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Creator: Jeff Mitchel. Esta imagem está sob licença de Creative Commons.
No entanto, esta solução não é tão simples como os defensores desta ciência nos
querem fazer crer. A aposta na engenharia climática – seja como uma apólice de
seguro para o planeta ou como uma medida de último recurso para combater o
aumento das temperaturas - não só é arriscada, como também afasta a atenção da
única solução que sabemos que irá funcionar: a redução das emissões de carbono.
No entanto, outras abordagens em matéria de EDC estão a ganhar apoio. Uma das
ideias mais debatidas visa a integração da biomassa com técnicas de captura e
armazenamento de carbono (CCS). Designado por “bioenergia com CCS” ou BECCS,
este método procura unir as capacidades de absorção de CO2 das plantas de
crescimento rápido com métodos de armazenamento subterrâneo de CO2. Os
defensores do método argumentam que o BECCS produziria efetivamente
emissões “negativas”.
Além disso coloca-se a questão da escala. Para que o BECCS alcançasse os limites
de emissões estabelecidos pelo acordo de Paris, seriam necessários entre 430
milhões e 580 milhões de hectares (entre 1,1 mil milhões e 1,4 mil milhões de
acres) de terras para cultivar a vegetação necessária. Isto representa um terço da
terra arável do mundo <http://avoid-net-uk.cc.ic.ac.uk/wp-
content/uploads/delightful-downloads/2015/07/Synthesising-existing-knowledge-
on-the-feasibility-of-BECCS-AVOID-2_WPD1a_v1.pdf> .
Ainda não foi encontrada nenhuma bala de prata para as alterações climáticas.
Além disso, embora as tecnologias de geoengenharia continuem a ser sobretudo
uma ambição, existem opções de mitigação
<https://www.boell.de/sites/default/files/change_of_course.pdf> reconhecidas que
podem e devem ser ativamente implementadas: o desenvolvimento das energias
renováveis, a eliminação gradual dos combustíveis fósseis (incluindo o
encerramento antecipado das infra-estruturas fósseis existentes), o recurso
alargado à agricultura agro-ecológica sustentável e o aumento das energias e dos
recursos utilizados na nossa economia.