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APOCALIPSE 1

1. A Revelação – Propriamente assim chamada; porque as coisas,


antes encobertas estão aqui reveladas, ou desvelada. Nenhuma
profecia no Velho Testamento tem este título; ele foi reservado para
este somente no Novo. É, por assim dizer, um manifesto, em que o
Herdeiro de todas as coisas declara, que todo o poder é dado a ele
no céu e terra, e que ele, no final, gloriosamente exercerá aquele
poder, a despeito de toda a oposição de todos os seus inimigos.

De Jesus Cristo – Não de "João, o Divino", um título acrescentado


nas épocas recentes. Certo é que esta apelação, o Divino, não foi
trazida dentro da igreja, muito menos, ela foi afixada para João o
apóstolo, até muito tempo depois da era apostólica. Foi João, de
fato, quem escreveu este livro, mas o autor dele é Jesus Cristo.

Que Deus deu junto a ele – De acordo com sua santa, glorificada
humanidade, assim o grande profeta da igreja. Deus deu a
Revelação para Jesus Cristo; Jesus Cristo a tornou conhecida aos
seus servos.

Para mostrar – Esta palavra recorre (capítulo 22:6) "E disse-me:


Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos santos
profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em
breve hão de acontecer"; e, em muitos lugares as partes deste livro se
refere um ao outro. De fato, toda a estrutura dele respira a
sabedoria de Deus, incluindo, em um compêndio melhor terminado,
coisas vindouras, muitas, várias; próximas, intermediárias, remotas,
as maiores, as menores; terríveis, confortáveis; antigas, novas;
longas, curtas; e esses entrelaçamentos, oponentes, compostos;
relativos um ao outro, a uma distância pequena, a uma distância
grande; e, portanto, algumas vezes, por assim dizer, desaparecendo,
irrompendo, suspendendo, e, mais tarde, inexplicavelmente e mais
ocasionalmente, aparecendo novamente. Em todas as suas partes,
ele tem uma variedade admirável, com a mais exata harmonia,
belamente ilustradas por aquelas próprias digressões que parecem
interrompê-la. Neste assunto, ele dispõe as múltiplas sabedorias de
Deus, brilhando na administração da igreja, através de muitas eras.

Seus servos – Muito é compreendido nesta apelação, É uma grande


coisa ser um servo de Jesus Cristo. Este livro é dedicado
especificamente aos servos de Cristo, nas sete igrejas na Ásia; mas
não exclusiva a todos os outros servos, em todas as nações e épocas.
É uma simples Revelação, e, ainda assim, suficiente, para todos eles,
do tempo em que foi escrita, até o fim do mundo. Serve tu, o Senhor
Jesus Cristo, em verdade: Assim tu deverás aprender o segredo dele
neste livro; sim, e tu sentirás em teu coração, se este livro é divino
ou não.

As coisas que devem em breve acontecer – As coisas contidas nesta


profecia começaram a ser cumpridas, pouco tempo depois que foram
dadas; e o todo poderia ser dito, acontecerá brevemente, no mesmo
sentido em que Pedro diz: "O fim de todas as coisas está à mão"; e o
próprio nosso Senhor: "Observem que eu venho rapidamente". Existe
neste livro um tesouro rico de todas as doutrinas pertencentes à fé e
santidade. Mas esses são também entregues em outras partes do
Escrito Santo; de maneira que a Revelação não precisa ter sido dada
por causa desses. O objetivo específico disto é mostrar as coisas que
devem acontecer. E isto nós especialmente temos diante de nossos
olhos, onde quer que o leiamos ou ouçamos. É dito, mais tarde:
"Escreve o que tu vês"; e novamente: "Escreve o que tu tens visto, e o que
é, e o que deverá ser daqui por diante"; mas, aqui, onde a extensão do
gancho é mostrada, é apenas dito: as coisas que deverão acontecer.
Assim sendo, o mostrar coisas vindouras, é o grande ponto em
vista, através do todo. E João escreve o que ele viu, e o que é,
apenas quando isto tem uma influência sobre, ou fornece
conhecimento para o que deverá ser. E ele – Jesus Cristo.

