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FEIRA DE SANTANA – BA
2018
OLIVEIRA, Gilson Batista, Uma discussão sobre o conceito de desenvolvimento.
Revista FAE, Curitiba, v. 5, n. 2, p. 37-48, maio/ago 2002.
Para Nali de Jesus de Souza, existem duas correntes distintas sobre essa
relação de crescimento e desenvolvimento. A primeira tem bases clássicas e
neoclássicas do modelo de crescimento e o encara como sinônimo de
desenvolvimento. Já a segunda corrente está a tradição marxista que conceitua o
crescimento como uma simples variação quantitativa do produto, enquanto o
desenvolvimento abarcaria mudanças qualitativas no modo de vida das pessoas, nas
instituições e nas estruturas produtivas. Celso Furtado é um grande expoente dessa
perspectiva mais sistêmica do desenvolvimento. (p. 40)
Para alguns autores, a única forma de garantir desenvolvimento seria por meio
de um crescimento contínuo e que se auto sustente, porém, como consequência
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dessa busca por um crescimento contínuo é que surge a ideia de que “bom é quando
se tem mais”, não se importando com a qualidade desse crescimento, daí vem a ideia
de que quem produz mais se torna um país desenvolvido. (p. 41)
3. Industrialização e desenvolvimento
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ao desenvolvimento por ter criado uma certa crença de que a industrialização é
indispensável para se obter melhores níveis de crescimento e de qualidade de vida.
Por forte influência dos Estados Unidos e Inglaterra, outros países passaram a cobiçar
essa tão disseminada forma de produção, porém, nem todos os países conseguiram
de forma efetiva se adaptar aos moldes da industrialização. Isso aconteceu porque
em muitos países faltavam indústrias de base e desenvolvimento tecnológico. O Brasil
teve que implementar políticas que valorizassem o mercado e a produção interna para
tentar obter uma certa independência dos países desenvolvidos. (p. 44)
4. Desenvolvimento humano