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CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

Departamento de Biofísica e Farmacologia

Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo


Fármacos Adrenérgicos e Bloqueadores adrenérgicos

Edilson Dantas da Silva Júnior

Natal-RN
2018.1
Bibliografia Recomendada

• Capítulo 12
• Capítulo 8
• Capítulo 14
• Capítulo 12

Goodman & Gilman Rang & Dale


12 ed 8 ed

• Capítulo 6
• Capítulo 9
• Capítulo 10

Katzung
13 ed
Sumário

1. Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo


i. Divisão
ii. Diferenças entre simpático e parassimpático
iii. Varicosidades
iv. Princípios da Neurotransmissão
v. Transmissão colinérgica
vi. Receptores colinérgicos
vii. Transmissão adrenérgica
viii. Receptores adrenérgicos
2. Fármacos adrenérgicos (mec. de ação, indicações e reações adversas)
i. Agonistas adrenérgicos
ii. Simpaticomiméticos indiretos
3. Bloqueadores adrenérgicos (mec. de ação, indicações e reações adversas)
i. Antagonistas adrenérgicos
ii. Farmacos que afetam a sintese e o armazenamento
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
Departamento de Biofísica e Farmacologia

Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo


Brônquios
TGI T.
genitourinário
Vasos

Coração
Atividade contrátil

Sistema Nervoso Autônomo


Metabolismo Secreção exócrina e
energético endócrina

Pâncreas
Tec. adiposo
Fígado M. esquelética
Gland. salivares Gland.
sudoríparas
Divisão do Sistema Nervoso Autônomo

Sistema Nervoso Autônomo Sistema Nervoso Autônomo


Parassimpático Simpático

Repouso e Digestão Luta e Fuga


Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático

Origem Craniossacral

Pupilas Parassimpático
Glândulas Repouso e
salivares
Digestão
Coração
Olho
Miose

Coração
Bronquios
↓ FC
↓contratilidade
Fígado Sist. Respiratório
Estômago Bronconstrição
Intestino Delgado
Bexiga
Contração
Intestino Grosso
Intestino
Contração
Reto
Estômago
Bexiga Contração e
Genitália secreção suco
gástrico
Sistema Nervoso Autônomo Simpático

Origem toracolombar
Pupila Simpático

Glândulas Luta e Fuga


salivares
Olho
Coração Midríase
Brônquios
Coração
↑ FC
T2
T1
↑ contratilidade
T3

T4
Fígado Sist. Respiratório
T5

T6
Broncodilatação
T7 Estômago
T8
Vasos
T9
Intestino delgado Dilatação – musc.
T10
esquelética
T11 Glândula adrenal Contração -vísceras, pele,
T12 Intestino grosso mucosa
L1
Rim
L2

L3
Fígado
Reto Glicogenólise

Bexigar Bexiga
Relaxamento
Genitálias
Diferenças entre Simpático e Parassimpático

ANTAGONISTAS FUNCIONAIS

Parassimpático Simpático
Repouso e Luta e
Digestão Fuga

Olho Olho
Miose Midríase

Coração Coração
↓ FC ↑ FC
↓contratilidade ↑ contratilidade

Sist. Respiratório Sist. Respiratório


Bronconstrição Broncodilatação

Bexiga Bexiga
Contração Relaxamento

Glândulas salivares
Aumento da secreção
Diferenças entre Simpático e Parassimpático

Gânglio

Fibras pré-glanglionares Fibras pós-glanglionares

Região
toracolombar ou
craniossacral

Principais diferenças entre SNAS e SNAP


➢ Tamanho das fibras pré e pós-ganglionares
➢ Neurotransmissor liberado pelas fibras pós-ganglionares
➢ Proporção fibras pré-glanglionares:pós-ganglionares
Diferenças entre Simpático e Parassimpático

Fibras
colinérgicas
Parassimpático
Gânglio
Cranial
1:1
e
sacral

ACh = Acetilcolina Músculo liso, tecido cardíaco,


glândulas

Fibra Comprimento Neurotransmissor


Pré-ganglionar Longa ACh
Pós-ganglionar Curta ACh
Diferenças entre Simpático e Parassimpático