As enviou e anunciou – Mostrou-as, através de sinais e emblemas:


assim a palavra grega propriamente significa.
Através de seu anjo – Peculiarmente chamado, na seqüência, "o anjo
de Deus", e, particularmente mencionado no (capítulos 17:1) "E
veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-
me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está
assentada sobre muitas águas"; (21:9) "E veio a mim um dos sete anjos
que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo,
dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro"; (22:6, 16)
"E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos
santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas
que em breve hão de acontecer (...) Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos
testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a
resplandecente estrela da manhã". Ao seu servo João – Um título dado
a nenhuma outra pessoa em especial, em todo o livro.

2. Quem testificara – No livro seguinte.

A palavra de Deus – Dada diretamente por Deus.

E o testemunho de Jesus – Que ele nos deixou, como testemunho


fiel e verdadeiro.

Quaisquer coisas que ele viu – De tal maneira, como uma completa
confirmação do original divino deste livro.

3. Feliz aquele que lê e aqueles que ouvem as palavras desta


profecia - Alguns têm miseravelmente manipulado este livro. Por
isso, outros estão temerosos de tocá-lo; e, enquanto eles desejam
saber todas as coisas mais, rejeitam apenas o conhecimento daquelas
que Deus tem mostrado. Eles inquirem, em busca de alguma,
preferivelmente a esta; como se estivesse escrito: "Feliz aquele que
não lê esta profecia".

Mais ainda: feliz aquele que lê e aqueles que ouvem, e mantêm as


palavras dele – Especialmente, neste tempo, quando tão
considerável parte dele está a ponto de ser cumprida. Nem necessita
de ajuda, para que algum inquiridor sincero e diligente possa
entender o que ele lê nele. O próprio livro é escrito, da maneira
mais cuidadosa possível. Ele distingue as diversas coisas, por meio
das quais ele trata, através das sete epístolas; sete selos; sete
trombetas; sete frascos; cada um destes sete é divido em quatro e
três. Muitas coisas, o próprio livro explica; como as sete estrelas; os
sete castiçais; o cordeiro; seus sete chifres, e sete olhos; o incenso; o
dragão; as cabeças e chifres das bestas; o fino linho; o testemunho
de Jesus: e muita luz surge do comparar esta com as antigas
profecias, e as predições em outros livros do Novo Testamento.
Neste livro, nosso Senhor incluiu o que estava faltando naquelas
profecias, no tocante ao tempo em que se seguiram à sua ascensão, e
o final da diplomacia judaica. Assim sendo, ele atinge, da velha
Jerusalém à nova, reduzindo todas as coisas em uma soma, na mais
exata ordem, e com uma semelhança próxima aos profetas antigos.
A introdução e conclusão concordam com Daniel; a descrição do
filho do homem, e as promessas de Sião, com Isaías; o julgamento
da Babilônia, com Jeremias; novamente, a determinação dos tempos,
com Daniel; a arquitetura da cidade santa, com Ezequiel; os
emblemas dos cavalos, os castiçais, etc., com Zacarias. Muitas coisas
largamente descritas, pelos profetas, estão aqui resumidamente
repetidas; e, freqüentemente nas mesmas palavras. A eles, nós
podemos, então, recorrer utilmente.

Ainda assim, o Apocalipse satisfaz a própria explanação, até mesmo,


se nós ainda não entendemos aquelas profecias; sim, ele lança muita
luz sobre elas. Freqüentemente, onde existe uma semelhança, existe
uma diferença também; o Apocalipse, por assim dizer, tomando um
sortimento de um dos profetas antigos, e inserindo um novo
enxerto nele. Assim, Zacarias fala de duas oliveiras; e assim João;
mas com um significado diferente. Daniel tem uma besta com dez
chifres; assim tem João; mas não completamente a mesma
significação. E aqui a diferença de palavras, emblemas, coisas,
tempos, deve estudiosamente ser observada. Nosso Senhor predisse
muitas coisas, antes de sua paixão; mas não todas as coisas; porque
ainda não era a época. Muitas coisas, igualmente, seu Espírito
profetizou nos escritos dos apóstolos, tanto quanto as necessidades
daqueles tempos requereram: agora ele os compreende todos em um
livro resumido; em que pressupondo todas as outras profecias, e, ao
mesmo tempo, explicando, continuando, e aperfeiçoando-as em uma
linha.

