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70 ANOS DO CÍRCULO DE ORAÇÃO

EM CASA AMARELA

Pioneiras do Círculo de Oração de Casa Amarela


Em primeiro plano, irmã Albertina e sua filha Zuleide

Com uma programação que vai do domingo 04/03 à terça 06/03, a AD


em Casa Amarela comemorará o 70º aniversário do Círculo de Oração, o
primeiro das Assembléias de Deus no Brasil e no mundo.

Com a permissão do Pr. José Bezerra da Silva, foi feita a primeira


reunião em 06/03/1942. Nas primeiras semanas, sete irmãs sob a direção da
irmã Albertina Barreto resolveram "circular os céus com orações" para que
Jesus curasse Leidinha, a filha de irmã Albertina. A expressão havia sido lida
pela irmã Albertina num folheto que dizia que orar era como circular o céu. Daí
o nome Círculo de Oração. Foram elas Cecita Colaço, Malphara Bezerra
(esposa do Pr José Bezerra), Maria do Carmo, Antonia Viegas, Ana de Souza,
Otávia Pessoa e Maria José. A menina não andava nem falava e os médicos
lhe deram expectativa de vida de no máximo até os oito anos de idade.

Irmãs do Círculo de Oração de Casa Amarela - 06/03/1962

Aquela atitude das irmãs, na verdade, fazia parte de um plano de Deus.


Ele mesmo revelou-se dizendo que aquela era a Sua vontade e que a
enfermidade de Zuleide foi o modo pelo qual Ele levantaria um grande trabalho.
E a Obra cresceu sobremaneira sendo adotado como trabalho oficial pela
Igreja em Recife e se estendendo a todas as congregações do Estado. O
modelo ainda inspirou a criação do Círculo de Oração Infantil, também iniciado
em Casa Amarela e estendido de igual modo à todas as igrejas da
CONADEPE. Leidinha andou, falou e viveu até a idade de 49 anos.

Hoje, este trabalho está oficializado em todas as ADs do Brasil e no


mundo inteiro, transpondo barreiras geográficas e denominacionais, pois
muitas outras denominações evangélicas também adotaram o Círculo de
Oração. Só da AD Recife são mais de 600 círculos de oração semanais da
Região Metropolitana e milhares em todo o Estado. Neles o Senhor se revela
maravilhosamente, curando, salvando, batizando com Espírito Santo, operando
maravilhas, atendendo as orações e fortalecendo o Seu Povo. As irmãs
intercedem a Deus por toda a sociedade, chegando a listar classes e
profissões além de orar também, invariavelmente pelo ministério da igreja e por
missões e missionários. Não é por acaso que o trabalho do Senhor tem se
multiplicado assombrosamente em Pernambuco e todos são abençoados por
isso.

Em Casa Amarela, atualmente, a reunião acontece todas as quartas-


feiras, de 09:00 às 16:00h e o trabalho é dirigido pela irmã Margarida Leão sob
a supervisão da Coordenadora dos Círculos de Oração IEAD/PE, irmã Judite
Alves, esposa do Pr Presidente da IEAD Pernambuco e da CONADEPE, Pr
Ailton José Alves. O momento é bem concorrido e sempre há um obreiro
escalado para trazer a Palavra no período matinal e verpertino, além da
apresentação de vários testemunhos, cânticos e orações específicas. Também
há dois períodos mais longos de oração onde, ajoelhados, os crentes buscam a
Deus, pela manhã e no iníco da tarde. Geralmente no final do dia há um clamor
para Jesus batizar com Espírito Santo e como Ele é o mesmo ontem, hoje e
eternamente, Ele tem atendido às orações, afinal, a promessa fez jus aos que
estavam em Jerusalem no dia de pentecostes, às geração seguinte, às demais
gerações inclusive aos que estavam longe e ao que o Senhor ainda iria e ainda
vai chamar (Atos 2.39). Glória a Deus!

