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Ser Negro Na União Soviética e Nos Estados Unidos
Ser Negro Na União Soviética e Nos Estados Unidos
comparação histórica
Mundo -
Categoria: Antifascismo e anti-racismo
Publicado: Sexta, 21 Novembro 2014 03:55
Diário Liberdade -
[Jones Manoel] A História não é uma ciência neutra. Nenhuma ciência é. Com a derrota do
movimento comunista no século XX e sua crise que quase o levou ao fim, a ideologia dominante
partiu para uma contra-ofensiva assustadora. Para a ideologia dominante, todos os elementos
emancipatórios conquistados pelo movimento comunista não existiam mais, todas as barbáries
perpetradas pelo capital somem do horizonte histórico e os países socialistas são mostrados
como a reencarnação do mal, o pior inimigo da democracia, dos direitos humanos e da
liberdade. A categoria de totalitarismo, principal cavalo de batalha do pensamento conservador,
resume bem essa visão estereotipada e reacionária [1].
No bojo da contrarrevolução se consolida, nos anos 80, no Mundo Ocidental, uma visão
processual (ou seja, jurídica) de democracia. A democracia passa a ser apenas a vigência das
regras jurídicas que garantem uma competição eleitoral regular. Toda luta do movimento
democrático-jacobino e depois socialista/comunista contra essa visão jurídica de democracia foi
esvaziada. Nesse momento de miséria ideológica, Hannah Arendt, uma das principais ideólogas
da Guerra Fria, pôde lançar um livro [2] que afirmava que a Revolução Francesa só produziu
violência e totalitarismo por trazer a "questão social" para a esfera pública – achando que a
"questão social" podia ser superada. Já a Revolução estadunidense conseguiu instituir um
"corpus político" que garantiu a liberdade (entendida como liberdades negativas) e a libertação
(possibilidade de todos participarem da esfera pública).
Hannah Arentd reforça uma apologia cretina da ideologia dominante estadunidense. Ela
"esqueceu", evidentemente, que a Revolução Americana manteve a escravidão sobre os negros
(que só viraram cidadãos juridicamente no final dos anos 60 do século XX!) e acelerou o
extermínio dos índios. Entre a Revolução Americana e o século XX, mais de 19 milhões de
índios Pele Vermelhas foram exterminados brutalmente. Nada disso preocupou nossa autora.
Ela conseguiu "analisar" o sistema político dos Estados Unidos sem levar em conta uma parte
considerada da população daquele país e suas condições de vida (ou extermínio).
Em relação a este mundo, Lênin representa uma ruptura não só no plano político, mas também
epistemológico: a democracia não pode ser definida independentemente dos excluídos, "o
despotismo" exercido sobre "bárbaros" obrigados à "obediência absoluta" própria dos escravos e
as infâmias da expansão e do domínio colonial lança uma luz inquietante sobre os Estados
Liberais, e não só que respeita à sua política interna (Losurdo, 2006, p. 18).
Nós somos partidários da república democrática como sendo a melhor forma de governo para o
proletariado sob o regime capitalista, mas andaríamos mal se esquecêssemos que a escravidão
assalariada é o quinhão do povo mesmo na república burguesa mais democrática (Lenin, 2007,
p. 37).
Analisar o racismo nos Estados Unidos é algo complicado, do ponto de vista metodológico, por
um motivo: as manifestações do racismo mudam de forma de acordo com a época histórica e a
localização geográfica na mesma época histórica. È sabido que no Sul do país o racismo sempre
foi maior e mesmo no Norte temos estados mais racistas e outros menos racistas.
