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Introdução ao AutoCAD Civil 3D

Apostila de Introdução ao AutoCAD Civil 3D – Osvaldo Martins Junior – www.cadista.info

Sumário
Bem-vindo ao treinamento de Introdução ao AutoCAD Civil 3D! ............... 3
Interface.................................................................................................. 4
Sistema de Coordenadas ....................................................................... 8
Template................................................................................................. 9
COGO Points........................................................................................ 11
Localizar um ponto específico de acordo com seu número .............. 12
Renumerar ........................................................................................ 13
Inserir uma descrição ........................................................................ 13
Ligar pontos de acordo com a numeração ........................................ 14
Extrair bloco com atributo ................................................................. 15
Inserir tabela de pontos..................................................................... 16
Surface ................................................................................................. 17
Criação.............................................................................................. 17
Edição ............................................................................................... 35
Análises ............................................................................................ 39
Platô Simples........................................................................................ 51
Computando o Volume ..................................................................... 59
Perfil topográfico – Alinhamento ........................................................... 61
A partir de polilinha: .......................................................................... 61
A partir de um alinhamento: .............................................................. 62
Trabalhando com Imagens no AutoCAD Civil 3D ................................. 68
1- GEOMAP ................................................................................. 68
2- MAPWSPACE ......................................................................... 71
3- MAPIINSERT ........................................................................... 74
Limpeza do Desenho ............................................................................ 79
Passo 1 > Selecionar objetos: .......................................................... 79
Passo 2 > Funções de Limpeza: ....................................................... 80
Passo 3 > Métodos de limpeza: ........................................................ 86
Principais comandos, atalhos e variáveis: ............................................ 88
REFERÊNCIAS .................................................................................... 89

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Bem-vindo ao treinamento de Introdução ao AutoCAD Civil 3D!


Esse treinamento foi desenvolvido visando um melhor entendimento e
aproveitamento do usuário a partir dos principais recursos que o Civil 3D
oferece no desenvolvimento de projetos para cada disciplina. Ao invés de
abordar ícone por ícone, será abordado como executar o comando com
sucesso de forma OBJETIVA visando aperfeiçoar seu aprendizado.

Recomendações:

 A sua prática é fundamental no processo de adaptação ao


software. Para isso, você terá a sua disposição, arquivos que
servirão de apoio para o total esclarecimento de cada módulo.

 Caso ainda não tenha, procure instalar o Civil 3D em seu


computador pessoal o quanto antes.

 Tenha uma boa máquina, afinal quanto mais recursos o software


tem, mais ele pode pesar.

 Procure fazer anotações objetivas de pontos altos do treinamento.


Recomendamos que utilize a própria apostila, pois reservamos
páginas em branco e margens com mais espaço para esse fim.

Osvaldo Martins Júnior


Especialista AEC, Civil
osvaldo@cadista.info
www.cadista.info

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Interface
Seguindo o padrão dos programas Autodesk, os ícones do Civil 3D estão
distribuídos por meio de painéis superiores ou Ribbons, os quais estão
agrupados por meio de abas que se individualizam de acordo com a função
de cada grupo.

Exemplo:

Ribbon: Home
Aba: Create Design
Ícone: Parcel

Ainda há Ribbon contextual, que aparece após você clicar em algum objeto
criado pelo Civil 3D. Por ser contextual, basta dar um ESC para que essa
Ribbon desapareça.

Exemplo de Ribbon contextual:

O banco de dados do Civil 3D é visível e acessível pela Toolspace, que é


uma janela que fica na lateral esquerda e que é composta por quatro abas,
são elas:

- Prospector: Cria, visualiza e manipula os itens de projeto.


- Settings: Configura o formato de apresentação dos objetos projetados.
- Survey: Importa dados brutos da caderneta de campo.
- Toolbox: Extrai relatórios individuais a partir do que temos no projeto.

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Temos ainda algumas janelas horizontais (TOOLS) específicas de alguns


comandos. A partir delas, podemos definir critérios e criar detalhamente os
nossos objetos do Civil 3D.

Outra janela do Civil 3D é a PANORAMA. Ela pode informar as atividades


do Civil 3D que deram erro e também sobre detalhes de alguns itens
desenhados em seu projeto.

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Temos a TOOL PALETTES onde encontramos os subassemblies que


serão utilizados no desenvolvimento de nossa seção tipo ou leito
carroçável. Para visualizá-lo, basta digitar TP depois o enter.

Você também deve ter notado que o Civil 3D tem alguns ícones em uma
barra na lateral direita, os quais são chamados de TRANSPARENT
COMANDS. São recursos auxiliares para comandos de desenvolvimento
do projeto. No decorrer do curso, veremos alguns deles.

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Importante ressaltar que comumente você verá nas entidades do Civil


3D, Properties e Style.

Em Properties veremos como analisar e manipular a entidade selecionada


de um modo geral. Já em Style é possível trocar todas as formas de
apresentação do objeto.

Exemplo Surface Properties:

Exemplo Edit Surface Style:

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Sistema de Coordenadas
Antes de iniciarmos nosso projeto, é importante definirmos qual o sistema
de coordenadas que estamos trabalhando. No Civil 3D há um banco com
todas as projeções atuais, incluindo o sistema SIRGAS 2000.

Para configurar é bem simples. Basta acompanhar os seguintes passos:

1- Ao abrir um desenho novo, clique na aba Settings da ToolSpace.

2- Clique com o botão direito no nome do desenho aberto e opte por


Edit Drawing Settings.

3- Na janela a seguir, na aba Units and Zone defina o local do projeto


em Categories e em seguida o sistema de coordenadas disponível
de acordo com a região escolhida. Conforme abaixo:

Basta dar OK. Agora nosso projeto já está com o sistema de coordenadas
definido.

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Template
A tradução literal dessa palavra é modelo. Antes de iniciarmos nosso
projeto, primeiro, precisamos definir qual é o template ou o modelo de
trabalho. É importante entendermos que quanto mais configurado está seu
template, menos tempo você irá gastar com acabamentos em seu projeto.
A ideia é projetar já pensando no projeto final.

Durante a instalação do Civil 3D, em uma das telas de opção de instalação,


será pergunta qual o seu país. Esses países são “Country Kits”, que ao
optar por um determinado país, ele instala um “kit” de recursos liberados
na Toolbox da ToolSpace. São relatórios que variam de acordo com o país
selecionado. E nesse “kit” também acompanha um template que foi
configurado de antemão de acordo com as necessidades daquele país para
o desenvolvimento de projetos. O Country Kit do Brasil é bem direcionado
para projeto de vias mas possui recursos que podem ser úteis para outras
disciplinas. Por isso, utilizaremos esse template como base para nossos
exemplos.

Temos várias empresas que optaram por desenvolver um template


conosco, visando otimizar seu fluxo de trabalho. Apenas para
conhecimento, não há como implantar o Civil 3D em sua empresa sem ter
que configurar um template específico para sua necessidade. Por isso caso
seja preciso, podemos acompanhar a implantação desde o início
(configuração de template), até o final do processo (projeto piloto). Caso
tenha dúvidas sobre o assunto, fique à vontade em enviar seu email para:
osvaldo@cadista.info. Podemos agendar uma visita técnica para lhe
esclarecer mais sobre os nossos serviços. Todas as configurações se
localizam na aba Settings na janela ToolSpace.

Obs: Você poderá receber um dwg que não tenha os estilos comuns
de um template. O fato de ser um dwg não significa que o mesmo
obrigatoriamente tenha que ter os estilos do Civil 3D configurados.