Pr Ailton e irmã Judite Alves

Além da reunião semanal de oração, as irmãs visitam enfermos e


necessitados e promovem campanhas para os projetos sociais da Igreja como
o Projeto Samuel e os Centro Vida.
Templo da AD em Casa Amarela - 2011 - onde tudo começou

A comemoração de 70 anos do Círculo de Oração no Brasil terá uma


programação especial promovida pela CGADB e deve acontecer aqui em
Recife, possivelmente no dia 13/03.

Leia abaixo um pouco mais sobre a história do Círculo de Oração numa


matéria do Mensageiro da Paz, de 2006:

CÍRCULO DE ORAÇÃO PERDE SUA FUNDADORA

Passou a estar com o Senhor na noite desta quinta-feira, 14/08/2008, a


irmã Albertina Barreto, pioneira das Assembléias de Deus em Pernambuco e
fundadora dos Círculos de Oração, trabalho que hoje ultrapassou barreiras
geográficas e denominacionais e que acontece em quase todas as igrejas
pentecostais.

Aos 94 anos, estava enferma, porém muitíssimo lúcida e ainda ativa nos
trabalhos. Deixa-nos um legado de dedicação à Obra e uma grande lacuna na
Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Pernambuco.
O sepultamento aconteceu hoje, 15/08/2008, por volta do meio-dia, no
Cemitério de Santo Amaro, Recife/PE, e apesar da divulgação escassa e do
pouco tempo para os preparativos, vimos a presença de muitos irmãos,
dirigentes e componentes de círculos de oração, companheiras de trabalho da
irmã Albertina, pastores, autoridades civis e uma caravana de João Pessoa/PB.

Leia um breve relato da história dos Círculos de Oração publicado no


"Mensageiro da Paz" em 2006, trabalho iniciado em 06 de Março de1942, pela
irmão Albertina Barreto na Congregação de Casa Amarela:

O CÍRCULO DE ORAÇÃO

A chave da vitória na vida do crente está na oração. Por isso, o Círculo


de Oração, um dos ministérios mais importantes da Assembléia de Deus, é
adotado em todas as Assembléia de Deus no Brasil e em outros países, como
Estados Unidos, Japão e Argentina. O trabalho fundado pela pernambucana
Albertina Bezerra Barreto, 92 anos, é um marco na história das Assembléia de
Deus no Brasil.
Convertida aos 13 anos, irmã Albertina não imaginava que através da
vida de sua filha o Senhor colocaria em suas mãos um trabalho tão importante.
A filha Zuleide nasceu com uma deficiência que a impedia de andar. Durante
sete anos, ela recorreu aos melhores médicos em Recife e João Pessoa (PB).
A procura de nada adiantava, pois os especialistas davam apenas um
diagnóstico: a menina não viveria até os oito anos.
No entanto, o que aqueles médicos não sabiam era que irmã Albertina
conhecia o Médico dos médicos, o Senhor Jesus. Durante um culto de
domingo, ela foi tocada pelo Espírito Santo a convidar algumas irmãs da igreja
para ajudá-la em oração. Sete delas se propuseram a ajudar e o primeiro
encontro aconteceu na quinta-feira seguinte. Naquele momento, dia seis de
março de 1942, nascia o Círculo de Oração.
O nome foi escolhido a partir de um folheto que a irmã Albertina havia
lido onde dizia, ilustrativamente, que a oração era como um círculo nos Céus.
"Enquanto orávamos, lembrei-me dessa mensagem e disse: 'Vamos circular os
céus com as nossas orações'. E isso aconteceu, não só em Recife, mas em
todo o Brasil", alegra-se irmã Albertina.
O trabalho passou a ser conhecido e a cada semana aumentava o
número de pessoas na congregação do bairro Casa Amarela. Irmã Albertina
conta que, por muitas vezes, não conseguiam terminar o trabalho, tamanha era
a alegria e a presença do Senhor naquele lugar. "As reuniões eram tão alegres
que começávamos às sete horas da manhã e terminávamos às cinco da tarde.
A gente não tinha vontade de sair de dentro da igreja", atesta.
O propósito inicial era fazer uma trabalho de oração buscando a cura da
filha Zuleide. Irmã Albertina conta que não imaginava que aquela primeira
reunião de oração se transformasse no que é hoje. Ela relembra o que o
Senhor lhe falou naquele dia: "Era isso que eu queria que tu fizesses, era isso
que exigia de ti.
Porque através de sua filha vou fazer uma grande obra. É tão grande
que não imaginas", repete irmã Albertina, reiterando que a menina a qual os
médicos sentenciaram que só viveria até os oito anos viveu até os 49. "O meu
pensamento era que Jesus ia curar a menina e o trabalho terminaria ali. Mas o
Senhor orientou-nos, cumpriu suas promessas e abençoou nossas vidas. E se
Deus não tivesse abençoado, e se não fosse da sua vontade, o Círculo de
Oração não existiria até hoje", declara.

