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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Campinas
2015
BIANCA ALESSA MARIANO
Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado à
Faculdade de Educação da
Universidade Estadual de
Campinas.
Campinas
2015
AGRADECIMENTOS
The development of this work takes as its premise the idea that pedagogy is a training
area that allows the formed professional to performance in various fields. One of the most
recent professional fields related is Corporate Education. The Company is also considered an
educational, learning and dissemination of knowledge space. The role of pedagogy in the
company is basically to assist in the process of improvement and qualification of the human
capital. This research initially characterizes the three educational modalities (formal, informal
and non-formal education), then characterizes the structure of the Human Resources
department of an organization and ultimately deepens the analysis of the pedagogue's role as
a personell manager. The planning of this research involves a literature review of the lead
authors on the subject.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 8
Capítulo 1: Pedagogia e Pedagogos ...................................................................................................... 10
1.1 Pedagogia, Educação e Pedagogo ......................................................................................... 10
1.2 Pedagogia e as modalidades educativas ............................................................................... 13
1.3 A profissão do Pedagogo nos dias atuais: áreas de atuação ................................................ 15
Capítulo 2 - Recursos Humanos ............................................................................................................ 17
2.1 Breve Histórico ...................................................................................................................... 17
2.2 Recursos Humanos nos dias de hoje ..................................................................................... 20
2.3 Atividades desenvolvidas pela Gestão de Pessoas ............................................................... 23
2.3.1 Agregrando Pessoas ...................................................................................................... 24
2.3.2 Aplicando Pessoas ......................................................................................................... 26
2.3.3 Recompensando Pessoas .............................................................................................. 27
2.3.4 Desenvolvendo Pessoas ................................................................................................ 28
2.3.5 Mantendo Pessoas ........................................................................................................ 30
2.3.6 Monitorando Pessoas.................................................................................................... 32
Capítulo 3 – Pedagogia Empresarial ...................................................................................................... 34
3.1 Pedagogia e Empresa: uma articulação possível ........................................................................ 34
3.2 A atuação do Pedagogo em Recursos Humanos ......................................................................... 37
CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 39
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 40
INTRODUÇÃO
A Pedagogia é uma ciência que tem como objeto de estudo a teoria e a prática
da educação. A educação é uma prática social responsável pela humanização dos
indivíduos, constituindo-os como seres humanos e sociais. Cabe à Pedagogia estudar
os fatores que influenciam essa formação humana. O papel do Pedagogo, por sua
vez, é atuar nas instâncias que requerem práticas educativas que têm como finalidade
a formação humana. Tais instâncias não se restringem ao trabalho docente, apesar
da escola ser um campo de atuação importante para o Pedagogo, mas referem-se a
diversos outros campos educativos.
8
O objetivo deste trabalho é reconhecer a Pedagogia como uma área
profissional de ampla atuação, revelando que esta profissão não se resume ao
trabalho docente, além de especificar a atuação e as contribuições do Pedagogo nas
organizações.
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Capítulo 1: Pedagogia e Pedagogos
Por definição, o pedagogo não pode ser nem um puro e simples prático
nem um puro e simples teórico. Ele está entre os dois. A ligação deve
ser ao mesmo tempo permanente e irredutível, porque não pode existir
um fosso entre a teoria e a prática. É esta abertura que permite a
produção pedagógica (LIBÂNEO, 2010, p.35).
A Pedagogia é uma ciência que tem como objeto de estudo a teoria e a prática da
educação. Por educação entende-se:
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Pedagogia é até mesmo denominado “Ciências da Educação”, pois é uma área do
conhecimento que se constitui de diversas outras ciências que se apropriam da
educação como objeto de estudo. Mesmo que cada uma dessas ciências utilize
conceitos e métodos específicos do seu campo de conhecimento, seus resultados se
convertem em conhecimentos pedagógicos, razão para serem nomeadas Filosofia da
educação, Sociologia da educação, Psicologia da educação. A Pedagogia, por sua
vez, incorpora parcialmente os conhecimentos das diversas ciências e o resultado é
convertido também em saberes pedagógicos. Através das demais ciências, a
Pedagogia busca uma aproximação global e intencionalmente dirigida aos problemas
educativos (VISALBERGHI, 1983, p.265 apud LIBÂNEO, 2010, p.96).
O papel do Pedagogo, por sua vez, é atuar nas instâncias que requerem
práticas educativas que têm como finalidade a formação humana. Tais instâncias não
se restringem ao trabalho docente, mas referem-se a diversos campos educativos (ver
item 1.2).
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Visto que a prática educativa é decorrente das relações sociais que se
configuram e que a sociedade passa por constantes transformações em suas
necessidades e demandas, o Pedagogo não possui uma formação pronta. É preciso
que sua formação acompanhe as transformações sociais.
