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Apostila de Química Geral e Analítica
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Apostila de Química Geral e Analítica
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS
Na realização de algumas aulas resíduos químicos serão gerados, logo faz-se necessário
abordarmos como deveremos realizar o gerenciamento de tais resíduo.
Sobre os resíduos gerados nas aulas de Química Geral e Analítica, é importante observar os
seguintes pontos:
1. O laboratório disponibiliza recipientes e rótulos adequados para a armazenagem e
classificação dos resíduos químicos, para posterior tratamento;
2. Ao final de cada experimento, o aluno deverá verificar, com muita atenção, quais os resíduos
gerados e qual o destino adequado, conforme indicação da professora ou da técnica;
3. Lembre-se que os resíduos químicos de laboratório são de responsabilidade de quem os
geram. Portanto, é extremamente importante seguir corretamente todas as etapas para que
o destino final dos resíduos químicos seja adequado.
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Apostila de Química Geral e Analítica
Aula 1: Apresentação da disciplina e enfoque da importância da Química na Zootecnia;
Normas gerais de segurança em laboratório; Manuseio de vidrarias e instrumentos de
laboratório.
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17) Leia os rótulos dos frascos antes de usar as substâncias neles contidas;
18) Nunca use quantidade maior de reagente do que o máximo proposto;
19) Ao se retirar do laboratório verifique se não há torneiras abertas (água e gás). Desligue todos
os aparelhos, deixe todo o equipamento usado limpo e lave as mãos;
20) Antes de iniciar seus trabalhos, pegue o roteiro do seu grupo, nomeie, anote a data, leia
atentamente a experiência a ser realizada;
21) Sempre identificar soluções preparadas com: Nome do reagente, data de preparo,
concentração, nome do preparador e fornecedor;
22) Não será permitida qualquer tipo de brincadeira, conversas paralelas e uso de celulares dentro
do laboratório;
23) Em caso de acidente, mantenha a calma e chame o professor ou técnico;
24) Prepare-se para realizar os experimentos: sempre leia com antecedência o roteiro da prática
que será realizada, procurando compreender os objetivos e os procedimentos experimentais,
prestando muita atenção às advertências em relação à segurança.
25) Alguns reagentes químicos são corrosivos. Muito cuidado ao manusear os ácidos e álcalis
concentrados. Lave imediatamente, com bastante água, qualquer respingo de ácido ou base forte
sobre a pele;
26) Uma vez retirado, não retorne reagente para o frasco original a não ser durante a pesagem,
para evitar contaminação;
27) Pipetas não devem ser introduzidas diretamente em frasco de reagente líquido concentrado
(ácido, hidróxido de amônio, solventes orgânicos, etc.).
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Apostila de Química Geral e Analítica
5) Utilizar calça comprida durante as aulas práticas;
6) Ler com atenção os rótulos dos frascos de reagentes e solventes que utilizar;
7) Realizar as aulas experimentais com bastante atenção;
8) Comprar luvas descartáveis, óculos de segurança e máscara para realizar os
experimentos;
9) Descartar os resíduos em frascos adequados e indicados pelo professor;
10) Assumir uma postura responsável e profissional, evitando brincadeiras no
laboratório;
11) Segurar firmemente os frascos de reagentes (ácidos, bases, etc) disponibilizados na capela
antes de abrir a tampa;
12) Cada equipe deve, no final de cada aula, lavar o material de vidro utilizado e limpar a
bancada. Enfim, manter o laboratório LIMPO;
13) Ter cuidado no manuseio das vidrarias para evitar quebrá-las;
14) Objetos pessoais devem ser guardados em locais apropriados, longe das bancadas
para evitar acidentes pessoais e coletivos;
15) Deve-se manter a bancada sempre limpa e organizada;
16) Os dados e resultados obtidos de seu experimento devem ser sempre anotados
imediatamente após sua obtenção;
17) Não usar sapatos abertos, de salto alto, sandálias. Cabelos longos devem presos;
18) Não lance na pia papéis ou materiais insolúveis. Esta atitude evita o entupimento da
tubulação.
Na primeira aula experimental cada turma é dividida em até 5 a 8 grupos, com no máximo 3
estudantes por grupo, mantidos fixos por todo o semestre, salvo em expressa autorização do
professor.
Cada grupo é responsável pela organização da sua bancada, vidrarias e equipamentos
utilizados nos experimentos, sendo dever seu conferir a quantidade e integridade dos materiais
ao início e término de cada aula.
