CONFLITOS DE
ZONEAMENTO NAS UC´s
QUE CONFORMAM A APA
GAMA CABEÇA-DE-VEADO
1. OBJETIVO ........................................................................................................................ 5
2. METODOLOGÍA APLICADA ........................................................................................ 5
3. INSTRUMENTOS DE ORENAMENTO TERRITORIAL ............................................ 5
3.1. O SNUC e as Unidades de Conservação ......................................................... 5
3.1.1. APA (Área de Proteção Ambiental) ........................................................... 6
3.1.2. Área de Relevante Interesse Ecológico - ARIE ...................................... 8
3.1.3. Reserva Biológica (ReBio) ........................................................................ 11
3.1.4. Estações Ecológicas - EE ......................................................................... 12
3.2. Unidades com Categorização Distrital .......................................................... 14
3.2.1. Reservas Ecológicas .................................................................................. 14
3.2.2. Parques Ecológicos e de Uso Múltiplo .................................................. 15
3.2.3. Área de Proteção de Mananciais – APM na APA ................................ 17
3.2.4. Áreas de Interesse Ambiental .................................................................. 17
3.2.4.1. Jardim Botânico de Brasília (JBB) ...................................................... 17
3.2.4.2. Jardim Zoológico de Brasília ............................................................... 18
3.2.5. Parques Distritais (SDUC) ......................................................................... 19
3.3. Reserva da Biosfera............................................................................................ 21
4. ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DO PLANO DIRETOR .... 22
5. Mudanças importantes - PDOT 2009 ...................................................................... 26
5.1. Citação de medidas de Controle Ambiental ................................................. 26
5.2. Macrozoneamento PDOT 1997 >< Macrozoneamento PDOT 2009 ......... 26
5.3. PDOT 1997 >< 2009 - Mudança de categoria da zona central da APA ... 27
5.4. PDOT 1997 >< 2009 - Mudança de categoria de parte de uma parte da
zona da Reserva da Biosfera do Cerrado inserida na APA. ................................. 28
5.5. PDOT 1997 >< 2009 - Mudança de categoria setores diversos da APA. 28
5.6. PDOT 1997 >< 2009 - Mudança de nome ....................................................... 29
5.7. PDOT 1997 >< 2009 - Novas categoria ........................................................... 29
5.8. CERRADÃO - Mudança de categoria do Cerradão ..................................... 30
De Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) a Reserva Biológica. ................ 30
6. RESUMEN DAS MUDANÇAS NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA APA GAMA E
CABEÇA DE VEADO .................................................................................................................. 30
7. CONFLITOS AMBIENTAIS ................................................................................................. 32
2
7.1. Queimadas: ........................................................................................................... 32
7.2. Erosão .................................................................................................................... 32
7.3. Desmatamento ..................................................................................................... 32
7.4. Lançamento de águas pluviais e resíduos líquidos e sólidos ................ 32
8. RESUMO PRINCIPAIS PROBLEMAS ...................................................................... 34
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 35
Figuras
3
CONFLITOS NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO QUE
CONFORMAM A APA GAMA CABEÇA-DE-VEADO
INTRODUÇÃO
Nos anos da sua criação, Brasília, a nova capital, tinha como meta o
estabelecimento de um novo processo de ocupação que, no entanto, após mais
de 50 anos, apresenta-se num quadro diferente característico das grandes
metrópoles. Saturação urbano-populacional, impermeabilização do solo,
sobrecarga dos sistemas públicos básicos (transporte, educação, saúde) e os
conseqüentes impactos ambientais. A ocupação urbana na região, a despeito
de planos diretores e instrumentos de zoneamentos, não tem respeitado as
fragilidades ambientais. Em conseqüência disso, verifica-se um grau de
desmatamento importante nos últimos anos.
Numa primeira instância, a preocupação com a temática ambiental resultou,
após o planejamento da cidade, na criação, o Parque Nacional de Brasília (PNB),
em 1961, dando partida ao processo de criação de uma série de Unidades de
Conservação no Distrito Federal. No processo observa-se um deslocamento das
preocupações ambientais. Na década de 1980, os temas mais relevantes eram
fortemente ligados às questões urbanas (poluição do ar, contaminação de
recursos hídricos, saneamento, entre outros). A partir do final da década dos 90,
os temas mais ecológicos ganharam mais destaque: a biodiversidade, o efeito
estufa, desertificação, entre outros. As normas acrescentam-se do espaço urbano
para os ambientes não-urbanos. É assim que houve uma política de criação de
unidades de conservação no Distrito Federal. As principais motivações eram a
“necessidade de convívio com a natureza”, a “manutenção da biodiversidade”,
conforme estava estampado nas propostas de criação.
