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Escola Secundária Dr.

Joaquim de Carvalho

Ano Letivo de 2017/2018

GEOGRAFIA A — 11º ANO

Professor: José Luís Ribeiro


OS ESPAÇOS GEOGRÁFICOS

Espaço Humanizado

Espaço Natural Espaço Urbano Espaço


Industrial

Antropológico, Histórico e Cultural:


identidade, etnografia, dialectos, Espaço Rural
tradições, casa rural.
Natural: relevo, clima, biodiversidade. Espaço Agrário
actividades primárias (agricultura,
pecuária, silvicultura, pastorícia, caça,
apicultura), baldios, áreas em pousio. Espaço Agrícola

Sócio-económico: propriedade
fundiária, povoamento, vias de
comunicação e outras infra-estruturas,
mercados.

Económico: Tipo de cultura, sistema de cultura,


forma e dimensão dos campos, disposição das
parcelas, estruturas e factores de produção
(equipamentos, técnicas e tecnologias),
rendimento e produtividade, destino da produção.
SECTOR I DA ECONOMIA

A AGRICULTURA PORTUGUESA

Dependência de Factores Físicos (naturais):

— Clima
(meteorologia, luz solar, regime pluviométrico,
temperatura e humidade na época vegetativa);

— Relevo
(irregular, planícies, declives, altitude, exposição geográfica,
posição face aos níveis freáticos, orientação face aos ventos);

— Solos
(evolução, composição, estabilidade, degradação,
textura, estrutura, acção biológica).
E, também, de Factores Humanos:
— Grau de desenvolvimento (tecnologia, investigação científica);
— População rural (% trabalhadores agrícolas, sistema de cultivo);
— Mercados (local, regional, mundial);
— Estabilidade regional (dinâmicas, acessibilidades, migrações).
OS SOLOS
O estado de desenvolvimento e alterações nos solos são factores muito
importantes que condicionam a agricultura e devem impor práticas de
exploração sustentável das terras aráveis.
NÃO SE PODE PRODUZIR TUDO – AS ESPÉCIES VEGETAIS TÊM EXIGÊNCIAS

1. EXIGÊNCIAS TÉRMICAS
— Megatérmicas (temperaturas superiores a 20º C – Ex: Bananeira);
— Mesotérmicas (temperatura média entre 13º C e 15º C – Ex: Arroz);
— Microtérmicas (temperatura entre 0º C e 5º C – Ex.s: Vinha e Cereais Inv.;
— Hequisotérmicas (temperaturas negativas no período de repouso).
2. EXIGÊNCIAS EM ÁGUA
— Hidrófilas (permanentemente em água – Ex: Arroz);
— Higrófilas (solos permanentemente húmidos – Ex: Bananeira);
— Mesófilas (suportam período seco, mas exigem água durante
a floração – Ex: Laranjeira);
— Xerófilas (adaptação a condições de secura extrema – Ex: Cactos).
3. EXIGÊNCIAS DE LUZ
— Heliófitas (mais exigentes);
— Esquisiáfitas (menos exigentes).

O Homem tem de conhecer os ciclos vegetativos


Germinação — Floração — Frutificação

Novas Espécies
Híbridos

Espécies Endémicas Espécies Exóticas


O ESPAÇO AGRÍCOLA NO MUNDO

Mais de 50%
De 21% a 50%

Os condicionalismos climáticos e meteorológicos são evidentes


CONCEITOS ECONÓMICOS IMPORTANTES

Rendimento agrícola
total de produção por unidade de
Rendimento agrícola (RA)
superfície, geralmente o hectare (ha).

Produção
RA =
Superfície (ha)

Maior rendimento agrícola Menor rendimento agrícola


Produtividade agrícola

Produtividade agrícola (PA) Total de produção por trabalhador.

Produção
PA =
N.º de trabalhadores

Maior produtividade agrícola Menor produtividade agrícola

O Rendimento e a Produtividade agrícolas estão muito dependentes da


dimensão das explorações e da SAU (superfície Agrícola Utilizada)
Estruturas Agrárias

Morfologia Agrária Tipo de Povoamento

Campo Aberto Campo Fechado Disperso Misto Concentrado

Sistemas de Cultura

Intensivo Extensivo Afolhamento

Policultura de Regadio Monocultura de Sequeiro Contínuo Descontínuo

Rendimento Rendimento Rendimento Rendimento


elevado fraco relativamente relativamente
elevado fraco
Produtividade Produtividade Produtividade Produtividade
relativamente relativamente maior menor
fraca elevada
ESTRUTURAS FUNDIÁRIAS, FORMAS DOS CAMPOS E POVOAMENTO

Entre Douro e Minho Alentejo


CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO

I – Morfologia agrária

Fragmentação Presença ou Dimensão da


Dimensão das Forma das
das ausência de rede de
explorações explorações
explorações vedações caminhos

- Elevada - Campos abertos


- Latifúndios - Regular
- Reduzida - Campos
- Minifúndios - Irregular
- Nula fechados
CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO

II – Sistemas de culturas

Aproveitamento do Variedade de Utilização ou não


Rotação de culturas
solo culturas de rega

- Afolhamento com - Agricultura de


- Intensivo - Policultura pousio regadio
- Extensivo - Monocultura - Afolhamento sem - Agricultra de
pousio sequeiro
CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO

III – Povoamento rural

Disperso Misto
Concentrado
(Entre Douro e Minho, (Alentejo) (Beira Litoral e Açores)
Madeira e Açores)
CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO
A agricultura portuguesa, quanto à morfologia das explorações agrárias,
carateriza-se:

Morfologia agrária

Campos de pequena Campos de grande


dimensão, fechados e dimensão, abertos e
irregulares regulares

- Beira Litoral;
- Entre Douro e Minho; - Alentejo;
- Algarve; - Trás-os-Montes;
- Madeira; - Ribatejo.
- Açores (algumas ilhas).
CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO
II – SISTEMA DE CULTURAS

O sistema - À monocultura;
extensivo está - Aos campos de grande
dimensão, regulares e
associado... abertos.

OLIVAL, ALENTEJO

O sistema - À policultura;
intensivo está - Aos campos de
pequena dimensão,
associado... irregulares e fechados.

Ilha da Madeira, costa norte


CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO

II – SISTEMA DE CULTURAS

O sistema extensivo caracteriza-se:

Pela ocupação descontínua dos campos, isto é, o solo não tem uma
ocupação permanente e contínua durante o ano, estando, no geral,
associado ao regime de afolhamento com rotação de culturas;

Pelo predomínio da monocultura;

Por ser praticado em áreas de solo pouco férteis, de relevo mais


plano e de fraca pluviosidade, estando associado a culturas de
sequeiro;
CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO

II – SISTEMA DE CULTURAS

O sistema extensivo caracteriza-se:

Por utilizar uma mão de obra pouco numerosa, dado que está
associado a uma agricultura mecanizada;

Por registar custos de produção baixos, devido à pouca mão de obra


e à simplificação das operações culturais;

Por predominar em áreas de povoamento concentrado.


CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO

II – SISTEMA DE CULTURAS

O sistema intensivo caracteriza-se:

Pela ocupação intensiva dos campos, isto é, o solo é total e


continuamente ocupado durante o ano;

Por uma grande diversidade de culturas, isto é, pelo predomínio da


policultura, sobretudo nos sistemas mais tradicionais;

Por ser praticado em áreas de solo fértil, de relevo acidentado e de


elevada pluviosidade, estando associado a culturas de regadio;
CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO
II – SISTEMA DE CULTURAS

O sistema intensivo caracteriza-se:

Por utilizar uma mão de obra numerosa;

Por registar custos de produção elevados, devido à elevada mão de


obra e à diversificação de equipamentos agrícolas;

Por predominar em áreas de povoamento disperso.


42º N PORTUGAL – CONTRASTES AGRÁRIOS – Quadro Síntese 37º N
Minho Sucessão de transições Alentejo Algarve

Características Minho Alentejo


Formas de relevo Agreste, vales profundos Planícies
Vegetação natural Verdejante, folha caduca Cinzenta, folha persistente
Divisão do espaço Campo fechado (bocage) Campo aberto (openfield)
Estrutura fundiária Minifúndio (agricultor) Latifúndio (assalariados)
Povoamento Disperso Concentrado
Presença humana Permanente Esporádica
Tipo de exploração Familiar Empresarial
Sistema de cultura Policultura intensiva Monocultura extensiva
Tipo de culturas Regadio Sequeiro
Criação de gado Bovino (leite e trabalho) Bovino, ovino e suíno (carne)
Objetivo económico Subsistência/ merc. local Comercialização
Técnicas Manual (trabalho intensivo) Mecanização (capital)
Mercado Local e regional Exterior
Escala de produção Reduzida Economia de dimensão
CARACTERÍSTICAS DA AGRICULTURA PORTUGUESA

De uma forma geral, na atualidade, a agricultura portuguesa caracteriza-se:

Pela diminuição do número de explorações agrícolas;

Pela diminuição do número de explorações de pequena


dimensão;

Pelo aumento do número de explorações de grande dimensão;


CARACTERÍSTICAS DA AGRICULTURA PORTUGUESA

Na atualidade, a agricultura portuguesa caracteriza-se:

Pelo aumento do sistema de cultura extensivo;

Pelo aumento da mecanização;

Por uma maior especialização;

Pelo decréscimo do número de agricultores;

Pelo envelhecimento dos agricultores;

Pela baixa instrução e formação profissional dos agricultores.


A agricultura portuguesa apresenta uma diversidade significativa em resultado de
uma série de fatores físicos e humanos...

FATORES CONDICIONANTES DA AGRICULTURA PORTUGUESA

Fatores Naturais Fatores Humanos


Clima (Precipitação, Densidade populacional
temperatura e insolação)
Passado histórico
Relevo
Estrutura fundiária
Recursos hídricos
Finalidade da produção
Fertilidade do solo
Tecnologias e práticas usadas

Políticas agrícolas
FATORES FÍSICOS
I. O CLIMA

A temperatura e a insolação variam consoante...

A latitude e a estação do ano (a incidência dos raios solares e a


duração dos dias e das noites);
A altitude (quanto mais elevada a altitude, menor a temperatura
pelo GTA);

Exposição geográfica aos raios solares (vertentes frias e sombrias


voltadas a norte e quentes e luminosas quando voltadas a sul);

O grau de continentalidade ou de proximidade do mar (no


interior, as amplitudes térmicas são superiores às do litoral).
FATORES FÍSICOS
I. O CLIMA

A precipitação varia consoante...

A latitude (se estamos mais para norte ou para sul, ou seja,


próximos ou afastados de centros de BPSP ou de APST);

A proximidade do mar (ou grau de continentalidade);

A posição face à influência do relevo (altitude e posição em


relação à orientação do relevo);

A estação do ano.
FATORES FÍSICOS
II. O RELEVO

O relevo condiciona a prática agrícola em Portugal...

ÁREAS
ÁREAS PLANAS
ACIDENTADAS
Localizam-se no norte
Localizam-se no sul e centro
e centro interior de
litoral de Portugal continental
Portugal continental

Geralmente os solos do sul Geralmente os solos do centro


são menos férteis e norte são mais férteis

Permitem a existência
As parcelas são de pequena
de explorações de maior
dimensão
dimensão
Permitem o uso de A inclinação do terreno limita a
maquinaria e tecnologia utilização de maquinaria
moderna. e outra tecnologia.
FATORES FÍSICOS
III. A DISPONIBILIDADE DE RECURSOS HÍDRICOS

Em Portugal, a disponibilidade de recursos hídricos não é uniforme…

No norte e centro... No sul...

Precipitações mais Precipitações mais


elevadas escassas

Caudais dos cursos de Caudais dos cursos de


água mais abundantes água mais reduzidos

Maior disponibilidade Menor disponibilidade


de recursos hídricos de recursos hídricos
FATORES FÍSICOS
IV. A FERTILIDADE DO SOLO

CARACTERÍSTICAS
GEOLÓGICAS E
BIOLÓGICAS DA
EVOLUÇÃO

A FERTILIDADE DOS
RELEVO SOLOS DEPENDE CLIMA
DE...

FERTILIZAÇÃO E
CORREÇÃO DO
SOLO PELO
HOMEM
FATORES HUMANOS
I. DENSIDADE POPULACIONAL

A densidade populacional em Portugal apresenta muitos contrastes…

Elevada densidade Baixa densidade


populacional no litoral sul populacional em todo o
algarvio e na faixa litoral interior e litoral alentejano.
entre Viana do Castelo e
Lisboa.

A ATIVIDADE AGRÍCOLA DESENVOLVE-SE MELHOR EM ÁREAS DE FRACA


DENSIDADE POPULACIONAL NO ESPAÇO AGRÁRIO E AGRÍCOLA.
NO ENTANTO, É IMPORTANTE QUE HAJA CENTROS URBANOS PRÓXIMOS
QUE TENHAM DIMENSÃO COMO ÁREAS DE MERCADO E DE INOVAÇÃO.
FATORES HUMANOS
II. PASSADO HISTÓRICO
A conquista do território nacional e o seu povoamento, bem como outros
momentos da nossa História, contribuíram para se criarem contrastes na
distribuição da população. Assim…

Conquista e povoamento em A Epopeia dos Descobrimentos e o


Portugal feito de norte para sul. comércio internacional
No sul foram distribuídas as desenvolveram-se no litoral. A
grandes terras conquistadas à industrialização das cidades
nobreza, as quais, mais tarde, acentuou o “êxodo rural” e
foram adquiridas pela burguesia. momentos de crise na agricultura.

