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2 LIBERALISMO E SOCIALISMO
2.1 VISÃO DE LIVRE MERCADO E VISÃO SOCIALISTA DA ECONOMIA
2.1. O problema do cálculo econômico
2.1.2 Liberalismo
3 LIBERALISMO E IMIGRAÇÃO
3.1 ECONOMIA LIBERAL E IMIGRANTES
3.2 CRISE DOS REFUGIADOS E LIBERALISMO: VIÉS ECONÔMICO
4 XENOFOBIA
4.1 ASPECTO CULTURAL
1 IMIGRAÇÃO: EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO SÉCULO XX E XXI
Em 1951, a função da Organização termina por ter, nesse ano, cumprido com
eficiência a meta de realocar os refugiados pelas nações. O nome e a função da
Organização passam por uma transição nesse ano: passa a se chamar Comitê
Intergovernamental para Migrações Europeias; ainda um órgão da ONU, com certas
modificações e limitações.
Não sendo mais necessárias as imigrações decorrentes de refugiados de guerra
(concluídas em 1951), o Comitê Internacional agora muda um pouco seu contexto: não
trabalha mais na questão de oferecer refúgios para os refugiados da segunda guerra, mas
tratar dos imigrantes – que sempre houve em grande número – com um olhar voltado
para oportunidades nas nações que aos poucos estavam se industrializando no mundo
inteiro. Aqui há um exemplo claro de como foi benéfica (não perfeita) a associação
entre fluxos migratórios e o liberalismo, uma vez que a questão da imigração agora têm
como pauta inseri-los como trabalhadores qualificados em novas e modernas atividades
industriais e tecnológicas que iam encontrando sua aurora, desde o Japão (que com o
incentivo ocidental cresceu muito após a segunda guerra) até o Brasil.
Resumindo: a partir da transição da Organização Internacional para o Comitê de
migrações, em 1951, os imigrantes que esse órgão da ONU enviava para diferentes
nações por meio da geopolítica já não era mais tingido de refugiado de guerra, mas
indivíduos que podiam agir no desenvolvimento econômico das nações que
começavam a se modernizar; nações muitas vezes que pela primeira vez tinham um
liberalismo econômico na agenda e a ânsia pelo desenvolvimento e progresso. Isso pode
servir como embasamento da idéia interessante de que – muitas vezes – o direito surge
para assegurar uma estabilidade econômica-material, uma vez que em 1951 é então
criado o Estatuto dos Refugiados pela ONU, logo que começa os primeiros grandes
fluxos migratórios para movimentar a economia na Europa e no resto das nações que
compactuavam com um certo grau de liberalismo.
Em paralelo à criação desse Comitê e do Estatuto dos Refugiados, em dezembro
de 1950 foi criado pela ONU também o Alto Comissariado das Nações Unidas para
Refugiados (ACNUR), órgão que funciona até hoje, inclusive é o responsável pelas
movimentações imigratórias que acontecem desde 2011. No tratado desse comissariado
consta que os objetivos básicos são: proteger homens, mulheres e crianças refugiadas e
busca soluções duradouras para que possam reconstruir suas vidas em um ambiente
estável.
O principal evento que serviu de estopim para tudo o que viria depois foi a
chamada Primavera Árabe: uma série de revoltas sancionadas pela sociedade civil em
2011 em países autoritários ou indiferentes, primeiro nas ruas das cidades no norte da
África, se espalhando para países até o oriente médio, entre os quais Egito, Líbia,
Tunísia, Iêmen, entre outros.
Esses governos autoritários, completamente anti-democráticos, estavam há
muito tempo no poder passando por gradativas crises econômicas, alta taxa de
desemprego e uma grande taxação de alimentos, bem como a falta de democracia como
regime de governo – antes, eram ditaduras de caráter teocrático-autoritário.
No ponto de vista liberal, o caso da imigração foi, é e pode continuar sendo algo
benéfica e que progrida com a economia – com certas restrições, como por exemplo o
combate à imigração e a mão-de-obra ilegal. Resumido aqui será a forma do liberalismo
e do socialismo de enxergar uma sociedade, e posteriormente será mostrado como a
imigração e a ocupação de novos postos de trabalho é muito mais compatível e pacifica
com a visão do liberalismo do que ao contrário. Ao fim, apresentado há de ser o
problema da xenofobia nos países liberais, sob os aspectos culturais e econômicos que
permeiam o termo.
2.1.2 Liberalismo
3 LIBERALISMO E IMIGRAÇÃO
O liberal sustenta que toda pessoa tem o direito de viver onde desejar
[...]. Pertence (essa exigência) à própria essência da sociedade, que se
baseia no princípio da propriedade privada dos meios de produção de
todo homem pode trabalhar e dispor de seus ganhos como lhe
aprouver. (Mises, 2010).
4 XENOFOBIA