a resolução em Dó maior (por isso que é "impossível" fazer uma harmonia em Lócrio, porque o
primeiro grau já é o próprio maldito hauhaua, e isso não faria soar lócrio pois nosso ouvido deslocaria a harmonia
automaticamente pro segundo grau, que é o Dó maior, no caso de um Si Lócrio).
Baseada nessa nota (a sensível, que não tem esse nome à toa) que se constrói a função tonal dos outros graus: grau
IV subdominante, grau V dominante, mediantes, etc.
Na HARMONIA MODAL se evita esse trítono, e por essa ausência dessa nota tão forte na atração harmônica, a
música modal parece auditivamente ser mais... digamos, AÉREA do que a tonal. Tem músicas modais que parecem
tão vagas pro nosso ouvido que elas podem ter dupla interpretação: podem ser interpretadas tanto como, por
exemplo, Ré dórico ou Mi Frígio, mas isso em raros casos. E por isso também existe uma diferença do Lá Eólio pro Lá
Menor, por exemplo, porque o modo menor é TONAL, então o acorde dominante (grau V, Mi) do Lá Menor vai ter
essa notinha sensível, que no caso é um Sol#. No modo Eólio o dominante é menor, porque se evita o trítono, então
a nota será Sol (acorde do grau V: Mi menor). Tudo isso numa cadência simples I-IV-V-I.
O segundo grau tem a função dominante, o sétimo subdominante (isso é uma cadência básica do modo). Se vc
quiser toca aí na sua casa: Dó menor como primeiro grau, Ré maior dominante e Si bemol menor subdominante (I VII
II I). Essa cadência tem esse "sabor", "cheiro", "aroma" frígio (sei lá como o pessoal daqui chama hauihaiuha). Pra
compor música modal não é só pegar qualquer nota e acorde da escala e sair debulhando, porque vc corre o risco de
transformar ela em tonal, já que os modos gregos tem as mesmas notas dos modos menores e maiores (que tem o
poder de atração mais forte). Alguns cuidados devem ser tomados como:
evitar a sensível, reforçar e repetir com firmeza os intervalos característicos do modo (Lídio a 4º aumentada, Frígio a
2º menor, etc), e assim vai
Enfim, é isso, acho que eu não consigo explicar mais fácil que isso ahuahuahua
A harmonia tonal gira toda no princípio de atração que tem na sensível (Sétimo grau maior, o Si da escala de Dó
maior por exemplo).
Essa nota dentro do campo harmônico tem um poder de atração muito forte, por exemplo, o acorde de Si diminuto
pede invariavelmente a resolução em Dó maior (por isso que é "impossível" fazer uma harmonia em Lócrio, porque o
primeiro grau já é o próprio maldito hauhaua, e isso não faria soar lócrio pois nosso ouvido deslocaria a harmonia
automaticamente pro segundo grau, que é o Dó maior, no caso de um Si Lócrio).
Baseada nessa nota (a sensível, que não tem esse nome à toa) que se constrói a função tonal dos outros graus: grau
IV subdominante, grau V dominante, mediantes, etc
Essa parte eu não entendi. Por que é a partir da sensível que essa função tonal dos outros graus é construída?
Qual trítono? Da sensível com a terça (nota B (7M) com nota E (3))?
E por isso também existe uma diferença do Lá Eólio pro Lá Menor, por exemplo, porque o modo menor é TONAL,
então o acorde dominante (grau V, Mi) do Lá Menor vai ter essa notinha sensível, que no caso é um Sol#
Você quer dizer que a "verdadeira" escala de Am, de fato é a escala menor harmônica?
O segundo grau tem a função dominante, o sétimo subdominante (isso é uma cadência básica do modo)
Porque no modo frígio, o segundo grau tem função dominante, e o sétimo tem função subdominante? No modo
dórico, existe essa mesma relação, ou é diferente? Se for possível você explicar o porquê.
Por que é a partir da sensível que essa função tonal dos outros graus é construída?
