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LIVROS AMAZON

Escritor faz manifesto com sete razões para ser contra a Amazon


Autor critica gigante das vendas online por expropriação simbólica da leitura

14.abr.2018 às 6h00

Jorge Carrión
tradução Reginaldo Pujol Filho

RESUMO Ao ver a tradicional sede de uma histórica editora de Barcelona se converter em um


suntuoso quartel-general da Amazon, o escritor catalão faz uma reflexão e um manifesto contra
o que chama de expropriação simbólica praticada pela gigante das vendas online. Ou, como ele
diz, maior hipermercado do mundo.

1) PORQUE NÃO QUERO SER CÚMPLICE DA EXPROPRIAÇÃO SIMBÓLICA.

Durante 55 anos, esse edifício, um dos poucos exemplos da arquitetura industrial moderna de
Barcelona, foi a sede da editora Gustavo Gili. Agora, após uma restauração que custou muitos
milhões de euros, ele se transformou na central de operações da Amazon na cidade.

Graças a toda essa tecnologia da eficiência e da imediatez que o prédio agora abriga, Barcelona já
é uma das 45 cidades do mundo em que a empresa garante a entrega de seus produtos em uma
ilustríssima clube de leitura folha cartuns capas ilustríssima conversa
hora.
Centro de distribuição da Amazon nos arredores de Barcelona, na Espanha - Albert Gea/Reuters

A livraria Canuda, que fechou em 2013 depois de mais de 80 anos de existência, agora é uma loja
da Mango [multinacional de moda espanhola] de proporções faraônicas. A centenária livraria
Catalónia agora é um McDonald's com decoração modernista e kitsch. A expropriação é literal,
física, mas também é simbólica.

Se você pesquisar no Google "Amazon librería", vão aparecer dezenas de links para páginas da
Amazon onde se vendem estantes. Não vou me cansar de repetir: a Amazon não é uma livraria. É
um hipermercado. Em seus depósitos, os livros estão guardados ao lado de torradeiras,
brinquedos ou skates.

Em suas novas livrarias físicas, os livros estão em primeiro plano, porque exibem só os 5.000
mais vendidos e mais bem avaliados por seus clientes, número bem distante da quantidade e do
risco característicos de verdadeiras livrarias. Para a Amazon, não há diferença entre a instituição
cultural e o estabelecimento comercial e alimentício.

A história de Jeff Bezos [fundador da Amazon] é a de uma grande expropriação simbólica.


Escolheu a venda de livros e não a de equipamentos eletrônicos porque encontrou um nicho de
mercado: todos os títulos disponíveis no mercado não cabiam nas livrarias, e ele, sim, poderia
oferecer todos.

1 / 18 Coletiva da Amazon
ilustríssima clube de leitura folha cartuns capas ilustríssima conversa
Jeff Bezos, CEO da Amazon, apresenta o Kindle Paperwhite durante evento em Santa Monica, na Califórnia Leia
mais /Reed Saxon
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Nos anos 90, eram poucos os competidores de grande porte (sobretudo Barnes & Nobles e
Borders), e os distribuidores já tinham catálogos adaptados à era digital, com códigos ISBN
incorporados. Por isso, Bezos fez um curso da Associação de Livreiros Americanos e se
apropriou em tempo recorde do prestígio que os livros haviam acumulado ao longo de séculos.

Mesmo hoje, quando a Amazon produz séries de TV, oferece música online, acaba de incorporar
ao seu portfólio peças de carros e motos e se candidata a ser operadora de telefonia móvel, todo
mundo vincula essa marca ao objeto e ao símbolo que chamamos livro.

O Kindle, desde seu lançamento em 2007, tem imitado a forma das páginas e o tom da tinta. Por
sorte, a textura vegetal e o cheiro de lignina não são, até o momento, reproduzíveis na tela. Para
bem e para mal, ainda não somos capazes de recordar com a mesma precisão aquilo que lemos
no papel e o que lemos no ebook. As mudanças arquitetônicas são rápidas; as mentais, por sorte,
nem tanto.

2) PORQUE SOMOS TODOS CIBORGUES, MAS NÃO ROBÔS.

