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Apostila Maria Biblia PDF
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Maria na Bíblia
Introdução
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Mariologia (Maria na Bíblia) – Módulo 1
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Judite, entre outras). Todas estas mulheres fazem parte dos ancestrais do Messias
esperado. Maria aparece com símbolo da “Filha de Sião” (Sof 3, 14- 17), o lugar da
residência de Javé. Maria também é simbolizada com a nova Arca da Aliança (dentro
da Arca era depositada a Lei), que vai trazer dentro de si a Lei definitiva (revelação)
de Deus, seu próprio Filho, Jesus. Eis o texto:
14 Rejubila- te, filha de Sião, solta gritos de alegria, Israel! Alegra-te e exulta
de todo o coração, filha de Jerusalém! 15 O Senhor revogou tua sentença, eliminou
teu inimigo. O Senhor, o rei de Israel, está no meio de ti, não verás mais a desgraça.
16 Naquele dia será dito a Jerusalém: Não temas, Sião! Não desfaleçam as tuas
mãos! 17 O Senhor teu Deus está no meio de ti, como um herói que salva! Ele exulta
de alegria por tua causa, ele te renova por seu amor, ele se regozija por causa de ti
com gritos de alegria, 18 como nos dias de festa. (Sof 3, 14-18).
Preparação profética: Além do texto acima, temos mais alguns que podem ser
aplicados a Maria: Ct 4,7: Tu és toda formosa, amada minha, e em ti não há mancha.
O texto pode fazer alusão à concepção imaculada de Maria; Jer 31,22: Até quando
andarás errante, ó filha rebelde? Pois o Senhor criou uma coisa nova na terra: uma
mulher protege a um varão; Gn 3,15: Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a
tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o
calcanhar.
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Marcos escreve o seu evangelho por volta do ano 60 d.C. Acredita-se que o
escritor, ao preparar o seu livro, teve em mente os cristãos gentios. O evangelista
tem com preocupação primeira mostrar que Jesus é o Filho de Deus. Esse é a sua
grande tese verificada a partir do primeiro versículo:
“Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”. Um Filho de Deus que
é confirmado pelos discípulos, através da pessoa de Pedro (Mc 8, 29) e
testemunhado pelo centurião na morte de Jesus (Mc 15,39); um Filho de Deus que
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em redor para os que estavam sentados à roda de si, disse: Eis aqui minha mãe e
meus irmãos! 35 Pois aquele que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e
mãe.
Contexto:
• No tempo de Jesus, a estrutura familiar exercia importante influência na
definição dos papéis e no lugar social ocupado pelo individuo. No judaísmo, as
famílias eram classificadas conforme seu grau de pureza de origem, ou seja, se eram
imaculadas de cruzamento com sangues de estrangeiros ou atingidas por mancha de
mistura étnica.
• A cena bíblica é a seguinte: Jesus e os Doze, recém eleitos, vão a uma
casa em Cafarnaum. Havia uma multidão acirrada, a tal ponto que eles nem podiam
e não tinham tempo nem para alimentar-se. E quando os “seus” ficaram sabendo
disso, saíram para proteger Jesus, porque diziam que Ele tinha “perdido o juízo”. E
neste grupo que vai até Jesus, está a figura de Maria, sua mãe. Os parentes de Jesus
consideram que Ele estava exagerando no modo como se dedicava à sua missão,
porque Jesus desleixa até as suas necessidades mais elementares, como a de comer
(v.20). “Os seus” (mãe e irmãos), tomaram conhecimento disso: não sabemos se é
entusiasmo pela pregação de Jesus, a ponto de impedir que ele e os Apóstolos se
alimentem, ou se era a conspiração para matar Jesus mencionada em 3,6. (“E os
fariseus, saindo dali, entraram logo em conselho com os herodianos contra ele, para
o matarem”). “Saíram”, Marcos usa com sentido amplo de vir. A mentalidade
semítica ir e vir inclui o sair para ir a outro lugar. Marcos mostra aqui o caminho
progressivo de Maria na fé. O evangelista revela o traço tão humano de Maria de
Nazaré que se preocupa pelo Filho, o que denota uma preocupação normal.
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Contexto:
O texto de Marcos refere-se a um acontecimento concreto: a rejeição dos
Moradores de Nazaré ao anúncio de Jesus e à sua pessoa. Eles não se colocam como
inimigos de Jesus, mas se escandalizam dele por sua incredulidade. A fé é um grande
requisito para o seguimento de Jesus.
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Mateus (também chamado de Levi), um dos doze apóstolos, foi sem dúvida
um judeu que também era publicano romano.