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• Antes dos Experimentos
• Durante os Experimentos
• Após os Experimentos
Organize a bancada; trate os dados e organize os resultados! É de suma importância que cada
aluno se esforce para manter o laboratório limpo e organizado, de forma a permitir o seu uso
posterior, sendo dever do grupo informar ao professor qualquer ocorrência relacionada à quebra
de vidrarias ou avarias em instrumentos/equipamentos para registro em livro de ocorrências.
As orientações quanto ao descarte de materiais estão contidas em seção específica no
roteiro de cada prática ou será indicada pelo professor.
Assim como existem as atividades pré-Laboratório, esta edição consta com atividades pós-
Laboratório, que podem abordar desde o tratamento dos dados coletados até a consulta de
informações adicionais sobre os assuntos, procedimentos e substâncias estudadas.
• Cronograma da Disciplina
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• Avaliações
Serão realizadas 3 avaliações (P1, P2, P3) individuais, escritas e presenciais, cada uma
realizada após o último experimento de cada unidade. O conteúdo referente às 3 unidades, será
conforme pré-estabelecido pelo professor responsável em plano de curso da disciplina.
Fica a critério do professor compor as notas com demais atividades, como a elaboração e
apresentação de Relatórios, devendo constar em plano de curso, além da possibilidade de
inclusão de Aulas de Revisão em razão de adequações do calendário acadêmico.
➢ Material de vidro
1. Tubo de ensaio - utilizado para efetuar reações químicas em pequena escala, principalmente
testes de reações.
2. Béquer - recipiente com ou sem graduação, utilizado para o preparo de soluções, aquecimento
de líquidos, recristalização, etc.
3. Erlenmeyer - frasco utilizado para aquecer líquido ou fazer titulações.
4. Kitassato - frasco de paredes espessas, munido de saída lateral e usado em filtrações a vácuo.
5. Balão de fundo chato ou de Florence - utilizado para armazenar líquido e em destilações.
6. Balão volumétrico - recipiente calibrado, de precisão, destinado a conter um determinado
volume de líquido, a uma dada temperatura; utilizado no preparo de soluções de concentração
definidas.
7. Cilindro graduado ou proveta - frasco com graduações, destinado a medidas aproximadas de
líquidos.
8. Bureta - equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos. Permite o
escoamento do líquido e é muito utilizado em titulações.
9. Pipeta - equipamento calibrado para medida de volume de líquidos. Existem dois tipos: pipeta
graduada (volumes precisos) e pipeta volumétrica (volumes fixos e precisos).
10. Funil - utilizado na transferência de líquidos de um frasco para o outro ou para efetuar filtrações
simples.
11. Vidro de relógio - usado geralmente para cobrir béquer contendo solução ou para evaporação
em análise de líquidos.
12. Dessecador - utilizado no armazenamento de substâncias quando se necessita de uma
atmosfera com baixo teor de umidade.
13. Pesa filtro - recipiente destinado à pesagem de sólidos.
14. Bastão de vidro - utilizado na agitação e transferência de líquidos.
15. Funil de separação - equipamento utilizado na separação de líquidos imiscíveis.
16. Condensador - equipamento utilizado para condensação de vapores em destilações ou
aquecimento sob refluxo.
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17. Balão de destilação com saída lateral - utilizado em destilações simples
18. Frasco reagente.
➢ Materiais de porcelana
1. Funil de Buchner - utilizado em filtrações por sucção, devendo ser acoplado a um kitassato.
2. Cápsula de porcelana - usada para efetuar evaporações de líquidos.
3. Cadinho - usado para calcinação de substâncias.
4. Almofariz e pistilo - empregado para triturar e pulverizar sólidos.
➢ Material Metálico
1. Suporte (ou haste) e garras - peças metálicas usadas para montar aparelhagens em geral.
2. Pinças - Para segurar objetos aquecidos (também chamada de tesoura).
3. Tela de amianto ou Tela metálica contendo amianto - utilizada para distribuir uniformemente o
calor durando o aquecimento de recipientes de vidro à chama de um bico de gás.
4. Tripé - usado como suporte, principalmente de telas ou triângulos.
5. Bico de gás (Bunsen) - fonte de calor destinado ao aquecimento de materiais não inflamáveis.
6. Argola (ou aro) - usada para suporte de funil de vidro.
7. Espátula - usada para transferir substâncias sólidas.
➢ Materiais Diversos
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5. Fornos de muflas: são usadas para aquecer e/ou incinerar amostra a altas temperaturas. Um
pré-controle da temperatura desejada permite alcance de 1200 °C.