Sendo assim, o Distrito Federal passou a contar com uma quantidade
significativa de áreas protegidas. No entanto, a criação dessas áreas não foi
acompanhada de uma política de implantação, com a instalação dos
equipamentos e da infra-estrutura necessários, regularização fundiária,
alocação de recursos humanos e financeiros. As áreas protegidas são
compostas, em parte, por aquelas caracterizadas por unidades de conservação
com nomenclatura adequada ao SNUC e parte com nomenclatura própria:
parques ecológicos e de uso múltiplo e reservas ecológicas.
O Projeto de Lei Complementar nº 062 (SDUC) – Sistema Distrital de Unidades
de Conservação da Natureza, aprovado no dia 15 de junho de 2010, busca sanar
interpretações ambíguas, quanto ao arcabouço legal das esferas federais e
distritais. No documento, ficam decretadas as disposições preliminares; os
objetivos do SDUC como, contribuir para a manutenção, preservação e
restauração da diversidade biológica e de ecossistemas no território do DF; as
categorias de unidades de conservação; os conceitos para a criação, implantação
e gestão das unidades de conservação; entre outras providências.
Enquanto isso, muitos problemas têm sido desenvolvidos, em grande parte pelos
conflitos gerados pela falta de entendimento entre diferentes órgãos de gestão
para o mesmo território.
4
1. OBJETIVO
Este trabalho tem por objetivo analisar os conflitos entre o Zoneamento
Ambiental e o zoneamento de uso e ocupação do solo proposto pelo PDOT
na Área de Proteção Ambiental Gama Cabeça-de-Veado.
2. METODOLOGÍA APLICADA
5
3.1.1. APA (Área de Proteção Ambiental)
Uma área de proteção ambiental é uma Unidade de Conservação de uso
sustentável, isto é, uma unidade de conservação que visa à proteção da
biodiversidade e do equilíbrio ecológico do meio em que está inserida, mas
que alia a esse fim a disciplina dos usos humanos sustentáveis inseridos no
seu território. O seu espaço é composto por áreas de domínio público e
privado (sua instituição e gestão, por conseguinte, independem de
desapropriação de terras), e a sua gestão pressupõe a participação
democrática, multidisciplinar e pública.
Nela, são estabelecidos três tipos de uso e em função destes usos são
definidas zonas ambientais:
1) ZCVS Zona de Conservação da Vida Silvestre (área de atividades
humanas na APA onde são admitidos usos moderados e auto-sustentáveis da biota e
regulados os usos, de modo a assegurar a manutenção dos ecossistemas naturais).
CONAMA 010/88.
2) ZPVS Zona de Preservação da Vida Silvestre (área de preservação na
APA onde são proibidas atividades antrópicas que alterem a biota)
3) As áreas degradadas serão enquadradas nas Zonas de Recuperação (de
caráter transitório, uma vez que após a recuperação passam a integrar a
ZCVS ou a ZPVS).
Conflitos Urbanos:
A. A poligonal da ZVS foi delimitada sem
critérios cartográficos rígidos.
como resultado, efetuam-
B. O PDOT 1997 desconsiderou a ZVS e projetou se invasões urbanas em
zonas urbanas e rurais dentro dessa área. O zonas onde não se sabe
PDOT 2009 projetou "Macrozona de Proteção com certeza se pertencem
Integral" e "Áreas de Interesse Ambiental" a ZPVS ou a áreas urbanas
contendo a ZVS da APA Gama Cabeça de Veado.
(Figura 15)
Mudança: No PDOT 1997 (Figura 16) estas ARIE´s pertencem à "Zona de Conservação
ambiental". Mas no PDOT 2009 (Figura 14), a ARIE Riacho Fundo, acha-se, na "Área de
Interesse Ambiental" e as outras duas ARIE´s na " Macrozona de Proteção Integral".
Descrição das características das zonas no Capitulo 4 do presente documento.
ex ARIE Cerradão
Decreto n° 19.213 de 7 de maio de
1998. Transformada em Reserva
Biológica do Cerradão no ano
2010.
ARIE Capetinga -
Taquara
A ARIE Capetinga - Taquara, criada
pelo Decreto n° 91.303 de 03 de
Figura 3 - Áreas de relevante interesse ecológico dentro da APA Gama Cabeça de Veado
junho de 1985 abrange uma área de
1.660 há. e outra de 440 há.