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Para esses casos, o Civil 3D possui um comando específico. Basta seguir


os passos abaixo:

1- Salve seu dwg

2- Na Ribbon Manage localize o comando Import na aba Styles

3- Abrirá uma janela solicitando que você localize o arquivo base. Após
encontrar, basta dar OK

4- Escolha quais estilos que deseja importar para esse dwg, ou se


quiser, poderá deixar todos marcados para que todos os estilos
sejam importados.

Um outro método que funciona seria copiar todo o arquivo (Ctrl+C) sem o
template e colá-lo em um arquivo novo que tenha os estilos (Ctrl+V com
coordenadas originais).

Agora que já entendemos um pouco sobre o funcionamento do Civil 3D,


vamos começar a explanar os principais comandos, começando pelos
COGO Points

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COGO Points
São pontos com coordenadas geográficas os quais o Civil 3D armazena
em banco de dados. Esses pontos podem pertencer a grupos, ter estilos
individuais de acordo com sua descrição, ser ligados por linhas ou
polilinhas a partir da ordem levantada em campo e por fim servir de base
para criação de uma superfície. A forma mais adequada de trabalhar com
pontos em nosso projeto, é importá-los por meio de um arquivo com
extensão *.txt. No entanto, veremos no futuro que é possível trabalhar com
eles de várias outras formas.

Inicialmente, vamos aprender a trabalhar com pontos, importando-os a


partir de um arquivo de levantamento de campo que servirá como nosso
exemplo.

Basta seguir os passos:

1- Ribbon: Insert
Aba: Import
Ícone: Points from file

2- Abrirá uma janela onde basta clicar no ícone para buscar o


arquivo *.txt. Como exemplo utilizaremos o Pontos GPS I.txt

3- Escolha o formato do arquivo, ou a distribuição das informações de


acordo com sua coluna. Exemplo: E,N,Z (Este, Norte, Cota) ou
P,E,N,Z,D (Número do Ponto, Este, Norte, Cota, Descrição)

4- (Opcional) – Adicionar para um grupo de pontos. Para isso basta


clicar em e dar um nome para o grupo. Isso pode ser interessante
quando queremos armazenar em grupo os pontos de um
levantamento complementar de um mesmo projeto.

5- Clique em OK.

Pronto! Basta dar o Zoom Extends para visualizar o que foi importado.

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Ao aproximar de um dos pontos será apresentado:

O número do ponto, a cota e a descrição, caso tenhamos descrição em


nosso arquivo *.txt.

Agora que já importamos, vamos aprender a:

- Localizar um ponto específico de acordo com seu número


- Renumerar
- Inserir uma descrição
- Ligar pontos de acordo com a numeração
- Extrair bloco com atributo
- Inserir tabela de pontos

Localizar um ponto específico de acordo com seu número

Por exemplo, digamos que entre esses


pontos, você deseja encontrar o ponto
número 10. Para isso, basta clicar em
Points da Prospector na janela ToolSpace
e em baixo, veja que aparecerá uma lista
de pontos. Basta localizar o 10 e clicar com
o botão direito e optar por Zoom To.
Fazendo isso, observe que em seguida o
Civil 3D irá fechar o foco neste ponto
localizando-o em seu desenho.

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Renumerar

Ainda com a lista de pontos visível abaixo na


ToolSpace, pela lista basta selecionar os pontos
que queira renumerar, em seguida clique com o
botão direito, e opte por Renumber. Por fim, no
prompt irá perguntar um fator de adição ou
subtração para os pontos selecionados.

Como exemplo, utilizaremos como fator -6.

Isso fará com que sejam subtraídas de todos os


pontos seis unidades fazendo com que o ponto
7 passe a ser o 1, o 8 seja o 2, o 9 seja o 3, e
assim por diante.

Obs: Os pontos com a nova numeração,


automaticamente será excluído do grupo. Ou
seja, serão visíveis apenas em _All Points.

Inserir uma descrição


Para isso, primeiro, localize qualquer ponto, como exemplo, utilize
novamente o ponto de número 10. Em seguida, na mesma lista
apresentada anteriormente, localize a coluna Raw Description e nela digite
a descrição que desejar.

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Ligar pontos de acordo com a numeração


Esse procedimento é bem simples. Basta optar se você deseja ligar esses
pontos levando em consideração as cotas (3DPoly), ou em plano (Pline).
Ao acionar um dos comandos acima, digite ‘pn em seguida dê o enter e
digite de que número à qual você deseja ligar. Veja exemplo abaixo:

O resultado:

Você ainda poderá ligar pontos de outras formas:

‘po: Clicando ponto a ponto

‘pa: Por nome do ponto (não descrição)

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Extrair bloco com atributo


Para arte final, pode ser que precisemos dos pontos vinculados aos textos,
assim como um bloco. Podemos extrair dos COGO Points esses blocos de
modo simples. Para isso, basta clicar em um dos COGO e na Ribbon
Contextual, localize a aba COGO Points Tools em seguida, o comando
Create Blocks from COGO Points.

Abrirá uma janela onde podemos


indicar qual o grupo de pontos que
desejamos extrair os blocos, e fazemos
isso pelo ícone Também podemos
alterar o layer desse bloco pelo ícone
conforme ilustrado abaixo.
Por fim, basta dar o ok para finalizar a
extração.

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Inserir tabela de pontos


Fazemos isso pela Ribbon Contextual do COGO Point e pelo comando Add
Tables.

Abrirá uma janela, onde basta indicar qual o grupo que desejamos importar,
e fazemos isso pelo ícone Em seguida clique em OK, pois todos os
outros itens já estão configurados. Por fim, basta clicar onde você deseja
inserir sua tabela de pontos.

Obs: Cuidado com seu OSNAP, pois se o mesmo estiver ligado seu
computador pode travar caso passe seu cursor entre os pontos.

Com isso, finalizamos sobre COGO Points. A seguir, nosso próximo tópico
é sobre Surface que é o modelo digital de terreno gerado a partir de dados
topográficos. Veremos todas as possibilidades de criação e edição dessa
entidade.

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Surface
A surface ou superfície é a entidade base do Civil 3D. É nada mais do que
o modelo digital do terreno (MDT), base para todo o projeto já que a maioria
dos recursos do Civil 3D depende de um modelo triangulado. Esse é uma
entidade de suma importância, pois a partir dela podemos representar o
terreno por meio de um estudo preliminar ou de forma mais exata o terreno
natural.

Podemos separar esse tópico Surface em três, os quais responderemos


em detalhes:

1- Criação: Quais as possibilidades de se criar uma superfície?

2- Edição: Quais recursos que o Civil tem para edição da superfície?

3- Análise: Quais tipos de estudo podemos realizar na superfície?

Criação
OBS: Importante ressaltar que o procedimento padrão é criarmos uma
superfície VAZIA e em seguida preenche-la de acordo com o tipo de
informação topográfica que temos em mãos.

Procedimento padrão:

1- Na Prospector localize Surface. Clique com o botão direito e opte por


Create Surface

2- Na janela que abrir, você poderá colocar um nome para essa


superfície e se quiser, poderá trocar sua forma de apresentação em
Style e então, basta dar o OK para finalizar a criação da superfície.

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A seguir, veremos as possibilidades mais comuns de se criar uma


superfície.

