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Plano de Estudos

Agente - PF

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Sumário
1. Introdução 3
2. Defina objetivos 4
3. Meios para atingir seus objetivos 5
4. Conheça o desafio que você vai enfrentar 6
5. Faça um bom plano de estudos 13
6. Como deve ser esse plano de estudos? 16
7. Como estudar 22
8. Tenha paciência 24

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1. Introdução
Ser aprovado em um concurso público para assumir um cargo que ofereça
boas condições de trabalho e um salário considerável é o objetivo de vida de
muitas pessoas. Além disso, o servidor público tem a possibilidade de adquirir a
tão valorizada estabilidade após três anos de trabalho e o cumprimento de alguns
requisitos.

Diante das vantagens de um cargo ou emprego público, é comum haver


grande concorrência pelas vagas ofertadas. Como cada vez mais os certames são
disputados por concurseiros de diferentes pontos do Brasil, o candidato deve se
preparar com eficiência e qualidade para ser competitivo e conquistar seu sonho.

“Se você já se decidiu por esse caminho, lembre-se de que há maneiras de


otimizar o tempo de estudo e de melhorar seu desempenho”.

Planeje-se!

Planejamento é essencial para quase tudo na vida. Quando se planeja algo, as


chances de se obter êxito aumentam exponencialmente. Apesar de serem essen-
ciais para a provação, dedicação e esforço muitas vezes não são suficientes para se
atingir a realização de seu sonho, ser aprovado. Estar preparado mais rápido e efi-
cazmente a para aprovação em um concurso público requer também um bom
plano.

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2. Defina objetivos
O primeiro passo na preparação é definir o quanto se deseja a aprovação. Isso
porque, dependendo do cargo almejado, a preparação exigirá muita dedicação,
pois tempo e paciência são diretamente proporcionais ao valor da remuneração e
da complexidade do cargo.

Se seu objetivo é a aprovação em concurso público, o concurso para o analis-


ta e técnico do Tribunal Superior do Trabalho, por exemplo, é uma grande oportu-
nidade de realizar seu sonho.

1.1. Identifique os requisitos exigidos para o concurso


• Área de formação;
• Outras etapas;
1.2. Identifique suas limitações
• Financeiras, grau de escolaridade, físicas etc.
1.3. Defina o que você está disposto a sacrificar.
• Tempo, família, amizades, patrimônio...

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3. Meios para atingir seus objetivos
O que você necessita realmente empregar para alcançar a aprovação?

3.1. Tempo
Esse é seu grande sonho, então, planeje e empregue todo tempo disponível na
sua preparação, seja lendo, assistindo à aula, resolvendo questões, fazendo simu-
lados, preparando-se fisicamente. Depois que você vir seu nome publicado no
Diário Oficial, verá que tudo valeu a pena.

3.2. Dinheiro
Entenda que uma bora preparação requer, em regra, um esforço financeiro.
Esse esforço não representa gasto, é, em realidade, investimento e quanto antes
você for aprovado, mais rápido você terá o retorno do valor que foi investido.
Assim, avalie bem suas prioridades financeiras, entenda que vale a pena abrir mão
de todos os gastos que não são essenciais e que não contribuirão para sua aprova-
ção. O foco é a realização de seu sonho com a posse no cargo que você tanto almeja.

3.3. Meios de estudo (cursos online, livros, apostilas)


Encontre a melhor forma de estudar, aquilo que você deve adequar a sua
forma de aprender, como materiais, aulas presenciais ou online, além, é claro, de
seu tempo e dinheiro. Cada pessoa acaba por descobrir a melhor forma de estudar,
isso tem muito de individualismo e melhor forma de mensurar o grau de aprendi-
zagem é por intermédio das questões, ou seja, seus índices de acertos.