É correto, portanto, compará-las; mas não medi-las na plenitude


dessas, pela escassez daquelas precedentes. Cristo, quando sobre a
terra, predisse o que viria acontecer em um curto tempo;
acrescentando uma breve descrição das últimas coisas. Aqui ele
prediz as coisas intermediarias; de modo que, ambas, colocadas
juntas, constituem uma completa série de profecia. Este livro é,
portanto, não apenas a somatória e a chave de todas as profecias que
precedem, mas igualmente, um suplemento para todas; os selos
sendo fechados antes. Em conseqüência, ele contém muitas
específicas, não reveladas em alguma outra parte das Escrituras.
Eles, portanto, têm pequena gratidão a Deus, por tal Revelação,
reservada para a exaltação de Cristo, que atrevidamente rejeitam o
que quer que eles encontrem aqui que não foi revelado, ou não tão
claramente, em outras partes das Escrituras.

Ele que lê e aqueles que ouvem. – João provavelmente envia este


livro, através de uma simples pessoa, na Ásia, que o lê nas igrejas,
enquanto muitos ouvem. Mas isto, igualmente, em um sentido
secundário, refere-se a todos que deverão devidamente ler ou ouvi-
lo em todas as épocas.

As palavras desta profecia – É a Revelação com respeito a Cristo


que a dá; a profecia, com respeito a João que a entrega às igrejas.

E mantém as coisas que são escritas nele – De tal maneira, quanto à


natureza delas requeira; ou seja, com arrependimento, fé, paciência,
oração, obediência, vigilância, constância. Convém a todo cristão,
em todas as oportunidades, ler o que está escrito nos oráculos de
Deus; e ler este precioso livro, em especial, freqüentemente,
reverentemente, e atentamente.
Para o tempo – Do seu início, a ser concluído. Está perto – Até
mesmo quando João escreveu. Quão mais perto de nós está, até
mesmo, do completo cumprimento desta preciosa profecia!

4. João – A dedicação deste livro está contida no quarto, quinto,


sexto versos; mas todo o Apocalipse é uma espécie de carta.

Às sete igrejas que estão na Ásia – Aquela parte da Ásia Menor, que
era, então, uma província romana. Elas viram outras diversas
igrejas plantadas aqui; mas parece que essas eram agora as mais
eminentes; e foi em meio a essas que João trabalhou mais durante
sua moradia na Ásia. Nessas cidades havia muitos judeus. Tais que
acreditavam em cada um que estivesse reunido com os crentes
gentios em uma igreja.

Graça e paz sejam junto a ti – O favor de Deus, com todas as


bênçãos temporais e eternas. Dele que é, e quem foi, e quem vem, ou
está por vir – Uma tradução maravilhosa do grande nome JEOVÁ:
ele foi, no passado; é agora; e será; ou seja, será para sempre.

E dos sete espíritos, que estão diante do seu trono – Cristo é aquele
que "tem os sete espíritos de Deus". As sete lâmpadas que queimam
diante do trono são os sete espíritos de Deus. O cordeiro tem sete
chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus. Sete foi um
número sagrado na igreja judaica: mas ele nem sempre implicou um
número preciso. Ele, algumas vezes, é tomado figurativamente, para
denotar inteireza ou perfeição. Através desses sete espíritos, não
sete anjos criados, mas o Espírito Santo é para ser entendido. Os
anjos nunca são denominados espíritos neste livro: e, quando todos
os anjos se levantam, enquanto as quatro criaturas viventes, e os
vinte e quatro anciãos adoram a ele que se senta no trono, e o
Cordeiro, os sete espíritos nem se levantam, nem adoram. A esses,
os "sete espíritos", as sete igrejas, para os quais o Espírito fala tantas
coisas, estão subordinadas; como estão também seus anjos; sim, e
"os sete anjos que estão diante de Deus". Ele é chamado de sete
espíritos; não com respeito à sua essência; que é uma, mas com
respeito às suas múltiplas operações.