Porque ela que tem o maior poder de atração. Na harmonia tonal, a dominante (grau V) só é dominante porque tem
a sensível em seu acorde (Em Dó maior, o acorde dominante é o Sol maior: Sol Si Ré, o Si tá bem no meio do acorde),
o que traz a forte atração pra a resolução no primeiro grau. Percebe?
Qual trítono? Da sensível com a terça (nota B (7M) com nota E (3))?
Você quer dizer que a "verdadeira" escala de Am, de fato é a escala menor harmônica?
Quero dizer que o nome da escala menor harmônica não é HARMÔNICA à toa haiuhaiuha
Ela é a base da harmonia tonal menor.
Porque no modo frígio, o segundo grau tem função dominante, e o sétimo tem função subdominante? No modo
dórico, existe essa mesma relação, ou é diferente? Se for possível você explicar o porquê.
Mas algo deve ser notado: o acorde dominante tem a nota característica do modo. No exemplo do Dó Frígio que eu
te dei (hmmm meninão), o acorde dominante tem o Ré bemol, que é a nota característica pra definir o modo. No Dó
Lídio, o dominante pode ser o segundo grau, que é Ré maior (Ré Fá # Lá).
No caso da harmonia tonal, o dominante tem a sensível.
Mas algo deve ser notado: o acorde dominante tem a nota característica do modo. No exemplo do Dó Frígio que eu
te dei (hmmm meninão), o acorde dominante tem o Ré bemol, que é a nota característica pra definir o modo. No Dó
Lídio, o dominante pode ser o segundo grau, que é Ré maior (Ré Fá # Lá).
No caso da harmonia tonal, o dominante tem a sensível.
Coincidência ou não, nesses dois casos que você citou, existe relação com a terça do acorde (3 ou 3m).
O acorde dominante da harmonia modal contém a nota característica do modo em sua 3 (que dependendo do
modo, pode ser maior ou menor).
O modo lídio apresenta as mesmas notas do modo jônico, com exceção de apenas uma nota. No modo lídio, o
intervalo do quarto grau é aumentado (quarta aumentada: 4+), enquanto no modo jônico o intervalo do quarto grau
é justo (quarta justa: 4) por exemplo:
Escala de C jônico: C D E F G A B
Escala de C lídio: C D E F# G A B
Seria isso? Se não fôr, dê um exemplo para que eu possa melhor compreende-lo.
É mais ou menos isso. É que dos modos maiores, o que soa mais jazzy é o lídio, por causa justamente da tensão que
a quarta aumentada gera. Muitos jazzistas usam o jônio também, como o Pat Metheny, por exemplo. Mas o mais
comum é o lídio.
Para acorde menores o dórico soa mais jazzy que o eólio, por isso é mais comum de se escutar no jazz.
Eu tô fazendo uma imersão de estudo no trabalho do Robben Ford e já deu pra sentir que vou lidar bastante com a
mistura de pentas maiores e menores e com o modo mixolídio, que ele usa muito.
(D A D G A | D Am D G Am) D
D: D F# A
A: A C# E
G: G B D
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
D E F# G A B C#
Percebe-se que este trecho da harmonia gira sobre a tonalidade (campo harmônico) de D maior, e o repouso desses
acordes tende a acontecer no acorde de D. Por essa razão, utiliza-se a escala de D jônico, pois todas as notas
originadas da "dissecção" dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de D.
D: D F# A
Am: A C E
G: G B D
Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:
D E F# G A B C
Percebe-se que este trecho da harmonia gira sobre a tonalidade (campo harmônico) de G maior, e o repouso desses
acordes tende a acontecer no acorde de D. Por essa razão, utiliza-se a escala de D mixolídio, pois todas as notas
originadas da "dissecção" dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de G.
Eu não entendi bem a explicação dele, mas pode acontecer de mudar de tom sim.
Acho que vc quer saber como aplicar uma escala pentatônica ou penta- blues numa harmonia certo?
___________________________________________________________
Temos os acordes: Em - G - A - B
E vamos supor que vc quer saber qual escala usar pra solar em cima desses acordes que estão tocando.
