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Execução
Pessoal
da no Trabalho
Gestão Municipal
11
Módulo
Módulo
Desenvolvimento
Políticas Pessoal
Públicas Setorias
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Conteudista/s
Rodrigo Morais Lima Delgado, (Conteudista, 2021).
Enap, 2021
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Sumário
1. Unidade 1: Qual a relevância da gestão estratégica?...................................... 5
3. Referências.......................................................................................................... 19
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
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Módulo
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer as características básicas da
relação entre o plano de governo e a gestão estratégica de projetos, processos e
pessoas.
Nesta aula, vamos abordar a relação entre o plano de governo eleito e seu respectivo
desdobramento em estratégia de governo: projetos ou planos de ação operacionais
a serem executados com foco em resultados, ao longo dos quatro anos de gestão.
Além disso, veremos como esses projetos se refletem no principal instrumento legal
de planejamento de médio prazo governamental, que é o Plano Plurianual (PPA).
Para iniciar nosso estudo, assista ao vídeo a seguir. Nele, o professor Rodrigo
Delgado entrevista o então Secretário de Gestão do Ministério de Economia Cristiano
Heckert, que reflete sobre as seguintes questões:
• Quais os maiores desafios para que o plano de governo eleito seja incorporado
pela estratégia de governo?
https://cdn.evg.gov.br/cursos/481_EVG/videos/modulo00_video01.mp4
Planejar é algo muito próprio de nossa condição humana, ou, como diz o autor, é
“algo inevitável na prática humana”, caso contrário estaríamos sempre no campo da
improvisação.
3. Opacidade da linguagem
Mas, afinal, como isso se relaciona com a realidade de um gestor municipal? É o que
veremos nos próximos tópicos.
Como transformar o plano em ação? Para isso, é preciso ter uma estratégia que
torne o plano viável.
Do ponto de vista legal, o Plano Plurianual (PPA), criado pela Constituição Federal de
1988, é um instrumento importante, mas que ainda não se consolidou completamente
como instrumento de planejamento e gestão estratégica que integra as políticas
públicas com um plano, especialmente por conta de mudanças constantes de
estrutura e opções metodológicas para sua elaboração.
Ainda que haja algumas críticas, especialmente em função dos aspectos citados, o
PPA possui um caráter de instrumento de planejamento estratégico ao estabelecer
diretrizes, objetivos e metas que consideram um horizonte que ultrapassa uma
gestão governamental, pois se inicia no segundo ano do mandato corrente e finaliza
no primeiro ano do mandato seguinte. Além disso, o PPA estabelece que todos os
poderes (no caso municipal, executivo e legislativo) devem avaliar o cumprimento
das metas estabelecidas.
1 – Árvore de problemas
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-10-Arvore-dos-problemas-Fonte-Brandt-2014-O-
produto-final-do-esforco-da_fig10_308735525
É uma ferramenta gráfica que permite desenhar ações voltadas para determinado
programa ou projeto e evidencia como acontecerá a relação efetiva entre a fonte do
problema e os meios e instrumentos a serem implementados para o alcance dos
objetivos e resultados esperados, com vistas a solucionar o problema em questão.
Fonte: https://edemocracia.mj.gov.br/wikilegis/media/e88f3bee-5bf6-43f4-a7ee-3d824320399a.pdf.
3 – Ciclo PDCA
Essa sigla vem do acrônimo das seguintes palavras em inglês: Plan (planejamento), Do
(execução), Check (checagem) e Act (ação). Essa é uma ferramenta muito importante
para melhoria contínua de políticas públicas: por meio de um processo de definição,
implementação e monitoramento, é possível ajustar a rota da política, avaliando,
identificando e corrigindo suas falhas ou potencializando o que está funcionando
bem.
Fonte: https://www.siteware.com.br/blog/metodologias/ciclo-pdca/.
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/380242/.