Simpático
Gânglio
1:20
Torácica
e
lombar

Músculo
liso,
ACh = Acetilcolina tecido
NE = noradrenalina ou cardíaco,
glândulas
norepinefrina
Epi = adrenalina ou
Glândulas
epinefrina sudoríparas

Fibra Comprimento Neurotransmissor


Pré-ganglionar Curta ACh
Pós-ganglionar Longa NE (principal), Epi, ACh
Diferenças entre Simpático e Parassimpático

SNAP SNAS

Fibra pré-ganglionar
ACh
ACh
1:20

Adr/NE

ACh 1:1

Fibra pós-ganglionar

ACh NE
Varicosidades
Dilatações do axônio – neurotransmissor é sintetizado, armazenado e liberado
Princípios da neurotransmissão

1- Síntese do neurotransmissor (NT);


2- Armazenamento do NT;
N Síntese T
3 - Chegada do impulso;
4 – Exocitose do NT;
NT
5 – Ativação de receptores pós-sinápticos;
Armazenamento
6 – Recaptação ou degradação do NT;

T NT NT
Transmissão juncional –
passagem do impulso por meio N
da sinapse ou de uma junção Exocitose -
neuroefetora
+ - - +
Ca2+ - +
+ + ++
+
+ - -
Recaptação - -
Potencial de ação
T
NT
Degradação Ativação do receptor
N
EFEITO
1) Potencial pós-sináptico excitatório
EFEITO
2) Potencial pós-sináptico inibitório
3) Contração, secreção etc.
Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático: Transmissão colinérgica
Terminação Colinérgica
(gânglio, junção neuroefetora)

Acetil-CoA
Colina acetil Acetilcolina
+ transferase H+
Colina

Acetilcolina

Colina
Na+ - -
- +
- +
+ Ca2+ + +
+
+ - -
- Potencial
CCVD
de ação
Acetilcolina

AChE

Receptores colinérgicos
Acetil

Efeito
Gânglio, junção neuroefetora
Transmissão colinérgica

Receptores colinérgicos
Divididos de acordo com a seletividade da nicotina e muscarina

Receptor Nicotínico
Receptor Muscarínico

β
α
ϒ

Neuronal Muscular
M1 M2 M3 M4 M5
Transmissão colinérgica

Receptores nicotínicos
ACh
Fármacos:
➢Bloqueadores neuromusculares

Na+
Localização:
➢Gânglios do SNAP e SNAS;
➢Medula adrenal;
➢Musculatura esquelética.

Ativação gera a despolarização da célula


Transmissão colinérgica

Receptores Muscarínicos

M2 e M4
ACh M1, M3 e M5 ACh

Gq Gi/o

PLPC ↓ AMPc K+ efluxo

IP3 + DAG
↓ PKA
Ca2+ PKC

Contração musculo liso (M3) Hiperpolarização (M2, M4);

Secreção de glândulas (M3, M1) Inibição da liberação do neurotransmissor (M2, M4);

Potencial de ação pós-sináptico excitatório (M1, M5) ↓ da frequência e força de contração do coração (M2)
Transmissão colinérgica
Receptores Muscarínicos

Receptor M1 Receptor M3

Glândulas
Controle da secreção Músculo liso
Controle da contração

Relevante na Incontinência urinária, Doença


Pulmonar Obstrutiva crônica, Asma
Sistema Nervoso Central Células parietais
(aumento da função cognitiva) Controle da secreção gástrica

Receptor M5
Relevante no
Alzheimer e Sistema Nervoso Central
Disfunções cognitivas (Intensifica comportamento de
procura e recompensa)

Glândulas salivares Relevante na dependência de drogas,


(controle da secreção salivar) Doença de Parkinson
Transmissão colinérgica
Receptores Muscarínicos

Receptor M2 Receptor M4

Relevante no
Alzheimer, Parkinson e
Dor

Sistema Nervoso Central Coração Sistema Nervoso Central


(Inibição neuronal) (redução da FC e força de (Inibição neuronal)
contração)