Justifica-se a Justifica-se a
Maior concentração da população Maior concentração da população
no norte e centro no litoral

Desta forma, o passado histórico condiciona a disponibilidade de espaço


arável, o tipo de povoamento e a dimensão das parcelas agrícolas...
FATORES HUMANOS
III. ESTRUTURA FUNDIÁRIA
A estrutura fundiária apresenta contrastes marcados entre o norte e o sul do
nosso território.

NORTE SUL
Propriedade de pequena Propriedade de grande
dimensão (minifúndio) dimensão
Agricultura de subsistência
para autoconsumo Agricultura de mercado

Predomina a policultura em Predomina a monocultura


regime intensivo
Cultura de regadio, (elevada Culturas que não têm grande
disponibilidade hídrica) necessidade de água
FATORES HUMANOS

IV. TÉCNICAS E TECNOLOGIAS USADAS

• Região onde a agricultura familiar utiliza práticas


artesanais;
NORTE • A orografia impede grandes parcelas e a utilização de
(litoral) maquinaria (por vezes, utiliza-se maquinaria de
pequeno porte).

• O relevo suave permite grandes parcelas;


• Utilização de maquinaria pesada e de técnicas
SUL modernas para uma melhor produtividade;
(Alentejo) • A utilização de técnicas modernas enquadra-se numa
agricultura virada para o mercado.
FATORES HUMANOS
V. POLÍTICAS AGRÍCOLAS
Orientações e medidas legislativas (nacionais e comunitárias) que são
fatores de grande importância já que influenciam as opções dos
agricultores relativamente a…

Produtos cultivados (quotas e preços de mercado);

Práticas agrícolas (tecnologias, controlo da produção,…);

Uso de produtos químicos (saúde, controlo de qualidade,…);

Quem tem acesso a incentivos financeiros e apoios à


modernização da agricultura.
FATORES HUMANOS
VI. A INTEGRAÇÃO NA UNIÃO EUROPEIA
Antes da entrada para a UE, apesar das limitações físicas e
humanas que influenciam a sua produtividade, Portugal conseguia
produzir a maior parte do que consumia em termos alimentares.

A adesão à UE em 1986 e a abertura do mercado


português aos produtos agrícolas dos outros estados
trouxe alterações profundas à agricultura portuguesa.

Devido à chegada de produtos mais baratos ao nosso


país, muitos agricultores portugueses deixaram de
conseguir escoar os seus produtos.

A concorrência dos produtos estrangeiros mais baratos


levou a um consumo cada vez maior de produtos com
origem nos países comunitários em detrimento dos
nacionais.
FATORES HUMANOS
VI. A INTEGRAÇÃO NA UNIÃO EUROPEIA
O consumo maior de produtos com origem noutros países comunitários em
detrimento dos nacionais tem consequências…

A diminuição dos
preços dos produtos
para os consumidores

A quebra do
Falência de muitos escoamento para os
agricultores e Maior consumo de produtores e a
consequente falência económica
produtos de outros da atividade e
abandono da países da UE
produção. sucessivo abandono
da produção

DEPENDÊNCIA DO EXTERIOR EM TERMOS ALIMENTARES

DOC - Concorrência desigual


OS PROBLEMAS DA AGRICULTURA PORTUGUESA

Os problemas estruturais que caracterizam a agricultura


nacional podem ser de ordem:

• Relacionados com condicionalismos


naturais, já que a atividade agrícola está
I - NATURAL muito dependente de fatores naturais,
como o clima, o solo, o relevo, etc.

• Estrutura das explorações agrícolas e a


estrutura fundiária;
II - ESTRUTURAL
• Modos de exploração da terra;
• Características da população agrícola.
EVOLUÇÃO DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS EM PORTUGAL

Regiões com maior número


de explorações
Entre 1999 e 2009, registou- • Trás-os-Montes;
se um decréscimo do número • Beira Litoral;
de explorações agrícolas no • Entre Douro e Minho.

território nacional.
Em 2009, eram 305 mil, Regiões com menor
número de explorações:
menos 111 mil do que em • Algarve;
1999. • Açores;
• Madeira.
EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS EM PORTUGAL E REGIÕES AGRÁRIAS
EM 2009
VARIAÇÃO DO NÚMERO DE EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS EM PORTUGAL
E REGIÕES AGRÁRIAS, 1999-2009

O decréscimo das explorações agrícolas entre O decréscimo das explorações agrícolas entre
1999 e 2009 foi mais significativo: 1999 e 2009 não foi tão acentuado:
• na Beira Litoral; • na Madeira;
• no Ribatejo e Oeste; • em Trás-os-Montes;
• no Algarve. • no Alentejo.
VARIAÇÃO DO NÚMERO DE EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS E SAU, EM
PORTUGAL E REGIÕES AGRÁRIAS, 1999-2009

Em 2009 a SAU (superfície agrícola utilizada) ocupava 3668 mil hectares, menos
195 mil hectares do que em 1999, o que representa um decréscimo de 5%, mas
bem inferior ao verificado no número de explorações (– 27%).
VARIAÇÃO DO NÚMERO DE EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS E SAU, EM
PORTUGAL E REGIÕES AGRÁRIAS, 1999-2009

A superfície agrícola utilizada (SAU), isto é, a área do espaço


agrícola ocupada com culturas, acompanhou a evolução do
número total de explorações agrícolas – em 10 anos diminuiu –
tendo também uma repartição desigual.

- Madeira, Açores, Algarve,


- Alentejo registou a maior
Beira Litoral e Entre Douro e
área de SAU, mais de metade
Minho detiveram a menor
da SAU nacional.
área de SAU.
Evolução da Superfície Agrícola Utilizada (SAU)
A ESTRUTURA FUNDIÁRIA NACIONAL

A estrutura fundiária nacional continua


desordenada e caracterizada por:

Predomínio de explorações de pequena dimensão;

Explorações excessivamente fragmentadas;

Explorações dispersas constituídas por pequenas


parcelas geograficamente afastadas, maioritariamente
adquiridas por herança.
A ESTRUTURA FUNDIÁRIA NACIONAL

A estrutura fundiária portuguesa tem sido um obstáculo à


modernização e racionalização da agricultura nacional, devido a:

Condicionar a introdução de novas tecnologias agrícolas,


como a mecanização;

Traduzir um aumento dos custos de produção, pois as


deslocações, por exemplo, implicam sempre perdas de
tempo, maior desgaste do material e aumento do
consumo de combustível.
FATORES QUE EXPLICAM A REDUÇÃO DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

A redução do número de explorações agrícolas resultou:

- Da absorção das superfícies das


- Do abandono das terras agrícolas; pequenas explorações agrícolas pelas
de maior dimensão.
FATORES QUE EXPLICAM A REDUÇÃO DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

O abandono das terras agrícolas está associado à conjugação de


fatores naturais e humanos, nomeadamente, económicos, sociais e
políticos sendo estes diferentes ao nível regional.
Por exemplo, o abandono dos campos:
Na Beira Interior tem-se verificado devido à falta de viabilidade
económica da agricultura, que acaba por promover a emigração.