Dito isso, fica claro que vamos nos centrar nas manifestações de racismo de maior generalidade
(as mais comuns) e as mais extremas para percebermos o grau de brutalidade. Vamos começar
pelo imediato fim da Guerra de Secessão, o confronto entre Norte industrializado e Sul agrário
que pôs fim à escravidão. Ao fim desta, muitos negros eram feitos prisioneiros por uma
diversidade de crimes (os negros não tinham direito a ampla defesa e o judiciário tendia a
condená-los independente das provas) e alugados a empresários particulares. A situação dessas
pessoas era essa:
[...] que os detidos eram excessivamente e, às vezes, cruelmente castigados; que estavam
miseravelmente vestidos e alimentados, que os doentes não recebiam cuidados, porque não se
providenciara nenhum hospital e eram encerrados junto com os detentos sadios". Uma pesquisa
feita pelo grande júri no hospital da penitenciária do Mississipi relatou que os pacientes traziam
"todos em seus corpos os sinais dos tratamentos mais inumanos e brutais. Muitíssimos têm as
costas dilaceradas pelas bexigas, cicratizes e bolhas, alguns com a pele esfolada depois de
cruéis chicotadas...Jaziam moribundos, e alguns deles sobre tábuas nuas, tão fracos e
macilentos que os seus ossos eram quase visíveis debaixo da pele, e muitos se lamentavam
pela deficiência de alimentação. [...] Os condenados a trabalhos forçados nos campos de
terebentáceas da Florida, com "correntes nos pés" e "correntes na cintura" presas aos seus
corpos, eram obrigados a trabalhar a trote"(Losurdo apud Woodward, 2008, p. 168).
Oras, além dos maus tratos, como é de se deduzir, a taxa de mortalidade era absurda. No fim do
século XIX, usando prisioneiros negros na construção de linhas ferroviárias, "morreram quase
45%" da força de trabalho (Lusurdo, 2008, 168). A maioria de jovens à flor da vida. No mesmo
período, no estado do Alabama, a mortalidade de presos alugados foi: no primeiro ano, 25% de
mortos; 35% no ano seguinte e 45% dois anos depois (idem, p. 169). Contudo, é sempre bom
lembrar que o aluguel de presos negros não foi só algo do século XIX:
Como diria a música de Sandra de Sá, "a carne mais barata do mercado é a carne negra". Essa
longa-duração da banalização da violência sobre o corpo-negro não é achada apenas no aluguel
de presos – uma forma velada de manter a escravidão. Em 1997, o presidente Clinton teve que
pedir desculpas por, nos anos 60, mais de 400 anos negros terem sido usados como "cobaias
humanas pelo governo. Doentes de sífilis, não foram curados porque as autoridades queriam
estudar os efeitos da doença sobre uma amostra da população" (Idem, p. 170).
Mas não basta manter formas disfarçadas à escravidão, é necessário estigmatizar publicamente
os negros para mantê-los dominados. No Estado Democrático de Direito dos Estados Unidos,
nas primeiras décadas do século XX, era normal negros serem espancados em praça pública em
rituais periódicos como forma de manter um terror político-ideológico sobre eles:
Notícias dos linchamentos eram publicadas em folhetos locais e vagões suplementares eram
acrescentados aos trens para espectadores, às vezes milhares, provenientes de localidades a
quilômetros de distância. Para assistir ao linchamento, as crianças das escolas podiam ter seu
dia livre. O espetáculo podia incluir castração, o esfolamento, a assadura, o enforcamento, os
tiros de arma de fogo. Os lembranças a serem adquiridas podiam incluir os dedos das mãos e
dos pés, os dentes, os ossos e até as genitálias das vítimas, bem como cartões ilustrados do
evento ( Woodward apud Losurdo, 2008, p. 317).
Como podemos ver, os linchamentos eram públicos, abertos, com total conhecimento e apoio do
poder público. Os organizadores dos linchamentos pensavam nos mínimos detalhes: "teme-se
que os tiros contra os negros possam errar o alvo e atingir espectadores inocentes, que incluem
mulheres com os filhos no braço". Mas, para nossos democratas, se tudo fosse feito de acordo
com os conformes, "ninguém ficará desapontado" e em um dos linchamentos a reação dos
brancos é: "a multidão aplaude e ri pela horrível morte de um negro... Coração e genitálias
cortadas do cadáver" (ibidem).