Point Groups
Quando importamos um grupo de pontos, podemos a partir deste grupo,
gerar uma superfície. O procedimento é bem simples. Com uma superfície
já criada:

1- Abra o item Definition da Surface e encontre Point Groups e clique


com o botão direito e opte por Add

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2- Em seguida, abrirá uma janela onde você poderá optar por qual
grupo de pontos deseja triangular e gerar a superfície. Por fim, basta
dar o OK.

Point Files
Podemos importar pontos como visto anteriormente, já interpolando a
superfície, sem precisar trazê-los como COGO Points. Para isso, crie um
superfície vazia em seguida:

1- Abra o item Definition da Surface e encontre Point Files e clique com


o botão direito e opte por Add

2- Aparecerá a mesma janela de importação de COGO Points. Basta


clicar no ícone para buscar o arquivo *.txt. Como exemplo
utilizaremos o Pontos GPS II.txt

3- Escolha o formato do arquivo, ou a distribuição das informações de


acordo com sua coluna. Exemplo: E,N,Z (Este, Norte, Cota) ou
P,E,N,Z,D (Número do Ponto, Este, Norte, Cota, Descrição)

4- Basta dar o OK e finalmente um zoom extend para visualizar a


superfície.

Por fim, salve esse arquivo com nome: 1.Surface_Point_Files

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Drawing Objects
Abra o arquivo Surface_Drawing_Objects.dwg
Podemos gerar uma superfície a partir de objetos do CAD que já estejam
em nosso dwg. Apenas como requisito, esses objetos precisam estar com
sua cota já definida. São eles:

- Points
- Lines
- Blocks
- Text
- 3D Faces
- Polyface

Obs: Normalmente os arquivos de levantamento de campo poderão já vir


com a triangulação realizada anteriormente por outro software. Nesse caso,
podemos utilizar 3D Faces quando se tratar de faces separadas, ou
Polyface quando forem faces agrupadas.

Em nosso exemplo, vamos utilizaremos pontos. Após a superfície vazia


criada, basta seguir os passos:

1- Abra o item Definition da Surface e localize Drawing Objects, clique


com o botão direito e opte por Add.

2- Em seguida, abrirá uma janela pela qual você poderá escolher qual
é o tipo de objeto que servirá de base para criação da superfície.
Como já dito, escolha Points e clique em OK.

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3- Por fim, basta selecionar todos os pontos em sua tela, que então a
superfície será criada.

Obs: Por se tratar de um dwg que pode ter vindo de outro software, o
mesmo não estará com as configurações de um template. Para isso,
recomendamos que você realize os procedimentos indicados no tópico
Template.

Por fim, salve esse arquivo com nome: 2.Surface_Drawing_Objects

Contours
A forma mais comum de se criar uma superfície é por meio de polilinhas
que como um todo compõe curvas de nível de levantamento topográfico.
Lembrando que é de suma importância que essas polilinhas estejam de
acordo com suas determinadas cotas. Caso contrário, sua superfície não
será criada corretamente. Após a superfície vazia criada, basta seguir os
passos:

1- Abra o item Definition da Surface e localize Contours, clique com o


botão direito e opte por Add.

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2- Abrirá uma janela que por padrão já vem configurada. Para


conhecimento, são fatores para interpolação tanto quanto
espaçamento quanto angulação. Basta dar OK e selecionar todas as
polilinhas que compõe as curvas de nível do levantamento e por fim,
dar um enter.

3- (Opcional) Caso seja possível, você poderá limitar a triangulação da


sua superfície a partir do perímetro desenhado. Poderá fazer isso
clicando em Boundaries na aba Definition da Surface criada, dar o
OK na janela e selecionar apenas o perímetro da área e por fim, dar
um enter.

Antes:

Depois:

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DEM Files
DEM (Digital Elevation Model) trata-se de um arquivo raster baseado no
modelo digital de elevação de uma determinada área. Mais conhecida
como um tipo específico de carta topográfica, esse arquivo junto com o Civil
3D, pode nos auxiliar em estudos de viabilidade de projeto possibilitando
uma análise macro da região. A importação pode ser realizada pelas
seguintes extensões: *.dem, *.tif, *.asc, *.txt, *.adf. Esses dados podem
extraídos do site do IBGE que disponibiliza algumas regiões do Brasil
especificamente todo o estado de Santa Catarina, Rio de Janeiro e algumas
regiões de São Paulo, Minas Gerais e Goiás no formato *.tif.

Obs: Lembrando que para a importação seja feita com sucesso é


necessário que você configure seu sistema de coordenadas, conforme
explicado anteriormente.

Em nosso exemplo, utilizaremos um arquivo GeoTIFF localizado na pasta


IPAMERI. Crie uma superfície vazia, em seguida:

1- Abra o item Definition da Surface e localize DEM Files, clique com o


botão direito e opte por Add.

2- Clique no ícone para localizar o arquivo. Certifique-se que esteja


localizando por arquivos *.tif. Após indicar o caminho do arquivo,
basta dar OK na janela abaixo e dar um zoom extend para localizar
a superfície criada.

Por fim, salve esse


arquivo com nome:

3.Surface_DEM

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Point Cloud

Conhecendo mais sobre o sistema:


O sistema de perfilhamento a laser ou o sistema para mapeamento
do terreno por LASER Aerotransportado (ALTM – Airbone LASER Terrain
Mapper) é um sistema que adquire dados digitais de elevação do terreno,
com precisão equivalente ao GPS RTK, pois o sensor principal do sistema
é localizado em uma aeronave cujo deslocamento é sobre a área de
interesse, o que resulta em um levantamento planialtimétrico mais eficaz
com a possibilidade de obter esses dados com mais rapidez do que os
métodos convencionais. O objetivo deste sistema desenvolveu-se a partir
da necessidade de usuários obterem informações sobre o terreno sem ter
a necessidade de se deslocar fisicamente a área de interesse. As
experiências iniciais desta tecnologia, datam de 1993, realizadas pelo
grupo de pesquisa alemão Deustche Forschungsgemeinsschaft. Em
conjunto com empresas canadenses, esse grupo desenvolveu um método
de perfilhamento a laser considerado como o primeiro demonstrativo da
técnica (WEVER, 1999).

Até a metade dos anos 90, havia apenas uma empresa que
comercializava esse sistema e o investimento era inviável. No entanto, nos
últimos levantamentos de mercado realizado há mais de 5 anos, constatou-
se que há uma maior quantidade de fabricantes e de empresas que
realizam este processo. Neste levantamento, constatou-se que há cerca de
40 empresas que prestam esse tipo de serviço, os quais estão
concentrados principalmente na Europa, Estados Unidos, Canadá, Japão,
Austrália, África do Sul e mais recentemente o Brasil (BALSTAVIAS, 1999)
O princípio básico de funcionamento deste sistema é a obtenção de
registros contínuos de coordenadas espaciais, as quais constituem os
elementos primários para modelagem do terreno e geração de um mapa
topográfico derivado destas informações.

O pulso LASER de alta precisão é direcionado para o solo por uma


abertura no bojo de uma aeronave ou por um conjunto de sustentação
aplicado à lateral de um helicóptero. No caso das aeronaves, esta abertura
pode ser a mesma utilizada para a operação de câmaras aéreas na
execução de coberturas aerofotogramétricas. Durante o levantamento, o
sistema emite pulsos LASER em determinada freqüência que são dirigidos
para o solo por meio de um conjunto ótico móvel.