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4. Conheça o desafio que você
vai enfrentar
A melhor forma de conhecer os detalhes do desafio que lhe aguarda é ler o
último edital do concurso, lá você poderá identificar:

1) Todas as fases (etapas) do concurso que você deseja realizar além da


prova objetiva, como prova discursiva, se houver.
2) As disciplinas cobradas com seus respectivos assuntos, a banca que nor
malmente realiza o concurso, dentre outros;

Veja, como exemplo, as disciplinas para o cargo AGENTE DA POLÍCIA FEDE-


RAL:

Língua Portuguesa:
1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.
2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais.
3 Domínio da ortografia oficial.
4 Domínio dos mecanismos de coesão textual.
4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conecto-
res e de outros elementos de sequenciação textual.
4.2 Emprego de tempos e modos verbais.
5 Domínio da estrutura morfossintática do período.
5.1 Emprego das classes de palavras.
5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração.
5.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.
5.4 Emprego dos sinais de pontuação.
5.5 Concordância verbal e nominal.5.6 Regência verbal e nominal.
5.7 Emprego do sinal indicativo de crase.
5.8 Colocação dos pronomes átonos.
6 Reescrita de frases e parágrafos do texto.
6.1 Significação das palavras.
6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto.
6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto.
6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade.
7 Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da Repú-
blica).
7.1 Aspectos gerais da redação oficial.

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7.2 Finalidade dos expedientes oficiais.
7.3 Adequação da linguagem ao tipo de documento.
7.4 Adequação do formato do texto ao gênero.

Noções de Informática:
1 Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows).
2 Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office e BrOffi-
ce).
3 Redes de computadores.
3.1 Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e intra-
net.
3.2 Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox e Google
Chrome).
3.3 Programas de correio eletrônico (Outlook Express e Mozilla Thunderbird).
3.4 Sítios de busca e pesquisa na Internet.
3.5 Grupos de discussão.
3.6 Redes sociais.
3.7 Computação na nuvem (cloud computing).
4 Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e
programas.
5 Segurança da informação.
5.1 Procedimentos de segurança.
5.2 Noções de vírus, worms e pragas virtuais.
5.3 Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, anti-spyware etc.).
5.4 Procedimentos de backup.
5.5 Armazenamento de dados na nuvem (cloud storage).

Atualidades:
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes,
política, economia, sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, rela-
ções internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia.

Raciocínio lógico:
1 Estruturas lógicas.
2 Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões.
3 Lógica sentencial (ou proposicional).
3.1 Proposições simples e compostas.
3.2 Tabelasverdade.
3.3 Equivalências.
3.4 Leis de De Morgan.

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3.5 Diagramas lógicos.
4 Lógica de primeira ordem.
5 Princípios de contagem e probabilidade.
6 Operações com conjuntos.
7 Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais.

Noções de administração:
1 Noções de administração.
1.1 Abordagens clássica, burocrática e sistêmica da administração.
1.2 Evolução da Administração Pública no Brasil após 1930; reformas administrati-
vas; a nova gestão pública.
1.3 Princípios e sistemas de Administração Federal.
2 Processo administrativo.
2.1 Funções da administração: planejamento, organização, direção e controle.
2.2 Estrutura organizacional.
2.3 Cultura organizacional.
3 Administração financeira e orçamentária.
3.1 Orçamento público.
3.2 Princípios orçamentários.
3.3 Diretrizes orçamentárias.
3.4 SIDOR, SIAFI.
3.5 Receita pública: categorias, fontes, estágios e dívida ativa.
3.6 Despesa pública: categorias, estágios.
3.7 Suprimento de fundos.
3.8 Restos a pagar.
3.9 Despesas de exercícios anteriores.
3.10 Conta única do Tesouro.
4 Ética no serviço público: comportamento profissional, atitudes no serviço, orga-
nização do trabalho, prioridade em serviço.

Noções de contabilidade:
1 Conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade.
2 Patrimônio: componentes, equação fundamental do patrimônio, situação líquida,
representação gráfica.
3 Atos e fatos administrativos: conceitos, fatos permutativos, modificativos e
mistos.
4 Contas: conceitos, contas de débitos, contas de créditos e saldos.
5 Plano de contas: conceitos, elenco de contas, função e funcionamento das contas.
6 Escrituração: conceitos, lançamentos contábeis, elementos essenciais, fórmulas
de lançamentos, livros de escrituração, métodos e processos, regime de competên-

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cia e regime de caixa.
7 Contabilização de operações contábeis diversas: juros, descontos, tributos, alugu-
éis, variação monetária/ cambial, folha de pagamento, compras, vendas e provi-
sões, depreciações e baixa de bens.
8 Balancete de verificação: conceitos, modelos e técnicas de elaboração.
9 Balanço patrimonial: conceitos, objetivo, composição.
10 Demonstração de resultado de exercício: conceito, objetivo, composição.
11 Lei nº 6.404/1976: alterações posteriores, legislação complementar e pronuncia-
mentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 12 Princípios fundamen-
tais de contabilidade (aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC -
por meio da Resolução do CFC nº 750/1993, atualizada pela Resolução CFC nº
1.282/2010).