8
Núcleo Rural
Córrego da Onça
9
Das três ARIES inseridas na APA Gama Cabeça de Veado, a ARIE do Santuário de
Vida Silvestre do Riacho Fundo é a só que tem os seus limites no memorial em
concordância com os limites do mapa da SEMARH, mas ela tem também os maiores
problemas de pressão de aglomerados urbanos. Foto embaixo.
Área de Relevante
Interesse Ecológico
Santuário de Vida
Silvestre do Riacho
Fundo
10
3.1.3. Reserva Biológica (ReBio)
Do grupo das Unidades de Proteção Integral, a Reserva Biológica tem como objetivo a preservação integral da biota e
demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais
11
3.1.4. Estações Ecológicas - EE
Do grupo das Unidades de Proteção Integral, a Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de
pesquisas científicas. São áreas de grande importância para a preservação dos ecossistemas naturais, sendo as visitas rigorosamente
controladas. Em uma Estação Ecológica a interferência humana deve ser sempre a mínima possível.
EE UnB
Resolução nº 035/86, alterada em seu art.
10 pela Resolução nº 043/86, cria a
Estação Ecológica da UnB, incluindo à
ARIE Capetinga e Taquara, e uma porção
do Campus Experimental da UnB, ligando
as áreas 1 e 2 da ARIE. Encerra cerca de
2.340ha de vegetação do Bioma Cerrado.
EEJB
A Estação Ecológica do Jardim Botânico
de Brasília foi criada pelo Decreto nº
14.422, de 26 de novembro de 1992, com
3.991,59ha, mas atualmente tem uma área
de 4.429,63ha alterada pelo Decreto nº
17.277, de 11 de abril de 1996.
Mudança:
PDOT 1997 "Zona de conservação ambiental".
Figura 16
PDOT 2009 " Macrozona de Proteção Integral"
Figura15
Figura 4 - Estações Ecológicas dentro da APA Gama Cabeça de Veado Detalhes das características do zoneamento no
capitulo seguinte.
12
Problema: Os limites das poligonais das Estações Ecológicas não coincidem
no mapa (SEMARH><Memorial descritivo).
13
3.2. Unidades com Categorização Distrital
No SNUC não foram previstas algumas categorias de UC do Distrito Federal. Estas UC são reenquadradas no Sistema Distrital de
Unidades de Conservação. De acordo com o SNUC, as Reservas Ecológicas, o Jardim Botânico, o Jardim Zoológico, as
APM’s e os Parques Ecológicos de Uso Múltiplo não aparecem como unidades de conservação. Já a Secretaria de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH, considera esses espaços áreas protegidas, conforme Mapa Ambiental (SEMARH,
2000)
As Reservas Ecológicas têm por finalidade manter ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível
dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos da conservação ambiental. O SNUC prevê as Estações Ecológicas e as
Reservas Biológicas, mas não as Reservas Ecológicas.
RE IBGE
A Reserva Ecológica do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) também conhecida como RECOR, foi criada
pela Resolução nº 26, de 22 de dezembro de 1975, e abrange
cerca de 1.360 ha.
Para mostrar a importância da Reserva Ecológica do IBGE, a
Resolução CONAMA nº 27, de 03/12/86, determinou a
preparação de decreto para incluir a Reserva Ecológica do IBGE
dentro do perímetro da ARIE Capetinga-Taquara. Contudo, a
proposta não foi adiante.
Mudança:
PDOT 1997 "Zona de conservação ambiental". Figura 16
PDOT 2009 "Macrozona de Proteção Integral" Figura 15
O PDOT 1997 não considerou os Parques Ecológicos, mas o PDOT 2009 (Art. 15)
estabelece para eles diretrizes setoriais.
O Parque Garça Branca, ainda não teve suas poligonais definidas pelo Instituto
Brasília Ambiental (IBRAM). Mas em princípio abrange toda a área atrás do conjunto 3 do
SMDB, até a cerca da Reserva Ecológica do Jardim Botânico de Brasília, e toda a área
do córrego Mata Gado, desde a cerca do Jardim Botânico até o Lago Paranoá.
15
Figura 9 - Parque Ecológico y Vivencial da Candangolândia
Entulho
Nativa antropizada
Ocupação
Ocupação(lazer)
MAPEAMENTO DE
ÁREAS DEGRADADAS
16
3.2.3. Área de Proteção de Mananciais – APM na APA
Definida no artigo 95 da Lei Complementar N. 803, de 25 de abril de 2009, Capítulo II,
seção IV, é aquela destinada à recuperação ambiental e à promoção do uso sustentável
nas bacias hidrográficas a montante dos pontos de captação de água destinada ao
abastecimento público. Segundo esta lei, uma APA pode ser extinta e também existe a
possibilidade que novas APA´s sejam definidas.
