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Sistemas de partículas

e
conservação do momento
linear.

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 1


Movimento linear e a sua conservação (2 partículas)
 
Usando a 3ª Lei de Newton segue: F21   F12
 
F21  F12  0
Usando a 2ª Lei de Newton segue:
 
m1a1  m2 a2  0
 
dv1 dv2
m1  m2 0
dt dt
 
d (m1v1 ) d (m2v2 )
 0
dt dt
Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 2
Movimento linear e a sua conservação (2 partículas)
 
d (m1v1 ) d (m2v2 )
 0
dt dt
d  
(m1v1  m2v2 )  0
dt
 
Momento linear p  mv

d  
( p1  p2 )  0
dt

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 3


Quantidade de movimento linear

Definição:
A quantidade de movimento linear é uma grandeza vetorial dada por,

 
p  mv
A segunda Lei de Newton é na verdade escrita da seguinte forma:

   dp 
  dv d (mv )
 F  m a  m dt  dt  F  dt

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 4


Conservação da quantidade de movimento linear

Resolvendo em ordem à quantidade de movimento obtemos,

 dp  
 F  dt   F dt  dp
 

 
t  p

t
 
 F dt   dp    F dt   p  p0

0 p0 
0
  quantidade
variação da
Impulso
de movimento

Se a resultante das forças aplicadas no corpo for nula então a quantidade de


movimento conserva-se:  
p  p0  const
Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 5
Conservação do momento linear (2 partículas)

d  
( p1  p2 )  0 O momento linear total terá que ser constante.
dt

Conservação do momento linear (quantidade de movimento)

  
pTotal  p1  p2  constante
   
p1inicial  p2inicial  p1 final  p2 final
A quantidade de movimento total de um sistema isolado de partículas é constante.

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 6


Aplicação
Um atirador de arcos (massa 60 kg) encontra-se em cima de
uma placa de gelo e lança um arco de massa 0,5 kg com uma
velocidade de 50 m/s.
Com que velocidade desloca-se o atirador depois do
lançamento.

   
p1inicial  p2inicial  p1 final  p2 final
 
p1inicial  p2inicial  0
   
p1 final   p2 final m1v1 final  m2v2 final

 m2  0,5kg  
v1 final   v2 final   (50m/s )i  0,42(m/s )i
m1 60kg
Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 7
Aplicação
Num teste de “crash” um automóvel com uma massa de 1500 kg
bate frontal num murro. Avelocidade inicial  e final do automóvel
 
são as seguintes: vi  15 i m/s e v f  2,6 i m/s
Se a colisão durar 0,15 s determine o impulso causado pela colisão
e a força média exercida no automóvel.

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 8


Aplicação (cont.)
 
vi  15 i m/s
 
v f  2,6 i m/s
t  0,15s
  
pi  m vi  (1500 kg)(15 i m/s)
 
pi  -2,2510 i kgm/s
4

  
p f  m v f  (1500 kg)(2,65 i m/s)
 
p f  0,39 10 i kgm/s
4

tf
     
I  p  p f  pi   F dt  0,39 10  (2,25 10 )  2,64 10 i kgm/s
4 4 4

 ti
 I 2,64 10 kgm/s 
4 
F  i  1,76 10 i N
5

t 0,15 s 9
Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear
Aplicação: Colisões

Colisão com contacto físico directo

Colisão sem contacto físico

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Aplicação: Colisões perfeitamente inelásticas

 Não existe Conservação da energia cinética


 Conservação do momento linear (quantidade de movimento)

   
p1inicial  p2inicial  p1 final  p2 final
  
m1v1i  m2v2i  (m1  m1 )v f

Ec1inicial  Ec 2inicial  Ec1 final  Ec 2 final

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Aplicação: Colisões elásticas

 Conservação da energia cinética


 Conservação do momento linear (quantidade de movimento)

   
p1inicial  p2inicial  p1 final  p2 final

Ec1inicial  Ec 2inicial  Ec1 final  Ec 2 final

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Aplicação: Colisões

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 13


Aplicação: Colisões

Conservação da quantidade de movimento

Conservação da energia cinética

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Centro de massa

Consideramos um sistema
com duas massas de
valores diferentes ligados
entre eles.

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 15


Centro de massa

Definição do “Centro de Massa”

Definição do Centro de Massa de várias partículas

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 16


Centro de massa

Definição do “Centro de Massa” de corpo rígido

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 17


Centro de massa

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 18


Centro de massa: velocidade e aceleração

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 19


Centro de massa

Lei de Newton

Forças Internas e Exteriores

Forças internas anulam-se (3ª Lei de Newton)

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 20


Centro de massa

CM

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 21


Física da rotação…………………..

Cinemática da rotação.
Relação entre variáveis angulares e lineares.
Energia cinética de rotação e momento de inércia.
Momento de uma força.
Lei de Newton para a rotação.
Trabalho e energia cinética de rotação.
Estudo da Rotação sem deslizamento.
Momento angular. Princípio da conservação do momento linear.

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 22


Cinemática da rotação: Posição angular
Posição angular

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 23


Cinemática da rotação: velocidade angular
Velocidade angular

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 24


Cinemática da rotação: velocidade angular

Velocidade angular (regra da mão direita – sentido do vetor)

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 25


Cinemática da rotação: aceleração angular
Aceleração angular

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Equações de movimento rotativo

Caso: aceleração angular constante

rotação translação

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 27


Aplicação

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 28


Aplicação

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 29


Relação entre variáveis angulares e lineares

Velocidade linear:

Aceleração linear:

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 30


Relação entre variáveis angulares e lineares

Aceleração centrípeta e aceleração angular

c/

Aceleração total num ponto:

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 31


Energia cinética de rotação e momento de inércia
Energia cinética de cada elemento de massa:

c/

Energia cinética de rotação (total) do sistema:

Momento de inércia
com
do corpo rígido

Energia cinética de rotação do sistema

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 32


Aplicação

Determinar o momento de inércia (Iy) e a energia cinética de rotação, com


uma velocidade angular w, no caso do sistema rodar em torno do eixo y.