Noções de Economia:
1 Microeconomia.
1.1 Conceitos fundamentais.
1.2 Determinação das curvas de procura.
1.3 Teoria do consumidor, utilidades cardinal e ordinal, restrição orçamentária,
equilíbrio do consumidor e funções demanda, curvas de Engel, demanda de mer-
cado, teoria da produção, isoquantas e curvas de isocusto, funções de produção e
suas propriedades, curvas de produto e produtividade, curvas de custo, equilíbrio
da firma, equilíbrio de curto e de longo prazos.
1.4 Estruturas de mercado.

Noções de Direito Penal:


1 Princípios básicos.
2 Aplicação da lei penal.
2.1 A lei penal no tempo e no espaço.
2.2 Tempo e lugar do crime.
2.3 Lei penal excepcional, especial e temporária.
2.4 Territorialidade e extraterritorialidade da lei penal.
2.5 Pena cumprida no estrangeiro.
2.6 Eficácia da sentença estrangeira.
2.7 Contagem de prazo.
2.8 Frações não computáveis da pena.
2.9 Interpretação da lei penal.
2.10 Analogia.
2.11 Irretroatividade da lei penal.
2.12 Conflito aparente de normas penais.
3 O fato típico e seus elementos.

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3.1 Crime consumado e tentado.
3.2 Pena da tentativa.
3.3 Concurso de crimes.
3.4 Ilicitude e causas de exclusão.
3.5 Excesso punível.
3.6 Culpabilidade.
3.6.1 Elementos e causas de exclusão.
4 Imputabilidade penal.
5 Concurso de pessoas.
6 Crimes contra a pessoa.
7 Crimes contra o patrimônio.
8 Crimes contra a fé pública.
9 Crimes contra a administração pública.
10 Lei nº 8.072/1990 (delitos hediondos).
11 Disposições constitucionais aplicáveis ao direito penal.

Noções de Direito Processual Penal:


1 Inquérito policial.
1.1 Histórico, natureza, conceito, finalidade, características, fundamento, titulari-
dade, grau de cognição, valor probatório, formas de instauração, notitia criminis,
delatio criminis, procedimentos investigativos, indiciamento, garantias do investi-
gado; conclusão, prazos.
2 Prova.
2.1 Exame do corpo de delito e perícias em geral.
2.2 Interrogatório do acusado.
2.3 Confissão.
2.4 Qualificação e oitiva do ofendido.
2.5 Testemunhas.
2.6 Reconhecimento de pessoas e coisas.
2.7 Acareação.
2.8 Documentos de prova.
2.9 Indícios.
2.10 Busca e apreensão.
3 Restrição de liberdade.
3.1 Prisão em flagrante.
3.2 Prisão preventiva.
3.3 Prisão temporária (Lei nº 7.960/1989).

Noções de Direito Administrativo:


1 Noções de organização administrativa.

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1.1 Centralização, descentralização, concentração e desconcentração.
1.2 Administração direta e indireta.
1.3 Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
2 Ato administrativo.
2.1 Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies.
3 Agentes públicos.
3.1 Legislação pertinente.
3.1.1 Lei nº 8.112/1990.
3.1.2 Disposições constitucionais aplicáveis.
3.2 Disposições doutrinárias.
3.2.1 Conceito.
3.2.2 Espécies.
3.2.3 Cargo, emprego e função pública. 4 Poderes administrativos.
4.1 Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia.
4.2 Uso e abuso do poder.
5 Licitação.
5.1 Princípios.
5.2 Contratação direta: dispensa e inexigibilidade.
5.3 Modalidades.
5.4 Tipos.
5.5 Procedimento.
6 Controle da administração pública.
6.1 Controle exercido pela administração pública.
6.2 Controle judicial.
6.3 Controle legislativo.
7 Responsabilidade civil do Estado.
7.1 Responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro.
7.1.1 Responsabilidade por ato comissivo do Estado.
7.1.2 Responsabilidade por omissão do Estado.
7.2 Requisitos para a demonstração da responsabilidade do Estado.
7.3 Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do Estado.
8 Regime jurídico-administrativo.
8.1 Conceito.
8.2 Princípios expressos e implícitos da administração pública.

