2- Homicídio. Conceito.
O homicídio é um crime simples, pois tutela apenas um bem jurídico (vida), comum
(pode ser praticado por qualquer pessoa), de dano (exige efetiva lesão de um bem
jurídico), de ação livre (pode ser praticado por qualquer meio, comissivo ou omissivo),
instantâneo de efeitos permanentes (a consumação ocorre em um só momento, mas
seus efeitos são irreversíveis) e material (só se consuma com a efetiva ocorrência do
resultado morte, ou seja, com a cessação da atividade encefálica).
São três os tipos homicídio doloso: simples, privilegiado e qualificado.
12- Localize no Código Penal, o dispositivo legal que permite a coação para
impedir o suicídio:
O Art. 146, parágrafo 3°, II estabelece que aquele que emprega violência para evitar
um suicídio alheio não comete crime de constrangimento ilegal.
15- Quem pode ser sujeito ativo do delito do artigo 122 do CP? E sujeito
passivo?
Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime de participação em suicídio,
excluindo-se, obviamente, aquele que se suicida ou tenta fazê-lo. Quem pratica o
núcleo do tipo (instigar, induzir ou auxiliar) acaba colaborando com uma causa para
que a morte se produza. Quanto ao sujeito passivo pode ser qualquer pessoa que
tenha alguma capacidade de discernimento e resistência, exceto criança e pessoas
com desenvolvimento mental retardado. Esses casos caracterizarão homicídio.
19- Quem pode ser sujeito ativo no crime de infanticídio? E sujeito passivo?
Somente a mãe pode ser sujeito ativo do crime de infanticídio e desde que se
encontre sob a influência do estado puerperal. O infanticídio é, na expressão de
Magalhães Noronha, "crime da genitora, da puérpera". Sujeito ativo sujeito passivo é
nascente ou recém nascido.
23- Quem pode ser sujeito ativo do artigo 124, primeira parte do CP (auto-
aborto)?
No auto-aborto (artigo 124 do CP) o sujeito ativo é a própria gestante, por tratar-se
de crime próprio (não pode ser praticado por qualquer pessoa, mas somente pela
gestante). Nas demais figuras penais (artigos 125 a 127 – aborto sem o consentimento
da gestante, aborto com o consentimento da gestante e aborto qualificado
respectivamente), no entanto, qualquer pessoa pode ser o sujeito ativo do delito, não
se exigindo qualquer qualidade especial do autor do delito. Portanto, no aborto
provocado por terceiro, o autor pode ser qualquer pessoa, havendo dupla subjetividade
passiva: o feto e a gestante.
No auto-aborto só há uma tutela penal: o direito à vida, cujo titular é o feto. No aborto
provocado por terceiro há duas objetividades jurídicas. A imediata incide sobre o
direito à vida, cujo titular é o produto da concepção. A mediata incide sobre o direito à
vida e à incolumidade física e psíquica da própria gestante.
33- Qual a ação penal cabível nos crimes contra a vida, previstos na legislação
penal brasileira?
A Ação penal cabível nos crimes contra vida, previsto na legislação penal brasileira, é a
AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA.
Observações Importantes:
**O sujeito responde por delito único ainda que produza diversas lesões
corporais no sujeito passivo.