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1.2 Pedagogia e as modalidades educativas
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ela ocorre em ambientes onde se desenvolvem relações sociais e seus agentes
educadores são aqueles com quem se relaciona: familiares, amigos, vizinhos, os
meios de comunicação, etc. Sua finalidade é socializar os indivíduos, transferir
hábitos, comportamentos, valores, crenças, tudo o que faz parte da cultura e
sociedade em que estão inseridos. Na educação informal não há organização,
sistematização e, principalmente, intencionalidade. É baseada em conhecimentos
anteriores, transmitidos de uma geração para outra.
Por fim, entende-se por educação não formal aquela que se desenvolve em
ambientes que propiciam “processos interativos intencionais”, sem o padrão
institucional. A intencionalidade que existe na educação não formal é o principal
quesito que a diferencia da educação informal. Por outro lado, o baixo nível de
formalidade, ou seja, de estruturação e sistematização, é o que a diferencia da
educação formal.
Na educação não formal, “seus objetivos não são dados à priori, eles se constroem
no processo interativo, gerando um processo educativo” (GOHN, 2006, p.29). De
acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais – DCNs – (2006 apud AQUINO e
SARAIVA, 2011, p.252), o campo da educação não formal permite que os
profissionais planejem, acompanhem, coordenem, executem e avaliem projetos e
experiências educativas não escolares. Como exemplo de educação não formal,
pode-se citar aquela que se realiza em ONGs, brinquedotecas, museus, atividades
extracurriculares, etc.
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1.3 A profissão do Pedagogo nos dias atuais: áreas de atuação
Há a seguir uma tabela que dispõe de algumas das áreas possíveis de atuação
do Pedagogo, acompanhada das ações desenvolvidas em cada uma delas e dos
objetivos de trabalho.
15
Figura 1: AQUINO e SARAIVA, 2011, p.253
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Capítulo 2 - Recursos Humanos
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A partir do início do século XIX, estouram as primeiras críticas à estrutura das
organizações e seu comportamento perante os trabalhadores. De um lado, os
marxistas criticando a ideologia capitalista. Do outro lado, os pensadores libertários,
recriminando a dinâmica do poder que se instaurava nas organizações (TOLEDO,
1991, p.25).
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Figura 2: As três etapas das organizações no decorrer do século XX. CHIAVENATO, 2014, p.38
19
2.2 Recursos Humanos nos dias de hoje
Hoje, as organizações também entendem que elas precisam das pessoas para
poderem alcançar seus objetivos, como produtividade, atendimento à demanda dos
clientes, competição no mercado e lucro. Finalmente as organizações entenderam
que a relação organização-pessoas é uma via de mão dupla e as pessoas tornam-se
sujeitos essenciais do sucesso das organizações. Mais até do que essenciais, as
pessoas tornam-se o diferencial responsável pela competição e sucesso das
organizações. Por esse motivo, as pessoas tornam-se o maior investimento das
organizações (CHIAVENATO, 2014, p.5-6).
De acordo com Chiavenato (2014, p.6) muitos são os termos que podem ser
utilizados para definir as pessoas de uma organização, como por exemplo
funcionários, empregados, colaboradores, recursos humanos, capital humano, etc.
Diversos termos que se referem ao mesmo sujeito. Essas formas de tratamento são
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sinais claros do valor que as organizações atribuem às pessoas que nelas trabalham.
Entende-se por “pessoas” todas aquelas “que compõem o quadro da organização,
sem exceção de nível hierárquico – presidência, diretoria, gerência, executivos e todos
os funcionários – ou a área de atualização – como finanças, marketing,
produção/operações e RH” (CHIAVENATO, 2014, p.20).
Com toda a mudança dos Recursos Humanos na sua forma de pensar e agir
com relação ao capital humano das organizações, sua própria estrutura tornou-se alvo
de alterações. Em substituição ao termo ARH – Administração de Recursos Humanos
-, área em que todas as atividades de Recursos Humanos ficavam centradas,
atualmente podemos encontrar o termo GP - Gestão de Pessoas -, visto que houve
uma descentralização, divisão das atividades e as práticas de Recursos Humanos
passaram a ser desempenhadas por executivos de linha, que se tornaram gestores
de pessoas, orientadores de equipes (CHIAVENATO, 2014, p.38).
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divisão. Isso torna-se um problema, pois nessa estrutura não há objetivos nem
preocupações comuns, cooperação e colaboração entre os departamentos. É
instaurado uma separação entre eles, cada qual com seus objetivos. Não é possível
transpassar os objetivos ou problemas para um plano mais global. (CHIAVENATO,
2014, p.16-17).