Noções de Direito Constitucional:


1 Direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos;
direitos sociais; direitos de nacionalidade; direitos políticos; partidos políticos.
2 Poder Executivo: atribuições e responsabilidades do presidente da República.
3 Defesa do Estado e das instituições democráticas: segurança pública; organiza-

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ção da segurança pública.
4 Ordem social: base e objetivos da ordem social; seguridade social; meio ambien-
te; família, criança, adolescente, idoso e índio.

Legislação Especial:
1 Lei nº 7.102/1983: dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros,
estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares
que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras provi-
dências.
2 Lei nº 10.357/2001: estabelece normas de controle e fiscalização sobre produtos
químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita
de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência
física ou psíquica, e dá outras providências.
3 Lei nº 6.815/1980: define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, cria o Con-
selho Nacional de Imigração.
4 Lei nº 11.343/2006: institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas
(SISNAD); prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinser-
ção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão
à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras
providências (apenas aspectos penais e processuais penais).
5 Lei nº 4.898/1965: direito de representação e processo de responsabilidade admi-
nistrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade (apenas aspectos penais
e processuais penais).
6 Lei nº 9.455/1997: define os crimes de tortura e dá outras providências (apenas
aspectos penais e processuais penais).
7 Lei nº 8.069/1990: Estatuto da Criança e do Adolescente (apenas aspectos penais
e processuais penais).
8 Lei nº 10.826/2003: Estatuto do Desarmamento (apenas aspectos penais e proces-
suais penais).
9 Lei nº 9.605/1998: Lei dos Crimes Ambientais (apenas aspectos penais e proces-
suais penais). 10 Lei nº 10.446/2002: infrações penais de repercussão interestadual
ou internacional que exigem repressão uniforme.

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5. Faça um bom plano de estudos
Passar em um concurso público não requer apenas foco, disciplina e força de
vontade, mas também exige um método de estudo eficiente, para que seus esforços
sejam produtivos. Com o aumento da concorrência por vagas, o concurseiro preci-
sa se planejar, dispor de um plano de estudos capaz de dar conta de cobrir todos
os assuntos que podem cair na prova.

Para aumentar as chances de aprovação, o candidato pode utilizar o já bas-


tante conhecido ciclo de estudos e, assim, ter uma aprendizagem uniforme de
diferentes disciplinas. Além disso, é importante buscar materiais didáticos atuali-
zados. Dessa maneira, o aluno aproveita ao máximo o tempo e consegue vencer os
concorrentes na tão sonhada busca por uma vaga em cargo público.

Muita gente desconhece que há métodos mais adequados para se preparar


para um concurso público e, por isso, acredita que é possível estudar para as
provas da mesma forma que fazia no ensino médio ou na graduação.

Contudo, na aprendizagem para concursos públicos, a situação é um pouco


diferente, já que muitos candidatos estudam em suas próprias residências, o que
pode trazer alguns desafios adicionais.

Por exemplo, é normal surgir tarefas no dia a dia que tiram um pouco do
tempo do concurseiro, como ter que levar alguém ao médico ou um filho à escola.
Isso pode desestabilizar totalmente a sua programação de estudos.

Para garantir a efetividade dos estudos, é necessário estabelecer mecanis-


mos de controle que garantam que a carga horária planejada por disciplina seja
cumprida, mesmo que em horário diverso do que foi originalmente planejado
(quando há algum imprevisto), também deve-se estar atento as distrações que
tiram a atenção do concurseiro nos momentos de estudo, ou seja, um verdadeiro
monitoramento.

Além desse monitoramento por aula, também é necessário certificar-se do


cumprimento da carga horária diária e semanal, a fim de garantir um estudo
efetivo. Tenha em mente que, mais do que a quantidade de horas, é impor-
tante a qualidade da preparação. Por isso, busque organizar a sua agenda

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diária para que consiga reservar um tempo livre para os estudos. Antes de
começar a montar o calendário, anote todos os seus compromissos fixos e a
duração de cada um deles. Em seguida, identifique o tempo vago para estu-
dar, ajustando a sua rotina para que você tenha períodos maiores durante o
seu dia.

O plano de estudo envolve a distribuição do tempo disponível nas diversas


atividades que propiciarão sua aprovação (planejamento, estudo teórico,
resolução de questões, resolução de simulados, atividade física, etc.).