Começando pelo "Em", sabemos que todo acorde tem suas 3 notas fundamentais que são as 1ª 3ª e 5ª , e no caso do
Em, acordes menores tem 3ª diminuída em meio tom, então a formação do Em seria 1ª (3ªb) e 5ª que seria as notas
(E, G, B) >>> acorde de Em.
Sabendo que as notas fundamentais de Em são "E,G,B" vc pode usar qualquer escala que tenha essas 3 notas.
Vamos as escalas:
Modo______ Notas
Jónio______ C D E F G A B C
Dórico______ C D D# F G A A# C
Frígio______ C C# D# F G G# A# C
Lídio______ C D E F# G A B C
Mixolídio__ C D E F G A A# C
Eólio______ C D D# F G G# A# C
Lócrio_____ C C# D# F F# G# A# C
Nessa tabela os modos estão todos em "C", mas isso não importa, o importante é que vc precisa de uma escala que
tenha a 1ª justa 3b e 5 justa, e olhando as notas das escalas perceba que os modos que se encaixam nas notas que
queremos são Dórico, Frígio, Eólio, vc pode usar essas 3 escalas no tom de E para solar enquanto o acorde de Em
está sendo tocado na harmônia. Esse mesmo procedimento serve para qualquer acorde e qualquer escala, incluindo
as pentatônicas, desde que elas tenham as 3 notas principais do acorde que está sendo tocado, ou seja, a
pentatônica menor também serviria no caso do Em visto que ela é formada por 1, 3b, 4, 5, 7b.
Uma observação para o rock ou metal, é que quase sempre os acordes são tocados como Power Chord, ou seja, não
se toca a 3ª do acorde, que é a que caracteriza o acorde como maior, então o power chord soa como um acorde
menor, então nesse caso vc pode usar uma escala para um acorde menor.
Nesse site escolhendo a escala que vc quer, ele mostra do lado esquerdo quais notas da escala são diminuída ou
aumentada, isso pode te ajudar a ter um conhecimento maior sobre as escalas que vc mais gosta.
krixzy
Obrigado pela explicação, mas não é bem isso que eu queria saber.
Na verdade, eu queria sabe se dá pra tocar, por exemplo, A pentatônica de Em em modo frigio.a escala(menor
natural) ficaria assim(me corrija se eu estiver errado):
E - F# - G - A - B - C - D
No caso da pentatônica menor, a escala deveria ficar assim(eliminando o segundo e sexto graus da escala):
E-G-A-B-D
Beleza, até aí tudo bem. Só que, se eu quisesse tocar essa escala em modo Frigio, deveria tocar nessa maneira né?
A-B-D-E-G-A
Está certo?Tudo o que eu fiz foi iniciar do "terceiro" grau(no caso D, porque eu eliminei o segundo) e repetir o resto
da escala até chegar no terceiro grau denovo...Está certo desse jeito?
Só que nesse caso vc ta alterando o modo frígio, visto que ele já estava com a 3b, e pra formar uma penta vc tem
que diminuir a 3 de novo, e se caso vc não diminua de novo pra manter o modo frígio, na verdade vc ta tocando o
mesmo modo frígio só que faltando as notas que vc tirou, e nesse caso não vejo vantagem pq vc não mudou de
sonoridade, apenas perdeu notas de uma escala que pode fazer falta.
Isso que vc ta querendo fazer eu desconheço, até onde eu saiba não tem como tocar uma penta em modo frígio,
normalmente o que eu faria seria usar as duas escalas ao mesmo tempo, pois me daria mais opções pra compor
alem de me dar sonoridades diferentes no mesmo solo.
E - Gb - A - B - Db
E outra coisa, modos gregos não são escalas naturais, chamamos de natural a Jônico, e Eólio menor natural, mas são
modos que mudamos apenas o tom, existe outros tipos de modos, como por exemplo, além dessa Frígio citada que
também é uma escala menor, há também a Frígio Dominante (C C# E F G G# A# C ) muito usada no metal.