Todos carregamos implantes.

Todos dependemos dessa prótese: nosso celular.

Todos somos ciborgues: bastante humanos, um pouco máquinas.

Mas não queremos ser robôs.

O trabalho que os empregados da Amazon devem realizar é robótico. Tem sido desde o princípio:
em 1994, quando eram cinco pessoas trabalhando na garagem de Jeff Bezos em Seattle, já
ilustríssima clube de leitura folha cartuns capas ilustríssima conversa
estavam obcecados com a rapidez. Tem sido ao longo de mais de 20 anos, repletos de histórias de
estresse laboral, de assédio e de tratamento desumano dedicados a alcançar a maldita eficiência
máxima que só é possível se você for uma máquina.

Atualmente os "amazonians" são auxiliados por robôs Kiva, capazes de levantar 340 kg e de se
mover na velocidade de um 1,5 m por segundo. Sincronizados com os trabalhadores humanos
através de um algoritmo, se ocupam em erguer e movimentar as estantes para facilitar a recolha
dos produtos.

Uma vez reunidos os produtos que um cliente tenha comprado, outra máquina, chamada Slam,
com sua enorme esteira, se encarrega de escaneá-los e embalá-los.

Kiva e Slam são resultado de anos de investigação. A Amazon tem promovido competições de
robôs dentro da programação da Conferência Internacional de Robótica e Automação, de Seattle,
com o objetivo de aprimorar seu processamento de pedidos.

Em uma das edições, o desafio para máquinas criadas pelo MIT (Massachusetts Institute of
Technology) ou pela Universidade Técnica de Berlim era recolher no menor tempo possível um
patinho de borracha, um pacote de bolachas Oreo, um cachorrinho de pelúcia e um livro. Para a
Amazon, não existe diferença substancial entre essas quatro coisas. São mercadorias de classe
semelhante.

Mas não para nós.

A Amazon tem eliminado progressivamente o fator humano. Durante seus primeiros anos,
contou com redatores que escreviam resenhas dos livros que estavam à venda; agora, nem sequer
existe mediação ao longo do processo de editorar e subir um livro autoeditado para a rede.
Robotizou a cadeia de distribuição e pretende que os consumidores ajam do mesmo modo.

Mas não.

Porque para nós um livro é um livro é um livro.

E a leitura dos livros —atenção e júbilo— é um ritual, o eco do eco do eco do que foi sagrado.

3) PORQUE REPUDIO A HIPOCRISIA.

A grande vergonha de Barcelona, cidade de muitas e muito boas livrarias, foi a existência durante
24 anos da livraria Europa, gerida pelo neonazista Pedro Varela e um centro relevante de difusão
da ideologia antissemita. Por sorte, ela fechou em setembro de 2016.

ilustríssima clube de leitura folha cartuns capas ilustríssima conversa


Na Amazon, estão à venda uma infinidade de edições de "Minha Luta" [de Adolf Hitler], muitas
delas com prólogos e notas para lá de questionáveis. Aliás, em 2013, o Congresso Mundial Judaico
alertou a empresa sobre as dezenas de livros negacionistas que estavam, sem restrições, em seu
catálogo.

Quer dizer, a livraria Europa é fechada por, entre outros delitos, incitar o ódio; a Amazon não,
mesmo que em muitos países onde ela atua seja crime negar o holocausto.

A Amazon argumenta que não acredita em censura. Por isso, apesar do clamor contrário, seguiu
vendendo "The Pedophile's Guide to Love and Pleasure: a Child-lover's Code of Conduct" (guia de
amor e prazer do pedófilo: um código de conduta para amantes de crianças), de Phillip R. Graves,
até que finalmente teve que retirá-lo de catálogo.

Algo similar havia ocorrido com "Understanding Loved Boys and Boylovers" (entendendo
meninos amados e amantes de meninos), de David L. Riegel.

Ela advogou pela possibilidade de que seus clientes tenham acesso a esses livros que pregam o
amor sensual com crianças —assim como podem acessar livros que promovem ideias nazistas—
porque supostamente não deseja censurar.