Mas este quadro de barbarismo ainda não está completo. Foi comum achar notícia de homens
inocentes mortos de forma cruel e antes de matar a vítima os seus algozes tinham por prática
queimar sua cabana com todos os pertences. Afinal, a família também tinha que ser punida. Por
falar em família, era totalmente proibido um negro namorar, casar, constituir família etc., com
uma mulher branca. O Estado Democrático dos EUA, além de racista e terrorista, era patriarcal.
As mulheres da sociedade eram vistas como posse e, é lógico, que os nossos democratas nunca
deixariam os negros manterem relações afetivas com suas "posses":
Além dos negros, o terror atinge também os brancos que, familiarizando excessivamente com os
negros, se tornam traidores de sua raça. É o que resulta já do título de um artigo do Galveston
Tribune (Texas) de 21 de junho de 1934: "Uma moça branca é posta na prisão e seu amigo
negro é linchado". O fato é que – se comenta alguns dias depois um editorial do Chicago
Defender – no estado do Texas, uma mulher branca pode se acassalar-se mais livremente com
um cão do que com um negro" (Ginzburg apud Losurdo, 2008, p. 318).
Agora temos um quadro histórico traçado mais ou menos fiel da situação do negro nos Estados
Unidos. Como foi percebido, não falamos em maior profundidade da escravidão, sua amplitude,
efeito e conseqüências. Não tratamos da violência sexual comum à mulher negra dos Estados
Unidos e não falamos sobre o regime de segregação racial vigente no pós-escravidão: o
conjunto de leis Jiw Grow. Evitei falar desses "fatos" por serem mais conhecidos e numa
tentativa de fazer o texto um pouco menor.
Agora vamos comparar a situação do negro e a questão do racismo na União Soviética. Antes
de começarmos, é necessário reforçar um aviso e tratar de um problema metodológico. O aviso
é: como falamos no início do texto, nossa intenção não é analisar o sistema político como um
todo da União Soviética, mas apenas a situação do negro e a questão do racismo. Uma
caracterização maior do sistema soviético não é objetivo desse texto. Um problema
metodológico é: na União Soviética tínhamos poucos negros. Então, o fenômeno do racismo, lá,
tinha uma fonte e um alvo diferente que nos Estados Unidos. O racismo que a União Soviética
combateu era o racismo do qual eram vítimas as centenas de minorias nacionais oprimidas.
Mesmo com essa diferença, a comparação se mantém como útil; afinal, mesmo com nuances
diferentes, o racismo guarda elementos comuns independente de quais sejam seus alvos.
O Estado Czarista oprimiu por séculos as pequenas nacionalidades. Essa opressão sempre foi
combatida por Lenin e pelo Partido Bolchevique. O grande revolucionário russo fez do direito de
autodeterminação das nações oprimidas, um princípio inegociável para os comunistas [3]. Essa
política dos Bolcheviques foi reconhecida pelas minorias nacionais. Sua participação foi
fundamental para a vitória da revolução:
Seria difícil exagerar a importância que teve a política nacional para a sobrevivência da União
Soviética. Os povos não-russos da periferia do velho império Tzarista adotaram uma posição
geralmente simpática para cm o Governo bolchevique. Stálin insistiu sempre em que foi a
simpatia pelos bolcheviques nas repúblicas de fronteiras, nos momentos críticos da invasão
estrangeira, que possibilitou o sucesso da revolução (Davis, 1978, p. 105).