O sistema faz uma varredura da superfície do terreno abaixo da


aeronave e registra a distância até o solo para cada um dos pulsos
emitidos, sendo registrada também a posição inercial do conjunto, de modo
a conhecer a inclinação de cada feixe em relação à vertical do lugar. O

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conjunto de pontos apresenta-se como uma "nuvem" cuja distribuição


depende do padrão de varredura. Estes pontos podem ser classificados de
acordo com a elevação, com identificação de pontos sobre o terreno e
pontos sobre vegetação ou edificações. Nesta etapa, utilizam-se algoritmos
de filtragem, que se encontram em contínuo desenvolvimento. Estes
algoritmos podem ser aplicados tanto à "nuvem" de pontos quanto a um
conjunto de pontos espaçados regularmente.

Uma das principais características do sistema é a medição do


primeiro e do último retorno de cada pulso, além da detecção de reflexões
múltiplas oriundas de objetos pequenos como fios e cabos suspensos
acima do solo. Um mesmo pulso pode atingir vários objetos em seu trajeto
até a superfície levantada. Sendo assim, o ponto mais próximo ocasionará
um retorno mais rápido (primeiro retorno). Já o ponto mais distante
ocasionará um retorno mais demorado (último retorno). Esta característica
permite que se faça a distinção de objetos acima do solo, resultando na
obtenção de dois produtos distintos: o Modelo Digital da Superfície (MDS),
caracterizado pelo primeiro retorno e o Modelo Digital de Terreno (MDT),
caracterizado pelos demais retornos classificados

Veja o exemplo de um MDS classificado no Autodesk RECAP:

Torre do Castelo – Campinas (Fonte: Prefeitura Municipal de Campinas)

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A seguir, veremos como importar um MDT, visto que a partir deste dado
será possível obter as curvas de nível.

Importação e criação de curvas de nível...

Basta seguir os seguintes passos:

1- Na toolspace, clique com o botão direito em Point Cloud e em


seguida em Create Point Cloud...

2- Ao dar o NEXT, em Source Data, indique o local do arquivo e


configure o sistema de coordenadas da nuvem de pontos e por fim,

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clique em Finish. Aparecerá uma janela padrão avisando que o


processo de importação irá finalizar, conforme tela abaixo:

Nesse momento é necessário aguardar até que surja a mensagem no


canto inferior direito avisando que o processo finalizou com sucesso.

Pronto! É só clicar no link indicado na mensagem acima, ou também você


poderá dar um ZOOM EXTEND.

Finalizando este processo, você verá a nuvem de pontos importada na tela


do seu AutoCAD Civil 3D.

O próximo passo, será criar a triangulação a partir desta nuvem de pontos.

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Veja o resultado da importação:

Dica: Você poderá alterar para mais, ou menos a intensidade dos pontos,
o que impactará diretamente na triangulação da superfície. Para isso, será
necessário clicar na nuvem, e na RIBBON alterar a barra de intensidade,
conforme abaixo:

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Triangulação a partir da nuvem de pontos


DICA: Normalmente criamos uma superfície pela Prospector em SURFACE
> CREATE SURFACE. No entanto, quando se trata de uma superfície por
Nuvem de Pontos, o procedimento é outro, conforme mencionado abaixo:

Na RIBBON da nuvem de pontos, teremos o ícone Add Points to Surface.


Aparecerá a seguinte tela:

Adicionar
pontos para
uma nova
superfície

Adicionar
pontos para
uma superfície
existente
caso tenha

A próxima tela é onde você poderá definir a área de criação da superfície,


caso opte por criar a triangulação num perímetro.

Na última opção OBJECT, você deverá informar a distância mínima da


interpolação e também será necessário ter um perímetro já desenhado, o
qual a partir deste a superfície será criada.

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No exemplo abaixo, utilizamos a primeira opção (Point cloud extents) o qual


seria todos os pontos existentes:

Veja a superfície em 3D no OBJECT VIEWER (Botão direito)

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Ainda sobre nuvem de pontos no AutoCAD Civil 3D...


O procedimento acima, menciona a importação da nuvem com o objetivo
de criar a superfície. No entanto, há a possibilidade de importarmos a
nuvem como MDS, com fim de gerarmos classificações, seja por elevação,
ou até mesmo por tipo do objeto. No entanto, nesse caso, a extensão do
arquivo precisa estar como *.RCP, proveniente do Autodesk RECAP.
Abaixo, mostraremos como importar esse tipo de arquivo. Não
mencionaremos como criar o RCP, no entanto, basta ter o RECAP, importar
a nuvem e SALVAR o arquivo nesta extensão.

Na RIBBON Insert, clique no Attach da aba Point Cloud

Abrirá a janela para localizar o arquivo de acordo com seu diretório.

Em seguida, aparecerá uma janela de importação, como se fosse um bloco


do AutoCAD. No entanto, como esse arquivo já possui a localização
definida, devemos tirar a opção Specify on-screen.

Bastar darmos OK.

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Para classificar esses pontos, utilizaremos o comando Color Mapping ,


localizado na RIBBON da nuvem importada.

DICA: Para abrir a RIBBON da nuvem, selecione a borda da mesma.

Temos três tipos de classificação. No entanto, mencionaremos as duas


principais: Elevação e Classificação pelo tipo.

Elevação:

1 2

Onde:

1- Alteração das cores


2- Criação de uma nova paleta
3- Aplicação da nuvem de acordo
4- Intervalo entre as cores

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Classificação pelo tipo

Onde:

1- Temas pré-definidos
2- Alteração das cores pelo tipo do ponto

Importante: Para validar qualquer uma dessas análises, após dar o


OK, é necessário optar para visualizá-la em CLASSIFICATION,
conforme mostrado abaixo:

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Veja o resultado utilizando a classificação pelo tipo do ponto:

Agora, veja o resultado utilizando a classificação por elevação do ponto:

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Edição
Para edição, utilizaremos o arquivo 1.Surface_Point_Files salvo
anteriormente. Ao abri-lo, configure para visualizar os pontos e triângulos
da superfície. Para um melhor desempenho, oculte os COGO Points.

Aprenderemos os principais recursos de edição. São eles:

Add Line: Adiciona linhas de triangulação.

Delete Line: Apaga uma linha triangulada.

Swap Edge: Troca a triangulação entre os pontos

Add Point: Adiciona pontos para triangulação

Delete Point: Deleta pontos selecionados

Modify Point: Altera a cota de um ou vários


pontos

Move Point: Altera a localização de um ponto

Minimize Flat Areas: Reduz a concentração de


pontos que estejam na mesma cota

Raise/Lower Surface: Altera a cota de toda a


superfície a partir de um determinado fator + ou –

Smooth Surface: Suaviza a superfície


acrescentando pontos em sua triangulação

Paste Surface: Copia uma superfície à outra

Simplify Surface: Diminui a concentração de


pontos e ou triangulação, em toda ou partes da
superfície

Para aparecer as opções acima, basta selecionar a superfície e na Ribbon


Contextual clique em Edit Surface. Todas as edições são bem simples
mexer. No entanto, em seguida iremos abordar alguns detalhes sobre a
edição Smooth Surface por se tratar de um recurso útil e com opções à ser
configurado.

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Smooth Surface
Recurso que suaviza a superfície respeitando a triangulação existente. Ao
acionar essa opção, abrirá uma janela onde temos alguns métodos de
suavização, na qual abordaremos os três principais:

- Centroide
- Random Points
- Edge Midpoints

Centroide – Centro de cada triângulo:

1- Clique em que aparecerá na linha Select output region.