Entretanto, a verdade é que a Amazon censura ou privilegia livros de acordo com seus interesses.
Há alguns anos, ao longo de seu litígio com o grupo editorial Hachette, uma série de autores e
autoras, como Ursula K. Le Guin, denunciou que ficou mais difícil de encontrar os seus livros
enquanto durou a disputa [a escritora publicou um manifesto pedindo que ninguém comprasse
livros na Amazon].

Aparentemente, a única coisa que importa é a rapidez e a eficiência do serviço. Mas atrás de
todas essas operações individuais está uma grande estrutura econômica e política.

Uma estrutura que pressiona as editoras para tirar o maior lucro de cada produto, assim como
faz com fabricantes de skates ou de pizzas congeladas. Uma macroestrutura que decide a
visibilidade, o acesso, a influência: que está moldando nosso futuro.

4) PORQUE NÃO QUERO SER CÚMPLICE DO NEOIMPÉRIO.

Na Amazon, não existem livreiros. A indicação humana foi eliminada por falta de eficiência. Por
sabotar a rapidez, o único valor da empresa. A indicação está nas mãos de um algoritmo. O
algoritmo é o ápice da fluidez. A máquina converte o cliente em prescritor. "Clientes que
compraram este item também compraram..." 

A autoedição deixa o processo nas mãos do produtor. A Amazon elimina os intermediários ou


ilustríssima
torna-os invisíveisclube de leitura folha
(equivalentes a robôs).cartuns capas
Parece uma ilustríssima
máquina conversa
de registrar pedidos. Deseja ser
tão fluida que pareça invisível.

Eliminando os custos de envio, regateando com seus grandes fornecedores para conseguir o
menor preço possível para o cliente individual, a Amazon parece ser barata. Muito barata. Mas
nós já sabemos que o barato sai caro. Muito caro. Porque a invisibilidade é uma camuflagem:
tudo é tão rápido, tão transparente, tão fluido, que parece não haver intermediação. Porém, ela
existe, sim. E você paga em dinheiro e em dados.

1/7 Loja Amazon Go em Seattle (EUA)

Entrada da loja Amazon Go em Seattle. A tecnologia dentro da unidade permite uma nova experiência de compra
sem filas de pagamento /Kyle Johnson/The New York Times

Demanda, objetos, preços, envio: os processos individuais se desfazem na lógica imaterial da


fluidez. Para Bezos —e Google ou Facebook—, o pixel e o link podem ter um correlato material: o
mundo das coisas pode funcionar do mesmo modo que o mundo dos bytes.

As três empresas compartilham a vontade imperialista de conquistar o planeta, fazendo a defesa


do acesso ilimitado à informação, à comunicação e aos bens de consumo, ao mesmo tempo em
que fazem seus funcionários assinar contratos de confidencialidade, urdem complexas
estratégias para não pagar impostos nos países onde se radicam e constroem um estado paralelo,
transversal, global, com suas próprias regras e leis, com sua própria burocracia e hierarquia, com
seus próprios policiais.

E com seus próprios serviços de inteligência e laboratórios ultrassecretos. O Google X, centro de


pesquisas e desenvolvimento de novos projetos da empresa, se encontra em lugar
indeterminado, mais ou menos próximo dos quarteis generais da companhia.

Sua menina dos olhos é o desenvolvimento de uns globos estratosféricos que garantam, daqui a
dez anos, o acesso à internet para metade da população que hoje está desconectada.
ilustríssima clube de leitura folha cartuns capas ilustríssima conversa
O projeto paralelo da Amazon é o Amazon Prime Air, sua rede de entregas com drones —que
atualmente são híbridos de avião e helicóptero, com um peso de 25 kg. Em agosto de 2016, a
regulamentação da Federal Aviation Administration dos EUA foi modificada, facilitando o voo de
drones com motivos comerciais e fazendo com que seja muito simples obter o certificado de
piloto de drones.

Viva o lobby. Que o céu se encha de robôs entregadores de biscoitos Oreo, bichinhos de pelúcia,
skates, torradeiras, patinhos de borracha e... livros.

