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1ª Parte do Cronograma de Estudos PRA - HI2

A REFORMA MONÁSTICA
• Muitos mosteiros foram saqueados e destruídos pelos normando e húngaros.
• As abadias foram objeto de cobiça, e houve quem chegasse a elas mediante a
simonia ou ainda o homicídio.
• Simonia – compra e venda de cargos eclesiásticos

• Reforma Cluniacense

• Guilherme III da Aquitânia – fundou um mosteiro em 909. Trouxe Bernon para


dirigir suas fundações. Bernon tinha fama por sua firmeza na Regra de São
Benedito.
• Bernon pediu a Gulherme um lugar chamado Cluny,para sediar sua fundação.
• Gulherme doou este Cluny aos “santos Pedro e Paulo” e colocou a nova
comunidade sob a proteção da Santa Sé. Proibiu o papade invadir ou tomar posse
dessa terra, pois pertencia aos santos.
• Bernon governou o Cluny até 926. Seus sucessores: Odo, Aimardo, Mayeul, Odilo
e Hugo.
• Outros mosteiros foram reformados por esses abades, surgindo uma rede de
“segundos clunys”.
• A reforma se estendeu também a vários conventos de monjas. Marcigny, fundado
no século XI, no período de Hugo como abade de Cluny.
• Os monges cluniacenses dedicavam toda atenção ao ofício divino, cantavam 138
salmos. Dedicação ao culto. Deixavam de lado os trabalhos manuais. Sonhavam
reformar a igreja.
• A decadência do movimento cluniacense – riqueza adquirida pelos donativos dos
nobres.

Reforma Cisterciense

• Roberto de Molesme – abandonou o mosteiro onde vivia e foi fundar um novo em


Citeaux. Depois, por ordem do papa teve que regressar a Molesme.
• Em Citeaux ficou um pequeno grupo de monges, que continuaram a obra. Em 1110,
o abade Alberico, conseguiu colocar o mosteiro sob a proteção da Santa Sé.
• O sucessor de Alberico foi Estevão Harding. A comunidade cresceu ao ponto de ser
necessário uma nova fundação em La Ferté.
• A nova ordem teve grande expansão após a entrada de Bernardo de Claraval (23
anos). Levou alguns de seus amigos e parentes.
• Cresceu a ponto de ter que fundar um mosteiro em Claraval. Bernardo recebeu o
apelido de “Doutor Melífluo”, pois sua pregação brotava da boca como favos de
mel.
• Os cistercienses foram chamados de “monges brancos”

A REFORMA PAPAL
• Hildebrando (1020), de Toscana. Era de família humilde de carpinteiros. Ingressou
ainda menino no mosteiro de Santa Maria do Aventino, em Roma. Ali conheceu
João Gracião (papa Gregório VI), de quem foi auxiliar.
• A tentativa de reforma de Gregório VI fracassou.
• Hildebrando foi convocado por Bruno de Tula na peregrinação a Roma para uma
nova reforma. Um tempo depois, quando eleito papa, recebeu o nome de Gregório
VII.

• Leão IX

• Na peregrinação de Bruno de Tula a Roma, era ovacionado pelas pessoas, e


começou-se a falar dos milagres que aconteceram durante a peregrinação.
• Ao chegar em Roma aceitou a tiara papal e o título de Leão IX
• Empreendeu a reforma da igreja com a ajuda de Hildebrando, Humberto, Pedro
Damiano e outros.
• A reforma pretendia condenar a Simonia e generalizar o celibato eclesiástico.
• Leão se dispôs a estender a reforma a lugares mais distantes. Viajou para a
Alemanha, França (convocou concílio em Reims).
• Leão tomou pessoalmente das armas contra os normandos. Por isso foi
repreendido por Pedro Damiano.
• Enviou a Constantinopla uma embaixada composta por clérigos inflexíveis.