Jeffin C.
me intromentendo na sua pergunta, misturar escalas em metal não é algo a ser experimentado...hj em dia, em busca
da originalidade, quase todas as harmonias e solos de metal tem fusoes de escalas, ja q vc citou o Mustaine, procure
estudar Marty Friedman...nao consigo lembrar nenhum solo dele em q ele usa apenas uma escala sem nenhuma
dissonancia ou passagem outside
quanto ao fato de vc ser autodidata, nao há nada de errado nisso! muitos grandes guitarristas sao autodidatas,
incluindo o pai da guitarra, Hendrix, e o maior idolo da molecada, o Slash! só nao podemos formar o falso conceito
de que autodidadas nao manjam nada de teoria...alguns nao manjam mesmo, mas o termo "autodidata" remete ao
cara q estudou por conta, e portanto, sabe de teoria!
vc só tem q tomar cuidado com a grande quantidade de informação q temos disponiveis hj purai, pode confundir o
iniciante, q nao sabe a ordem q deve aprender as coisas...talvez a uns 20/ 30 anos atras fosse mais facil ser
autodidata viu...rs
Ser autodidata realmente é mais difícil e mais lento para aprender, mas ao meu ver autodidatas tem uma grande
vantagem, que é descobrir as coisas do seu jeito, o autodidata explora o conhecimento de forma diferente, já os que
fazem curso ou se formam em alguma escola as vezes acabam se prendendo ao padrão de aprendizado, tipo só toca
do jeito que o professor encinou, e nisso os autodidatas tendem a encontrar uma personalidade musical mais fácil,
tipo quando alguém escuta um som seu não precisa ver pra saber que é vc, pq no seu som tem sua personalidade.
E vc pode e deve mesclar escalas, como o amigo citou acima, hoje em dia ninguém se prende a uma escala, no
mesmo solo pode se usar várias conforme a sonoridade que esteja procurando, isso é muito comum.
Jeffin C.
Tocar de forma modal não é subir e descer um shape de escala, mas entregar a intenção correta enfatizando as
notas que são importantes para aquela sonoridade. Vamos por partes:
- Começando na nota, terminando na nota, tocando ela no tempo forte, tocando ela com maior intensidade,
tocando a nota várias vezes, colocando a nota como a mais aguda da frase, colocando a nota como a mais grave da
frase, fazendo a nota durar mais que as outras, etc...
São: a tônica do modo e o trítono da escala que estiver usando. Se não souber o que é trítono observe a distância
em tons entre a quarta nota da escala maior e a sétima. São 3 tons (trítono).
Exemplo 1:
Ré Dórico - D E F G A B C
Notas características: Tônica do modo, ou seja a nota Ré + trítono da escala, ou seja, notas Fá e Si (observe que entre
Fá e Si existe 3 tons).
Exemplo 2:
Sol Mixolídio - G A B C D E F
Notas características: Tônica do modo, ou seja a nota Sol + trítono da escala, ou seja, notas Fá e Si.
Podes usar para ambos os exemplos acima os mesmos shapes, mas a ênfase será diferente pois no dórico você
acentuará as notas D F B e no mixolídio as notas G B F. A base no dórico deverá começar com um acorde de Dm e
girar em torno dele e no mixolídio no acorde de G.
Se a base está claramente em Jônico, sole em jônico. Se a base estiver em dórico sole em dórico. Se a base estiver
em frígio sole em frígio e assim por diante. A não ser que você estiver pensando por acorde, daí o que vale é sempre
a tônica do próprio acorde. Por exemplo, num acorde de Dó(qualquer coisa) você poderá dar a intenção Dó(modo).
Num acorde de Ré(qualquer coisa) você poderá dar a intenção Ré(modo). O modo sempre terá a mesma tônica do
acorde (quando solando por acorde!).
Não precisa começar com um acorde menor. Pensa que a diferença do dórico para qualquer outro acorde menor é a
6 maior, portanto um acorde com 6 maior da a sonoridade do dorico.
Todos os acordes do campo harmonico de determinado modo podem ter um dorico sendo tocado em cima deles,
contudo, alguns acordes ficam muito bem com o dorico.