5. E de Jesus Cristo, a testemunha fiel, o Primogênito da morte, e o


príncipe dos reis da terra – Três gloriosas apelações são aqui dadas
a ele, e na ordem própria delas. Ele foi a testemunha fiel de toda a
vontade de Deus, diante de sua morte, e permanece tal na glória.
Ele se ergueu dos mortos, como "os primeiros frutos deles que
dormiram"; e agora têm todo o poder, ambos no céu e terra. Ele está
aqui denominado um príncipe: mas, logo, ele ouve seu título de rei;
sim, "Rei dos reis; e Senhor dos senhores". Esta frase, os reis da terra,
significa o poder e multidão deles, e, também a natureza do seu
reino. Torna-se Majestade Divina chamá-los reis, com uma
limitação; especialmente, neste manifesto de seu reino celeste;
porque nenhuma criatura; muito menos, um pecador, pode carregar
o título de rei, no sentido absoluto diante dos olhos de Deus.

6. A ele que nos amou, e daquela liberdade, amor abundante, tem


nos lavado da culpa e poder de nossos pecados, com seu próprio
sangue, e nos fez reis – Parceiros de seu presente, e herdeiros de seu
eterno, reino.

E sacerdotes, juntos a seu Deus e Pai – Para quem nós


continuamente nos oferecemos, como um sacrifício vivo e santo.

A ele, seja a glória – Por seu amor e redenção.

E o poder – Por meio do qual, ele governa todas as coisas.

7. Observa – Neste e no próximo verso está a proposição, e o


sumário de todo o livro.

Ele vem – Jesus Cristo – Através deste livro, quando quer que seja
dito: Ele vem, isto significa sua vinda gloriosa. A preparação para
isto começou na destruição de Jerusalém, e, mais especificamente,
no tempo de escrever este livro; e segue, sem interrupção alguma,
até que aquele grande evento seja concluído. Portanto, nunca é dito
neste livro, Ele virá, mas, Ele vem. E ainda assim, não é dito, Ele
vem novamente: porque quando ele veio antes, não foi como ele
mesmo; mas "na forma de um servo". Mas seu aparecer na glória é
propriamente seu vir; ou seja, na maneira merecedora do Filho de
Deus.

E todo olho – do judeu em específico.

Deverá vê-lo – Mas com quais emoções diferentes, de acordo como


eles o receberam ou rejeitaram.

E eles que o pregaram – Eles, acima de todos, que pregaram suas


mãos, ou pés, ou lado. Tomé viu a marca desses ferimentos, até
mesmo depois de sua ressurreição. E o mesmo, sem dúvida, será
visto por todos, quando ele vier nas nuvens do céu.

E todas as tribos da terra – A palavra tribos, em Apocalipse, sempre


significa os Israelitas; mas onde outra palavra, tais como nações ou
pessoas, está junto a ela, isto implica igualmente (como aqui) todo o
resto da humanidade.

Deverá lamentar, por causa dele – Pelo terror e dor, se eles não
lamentaram antes, devido ao arrependimento verdadeiro.

Sim, Amém – Isto se refere a que todo olho deverá vê-lo. Ele que
vem diz: sim; ele que testifica isto, Amém. A palavra traduzida, sim,
é Grega; Amém é Hebraica: porque o que é aqui falado diz respeito
a ambos, aos judeus e aos gentios.

8. Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus – Alfa é a primeira,


Ômega, a última, letra no alfabeto grego. Que seus inimigos se
vangloriem e enfureçam-se tanto, no tempo intermediário, ainda
assim, o Senhor Deus é ambos o Alfa, ou começo, e o Ômega, o fim,
de todas as coisas. Deus é o começo, como ele é o Autor e Criador
de todas as coisas, e como ele propõe, declara, e promete tão
grandes coisas: ele é o fim, quando ele traz todas as coisas que estão
aqui reveladas, para uma conclusão completa e gloriosa.
Novamente, o começo e o fim de uma coisa é a escritura
denominada de toda a coisa. Portanto, Deus é o Alfa e o Ômega; o
começo e o fim; ou seja, alguém que está em todas as coisas, e
sempre o mesmo.

9. Eu, João. – A instrução e a preparação do apóstolo para a obra


são descritas, do novo ao vigésimo versículo.

Seu irmão – Na fé comum.

E companheiro na aflição – Porque a mesma perseguição, que o


levou para Ptmos os dirigiu para dentro da Ásia. Este livro,
peculiarmente pertence a esses que estão, debaixo dos cuidados da
cruz. Foi dado a um homem banido; e homens em aflição entendem
e apreciam isto ainda mais. Assim sendo, foi pouco estimado pelas
igrejas asiáticas, depois da época de Constantino; mas altamente
valorizado por todas as igrejas Africanas, como tinha sido, desde,
então, por todos os filhos de Deus.