Relevante no
Alzheimer e Dor

Membrana pré-sináptica
terminações periféricas
(Inibição a liberação de
neurotransmissores)
Transmissão colinérgica
Exemplo de Fármacos que atuam na transmissão colinérgica

Pilocarpina
Agonista muscarínico Escopolamina
Glaucoma Antagonista muscarínico Ipatrópio
Cólicas intestinais Antagonista muscarínico
Broncodilatador

Rivastigmina
Inibidor da AChE
Tratamento do Alzhmeir
Sistema Nervoso Autônomo Simpático: Terminação
Transmissão adrenérgica adrenérgica

Tirosina

Tirosina hidroxilase
Dopamina Varicosidade

DOPA DOPA Dopamina

DOPA descarboxilase Tirosina



Tirosina NOR NOR
Dopamina NOR
Metabolizada
Dopamina β-hidroxilase NOR
NOR
NOR
Noradrenalina
Feniletanolamina
N-metiltransferase
Metabolizada

Adrenalina Célula pós-sinática


Transmissão adrenérgica: síntese e armazenamento

Transportador vesicular
Dopamina de monoaminas
H+

DOPA A Vesícula
descarboxilase

Dopamina
DOPA Dopamina
Etapa β-hidroxilase
limitante
A
Tirosina NOR
Hidroxilase
Na+ NOR A
Tirosina
ADR ADR
S

Feniletanolamina
NOR N-metiltransferase
Na+
Medula
Tirosina suprarrenal
80% ADR
Transmissão adrenérgica: Liberação, recaptação e metabolismo
+ +
H+ - - + Potencial
- - de ação
A + --
Metabólitos
NOR +
+

CCVD
Na+ + Ca2+
NOR
-
S
90%
Ca2+
Receptor
Transportador
pré-sináptico
neuronal
Na+ NOR

NOR NOR
Transportador Receptor
extraneuronal pós-sináptico
5%

COMT
NOR Metabólitos EFEITO
Transmissão adrenérgica: adrenoceptores

Receptor transmembranar de 7 domínios acoplado à Proteína G

β
α
ϒ
Adrenoceptores α Adrenoceptores β

α1 α2 β1 β2 β3
Receptores adrenérgicos ou adrenoceptores

Classificação dos adrenoceptores

Noradrenalina Adrenalina Isoproterenol


R. P. Ahlquist, 1948

Adrenoceptores α Adrenoceptores β

Vasoconstrição Vasodilatação
(Visceras e Pele) (Músculo esquelético)

Noradrenalina>Adrenalina>>>Isoproterenol Isoproterenol > Adrenalina ≥ Noradrenalina


Transmissão adrenérgica: adrenoceptores

Classificação dos adrenoceptores β


(diferenças na potência dos agonistas noradrenalina e adrenalina)

Adrenoceptores β1 Adrenoceptores β2 Adrenoceptores β3


(coração, rins, adipócitos) (Músculo liso brônquios, vasos, (Tecido adiposo e bexiga)
fígado)
Resposta

Resposta

Resposta
log [Agonista] M log [Agonista] M log [Agonista] M

Isoproterenol Isoproterenol Isoproterenol


adrenalina=noradrenalina adrenalina noradrenalina
noradrenalina adrenalina
Transmissão adrenérgica: adrenoceptores

Terminação Classificação dos adrenoceptores α


adrenérgica Baseado em características anatômicas, farmacológicas e
funcionais

Classificação Anatômica
Varicosidade Adrenoceptores α2 → localizados pré-sinapticamente
Adrenoceptores α1 → localizados pós-sinapticamente

− Adrenoceptores α2
NOR

NOR
Classificação Farmacológica e Funcional
NOR Adrenoceptores α2 → clonidina (ag), Idazoxan (antag)
Adrenoceptores α1 → fenilefrina (ag), e metoxamina (ag),
NOR Adrenoceptores α1
Prazosin (antag)