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2.3 Atividades desenvolvidas pela Gestão de Pessoas
Para termos uma melhor ideia do que é a área de Recursos Humanos de uma
organização, é necessário fixar as atividades que competem a essa área de atuação.
Com base em Libâneo (2010), foi elaborada uma breve descrição das
atividades desenvolvidas na área de Recursos Humanos, a fim de um melhor
entendimento sobre o funcionamento da área.
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2.3.1 Agregrando Pessoas
Recrutamento de Pessoal
Seleção de Pessoas
24
Figura 6: Perfil das atividades de recrutamento e seleção. CHIAVENATO, 2014, p.142.
25
2.3.2 Aplicando Pessoas
Desenho de Cargos
Avaliação do Desempenho
26
2.3.3 Recompensando Pessoas
Recompensas e Remuneração
Planos de Incentivos
Benefícios e Serviços
27
2.3.4 Desenvolvendo Pessoas
Treinamento e Desenvolvimento
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Enquanto o treinamento constrói talentos com conhecimentos e habilidades
relevantes para os cargos atuais, o processo de desenvolvimento está mais focalizado
na carreira da pessoa, no seu crescimento pessoal, é uma preparação a longo prazo.
Esse processo também é considerado uma forma de educação. Para Chiavenato
(2014, p.307) “os processos de desenvolvimento de pessoas estão intimamente
relacionados com a educação”.
Aprendizagem Organizacional
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2.3.5 Mantendo Pessoas
30
Figura 9: CHIAVENATO, 2014, p.404.
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2.3.6 Monitorando Pessoas
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Banco de Dados e de Talentos
Figura 11: Insumos básicos para o banco de dados de gestão de pessoas. CHIAVENATO,
2014, p.437.
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Capítulo 3 – Pedagogia Empresarial
Como foi dito anteriormente no capítulo 1 (item 1.2), existem três modalidades
educacionais: educação formal, institucionalizada, organizada de maneira
sistemática, carregada de intencionalidade e objetivos definidos; educação informal,
desenvolvida nas relações sociais entre os indivíduos, não requer sistematização nem
intencionalidade; educação não formal, com baixo de nível de formalidade e
estruturação, porém com intencionalidade.
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Vejam, tanto a Empresa como a Pedagogia agem em direção a
realização de ideais e objetivos definidos, no trabalho de provocar
mudanças no comportamento das pessoas. Esse processo de
mudança provocada, no comportamento das pessoas em direção a
um objetivo, chama-se - aprendizagem. E aprendizagem é a
especialidade da Pedagogia e do Pedagogo. (HOLTZ, 2006, p.6)
Por serem tão valiosas para o seu sucesso, é primordial que as organizações
invistam nas pessoas que dela fazem parte. Como visto no item 2.3.3, as pessoas
devem ser recompensadas pelo seu trabalho e dedicação e, para isso, as empresas,
muitas vezes, oferecem salários, prêmios, benefícios como transporte, assistência
médica, etc. Porém, frente à demanda do mercado e da realidade em que estamos
inseridos socialmente, é preciso mais.
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para os relacionamentos interpessoais, indispensáveis para maior colaboração,
produtividade e qualidade do trabalho.
Ribeiro (2010, p.11) afirma que a “Pedagogia Empresarial existe, portanto, para
dar suporte tanto em relação à estruturação das mudanças quanto em relação à
ampliação e à aquisição de conhecimento no espaço organizacional”. Ainda de acordo
com a autora, “o trabalho de manutenção da qualificação profissional é acompanhado
da tarefa de preparar, apoiar e dirigir processos de mudança” (RIBEIRO, 2010, p.31).
Tais mudanças referem-se à modificação dos aspectos didáticos e metodológicos dos
quais a organização se apropria para a aprendizagem de seus colaboradores. Dessa
forma, a empresa incorpora o “aprender” como parte de seu desenvolvimento.
Cabe ressaltar que a Empresa nem sempre foi um espaço educativo e não atua
como tal todo o tempo, ao contrário da escola, que é um espaço exclusivamente
educativo por excelência. Porém, o objetivo de aumentar a produtividade, o lucro e a
competitividade no mercado fez com que tal prática se fizesse necessária no ambiente
organizacional.
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3.2 A atuação do Pedagogo em Recursos Humanos
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CONCLUSÃO
Por serem tão valiosas para o seu sucesso, é primordial que as organizações
invistam nas pessoas que dela fazem parte, visando um melhor desempenho
profissional, maior produtividade do seu trabalho e da própria organização, mais
motivação, além de colaborar para o crescimento pessoal.
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REFERÊNCIAS
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