➢ Meios Filtrantes
Um processo de filtração é comumente empregado para separar duas fases distintas, normalmente
sendo uma sólida e outra líquida. Os meios mais empregados na análise quantitativa são os papéis
de filtro e os cadinhos filtrantes de fundo poroso. A operação de filtração pode ser conduzida pela
ação da gravidade ou com auxílio de vácuo.
1. Papel de filtro: os papéis de filtro são deliberadamente fabricados com vários graus de
espessura e capacidade de retenção. Esta capacidade é atribuída à porosidade do filtro,
previamente escolhido dependendo do estado de agregação e a natureza de um precipitado.
➢ Dessecadores e Dessecantes
Os dessecadores são recipientes, geralmente de vidro moldado sob pressão formados por duas
peças: a tampa e a base com bordas esmerilhadas perfeitamente ajustáveis, que permitem manter
o conjunto hermeticamente fechado. O dessecador é usado para manter amostras secas enquanto
estão sendo esfriadas e antes de serem pesadas e, em alguns casos, para secar uma amostra
úmida. Dessecantes tais como cloreto de cálcio anidro e sílica são colocados na parte inferior da
base para absorver umidade. O dessecante deve ser trocado periodicamente. Quando um objeto
que foi aquecido, for colocado no dessecador, deve-se esperar um pouco (60 segundos) para
fechar com a tampa, caso contrário pode ocorrer um aumento na pressão no interior do dessecador
que pode ser suficiente para romper a vedação entre a tampa e a base. Após o resfriamento pode
ocorrer o oposto, ou seja, o interior do dessecador fica sob pressão reduzida o que poderá
ocasionar uma perda de amostra. Os dessecantes mais utilizados são: óxido de alumínio,
perclorato de magnésio, óxido de cálcio, cloreto de cálcio e sílica gel. Todos podem ser regenerados
por aquecimento a 150, 240, 500, 275 e 150 °C, respectivamente.
➢ Reagentes
Os reagentes são encontrados com diferentes graus e pureza, nem sempre adequados para a
prática da análise.
Padrões primários e secundários: são reagentes com alto grau de pureza definidos pela seção da
Química Analítica da União Internacional da Química Pura e Aplicada
(IUPAC), da seguinte maneira:
• Padrão primário: Substância suficientemente pura e estável que permite preparar uma
solução padrão (primária) por pesagem direta do composto e diluição. É uma substância
disponível comercialmente com pureza de 100 ± 0,02%;
• Padrão secundário: Substância de menor pureza, porém sua concentração é determinada
através da comparação (padronização) contra um padrão primário. Isto é, É um composto
cuja pureza pode ser estabelecida por análise química e que serve como referência na
titulação.
Existem reagentes com grau especial de pureza para propósitos analíticos. Por exemplo: Grau
espectral e grau cromatográfico. Estes são especificamente purificados para remover impurezas
que podem interferir em uma aplicação analítica.
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Apostila de Química Geral e Analítica
O manuseio dos reagentes: o rótulo do fabricante garante a qualidade do reagente apenas até o
momento em que é rompido o lacre original do recipiente. Uma série de regras deve ser obedecida
para evitar contaminação:
✓ O recipiente somente deve ser aberto após uma limpeza eficiente do gargalo e de todo o
corpo do recipiente;
✓ Evitar a introdução de espátula e pipetas nos recipientes dos reagentes.
✓ Agite o recipiente para soltar o reagente e verta-o para fora apenas a quantidade que deve
ser utilizada, recolocando a tampa imediatamente.
✓ O resíduo do reagente não deve retornar ao recipiente;
✓ Não verter o reagente diretamente para dentro do recipiente que contenha solução ou
amostra a analisar da qual possa se desprender gases, vapores, etc.
✓ A tampa do recipiente deve repousar sobre um vidro de relógio ou vertida para cima sobre
um papel toalha.
➢ Água
• Água deionizada: o processo de deionização mais eficiente aplica tecnologias como a osmose
reversa e a eletrodeionização contínua. A água produzida é quimicamente pura, apresentando
uma alta resistência devido a ausência de íons, normalmente com resistividade superior a 18,2
MΩ.cm a 25 °C.