Adrenoceptores α2

Célula pós-sinática
Transmissão adrenérgica: adrenoceptores

Subdivisão dos adrenoceptores α

Adrenoceptor α1 Adrenoceptor α2

α1A α1B α1D α2A α2B α2C


Trato Geniturinário Baço Vasos Plaquetas Fígado Adrenal
Coração Fígado Aorta Neurônio Simp. Rim Cortex
Córtex Coração Hipotálamo Medula espinhal Vasos
Córtex Plaquetas

α1L
Próstata
Transmissão adrenérgica: adrenoceptores

Efeito da ativação dos adrenoceptores

Adrenoceptor α1 Adrenoceptor α2
➢ Contração músculo liso ➢ Inibição do SNAS (α2A)
✓ Vascular (α1A e α1D) ➢ Contração músculo liso vascular (α2B)
✓ Próstata (α1A/L) ➢ Inibição da liberação de adrenalina
✓ Ducto deferente (α1A) pela suprarenal (α2C)
➢ Glicogenólise hepática (α1B)

Adrenoceptor β2
Adrenoceptor β1
➢ Vasodilatação (vasos musc. esquel)
➢ ↑ inotropismo cardíaco
➢ Relaxamento musc. liso TGI
➢ ↑ cronotropismo cardíaco
➢ Tremor muscular
➢ ↑ liberação de renina
➢ Gliconeogênese e glicogenólise
Adrenoceptor β3
➢ Lipólise
➢ Relaxamento bexiga
Transmissão adrenérgica: adrenoceptores

Via de sinalização dos adrenoceptores

β1, 2, 3 α1 α2

Gs Gq Gi/o
Transmissão adrenérgica: adrenoceptores

Via de sinalização dos adrenoceptores β (β1, β2 e β3)

ISO Canal de cálcio voltagem


dependente do tipo L

+ +
Gs α AC
P

ATP AMPc

Ca2+
- PKA Coração
Quinase da cadeia P
(Tecido muscular ou nodal)
leve de miosina
↑ Inotropismo e cronotropismo

Relaxamento ➢ Lipólise
P +
Musculo liso de brônquios, - Enzimas ➢ Glicogenólise
vasos, TGI ➢ Gliconeogênse
Transmissão adrenérgica: adrenoceptores

Via de sinalização dos adrenoceptores α1 (α1A, α1B e α1D)

Fen PIP2
Canal de cálcio voltagem
dependente do tipo L

+ +
α PLPC
Gq P
IP3 + DAG

PKC
Ca2+
Ca2+
Ca2+-Calmodulina
CONTRAÇÃO
+
Músculo liso:
Quinase da cadeia
Ca2+ leve de miosina
➢ Vasos
➢ Próstata
➢ Ducto deferente
Retículo
endoplasmático
Transmissão adrenérgica: adrenoceptores

Via de sinalização dos adrenoceptores α2 (α2A, α2B e α2c)

K+
CLON PIP2

- + +
β/𝛄 β/𝛄 PLPC
AC α Gi/o
IP3 + DAG
ATP ↓ AMPc
Terminação pré-sináptica Ca2+
Medula adrenal
↓ PKA ➢ Hiperpolarização
Contração
➢ ↓ síntese de noradrenalina
Musculo liso vascular
➢ ↓ síntese de adrenalina
PPP
Tirosina
↓ Hidroxilase

Tirosina
↓ DOPA
Farmacologia da Transmissão adrenérgica

Terminação Fármacos que alteram a transmissão adrenérgica


adrenérgica
podem ser usados no tratamento de:
➢ Doenças cardiovasculares;
➢ Doenças respiratórias;
Varicosidade ➢ Outras: bexiga hiperativa, choque, midriático etc.