Os melhores são o proprio acorde do dorico (m6) e o dominante (maior com 7). Portanto cadencias com eles
funcionam super bem.
Outra maneira de pensar em cadencias com dorico é pensar no dórico como primeiro grau, por exemplo D dórico(
tom de C maior).
D-E-F-G-A-B-C
depois de coloca-lo no primeiro grau, voce pega o I, IV e V graus e toca os acordes desses graus com o baixo na
tonica do dórico, sendo nesse caso
Mas é logico que você pode tocar dorico em todos os acordes do campo.
Uma forma bacana de tocar o dorico é pensando nele como pentatonica. Troque a setima da penta menor por uma
sexta maior,isso ir gerar uma penta menor com sexta, que é exatamente o dórico.
D-E-F-G-A-B-C
depois de coloca-lo no primeiro grau, voce pega o I, IV e V graus e toca os acordes desses graus com o baixo na tonica
do dórico, sendo nesse caso
o IV e o V nao seria, G e A partindo ae do D.? pq Am7/D- Bmeio°/D[/i] deu pra entende mais ou menos entao eu
seguiria o raciocinio que D dorico devo seguir a campo harmonico d C para montar a base da musica .....assim como
se fosse pra soar mixolidio G . teria de usar o campo de C tambem colocando como tonica uma nota com 7 menor.
qualqer nota do campo de C com 7 menor....? desde ja agradeço a paciencia ^^
É legal quando você transforma o Vº grau do dórico em um dominante. Então sobre este acorde, já que você
está tocando o dórico, não custa nada subir a 7a do dórico em um semitom e fazer com que o Dm dórico se
transforme numa Dm melódica. Pode gerar um acorde A7(9) ou um A7(b13), senão um A7(9/b13):
e----7--------------
B----6--------------
G----6--------------
D----5--------------
A----0--------------
E-------------------
Bom, a Harmonia Modal é um tipo de harmonia dentre as demais que existem - a Tradicional e a Funcional.
A Harmonia Modal, como o próprio nome já diz, é baseada nos Modos Gregos.
OBS: Cada Modo é equivalente a 1(UM) Grau, grau este representado por algarismos romanos.
Os Graus nada mais são do que os intervalos. EX: O primeiro grau é a tônica, o quinto grau é a quinta, o oitavo grau é
a oitava.
A Soma desses 7 graus existentes(a oitava nada mais é do que a Tônica) formam a escala.
I: Jônio
<pre>
G---------------2--4-----------------------------------
D--------2-3--5----------------------------------------
A--3--5------------------------------------------------
E------------------------------------------------------
</pre>
II: Dórico
<pre>
C----------------2-4-----------------------------------
D----------3--5----------------------------------------
A--3--5-6----------------------------------------------
E------------------------------------------------------
</pre>
III: Frígio
<pre>
G------------------3-----------------------------------
D----------3--5-6--------------------------------------
A--3-4--6----------------------------------------------
E------------------------------------------------------
</pre>
IV: Lídio
<pre>
G----------------2--4----------------------------------
D--------2--4-5----------------------------------------
A--3--5------------------------------------------------
E------------------------------------------------------
</pre>
V: Mixolídio
<pre>
G----------------2-3-----------------------------------
D--------2-3--5----------------------------------------
A--3--5------------------------------------------------
E------------------------------------------------------
</pre>
VI: Eólio
<pre>
G-------------------3-----------------------------------
D-----------3--5-6--------------------------------------
A---3--5-6----------------------------------------------
E-------------------------------------------------------
</pre>
VII: Lócrio
<pre>
G------------------3-----------------------------------
D----------3-4--6--------------------------------------
A--3-4--6----------------------------------------------
E------------------------------------------------------
</pre>
Normalmente, dizemos que ou o tom de uma música ou de um trecho de música é Maior(Jônio) ou o tom é
Menor.(Eólio)
Na verdade, há, além desses 2 tons, outros 5: Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Lócrio.