Era essencial reverter os anos de práticas racistas e opressoras sobre as nacionalidades. Para
isso:
A União Soviética foi o primeiro império mundial fundado sobre a affirmative action. O novo
governo revolucionário da Rússia foi o primeiro entre os velhos Estados europeus multiétnicos a
enfrentar a onda crescente do nacionalismo a responder promovendo sistematicamente a
consciência nacional das minorias étnicas e estabelecendo para elas muitas das formas
institucionais características do Estado-nação. A estratégia bolchevique foi assumir a liderança
daquele processo de descolonização que se apresentava como inevitável e levá-lo a cabo de
modo tal que preservasse a integridade territorial do velho império russo. Para tal fim o Estado
soviético criou não só uma dúzia de repúblicas de amplas dimensões, mas também dezenas de
milhares de territórios nacionais espalhados por toda a extensão da União Soviética. Novas
elites nacionais eram educadas e promovidas a posição de lideranças no governo, nas escolas,
nas empresas industrias desses territórios recém-formados. Em muitos casos isso tornou
necessário a criação de uma língua escrita lá onde antes não existia. O Estado soviético
financiava a produção em massa nas línguas não russas de livros, jornais, diários, filmes,
óperas, museus, orquestras de música popular e outros produtos culturais. Nada comparável
existiria antes (Martin apud Losurdo, 2008, p. 171).
E:
As repúblicas receberam, umas primeiro, outras depois, uma bandeira, um hino, uma língua,
uma academia nacional, em alguns casos até um comissariado para o Exterior, e conservaram o
direito, depois utilizado em 1991, de separar-se da federação, embora não tenha sido
especificado o procedimento (Graziosi apud Losurdo, 2008, p. 172)
Oras, pode-se, com razão, usar o contraste de uma excessiva centralização do poder na Rússia,
certa promoção do nacionalismo russo e práticas autoritárias sobre algumas nacionalidades.
Essas objeções são verdadeiras. Contudo, necessitam ser contextualizadas. O nacionalismo
russo e a centralização excessiva do poder na Rússia foi resultado da necessidade de uma
rápida política de industrialização, modernização e combate ao imperialismo. A União Soviética
era um país extremamente atrasado, agrário, sem capacidade produtiva satisfatória e defesa
militar. Isso cercado por uma série de potências reacionárias prontas para exterminar o país do
mapa: ao Ocidente, a Itália fascista, a Alemanha nazista e a Inglaterra e, ao oriente, o Japão
fascista (para dar apenas alguns exemplos). Além disso, era necessário arrumar uma forma de
elevar o moral geral do povo em vista do confronto vindouro:
Num discurso pronunciado em 1931, Stálin lembrou que a Rússia "foi derrotada pelos beis
turcos. Foi vencida pelos nobres poloneses e lituanos. Foi derrotada pelos capitalistas ingleses e
franceses. Foi superada pelos barões japoneses. Todos a venceram – devido ao seu atraso...
Estamos 50 ou 100 anos atrás dos países adiantados. Devemos superar essa distância em 10
anos. Ou fazemos isso ou eles nos esmagam" (Davis, 1978, p. 116).
Leia também:
Ou seja, na Rússia czarista, a principal manifestação do racismo era a opressão das minorias
nacionais. Essa opressão foi apoiada de forma direta ou indireta por todas as potências
ocidentais. O partido bolchevique sempre fez da defesa e da autodeterminação das minorias
nacionais um dos pontos centrais do seu programa. Essa defesa fez com que os povos não-
russos fossem fundamentais para o triunfo da revolução. No processo de edificação do Estado e
da economia soviética tivemos uma ampla política de promoção da igualdade jurídica, política e
cultural das minorias nacionais – combatendo de forma eficaz o racismo. Esse processo
emancipatório sofreu certa constrição por causa dos processos históricos vigentes; mas,
analisando a totalidade, percebemos que os elementos emancipatórios superaram os não
emancipatórios.
Tivemos oportunidade de ver a trágica situação dos negros nos Estados Unidos. O sistema
segregacionista Jiw Grow funcionava como uma forma legal de racismo que impedia, dentre
outras coisas, os negros de usarem o direito ao voto:
"A técnica de desencorajar o voto de certos eleitores indesejáveis tem uma longa história.
