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Revista bimestral do templo Tzong Kwan – Novembro.14
Volume 78
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Convite para Cerimônia de Luzes e Bênçãos
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Propósito:
O templo trouxe as “Lamparinas da Longevidade” para que todos se
Requisitos:
1. Para acender uma lamparina, é necessário fazer antes um voto e se
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Sumário
Palestra do Venerável Mestre Pu Hsien em
08/08/2014 ................................................................. 7
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Palestra do Venerável Mestre Pu Hsien em 08/08/2014
Tradução: Mestre Zhi Han. Transcrição adaptada: Marco Moura.
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Por serem muito parecidos, com os mesmos sobrenomes e com nomes
muito parecidos, o irmão primogênito resolveu ajudar o seu irmão cedendo
a ele a sua vaga na universidade. O primogênito abriu mão da sua
oportunidade para favorecer ao seu irmão. Sem estudar e sem diploma,
foi procurar emprego e foi contratado por uma empresa fabricante de
cimentos.
Na empresa de cimentos, as condições de trabalho eram muito ruins e
envolviam riscos sérios à saúde dos empregados, como a falta de
equipamentos de segurança e o pó tóxico que inalavam. Diante dessa
situação, começou a pensar em meios de melhorar as condições desse
trabalho, não só para si mesmo, mas para todos os trabalhadores. Tomou
a iniciativa de mostrar suas ideias e planos estratégicos aos empregadores,
que gostaram muito e perceberam no rapaz várias qualidades admiráveis.
Aos poucos, foi ganhando reconhecimento, sendo promovido até chegar
a um cargo de gerência da empresa.
Quando o presidente da empresa já tinha idade avançada e tendo
como braço direito esse rapaz que era o irmão primogênito da história,
arranjou o casamento dele com sua filha, e lhe confiou a administração
da empresa.
Enquanto isso, o segundo irmão vivia de modo despreocupado. Era
alto, tinha boa aparência e vivia rodeado de garotas bonitas. Namorou
uma colega da faculdade que tinha excelentes condições financeiras e
decidiu casar-se pretendendo ficar rico às custas dela. Com isso, não se
preocupou em estudar mais ou em procurar emprego, tendo se graduado
na universidade com notas muito baixas. Em pouco tempo, sua esposa o
abandonou, pois não queria sustentar alguém que mostrava que nunca
teria êxito na vida. No fim das contas, ele ficou sem emprego, sem
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casamento e sem bens. Tentou então procurar emprego muitas vezes,
mas não se mantinha no cargo por muito tempo.
Um dia, viu o anúncio de uma empresa de cimentos oferecendo
emprego em várias áreas. Ele mandou seu currículo, que chegou ao chefe
da empresa, ou seja, ao seu irmão primogênito. Ao ver o nome de seu
irmão na lista de candidatos, o chefe da empresa disse ao gerente para
contratá-lo, sem que mencionasse o seu nome. Pediu que dissesse apenas
que o chefe da empresa queria contratá-lo inicialmente com um trabalho
básico, como ele começou: moendo pedras para transformá-las em pó.
Ouvindo isso do gerente, o irmão que se candidatou ao emprego se sentiu
depreciado, dizendo que o emprego era muito inferior à sua capacitação,
ao seu nível de escolaridade e ao seu status. Com raiva, pediu para falar
com o chefe da empresa que, segundo ele, não tinha visão.
O gerente o levou para falar com o chefe. Ao ver que era o seu irmão
primogênito, questionou: “você é meu irmão, como pôde me oferecer
uma função tão baixa de trabalho braçal?” O primogênito explicou que
havia começado dessa maneira, desenvolvendo-se e melhorando pouco
a pouco; não se pode classificar o
trabalho como superior ou inferior
- colocando o seu coração no
trabalho, ele tem muito valor. Disse
ao seu irmão que se quisesse trabalhar
lá, teria que começar assim. Revoltado
e sem entender a verdade do que o seu
irmão primogênito lhe disse, ele se foi.