Por fim, cabe destacar que, nos últimos anos, a Administração Pública brasileira vem
amadurecendo a forma de elaborar políticas públicas com a estruturação de guias
e orientações que visam a tornar esse processo de definição de políticas públicas
mais robusto.
Um ponto importante a ser identificado é que, após definidas essas ações táticas,
elas não podem ser consideradas imutáveis. Pelo contrário, é necessário constante
monitoramento e avaliação, verificando se esses projetos e processos ainda são
adequados para a realidade que se deseja modificar, ou se são necessários ajustes
de rota. Rota essa que deve ter o plano como uma referência, e esse plano também
deve considerar as mudanças que ocorrem na realidade para, se necessário, ajustar
as metas e os objetivos propostos inicialmente.
Uma das estratégias para que o plano seja implementado é definir quais serão as
entregas necessárias ao alcance dos objetivos. A definição dessas entregas demanda
um esforço de gestão muito importante, seja no processo de pactuação das entregas
com as diversas áreas, seja no seu empacotamento em projetos, seja na definição
de líderes para esses projetos, seja na definição dos prazos para as entregas.
Imagine o quanto de recurso pode ser gasto de forma desnecessária se, por
exemplo, a definição de trilhas de capacitação de servidores não condiz com a
estratégia definida! Sem essa clareza, certamente haverá muito mais dificuldade
para se atingir os objetivos pretendidos. As pessoas que fazem parte do quadro
de servidores tenderão a não se engajar, assim como o sentido e o propósito, tão
necessários como fatores de motivação para a força de trabalho, não ficarão claros,
e poderão causar problemas de diversas ordens, como falta de iniciativa entre os
servidores, absenteísmo e indiferença quanto aos objetivos definidos.
Com esse último recado, fechamos nossa aula sobre planejamento e gestão
estratégica e como desdobrá-la em ações de gestão de projetos e de pessoas,
adequadas para que a estratégia possa se concretizar.
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer as características básicas
da nova lei de licitações e da gestão de compras e contratos para o alcance dos
objetivos estratégicos do município.
Para iniciar o estudo sobre a lei de licitações e a gestão de compras, assista ao vídeo
“Conhecendo mais sobre compras públicas”. Você verá a entrevista que o professor
Rodrigo Delgado realizou com Lara Brainer, Diretora da Central de Compras do
• Quais são os desafios que exigem maior atenção do gestor municipal na realização
de processos licitatórios, especialmente considerando as mudanças trazidas pela
nova lei de licitações?
Então, vamos lá? Assista ao vídeo e, depois, leia também o texto abaixo, que apresenta
mais detalhes sobre essa temática tão importante para a gestão municipal.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/481_EVG/videos/modulo00_video02.mp4
Além da extrema importância dos aspectos legais, que devem ser de conhecimento
dos agentes públicos envolvidos nos processos licitatórios, as compras públicas
também desempenham um papel muito importante na dinamização da economia e
no desenvolvimento local.
Desse modo, a gestão municipal pode e deve aproveitar essa capacidade das
Quando se fala em o município fazer uso de seu poder de compra para a promoção
do desenvolvimento local, a gestão municipal se deparará com desafios sobre
como garantir a concorrência, a transparência, a lisura do processo e a oferta mais
vantajosa para a administração pública.
Dentre esses desafios, promover uma maior participação dos fornecedores locais
é crucial para que a prefeitura seja um agente de promoção do desenvolvimento
local.
Há várias estratégias que podem contribuir para uma maior participação de micro e
pequenas empresas localizadas no território municipal:
Padronização
Controle
Eficiência
Especialização
Com isso, fechamos nossa aula! Esperamos que o município se organize para o
cumprimento das modificações trazidas pela nova lei de licitações e que vocês –
gestoras e gestores – consigam delinear as melhores estratégias de compra, de
acordo com a realidade de seu município.
Referências
GONÇALVES, M. F. R. (Coord. Téc.). Manual do prefeito. 16. ed. Rio de Janeiro: IBAM,
2020.