Na aflição, e reino e paciência de Jesus – O reino se situa no meio. É


principalmente debaixo de várias aflições, que a fé obtém sua parte
no reino; e quem quer que seja um parceiro deste reino, não está
temeroso de sofrer por Jesus (II Timóteo 2:12) "Se sofrermos,
também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará".

Eu estava na Ilha de Patmos – No reino de Domitiano e de Nerva.


E lá ele viu e escreveu tudo que se segue. Foi um local
peculiarmente próprio para essas visões. Ele tinha defronte dele, a
uma pequena distância, a Ásia e as sete igrejas; seguindo do lado
oriente, Jerusalém e a terra de Canaã; e além desta, a Antioquia;
sim, e todo o continente asiático. Para o ocidente, ele tinha os
romanos, Itália, e toda a Europa, mergulhando, por assim dizer, no
mar; para o sul, Alexandria e o Nilo com suas vazões, Egito, e toda
a África; e para o norte, o que foi mais tarde chamado
Constantinopla, nos estreitos entre Europa e Ásia. Assim, ele teve
todas as três partes do mundo que eram, então, conhecidas, por toda
a Cristandade, por assim dizer, diante de seus olhos; um largo
teatro para todas as várias cenas que estavam por passar diante
dele; como se esta ilha tivesse sido feita, principalmente, para esta
finalidade, para servir como um observatório para o apóstolo. Para
pregar a palavra de Deus, ele foi banido para lá, e para o
testemunho de Jesus – Para testificar que ele é o Cristo.

10. Eu estava no Espírito – Ou seja, em êxtase, uma visão profética,


tão subjugada com o poder, e preenchida com a luz, do Espírito
Santo, de maneira a estar inconsciente das coisas exteriores, e
totalmente elevado com o espiritual e divino. O que se segue é uma
visão, simples, ligada entre si, que João viu um dia; e, portanto, ele
que poderia entendê-la, levaria seu pensamento direto através do
todo, sem interrupção. Os outros livros proféticos são coleções de
profecias distintas, fornecidas em várias ocasiões: mas aqui é um
tratado simples, em que todas as partes exatamente dependem umas
das outras. (capítulo 4:1) "Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do
Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e
no seu reino", está ligado com o versículo 19 "Saúda a Prisca e a
Áqüila, e à casa de Onesíforo"; e o que é entregue no quarto capítulo,
segue em frente, diretamente para o vigésimo-segundo.

No dia do Senhor – Neste, nosso Senhor se ergueu dos mortos:


neste, os anciãos acreditaram que ele viria para o julgamento. Foi,
portanto, com a mais extrema propriedade, que João neste dia, tanto
viu e descreveu sua vinda.

E eu ouvi, atrás de mim – João tinha sua face para o leste: nosso
Senhor, igualmente, nesta aparência, olhou para o oriente, em
direção à Ásia, para onde o apóstolo escreveria.

Uma grande voz, como de uma trombeta – Que era peculiarmente


apropriado para proclamar a vinda do grande Rei, e sua vitória
sobre todos os seus inimigos.
11. Dizendo: O que tu viste – E ouviste. Este comando se estenda a
todo o livro. Todos os livros do Novo Testamento foram escritos
pela vontade de Deus; mas nenhum foi tão expressamente ordenado
que fosse escrito.

No livro - Assim todo o Apocalipse é apenas um livro: nem a carta


para o anjo de cada igreja pertence a ele, ou sua igreja apenas; mas a
todo o livro que foi enviado a eles todos.

Para as igrejas – Daqui por diante intitulada; e através deles das


igrejas todas, em todas as épocas e nações.

A Éfeso – Sr. Thomas Smith, quem, no ano de 1671, viajou através


de todas essas cidades, observa, que, de Éfeso a Esmirna são
quarenta e seis milhas inglesas; de Esmirna à Pergamos, sessenta e
oito; de Pergamos a Tiatira, quarenta e oito; de Tiatira a Sardis,
trinta e três; de Sardis a Filadélfia, vinte e sete; de Filadélfia a
Laodicéia, por volta de quarenta e duas milhas.