Diferentemente do Facebook e do Google, que precisam lidar com a possibilidade de que nossos
nomes e dados sejam falsos, que fazem todo o possível para conseguir nossos números de
telefone porque não os pediram quando abrimos nossas contas, a Amazon possui desde o
princípio todos os nossos dados reais, físicos, legais. Inclusive o número do cartão de crédito.

Talvez não acesse com tanta facilidade nossos perfis sentimentais, emocionais ou intelectuais,
como fazem o Google e o Facebook, mas, em contrapartida, sabe quase tudo o que lemos, que
comemos, que damos de presente.

É fácil deduzir o perfil do teu coração e do teu cérebro a partir das tuas coisas. O império nasceu
dos objetos que atestam mais prestígio cultural: os livros. A Amazon se apropriou do prestígio
dos livros. Construiu o maior hipermercado do mundo com uma grande cortina de fumaça em
forma de biblioteca.

5) PORQUE NÃO QUERO QUE ME ESPIEM ENQUANTO LEIO.

Tudo começou com um dado.

Em 1994, Jeff Bezos leu que a world wide web crescia em um ritmo mensal de novos usuários de
2.300%. Largou seu trabalho em Wall Street, mudou-se para Seattle e decidiu começar a vender
livros pela internet.

Desde então, os dados vêm se multiplicando, vão sendo agrupados organicamente na forma de
um monstro com tentáculos ou de uma nuvem tormentosa ou de uma segunda pele: fomos
convertidos em dados.

Dados que vamos deixando nas milhares de operações cotidianas que marcam nossas
impressões digitais na internet. Dados que são emitidos pelos sensores dos nossos smartphones.
Estamos constantemente escrevendo nossa autobiografia com nossos teclados, nossas ações,
nossos passos.

No último Dia do Livro, a Amazon revelou quais foram as frases mais sublinhadas ao longo dos
ilustríssima clube de leitura
cinco anos da plataforma Kindle.folha
Se vocêcartuns
lê em seu capas ilustríssima
dispositivo, conversa
eles sabem tudo sobre suas
leituras. Em quais páginas você as abandona. Quais chega até o fim. Em que ritmo você lê. O que
sublinha.

A grande vantagem do livro em papel não é sua portabilidade, sua duração, sua autonomia, nem
sua relação íntima com nossos processos de memória e aprendizagem. É a sua desconexão
permanente.

Quando você lê um livro em papel, a energia e os dados emitidos pelos seus olhos e pelos seus
dedos são somente seus. O Grande Irmão não pode espiar. Ninguém pode tomar essa
experiência, nem analisá-la: é apenas sua.

Por isso, a Amazon lançou a campanha mundial "Kindle Reading Fund" (fundo de leitura Kindle):
em tese para incentivar a leitura nos países pobres; na prática para acostumar uma nova geração
de consumidores a ler na tela, para poder estudá-los, para ter "datificados" os cinco continentes.

6) PORQUE DEFENDO A LENTIDÃO ACELERADA, A RELATIVA PROXIMIDADE.

Chegou o nosso momento.

A Amazon se apropriou dos nossos livros; nos apropriemos da lógica da Amazon.

Primeiro, convencendo o resto dos leitores da necessidade do tempo dilatado. O desejo não pode
ser imediatamente saciado, porque então deixa de ser desejo. Transforma-se em nada. O desejo
deve durar.

É preciso ir à livraria; buscar o livro; encontrá-lo; folhear; decidir se o desejo tinha razão de ser;
talvez abandonar esse livro e desejar o desejo de outro; até encontrá-lo; ou não; não tem;
encomendar então; chegará em 24 horas; ou em 72; dar uma olhada nele; e então comprar
finalmente; talvez o leia, talvez não; talvez deixe que o desejo se congele por dias, semanas,
meses ou anos; ali estará, no seu preciso lugar, na sua precisa estante; e sempre lembrarei em que
livraria e quando o comprei.

Porque a livraria te oferece a recordação da compra. Comprar na Amazon, ao contrário, iguala


uma experiência à anterior e à seguinte. Nubla o contorno de cada leitura, torna-as nebulosas.

Uma vez que conquistemos nosso tempo e nosso desejo, talvez chegue o momento de dar mais
um passo e tomar as estantes de vez.

