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UNIVERSIDADE FRANCISCANA

CURSO DE PSICOLOGIA

GREGORY CHAVES

REFLEXAO CRÍTICA SOBRE O FILME SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS

Santa Maria

2018
CENAS DO FILME

Cena 1: Logo ao início do filme após o professor ser apresentado aos alunos, no
seu primeiro momento em que ele entra na sala assobiando e todos sentam e
ficam em silêncio, ele ainda assobiando anda pela sala ao redor dos alunos e se
retira da sala, fazendo um convite para que eles o sigam. Então o professor os
leva até a sala de troféus da escola, onde que eram guardados as fotos e
premiações recebidas pelos alunos que já estudaram lá, com isto ele levanta
questões acerca do conceito de “Carpe Diem”, que vem do latim e significa
“Aproveite o Dia”, fazendo com que os alunos olhem as fotos daquelas pessoas
que já passaram pela escola e reflitam sobre aquelas vidas terem feito algo de
importante que reverbera além de apenas morrerem e virarem fertilizantes para
o solo, como ele se refere no filme.

Cena 2: Na cena em que o professor está em sala de aula e pede para um dos
alunos recitar um poema da página do livro que iria ser estudado naquele dia e
então após o menino ler ele se refere que achava aquele livro um “excremento”
e que não se poderia enxergar a literatura daquela maneira e pede para que os
alunos rasguem aquela pagina, assim como todas as outras páginas do livro.

Cena 3: Em um segundo momento, quando os alunos fogem da escola à noite,


para ir em uma caverna recitar poemas e debater questões sobre a sociedade
dos poetas mortos e que ao final da cena eles começam a recitar um poema e
os outros alunos cantam junto, aonde isto envolve todos do grupo e eles vão
embora cantando e marchando essa cantiga.
REFLEXÃO CRÍTICA

As cenas foram escolhidas e pensadas a partir das contribuições e teorias de


Moreno, indo de encontro com os temas trabalhados em aula, com isto na
primeira cena é notável a presença da teoria da espontaneidade trazida pelo
autor, em que o professor faz com que os alunos fiquem em dúvida, se
questionado sobre o que estava acontecendo ao seu redor, os fazendo pensar
e proporcionando que tenham novas vivências podendo ver o mundo de
diferentes perspectivas, criando um ambiente na sala utilizando-se do silêncio
dos alunos e do som provocado pelo assobio para os ensinar e gerar
espontaneidade.
Na segunda cena em que os meninos vão para a caverna e recitam os poemas
pode-se reparar a presença do conceito de Moreno, sobre a realidade
suplementar em que faz com que o protagonista experiencie um mundo sem
limites, virtual em que saia do contexto real, trabalhando a imaginação em uma
outra realidade, a realidade suplementar. Em que os alunos vivenciam aquele
momento na caverna como se fosse fora da realidade do mundo real, com seu
próprio tempo e espaço, contemplando as subjetividades de cada um
proporcionando experiências que se não fossem vividas naquele momento,
talvez não fossem vividas de maneira individual.
Durante a terceira cena, o professor pede para os alunos que rasguem as
páginas do livro, com isto pode se perceber novamente a teoria da
espontaneidade trazida por Moreno, sendo que no filme alguns dos jovens se
mostraram com dificuldades em deixar a espontaneidade acontecer e de fato
rasgarem o livro, ficam se questionando se aquilo deve ou não deve ser feito,
como se fosse uma batalha interior com seus pré-conceitos, entre o agir e não
agir, se é certo ou errado. Portanto é de grande importância para o aprendizado
dos alunos e para o ser humano em si, exercer e trabalhar está espontaneidade
que está presente em cada um de nós, para que possamos quebrar as barreiras
das “conservas culturais” e nos tornarmos seres cada vez mais espontâneos.

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