2- Opte se deseja inserir novos pontos em uma região determinada por


um polígono, retângulo ou em toda a superfície.

3- Irá voltar na janela, onde basta dar OK para finalizar o comando.

Perceba o resultado:

Antes:

Depois:

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Edge Midpoints – Meio de cada linha de triângulo:

1- Clique em que aparecerá na linha Select edges.

2- Com os triângulos da superfície visíveis, selecione quais deseja


incluir esses pontos.

3- Irá voltar na janela, onde basta dar OK para finalizar o comando.

Perceba o resultado:

Antes:

Depois:

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Random Points – Pontos aleatórios

1- Clique em que aparecerá na linha Select output regions.

2- Em seguida, entre com a quantidade de pontos que deseja inserir e


a região de deseja.

3- Irá voltar na janela, onde basta dar OK para finalizar o comando.

Perceba o resultado:

Antes:

Depois:

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Análises
O Civil 3D possuí vários recursos que nos auxiliam na análise da superfície.
A seguir veremos as principais análises e como configurá-las.

- Áreas de risco
- Estudos de escoamento superfícial
- Mapa de elevação

Áreas de Risco (DECLIVIDADE)


Os principais fatores naturais que condicionam a ocorrência de
escorregamentos estão relacionados às características do relevo de uma
dada região. Assim, para identificar a maior ou menor probabilidade de
ocorrência de processos de deslizamentos, a declividade pode ser o fator
de referência. A tabela abaixo apresenta a distribuição em área obtida por
classes de declividade, destacando suas principais restrições potenciais ao
parcelamento de solo.

Restrições ao uso do solo


Restrição Declividade (%)
(IPT, 1991)
Baixa 0–6 Poucas restrições
Identificação dos processos
Média 6 – 15
erosivos pluviais
Maior dificuldade para serviços
Alta 15 – 30 de terraplenagem, implantação
do sistema viário, drenagem, etc
Intensificação dos movimentos
de massa e a ocupação está
Muito Alta > 30 sujeita à restrições da Lei
Lehman
Lei Federal 6.766/79

Ainda com o arquivo 1.Surface_Point_Files iremos realizar a análise com


base nas classificações acima. Para isso, basta seguir os passos.

1- Entre em Surface Properties

2- Na aba Analysis opte por Slopes

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3- Em Ranges classifique em 4 faixas e clique em

4- Configure conforme abaixo:

5- A seguir, volte na aba Information e em Surface Style opte por


DECLIVIDADES.

6- Por fim, basta clicar em Apply e Ok para finalizar e visualizar o


resultado.

7- (Opcional) Legenda: Clique somente na superfície para aparecer a


Ribbon Contextual e nela localize o ícone Add Legend na aba
Labels & Tables.

8- No prompt clique opte por Slopes em seguida Dynamic para uma


tabela dinâmica e por fim, basta clicar em um lugar vazio de seu
desenho para inserir a legenda.

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Obs: Esse procedimento serve para todo tipo de análise.

Estudos de escoamento superfícial


Como parte do estudo hidrológico, podemos analisar representando o fluxo
das águas sobre a superfície do solo da bacia hidrográfica e pelos seus
múltiplos canais, sejam até rede de drenagem, rios e canais e ou
reservatórios. No contexto do ciclo hidrológico, o escoamento superficial é
um dos componentes mais importantes para dimensionamentos hidráulicos
e manejo da bacia hidrográfica.

Vejamos cinco recursos que podem auxiliar em estudos hidrológicos:

1- Watersheads: Visualiza as bacias de toda superfície, classificando-


as em área plana, depressão, ou divisor d’água. Cada bacia passa
a ter um ID (centro) para identificação na legenda.

Obs: Para visualizar, basta ligar o Watersheads no estilo da


superfície.

Em Analysis você pode ainda dar um merge ou unificar as micro


bacias e também visualizar somente as que você deseja.

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2- Slope Arrows: Visualiza a declividade do terreno indicada por setas


no centroide de cada triângulo.

3- Water Drop: Desenha o escoamento superficial a partir de um ponto


informado pelo usuário. Clique na superfície e localize o ícone:

Em seguida, configure a janela conforme abaixo:

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O resultado:

4- Catchment Area: A partir de um ponto baixo, ou ponto de captação,


o comando delimita a área de contribuição. Clique na superfície e
localize o ícone:

Em seguida, configure a janela conforme abaixo:

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O resultado:

5- Tempo de concentração: Considera-se que possam ocorrer três


tipos de escoamento em uma bacia hidrográfica: escoamento
superficial difuso (sheet flow) onde ocorre a erosão laminar,
escoamento concentrado (shallow concentrated flow), onde ocorre a
erosão linear e escoamento em canais, ou conduto livre (channel
flow). Para as duas últimas situações, é possível determinar a
velocidade média do escoamento; assim, o tempo de percurso em
determinado trecho será a razão entre o comprimento do trecho e a
velocidade média do escoamento.

Para o escoamento superficial difuso (sheet flow) é utilizada a


seguinte fórmula:

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[ .0913 × (𝑛 × 𝐿 )0,8 ]
𝑡𝑐 =
[(𝑃2) 0,5 × 𝑆 0,4 ]

Sendo:
tc= tempo de concentração (min);
n= coeficiente de Manning
S= declividade (m/m);
L= comprimento do percurso(m)
P2= precipitação de chuva de 24h para período de retorno de 2
anos (mm).

Para escoamento concentrado (shallow concentrated flow) a


fórmula é em função da velocidade média de escoamento, definida
pela declividade média do percurso:

𝐿
𝑡𝑐 =
3600 × 𝑈

Sendo:
tc= tempo de concentração (min)
L= comprimento do percurso (m)
U= velocidade média de escoamento

Sendo que o valor de U é encontrado na tabela abaixo:

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Para canais ou conduto livre (channel flow), a fórmula é:

1 2 1
𝑈= × 𝑅3 × 𝑆 2
𝑛

Sendo:
U= velocidade média de escoamento (m/s)
n= coeficiente de Manning
R= Raio hidráulico (m) sendo R= A/P
S= declividade (m/m)

Por fim, para saber o tempo de concentração, basta utilizar a


velocidade na formula do escoamento concentrado.

Depois das teorias, vamos ao comando:

Para que o AutoCAD Civil delimite automaticamente a bacia e o


percurso mais distante entre o ponto mais alto e o exutório, o

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indicado é utilizar o comando Catchment Area > Create Catchmente


from Surface.

Com base nas curvas de nível ou nas setas de declividade indicadas


pelas superfície, podemos identificar o exutório, o qual devemos
clicar para dar seguimento no comando, o qual abrirá a caixa de
diálogo abaixo:

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Na outra aba (Flow Path), podemos confirmar se vamos utilizar o


método TR-55 ou definido pelo usuário, na qual podemos determinar
o valor do tempo de concentração, inutilizando as formulas.

Como opcional, podemos também fazer referência à uma estrutura


do pipe network, o qual levará os resultados de captação para o
SSA.
O Resultado:

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Ainda há a possibilidade de configurar trechos de tipos de


escoamento, o irá impactar no resultado do tempo de concentração
para todo o trecho, clicando com o botão direito na bacia, opção Edit
Flow Segment

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Adicionando Labels (Rótulos)


Conforme o desenvolvimento do seu trabalho, geralmente é necessário
rotular a elevação da superfície, rotular a declividade de um determinado
local.
Para isto, utilize a ferramenta Add Labels que é exibido quando uma
determinada superfície é selecionada.

