Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PLANEJAMENTO PES - Setor Público Carlos Matus PDF
PLANEJAMENTO PES - Setor Público Carlos Matus PDF
Matus
AUTORES
SERGIO VITAL E SILVA
svsvital@uol.com.br
LEONEL MAZZALI
leonel_mazzali@uol.com.br
Abstract:This article presents the Situational Strategic Planning - PES - as a mechanism for
articulating public policy, allowing officers view the involvement of internal and external on a
strategic plan. The lack of planning and improvisation have become characteristic of public
management. The planning methods had increased their use over the last twenty years, but
that its effects have gone through consistent and continuous measurements of their results, or
because many experiments have tried to make the cities more viable and more attractive in a
dispute with other localities in search of attracting investment. Therefore, the planning
situation can contribute to innovation and modernization in its decision making in the public
sector. From the criticism made by Carlos Matus to traditional planning, look up mechanisms
to identify the convergent points between public policy and plurality of actors and interests
involved to become a permanent focus of the administration. In this context, the proposal of
the Strategic Planning Situational - PES -becomes this as a tool that enhances the formulation
of public policies, and also act as an instrument of articulation. Thus, the entire planning
process will be in permanent motion, interacting with reality on the way of transformation.
1- o ator que planeja não tem assegurada sua capacidade de controlar a realidade,
porque isso dependerá da ação de outros atores;
2- existe mais de uma explicação para a realidade, em função dos vários atores;
3- vários atores sociais enfrentam-se, com objetivos conflitantes;
4- o poder é escasso e o planejamento deve sistematizar o cálculo político e centrar
sua atenção na conjuntura;
5- a incerteza é predominante;
6- o governante lida com problemas no tempo, e com solução aberta à criação e ao
conflito.
Para Matus:
(...)planejar é tentar submeter o curso dos acontecimentos à vontade
humana, não deixar que nos levem e devemos tratar de ser condutores de
nosso próprio futuro, trata-se de uma reflexão pela qual o administrador
público não pode planejar isoladamente, esta se referindo a um processo
social, no qual realiza um ato de reflexão, que deve ser coletivo, ou seja,
planeja quem deve atuar como indutor do projeto. (MATUS, 1993, p. 13 )
a) deve existir uma ação deliberada para construir o futuro ou influir sobre o futuro;
b) o planejamento e seu sucesso não é um ato solitário, mas envolve o comprometimento
do conjunto de agentes que atuam na condução do processo;
c) o planejamento não é algo estático, ele se transforma em virtude dos fatos;
d) o planejamento estratégico permite o equilíbrio de uma organização e propicia definir
a sua trajetória a longo prazo.
Para o autor:
No planejamento não podemos recusar a idéia que existem conflitos, que se
contrapõem ao nosso desejo de mudança, esta oposição é realizada por
outros indivíduos com diferentes visões e opiniões, que podem aceitar a
nossa proposta de futuro no todo ou em parte, ou simplesmente recusar esta
possibilidade.(MATUS, 1993, p. 14).
Para Matus:
(...)o essencial do governo é a ação e o essencial do planejamento é o
cálculo que a precede e preside, então planeja quem governa, porque o
governante faz o cálculo de última instância, e governa quem planeja,
porque governar é conduzir com uma direcionalidade que supera o
imediatismo de mera conjuntura. (MATUS, 1993, p. 32).
Matus previa a necessidade de concertação ao realizar sua avaliação sobre teoria social
e teoria do planejamento, afirmando que “no planejamento situacional é possível a articulação
entre simulação matemática e a simulação humana, para que ambas se complementem como
instrumentos de apoio ao planejamento situacional” (Matus, 1993, p.176).
Em outra passagem o autor reafirma a necessidade da integração das políticas, ao
realizar uma crítica ao insucesso na condução do governo Allende, no Chile, para o que
chamou de tríplice divórcio.
4- Conclusão
A preocupação com a boa gestão e com a eficiência das políticas públicas passa a ser,
ou deveria ser, uma constante nos governos locais. A brevidade dos mandatos não permite aos
governantes trabalhar com improviso. Desta forma é primordial a utilização de ferramentas
que auxiliem a tomada de decisões. O Planejamento Estratégico Situacional – PES, apresenta-
se como um importante instrumental de planejamento e gestão que permite priorizar as ações
conforme a capacidade real de execução, amparada no conceito do triângulo de governo.
No Planejamento Estratégico Situacional – PES, não está assegurado o controle da
realidade, pois pressupõe a ação de outros atores, e o cálculo de implantação das políticas
públicas deve avaliar esta reação, procurando medir o impacto em diferentes graus sobre os
diversos grupos que interagem com o governo. Portanto, construir o futuro envolve uma ação
deliberada para alterar a realidade, ou seja, o planejamento não é estático.
O processo de articulação é de difícil execução, mas não deve ser relegado a segundo
plano, pois a fragmentação de políticas públicas traz desperdício de recursos e incoerência no
atendimento a população. O ambiente de conflito, também é uma característica predominante
entre os atores, portanto, ao formular e implementar políticas públicas os mesmos devem ser
considerados na avaliação de impactos, criando condições para a melhora da coerência entre
as diversas ações. Assim, o conceito de governabilidade passa a ser um aliado quando
estruturado através do Planejamento Estratégico Situacional, pois possibilita identificar os
atores envolvidos em cada ação prioritária definida pelo governo.
E finalmente, a coordenação das ações de Governo deve utilizar a concepção de
matricialidade, buscando o melhor aproveitamento dos recursos humanos e financeiros,
integrando as ações mais importantes das diversas áreas buscando mais agilidade e a
valorização das ações, ou seja, uma estrutura mais enxuta possibilita a obtenção de mais
recursos para aquilo que foi considerado prioritário.
Referências Bibliográficas