Essa é uma história verdadeira que
se passou na China continental. O que quero ilustrar com essa história? Os
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irmãos eram gêmeos com apenas um minuto de diferença. Nasceram na
mesma família e, além disso, o segundo irmão teve mais facilidades por
ter ido à faculdade no lugar do irmão primogênito. Porém, o irmão
primogênito era esforçado, cultivava valores e, por seu mérito, conquistou
um bom emprego e uma boa condição de vida.
Em outras palavras, o
destino está nas mãos de
cada pessoa. O destino de
ninguém é fixo, ele
depende de cada um.
Há dois tipos de pessoas em nosso mundo: uma que pensa que o seu
destino - trabalho, família, vínculos sociais - está controlado por alguém,
ou seja, alguém está controlando e planejando o seu destino; o segundo
tipo de pessoa vê o destino como consequência da sua determinação -
suas convicções, suas ideias, seu planejamento. O que o Buddha diz a
esse respeito? Ele diz que cada
um tem que depender de si
mesmo, do Dharma verdadeiro
(lei de causa e efeito) e não
de outra coisa. Nós podemos
escolher sempre: se queremos
ser felizes ou sofredores, se
queremos êxito ou fracasso.
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Fiquei sabendo de algo curioso. Na Coréia, há um grupo onde as
pessoas mandam seus dados para que sejam combinados com um par
para se casarem. Há pessoas de outros países envolvidas, pessoas de outras
culturas. Eu me pergunto como alguém bem instruído pode depender de
outras pessoas para que digam com quem ela deve se casar.
Nessa
época, com tanta diversidade de opções, muitas pessoas
não confiam em sua própria capacidade de fazer escolhas,
então dependem de outras pessoas. Não é curioso?
É preciso ler,
estudar, aprender
e entender como o
mundo funciona e
atualizar-se com
os seus
progressos.
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Para termos estabilidade econômica, é preciso implementar esse
conhecimento.
Em terceiro lugar,é
preciso desenvolver a
relação humana,
envolvendo respeito,
empatia e humildade
perante as outras pessoas.
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cinco cadáveres embaixo do hotel envolvidos em magia negra; se ela
não removesse esses corpos, haveria mais mortes em sua família além do
seu marido. Esse hóspede se ofereceu para quebrar a magia negra por
US$ 100.000,00. Depois desse trabalho, não haveria mais mortes em sua
família. A senhora veio pedir a minha opinião, sendo um monge budista.
Ela estava muito preocupada e em dúvida se pagava ou não ao rapaz.
Eu respondi:
- Eu também tenho poderes.
- E precisa de muito dinheiro para o que você precisa fazer? - perguntou
ela.
- Não, nenhum dinheiro será necessário.
- Você precisa de alguma data, de incensos ou materiais?
- Não, só necessito de cinco minutos.
- Então como pode resolver esse problema?
- Com conhecimento. Este hotel tem 20 andares, o que significa que
o seu fundamento deve ser muito profundo. Como seria possível há tanto
tempo atrás terem enterrado cadáveres aqui, onde não se poderia cavar
mais do que 3 ou 4 metros abaixo? Então o seu problema já está resolvido.
- Então não vou precisar dar nenhum dinheiro àquele rapaz?
- Não, esse rapaz ficou muito tempo no hotel, sabia da sua situação
familiar e quis se aproveitar.
A senhora ficou muito agradecida e quis me recompensar com dinheiro.
Eu agradeci e não aceitei, fiz apenas o meu trabalho como monge.
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esforço de cada um. Depende também da nossa visão, do nosso
entendimento de como o mundo funciona para que tenhamos uma
direção. Não é preciso recorrer a cartomantes ou magos para adivinhar o
seu futuro.
Com o conhecimento de
nós mesmos, das nossas
habilidades, podemos definir o
nosso destino.
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conheço ninguém que tenha voltado do inferno dizendo: “ah, que sofrimento
por lá!”. Então quero fazer uma experiência com vocês para adentrarem
instantaneamente no céu e no inferno.
O Henrique está aqui. Se digo a ele que sua vida será um desastre, que
ele vai ser um mendigo e se casará com uma mulher horrível, que conseguirá
um trabalho terrível, que sua saúde será pior do que a de qualquer um… Se
digo isso, o que vai acontecer com ele emocionalmente? Ele vai se sentir
no inferno.
