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Comparação

Programa atual (formulação de 2004) com as orientações Aprendizagens Essenciais (2017/8)


para avaliação sumativa externa
I - Módulo Inicial - Iniciação à actividade filosófica
1. Abordagem introdutória à Filosofia e ao filosofar
1.1. O que é a Filosofia? - uma resposta inicial O que é a filosofia?
1.2. Quais são as questões da Filosofia? – alguns exemplos As questões da filosofia
1.3. A dimensão discursiva do trabalho filosófico
II - A acção humana e os valores
1. A acção humana - análise e compreensão do agir

1.1. A rede conceptual da acção A rede conceptual da ação


1) A distinção entre ação e acontecimento; Distinguir ação de acontecimento, ato voluntário de involuntário.
2) A distinção entre voluntário e involuntário;
3) A articulação entre deliberação e decisão racional.

1.2. Determinismo e liberdade na acção humana Determinismo e liberdade na ação humana


o problema da relação entre determinismo e livre-arbítrio Formular o problema do livre-arbítrio, justificando a sua pertinência
filosófica;
Enunciar as teses do determinismo radical, determinismo moderado
e libertismo enquanto respostas ao problema do livre-arbítrio;
Discutir criticamente as posições do determinismo radical, do
determinismo moderado e do libertismo e respetivos argumentos.
2. Os valores - análise e compreensão da experiência valorativa
2.1. Valores e valoração - a questão dos critérios valorativos
distinção entre juízo de facto e juízo de valor
o problema do carácter subjetivo ou objetivo dos valores
2.2. Valores e cultura - a diversidade e o diálogo de culturas
3.1. A dimensão ético-política - análise e compreensão da experiência A dimensão pessoal e social da ética
convivencial

3.1.1. Intenção ética e norma moral

3.1.2. A dimensão pessoal e social da ética - - o si mesmo, o outro e as Enunciar o problema da natureza dos juízos morais, justificando a
instituições sua relevância filosófica;
Caracterizar o conceito de juízo moral enquanto juízo de valor;
Clarificar as teses e os argumentos do subjetivismo, do relativismo e
do objetivismo enquanto posições filosóficas sobre a natureza dos
juízos morais;
Discutir criticamente estas posições e respetivos argumentos;
Aplicar estas posições na discussão de problemas inerentes às
sociedades multiculturais.

3.1.3. A necessidade de fundamentação da moral - análise comparativa Necessidade de fundamentação da moral - análise comparativa de
de duas perspectivas filosóficas duas perspetivas filosóficas
O problema do critério ético da moralidade de uma ação:
a ética deontológica de Kant — o dever e a lei moral; a boa
vontade; máxima, imperativo hipotético e imperativo categórico;
heteronomia e autonomia da vontade; agir em conformidade com o
dever e agir por dever. Críticas à ética de Kant.
a ética utilitarista de Mill — intenção e consequências; o princípio
da utilidade; a felicidade; prazeres inferiores e prazeres superiores; a
inexistência de regras morais absolutas. Críticas à ética de Mill.
3.1.4. Ética, direito e política Ética, Direito e Política -
- liberdade e justiça social liberdade e justiça social; igualdade e diferenças; justiça e equidade
- igualdade e diferenças
- justiça e equidade

1) A articulação entre ética e direito;


2) O problema da relação entre liberdade política e justiça social, Formular o problema da organização de uma sociedade justa,
tomando como referência a teoria da justiça de John Rawls e as críticas justificando a sua importância filosófica;
a que está sujeita. Clarificar os conceitos nucleares, as teses e os argumentos da teoria
da justiça de Rawls;
Confrontar a teoria da justiça de Rawls com as críticas que lhe são
dirigidas pelo comunitarismo (Michael Sandel) e libertarismo (Robert
Nozick);
Aplicar os conhecimentos adquiridos para discutir problemas
políticos das sociedades atuais e apresentar soluções, cruzando a
perspetiva filosófica com outras perspetivas.

3.2. A dimensão estética - análise e compreensão da experiência


estética
3.2.1. A experiência e o juízo estéticos
3.2.2. A criação artística e a obra de arte
3.2.3. A Arte: produção e consumo, comunicação e conhecimento
3.3. A dimensão religiosa - análise e compreensão da experiência
religiosa
3.3.1. A religião e o sentido da existência – a experiência da finitude e a
abertura à transcendência
a resposta religiosa e outras perspetivas não religiosas para o sentido
da existência;
3.3.2. As dimensões pessoal e social das religiões
3.3.3. Religião, razão e fé - tarefas e desafios da tolerância
uma das provas da existência de Deus, bem como uma das críticas à
perspetiva religiosa.
4. Temas / Problemas do mundo contemporâneo Temas / problemas do mundo contemporâneo
Opção por um tema / problema. Desenvolvimento de um dos seguintes temas:
• Os direitos humanos e a globalização 1. Erradicação da pobreza
• Os direitos das mulheres como direitos humanos 2. Estatuto moral dos animais
• A responsabilidade ecológica 3. Responsabilidade ambiental
• A manipulação e os meios de comunicação de massas 4. Problemas éticos na interrupção da vida humana
• O racismo e a xenofobia 5. Fundamento ético e político de direitos humanos
• O voluntariado e as novas dinâmicas da sociedade civil 6. Guerra e paz
• A obra de arte na era das indústrias culturais 7. Terrorismo
• A dessacralização do mundo e a perda do sentido 8. Igualdade e discriminação
• A paz mundial e o diálogo inter-religioso 9. Cidadania e participação política
• Outros 10. Os limites entre o público e privado
11. Outros (desde que inseridos nas áreas filosóficas das
Aprendizagens Essenciais propostas para o 10.º ano)