Faça um plano de estudos que permita maximizar seu tempo e recursos


financeiros. Nesse plano de estudo, você deve levar em consideração alguns parâ-
metros:
1) Identificar as disciplinas abordadas;
2) Peso da disciplina na nota geral (quantidade de questões/peso);
3) Grau de dificuldade da disciplina (complexidade/familiaridade).
4) Extensão da disciplina;
5) Tempo para planejamento;
6) Fonte de materiais didáticos e questões;
7) Intervalos para descanso.
8) Outros

Uma grande dúvida de concurseiros é a distribuição do tempo e das discipli-


nas no calendário de estudos. Como cobrir todas as matérias do edital, para conse-
guir fazer uma preparação uniforme, capaz de aumentar as chances da aprovação?
Deve estudar simultaneamente diferentes módulos de uma mesma disciplina ou
fazer um ciclo com várias matérias ao mesmo tempo?

A grande desvantagem de fazer um estudo modular para cobrir uma disci-


plina inteira e só depois passar para outra é que o aluno corre o risco de aprofun-
dar-se apenas em uma matéria e não conseguir se dedicar suficientemente às
demais que compõem a prova. Além disso, o estudo de apenas uma disciplina pode
ser um tanto enfadonho e desanimador. Para evitar isso, é recomendável estudar
várias disciplinas ao mesmo tempo, para se ter uma evolução uniforme no apren-
dizado.

Um benefício do estudo simultâneo de diversas matérias é que o candidato


pode intercalar disciplinas com perfis bem diferentes, como Direito Constitucional
e Informática ou Direito Administrativo e Raciocínio Lógico, entre outras possibili-
dades. Dessa maneira, a pessoa estimula o cérebro a pensar e memorizar os conte-

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údos com maior facilidade, além de tornar o estudo mais dinâmico. Quanto à dis-
tribuição da carga horária propriamente dita, grosso modo, é importante que você
leve em conta o peso da disciplina na pontuação total do concurso. Por exemplo, se
os pontos de Português correspondem a 15% da nota total da prova, e os de Infor-
mática a 5%, em tese, você deveria dar o triplo de tempo para Português na sua
preparação.

É claro que você também pode dosar essa distribuição de tempo conforme a
sua própria aptidão de aprendizado por disciplina. Se você tem facilidade para
aprender Língua Portuguesa, mas tem dificuldades com Informática, poderia au-
mentar um pouco mais a carga horária desta última para compensar. Lembre-se,
contudo, de que o seu estudo deve ser equilibrado, para que você se prepare inte-
gralmente, e não somente para algumas matérias do edital.

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6. Como deve ser esse plano
de estudos?
O plano de estudos é um instrumento que serve para organizar as diversas
atividades necessárias à sua aprovação. Assim, após sua elaboração e aplicação,
ele deve ser ajustado e reajustado a todo tempo, adequando-se às situações e ne-
cessidades que venham a surgir.

6.1. Quantificação do tempo para estudo (CALENDÁRIO E CONTROLE)

Para alcançar seus objetivos, é indispensável que o concurseiro elabore um


calendário de estudos, que deve conter ciclos com todas as matérias do
edital, além das revisões periódicas.

Antes de começar a montar o calendário, anote todos os seus compromissos


fixos e a duração de cada um deles. Em seguida, identifique o tempo vago
para estudar. Busque organizar a sua agenda diária para que consiga reser-
var um tempo livre para os estudos.

Para elaboração do seu plano de estudos, inicie por analisar e identificar em


sua rotina todo tempo disponível para estudar, cada momento de seu dia que
você possa destinar à sua preparação é importante.

O aluno deve estabelecer uma carga horária por disciplina e por dia — geral-
mente, o mínimo é uma hora líquida de aprendizagem. Se possível, tenha
um mecanismo de controle para avaliar se está focado nas aulas, livre de
distrações.

Seja criterioso e severo, exclua de sua rotina toda qualquer atividade que
não seja essencial, você deve destinar todo tempo disponível à sua prepara-
ção. Fique atento que, em razão da rotina, o tempo para estudar nem sempre
é aquele momento em que você senta em frente a uma escrivaninha exclusi-
vamente para essa finalidade. Há intervalos que você talvez possa não ter se
atentado, mas que é possível aproveitar de alguma forma, como desloca-
mentos, horário de trabalho, desde que seja possível, etc. Se você tem rotinas
diferentes em cada dia da semana, compute dia a dia e some as horas dispo-
níveis semanalmente.