NOR
SIMPATICOMIMÉTICOS (Fármacos Adrenérgicos)
NOR ➢ Agonistas adrenérgicos
➢ Fármacos que liberam Noradrenalina
NOR ➢ Fármacos que inibem o Metabolismo
➢ Fármacos que inibem a Recaptação

NOR SIMPATOLÍTICOS (Bloqueadores Adrenérgicos)


➢ Antagonistas adrenérgicos
➢ Fármacos que inibem a liberação de Noradrenalina

Célula pós-sinática
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
Departamento de Biofísica e Farmacologia

Fármacos Adrenérgicos: Simpaticomiméticos


Farmacologia da Transmissão adrenérgica: Simpaticomiméticos

SIMPATICOMIMÉTICOS

Diretos (Agonistas) Indiretos

Não seletivos Seletivos Agentes de Inibidores de


liberação captação
Noradrenalina (α, β) Fenilefrina (α1)
Adrenalina (α, β) Clonidina (α2) Tiramina Cocaína
Isoproterenol (β1,2 e 3) Dobutamina (β1) Anfetamina Imipramina
Oximetazolina (α1 e 2) Salbutamol (β2)
Mirabegron (β3) Inibidores da MAO

Iproniazida
Fenelzina

Mistos

Efedrina
(Agonista α e β e agente de liberação)
Agonistas adrenérgicos

Mecanismo de Ação dos Agonistas adrenérgicos

Ligante endógeno Agonista

Adrenoceptor Adrenoceptor

Efetor Efetor
Gs α Gs α

Segundo Mensageiros Segundo Mensageiros

Proteinas/Enzimas Proteinas/Enzimas

EFEITO EFEITO
Agonistas adrenérgicos

Efeito dos Agonistas adrenérgicos: Tecido e receptor-dependente

MUSCULO LISO METABOLISMO


(α1,2 e β2,3) (α1,2 e β2,3)

Vasoconstrição (α) Glicogenólise hepática (α1)


Vasodilatação (β2) Glicogenólise muscular (β2)
Broncodilatação (β2) Lipólise (β3)
Relaxamento TGI (β2) ↓ liberação de insulina (α2)
Relaxamento bexiga (β3)

CORAÇÃO SNC
(β1) (α2)

↑ força e frequência (β1) ↓ efluxo simpático


Agonistas adrenérgicos não-seletivos

Principais efeitos da administração dos Agonistas adrenérgicos não-seletivos

Noradrenalina Adrenalina
(Agonista α e β) (Agonista α e β)

Vasodilatação
Vasoconstrição ↓frequência (reflexo vagal) (vasos musc esqu) ↑ frequência
↑ força de contração Vasoconstrição ↑ força de contração
(vasos cutâneos)

Efeito Efeito
Resistência Resistência
Aumento acentuado Leve redução
periférica periférica
Pressão arterial Aumento Pressão arterial Aumento
Agonistas adrenérgicos não-seletivos

Principais efeitos da administração dos Agonistas adrenérgicos não-seletivos

Isoproterenol
(Agonista β1 e β2)

↑ frequência
Vasodilatação
↑ força de contração

Efeito
Resistência
Redução Acentuada
periférica
Pressão arterial Redução
Agonistas adrenérgicos não-seletivos

Farmacocinética dos Agonistas adrenérgicos não-seletivos

➢ Administrados por via parenteral (i.m. ou i.v.);

➢ Degradada pela COMT e MAO hepáticas;

Indicação dos Agonistas adrenérgicos não-seletivos

Sistema cardiovascular
➢ Parada cardíaca: Adrenalina (α, β), isoproterenol (β) (intravenosa)

Choque séptico
➢ Noradrenalina (α1) (intravenosa)

Choque anafilático
➢ Adrenalina (α, β) (intravenosa)
Agonistas adrenérgicos não-seletivos

Reações adversas aos Agonistas adrenérgicos não-seletivos

Arritmias Palpitações

Tremores Rubor
Agonistas seletivos para o adrenoceptor β1

Principal efeito dos Agonistas seletivos para o adrenoceptor β1

↑ força de contração
Dobutamina
(Agonista β1)

➢ Indicado para o choque cardiogênico

➢ Administrado por via intravenosa

➢ Meia vida curta (2 min)

➢ Reações Adversas: Hipertensão, taquicardia


Agonistas seletivos para o adrenoceptor β2

Principal efeito dos Agonistas seletivos para o adrenoceptor β2

Metaproterenol, Salbutamol, Salmeterol e Formoterol


(Agonista β2)
Broncodilatação

➢ Indicado para o tratamento da Asma e DPOC.