Slope: Insere a porcentagem de


declividade.

Spot Elevations: Insere o valor da


elevação de um determinado
ponto da superfície.

Spot Elevations on Grid: Insere


pontos em forma de grade sobre a
superfície.

Contour-Single: Insere o valor da


elevação em apenas uma curva
de nível.

Contour-Multiple: Insere os
valores das elevações em varias
curvas de nível por meio de uma
linha.

Contour-Multiple At Interval:
Insere os valores das elevações
em varias curvas de nível, porém
podemos determinar uma
metragem para que este valor seja
inserido ao logo da mesma.

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 Slope

 Spot Elevations

 Contour-Single

Platô Simples
Para realizarmos a criação de platôs no AutoCAD Civil 3D será
necessário à combinação de algumas ferramentas, são elas:

Estas ferramentas podem ser encontradas na aba HOME painel


CREATE DESIGN.

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Com a geometria da crista do platô definida por uma polyline iremos


transforma-la em uma Feature Line.

OBS: Para essa mesma polilinha, podemos definir a elevação nas


propriedades do CAD.

Clicando na Ferramenta Feature Line, iremos utilizar a opção:

Neste momento, o comando irá nos solicitar a seleção de um objeto para a


criação da Feature Line, no caso será a nossa Polyline, então
selecionamos e confirmamos com o Enter.

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Será exibida a seguinte Janela:

Nesta janela, temos a possibilidade de atribuir um endereço (site), nome


(name), estilo de visualização (style), layer e opções de conversões.

Iremos realizar as mesmas configurações abaixo e clicaremos em OK

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Obs:
Não se esqueça de marcar a opção Assign elevations, pois é ela que
nos permitir determinar uma elevação para o Platô.

Será exibida outra janela, onde iremos escolher a opção Elevation,


Ou seja, a elevação que será atribuída ao Platô, após a configuração
abaixo, clique em OK.

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O
O objeto que antes era uma Polyline foi transformada em uma Feature
Line com a elevação estabelecida para o Platô.

O próximo passo será a criação dos Taludes com a ferramenta de Grading,


para acessa-la vá até a aba HOME painel CREATE DESIGN.

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Iremos utilizar a opção Grading Creation Tools, clicando nesta opção ele
irá exibir a seguinte Janela.

Utilizaremos o primeiro botão para criarmos uma superfície para o platô

Logo em seguida será exibida a janela abaixo, onde realizaremos as


mesmas configurações conforme a imagem.

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Basta clicarmos em OK nesta janela e também na janela seguinte para que


a criação da superfície seja efetuada.

Em seguida iremos criar os taludes, para isso precisamos mudar o critério


de criação para Superfície e selecionarmos a opção Create Grading.

Neste momento ele irá pedir para selecionarmos a Feature Line para a
criação dos Taludes, após a seleção indicaremos o lado de criação, neste
caso será para fora, surgira a seguinte pergunta.

Ele pergunta se desejamos criar os taludes em toda Feature Line, iremos


dizer que sim (Yes).

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Ele irá solicitar um fator de declividade quando houver o corte e também


para quando houver o Aterro, iremos manter o padrão de 1.00:1 para o
corte e 1.50:1 para o aterro, conforme as imagens abaixo.

Confirmamos com o Enter e Pronto!

Os taludes foram criados conforme as especificações atribuídas por você.

Veja que não foi realizada a triangulação na região interna do Platô, para
isso iremos utilizar uma ferramenta chamada Create Infill

Após a seleção da ferramenta Create Infill, iremos clicar na parte interna


do Platô e logo em seguida confirmaremos com a tecla Enter para a
triangulação ser realizada.

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Veja o Resultado:

Object Viewer

Computando o Volume
Para computar o volume, iremos utilizar
uma ferramenta chamada Volumes Dashboard que se encontra na aba
Analyze Painel Volumes and Materials.

Clicando na ferramenta, irá surgir a janela abaixo onde teremos que


selecionar o ícone destacado na imagem para a criação de uma superfície
de volume (Tin Volume Surface).

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Clicando no ícone da imagem, será exibida uma janela de criação de


superfície onde iremos atribuir um nome, estilo de visualização, Superfície
de Base para o Volume, Superfície de Comparação para o Volume, um
fator de Empolamento do Solo (Cut Factor) e um Fator de Contração do
solo (Fill Factor) conforme a imagem abaixo.

Bastar clicar em OK que o volume será computado automaticamente

DICA: É possível confeccionarmos uma rampa ou igualar a cota de um


ponto da feature line a partir dos comandos visíveis na sua Ribbon.

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Perfil
topográfico – Alinhamento
A partir da superfície gerada, é possível obtermos o gráfico do perfil
topográfico dinâmico por meio de um traçado sendo este um possível
estudo de um canal ou até mesmo somente uma visualização do terreno
para identificar possível erosões. Temos duas formas de gerar o perfil:

A partir de polilinha:
É um método simples, onde podemos visualizar o perfil do terreno
‘temporariamente’, onde ao salvar o desenho, o mesmo perfil não será mais
visível. Para isso, basta traçar a polilinha onde deseja tirar o perfil, e então
clicar nela com o botão direito e entrar na opção ‘Quick Profile’. Nesta
janela, basta dar Ok.

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A partir de um alinhamento:
O Civil chama de alinhamento todo traçado a ser estaqueado. Para
isso, basta seguir os passos abaixo:

1- Converter polilinha em alinhamento:


A partir da polilinha traçada, será necessário converter em
alinhamento pelo comando:

Ao acioná-lo, clique na polilinha, em seguida dê o sentido do


estaqueamento. Dê o enter para confirmar, e então, abrirá a seguinte
tela onde basta deixar configurado como abaixo:

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2- Trazer a superfície ao banco de dados do alinhamento:


Fazemos isso pelo comando ‘Create Surface Profile’. Abrirá a
seguinte tela, onde:

1-Escolher alinhamento

2-Escolher superfície

3-Adicionar

4- Desenhar o perfil

Por fim, abrirá uma tela onde basta clicarmos em “Create profile
View”. Basta clicar em algum ponto na tela para inserir o gráfico e
teremos o resultado:

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Geometria do estaquemento
Importante ressaltar que depois de pronto, podemos alterar o
estaqueamento, seja sua geometria, ou o sentido do mesmo. Abaixo,
mostraremos as opções:

Basicamente, a opção 2 e a 3 são as mais utilizadas para alterar o traçado.


Lembrando que qualquer alteração geométrica, automaticamente alterará
os labels do estaqueamento.

Reverter o estaqueamento
Basta clicar no eixo do estaquemento, e na RIBBON, clique na aba
MODIFY, que então você encontrará o comando que reverte o
estaqueamento. Caso já tenha o perfil, você perceberá que o mesmo
também será invertido.

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Station Tracker
Temos ainda uma ferramenta muito útil para identificar o posicionamento
de objetos no perfil ou na planta.

Para acionar esse recurso, basta clicar no perfil, e na RIBBON, clicar em


Station Tracker na opção All Viewports.

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Project Objects to Profile View


Utilizamos esse comando para rebater um ponto ou objeto no Perfil, até
mesmo para identificar sua localização de acordo com o estaqueamento.

Para isso, basta clicar no gráfico do perfil, e então na RIBBON, clicar no


ícone mostrado abaixo:

Nesse exemplo, utilizaremos o objeto POINT do AutoCAD para


“rebatermos” o mesmo no perfil topográfico.