Oficialmente, os afro-americanos dispõem do direito de votar desde 1870. Nos estados do sul,
porém, há cerca de um século foram impostas condições particulares (testes de idioma e
civismo, pagamento de taxas etc.) destinadas a diminuir sua participação social. Com sucesso:
no início de 1965, as listas eleitorais do condado de Lowndes, no Alabama, não contabilizavam
nenhum dos 12 mil residentes negros do distrito, enquanto apresentavam 118% dos eleitores
brancos potenciais. O fim da discriminação veio apenas em agosto daquele mesmo ano, quando
o então presidente Lyndon Johnson promulgou o Voting Rights Act. Consequência: se em 1964
apenas 6% dos negros do Mississippi participaram das eleições presidenciais, quatro anos
depois esse número aumentou dez vezes." [4]
Todas essas ações não deixaram de afetar a dominação racial nos Estados Unidos. O Partido
Comunista daquele país começava a ganhar muito espaço nos guetos negros; os negros
começavam a olhar com cada vez mais admiração a União Soviética e isso provocou muitos
efeitos:
A URSS de Stalin influencia poderosamente a luta dos afro-americanos (e dos povos coloniais)
contra o despotismo racial. No Sul dos EUA se assiste a um fenômeno novo e preocupante do
ponto de vista da casta dominante: é a crescente 'imprudência' dos jovens negros. Estes, graças
aos comunistas, começam, de fato, a receber o que o poder teimosamente lhes negava, a saber,
uma cultura que vai muito além da instrução elementar tradicionalmente transmitida aos que
estão destinados a fornecer trabalho semiescravo a serviço da raça dos senhores. Agora, porém,
nas escolas organizadas pelo partido comunista no norte dos Estados Unidos ou nas escolas de
Moscou, na URSS de Stalin, os negros se empenham em estudar economia, política, história
mundial; interrogam essas disciplinas para compreender também as razões da dura sorte
reservada a eles num país que se comporta como campeão da liberdade. Aqueles que
frequentam tais escolas passam por uma mudança profunda: a "imprudência' censurada a eles
pelo regime de white supremacy é na realidade a autoestima deles, até aquele momento
impedida e espizinhada (Losurdo, 2010, p. 280-281)
Então temos aqui um aparente paradoxo interessante: os Estados Unidos se apresentam e são
apresentados pela ideologia dominante como o principal representante da liberdade e da
democracia prometidas pela burguesia; a União soviética era mostrada como o inferno na terra,
o reino de horror e totalitarismo; contudo, os negros do "país da liberdade" olhavam para a
URSS como o exemplo de liberdade e viviam em um grande despotismo terrorista em seu país.
Conclusão
Como demonstramos, para um negro os Estados Unidos e não a União Soviética é que
representavam o autoritarismo, a violência brutal e o despotismo. Enquanto a potência capitalista
manteve e mantém [6] durante toda sua história práticas racistas e genocidas contra o povo
negro (e os índios), o Estado Soviético foi o primeiro país do mundo a criminalizar o racismo,
promover uma ampla política cultural de combate ao racismo, promover a dignidade e a
igualdade das minorias nacionais secularmente oprimidas e ser um instrumento de luta e grande
referência na libertação dos povos coloniais, vítimas do racismo e da dominação mais brutal.
O texto também mostrou, embora esse não seja seu ponto central, que a idéia da ideologia
dominante de que as experiências socialistas do século XX só significaram terror e tragédias
para as minorias (negros, mulheres, gays, etc.) não passa de uma idéia deformada e que não
corresponde à factualidade histórica.
Notas:
[2] Livro com dois títulos a depender da edição. Ou "Da Revolução" (edições mais antigas) ou
"Sobre a Revolução (edições mais atuais).
Livros citados:
---------- Stalin: uma história crítica de uma lenda negra. Editora Revan, 2010.
Mário Pinto Andrade. Origens do nacionalismo africano. Publicações Dom Quixote Lisboa, 1990.
Horace B. Davis. Para uma teoria marxista do nacionalismo. Editores Zahar, 1978.
https://www.diarioliberdade.org/mundo/antifascismo-e-anti-racismo/52622-ser-
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