➢ Administrado por via inalação

➢ Tempo de efeito:
➢ Salbutamol e Metaproterenol (3-4h)
➢ Salmeterol e Formoterol: >12h

➢ Reações Adversas: tremores, taquicardia


Agonistas seletivos para o adrenoceptor β3

Principal efeito dos Agonistas seletivos para o adrenoceptor β3

Relaxamento da bexiga
Mirabegron
(Agonista β3)

➢ Indicado para o tratamento da bexiga hiperativa.

➢ Administrado por via oral;

➢ Meia vida de 50h;

➢ Reações Adversas: Aumento da pressão arterial e taquicardia


Agonistas seletivos para o adrenoceptor α1

Principal efeito dos Agonistas seletivos para o adrenoceptor α1

Fenilefrina Nafazolina
Vasoconstrição Midríase

➢ Indicado como descongestionantes nasais ou agentes midriáticos.

➢ Administrado por via oral, formulações nasais ou oftálmicas;

➢ Meia vida 2-3h;

➢ Reações Adversas: Tremores, palpitação, aumento da pressão arterial


Agonistas seletivos para o adrenoceptor α2

Principal efeito dos Agonistas seletivos para o adrenoceptor α2

Clonidina Metildopa Guanfacina

➢ Indicado para hipertensão.

➢ Administrado por via oral;

➢ Meia vida 12-24h;

➢ Reações Adversas: Sedação e


xerostomia
Vasodilatação ↓ frequência
↓ força de contração
Simpaticomiméticos indiretos

Terminação
adrenérgica Aumentam a disponibilidade de Noradrenalina,
aumentando a transmissão adrenérgica

Varicosidade

MAO

1. Estimular a liberação não-exocitótica de


catecolaminas;

2. Inibir o metabolismo de noradrenalina;

3. Inibir a recaptação de noradrenalina.

EFEITO
Célula pós-sinática
Simpaticomiméticos indiretos

Agentes de Liberação ou Aminas simpaticomiméticas de ação indireta

Tiramina Anfetamina Metilfenidato

Presente nos alimentos

Crise hipertensiva em
pacientes em uso de
inibidores da MAO
Redução da fadiga e sono,
depressão do apetite
Usados no tratamento da narcolepsia e
déficit de atenção
Simpaticomiméticos indiretos

Terminação Mecanismo de ação dos agentes de Liberação ou


adrenérgica Aminas simpaticomiméticas de ação indireta

Varicosidade

MAO 1 . O fármaco é captado e armazenado

2. O fármaco desloca a catecolamina endógena

3. A catecolamina endógena se difunde para a fenda sináptica

EFEITO
Célula pós-sinática
Simpaticomiméticos indiretos

Reações adversas aos agentes de Liberação ou Aminas


simpaticomiméticas de ação indireta

➢ Inquietação, tontura, tremor

➢ Aumento pressão arterial

➢ Taquicardia

➢ Insônia

➢ Alucinações

➢ Reação do queijo (tiramina + iMAOs)

❖ Crise hipertensiva, tremores


Simpaticomiméticos indiretos

Inibidores da Monoamino oxidase

Tranilcipromina Moclobemida
Não-específico e irreversível Específico MAO-A e reversível

• Inibem de maneira irreversível ou reversível a Monoamino Oxidase (MAO)

• Fármacos usado no tratamento da depressão

5-HT NA Dopamina

MAO-A MAO-B Selegilina


Específico MAO-B
Tiramina Dopamina Usada no tratamento
do Parkinson
Simpaticomiméticos indiretos
Mecanismo de ação dos Inibidores da
Monoamino oxidase
Noradrenalina

Inibidor da MAO

Efeito
Simpaticomiméticos indiretos
Farmacocinética dos Inibidores da Monoamino oxidase

• Bem absorvidos por via oral

• Moclobemida: biodisponibilidade de 60%

• Tranilcipromina – 2 semanas para recuperação da enzima

• Moclobemida – meia vida de 3-4 horas

• Metabolizados no fígado

• Excretados na urina
Simpaticomiméticos indiretos
Reações adversas aos Inibidores da Monoamino oxidase