12, 13. E eu me virei para ver a voz – Ou seja, para ver aquele de
quem era a voz.

E me virando, eu vi – Parece que a visão se apresentou


gradualmente. Primeiro, ele ouviu a voz; e, ao olhar para trás, ele
viu os castiçais de ouro, e, então, no meio dos castiçais, o que foi
colocado em um círculo, ele viu alguém como o filho do homem –
Ou seja, uma forma humana. Um homem parecido com nosso
Senhor, sem dúvida, aparece no céu: embora não exatamente nesta
maneira simbólica, em que ele se apresenta como a cabeça de sua
igreja. A seguir, observou que nosso Senhor estava vestido com
uma vestimenta até os pés, e amarrado com um cinto dourado –Tal
como os sumos sacerdotes judeus usavam. Mas ambos são aqui
marcas da dignidade real, igualmente.
Amarrado em volta do peito – ele que está em uma jornada, amarra
seu quadril. Amarrando o peito, foi um emblema do descanso
solene. Parece que o apóstolo tendo visto todas as coisas, olhou para
cima para observar a face de nosso Senhor: mas recuou pela
aparição de seus olhos flamejantes, que fez com que ele mais
especificamente observasse seus pés. Recebendo força para levantar
seus olhos novamente, ele viu as estrelas em sua mão direta, e a
espada saindo de sua boca: mas, no observar o brilho de seu
semblante glorioso, que, provavelmente foi muito aumentado, desde
o primeiro relance que o apóstolo teve dele, ele "caiu aos seus pés
como morto". Durante o tempo em que João estava descobrindo estas
diversas particulares, nosso Senhor parece ter falado. E, sem
dúvida, até mesmo sua voz, bem no princípio, anunciou a Deus:
embora tão magnificamente como sua aparência gloriosa.

14. Sua cabeça e seus cabelos – Ou seja, os cabelos de sua cabeça, e


não toda sua cabeça. Eram brancos como a lã – Como nos Dias
Antigos, representou a visão de Daniel (Daniel 7:9) "Eu continuei
olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou;
a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura
lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente". A
lã supõe-se comumente ser um emblema da eternidade. Como a
neve – Indicando sua pureza imaculada. E seus olhos como uma
chama de fogo – Atravessando todas as coisas, um toque de sua
Onisciência.

15. E seus pés como metal fino – Denotando sua estabilidade e


força.

Como se eles queimassem em uma fornalha – Como se tendo sido


derretido e refinado, eles estivessem ainda incandescentes.

E sua voz – Para o conforto de seus amigos, e o terror de seus


inimigos.
Como a voz de muitas águas – Rugindo alto, e pressionando todos
diante deles.

16. E ele tinha em sua mão direita, sete estrelas – Como uma
indicação de seu favor e proteção poderosa.

E de sua boca saiu uma espada afiada de dois gumes – Significando


sua justiça e ira justa, continuamente apontada contra seus
inimigos, como uma espada; afiada; de dois gumes, para cortar.

E seu semblante foi como o brilho do sol na força dele – Sem


qualquer névoa ou nuvem.

17. E eu caí aos pés dele, como morto – A natureza humana não
sendo capaz de suportar tão gloriosa aparição. Assim, ele estava
preparado (como Daniel do passado, a quem ele peculiarmente se
assemelha) para receber tão valorosa profecia. Uma grande queda
da natureza, usualmente precede uma grande comunicação das
coisas celestes. João, antes do que nosso Senhor sofreu, foi tão
íntimo com ele, de maneira a recostar-se em seu peito, e deitar-se
em seu colo. Ainda assim, agora, perto de setenta anos depois, o
velho apóstolo, é, por um relance jogado ao chão. Que glória deve
ser isto! Vocês, pecadores, estejam temerosos de limparem suas
mãos: purificarem seus corações. Vocês, santos, sejam humildes, se
preparem: regozijem-se. Mas regozijem-se junto a ele com
reverência: uma reverência crescente em direção a esta majestade
maravilhosa não pode ser prejudicial à sua fé. Que toda a petulância,
com toda a curiosidade vã, esteja longe, enquanto você está
pensando e lendo sobre essas coisas.