• Sucessores de Leão

• O partido reformador fez recair a eleição do novo papa sobre Gebhard de


Eichstadt (conselheiro do imperador Henrique III)
• Gebhard disse ao imperador que só aceitaria a tiara papal caso Henri que
prometesse “devolver a São Pedro o que lhe pertencia”.
• Subiu a cátedra de São Pedro com o nome de Vitor II
• Continuou a política religiosa de Leão IX
• Após a morte do imperador, seu filho Henrique VI ficou sob os cuidados de Vitor
II. Assim teve as rédeas da igreja e do império.
• Por seus excessivos poderes foi levado a cometer injustiças contra alguns de seus
antigos rivais. (Pedro Damiano se levantou contra).
• Um dos últimos atos de Vitoe foi nomear Frederico de Lorena abade de Monte
Cassiano. (Este era irmão de Godofredo de Lorena, que havia anteriormente se
levantado contra Henrique III).
• Frederido sucedeu a Vitor II, com o nome de Estevão IX. Nele o movimento
alcançou elevadas alturas.
• Insurreição dos “patares” – gente do povo que assaltava a casa dos clérigos e
maltratava suas esposas e concubinas. Estevão interveio para evitar excessos.
• Depois de sua morte foi sucedido por Benedito X (da nobreza).
• Hildebrando convenceu a imperatriz regente Ines a depor Benedito, por ter sido
uma escolha da nobreza. Reuniu cardeais em Roma para declarar deposto o papa.
• Gerhard de Borgonha eleito papa com o nome de Nicolau II
• Nicolau reuniu o segundo concílio de Latrão, em 1059. Onde foi decretado que os
papas deveriam ser eleitos pelos cardeais.
• Ainda foi decretado que os papas deveriam ser eleitos dentre o clero romano, e os
cardeais recorreriam a outras pessoas somente quando em Roma não houvesse
alguém capacitado.
• Nicolau iniciou uma nova política de aliança com os normandos do sul da Itália.
(antigos inimigos dos papas)
• As famílias nobres romanas, com o apoio da imperatriz regente Ines elegeram seu
papa, Honório II (com a morte de Nicolau), mas a eleição não foi validada pelos
cardeais (dirigidos por Hildebrando).
• Os cardeais elegeram Alexandre II (1061-1073) – firmou a reforma papal
• Na Itália – o monge João Gualberto de Valumbosa marchou pelas ruas de Florença
acusando o bispo Pedro de ser simoníaco.

• Gregório VII

• Em meio ao funeral de Alexandre II, o povo começou a gritar: Hildebrando bispo!


Hildebrando bispo!
• Foi eleito pelos cardeais.
• Seu ideal era a realização da cidade de Deus na terra.
• No início de seu papado vieram de Constantinopla petições para que ele auxiliasse
a igreja do oriente, assediada pelos turcos seljúcidas.
• Frustrado em projetos no Oriente e na Espanha, dedicou seus esforços à reforma da
igreja.
• Em 1074 – Concílio reunido em Roma voltou a condenar a simonia e o casamento
dos clérigos.
• Medidas de Gregório VII: 1. Proibir o povo de assistir os sacramentos
administrados por simoníacos. 2. Nomear legados papais que convocariam sínodos
pela Europa com o propósito de fazer que os decretos papais fossem rigidamente
obedecidos.
• Foi acusado de heresia, o que fez com que se limitasse o impacto de seus decretos
reformadores.
• Proibiu os clérigos e monges de receber bispados, igrejas ou abadias de mãos leigas,
sob a pena de excomunhão. (1075, 1078 e 1080).

AS CONQUISTAS ÁRABES
• Maomé - Fundador do islã

• Era de família respeitada em Meca, Arábia.


• Pai morreu antes de nascer, sua mãe morreu quando tinha 6 anos, foi criado pelo tio.
• Passou boa parte da juventude como pastor, depois trabalhava com comércio
• A viúva rica Cadia o colocou a frente de seus negócios, pouco tempo depois se
casaram.
• Sua carreira religiosa como profeta começou aos 40 anos (610)
• Se encontrava em uma montanha perto de Meca quando lhe apareceu o anjo Gabriel
que lhe ordenou que pregasse a mensagem do único Deus. (Meca era um centro de
peregrinação politeísta)
• Segundo ele sua pregação era a continuação da revelação que Deus havia dado aos
profetas do AT e a Jesus (mais um profeta a ser respeitado, mas não divino)
• 622 – foi perseguido e se refugiou em um oásis das proximidades, que recebeu o
nome de Medina. A partir desta data que os muçulmanos contam os anos. Ali foi
estabelecida uma comunidade muçulmana, onde o profeta traçava as normas de
culto, vida civil e política.
• 630 – Muçulmanos tomaram Meca, derrubaram os ídolos e instituíram o culto
monoteísta.
• Maomé morreu em 632

• As conquistas dos Califas

• Califas – sucessores de Maomé


• Abu Bequer – Consolidou domínio na Arábia ocidental. Derrotou os exércitos
bizantinos em 634.
• Omar – Em 638 tomaram posse de Jerusalém. A princípio não perseguiram os
cristãos, mas exigia que respeitassem o Corão e o Profeta. Proibia a conversão de
muçulmanos ao cristianismo ou ao judaísmo. Obrigou os cristãos e judeus a pagar
tributos.
• Otoman – conquistou a Ilha de Chipre. Neste período iniciaram lutas internas entre
os muçulmanos. Foi morto por um dos filhos de Abu Bequer.
• Califas omíadas – estabeleceram sua capital em Damasco
• 711 – exército muçulmano (mouros+berberes+árabes) sob o comando de Tarik,
cruzou o estreito de Gibraltar e derrotou o último rei godo, Rodrigo. Com excessão
da Astúria e da Gasconha, a Espanha estava sob domínio muçulmano.

• Consequências das conquistas

• Os muçulmanos se apossaram de toda a costa do Mediterrâneo, o que limitou o


comércio cristão à porção dos mares Egeu, Adriático e Mar Negro.
• Cessou o comércio de papiro, que era usado para copiar manuscritos antigos e
produzir novas obras.
• Após as conquistas árabes, só restaram duas cidades que poderiam disputar a
hegemonia sobre o mundo cristão: Roma e Constantinopla.

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