Mateus escreveu o seu evangelho por volta do ano 70 d.C. Tinha como
destinatários principalmente os judeus. Este ponto de vista está confirmado pelas
referencias às profecias hebraicas, cerca de sessenta e pelas aproximadamente
quarenta citações do Antigo Testamento. Ressalta especialmente a missão de Cristo
aos judeus.
A intenção de Mateus é a de mostrar que Jesus foi o Messias prometido no
Antigo Testamento através do cumprimento das promessas feitas a Abraão e a Davi,
passando por todos os profetas.
Maria é apresentada como a mãe virginal de Jesus que o concebe pela ação
do Espírito Santo sem intervenção humana, mostrando a gratuidade da iniciativa
divina.
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não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente. 20 E, projetando ele isso, eis
que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não
temas receber a Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo; 21
ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos
seus pecados. 22 Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da
parte do Senhor pelo profeta: 23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o
qual será chamado Emanuel, que traduzido é: Deus conosco. 24 E José, tendo
despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua
mulher; 25 e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome
de Jesus.
Primeiramente o objetivo desta genealogia é o de mostrar que Jesus
descende de Abraão e Davi e que, portanto, Ele herda as promessas feitas a esses
dois patriarcas de Israel. De Abraão, a promessa da numerosa descendência (Gn 12);
de Davi, a promessa da eterna realeza (2 Sam 7).
A genealogia de uma pessoa e de uma família tinha enorme importância
jurídica e trazia conseqüências para a vida social e religiosa. A pureza de uma linha
genealógica dava participação ao descendente nos méritos de seus antepassados.
Mateus remonta a origem de Cristo a partir de Abraão passando por todas as
gerações até chegar a José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus. Esse elenco de
nomes que vai de Abraão a Cristo é subdividido em três grupos e cada grupo
abrange 14 gerações:
Primeiro grupo: de Abraão a Davi
Segundo grupo: de Davi a Jeconias( exílio na Babilônia)
Terceiro grupo: de Jeconias a Cristo
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Apesar de usar a mesma fonte de Marcos quando fala de Maria e dos “irmãos
de Jesus” e a cena da casa e da rejeição em Nazaré, Mateus interpreta num outro
sentido.
1) Mt 12, 46-50: a família de Jesus e os seguidores.
46 Enquanto ele ainda falava às multidões, estavam do lado de fora sua mãe e
seus irmãos, procurando falar-lhe. 47 Disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua
mãe e teus irmãos, e procuram falar contigo. 48 Ele, porém, respondeu ao que lhe
falava: Quem é minha mãe? e quem são meus irmãos? 49 E, estendendo a mão para
os seus discípulos disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. 50 Pois qualquer que
fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe.
Aqui aparece claro a idéia e a importância de seguir a Jesus e fazer a sua
vontade. Não há, portanto, referencia negativa à família biológica de Jesus.
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O livro de Lucas foi escrito por volta dos anos 79-80 d.C. Teve como
destinatário primeiro um certo “Teófilo” (Lc 1, 1 e At 1, 1- 2), cuja identidade é
desconhecida. A evidência mostra que o livro foi escrito especialmente para os
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Como também é autor do livro dos Atos dos Apóstolos, Lucas compreende a
História da Salvação em três tempos ou etapas e organiza toda a sua obra a partir
desta perspectiva:
1ª etapa: período preparatório à vinda de Jesus Salvador (O antigo Israel
espera com alegria a manifestação do Messias e prepara a sua vinda)
2ª etapa: A vida de Jesus: sua encarnação, sua presença, sua manifestação,
paixão, morte, ressurreição e glorificação.
3ª etapa: tempo da Igreja que se faz por obra do Espírito Santo. A Igreja é a
grande portadora da salvação a todos os povos. Estes três períodos ou etapas se
articulam a partir de Jerusalém. Segundo os estudiosos do tema, Lucas é o
evangelista que mais citou sobre Maria. Num total de 152 versículos do Novo
Testamento sobre Maria, 90 são de Lucas (1 versículo aparece no livro dos Atos e 89
no terceiro evangelho).
Lucas nos apresenta muitas qualidades de Maria. Ela é o exemplo vivo do
discípulo e seguidor de Jesus, que acolhe a Palavra de Deus com fé, guarda e medita
em seu coração e põe em prática, produzindo muitos e bons frutos.
Maria é apresentada como a grande peregrina na fé. O “sim” dado a Deus na
sua juventude é renovado constantemente no decorrer de toda a sua vida. Maria
não nasce como uma santa pronta e acabada. Ela passa por crises e situações
difíceis e desafiadoras contribuindo para o seu crescimento na fé.