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Determinadas as horas que você tem para estudar por dia ou por semana, é
necessário estabelecer um montante total de horas para que seja feita a dis-
tribuição entre as disciplinas ao longo do tempo. Para tanto, o plano deve ser
delimitado no tempo e esse marco temporal pode ter por base a data da
prova, se estiver prevista, ou um período determinado, em regra 6 meses.

Assim, basta calcular a quantidade de horas por dia ou por semana pela
quantidade de dias ou semanas do período estabelecido. O item 5.2 deixará
esse cálculo mais claro.

6.2. Distribuição do tempo disponível para as diversas atividades

Distribua o tempo disponível levando em consideração os seguintes pontos:

1) Estudo da teoria das disciplinas


Certamente, essa atividade consumirá a maior parte de seu tempo, principal-
mente se você for iniciante ou se for uma disciplina que você nunca teve contato,
ou se esse contato não ocorreu da forma adequada ou, ainda, se foi há muito
tempo.

Esse estudo deve ser feito assistindo a aulas, pois o professor servirá de faci-
litador em seu aprendizado, mas também na leitura de materiais didáticos como
livros e apostilas.

Quando se trata de estudar sozinho, lendo ou assistindo a vídeo aulas, muitos


fatores interferem na distribuição do tempo por disciplina, principalmente a
rotina que, muitas vezes, fraciona o tempo disponível durante o dia. Assim, haven-
do possibilidade, você deve adaptar a rotina para ter o máximo de tempo ininter-
rupto de estudo, isso facilitará o aprendizado e o planejamento.

• Distribuição do tempo entre as diversas disciplinas


A distribuição do tempo entre as disciplinas é essencial para que se possa
estudar tudo que é importante, evitando que você estude somente aquilo que você
mais gosta, em detrimento das matérias mais “chatas”. Assim, salvo uma boa justi-
ficativa, aquilo que foi planejado deve ser cumprido à risca.

Na distribuição do tempo por disciplina, devem-se seguir algumas regras:

• Não fique muito tempo sem contato com uma disciplina.


Não é aconselhável estudar totalmente uma disciplina para só então iniciar

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outra, pois, ao terminar a última, você já perdeu muito do que aprendeu da
primeira. Estude todas as disciplinas de maneira simultânea, distribuindo
o tempo de forma a intercalá-las. É possível montar grupos de matérias e
estudar grupo por grupo, mas a distribuição do tempo para os grupos deve
necessariamente obedecer a essa regra geral, ou seja, que não se fique
muito tempo sem contato com grupos de matérias.

• A distribuição do tempo entre as diversas disciplinas deverá obedecer


a uma lógica que leva em consideração fatores específicos para o con-
curso que você vai realizar.
Essa importância é determinada por fatores como o peso da disciplina na
nota geral (quantidade de questões/peso), grau de dificuldade da disciplina
(complexidade/familiaridade), extensão da disciplina. Pode-se utilizar uma
planilha de cálculo para se fazer essa distribuição.

• Divida e controle o tempo por períodos de estudo


Para facilitar, estabeleça a duração do tempo por período de estudo que
leve em consideração dois fatores: rendimento e rotina.
Busque a duração de estudo que traga o melhor rendimento, normalmente
de duas a três horas por disciplina. Assim, por exemplo, se você tem seis
horas de estudo por dia, você terá dois períodos de três horas, ou seja, você
poderá estudar duas disciplinas. Se, por acaso, uma disciplina tomar muito
mais tempo que as outras, impedindo que você sempre intercale com as
demais, destine a ela dois períodos de três horas e, assim, você conseguirá
manter um controle de quantos períodos destinar a cada disciplina.

• Estabeleça um período inicial e final para estudar como parâmetro


para seu plano.
Normalmente o temo final desse período é a data da prova, porém, se ela
ainda não estiver marcada, faça para um período de três a seis meses,
segundo a expectativa de quando ocorrerá.

Vejamos o seguinte exemplo:


Atenção: a maioria dos parâmetros subjetivos é pessoalíssima, ou seja, você
tem que adaptar á sua realidade.