Na verdade, o Henrique é muito belo. Ele é nobre, inteligente, pode
aprender inglês e chinês facilmente… O seu futuro será de muita luz e de
muito sucesso! Acho que o Henrique, ao ouvir isso, certamente abrirá um
sorriso e se sentirá nos céus.
De acordo com o
budismo, a cada momento
e a cada dia, estamos
transitando entre o céu e o
inferno.
Quando vemos alguém que tem muita riqueza - um belo carro, uma
bela casa - e nos surge a inveja, a sensação é de um fogo interior nos
queimando como o inferno. Em contraste, se estamos satisfeitos com
nossa moradia, com nossa família, com nossos bens, então nos sentimos
no céu. Cada pensamento pode nos levar ao céu ou ao inferno.
Cada um tem uma aparência diferente, hábitos diferentes, famílias
diferentes, trabalhos e condições diferentes. Todas essas diferenças
provêm de onde? Do nosso karma corporal, verbal e mental. O
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nosso karma determina o nosso futuro. Essa é a teoria do karma
no budismo, que fala de renascimentos em conformidade com
o karma de cada um.
Se alguém na vida anterior manteve preceitos como não matar e não
roubar, em sua próxima vida, terá uma boa aparência. Se alguém na vida
anterior não manteve o hábito de ficar com raiva, será uma pessoa muito
bonita. Se alguém na vida anterior sempre esteve ofendendo, oprimindo e
machucando aos outros, nascerá com uma aparência desagradável. Se
uma pessoa nasce em boas condições, com inteligência, em um lar
harmonioso, o que isso significa? Que o karma cultivado nas vidas anteriores
foi investido em causas positivas para que tenha esse merecimento.
Contarei uma história sobre causa e efeito. É uma história verdadeira
que se passou em Taiwan. Um homem rico havia se casado e sua esposa
não podia ter filhos. Ele se casou com uma segunda mulher, com quem
teve dois filhos. O filho mais velho, depois de crescido, foi estudar no Japão.
Após um tempo, esse filho desapareceu e seus pais não tiveram mais
notícias sobre ele. O filho mais novo era muito estudioso e era aluno da
universidade de mais prestígio em Taiwan. Ele foi contagiado por turbeculose
e, por isso, não pôde continuar os estudos. Ele expelia sangue e fleuma
com frequência. O seu pai e suas duas esposas tiveram que cuidar desse
rapaz.
Afetado por essa doença, a família estava muito cansada. Um dia, os
pais levaram o rapaz a um templo budista para rezar. Lá, o filho começou
a estudar os livros budistas e a se engajar nas práticas de recitação do
nome do Buddha, entonação do mantra “om mani padme hum” e prática
da meditação. Um dia, ele teve uma visão e foi conversar com o seu pai.
- Pai, devido a essa doença, eu vou morrer logo.
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- Não! Eu pago o que for possível para que você vá ao melhor hospital
e possa se curar!
- Não é questão de se quero morrer ou não, é questão da força kármica.
- disse o filho e continuou: - Pai, você se lembra que quando tinha 20 anos
de idade, você teve um amigo muito bom?
- Sim, eu me lembro.