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Por outro lado, Maria nos lembra que Deus escolhe preferencialmente os
pobres e os pequenos para iniciar seu Reino. Maria é uma pessoa de coração pobre
todo aberto para Deus, tem um coração solidário e serviçal sempre disponível a
ajudar os mais necessitados.
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para Deus nada será impossível. 38 Disse então Maria. Eis aqui a serva do Senhor;
cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.
É comum a idéia entre vários estudiosos que a mensagem central deste relato
é a iniciativa de Deus que vai ao encontro de Maria, pedindo o seu consentimento
para que o seu Filho se encarne no meio da humanidade.
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chegando. O encontro das duas mães simboliza e testifica o encontro das profecias
de Israel (João) com o advento da grande novidade (Jesus).
A acolhida de Isabel (“bendita és tu entre as mulheres”) recorda duas
passagens do Antigo Testamento (Jz 5, 24 e Jt 13, 18) lembrando as figuras de
Débora e de Judite por sua coragem na participação vitoriosa do povo de Deus.
Maria é, portanto, esta mulher forte, protagonista dos grandes acontecimentos na
história de Israel.
Já a frase dita por Isabel “e bendito é o fruto do teu ventre” lembra o texto de
Deuteronômio (Dt 28, 2. 4. 9) que corresponde à bênção de Deus àqueles que
escutam sua palavra, cumprem a aliança e realizam a sua vontade. A desobediência
era sinal de maldição. A Benção de Deus se traduz em fertilidade e uma vida feliz e
realizada. A razão da bênção sobre Maria está no fato de Ela ter acreditado “Bendita
és tu que acreditaste”. Ela confiou inteiramente na ação de Deus e se colocou
disponível ao seu projeto.
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Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito (61, 1s): “O
Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a
boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a
redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para
publicar o ano da graça do Senhor. E enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-
se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Ele começou a
dizer-lhes: “Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir”.
Todos lhe davam testemunho e se admiravam das palavras de graça, que
procediam da sua boca, e diziam: “Não é este o filho de José”?
Então lhes disse: “Sem dúvida me citareis este provérbio: Médico, cura-te a ti
mesmo; todas as maravilhas que fizeste em Cafarnaum, segundo ouvimos dizer,
faze-o também aqui na tua pátria.” E acrescentou: “Em verdade vos digo: nenhum
profeta é bem aceito na sua pátria. Em verdade vos digo: muitas viúvas havia em
Israel, no tempo de Elias, quando se fechou o céu por três anos e meio e houve
grande fome por toda a terra; mas a nenhuma delas foi mandado Elias, senão a uma
viúva em Serepta, na Sidônia. Igualmente havia muitos leprosos em Israel, no tempo
do profeta Eliseu; mas nenhum deles foi limpo, senão o sírio Naamã.”
A estas palavras, encheram-se todos de cólera na sinagoga. Levantaram-se e
lançaram-no fora da cidade; e conduziram-no até o alto do monte sobre o qual
estava construída a sua cidade, e queriam precipitá-lo dali abaixo. Ele, porém,
passou por entre eles e retirou-se”.
Percebemos que ao contrário de Mateus e Marcos, o texto não acrescenta
muita novidade Mariana. Não menciona o nome de Maria e dos “irmãos de Jesus”
ou qualquer referência negativa à família de Jesus. Apenas indica a rejeição do
profeta em sua própria terra.
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Como sabemos, Lucas é autor do livro dos Atos dos Apóstolos. O nome de
Maria aparece uma única vez, mas com um destaque todo especial e fundamental.
Ela aparece junto com os discípulos, no meio da comunidade, após a Ressurreição e
Ascensão de Jesus.
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Pentecostes e a anunciação:
Lucas faz uma analogia entre a descida do Espírito Santo sobre Maria na
anunciação e sobre a Igreja de Pentecostes.
O Espírito que realiza o primeiro Pentecostes sobre Maria na anunciação (Lc 1,
35) é o mesmo que vem pousar sobre os apóstolos (At 1, 8; 1, 14; cf At 2). Na
anunciação Maria parte apressadamente (Lc 1, 39), e os discípulos saem do cenáculo
(onde se reuniam por medo dos judeus (Jo 20, 16 e At 1, 13) e começaram a
anunciar com coragem e franqueza a palavra de Deus e a ressurreição dos mortos
(anunciavam com destemor aquilo que viram e ouviram (At 5, 20), com muito vigor
davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus.
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João escreveu o seu evangelho por volta dos anos 90- 100 d.C. É também
autor do livro do Apocalipse. Tanto o quarto evangelho como o livro do Apocalipse
apresentam, por serem os escritos mais tardios, uma reflexão bem mais madura
sobre Jesus.