Tremores Agitação
Insônia Ganho de peso

Interação com a tiramina

Tiramina MAO-A Tiramina

Metabólitos

Moclobemida mais segura Crise Hipertensiva


AR
que tranilcipromina Taquicardia
Simpaticomiméticos indiretos
Inibidores da recaptação de noradrenalina

Amitriptilina Imipramina Cocaína

• Inibem a captação neuronal de catecolaminas

• Fármacos usado no tratamento da depressão (Antidepressivos tricpiclicos:


amitriptilina e imipramina)

• Meia vida variável 8 – 80 horas

• Metabolizados no fígado e eliminados pela urina


Simpaticomiméticos indiretos

Terminação
Mecanismo de ação dos inibidores da
adrenérgica recaptação de noradrenalina

Varicosidade

MAO

EFEITO
Célula pós-sinática
Simpaticomiméticos indiretos
Reações adversas aos Antidepressivos tricíclicos

Bloqueio do receptor histaminérgico H1 Bloqueio do receptor adrenérgico α1

Tontura

Ganho de peso Sedação

Sedação

Diminuição
Bloqueio do receptor Muscarínico M1 da Pressão
Arterial
Visão
Constipação Borrada

Boca seca
Sedação
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Departamento de Biofísica e Farmacologia

Bloqueadores adrenérgicos: Simpatolíticos


Farmacologia da Transmissão adrenérgica: Simpatolíticos

SIMPATOLÍTICOS

ANTAGONISTAS Afetam a síntese

Antagonistas α Antagonistas β Carbidopa, α-


metiltirosina
Não-seletivos (α1 e 2) Não-seletivos (β1 e 2)
• Fenoxibenzamina • Propranolol Afetam o
• Fentolamina armazenamento
Seletivos (β1)
Seletivos (α1) • Atenolol Reserpina
• Prazosina • Metoprolol
• Terazosina
Seletivos (β2)
Seletivos (α2) • Butoxamina
• Ioimbina
• Idazoxan Mistos
• Caverdilol (β e α1)
Antagonistas adrenérgicos

Mecanismo de Ação dos Antagonistas adrenérgicos

Ligante endógeno Agonista


Ligante endógeno

Antagonista
Adrenoceptor Adrenoceptor

Efetor
Gs α Gs

Segundo Mensageiros NENHUM EFEITO

Proteinas/Enzimas

EFEITO
Antagonistas adrenérgicos

Efeito dos antagonistas adrenérgicos

MUSCULO LISO Coração e Rim


(Antagonismo α1) (Antagonismo β1)

Vasodilatação ↓ força e frequência (β1)

Relaxamento ↓ Liberação de renina (β1)


próstata

Antagonismo α2 Antagonismo β2

↑ efluxo simpático Broncoconstrição

Vasodilatação em Efeitos metabólicos


alguns leitos
vasculares
Antagonistas adrenérgicos

Efeito dos antagonistas não-seletivos dos adrenoceptores

Agonista
Fenoxibenzamina
Antagonista

➢ Bloqueio de longa duração (irreversível)

➢ Usado no preparo pré-cirúrgico pra retirada do feocromocitoma;

Feocromocitoma: Tumor na medula adrenal


Antagonistas adrenérgicos

Antagonistas seletivos dos adrenoceptores α1

Prazosina Terazosina

Doxazosina Tansulosina

• Prazosin → relação de afinidade α1:α2=1000

• Prazosin, doxasozina e terazosina → afinidade α1A= α1B= α1D

• Tansulosina → afinidade α1A ≥ α1D> α1B


Antagonistas adrenérgicos

Efeito dos antagonistas seletivos dos adrenoceptores α1

Bloqueio dos adrenoceptores α1


em artérias, arteríolas e veias.