O PDOT 2009 define as mesmas APM que o PDOT 1997 a exceção da faixa de 1 25m
contados a partir da curva de nível 1032 (cota máxima de inundação do lago
Descoberto) e ainda acrescenta APM do Cabeça de Veado e APM do Engenho das
Lages.
As APM´s da APA Gama e Cabeça de Veado encontram-se configuradas na
17
Mudança:
PDOT 1997 "Zona de
conservação ambiental".
Figura 16
PDOT 2009 "Área de O Jardim Botânico
Interesse Ambiental". mudou de categoria. Os
Figura 15 detalhes da mudança se
acham no próximo
capitulo.
Mudança:
PDOT 1997 não cita o
O Jardim Zoológico é
Jardim Zoológico.
um "Área de Interesse
PDOT 2009 "Área de Ambiental" os detalhes
Interesse Ambiental". da categoria se acham
no próximo capitulo.
18
3.2.5. Parques Distritais (SDUC)
Dentre estas categorias, o Parque Distrital é o só que ainda não foi estudado.
Parques Distritais na APA Gama e Cabeça de Veado: Segundo esta lei, eles tem
como objetivo a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância
ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o
desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação
em contato com a natureza e de turismo ecológico. Ë posse de domínio público e as
áreas particulares serão desapropriadas, de acordo com esta lei. Cinqüenta por
cento da área total da unidade deve possuir no mínimo, áreas de preservação
permanente, veredas, campos de murundus ou mancha representativa de qualquer
fitofisionomia do Cerrado.
20
3.3. Reserva da Biosfera
A Reserva da Biosfera é um modelo internacional de gestão integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais. As Reservas
da Biosfera são conceituadas como zonas de ecossistemas terrestres ou costeiros/marinhos, ou uma combinação dos mesmos,
reconhecidos pelo programa internacional O Homem e a Biosfera (MAB), promovido pela UNESCO, para fomentar e mostrar as
relações equilibradas entre a humanidade e o meio ambiente. Infelizmente o PDOT 2009 não considerou esta como zona de
proteção, e a classificou como zona rural de uso controlado. Detalhes das características do zoneamento no Capitulo 4 .
21
4. ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DO PLANO
DIRETOR
O PDOT tem por finalidade propiciar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da propriedade urbana e rural e o uso socialmente justo e
ecologicamente equilibrado de seu território, de forma a assegurar o bem-
estar de seus habitantes. Ele abrange a totalidade do território do Distrito
Federal.
22
ZONA URBANA DO CONJUNTO TOMBADO
ZONA URBANA DE USO CONTROLADO I
MACROZONA DE PROTEÇÃO INTEGRAL
ZONA DE CONTENÇÃO URBANA
ZONA URBANA DE USO CONTROLADO II
ZONA URBANA DE EXPANSÃO E QUALIFICAÇÃO
ZONA RURAL DE USO CONTROLADO
Figura 14- Zoneamento PDOT 2009 >< APA Gama e Cabeça de Veado 23
Legenda
Áreas de Interesse
Ambiental: ARIE´s, FloNa´s,
RPPN´s, Jardim Zoológico de
Brasilia, Jardim Botanico de
Brasilia.
Área de Proteção de
Mananciais (APM)
Macrozona de
LEI COMPLEMENTAR Nº 803, DE 25
Proteção Integral
DE ABRIL DE 2009
Art. 64. Sobrepõem-se às zonas
objeto do Macrozoneamento as Áreas
de Proteção de Manancial e as
Áreas de Interesse Ambiental.
Estas zonas exigem parâmetros e
diretrizes de uso e ocupação do solo,
diferenciados e preponderantes sobre
aqueles das zonas em que se
inserem.
Figura 15 - PDOT 2009 - Novas categorias (Áreas de Interesse Ambiental e APM´s) e APA Gama Cabeça de Veado
24
4
4
3
3
1
1
5 5 2
2
26
Macrozoneamento PDOT 2009:
1 - Macrozona Urbana, destinada predominantemente às atividades
dos setores secundário e terciário, não excluída a presença de
atividades do setor primário. Esta se divide em:
I – Zona Urbana do Conjunto Tombado;
II – Zona Urbana de Uso Controlado I;
III – Zona Urbana de Uso Controlado II;
IV – Zona Urbana Consolidada;
V – Zona Urbana de Expansão e Qualificação;
VI – Zona de Contenção Urbana.
2 - Macrozona Rural, destinada predominantemente às atividades do
setor primário, não excluída a presença de atividades dos setores
secundário e terciário. Esta se divide em:
I – Zona Rural de Uso Diversificado;
II – Zona Rural de Uso Controlado.