1) Jo 1,14 (Prólogo):
“E o Verbo divino se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai”. Embora o texto
não mencione Maria, porque a intenção do autor é mostrar a origem divina de Jesus
(Verbo de Deus), dá-se a entender que Ela está implícita no processo da encarnação
de Jesus (“e habitou entre nós”). Não podemos, em hipótese alguma, afirmar que
este é um texto mariano, mas quando se fala em “encarnação” do Verbo Divino,
Maria é lembrada.
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Analisando o texto:
No evento de Caná, João sublinha que Maria já estava presente nas núpcias,
quando Jesus chegou, indicando que a presença de Maria não é uma simples
coincidência.
Um primeiro dado interessante que se percebe à primeira vista é que João
não menciona o nome “Maria”. Ele refere-se a Maria chamando-a de “Mulher” ou
“Mãe de Jesus” (seis vezes). A explicação é simples: João gosta de apresentar certas
pessoas como modelos de seguidores do projeto de Jesus. Maria, portanto, é um
modelo, uma figura símbolo que aceitou a mensagem de Jesus. Segundo João o
termo “mulher” dado a Maria por Jesus indica algo mais das relações familiares
entre Jesus e sua Mãe Maria, indica que ela é mãe também da humanidade.
Naquela época as festas de casamento duravam normalmente sete dias, e era
celebrada na casa do noivo. Daí a necessidade de ter grande quantidade de vinho.
A falta de vinho foi percebida por Maria, que prontamente entra em ação e
leva ao conhecimento de Jesus (Jo 2, 1- 3). Jesus atendeu ao pedido da mãe e
transformando a água em vinho realiza o seu primeiro sinal (que fortaleceu a fé
frágil dos apóstolos. (versículo 11).
Apesar de ser uma festa de casamento, os personagens principais não são os
noivos e sim Jesus e Maria.
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O Capítulo pode muito bem ser dividido em três partes que apresentam três
cenas com os seguintes personagens:
1ª cena (Ap 12, 1-6): a mulher, o dragão e a criança.
2ª cena (Ap 12, 7-12): a guerra entre as forças de Deus (Miguel) e do mal
(Satanás).
3ª cena (Ap 12, 13-17): a mulher perseguida pelo dragão que é vencido.
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5 E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro;
e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono. 6 E a mulher fugiu para o
deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada
durante mil duzentos e sessenta dias.
• Este “grande sinal” significa a importância do acontecimento. “Céu”,
mais que morada de Deus, simboliza o lugar onde estão as forças transcendentais
que interferem na história da humanidade;
• “Mulher vestida de sol” numa primeira leitura não se refere a Maria
(Maria não apareceu no céu, não deu à luz no céu e muito menos o menino foi
levado para junto de Deus. Foi exatamente o contrário. Ele veio de Junto de Deus,
no mistério da encarnação) faz alusão à glória de Deus que reveste o seu povo. O sol
que ilumina;
• “Tem a lua debaixo de seus pés” significa o domínio sobre as coisas
temporais;
• “Coroa de doze estrelas” lembra as doze tribos de Israel, bem como os
doze Apóstolos recompensados no final dos tempos;
• “Dores de parto” recordam todo o sofrimento vivido pelo povo do
Antigo Testamento, bem como as perseguições da comunidade do Novo
Testamento que quer continuar gerando Jesus para a humanidade através do seu
testemunho;
• “Dragão de sete cabeças e dez chifres” representa o poder político e
dominador da época. As “sete cabeças” simboliza a plenitude (o número sete
significa a plenitude, a totalidade) de poder. Os “dez chifres” representam os dez
governadores senatoriais do Império Romano; o “diadema” sobre cada uma das
cabeças refere-se à linhagem nobre de cada um dos governadores.
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Conclusão
Parabéns !
Você está concluindo o Módulo “Maria na Bíblia”. Assim como você, estamos
contentes por sua vitória. Acreditamos que você tenha aprendido muito e esteja
muito mais sábio e fascinado pelos conhecimentos da história de Nossa Senhora,
nossa Mãe.
Esperamos que você continue interessado e fascinado por esta personagem
humilde, vivente e peregrina na fé, que mudou e construiu a história de nossa
humanidade.
Esperamos que você, continue ampliando seus conhecimentos e se tornando,
cada vez mais, um cristão consciente e ciente das características e história de nossos
santos.
Continue seus estudos sobre Maria! Participe de nosso próximo módulo:
Maria na Tradição da Igreja.
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