Todos esses tons, essas escalas, são oriundas de uma escala MÃE: O Jônio.(Maior)
Porquê tudo isso? Compare essas digitações que você acabou de fazer com aquelas escalas logo no início deste
tutorial, ou seja, a escala Jônio, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Eólio e Lócrio.
Percebeu?? São as mesmas notas só que jogadas em regiões mais confortáveis do braço. Então, OBEDECENDO UMA
HARMONIA JA EXISTENTE, ONDE O TOM ESTIPULADO PELO COMPOSITOR EH APENAS UM, (ou seja , nao ha
mudanca de tom no meio nem emprestimo modal nem nada..rss nao vamos entrar nesse mérito) não é bom pensar
assim pois as notas sao iguais. Você só tende a se confundir mais ainda. Devemos encarar os Modos gregos como
Tonalidades que podem ser mudadas durante a música, para criar uma mudança de clima.
Conclusão: Se você começar a tocar a escala de Dó maior(Jônio), por exemplo, a partir do segundo Grau(II), na
própria escala maior, e depois tocar a escala de Ré Dórico, você vai perceber que as notas são iguais!! Então
concluímos o que? Muito bem! Que todos esses Modos Gregos sao oriundos da escala Mãe Jônio(escala maior).
Logicamente é assim pois tal escala é o primeiro grau de todos.
Fiquei confuso... Se as notas são as mesmas , então pra que essa palhaçada toda? Simples! Para você perceber
algumas coisas:
1) Dó Jônio = Ré Dórico = Mí Frígio = Fá Lídio = Sol Mixolídio = Lá Eólio = Si Lócrio. Isso tendo como exemplo uma
BASE, uma progressao de acordes, onde a tonalidade é DÓ MAIOR, nesse caso).
Tem muitos doutrinadores que fazem uma tremenda burrada ensinando por esse modo mais complicado, entupindo
o aprendiz músico com inúmeras escalas e teorias complicadas. Se pedirem para vc criar algum arranjo ou solo em
cima de uma base como esta: C7M Dm7 Em7 O TOM DESSA BASE É DÓ(C MAIOR)
Para que raios você vai aplicar uma escala diferente em cada acorde tocado? É idiotice aplicar dó jônio no acorde C,
ré dórico no acorde D, mí frigio no acorde E. É idiotice pois no final das contas, você vai estar tocando as mesmas
notas da escala de Dó Jônio!!
2) Cada escala tem uma sonoridade diferente. Então, podemos criar uma música em TOM Jônio , ou em TOM Dórico,
ou em TOM Frígio, ou em TOM Lídio, e etc.
EXISTE TOM EM LÍDIO? PENSEI QUE SÓ EXISTISSEM OS TOMS MAIORES(JONIO) E MENORES(EOLIO)
Resposta: SIM!!
A grande sacada está em você aprender a diferenciar a sonoridade de cada escala. Por exemplo: O Jônio é uma
escala alegre, feliz. Sabem o refrão da música Carry On do Angra? Então, aquele refrão é em TOM Jônio.
Outro Exemplo: A Música do filme "Tubarão" é em Frígio, pois tal modo é caracterizado por ter uma soronidade
sombria, com tensão, entendem?
3) É muito complicado dizer o MODO de um trecho musical. Por exemplo um verso ou um refrão. A dica é aprender a
diferenciar a SONORIDADE de cada MODO. Se treinarem isso, depois de um tempo, só de ouvir a música, ou o
trecho, vocês poderão dizer qual é o Modo utilizado pelo(s) músico(s). (se for harmonia modal é claro)
VALE A PENA RESSALTAR QUE DEVEMOS SEMPRE USAR NOSSO BOM SENSO! NAO VÃO, POR EXEMPLO, CRIAR UMA
MUSICA COM UMA SONORIDADE ALEGRE E FELIZ E LOGO NO REFRAO JOGAREM UM FRÍGIO , QUE É UM MODO
COM MUITA TENSÃO , FRIEZA, POIS NÃO VAI FICAR MUITO LEGAL..RSSS
* Os acordes maiores são: Jonio(I grau), Lidio(IV grau) e Mixolidio(V grau). Os acordes menores são: Dorico(II grau),
Frigio(III grau), Eolio(VI grau) e Locrio(VII grau).