FRUTOS DA ORAÇÃO

Depois da abertura do trabalho no bairro de Casa Amarela, irmã


Albertina e seu esposo, Florismundo Montenegro Barreto (falecido em fevereiro
de 1995) foram para João Pessoa. Ali também ela iniciou o trabalho e durante
14 anos foi diretora do Círculo de Oração na capital paraibana, além de ter sido
convidada para abrir os trabalhos em Belo Horizonte, Salvador e muitas igrejas
no exterior. "Agradeço a Deus por ter me escolhido para ser fundadora do
Círculo de Oração. Poderia ter sido qualquer outra pessoa, mas o trabalho é de
Deus e Ele tem cumprido suas promessas na minha vida", declara.
Irmã Albertina conta que logo no início do trabalho em João Pessoa, o
pastor perguntou se as irmãs do Círculo de Oração poderiam ajudar no
sustento de um pastor que estava em Cajazeiras, interior do Estado. Na época,
o valor da ajuda seria de 50 mil réis e a igreja daria o restante. As irmãs se
comprometeram a arcar com o valor total de 100 mil réis. "Convocamos as
irmãs para orar em favor dessa causa.
Deus abençoou de maneira grandiosa e nunca mais faltou dinheiro",
assegura ela, lembrando que a oferta do Círculo de Oração do templo-central
em Recife é equiparada à do Círculo de Oração em Casa Amarela. "Isso
também é resultado de intercessão", afirma.
Depois de 14 anos na Paraíba, voltou a Recife, onde continua à frente
do Círculo de Oração em Casa Amarela. Essa segunda fase como dirigente já
tem quase 40 anos. Totalmente ativa na obra do Senhor, todas as semanas, às
quintas-feiras, ela dirige o trabalho que reúne centenas de pessoas para
interceder a Deus.
O segredo de tamanha disposição? Albertina ensina que está em buscar
a Deus. "A oração é a principal. O próprio Jesus, que teoricamente não
precisaria orar, por ser o Filho de Deus e ter comunhão direta com o Pai, orava
e foi quem mais ensinou sobre a oração. As pessoas precisam ter consciência
da importância e da necessidade da oração", ensina ela.
Nestes anos todos, são muitos os milagres realizados por Deus, entre
eles, o da cura de uma menina cega e paralítica de nascença, e de duas
mulheres. Uma foi curada de tuberculose e a outra, que sofria de um grave
problema na coluna, já tinha sido submetida a 19 cirurgias e estava
desenganada pelos médicos.
Testificando das bênçãos do Senhor, imã Albertina revela a promessa
de Deus sobre esse trabalho. "O Senhor disse que meus olhos iriam ver o
resultado do trabalho. 'Vou fazer o que tenho prometido, vou curar muitos,
batizar muitos'", relembra, destacando que muitas das irmãs que começaram o
trabalho com ela já foram recolhidas pelo Senhor. "Hoje, fico vendo as fotos e
relembrando daquelas servas que o Senhor levou. Daquele grupo que iniciou,
só eu ainda estou aqui. Vejo o cumprimento da Palavra de Deus, da sua
fidelidade. Compreendemos que Ele faz como quer e usa quem quer", declara.

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