27
5.4. PDOT 1997 >< 2009 - Mudança de categoria de parte de uma
parte da zona da Reserva da Biosfera do Cerrado inserida na APA.
28
5.6. PDOT 1997 >< 2009 - Mudança de nome
Zona de
Macrozona de
Conservação
Proteção Integral
Ambiental
29
- implantar obras de saneamento básico e drenagem de águas pluviais,
de coleta e varrição de lixo e atividades mitigadoras dos impactos
causados pelo processo de urbanização;
- proibir o lançamento de sistemas de drenagem de águas pluviais a
montante do ponto de captação de água do manancial (com exceções)
Estabelece também outra nova categoria: Área de Interesse Ambiental.
(Figura 15). Estas correspondem a determinadas unidades de
conservação de uso sustentável constituídas no DF e aos equipamentos
públicos do Jardim Botânico e do Jardim Zoológico. Elas são regidas por
legislação específica, relativa à respectiva unidade de conservação ou
equipamento público. Na APA estudada esta área abrange:
- Área de Relevante Interesse Ecológico do Cerradão;
- Área de Relevante Interesse Ecológico do Santuário de Vida Silvestre
do Riacho Fundo;
- Área de Relevante Interesse Ecológico da Zona de Vida Silvestre da
APA do Gama e Cabeça de Veado;
- Jardim Botânico de Brasília e
- Jardim Zoológico de Brasília.
Breve descricao da Área Especial de Proteção do PDOT 1997 no Anexo I.
Reserva Biológica:
ARIE: Unidade de
Unidade de Proteção
Uso Sustentável
Integral
30
TABELA 1 - Mudanças no zoneamento das UC na APA Gama e Cabeça de Veado
7.2. Erosão
A construção de estradas e a retirada de cascalho já provocaram várias erosões
na região. O desmatamento leva à formação de sulcos e voçorocas,
principalmente nos Latossolos de textura média, pois estes apresentam elevada
percolação de água ao longo do perfil. Estes problemas são ampliados nos
Latossolos argilosos, pois estes apresentam textura granular, cujo comportamento
é similar ao da areia. A chuva, encontrando o solo desprotegido, arrasta grande
quantidade de partículas para pontos mais baixos da paisagem, causando o
assoreamento dos cursos d’água.
7.3. Desmatamento
A retirada da vegetação causa assoreamento dos córregos, que passam a
receber um aporte muito grande de sedimentos. Esses cursos d’água chegam a
perder a sua calha. Em várias chácaras da APA já se pode perceber este
problema.
Recomendações:
- Uso de um sistema exato e único para a delimitação das áreas das UC no
memorial descritivo, a SMARH e o macrozoneamento do PDOT´s, por
exemplo, o SICAD1 e elaboração de mapas numa mesma escala, com todos
os detalhes necessários.
- Os órgãos gestores teriam de trabalhar em conjunto para evitar conflitos na
delimitação das UC e interpretação das leis que as gemeram.
- As informações devem de ter acesso público e devem ser entendíveis pelo
cidadão comum. Devem-se organizar sistemas no que o cidadão possa
participar e conhecer os seus direitos e as suas obrigações.
1
O SICAD é um sistema obrigatório como base cartográfica para projetos e planos. Normalmente é a
TERRACAP que promove as atualizações e tem atualização cadastral por vôos sistemáticos que são
pagos com recursos públicos.
34
BIBLIOGRAFIA
SITIOS CONSULTADOS
http://www.adasa.df.gov.br/images/stories/anexos/mapas/mapa%20hidrografico
%20-%20a4%20net.pdf
http://www.riachofundo.df.gov.br/001/00101001.asp?ttCD_CHAVE=193&btOpe
racao=
http://www.ibram.df.gov.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=13131
http://www.correioweb.com.br/especiais/condominios/unidades.htm
35
ANEXO I
Zona Rural de Uso Diversificado = poderá ser permitida, além do uso agropecuário,
a instalação de atividades agroindustriais e de lazer;
36
Áreas Rurais Remanescentes = são aquelas destinadas a abrigar usos compatíveis
com a dinâmica rural, resguardando o uso agropecuário e agroindustrial, visando à
preservação dos recursos naturais existentes. Compreendem (...) as chácaras do
Trecho 3 do setor de mansões Park Way e as chácaras da Candangolândia;
As áreas da Zona Urbana de Uso Controlado e da Zona Rural de Uso Controlado com
maior incidência de parcelamentos irregulares serão objeto de monitoramento
prioritário territorial.
37