Calculando as horas por dia você chegou a 45 horas por semana:


• 6h por dia de segunda a sexta (Três pela manhã bem cedo);
• 9h no sábado;
• 6h no domingo;

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Duração do plano: quatro meses (45 semanas aproximadamente);
Horas totais disponíveis para o estudo no período: 456h
Período ideal de estudos: 3h (três horas)
Quantidade de períodos: 456 (1369h/3h)
Quantidade de disciplinas: 13 (treze)

Vejamos a distribuição por disciplina imaginando que foram levados em


consideração a importância de cada matéria.
Veja que isso é uma mera estimativa e que você adaptar à sua realidade

Agora, basta pegar o calendário e distribuir os períodos de estudo nos dias


de suas próximas vinte semanas. Fara descobrir a frequência com que você
estudará o conteúdo, basta dividir a quantidade de períodos da matéria
pela quantidade total.

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2) Responder questões
É de suma importância responder questões da banca, principalmente do
último concurso ou similares. A resolução de questões serve para massifi-
car o conhecimento apreendido no estudo da teoria das disciplinas, além de
familiarizar o candidato com a linguagem da banca e a forma com que os
assuntos são cobrados.
Fique atento porque o ideal é as questões sejam resolvidas logo após o
estudo da teoria ou no primeiro momento em que isso seja possível, além
disso, é essencial que essas questões abranjam o assunto que acabou de ser
estudado.

3) Realização de simulados
Não é somente conhecendo a matéria que o candidato garantirá sua apro-
vação, isso porque outros fatores podem ser decisivos no momento de reali-
zar a prova. O que importa é qual será sua pontuação final e, mesmo saben-
do a matéria, a falta de atenção, o stress, o cansaço físico, o nervosismo, a
falta de tempo, a estratégia ruim podem fazer com que você erre questões
que normalmente acertaria, influenciando negativamente o desempenho.
O simulado auxilia o candidato a lidar melhor com esses obstáculos, ele é
parte essencial da preparação e quanto mais simulados o candidato puder
fazer, melhor, pois estará mais bem treinado, assim como um jogador

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treina para um jogo.
Fazendo simulados você poderá:

• Preparar-se física e emocionalmente;


Fazer provas é desgastante e cansativo, gerando stress emocional e físico,
que podem ser amenizados se você já fez simulados diversas outras vezes,
preparando o seu físico para ficar diversas horas concentrado e sob pres-
são. Além do mais, você terá ideia do que te espera na prova e o abalo emo-
cional, que em regra ocorre, será bem menor.

• Estabelecer a melhor estratégia


Ter uma estratégia definida é primordial para se obter um bom desempe-
nho na prova, pois é essencial estabelecer previamente suas ações levando
em consideração fatores como: estilo da banca; o tempo de prova; a quanti-
dade de questões; detalhes sobre a redação, como quantidade de linhas a
serem preenchidas e possíveis temas; definição da matéria pela qual você
vai iniciar a resolução das questões; o momento em que fará a redação (cui-
dado, se deixar para o final, pode faltar tempo), o momento que passará a
redação a limpo; o momento do preenchimento do gabarito.

4) Preparação para provas e questões discursivas


A preparação para provas e questões discursivas é específica e requer um
cuidado especial. Em um país como o nosso, cuja maioria da população, por
deficiência da formação escolar, escreve mal, fazer provas discursivas é, em
regra, uma missão que requer muito treinamento.
Para ter um bom desempenho nesse tipo de prova são necessários dois ele-
mentos: saber escrever e conhecer o assunto que está sendo abordado pela
prova.

O conhecimento sobre o assunto advém do estudo da matéria, do conheci-


mento de mundo ou ambos. Já escrever requer treino, pois transportar para
o papel o conhecimento nem sempre é uma tarefa fácil e demanda prática,
exprimir em um texto coerente aquilo que está em nosso saber solicita
certa habilidade, e essa pode ser desenvolvida com orientação, paciência e
perseverança. Assim, se seu concurso requer redação, destine tempo para
escrever.

5) Atividade física
A atividade física é sempre benéfica e, mesmo que seu concurso não exija
um teste de aptidão física, exercitar-se regularmente pode auxiliar no
aprendizado, isso em função dos benefícios fisiológicos e mentais que a ati-
vidade física proporciona.