Não tenhamos medo da mistura —que é o que nos faz humanos. Que nas livrarias haja café e
vinho. Que as garrafas de vinho argentino estejam junto das obras completas de Borges, dos CDs
do Gotan Project, El Eternauta, a filmografia de Lucrecia Martel, os livros da Eterna Cadencia,
ilustríssima clube de leitura folha cartuns capas ilustríssima conversa
um vinil de Mercedes Sosa, "El Hambre" (a fome) de Martín Caparrós e três biografias de Carlos
Gardel (ainda que não fosse argentino).

Ou, melhor ainda, esqueçamos as categorias nacionais como esquecemos os gêneros


aristotélicos. Não existem mais as unidades de tempo nem de espaço. No século 21, as fronteiras
não têm sentido.

Organizemos as prateleiras tematicamente, misturemos nelas os livros com os quadrinhos, os


DVDs com os CDs, os jogos com os mapas. Apropriemo-nos da mescla dos galpões da Amazon,
mas criando sentidos. Percursos de leitura e de viagem.

Porque, mesmo que sejamos dependentes das telas, não somos robôs. E necessitamos das
livrarias de todo dia, para que sigam gerando as cartografias de todos esses confins que
permitem que nos localizemos no mundo.

7) PORQUE NÃO SOU INGÊNUO.

Não: não sou.

Não sou ingênuo. Assisto a séries da Amazon. Compro livros que não poderia conseguir de outra
maneira na iberlibro.com (que pertence a abebooks.com, que em 2008 foi comprada pela
Amazon). Busco constantemente informação no Google. E constantemente ofereço a ele meus
dados, mais ou menos maquiados. E ao Facebook também.

Sei que são os três tenores da globalização.

Sei que a sua música é a música do mundo.

Mas acredito na resistência mínima e necessária. Na preservação de certos rituais. Na


conversação, que é arte do tempo; no desejo, que é tempo transformado em arte. Em assobiar,
enquanto vou passeando entre minha casa e uma livraria, melodias que só eu escuto, que não
pertencem a mais ninguém.

Os livros que não estão fora de catálogo eu sempre compro em livrarias físicas, independentes e
de confiança.

Fiz isso outro dia, por exemplo. Fui até a Nollegiu, a livraria do meu bairro, e comprei "Acerca de
La Ciudad" (sobre a cidade), do arquiteto e pensador Ken Koolhas. E enquanto tomava um café,
ali mesmo, li: "Às vezes, uma cidade antiga e singular como Barcelona, ao simplificar
excessivamente sua identidade, se torna genérica". "Transparente", ele acrescenta.
Intercambiável: como um logotipo.
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Esse livro, a propósito, foi editado pela Gustavo Gili na mesma Barcelona, quando sua sede era
outra, diferente da atual.

Jorge Carrión, 41, é escritor e crítico cultural do jornal New York Times em espanhol. É autor de "Livrarias", que foi
traduzido para 12 idiomas e sairá no Brasil pela Bazar do Tempo.

Reginaldo Pujol Filho, 38, mestre e doutorando em escrita criativa (PUC-RS), é escritor.

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comentários
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DIEGO PEREIRA DA SILVA 15.abr.2018 às 15h31

Excelente texto! Tomei conhecimento da dimensão dos malefícios que a Amazon trouxe / pode trazer depois
de ler o "Monopólio 2.0", de Nícollas Witzel, na Revista Poleiro. Tenho plena consciência que, a despeito da
praticidade e dos ótimos preços, a longo prazo, pode ser prejudicial. Mas, no Brasil, sem um hábito de leitura
consistente e com o péssimo atendimento das grandes livrarias existentes, preços abusivos (sobretudo nas
que atuam no ramo editorial e varejista), fica difícil não se render.

RESPONDA 0 DENUNCIE

LUIZ MARCIO ALVES DE AVILA 14.abr.2018 às 10h25

Lindo texto! Boas recomendações...

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ERIVAN AUGUSTO SANTANA 15.abr.2018 às 18h51

Um texto atual e necessário, que leva à reflexão crítica sobre os tempos em que vivemos.
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