Passos:

1- Acione o comando POINT e clique no local da interferência ou


interseção que deseja visualizar no perfil. (DICA: Comando PTYPE
altera o tipo de ponto)

2- Configure a cota na propriedade do ponto. Para abrir as


propriedades, segure as teclas Ctrl+1 ou digite PR no prompt.

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3- Clique no gráfico do perfil, e clique em

4- Clique no ponto inserido no primeiro passo e dê o Enter.

5- Abrirá uma tela onde podemos definir o estilo de visualização deste


ponto no perfil (de acordo com o template) e também, alterar sua
cota. Ao clicar em OK, veja o resultado abaixo:

DICA: Podemos inserir mais um ponto na mesma operação

Caso seja necessário identificar a estaca deste ponto em planta, basta


inserir um label do alinhamento. Clicando no eixo do estaqueamento, abrirá
uma RIBBON, onde no primeiro ícone encontraremos a label

O resultado:

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Trabalhando com Imagens no AutoCAD Civil 3D


Veremos três maneiras de trabalhar com importação de imagens no
AutoCAD Civil 3D. Importante ressaltar de realizar esses comandos, é
necessário definirmos o sistema de coordenadas do nosso projeto,
conforme exemplificado na página 7 deste material.

1- GEOMAP

Atualmente, há um comando no AutoCAD Civil que exibe uma


imagem dinâmica na viewport a partir de um servidor online de
mapas da Microsoft. Como requisito, o mapa estará disponível
somente ao estar conectado ao Autodesk 360, e se o arquivo de
desenho contém informações sobre a localização geográfica.

Ao acionar o comando GEOMAP pelo prompt aparecerá as


seguintes opções:

: Imagem aérea de satélite em sua viewport atual.

: Mapeamento de ruas, avenidas e rodovias em sua


viewport atual.

: Imagem aérea de satélite em conjunto com o


mapeamento de ruas, avenidas e rodovias em sua viewport atual.

: Desliga o comando

Caso seja a primeira vez que esteja utilizando o comando e ainda


não tenha uma conta na Autodesk 360, basta seguir a sequência das
imagens abaixo:

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Resultado:

Selecionando a imagem, perceba que abrirá uma nova RIBBON, na


qual, podemos recortar a imagem, e melhorar a qualidade da
mesma, de acordo com a resolução da Viewport.

OBS: Essa imagem somente será visível para os possuírem o


AutoCAD Civil a partir da versão 2014.

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2- MAPWSPACE
Utilizado os recursos do AutoCAD MAP, temos a possibilidade de importar
uma imagem RASTER na extensão GeoTIFF. A mesma é considerada
GeoTIFF por possuir um arquivo auxiliar que serve para posicioná-lo no
desenho de acordo com o sistema de coordenadas definido.

O MAPWSPACE é uma aba lateral do AutoCAD MAP e para acioná-la, será


necessário digitá-lo no prompt e em seguida a opção YES.

Veja os passos abaixo:

Em seguida, escolha o arquivo de acordo com seu diretório...

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Continuando:

Verifique o
sistema de
coordenadas
da imagem

A imagem será
convertida de acordo
com o sistema definido
anteriormente

Clicando em ADD TO MAP conforme ilustrado acima, a imagem será


importada para nosso projeto.

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DICA: Para definirmos as extremidades da imagem (normalmente em


preto) como transparente, devemos seguir os passos abaixo:

Na mesma Task Pane, aberta com o comando MAPWSPACE, veremos


nossa imagem. Clicamos com o botão direito e vamos em Edit Style...

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Clicamos em Transparent em seguida em SELECT e por fim, clicamos na


cor que desejamos definir como transparente. Basta dar OK e APLLY
para finalizar o comando.

3- MAPIINSERT
Esse outro recurso do AutoCAD MAP que importa imagens
georreferenciadas. Basta digitar no prompt MAPIINSERT (com dois i).

Escolha o formato da imagem em TIPO e em seguida localize-a de acordo


com seu diretório. Clicando em ABRIR, a imagem será importada.

DICA: Esse tipo de importação, permite recortarmos a imagem, por meio


da Ribbon que aparece ao selecioná-la:

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Anotações:

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Anotações:

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Anotações:

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Anotações:

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Limpeza do Desenho
Existe um comando específico para tratamento geométrico e que pode
facilitar na limpeza do desenho ou que pode facilitar em algum operação
que desejamos realizar em nosso projeto. Esse comando é o MAPCLEAN.
Ele possibilita que você crie uma sequência de comandos que em conjunto
podem auxiliar na limpeza de linhas.

Veja abaixo as três etapas para a realização do comando:

Passo 1 > Selecionar objetos:

Nesta tela, você pode determinar que os objetos serão selecionados


automaticamente (Automatically) ou manualmente (Manually). Se você
marcar a opção Select Manually, você deverá clicar em seguida selecionar
os objetos do desenho que você deseja incluir na análise para limpeza.

Se você quiser filtrar os objetos


selecionados, informando ao MAP
que pretende usar apenas
aqueles que estiverem em
determinados layers, marque a
opção Filter Selected Objects e,
em seguida, clique no botão
[Layers] para indicar os layers
que interessam na seleção.

Aparecerá a tela ao lado.

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Clique nos layers desejados e, em seguida, em Ok. O programa voltará a


apresentar a tela anterior, só que os nomes dos layers selecionados
aparecerão separados por vírgulas, como se você os tivesse digitado. Se
for utilizada a opção Select Automatically, você deverá informar que layers
deseja que o programa considere na seleção, ligando a opção Filter
Selected Objects e clicando no botão [Layers...], como já foi exemplificado.
Você também pode determinar os objetos que você não quer que sejam
alterados durante a limpeza, estes são os chamados Anchor Objects. Ao
terminar de selecionar os objetos, clique em Next.

Passo 2 > Funções de Limpeza:


Este é o passo mais importante. Nele, você deverá escolher que tipo de
limpeza deverá ser feita no desenho. Quando você clica no botão [Cleanup
Options...] aparece a seguinte tela:

Nela, você tem a região chamada Edit Geometry. Nela, você deverá
escolher que tipo de limpeza deseja fazer. Segue uma explicação de cada
opção de limpeza:

Delete Duplicates
Esta opção detecta quando dois objetos estiverem sobrepostos (ou
quase) e apaga um deles. Mas como saber quando duas linhas estão
“quase” sobrepostas? Para isso que serve o campo Tolerance. Ele mede
a distância entre as linhas e verifica se elas estão dentro da tolerância. Se
estiverem, ele apaga uma delas:

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Erase Short Objects


Através deste tipo de limpeza, o comando elimina objetos cujo tamanho
seja menor que o valor especificado por você no campo Tolerance.

Break Crossing Objects


Este tipo de limpeza verifica se há objetos se cruzando. Se isto estiver
ocorrendo, os objetos são quebrados nos pontos em que se interceptam.

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Extend Undershoots
Utilizando esta opção, o comando detecta se existem objetos que tendem
a se interceptar. Se isto ocorrer, o comando verifica se a distância entre as
linhas é menor que a tolerância especificada por você em Tolerance e, em
caso positivo, estende uma linha (ou arco) até a outra.

Apparent Intersection
Esta opção faz com que essa função detecte se há linhas convergindo para
um mesmo ponto, formando uma interseção aparente. Se for o caso, então
ele estende as linhas para concretizar a interseção.

