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Semana de Conhecimentos Gerais

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Estudos Étnicos e Processos Migratórios

Prof.ª Me. Driéli Vieira Manso

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Como abranger princípios sobre os quais se
fundam a atração e separação das
populações?

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CONCEITOS CHAVE

• Raça: pautada em características biológicas do


indivíduo (fenótipo) e com uma origem comum
(hereditário).
• Etnia/Etnicidade: agrupamento formado a partir
de características subjetivas (por exemplo,
crença subjetiva numa comunidade de origem
[kamé e kairu]).
• Nação: agrupamento de indivíduos, podendo
ser de origem distinta, pautado num sentimento
político comum (patriotismo, nacionalismo). Não
tem a ver com fronteiras geográficas.

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CONCEITOS CHAVES

• Grupos étnicos: “grupos que alimentam uma


crença subjetiva em uma comunidade de origem
fundada nas semelhanças de aparências
externas ou dos costumes, ou dos dois, ou nas
lembranças da colonização, da migração, de
modo que essa crença torna-se importante para
a comunalização, pouco importando que uma
comunidade de sangue exista ou não
objetivamente” (WEBER, [1921]1971, p. 416).

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Como abranger princípios sobre os quais se
fundam a atração e separação das populações?

Resposta: relações de dominação.


Um grupo com características comuns (biológicas
ou subjetivas), a partir do contato com o outro, se
julga superior. Construção da alteridade.

*subordinação dos negros – consequência do colonialismo


(padrões impostos)

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• Às ciências sociais não mais interessa o termo
raça, mas sim racial que trata das relações
raciais.
• Mais uma vez tratamos da construção da
alteridade e as relações de dominação.

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PROCESSOS MIGRATÓRIOS

• No Brasil, assim como em todo o resto do


mundo, é possível identificar causas para
os movimentos migratórios:
1. Compulsória: ameaça, busca pela
liberdade ou melhores condições de vida.
Exemplo: Sírios, haitianos,
venezuelanos, congolenses.
2. Cultural: mobilidade como modo de vida.
Exemplo: indígenas, ciganos.

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Como se dão essas relações no Brasil?

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PRESENÇA INDÍGENA NA CIDADE

“Lugar de índio é na floresta!”


“Esses índios já perderam a cultura!”
“Esses índios são todos preguiçosos!”
“Eles precisam arrumar um trabalho!”
“Os índios de hoje são todos bêbados!”
“Eles são sujos!”

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• Construção da alteridade: nós e os outros
• Etnocentrismo: desqualificação do outro a
partir dos meus padrões
• Identidade contrastiva: eu me percebo a
partir do contato com o outro

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• A entrada dos indígenas no cenário político e
social no Brasil se deu em meados dos anos 70
com a ascensão dos movimentos sociais.
• Grupos étnicos passaram a reivindicar sua
identidade étnica e seus direitos enquanto
sujeitos etnicamente diferentes.
• Diversidade X Desigualdade
• Sai o índio “hiper-real”, “bom selvagem” e entra
em cena índio real.

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O caso dos Guarani no/do Paraguai
• Noção de fronteiras
• Noção de nação/nacionalidade
• Sentimento de pertencimento
• Reconhecimento pelo grupo

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Brasil é um país multicultural e pluriétnico, ou seja, um


país composto por indivíduos unidos por subjetividades
comuns e origens distintas. Devemos compreender que
certas estruturas/eventos nos levaram a naturalizar
relações de dominação pautadas em padrões
ocidentais/europeus e que até hoje “justificam”
desigualdades sociais.
Portanto, o respeito à diversidade é fundamental para
uma convivência harmoniosa entre pessoas que
integram uma mesma sociedade.
É preciso romper com esse ciclo de naturalização dos
atos de preconceito e discriminação étnico racial.

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Driéli Vieira Manso
drielivieira@gmail.com

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