JONIO: Possui Tonica , terça maior, quarta justa, quinta justa, sexta maior e setima maior.
EOLIO: Possui Tonica , terca menor , quarta justa , quinta justa , sexta menor e setima menor
DORICO: Possui Terça menor , e sexta maior (se comparmos com a escala natural menor ->eolio)
FRIGIO: Possui a terca menor , e a segunda bemol (se comparmos com a escala natural menor ->eolio)
LIDIO: Possui a terca maior , a quarta aumentada e a quinta justa(se compararmos com a escala natural menor -
>eolio)
MIXOLIDIO: Possui a terca maior e a setima menor(se compararmos com a escala natural maior -> jonio
LOCRIO: Possui a terca menor , a segunda bemol , a quarta justa e a quinta bemol(se compararmos com a escala
natural menor ->eolio)
Porque sétimas?
É importante distinguir as sétimas, pois são os acordes mais utilizados. Não que nao existam acordes com sexta e
afins, mas os mais comuns e os mais usados sao acordes com sétima.
Se vc quiser criar uma base(ou também chamada , progressao de acordes) onde a tonalidade é Jônio, você ira
começar pelo primeiro grau.
Exemplo: Dó Jônio: Analise a escala e retire dela quaisquer notas SEM SER A DO TOM LOGICAMENTE - que servirão
para você fazer a base. Vamos utilizar o Mí , o Fá e o Sol, como exemplo.
Bom, já sabemos o quê? Que os modos MAIORES sao: I(Jonio) IV(Lidio) e V(Mixolidio) e os MENORES sao: II(dorico),
III(frigio), VI(eolio) e VII(Lócrio).
Dó, Ré, Mí. O Mí é o terceiro grau da escala, hmmm terceiro grau eh qual? Muito bem! É o Frígio! O Frígio possui a
terça menor e a setima menor certo? Entao vamos começar nossa progressao de acordes:
Em7
Ué, e porquê nao tem um "m" depois do 7? O Sétimo grau do frigio nao é menor?
Resposta: Sim! Mas no caso das sétimas é um pouco diferente. Quando está apenas um "7" significa que essa sétima
eh MENOR. Se tiver somente o acorde, sem nada(exemplo: "G", "A"...) significa que tal acorde é MAIOR. Se tiver um
"m" depois do acorde(exemplo: "Gm", "Am"...) significa que tais acordes sao MENORES. No caso da sétima é ao
contrário. Se o "7" estiver sozinho, quer dizer que a sétima é MENOR. Se o "7" tiver acompanhado de um "M" ("7M")
significa que tal sétima é MAIOR.
Em -> mí menor
No caso do sétimo grau(VII) tal regra é diferente. Se o 7 esta sozinho, significa que ele é menor; se o 7 estiver
acompanhado de um "M" significa que a sétima é maior ->7M
Vamos prosseguir:
Dó, Ré, Mí, Fá! O Fá é o quarto grau certo? Entao , concluímos que se trata do Lídio.
O Lídio possui a terça maior e a sétima maior.
E7M ->lembram do dito acima? Apenas "E" significa que o acorde é maior. Neste caso, temos um "M"
acompanhando o 7. Entao , de acordo com o aprendido, tal sétima é maior.
Dando continuidade:
Dó , Ré , Mí , Fá , SOL! O Sol é o quinto grau certo? Entao , pelo fato do tom de nossa futura base ser JONIO , o SOL é
o quinto grau, ou seja, o MIXOLIDIO. Tal modo possui a terça maior e a setima menor.
Pois existe apenas o "G" nao acompanhando "m" que significaria que o sol seria menor) e somente o "7" que
significa que tal sétima é menor, pois a sétima é uma EXCESSAO a essa regra lembra?
PRONTO!