➢ Materiais volumétricos
• Balão volumétrico: São usados na diluição e na preparação de uma solução. Eles existem
em uma variedade de tamanhos. São para conter exatamente um certo volume de líquido
em uma determinada temperatura. Possuem a forma de uma pêra, fundo chato e gargalo
longo provido de uma tampa de vidro esmerilhada ou de teflon.
• Pipetas: a pipeta é usada para transferir volume particular de solução de modo preciso
a determinada temperatura. Existem dois tipos de pipetas:
- Volumétrica ou de transferência: tem uma marca de calibração de seu volume gravada na
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parte superior acima do bulbo. Variam de 0,5 a 100 mL, possuem medidas precisa, por isso não
necessita soprar na ponta.
- Graduada: tubos cilíndricos com escala numerada do alto para baixo até sua capacidade. As
pipetas com faixa dupla (anel duplo) requerem que sejam sopradas para liberação da gota que
permanece na ponta inferior.
• Buretas: são pipetas graduadas com controle de fluxo. São frascos volumétricos usadas para
escoar volumes variados de líquidos e, são geralmente empregadas em titulações. A bureta
convencional para macro titulações é marcada com incrementos de 0,1 mL de 0 a 50 mL. Existem
também buretas com capacidade de 10, 25, 100 mL, onde o volume é marcado com incrementos
de 0,01 mL.
• Provetas: são equipamentos utilizados em medidas aproximadas de volumes.
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pode ser seguramente usada e, como margem de segurança não efetue pesagens de massa
acima de 10 g além de sua capacidade;
• Mantenha a balança limpa. Se alguma substância cair sobre o prato ou em qualquer
superfície da mesma, limpe-a imediatamente com uma escova de pêlos de camelo.
• Não use líquidos para efetuar a limpeza.
• Se a balança apresentar algum defeito ou estiver necessitando de ajuste, não
• tente consertá-la.
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Aula 2: Calibração de instrumentos volumétricos (Medidas em química: massa e volume)
INTRODUÇÃO
Alguns fatores relacionados ao uso desses produtos podem causar erros experimentais. Nesse
sentido, a limpeza deve receber atenção especial. A limpeza pode ser efetuada lavando a vidraria
com detergente, enxaguando-a com bastante água da torneira, e em seguida com água destilada.
Se você vai trabalhar em experimentos que requerem uma maior precisão, deve, além de fazer a
lavagem descrita acima, enxaguar a vidraria com um pouco de álcool ou de acetona. Isso é
necessário porque ao longo do tempo o vidro costuma adquirir uma camada superficial de gordura
e outros materiais que repelem a água, fazendo com que está se retraia, formando gotas de
tamanho considerável, que não escorrem facilmente, podendo causar erro na leitura da medida.
Caso queira uma limpeza mais rigorosa, pode-se utilizar uma solução de limpeza especial, além
dos procedimentos descritos acima. Depois de lavar a vidraria, esta deve ser seca a fim de evitar
erro nos seus experimentos. Além da limpeza, outro fator que pode causar erros nas medidas de
volume está na leitura incorreta do menisco, seja ele em qual peça for.
• Calibração
Quando realizar alguma medida de volume de líquidos, você deverá saber se está exige precisão,
para que possa usar a vidraria adequada. Em medidas aproximadas utilizam-se geralmente
cilindros graduados ou provetas. Nas que exigem precisão, devemos usar pipetas, buretas ou
balões volumétricos. Estes materiais são chamados de vidraria volumétrica. Eles são calibrados
pelo fabricante e a temperatura padrão de calibração é de 20ºC ou 25ºC.
A vidraria volumétrica deve ser calibrada ou aferida para aumentar a precisão dos volumes contidos
ou transferidos pela mesma. A vidraria pode ser aferida de forma bastante simples através da
medida da massa transferida ou contida em um recipiente utilizando-se a densidade específica da
substância para converter a massa em volume.
Em geral, se utiliza a água como o líquido padrão para aferição das vidrarias, pois seus valores de
densidade a diferentes temperaturas são facilmente encontrados na literatura.
Para que a aferição seja bem feita é preciso levar em conta a expansão volumétrica das soluções
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e das vidrarias com relação à variação da temperatura. Desta forma, é preciso conhecer a
temperatura do laboratório no momento em que as soluções são preparadas e também no momento
em que são utilizadas.