- Esse seu amigo vinha de uma família rica, ao passo que a sua família
era muito pobre. Um dia, você roubou o seu amigo e lhe deu veneno para
que morresse. Pois eu sou esse seu amigo. Vi que no momento da minha
morte, eu fiz o voto de regressar e de te causar tanto sofrimento quanto
você me causou. Tive tanta raiva que me concentrei em te fazer sofrer
nascendo na sua família e fazendo todo o possível para que pudesse te
fazer sofrer como eu sofri. Por tudo isso, nasci nesta vida como seu filho,
mas muito doente devido ao meu ódio. Com a minha doença, você tem
muitos gastos com médicos e sofre por me ver assim. Esses recursos que
você gasta, na verdade, provém do meu dinheiro na vida passada que
você roubou e está devolvendo a mim. A minha intenção foi fazer o possível
para que você terminasse mal. Agora que eu encontrei o meu caminho
por meio dos ensinamentos de Buddha sobre causa e efeito, eu te perdôo
pelo que você fez e quero dar um fim a esse ódio. Quero renascer em um
lugar melhor. - e continuou: - Através das minhas práticas espirituais, tive
novas visões. Meu irmão mais velho retornará a Taiwan em 2 meses. Quando
ele voltar, quero que vocês entreguem a ele os recursos financeiros
destinados a mim e quero pedir o favor que não prejudique ninguém nunca
mais. Quero que se sintam confortáveis porque estou indo embora tendo
te perdoado e em paz. Quero fazer a passagem de vida e gostaria que
me ajudassem virando-se de costas e recitando “om mani padme
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hum” e o nome de Buddha para me auxiliar. Após 5min, sentado, com
um sorriso no rosto e com um bom entendimento das leis da vida, de que
o ódio não leva a lugar nenhum, morreu em paz.
Para entendermos o renascimento, devemos saber que a vida
é curta e tem muito
valor. Tudo o que
dizemos, pensamos e
fazemos, nada é em
vão, tudo tem valor e
resulta em algo bom
ou ruim. O ontem já
passou e podemos
pensar no ontem
como a vida passada;
hoje como a vida
presente; amanhã,
como a próxima vida.
Da ótica budista,
cada segundo
passado já é uma vida
passada e cada
segundo que está por vir é uma vida futura. É uma outra forma
de ver o renascimento: a vida segundo a segundo, pensamento
a pensamento. Temos que entender que se uma pessoa investe em si
mesmo, trabalha, estuda, se relaciona bem com os outros, sua vida será
muito boa. Por outro lado, se a pessoa não trabalha, não se educa e não
se relaciona bem com os outros, não colherá bons resultados. Tudo o que
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uma pessoa fizer anteriormente afetará os resultados no futuro. Os efeitos
atuais são resultados de causas anteriores.
Falei primeiramente de renascimento como resultado da força kármica,
agora sobre o renascimento como resultado dos hábitos. Ilustrarei também
com uma história verdadeira.
Em um hospital de Taiwan, havia uma enfermeira que cuidava de recém
nascidos. Um dia, ela foi banhar um bebê. Tirou o seu anel e deixou ao
lado. Após lavar o bebê, foi pegar de volta o seu anel, mas não encontrou.
Ficou procurando, tirou a água da banheira para tentar achá-lo e não
encontrou. Quando estava secando o bebê, viu que ele estava segurando
com força o seu anel. O que acontece é que na vida anterior deste bebê,
ele tinha o hábito de roubar. Quando via coisas preciosas, agarrava na
hora por hábito. As enfermeiras foram pesquisar sobre a família do bebê e
descobriram que seus pais eram ladrões, que tinham o costume de roubar.
Assim, confirmaram essa hipótese.
Essa foi uma história sobre renascimento tendo como fator o hábito.
Agora, falarei sobre um terceiro fator para o renascimento: o voto.
Um exemplo disso é o Mestre Zhi Han que, para estar neste local de
culturas que falam o português e o espanhol, para prestar serviço e beneficiar
os seres, seguramente fez um voto. Ele e a Mestra Yin Tzu nasceram em
Taiwan e vieram à América do Sul para difundir o budismo. Fizeram o voto
de morrer na América do Sul e de poder voltar para cá em vidas futuras a
fim de continuar ensinando.
O quarto fator de renascimento é o último pensamento antes de morrer.
Se uma pessoa pessoa antes do falecimento fica nervosa e carrega esse
pensamento durante a morte, ela será conduzida a um renascimento sofrível,
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mas se carrega boas intenções durante a morte, será conduzida a um
renascimento afortunado.
Vou falar a respeito do pensamento, sobre um estudo científico norte-
americano de psicologia. Colheram 50 participantes com bela aparência.