No Algarve tem resultado, tal como em outras regiões, do


envelhecimento demográfico.

Nas regiões agrárias do litoral, tem sido consequência da


valorização das terras, fruto da pressão urbanística, do
desenvolvimento de vias de comunicação rodoviárias e de
equipamentos sociais e do desenvolvimento do setor terciário.
FATORES QUE EXPLICAM A REDUÇÃO DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

Contudo tem havido excepções:

Em algumas regiões do interior, onde a falta de alternativas profissionais e


o apego à terra, podem levar à manutenção da atividade agrícola, mesmo
que estas tenham pouca viabilidade económica.

No Alentejo, onde a alteração do regime de ajudas diretas inseridas na


Política Agrícola Comum, que substituiu total ou parcialmente os apoios
diretos pelo Regime de Pagamento Único, desligando as ajudas da
produção, levou a um sistema de cultura mais extensivo, mas não
provocou o abandono das terras;

Nos Açores e na Madeira, devido à exploração sustentada dos recursos


naturais, apesar do sistema de cultura intensivo.
MODOS DE EXPLORAÇÃO DA TERRA

Modos de exploração da
SAU

Forma de Natureza
exploração jurídica

Produtor
Conta própria Arrendamento Sociedade
singular
MODOS DE EXPLORAÇÃO DA TERRA
(NATUREZA JURÍDICA)

Repartição do número de
explorações segundo a
natureza jurídica, por classe
de SAU, Portugal, 2009

Os produtores singulares continuam a predominar, utilizando principalmente


mão de obra familiar, enquanto as sociedades agrícolas apesar do aumento,
registam um menor peso, verificando-se, no entanto:

Uma maior importância nas explorações de maior dimensão;

Uma maior produtividade e competitividade face às outras explorações.


CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA PORTUGUESA

A população agrícola portuguesa


tem registado:
• Diminuição;
• Envelhecimento;
• Baixa instrução e qualificação.

A população agrícola, em 2009, é sobretudo


familiar.
Em termos regionais, a população agrícola:

É predominante nas
É menos expressiva nas
regiões: Entre Douro e
regiões do Lisboa e
Minho, Trás os Montes População agrícola familiar em portugal (2009)
Alentejo.
e Beira Litoral;
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA PORTUGUESA
(A DIMINUIÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA)

A população agrícola tem decrescido. Os maiores decréscimos registaram-se nas


regiões que viram mais explorações agrícolas cessarem a sua atividade:

Beira Litoral (– 46%);

Ribatejo e Oeste (– 44%).


CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA PORTUGUESA
(A DIMINUIÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA)

A diminuição da população ativa na agricultura está associada a


fatores como:

A diminuição do número de explorações agrícolas e do agregado familiar;

Os progressos tecnológicos, como a mecanização dos campos;

O êxodo rural, resultante da procura de trabalho em outros setores de


atividade, primeiro na indústria e depois nos serviços;

O envelhecimento da população que trabalha na agricultura;

A pouca atratividade da agricultura para a população mais jovem.


CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA PORTUGUESA
(O BAIXO NÍVEL DE INSTRUÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL)

O grau de instrução e de
qualificação dos agricultores
nacionais é baixo, apesar dos
progressos, dado que a taxa de
analfabetismo diminuiu e a
frequência no ensino
secundário e superior
aumentou.

Em termos regionais verificou-se que:

Os Açores, além de ser a região com a população agrícola familiar mais jovem é
também a que registou a melhor taxa de alfabetização;

A Madeira representou a menor taxa de frequência escolar, apesar dos progressos


registados;

Entre Douro e Minho e Algarve foram as regiões do continente com piores taxas de
alfabetização, visível na população agrícola sem nenhum grau de instrução.
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA PORTUGUESA
(O BAIXO NÍVEL DE INSTRUÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL)

Quanto maior a idade dos agricultores menor é o seu nível de instrução.


O decréscimo, o envelhecimento e o baixo nível de instrução e qualificação
profissional dos agricultores nacionais traduzem:

Um entrave à modernização e inovação do setor, uma vez que a


inovação e a utilização de nova tecnologia é condicionada, bem
como a capacidade de investir e de atender às normas
comunitárias de produção e comercialização dos produtos;

A manutenção do baixo rendimento e da baixa produtividade


agrícola.
EM SÍNTESE:
PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA AGRICULTURA
PORTUGUESA
Ao nível das explorações Ao nível dos modos de Ao nível da população
explorações agrícola
- Redução do número de
– Predomínio dos agricultores – Diminuição dos agricultores;
explorações;
por conta própria; – Envelhecimento da população
– Predomínio de explorações de
– Predomínio dos produtores agrícola;
pequena dimensão;
singulares. – Baixa instrução e formação
– Elevada fragmentação das
profissional.
explorações.

Estes problemas representam entraves à modernização e inovação


das explorações.
• Daí resulta uma agricultura pouco produtiva e de fraco
rendimento.
OPÇÕES DA AGRICULTURA PORTUGUESA

MODERNIZAÇÃO/MERCADOS TRADICIONAL/SUBSISTÊNCIA

Dispensa de mão-de-obra; Trabalho manual intensivo;

Tecnologia e mecanização; Tecido urbano incipiente;

Especialização e exportação; Minifúndios muito parcelados;

Terciarização do espaço rural; Fracas produtividade e vendas;

Diversificação de mercados; Resistência às inovações;

Desenvolvimento integrado. Fracas qualificações e cultura.

Rejuvenescimento da Envelhecimento e
população desertificação demográfica
O QUE PRODUZIMOS E EM QUE CONDIÇÕES ?

CULTURAS TEMPORÁRIAS (ciclo vegetativo inferior a um ano):


- Cereais (têm decrescido como cultura arvense predominante);
- Prados temporários e culturas forrageiras (sobretudo para o gado);
- Culturas industriais (tabaco, girassol, lúpulo,…);
- Culturas hortícolas e florícolas.

CULTURAS PERMANENTES (ocupação do solo por longo período):


- Pomares de frutos frescos, citrinos e frutos subtropicais (mediterrânicos);
- Frutos secos (amendoeiras, nogueiras);
- Olival (tendência para a intensificação);
- Vinha (decréscimo, mas melhoria da qualidade de produção).
PASTAGENS PERMANENTES (ocupação por longo período):
- Pastagens espontâneas ou semeadas;
- Culturas forrageiras (trevo, luzerna, tremoço)

HORTAS FAMILIARES:
- Policulturas para autoconsumo..
As principais culturas (evolução)
Distribuição espacial das áreas
de predomínio das 3 grandes
classes de culturas:
Culturas Temporárias;
Culturas Permanentes;
Pastagens permanentes.