Leitura do volume de líquido em uma vidraria graduada (neste caso temos o exemplo da bureta),
em três situações mais comuns: (A) líquido transparente com menisco convexo: a leitura é realizada
pela parte inferior do menisco; (B) líquido opaco com menisco convexo: a leitura é realizada pela
parte mais alta da coluna, pois é difícil visualizar o menisco; (C) líquido opaco com menisco
côncavo: a leitura é realizada na parte superior do menisco. O ângulo de leitura deve estar paralelo
à linha da visão para evitar o efeito de paralaxe.
A medida sempre deve ser feita tendo o menisco ao nível dos olhos (para eliminar o erro de
paralaxe) e no centro do menisco, ou seja, a parte superior de um menisco convexo (A).
Neste momento você deve estar se questionando como o líquido ascende até o volume desejado
nas pipetas. Uma das formas, quando se têm um volume considerável de amostra, é utilizar um
pipetador ou uma pêra de sucção.
A pêra de sucção possui 3 tipos de válvulas: A, E e S. Para utilizá-la: (1º) esvazie, apertando a
válvula A e pressionando o bulbo maior; (2º) insira a pipeta pela porção inferior; (3º) insira a pipeta
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no líquido a ser pipetado; (4º) aperte a válvula S para succionar o líquido até o valor desejado; (5º)
aperte a válvula E para liberar o líquido da pipeta.
• Pesagem
Antes de iniciar qualquer pesagem, verifique sempre se a balança está nivelada e também se o
prato ou pratos (se houver mais de um) estão limpos. Não a utilize se algum estiver sujo. Limpe-o
utilizando uma escova ou papel toalha, com a balança desligada. Obs.: Mesmo estando a balança
desligada, nunca exceda a capacidade máxima sobre o prato de pesagem.
Observa-se o nivelamento correto da balança analítica pelo nível circular encontrado na parte
inferior da balança, onde a bolha de ar deverá estar posicionada no centro da circunferência.
Caso a bolha de ar não esteja centralizada no nível circular,procede-se o ajuste nos pés ajustáveis
para compensar ligeiras irregularidades na superfície da bancada de pesagem e até a bolha de art
estar centralizada.
Após nivelada a balança, zere a balança antes de colocar no prato o material que deseja pesar. A
operação de zerar a balança consiste em deixar todas as casas de leitura do visor no zero. Ao fazer
uma pesagem, caso não precise da massa do recipiente, zere novamente a balança. Essa
operação se chama "tarar" a balança. Ela fica zerada mesmo com o recipiente em cima do prato.
Ao terminar a pesagem não se esqueça de limpar e desligar a balança.
OBJETIVO
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Apostila de Química Geral e Analítica
MATERIAL E REAGENTES
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
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1. Pesar um béquer (15 ou 20mL) limpo e seco em uma balança analítica e determinar a
massa exatamente até a quarta casa decimal.
2. Com o auxílio da pipeta a ser calibrada transferir água destilada até a marca do volume
total para o béquer pesado.
3. Pesar o béquer com a água destilada transferida.
4. Determinar a massa da água transferida;
5. Com auxílio de um termômetro calibrado verificar a temperatura da água.
6. Calcular o volume real da água transferida pela pipeta através da fórmula da densidade,
consultando o valor correspondente da densidade em relação à temperatura observada na
tabela encontrada no Anexo I, fazer o procedimento em triplicata.
7. Proceder este procedimento com as pipetas, volumétrica e/ou graduada.
Pipeta volumétrica
Repetições Massa do Massa da água Massa da água Volume de
béquer seco escoada da água
pipeta +
béquer
1
2
3
Média
Pipeta graduada
Repetições Massa do Massa da água Massa da água Volume de
béquer seco escoada da água
pipeta +
béquer
1
2
3
média
m H 2O
IMPORTANTE: Fórmula da densidade: Volume =
d H 2O
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Apostila de Química Geral e Analítica
QUESTÕES PÓS-LABORATÓRIO
1) Baseado numa inspeção visual das vidrarias utilizadas no laboratório, situe-as em um dos
dois grupos: “mais exatas” e “menos exatas”, volumétricas ou graduadas.
2) Defina exatidão e precisão. Porque é aconselhável fazer mais de uma determinação de
cada medida?
3) Qual a finalidade de medir a temperatura quando se está calibrando um equipamento
volumétrico?