Essas pessoas foram à clínica, onde foram maquiadas com uma cicatriz
grande no rosto e então pediram para que elas saíssem à rua. Mostraram
a sua imagem no espelho para causar um impacto e, antes de saírem,
fizeram um retoque que, na verdade, consistiu na remoção da cicatriz
maquiada. Saindo às ruas imaginando que ainda estavam com a cicatriz
no rosto, seguiram a instrução de prestar atenção à reação das pessoas
ao olharem para eles e relatar isso aos psicólogos ao regressarem. O relato
geral foi de que as pessoas na rua eram muito preconceituosas e que
encaravam com um olhar de desprezo.
Esse experimento psicológico nos mostra o que? Que os humanos usam
como referência uma experiência do passado como algo fixo e concreto
para ver o mundo equivocadamente.
Se o ponto de vista é equivocado e
negativo, então vai afetar a pessoa e
fazê-la atrair sofrimento.
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O Sutra Avatamsaka diz que todos os fenômenos que vemos no mundo
provêm da nossa mente, ou seja, do nosso entendimento dos fenômenos.
Assim surgem as ilusões e confusões que nos apresentam uma visão falsa
da realidade.
Por fim, quero desejar que todos tenham dias maravilhosos e vidas
maravilhosas.
Pensamento e
atitude
direcionam o
nosso destino.
Além disso, a
implementação
das nossas ideias
e a nossa
determinação vão
possibilitar o
êxito.
Ou seja, uma
ideia meramente
imaginativa não
produz nada, mas
uma ideia
aplicável que é
investida em algo
a ser cumprido por meio de ações e de trabalho,
certamenteresultará em êxito.
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A Bagagem que Carregamos
por Marco Defensor de Moura
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É muito interessante como nós criamos a nossa identidade em cima
desses padrões. Nós acreditamos que eles são fixos e usamos
frases fatalistas do tipo "eu sou assim", "isto eu não consigo",
"eu não gosto daquilo". São afirmações fixas que confirmam a crença
de que a nossa realidade está pronta e que não temos o poder de mudá-
la.
Estamos presos na ideia de continuidade. Da mesma forma que uma
sequência de imagens projetadas em uma tela dá a impressão do
movimento contínuo, o momento a momento das nossas vidas também
nos causa tal impressão - o que é uma ilusão. Podemos estar em um
caminho e, de uma hora para outra, seguirmos outra direção. Pode nos
faltar coragem e determinação, mas temos essa possibilidade.
Na verdade, nossas
possibilidades são ilimitadas,
mas insistimos em seguir o
caminho da mesmice devido à
nossa crença na linearidade.
Aquilo que chamamos de eu é uma
entidade linear.
Na linha do tempo da vida, nós
vamos carregando de momento a momento os nossos padrões
comportamentais, as nossas preferências, o nosso histórico, toda a
bagagem de crenças e conceitos. Quanto peso, não? Tudo para
sustentarmos o nosso eu que acreditamos ser o nosso veículo para
encontrarmos felicidade e realização. Linearmente, faz sentido: os meus
gostos estão no eu e, sem o eu, não posso alcançar aquilo que quero.
Mas será que esse é o verdadeiro eu ou somente um acúmulo de desejos
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e crenças? Enquanto esse eu se satisfaz ao alcançar o que deseja, ele vai
se tornando uma entidade cada vez mais consolidada e também mais
dependente, mais apegada e mais sofredora.
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A Revista Tzong Kwan é uma publicação bimestral, de distribuição gratuita e sem fins
lucrativos.
Doamos mais esta edição feita com todo amor e carinho desejando que ela possa
iluminar todas as pessoas que com ela tiverem contato, fazendo com que se afastem
para viabilizar esta edição; e aos que doaram recursos para que a revista fosse impressa.
Namo Amitofo!!
Expediente
Diagramação e Layout : Carolina Castilho
Colaboradores: Sra. Ana Maria N. Hernadez, Sr. Henrique Pires, Sr. Lu e Sr. Marco
Moura
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Quadrinhos: O Zen no dedo de Juzhi- Parte 1 1) Há pouco tempo,
Juzhi tornara-se um monge. Vivia sozinho numa cabana de sapê onde se
uma palavra, tiro o chapéu para o senhor. 4) Sei que isso é uma espécie de
desafio zen, mas o que isso significa ? 5) Como não pode responder vou embora.
4) 3)
6)
5)