Ao mesmo tempo
que é necessário
modernizar e tornar
mais competitiva a
agricultura, é
necessário
preservar os
recursos e tornar a
agricultura
sustentável.
ADEQUAÇÃO DAS CONDIÇÕES NATURAIS AOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO

Considera-se a necessidade de preservar a estabilidade dos solos


EFEITOS DO REGIME DE PAGAMENTO ÚNICO (RPU) DA PAC
É NECESSÁRIO CONTROLAR A DISSEMINAÇÃO DE CULTURAS
TRANGÉNICAS INDISCRIMINADAMENTE NO TERRITÓRIO NACIONAL

A própria PAC apoia as medidas de sustentabilidade Agricultura biológica


Preço €
As Leis de Mercado
(jogo da oferta e da Oferta
procura) são muito
importantes para o
estabelecimento do
PM
preço e das condições Preço de Mercado

de viabilidade de um
produtor de um Procura
qualquer produto.
Figura 1
Q1 Quantidade
Preço €
Oferta 2
Oferta Por exemplo,
A subida do preço de
mercado (de PM para
PM 2
PM
PM2) pode ter origem
Preço de Mercado na quebra da Oferta (de
Procura 2
Q1 para Q2) ou na
Procura subida da Procura.(de
Figura 2 Q1 para Q3).
Q2 Q1 Q3 Quantidade
A forma normal de
concorrer no mercado
interno e externo é
melhorar o rendimento e a
prejuízo produtividade (aumentar a
PM tecnologia e o capital e
Preço de Mercado
Lucro
diminuir o trabalho), de
Custos de modo a diminuir os custos
Produção e aumentar a produção,
mantendo a exploração em
zona de lucro.
Aumento da Procura para produtos de Mas, como todos os
qualidade superior produtores fazem o
mesmo, há uma pressão
sobre o mercado para a
PM2
Preço de Mercado de
Lucro
baixa dos preços (aumenta
produtos saudáveis Custos de a oferta) e uma clara
e mais sustentáveis
Produção
PM diminuição da qualidade
Preço de Mercado Lucro dos produtos agrícolas,
Custos de
Produção Prejuízo além de fortes impactes
PM1 sobre o meio ambiente e a
Quebra do preço de sustentabilidade dos solos
mercado, devido ao
excesso de oferta e reservas de água.
O exemplo de sucesso do
VINHO

- Aumento da qualidade
- Aumento da procura
- Aumento dos preços
- Aumento das vendas
- Aumento das exportações

As regiões demarcadas

O vértice mais importante da


competitividade é o aumento
da qualidade e a promoção de
produtos de reconhecido
valor e que contribuam para a
segurança alimentar, com
grande valor acrescentado.
OS OBJETIVOS DA PAC
Na lógica de pós-guerra (2ª guerra mundial) foram aprovados os 5
grandes Objectivos da P.A.C. (Política Agrícola Comum):

• Garantir os abastecimentos
alimentares;
• Estabilizar os mercados (a
oferta e a procura);
• Assegurar à população
agrícola um nível de vida
idêntico ao de outros sectores;
• Aumentar a produtividade
agrícola;
• Proporcionar aos
consumidores produtos
agrícolas em quantidade e em
qualidade a preços razoáveis.
Esta lógica de política agrícola foi sempre sustentada num
Fundo que consumia grande parte do Orçamento Comunitário:

O FEOGA
(Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola)

Garantia-se o escoamento da produção e o apoio a todos


os projetos que aumentassem o rendimento e a
produtividade.
O resultado foi a criação enormes excedentes agrícolas
que não se conseguem vender e que consomem grandes
verbas no acondicionamento (silos de cereais, redes de
frio para carne, leite e manteiga, etc.).
Também se verificou, graças aos incentivos à produção, a
ocorrência de Impactes Ambientais profundos.
O peso relativo do orçamento comunitário (EU)
A PRIMEIRA REFORMA DA PAC (1992)
Razões para a alteração das regras e objetivos da PAC:
- Necessidade de distribuir o orçamento comunitário de forma mais equitativa;
- A crescente globalização dos mercados;
- Os acordos celebrados no âmbito do GATT (OMC);
- Os encargos enormes com os excedentes agrícolas;
- Os preços internos muito elevados;
- Os desequilíbrios entre os Estados Membros da EU beneficiários da PAC.

Definiram-se novos objetivos:


1. Reduzir progressivamente os encargos globais com a PAC no orçamento;
2. Assegurar aos consumidores preços idênticos aos dos mercados externos;
3. Diminuir significativamente a produção de excedentes agrícolas;
4. Adequar a produção às condições ambientais, reduzindo as práticas
intensivas das explorações agrícolas;
5. Reduzir as assimetrias entre os Estados Membros;
6. Proteger as explorações familiares no âmbito do desenvolvimento rural
integrado.
EVOLUÇÃO DOS ENCARGOS DA PAC NA DÉCADA DE 90 DO SÉCULO XX

A AGENDA 2000 e as reformas subsequentes trouxeram novos conceitos:


● Desenvolvimento sustentável;
● Desenvolvimento integrado;
● Desenvolvimento agroambiental;
● Desenvolvimento rural (o 2º pilar da PAC).
NOVOS CONCEITOS ESTRATÉGICOS:

CONDICIONALIDADE
MODULAÇÃO Fazer depender os apoios
Ajustar os financiamentos aos agricultores do
dados às maiores explorações cumprimento de normas de
em favor do desenvolvimento segurança alimentar,
rural sanidade e bem estar dos
animais e preservação do
meio ambiente

PAGAMENTO ÚNICO
Reforma da
Apoio às explorações agrícolas
PAC (2003)
independentemente do nível de
produção (referência a uma média
nacional indicativa)
REFORMA DA PAC (2014-2020)

1. Maior equilíbrio na convergência interna do apoio aos agricultores;


2. Introdução do pagamento a práticas “amigas do ambiente”,
adaptado a cada país;
3. Garantia de que cada agricultor recebe o pagamento indicativo de
60% da média nacional por hectare;
4. Apoio específico para jovens agricultores;
5. Apoio ao regadio (fundamental para Portugal e que tinha sido
excluído da proposta inicial da Comissão);
6. Aumento ao investimento no apoio ao setor florestal;
7. Incentivos aos investimentos das organizações de produtores no
aumento da escala de produção e nas fusões;
8. Criação de um sistema de seguros de colheita no desenvolvimento
rural, com financiamento comunitário.
ANALISAR PÁGINAS 43 a 47 DO MANUAL DE GEOGRAFIA
ORÇAMENTO DA PAC (DOIS PILARES) – 2014-2020
Objetivos da PAC – 2014

► Produção de produtos alimentares com preços acessíveis;

► Desenvolvimento de áreas rurais dinâmicas;

► Uma agricultura mais amiga do ambiente;

► Uma distribuição justa dos fundos.