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7. Como estudar
Estudar requer concentração máxima e isso não se adquire de uma hora
para outra, estudar corretamente demanda treinamento e dedicação.
Assim, siga os seguintes passos:

1) Use um cronômetro
Ao iniciar efetivamente o estudo, acione-o, a parar para qualquer coisa que
não seja relacionada ao estudo, pare-o, você verá que estuda efetivamente bem
menos do que parece. Só conte o tempo de estudo se você realmente estiver a
ponto de iniciar, ou seja, sentado, com o material didático e concentrado. Por exem-
plo, se você planejou iniciar seus estudos às 07h da manhã, você terá que acordar
e tomar café antes disso.

2) Desligue todas as mídias sociais


Evite tudo que venha a tirar sua concentração, desligue todas as mídias
sociais.
Se você não conseguir viver sem elas, use-as para lhe ajudar, ligue-as novamente
somente nos intervalos de estudo em que você descansará.

3) Faça intervalos regulares


Encontre a melhor fórmula para seu rendimento, por exemplo, estudar 1h e
descansar 10 min, nesse intervalo se desconecte da matéria e realmente descanse,
pode ser o momento de verificar suas mídias sociais.

4) Estude por ciclo


O estudo das disciplinas deve ser feito por ciclos, ou seja, abrangendo todo
conteúdo cobrado em edital, retomando do início assim que todos os tópicos forem
estudados.

Atenção para os tópicos cobrados em cada disciplina, o candidato deve estu-


dar somente o estritamente necessário à realização da prova, tendo o edital como
principal guia. Assim, em cada disciplina, deve-se estudar somente o que o edital
exige, salvo se determinado assunto, apesar de não estar explícito, for essencial
para o aprendizado dos tópicos previstos.

Fique atento: nem sempre o edital traz os assuntos de uma disciplina dentro

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de uma ordem mais coerente com o aprendizado, assim, se você ainda não conhece
a matéria, procure ajuda de quem a conheça, preferencialmente o professor, para
que você possa ordenar tais assuntos da melhor maneira possível.

Outro ponto a ser considerado é que dificilmente os assuntos de uma discipli-


na são cobrados de forma equânime, havendo sempre aqueles que, normalmente,
são mais exigidos nas provas. Mais uma vez, se você ainda não conhece a matéria,
procure ajuda de quem a conheça, presencialmente, o professor, para que você
possa dar maior atenção aos assuntos mais exigidos.

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8. Tenha paciência
É importante entender que, apesar de essencial, somente o estudo da teoria
das disciplinas, em regra, não é suficiente para garantir um bom desempenho em
provas de concursos públicos. Para obter esse bom desempenho é necessário,
ainda, aquilo que eu chamo de “maturidade concursal” que é alcançada quando o
aluno amadurece o conhecimento e passa a interpretar exatamente o que cada
questão está exigindo. Isso só acontece com o tempo e esse tempo será menor
quanto mais você estudar, resolver questões, fazer simulados e provas.

Cada pessoa é um universo e tem seu o tempo, o aprendizado e o consequen-


te bom desempenho em provas dependem de vários fatores que vão desde sua for-
mação intelectual, estrutura familiar, e vai até o investimento em um bom curso e
um bom material didático. Soma-se a isso fatores de cunho pessoal, desde biológi-
cos, psicológicos e sociais. Cada um tem uma rotina e uma condição social particu-
lares e, além de você, ninguém tem nada a ver com isso, pois todos querem a
mesma coisa, a aprovação. Entenda que o bom desempenho em prova é, em regra,
o único fator de diferenciação.

Como disse Renato Teixeira, “cada um de nós compõe a sua história, cada ser
em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz”.

Assim, não se compare a ninguém, se você tem um amigo que tem um de-
sempenho melhor que o seu e estudando bem menos, por exemplo, ou foi aprovado
e você não, entenda que isso é uma situação normal, afinal, ele não é “idêntico” a
você, o que o faz ter um desempenho diferente do seu.

Pode parecer redundante, mas única pessoa exatamente igual a você é você
mesmo. Assim, você é o único parâmetro de comparação. O que importa é sua evo-
lução em relação ao seu desempenho inicial, o quanto você evolui é que lhe aproxi-
ma da provação.

Portanto, tenha paciência, afinal o tempo passará de qualquer forma e é


melhor que ele passe com você lutando pelos seus sonhos.

Foco, Força e Fé!


Pra passar, tem que ser Focus!

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