III - Racionalidade argumentativa e Filosofia


1. Argumentação e lógica formal
1.1. Distinção validade – verdade Tese, argumento, validade, verdade e solidez.
Explicitar os conceitos de tese, argumento, validade, verdade e
a) A lógica como disciplina que tem por objetivo a avaliação sistemática solidez;
de argumentos quanto à sua validade dedutiva; Operacionalizar os conceitos de tese, argumento, validade, verdade
e solidez, usando-os como instrumentos críticos da filosofia;
b) A noção de argumento válido como aquele em que a conclusão é Quadrado da oposição
uma consequência lógica das premissas tomadas em conjunto. Aplicar o quadrado da oposição à negação de teses.
1.2. Formas de inferência válida Formas de inferência válida
Explicitar em que consistem as conectivas proposicionais de
a) Caracterização da linguagem da lógica proposicional com as cinco conjunção, disjunção (inclusiva e exclusiva), condicional,
conetivas que simbolizam “não”, “e”, “ou”, “se…então” e “se e bicondicional e negação;
somente se”; Aplicar tabelas de verdade na validação de formas argumentativas;
Aplicar as regras de inferência do Modus Ponens, do Modus Tollens,
b) Prática de formalização quer de frases isoladas quer de argumentos do silogismo hipotético, das Leis de De Morgan, da negação dupla,
inteiros (e, em sentido inverso, prática de interpretação de fórmulas); da contraposição e do silogismo disjuntivo para validar argumentos.
Principais falácias formais
c) As funções de verdade associadas às cinco conetivas e o uso de
tabelas de verdade para testar a validade de argumentos;

d) As seguintes formas de inferência válida: modus ponens, modus


tollens, contraposição, silogismo disjuntivo, silogismo hipotético e leis
de De Morgan.

1.3. Principais falácias Identificar e justificar as falácias formais da afirmação do


afirmação do consequente e a negação do antecedente. consequente e da negação do antecedente.

O discurso argumentativo e principais tipos de argumentos e falácias


informais
Clarificar as noções de argumento não-dedutivo, por indução, por
analogia e por autoridade;
Construir argumentos por indução, por analogia e por autoridade;
Identificar, justificando, as falácias informais generalização
precipitada, amostra não representativa, falsa analogia, apelo à
autoridade, petição de princípio, falso dilema, falsa relação causal,
ad hominem, ad populum, apelo à ignorância, boneco de palha e
derrapagem;
Utilizar conscientemente diferentes tipos de argumentos formais e
não formais na análise crítica do pensamento filosófico e na
expressão do seu próprio pensamento;
Aplicar o conhecimento de diferentes falácias formais e não formais
na verificação da estrutura e qualidade argumentativas de diferentes
formas de comunicação.
2. Argumentação e retórica
2.1. O domínio do discurso argumentativo – a procura de adesão do
auditório
a) A distinção entre demonstração e argumentação;
b) A relação necessária ao auditório no discurso argumentativo
2.2. O discurso argumentativo - principais tipos de argumentos e
falácias informais
Critérios para avaliar argumentos indutivos, por analogia e de
autoridade. Falácias informais: petição de princípio, falso dilema, apelo
à ignorância, ad hominem, derrapagem (ou “bola de neve”) e boneco
de palha.
3. Argumentação e Filosofia
3.1. Filosofia, retórica e democracia
abordagem histórica ao confronto entre as perspetivas dos sofistas e
de Platão acerca da retórica no contexto da democracia ateniense.
3.2. Persuasão e manipulação ou os dois usos da retórica
crítica filosófica aos usos da retórica, designadamente a distinção entre
manipulação e persuasão orientada por um critério de razoabilidade.
3.3. Argumentação, verdade e ser
a argumentação filosófica e o seu vínculo constitutivo à procura da
verdade.
IV - O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica
1. Descrição e interpretação da actividade cognoscitiva
1.1. Estrutura do acto de conhecer
Caraterização do conhecimento como uma relação entre um sujeito e
um objeto, discutindo a sua definição tradicional como crença
verdadeira justificada.
1.2. Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento
racionalismo de Descartes e o empirismo de David Hume
2. Estatuto do conhecimento científico
2.1. Conhecimento vulgar e conhecimento científico
a relação entre o senso comum e a ciência, discutindo o valor de um e
da outra enquanto formas de conhecimento genuíno da realidade.
2.2. Ciência e construção - validade e verificabilidade das hipóteses
distinguir-se-á a conceção indutivista do método científico e o
falsificacionismo de Karl Popper.
2.3. A racionalidade científica e a questão da objectividade
diferença entre as perspetivas de Popper e de Thomas Kuhn acerca da
evolução da ciência e da objetividade do conhecimento científico.
3. Temas / problemas da cultura científico -- tecnológica
Opção por um tema / problema.
• A ciência, o poder e os riscos
• A construção histórico-social da ciência
• O trabalho e as novas tecnologias
• O impacto da sociedade da informação na vida quotidiana
• A industrialização e o impacto ambiental
• A investigação científica e os interesses económico-políticos
• A tecnociência e a ética
• A manipulação genética
• Outros
V - Unidade final - Desafios e horizontes da Filosofia
1. A Filosofia e os outros saberes
1.1. Realidade e verdade - a plurivocidade da verdade
1.2. Necessidade contemporânea de uma racionalidade prática
pluridisciplinar
2. A Filosofia na cidade
2.1. Espaço público e espaço privado
2.2. Convicção, tolerância e diálogo -
- a construção da cidadania
3. A Filosofia e o sentido
3.1. Finitude e temporalidade - a tarefa de se ser no mundo
3.2. Pensamento e memória - a responsabilidade pelo futuro

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