Nossa base ficou assim:
Se não quiserem usar a sétima não usem. É interessante deixar explícito a sétima. Se quiserem usar usem , se não ,
não usem.
Podem fazer somente bordoes , acordes completos com tonica, terca, quinta, e setima(TETRADES), acordes com
tonica e terca somente, com tonica e setima , com tonica , terca e quinta (analisar quais graus possuem quinta justa
e quais possuem quinta bemol e etc)
Concluindo:
Viram porque é besteira aplicar a escala correspondente ao acorde? No final das contas as notas sao iguais. Aplique
a ESCALA DO TOM que é Dó Jônio.
Outro exemplo:
Ré Lídio:
Quais são as notas do dó lidio? D, E, F#, G#, A, B, C#
Agora vamos escolher algumas notas para serem os acordes da nossa base:
Logicamente que a primeira nota do nosso acorde vai ser o D, pelo nosso tom ser Lídio.
Vamos começar!
Muito cuidado. No exemplo do Dó, nos usamos o tom de jonio, ou seja, o PRIMEIRO grau. Neste caso usaremos o
tom LIDIO, ou seja, o QUARTO grau; entao, começaremos a contar do IV(quarto)
Pelo fato do tom ser LIDIO , o Ré tem a terça MAIOR e setima MAIOR
D7M -> Ré maior com setima maior
Ré, Mí, Fá sustenido! Quarto(IV), Quinto(V) Sexto(VI) o Fá sustenido é o sexto grau do Campo Harmonico de Ré Lídio,
ou seja, o Eolio! Pois bem, o eolio possui a terca e setima menores certo? Correto! Entao ficará assim:
F#m7 -> Fá sustenido menor com setima menor.
Ré, Mí! Quarto(IV), Quinto(V)! O Mí é o quinto grau , ou seja , o mixolidio! Bom, o mixolidio possui a terça maior e a
setima menor.
Entao ficará assim:
E7-> Mí menor com setima menor
Ré, Mí, Fá sustenido, sol sustenido! Quarto(IV) , Quinto(V), Sexto(VI), Setimo(VII) Ou seja, o LOCRIO! Que possui a
quinta BEMOL!!! (Muitas Tablaturas ou partituras a sinalizam como uma BOLINHA CORTADA NO MEIO ,NA
HORIZONTAL, bem pequena. (ao lado do acorde em questao)
Teoricamente chamamos esse acorde(o acorde referente ao grau LOCRIO) , como ACORDE MEIO DIMINUTO
Ficará assim:
G#m7 5b-> sol sustenido menor com setima menor E QUINTA BEMOL
Dificil? Que nada! É só decorar que os acordes LOCRIOS(Setimo grau) Sao chamados de meios diminutos, e eh
porisso que devemos explicitar que a quinta dele eh BEMOL.
Para melhor visualizacao, coloquei os graus respectivos aos acordes entre parênteses. O Tom dessa nossa
progressao é Ré Lidio pois começa pela quarto grau!
Importantissimo: Lembre-se; se vc escolher uma tonalidade sem ser a JONIO, para fazer suas progressoes,
dependendo do grau, vc deve começar contando por ele. EX: Dó Mixolidio. Você, deve lembrar que a TONICA do
mixolidio, por ser mixolidio, é o V(quinto grau).
Em virtude disso, como foi o caso do LIDIO que acabamos de fazer, o primeiro acorde NECESSARIAMENTE terá de ser
o Mixolidio, neste caso, o Dó. Se o segundo acorde de sua progressao for o Ré, este será respectivo ao Eolio, por ser
o VI grau... e por aí vai...
Agora você ja sabe que nao é uma boa idéia vc aplicar a escala referente ao acorde, na hora de solar. Pois TUDO o
que foi feito, foi a partir de UMA ESCALA; que é a do TOM. Entao, deve-se solar em cima da escala do TOM.
IMPORTANTE: VALE LEMBRAR QUE NAO MUDAMOS DE TOM EM NENHUAMA HIPOTESE. TODAS AS PROGRESSOES
FORAM ORIUNDAS DO TOM ESCOLHIDO.