4) Como é possível verificar o estado de limpeza de um frasco volumétrico? Este estado de
limpeza influencia uma análise quantitativa? Indique algumas técnicas de limpeza para os
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Apostila de Química Geral e Analítica
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Apostila de Química Geral e Analítica
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MATERIAIS E REAGENTES
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Apostila de Química Geral e Analítica
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
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Apostila de Química Geral e Analítica
Esquema:
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QUESTÕES PÓS-LABORATÓRIO
1. Descreva os seguintes métodos de separação de misturas:
a) Decantação;
b) Filtração;
c) Centrifugação;
d) Cristalização;
e) Destilação;
f) Destilação fracionada;
g) Cromatografia;
h) Separação magnética;
i) Extração por solvente;
j) Catação;
l) Peneiração;
m) Ventilação;
n) Levigação;
o) Evaporação
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INTRODUÇÃO
Soluções são misturas homogêneas, constituídas de dois ou mais componentes:
soluto e solvente. A razão entre eles define a concentração de uma solução. É de
grande importância o conhecimento da composição das soluções utilizadas,
tornando-se necessário estudar as unidades de concentração e os cálculos
envolvidos no seu preparo.
A maioria dos trabalhos experimentais em Química são desenvolvidos quando os
reagentes estão em solução. Portanto, o seu estudo depende do conhecimento
qualitativo e quantitativo da composição das substâncias que delas participam.
A relação entre o soluto e solução (ou solvente, dependendo do tipo de
concentração) define a concentração de uma solução. Portanto, podemos
estabelecer que:
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Apostila de Química Geral e Analítica
Padrões Primário e Secundário - Para preparar uma solução, você deve procurar
saber se o soluto é um padrão primário ou secundário.
Padrões primários são substâncias estáveis e não higroscópicas, de fácil
purificação, que servem para o preparo de soluções de concentração definida,
utilizáveis na determinação de concentração exata de padrões secundários. Como
exemplo, temos: carbonato de sódio (Na2CO3), ácido oxálico (H2C2O4) e outras.
Padrões secundários são soluções de substâncias higroscópicas, voláteis ou
alteráveis, que têm sua concentração determinada por um padrão primário. São
exemplos de padrões secundários: ácido clorídrico (HCl), ácido sulfúrico (H2SO4),
hidróxido de sódio (NaOH) e hidróxido de potássio (KOH).
A determinação da concentração exata de um padrão secundário, na maioria das
vezes é feita usando a técnica de volumetria ou titulação, que será vista na próxima
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Apostila de Química Geral e Analítica
PRÉ-LABORATÓRIO
1. Pesquise sobre os perigos e toxicidade dos reagentes que serão utilizados.
2. Pesquise sobre preparo de soluções e diluição de soluções.
3. Pesquise sobre as unidades de concentração de soluções e realize os
cálculos necessários para realização da prática.
OBJETIVO
1) Aplicar os conceitos de unidades químicas de concentração no preparo de
soluções;
2) Aprender a preparar soluções e fazer diluições que servirão para o
desenvolvimento de outros experimentos, utilizando recursos disponíveis no
laboratório;
MATERIAL E REAGENTES
Béqueres de 25,00 mL (2)
Espátula
Bastão de vidro
Balões volumétricos 250,00mL (2)
Pipeta volumétrica de 25,00 mL
Pipeta volumétrica de 10,00 mL
Pipeta de Pasteur de plástico
HCl
NaOH
Funil de vidro
Pisseta com água destilada
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Apostila de Química Geral e Analítica
Pêra de borracha
Frascos para reagentes
Etiquetas
Balança Analítica e Semi-Analítica
Capela
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
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Apostila de Química Geral e Analítica
DILUIÇÕES
Bloco 3: Preparar 250,00 mL da solução de NaOH a 0,01 mol.L-1 a partir da solução
de NaOH a 0,1 mol.L-1 preparada no Bloco 1.
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Apostila de Química Geral e Analítica
OBSERVAÇÕES:
1. Levar sempre em consideração a pureza dos reagentes (ver no rótulo do
frasco)
2. No caso de reagentes líquidos, proceder a conversão massa-volume
utilizando a densidade (ver o valor no rótulo do frasco).
3. CUIDADO COM A AFERIÇÃO DO BALÃO VOLUMÉTRICO PASSOU DO
MENISCO ERROU A CONCENTRAÇÃO DA SOLUÇÃO.
