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Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
Agradecer e abraçar
É bonito de ver
È tanto prazer
Que seu canto me dá
Vou seguir sua luz
Sua força conduz
Afoxé Ojú Obá
Afoxé Ojú Obá
Salvador vai se acender
Sua estrela vai brilhar
Meu olhar resplandescer
Reluzente Ojú Obá
Ilumine o meu viver
Kê kê kê leva eu
Kê kê kê Ara Ketu sou eu
Kê kê kê leva eu
Kê kê kê Ara Ketu sou eu
No Reino de Daomé
Serpente Negra era um Babalaô
O arco-íris que vem lá do alto
Trás a força do superior
No reino de Daomé
Serpente Negra era um Babalaô
O arco-íris que vem lá do alto
Trás a força do superior
O quadro negro
Representa uma face da Terra
Hoje não existem mais guerras
A escravidão acabou ôô
Ara Ketu retrato da tal mocidade
Representando o passado
E tudo o que aqui ficou
Derramando nossos prantos de felicidade
Por ser essa tal entidade
Nomeada a Odé Caçador
Odé comorodé
odé arerê
odé
comorodé odé
odé arerê
O negrume da noite
(O negrume da noite)
Reluziu o dia
O perfil azeviche
Que a negritude criou
O negrume da noite
Reluziu o dia
O perfil azeviche
Que a negritude criou
(Que a negritude criou)
Odé comorodé
odé arerê
odé
comorodé odé
odé arerê
Ketu, Ketu falará (5x)