A utilização de plantas como fonte de produtos terapêuticos acompanha a história da
humanidade e, apesar do enorme desenvolvimento da síntese química atualmente, 25% das drogas prescritas no mundo são de origem vegetal. Entre 2001 e 2002 quase um quarto dos fármacos mais vendidos no mundo eram obtidos diretamente ou derivados de fontes naturais [1]. Trinta por cento das novas substâncias químicas descobertas entre 1981 e 2002 são produtos naturais ou derivados desses. Outros 20% dessas novas moléculas são produtos sintetizados mimetizando estruturas encontradas na natureza [1,2].
Como a Amazônia entra nessa revolução industrial? Pelos ativos de sua
biodiversidade. Identificando espécies de plantas, suas moléculas ou comportamentos, é possível "copiar" técnicas desenvolvidas pela natureza há milhões de anos. Por exemplo, há trabalhos para desenvolver um robô aquático inspirado no movimento dos peixes dos rios amazônicos. Ao imitar o movimento dos peixes, o robô consegue economizar energia e causa um impacto ambiental menor. Outro exemplo é uma rã, descoberta na Amazônia, que tem em sua saliva uma espuma que absorve gás carbônico (CO2). Essa rã pode inspirar a criação de novos componentes bioquímicos essenciais na tarefa de reduzir gases de efeito estufa e limitar o aquecimento global.
Já existe, hoje, biotecnologia para um grande impulso de inovação em
alguns setores, como o de cosméticos e fármacos.
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Biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos,
organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica." A definição ampla debiotecnologia é o uso de organismos vivos ou parte deles, para a produção de bens e serviços.