QUESTÕES
1 - Explique o que é uma solução, como classificá-la em função do coeficiente de
solubilidade. Exemplifique.
2 – No experimento realizado a dissolução é um processo exotérmico ou
endotérmico? Explique.
3 - Qual a massa de nitrato cúprico deve ser pesada para preparar 250 mL de uma
solução aquosa de concentração 1,5 mol.L-1?
4 - Qual o volume de ácido acético que deve ser utilizado para preparar 250 mL de
uma solução 1 mol.L-1 de ácido acético? Obs.: Responda à questão utilizando título
e densidade previamente pesquisada por você na literatura.
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Apostila de Química Geral e Analítica
INTRODUÇÃO:
Ao se falar em padronização de soluções, é necessário antes, abordarmos sobre
uma técnica muito usada em laboratório chamada TITULAÇÃO, ANALISE
VOLUMETRICA, VOLUMETRIA OU TITRIMETRIA.
TITULAÇÃO é uma técnica utilizada para se determinar a concentração de uma
solução. Isso é feito por meio da reação dessa solução (que se deseja encontrar a
concentração) com outra de concentração conhecida. O volume de ambas é
determinado experimentalmente.
A solução de concentração exatamente conhecida (solução padrão) é chamado de
titulante e a solução cuja concentração será determinada (amostra) é chamada
titulada. Sabendo-se qual a quantidade da solução padrão necessária para reagir
totalmente com a amostra e a reação química envolvida calcula-se a concentração
da substância analisada.
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Apostila de Química Geral e Analítica
neutralização.
Em qualquer reação estequiométrica, o número de equivalentes dos reagentes deve
ser igual. Partindo-se desse princípio, temos:
A+B→C
onde A é a amostra e B o titulante:
nA = nB
mA/MMA = MB. VB ou MA. VA = MB. VB,
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Apostila de Química Geral e Analítica
PRÉ-LABORATÓRIO
1)Pesquise sobre os perigos e toxicidade dos reagentes que serão utilizados.
2) Pesquise sobre concentração de soluções, padronização de soluções e padrões
primários. Realize os cálculos necessários para realização da prática.
OBJETIVO
• Conhecer as técnicas utilizadas em volumetria;
• Determinar a real concentração das soluções de ácido clorídrico e hidróxido
de sódio preparadas na aula anterior a partir de soluções padrões e de
soluções já padronizadas.
MATERIAL E REAGENTES
1 pipeta volumétrica de 11,00 mL
3 béqueres 50 mL
3 erlenmeyers de 125 mL ou 250,00 mL
1 Proveta de 50,00 mL
suporte universal garra metálica
1 bureta de 25 mL
Espátula
Solução de NaOH
Solução de HCl
Biftalato de potássio
Fenolftaleína
Água destilada
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
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Apostila de Química Geral e Analítica
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CÁLCULOS
- Peso da amostra de biftalato de potássio:
1. Pela estequiometria:
C8H5KO4 + NaOH → C8H4O4NaK + H2O
M=0,1mol/L
Dessa maneira, basta descobrir quantos mols estão envolvidos na titulação,
considerando uma alíquota de 11,00 mL:
M = mb / (MMbif x Vtit)
Onde:
M = Molaridade teórica da solução de hidróxido de sódio preparada
mb = massa da amostra a ser pesada de biftalato de potássio.
MMbif = Massa molar do biftalato de potássio (204,22 g/mol)
Vtit = volume teórico gasto na titulação de Hidróxido de sódio em litros (25 mL)
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Apostila de Química Geral e Analítica
- Fator de correção:
Fc = Mr / Mt
Onde:
Fc = Fator de correção da solução preparada
Mr = molaridade real
Mt = molaridade teórica (0,1 mol/L e/ou 0,01 mol/L)
QUESTÕES
1) O que é solução padrão? Por que nem todas as soluções são padrões?
2) O que é padronização? Quando ela é necessária?
3) O que é padrão primário? Quais os requisitos para que uma substância seja
um padrão primário? Por que é preciso secá-lo antes de sua utilização?
4) Por que NaOH e HCl não são padrões primários?
5) Por que o HCl pode ser padronizado com uma solução padrão de NaOH?
6) O ponto de equivalência (PE) de uma titulação e ponto final (PF) precisa ser
necessariamente igual?
7) Em que consiste a técnica da titulação?
8) Qual o papel do indicador em uma titulação?
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Apostila de Química Geral e Analítica
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