Queda da resistência periférica

Os antagonistas dos adrenoceptores α1 são indicados no tratamento da


Hipertensão arterial
Antagonistas adrenérgicos

Efeito dos antagonistas dos adrenoceptores α1

Bloqueio de adrenoceptores na
musculatura lisa do trato
geniturinário

Próstata normal HPB

• Tansulosina é eficaz no tratamento da HPB, com pouco efeito sobre a pressão


arterial.

• Outros agentes também eficazes (com ajustes de dose)


Antagonistas adrenérgicos

Efeito dos antagonistas dos adrenoceptores α1

Farmacocinética

➢ Administrados por via oral

➢ Meia vida de 3h (prazosina) a 20h (doxazosina)

➢ Metabolizados no fígado

Reações adversas

➢ Taquicardia

➢ Hipotensão ortostática

➢ Problemas na ejaculação
Antagonistas adrenérgicos

Antagonistas dos adrenoceptores β


Clássicos (não-seletivos) (β1,2)
Propranolol Propranolol (protótipo)
Nadolol
Pindolol
Seletivos β1
Atenolol
Atenolol
Metoprolol
Esmolol
Não seletivos com propriedades adicionais
(β1,2 e α1)
Caverdilol
Caverdilol
Labetolol
Seletivos β1 com propriedades adicionais
Nebivolol (libera NO)
Nebivolol
Antagonistas adrenérgicos

Efeito dos antagonistas dos adrenoceptores β

Clássicos Específicos β1
(Propranolol) (Atenolol, metoprolol)

↓ Liberação de renina ↓ frequência


↓ frequência
↓ força de contração ↓ Liberação de renina
↓ força de contração

↓ Glicogenólise Broncoconstrição
Antagonistas adrenérgicos

Efeito dos antagonistas dos adrenoceptores β

Propranolol

Adrenoceptor β2
Adrenoceptor β1
CCVD Gs
Gs AC
+ AC
Quinase da cadeia PKA AMPc
↑Ca2+ PKA AMPc leve de miosina

↓Força de contração Contração


Musculatura lisa Vasoconstrição
↑ Força de Contração e Bronquios Relaxamento
CORAÇÂO e Freq. cardíaca
Freq. Cardíaca
Antagonistas adrenérgicos

Farmacocinética dos antagonistas dos adrenoceptores β

Fármaco Lipossolubilidade Biodisponibilidade Meia vida Metab./Elim.

Propranolol Alta 30% 3-5h Fígado/rim

Atenolol Baixa 50-60% 6-7h Fígado/rim


Metoprolol Moderada 40-50% 3-4h Fígado/rim
Carvedilol Moderada 30% 7-10h Fígado/bile
Nebivolol Baixa ? 10h Fígado/bile e rim
Antagonistas adrenérgicos

Indicação dos antagonistas dos adrenoceptores β

Hipertensão Glaucoma

Arritmias Ansiedade
(sintomas somáticos)
Antagonistas adrenérgicos

Reações adversas aos antagonistas dos adrenoceptores β1

➢ Distúrbios do sono e pesadelos

➢ Broncoconstrição

➢ Depressão cardíaca

➢ Bradicardia

➢ Hipoglicemia

➢ Fadiga

➢ Extremidades frias
Fármacos que afetam a síntese e o armazenamento

Tirosina

Tirosina hidroxilase α-metiltirosina

Usada Raramente no tratamento


DOPA
do feocromocitoma
DOPA descarboxilase

Dopamina

Dopamina β-hidroxilase

Noradrenalina
Feniletanolamina
N-metiltransferase

Adrenalina
Fármacos que afetam a síntese e o armazenamento

Terminação
adrenérgica Reserpina
Promove depleção dos estoques
neuronais de catecolaminas.
Varicosidade

Já foi usada como anti-hipertensivo

MAO ➢ Se difunde pelo neurônios


➢ Inibe o VMAT;

EFEITO
Célula pós-sinática
Guia de estudo

➢ Síntese armazenamento, exocitose e degradação/captação da ACh e NA;


➢ Receptores para ACh e NA: localização e vias de sinalização;

Simpaticomiméticos e Simpatolíticos
➢ Mecanismo de ação, indicações e reações adversas;

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