As esferas com as massas m não contribuem para o momento de inércia !


(raio das esferas << distância a e b)

Momento de inércia (para eixo y):

Energia cinética de rotação:

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 33


Aplicação

Determinar o momento de inércia (Iz) e a energia cinética de rotação com


uma velocidade angular w no caso do sistema rodar em torno do eixo z.

Momento de inércia (para eixo y):

Energia cinética de rotação:

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Calcular o momento de inércia de um corpo rígido

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 35


Calcular o momento de inércia de um corpo rígido

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 36


Calcular o momento de inércia de um corpo rígido
Sabendo que esta massa m se distribui uniformemente ao longo de seu comprimento L, de modo que podemos escrever o elemento de
massa dm em função da densidade linear de massa m/L e o elemento de comprimento dx como se segue:

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 37


Calcular o momento de inércia de um corpo rígido
Sabendo que esta massa m se distribui uniformemente ao longo de seu comprimento L, de modo que podemos
escrever o elemento de massa dm em função da densidade linear de massa m/L e o elemento de comprimento dx
como se segue:

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 38


Calcular o momento de inércia de um corpo rígido

Para um disco que gira em torno de um eixo imaginário que


passa pelo seu centro, como mostra a figura.

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 39


Calcular o momento de inércia de um corpo rígido

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Calcular o momento de inércia de um corpo rígido

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Momento de força

Relação entre a distância (r: braço) e a força aplicada, F ?

Definição de uma nova grandeza:


Momento de força

  
  r F
  r  F  sin 
Em que situações existe uma rotação (movimento rotativo) ?

     1 1  d1F1  d 2 F2

  0
Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 42
Aplicação

Movimento de força resultante:

Existe movimento para: R2T2  R1T1

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 43


Lei de Newton para a rotação
Existe uma relação entre o momento de força e a aceleração angular ?
Existe uma relação semelhante à da 2ª Lei de Newton (F = m a) ?

Movimento circular de um ponto de massa:

Momento de inércia de
uma partícula:

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 44


Lei de Newton para a rotação
Para um corpo rígido, segue:

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 45


Aplicação

Lei de Newton (linear) para o bloco c/ a massa, m

Lei de Newton da rotação p/ a roldana

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 46


Aplicação

(3) + (4)

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Aplicação

(1) + (2)

(6) em (5):

c/

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 48


Aplicação

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 49


Aplicação

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 50


Aplicação

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 51


Trabalho e energia cinética de rotação

Determinar a potência:

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 52


Trabalho e energia cinética de rotação

Teorema Trabalho-energia cinética:

c/

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Trabalho e energia cinética de rotação

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Aplicação

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 55


Aplicação

c/

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Estudo da rotação sem deslizamento

condição para a
Rotação Sem Deslizamento

Movimento do “centro de massa”

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Estudo da rotação sem deslizamento

Todos os pontos do cilindro tem a mesma velocidade angular (P’, P, Q)

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 58


Estudo da rotação sem deslizamento

Todos os pontos do cilindro


tem a mesma velocidade
angular (P’, P, Q).

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Estudo da rotação sem deslizamento

A energia total de rotação do cilindro é igual:

O momento de inércia do sistema:

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Estudo da rotação sem deslizamento

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 61


Estudo da rotação sem deslizamento

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 62


Momento Angular

As variáveis angulares de um corpo rígido que realiza uma rotação em torno de


um eixo fixo tem sempre correspondentes lineares….


 F  a I M
A grande linear momento linear (quantidade de movimento) tem também um
grandeza correspondente angular ….

Momento angular
Definição: O momento angular de uma partícula
de momento linear em relação ao ponto O
  
L r  p

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 63


Momento Angular

Derivando o momento linear (em relação ao tempo:


  
dL d   dr   dp
 ( r  p)  p  r
dt dt dt dt
Todavia:
  
dr  dp
p 0  Fext
dt dt

dL   
 r  Fext   ext
dt
Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 64
Conservação do Momento Angular

Para qualquer massa pontual em movimento é válido:



dL   
 r  Fext   ext
dt
Então podemos dizer imediatamente que no
caso de

 dL 
 ext  0 0  L  const
dt

Os vectores da posição e do momento linear mantem-se num plano durante o movimento


quando o torque é nulo.

Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 65


Conservação do Momento Angular (sistemas partículas)
Vimos anteriormente, que o momento linear total (ptotal) de um sistema de
partículas permanece constante se o sistema estiver isolado, isto é, se a
resultante das forças externas for nula (pela 2ª Lei de Newton)

No caso do momento rotacional temos o equivalente.. O momento angular de um


sistema de partículas permanece constante se o estiver isolado, isto é, se a
resultante dos momentos de força (torques) for nula.

 dLtotal  
 ext  dt  0  Linicial  L final

Para um sistema de partículas o momento angular total é dado por …..


 
Ltotal   Li   ri  pi   ri  mi vi   mi ri wi  Iw
2

i i i i

Ltotal  Iw I inicial winicial  I final w final
Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 66
Conservação do Momento Angular (sistemas partículas)
 
Exemplo: Lz  I z w L  Iw  const

I inicalwinicial I final w final

I inicial  I final
Capitulo 5. Sistemas de partículas e conservação do momento linear 67

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