Pilares da PAC – 2014

► Pagamentos diretos e política de mercados;

► Desenvolvimento rural.

Resolver Ficha Formativa da página 52 DO MANUAL DE GEOGRAFIA


Balanço da aplicação de programas e fundos comunitários na
agricultura portuguesa

No final do segundo Quadro Comunitário de Apoio - QCA II (1994-99), Portugal


encontrava-se numa situação mais favorável:
• número de explorações agrícolas diminuiu, enquanto a dimensão aumentou;
• investimentos em infra-estruturas fundiárias, tecnologias e formação profissional
com os apoios do PEDAP (Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura
Portuguesa), até 1995, e do PAMAF (Programa de Apoio à Modernização Agrícola e
Florestal), no período 1994-99.

O Programa Operacional Agricultura e Desenvolvimento Rural (AGRO) surgiu


depois com dois objectivos:
• o primeiro projeta melhor a competitividade agroflorestal e a sustentabilidade rural;
• o segundo propõe reforçar a formação profissional.
Os objetivos específicos do Programa AGRO são:
• reforçar a competitividade económica agro-florestal;
• incentivar a multifuncionalidade das explorações;
• melhorar a qualidade e inovação da produção agro-florestal e rural;
• valorizar o potencial do território;
• melhorar as condições de vida e de rendimento agrícola;
• organizar associações de agricultores.
A Medida Agricultura e Desenvolvimento Rural dos Programas
Operacionais Regionais – AGRIS – tem oito acções:

• Diversificação da agricultura;
• Produtos de qualidade;
• Gestão sustentável e estabilidade ecológica;
• Serviços à agricultura;
• Emparcelamento;
• Caminhos e electrificação rural;
• Valorização do ambiente e do património rural;
• Desenvolvimento agro-florestal rural.
Estas trufas brancas valem 105 mil euros e pesam
pouco mais de 1 quilo
14 Novembro 2016

É conhecida como o "Diamante de


Alba". Todos os anos, chefs e
amantes desta iguaria gastronómica
rumam à cidade de Alba, em Itália,
para participar no Festival da Trufa
Branca, que tem como momento alto
os leilões de trufas. Este ano, a mais
cara foi vendida por 105 mil euros.
A VALORIZAÇÃO DAS ÁREAS RURAIS

O espaço rural tem de ser considerado como


um espaço atrativo e sustentável.
A diversidade associada à multifuncionalidade traduz:
A manutenção da A criação de A fixação da A criação de riqueza,
biodiversidade; emprego; população; através de novas
oportunidades de negócio.

Áreas rurais - Novas oportunidades


IMPORTÂNCIA DO TURISMO EM ESPAÇO RURAL (TER)

O Turismo em Espaço Rural (TER) tem um papel


fundamental nas áreas rurais, uma vez que:

Permite a melhoria da qualidade de vida da população


local, dado que promove a transferência de rendimentos
para as regiões menos favorecidas;

Incentiva a construção de infraestruturas e equipamentos


de apoio, como vias de comunicação, unidades hoteleiras,
distribuição de água e de energia, saneamento básico, etc.;

Gera emprego e fixa a população local;

Aumenta o intercâmbio cultural;

Permite a preservação do património histórico e cultural.


MODALIDADES DO TURISMO EM ESPAÇO RURAL (TER)

Turismo de
Parque de Habitação
Campismo Rural Turismo Rural

MODALIDADES DE
Hotel Rural TURISMO EM Agroturismo
ESPAÇO RURAL

Turismo de
Casas de Campo
Aldeia
MODALIDADES DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL
I. TURISMO DE HABITAÇÃO

O Turismo de Habitação desenvolve-se em:

Solares;

Palacetes ou outras antigas casas senhoriais;

Casas de valor arquitetónico reconhecido.


MODALIDADES DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL
I. TURISMO DE HABITAÇÃO

Contribui para o
restauro, conservação
e dinamização destas
casas.

Serviço
personalizado de
elevada qualidade.

Serviço de TURISMO DE
hospedagem de
natureza familiar. HABITAÇÃO
MODALIDADES DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL

II. TURISMO RURAL

O Turismo Rural desenvolve-se em:

Casas rústicas particulares com características arquitetónicas


típicas do meio onde se encontra;

Casas com decoração relacionada com a etnografia da região.


MODALIDADES DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL

II. TURISMO RURAL

MOBILIÁRIO OFERTA DA
SIMPLES. POSSIBILIDADE DE
REALIZAR ATIVIDADES.

CASAS FAMILIARES POSSIBILIDADE DE


DE PEQUENAS ALUGAR
DIMENSÕES. EQUIPAMENTOS PARA
PARTICIPAR EM
ATIVIDADES.
TURISMO
RURAL
MODALIDADES DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL

III. AGROTURISMO

O Agroturismo desenvolve-se em:

Quintas que incorporam a possibilidade de hospedagem em


casa rústica em ambiente agrícola;

Explorações agrícolas que se dedicam ao cultivo de produtos


típicos.
MODALIDADES DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL
III. AGROTURISMO

DESFOLHADA ORDENHA

APANHA DE ALIMENTAÇÃO
FRUTA DE ANIMAIS

AGROTURISMO
POSSIBILITA A FABRICO DE
PARTICIPAÇÃO EM QUEIJO,
VINDIMA ATIVIDADES AGRÍCOLAS VINHO OU
COMO... MEL
MODALIDADES DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL

IV. CASAS DE CAMPO

Casa de campo

São casas rurais ou cabanas de


montanha para hospedagem;

Podem ou não ser a residência do


proprietário;

Integram-se na arquitetura e
decoração típica da região.
MODALIDADES DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL

V. TURISMO DE ALDEIA

O Turismo de Aldeia consiste em:

Empreendimentos que incluem, pelo menos, cinco casas


particulares inseridas em aldeias típicas;

Aldeias que mantêm as características arquitetónicas


tradicionais da região (por exemplo, as Aldeias de Xisto).
MODALIDADES DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL

V. TURISMO DE ALDEIA
O Turismo de Aldeia
ajuda a promover a
conservação do
património edificado.

Contribui para preservar Pode contribuir para


as tradições e modo de melhorar as
vida ancentrais da aldeia e acessibilidades às aldeias
evitar o esquecimento e o mais isoladas.
abandono das aldeias.

Ajuda a criar emprego na


Posteriormente, cria emprego
construção civil
na restauração, postos de
(recuperação das casas).
turismo, artesanato, comércio
local, dinamização de
atividades, etc.
MODALIDADES DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL

• OUTRAS FORMAS DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL…

Turismo ambiental
e de aventura

Turismo cinegético e
turismo termal Áreas protegidas
Outras
formas de
TER
Turismo gastronómico Turismo fluvial
e enoturismo
Turismo cultural
O TURISMO EM ESPAÇO RURAL E
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O desenvolvimento do turismo nas áreas


rurais deve contribuir para o
desenvolvimento sustentável, baseando- se:

• Na preservação dos ecossistemas naturais;


• Na manutenção do crescimento económico
local e do emprego;
• Na melhoria da qualidade de vida, de forma
sustentável, para os visitantes e para os
residentes;
• Na construção de empreendimentos
sustentáveis;
• No incentivo à manutenção da cultura local.