Snap Clustered Nodes


Esta opção faz com que o Autodesk MAP detecte se há vértices
convergindo para um mesmo ponto. Se isto ocorrer, verifica se as
extremidades das linhas estão dentro de um círculo imaginário, de raio igual
ao valor digitado por você em Tolerance. Se for verdade, as extremidades
das linhas são agrupadas num único ponto de convergência.

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Ilustrando de outra forma, temos:

Dissolve Pseudo Nodes


Se esta opção for escolhida, então o MAP verifica se há nós
desnecessários no desenho e os elimina. Um exemplo pode ser mais
esclarecedor: suponha que exista uma linha totalmente horizontal, com
cinco metros de comprimento. Você pode desenhá-la em cinco pedaços de
um metro cada e visualmente ela estar parecendo ser uma só. Neste caso,
não haveria a necessidade de desenhar a linha em cinco partes, ela poderia
ter sido feita de uma só vez e a função reconhece isto, substituindo os cinco
segmentos por um único.

Erase Dangling Objects

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Este tipo de limpeza apaga pedaços de linhas que estejam “em balanço” e
que tenham comprimento menor que o valor especificado por você em
Tolerance. Uma observação importante é que os pedaços de linhas em
balanço deverão estar separados (quebrados), como mostra a ilustração.
Talvez antes de aplicar este comando, o ideal seja utilizar a opção Break
Crossing Objects.

Simplify Objects
Na região denominada Simplify Objects, há também uma opção que
permite a simplificação de desenhos de mapas, quando esses não
precisam muitos detalhes. O efeito está ilustrado a seguir:

Para utilizar esta opção, basta marcar Simplify Linear Objects e especificar
no campo Tolerance que fica em frente desta opção a faixa máxima de
tolerância para que a simplificação seja feita, como ilustrado a seguir:

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Entenda melhor o funcionamento da tolerância para a opção Simplify Linear


Objects, observando a ilustração:

Importante: Os objetos a serem simplificados deverão obrigatoriamente


ser polilinhas.

Finalmente, há duas formas de se fazer a correção de um desenho:


Automática ou manualmente. Na região denominada Correction Method,
você deverá optar por uma das duas formas, clicando em Correct Manually
ou Correct Automatically. Veja:

Se você escolher Correct Automatically não há mais nada a fazer. O


comando vai corrigir o desenho automaticamente para você.

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Passo 3 > Métodos de limpeza:


Neste passo, você deverá indicar se deseja algum tipo de conversão dos
objetos. Clicando em Object Conversion, aparecerá a seguinte tela:

Se você marcar a opção Modify Original Objects, os objetos do desenho


serão modificados, como se você os tivesse alterado manualmente,
através dos comandos de modificação do AutoCAD, tais como Trim,
Extend, Move etc.

A opção Retain Original and Create New Objects faz com que os
objetos atuais sejam mantidos e que os novos objetos sejam desenhados
SOBRE os antigos. Assim, você tem condições de ver como o desenho
era e como ele ficou.

A opção Delete Original and Create New Objects APAGA os objetos do


desenho a serem modificados e cria novos desenhos corrigidos na
mesma posição, como se você estivesse apagando os objetos com o
comando Erase e redesenhando-os com os comandos normais de
desenho do AutoCAD, tais como Line, Arc, Circle etc.

Você pode opcionalmente marcar a opção Create on Original Layer,


assim os objetos que forem alterados serão substituídos por outros
objetos, mas estes serão desenhados nos mesmos layers dos originais.

Se você não quiser que os novos objetos sejam desenhados nos mesmos
layers dos originais, basta deixar desmarcada a opção Create on
Original Layer e clicar no botão [Layers...] para selecionar o layer no qual

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os novos objetos deverão ser desenhados. Obviamente, esse layer


deverá já ter sido criado anteriormente.

Há ainda outras opções:

• Line to Polyline – Converte as linhas para polilinhas


• 3d Polyline to Polyline – Converte as polilinhas 3D em polilinhas 2D
• Arc To Polyline – Converte os arcos em polilinhas
• Circle to Polyline – Converte os círculos em polilinhas
• Circle to Arc – Converte os círculos em Arcos

Quando terminar de configurar as opções desta tela, clique Ok para


prosseguir.

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Principais comandos, atalhos e variáveis:

TECLADO O QUE É
- LA Comando simplificado para criação de Layers (CAD)
AUDIT Comando que auditora o desenho, corrigindo possíveis erros
BR Comando Break do CAD
BR Comando que quebra trecho ou parte da linha ou polilinha
BURST Comando que explode bloco com atributos preservando-os
CAL Simples calculadora do CAD
Ctrl+9 Linha de comando do Prompt
DR Comando Draw Order do CAD
DT Comando simples para criação de layers (CAD)
FILEDIA Principal variável que visualiza a caixa de diálogo do CAD (Padrão 1)
FLATTEN Comando do CAD que converte objetos 3D em 2D
LAYISO Isola layers selecionados
LAYOFF Delisga layers selecionados
LAYON Liga Layers selecionados
LAYWALK Percorre todos os layers do desenho
MA Comando do “PINCEL” Match Properties
MAPCLEAN Limpeza e correções geométricas (VER LIMPEZA DO DESENHO)
MAPWSPACE Abre a Task Pane do MAP
OVERKILL Deleta objetos duplicados de acordo com tolerâncias
PR Propriedades do CAD
PTYPE Estilo do ponto do CAD
PURGE Comando que limpa o dwg
ST Estilo de texto
SUPERHATCH Comando que cria novas Hachuras do CAD
SYSVDLG Visualiza as variáveis do CAD
TJUST Comando que justifica os textos de acordo com o posicionamento
TOOLSPACE Abre a Toolspace do CIVIL
TP Bibliotecas de subassembly do CIVIL
TR Comando Trim do CAD
TR + Shift Comando Extend (Dentro do comando)

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REFERÊNCIAS
BRANDALIZE, A. A. Perfilamento a LASER: Comparação com Métodos
Fotogramétricos. In: XX Congresso Brasileiro de Cartografia, Anais..., CD
ROOM, Porto Alegre, 2001

BRANDALIZE, Maria C. B. A Qualidade Cartográfica dos Resultados do


Laserscanner Aerotransportado. Tese de Doutorado. Florianópolis, UFSC,
2004.

BALTSAVIAS, Emanuel P., 1999 - A comparison between Photogrammetry


and LASER scanning - ISPRS Journal of Photogrammetry and Remote
Sensing 54, pp. 83-94

BALTSAVIAS, Emanuel P., 1999a - Airborne LASER Scanning: existing


systems and firms and other resources - ISPRS Journal of Photogrammetry
and Remote Sensing 54, pp. 164-198

BALTSAVIAS, Emanuel P., 1999b - Airborne LASER Scanning: basic


relations and formulas - ISPRS Journal of Photogrammetry and Remote
Sensing 54, pp. 199- 214

LIDAR (LIght Detection And Ranging) Tutorial Explicação sobre os três


tipos básicos de sistemas LIDAR.
http://wwwghcc.msfc.nasa.gov/sparcle/sparcle_tutorial. html

LIDAR.com Site genérico sobre os conceitos de LIDAR (Light Detection


And Ranging). http://www.lidar.com/index.htm

Delft University of Technology - Airborne Laserscanning Research Projects


Pesquisas da Seção de Fotogrametria e Sensoreamento Remoto da
Faculdade de Engenharia Civil e Geociências da Delft University of
Technology http://www.geo.tudelft.nl/frs/laserscan/index.html

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