Para cumprir estes objectivos, deve ter-se em atenção a intensidade de uso


dos recursos e da ocupação do território.
Desenvolvimento rural e recursos florestais

Atualmente, a área Portugal possui, em


florestal portuguesa termos relativos, uma
ascende a perto de 3,3 das maiores áreas
milhões de hectares florestadas da Europa
(cerca de 8.900.000 ha (35,8 %).
de área do continente).

Cerca de 85% da Apenas 3% pertence


floresta de Portugal é ao Estado Português.
propriedade privada. Cerca de 12% são
Embora ainda hoje não baldios e pertencem a
haja um cadastro comunidades locais.
nacional completo.
PRINCIPAIS ESPÉCIES NA FLORESTA PORTUGUESA

Pinheiro
bravo
Sobreiro Pinheiro
manso

ESPÉCIES NA
FLORESTA
Castanheiro PORTUGUESA Azinheira

Eucalipto Carvalho
Será que esta composição
de espécies florestais
representa as atuais
condições de
desenvolvimento do mundo
rural ?
A FLORESTA OFERECE MAIS VALIAS...

I – A nível económico

• Produz matérias-primas e frutos,


gerando emprego e riqueza:

II – A nível social

• Proporciona ar puro e espaços de lazer;


A FLORESTA OFERECE MAIS VALIAS...

III – A nível ambiental

• Contribuem para a preservação


dos solos, a conservação da água,
a regularização do ciclo
hidrológico, o armazenamento de
carbono e a proteção da
biodiversidade.
A ÁREA FLORESTAL EM PORTUGAL TEM DECRESCIDO...

Construção de
infraestruturas
Uso da
Urbanização matéria
prima

Diminuição da
Incêndios
área florestal Uso agrícola
florestais
em Portugal
PROBLEMAS DA FLORESTA PORTUGUESA

São vários os problemas que afetam a


exploração florestal no nosso país tais como:

Fragmentação da propriedade florestal,


agravada pelo desconhecimento frequente
dos seus limites por parte dos proprietários;

Baixa rendibilidade, devido a ritmo lento de


crescimento de espécies;
PROBLEMAS DA FLORESTA PORTUGUESA

São vários os problemas que afetam a


exploração florestal no nosso país tais como:

O elevado risco da atividade, por causa dos


incêndios florestais, frequentes no verão;

Despovoamento e abandono de práticas de


pastorícia e de recolha do mato para os animais
SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS DA
FLORESTA PORTUGUESA

Existem algumas soluções que poderiam ser


postas em prática para resolver os problemas
da floresta portuguesa:

a) Estimular um melhor emparcelamento,


através de incentivos e da simplificação
jurídica e fiscal da exploração florestal;

b) Promover a criação de instrumentos de


ordenamento e gestão florestal, com vista a
contrariar o abandono florestal;
SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS DA
FLORESTA PORTUGUESA

Existem algumas soluções que poderiam ser


postas em prática para resolver os problemas
da floresta portuguesa:

c) Desburocratizar as candidaturas a
programas de apoio à floresta, incluindo na
integração com o Turismo Rural;

d) Estimular o associativismo, a formação


profissional e o estabelecimento de
parcerias com instituições de investigação
científica;
SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS DA
FLORESTA PORTUGUESA

Existem algumas soluções que poderiam ser


postas em prática para resolver os problemas
da floresta portuguesa:

e) Fomentar a diversificação das atividades


nas explorações florestais e agroflorestais;

f) Diminuir a vulnerabilidade das espécies


florestais a pragas e doenças, garantindo a
biodiversidade adequada ao equilíbrio
edafoclimático;
SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS DA
FLORESTA PORTUGUESA

Existem algumas soluções que poderiam ser


postas em prática para resolver os problemas
da floresta portuguesa:

g) Pôr em prática medidas de prevenção/combate


aos incêndios florestais tais como:

1 - Melhorar da rede 3 - Limpar de matos as


2 - Otimizar a rede dos
viária e de linhas corta- áreas florestais e garantir a
pontos de água;
fogo; biodiversidade resistente;
SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS DA
FLORESTA PORTUGUESA

Existem algumas soluções que poderiam ser


postas em prática para resolver os problemas
da floresta portuguesa:

g) Pôr em prática medidas de prevenção/combate


aos incêndios florestais tais como:

5 - Otimizar a utilização de
4 - Abrir corredores de segurança
recursos como máquinas e
nos locais de combustão
materiais para limpeza e
permanente como as lixeiras;
desmatação;
SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS DA
FLORESTA PORTUGUESA

Existem algumas soluções que poderiam ser


postas em prática para resolver os problemas
da floresta portuguesa:

g) Pôr em prática medidas de prevenção/combate


aos incêndios florestais tais como:

6 - Insistir em campanhas de 7 - Melhorar a coordenação dos


sensibilização sobre práticas do diferentes meios de deteção e de
correto uso do fogo; combate de fogos.
O PAPEL DA INDÚSTRIA NO ESPAÇO RURAL

POTENCIALIDADES DAS ÁREAS RURAIS EM PORTUGAL


Apesar de diversos problemas de que padecem, as áreas rurais
apresentam uma série de potencialidades que devem ser explorados:

Os seus recursos endógenos específicos que


muitas vezes constituem vantagens relativas
para o seu desenvolvimento;

Património histórico, arqueológico, natural e


paisagístico rico e diversificado;

Valor paisagístico das culturas, como a vinha,


o olival, o pomar, e das espécies florestais;
POTENCIALIDADES DAS ÁREAS RURAIS EM PORTUGAL
Apesar de diversos problemas de que padecem, as áreas rurais
apresentam uma série de potencialidades que devem ser explorados:

Baixos níveis de poluição e elevado grau de


preservação ambiental;

Melhoria das infraestruturas coletivas e


equipamentos sociais e da rede de
comunicação;

Os saberes tradicionais que valorizam os


recursos naturais específicos da região.
OPORTUNIDADES ATUAIS PARA AS ÁREAS RURAIS EM PORTUGAL

Existem ainda tendências atuais


na sociedade que podem ser
verdadeiras oportunidades para
as áreas rurais em Portugal:

• Crescente procura de produtos de


qualidade e atividades de lazer
associadas a diferentes regiões e
paisagens rurais do país;
• Valorização das energias
renováveis que podem ser
produzidas no espaço rural a partir
de recursos naturais locais;
OPORTUNIDADES ATUAIS PARA AS ÁREAS RURAIS EM PORTUGAL

Existem ainda tendências atuais


na sociedade que podem ser
verdadeiras oportunidades para
as áreas rurais em Portugal:

• Existe a preocupação com a


preservação dos recursos
naturais e do ambiente;
• Preocupação com o
desenvolvimento de uma
forma sustentável através da
diversificação da base económica
destas regiões.
O IMPACTO DAS INDÚSTRIAS NAS ÁREAS RURAIS

A indústria pode assumir um papel fulcral no desenvolvimento das áreas rurais,


sobretudo se associada aos recursos endógenos de cada região.
A atividade industrial nas áreas rurais deve basear-se:

Na utilização de mão No aproveitamento dos Na poluição


de obra intensiva recursos endógenos reduzida

Para absorver a Para contribuir para o Para valorizar a


população ativa local; desenvolvimento preservação e a
sustentável através de qualidade
uma utilização racional ambiental.
destes recursos.
O IMPACTO DAS INDÚSTRIAS NAS ÁREAS RURAIS

A implantação de unidades industriais nas áreas rurais:

Provoca o aumento do emprego na região, o que fixará a


população local e atrairá população de outras regiões;

Promove a agricultura, a silvicultura, a pecuária,


dado que são fontes de matéria-prima;

Fomenta o surgimento e o desenvolvimento de outras


atividades, como indústrias complementares, os serviços
e o comércio, através dos seus efeitos multiplicadores;
O IMPACTO DAS INDÚSTRIAS NAS ÁREAS RURAIS

A implantação de unidades industriais nas áreas rurais:

Promove a criação de
riqueza e o
desenvolvimento da região;

Promove a melhoria da
qualidade de vida da
população.
A INDÚSTRIA E O DESENVOLVIMENTO RURAL

As áreas rurais oferecem boas condições


para a instalação de indústrias
agroalimentares nos ramos da:

I - Produção agropecuária

Por exemplo, conserva de frutas e


vegetais, transformação do tomate,
lacticínios e carne, lanifícios,
vestiário, couros, etc.
A INDÚSTRIA E O DESENVOLVIMENTO RURAL

As áreas rurais oferecem boas condições


para a instalação de indústrias nos ramos da:

II - Exploração florestal

Por exemplo, serrações,


carpintarias, corticeiras, mobiliário,
etc..
A INDÚSTRIA E O DESENVOLVIMENTO RURAL

As áreas rurais oferecem boas condições


para a instalação de indústrias nos ramos da:

III - Extração e transformação

Rochas e minerais.
A INDÚSTRIA E O DESENVOLVIMENTO RURAL

As áreas rurais oferecem boas condições para


a instalação de indústrias nos ramos de:

IV - Energias Renováveis
Forma de valorizar os recursos
disponíveis nas áreas rurais
(biomassa, energia hídrica, solar,
eólica).
FATORES DE LOCALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA NAS ÁREAS RURAIS

A instalação de indústrias nas áreas rurais


pode ser favorecida pela existência de:

Mão de obra a baixo custo;

Boas infraestruturas e
acessibilidades;

Estruturas e serviços de
apoio à atividade produtiva;
FATORES DE LOCALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA NAS ÁREAS RURAIS

A instalação de indústrias nas áreas rurais


pode ser favorecida pela existência de:

Proximidade de mercados
regionais com alguma
importância;

Medidas concretas de
política a nível local,
regional e central
destinadas ao incentivo para
a instalação de empresas
(benefícios fiscais, apoios de
fundos comunitários, SCUTs,
etc.)
Que instrumentos devem ser mobilizados para o desenvolvimento rural

PDR, FEAGA, LEADER e FEADER


PDR – Plano de Desenvolvimento Regional
FEAGA – Fundo Europeu Agrícola de Garantia (escoamento dos produtos)
LEADER (Ligação Entre Ações de Desenvolvimernto da Economia Rural) é
uma forma de por em prática um conjunto de medidas destinadas ao
desenvolvimento das zonas rurais.
FEADER – Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural.

O FEADER tem 6 prioridades (e 18 domínios):


(1) Promover a transferência de conhecimentos e a inovação nos sectores
agrícola e florestal e nas zonas rurais
A.- Incremento da Inovação e da base de conhecimentos nas zonas rurais
B - Reforço da ligação dentro do sector e com a investigação e a inovação
C - Aprendizagem ao longo da vida e formação profissional no sector

(2) Melhorar a competitividade de todos os tipos de agricultura e reforçar a


viabilidade das explorações agrícolas
D - Reestruturação das explorações
E -Renovação das gerações
(3) Promover as cadeias alimentares e a gestão do risco na agricultura
F - Integração dos produtores primários na cadeia alimentar
G -Gestão de riscos
(4) restaurar, preservar e melhorar os ecossistemas que dependem da
agricultura e das florestas
H - Biodiversidade
I - Melhoria da gestão da água
J -Melhoria da gestão dos solos
(5) promover a utilização eficiente dos recursos e apoiar a passagem para
uma economia de baixo teor de carbono e resistente às alterações climáticas
nos sectores agrícola, alimentar e florestal
K - Melhoria da eficiência na utilização da água
L -Melhoria da eficiência na utilização da energia
M- Fornecimento e utilização de fontes de energia renovável
N -Redução das emissões de gases com efeito de estufa
O -Promoção de sequestro de carbono
(6) inclusão social, a redução da pobreza e o desenvolvimento económico
das zonas rurais
P -Diversificação, criação de PME e de empregos
Q -Fomento do Desenvolvimento Local
R - Melhoria das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)
Ler páginas 57 e 58 do manual
Enquadramento do tema: Agricultura e desenvolvimento rural
Pré-requisitos ou pontos prévios:
1. Caracterização dos espaços geográficos (conceitos)
2. Caracterização das condições ambientais (clima, relevo, solos, hidrografia,…)

1º Assunto 2º Assunto 3º Assunto


Agricultura Portuguesa Política Agrícola Comum Desenvolvimento Rural

Evolução histórica Objectivos da PAC (1962) Desenvolvimento


Sustentável
Estruturas agrárias Problemas com excedentes
- Sistemas de cultura - Para o orçamento Desenvolvimento
- Morfologia dos campos comunitário; Agroambiental
- Povoamento - Para o comércio mundial
Desenvolvimento
Problemas/constrangimentos Alargamentos da EU e Integrado
- Ao nível das explorações; Reformas da PAC
- Ao nível da população - Reforma de 1992 Desenvolvimento Rural
agrícola - Reformas de 2000 (Agenda Agricultura
2000) e de 2003 +
SAU e principais culturas - Reforma de 2014 Turismo em Espaço Rural
(temporárias e permanentes) Florestas
Portugal 2020 e Indústria e Serviços
Integração na PAC Objectivos recentes
FEADER
Financiamento pela PAC do desenvolvimento rural

As taxas de contribuição do FEADER, dependem das regiões, sendo a taxa


mínima de 20%.
FEADER
Ver este vídeo a partir dos 2m 30s Problemas comuns

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