E ele impõe sua mão direta sobre mim – A mesma em que ele
segurou as sete estrelas. O que João, então, sentiu em si mesmo?

Dizendo: Não tema – Seu olho aterroriza, seu discurso fortalece. Ele
não chama João pelo seu nome (com os anjos fizeram com Zacarias
e outros), mas fala como seu bem conhecido mestre. O que se segue
é também falado para fortalecê-lo e encorajá-lo.

Eu sou – Quando em seu estado de humilhação, ele falou de sua


glória, ele freqüentemente falou na terceira pessoa, como (Mateus
26:64) "Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em
breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as
nuvens do céu". Mas ele agora fala de sua própria glória, sem
qualquer véu, em termos claros e diretos. O primeiro e o último –
Ou seja, o único e eterno Deus, que é de vida eterna a vida eterna.
(Isaías 41:4) "Quem operou e fez isto, chamando as gerações desde o
princípio? Eu o Senhor, o primeiro, e com os últimos eu mesmo".

18. E ele que vive – Um outro título peculiar de Deus.

E eu tenho as chaves da morte e do hades – Ou seja, do mundo


invisível. No estado intermediário, o corpo habita na morte, a alma
no hades. Cristo tem as chaves deles, ou seja, o poder sobre ambos;
matando ou vivificando o corpo, e dispondo-se da alma, como isto
lhe agradar. Ele deu a Pedro as chaves do reino dos céus; mas não
as chaves da morte ou do hades. Como, então, seu suposto sucessor,
em Roma, tem as chaves do purgatório? Da descrição precedente, a
maioria das vezes, são tomados os títulos dados a Cristo, nas cartas
seguintes, particularmente nas quatro primeiras.

19. Escreva as coisas que tu tens visto – Este dia: que, portanto,
está escrito. (versículo 11-18). E que são – As instruções
referentes ao estado presente das sete igrejas. Essas estão escritas
(versículo 20 – capítulo 3:22). E que deverá ser daqui para frente
– Até o fim do mundo. Escrito no (capítulo 4:1 em diante).

20. Escreva primeiro o mistério – O significado misterioso das sete


estrelas – João sabia melhor do que nós, em quantos aspectos, essas
estrelas eram um emblema próprio daqueles anjos: quão
proximamente eles se assemelham uns aos outros, e quanto eles
diferem na magnitude, brilho, etc., e outras circunstâncias.
As sete estrelas são anjos das sete igrejas – Mencionadas no verso
décimo-primeiro. Em cada igreja existia um pastor ou um ministro
em vigor, a quem todo os demais estavam subordinados. Este
pastor, bispo, ou supervisor, tinham o cuidado especial com aquele
rebanho: dele, a prosperidade daquela congregação, em uma grande
medida, dependia, e ele deveria responder por todas aquelas almas
no trono do julgamento de Cristo. E os sete castiçais são as sete
igrejas. Quão significativo emblema é este! Porque um castiçal,
embora de ouro, não tem luz em si mesmo; nem tem alguma igreja
ou filho do homem. Mas eles recebem de Cristo, a luz da verdade,
santidade, conforto, para que possam brilhar para todos em volta
deles. Tão logo isto foi falado, João anotou, até mesmo isto que está
contido no primeiro capítulo. Mais tarde, o que estava contido no
segundo e terceiro capítulos foi ditado a ele, de maneira semelhante.

APOCALIPSE 2

Das cartas seguintes aos anjos das sete igrejas, pode ser necessário
falar, primeiro, em geral, e, então, especificamente. No geral, nós
podemos observar, quando os israelitas estavam para receber a lei
do Monte Sinai, eles deveriam primeiro ser purificados; e quando o
reino de Deus estava à mão, João, o Batista, preparou homens para
ele, através do arrependimento. Em igual maneira, estamos
preparados, através dessas cartas para a recepção merecedora de sua
Revelação gloriosa. Seguindo as direções dadas nele, expulsando
incorrigivelmente homens maus, e tirando fora toda maldade,
aquelas igrejas foram preparadas para receber este depósito
precioso. E quem quer que, em alguma época, adequadamente,
possa ler ou ouvir, deverá observar as mesmas admoestações. Essas
cartas eram uma espécie de prefácio sétuplo para o livro. Cristo
agora aparece na forma de um homem (não ainda, sob o emblema de
um cordeiro), e fala, na maioria das vezes, em palavras apropriadas,
e não figuradas. Não é até que João entre nesta grande visão
(capítulo 4:1) "Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta
aberta no céu; e a primeira voz que, como de trombeta, ouvira falar
comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem
acontecer"; que toma o restante do livro. Existe em cada uma dessas,
cartas:

1º. Uma ordem para escrever para o anjo da igreja;

2º. Um título glorioso de Cristo;

3º. Um endereçamento para o anjo daquela igreja, contendo: um


testemunho de seu estado promíscuo, ou bom, ou ruim; uma
exortação ao arrependimento e constância; uma declaração do que
acontecerá, geralmente, da vinda do Senhor;

4º. Uma promessa para aquele que domina; junto com a exortação:
"Aquele que tem ouvido, que ouça, deixe-o ouvir". O discurso em cada
carta está expresso em palavras claras; a promessa, em figuradas.
No discurso, nosso Senhor fala para o anjo de cada igreja, que,
então, havia, e para os membros dela diretamente; considerando que
na promessa, ele fala de todos que poderiam dominar, em qualquer
igreja ou época, e distribuir a eles uma das preciosas promessas
(antecipadamente), dos últimos capítulos do livro.

1. Escreva – Assim Cristo ditou a ele cada palavra.

Essas coisas, diz aquele que mantém as sete estrelas, em sua mão
direita – Tal é seu grandioso poder! Tal seu favor a eles e cuidado
sobre eles, para que possam, de fato, brilhar como estrelas, ambos
pela pureza da doutrina e santidade de vida! Quem caminha – De
acordo com sua promessa: "eu estou com vocês sempre, até o fim do
mundo". No meio dos castiçais de ouro – Observando todas as obras
e pensamentos deles, e pronto para "remover o castiçal do seu lugar".
Se algum, sendo advertido, não se arrepender. Talvez, aqui exista
igualmente uma alusão ao ofício dos sacerdotes, no arrumar as
lâmpadas, de maneira a mantê-las sempre queimando diante do
Senhor.
2. Eu sei - Jesus sabe todo o bem, e todo o mal, que seus servos e
seus inimigos sofrem e fazem. Palavra grave: "Eu sei", quão terrível
será algum dia sondar o mau, e quão doce o justo! As igrejas e seus
anjos devem estar atônitos, ao encontrarem as condições gerais
deles, tão exatamente descritas, até mesmo, na ausência do apóstolo,
e não poderia deixar de reconhecer o olho que tudo vê de Cristo, e
de seu Espírito. Com respeito a nós, para cada um de nós também
ele diz: "Eu conheço tuas obras". Feliz é aquele que imagina, menos
bem de si mesmo, do que Cristo conhece, concernente a ele. E teu
trabalho – Depois do geral, três específicos são nomeados, e, então,
mais largamente descritos na ordem invertida:

1º. Teu trabalho.

6. Tu nasceste, por causa do meu nome, e não fraquejaste.

2º. Tua paciência.

5. Tu tens paciência:

3º. Tu não podes.

4º. Tu tens provado aqueles que dizem que eles têm as


características de homens maus: apóstolos, e não são, e os tem
considerado mentirosos. E tua paciência – Não obstante o que, tu
não podes suportar, que os homens incorrigivelmente maus possam
permanecer no rebanho de Cristo. E tu tens provado aqueles que
dizem que eles são apóstolos, e não são – Porque o Senhor não os
enviou.

4. Mas eu tenho contra ti, que tu deixaste teu primeiro amor –


Aquele amor pelo qual todas estas igrejas eram tão eminentes,
quando Paulo escreveu sua epístola a eles. Ele não precisava ter
deixado isto. Ele deveria tê-lo preservado, inteiro até o fim. E ele
não o preservou em parte, ou não teria permanecido tanto do que
era recomendável nele. Mas ele não manteve, como deveria ter feito,
o primeiro amor terno em seu vigor e calor. Leitor, tu tens?

5. Não é possível para alguém recuperar seu primeiro amor, a não


ser tomando estes três passos:

1º. Lembrar-te:

2º. Arrepender-te:

3º. Pratica as primeiras obras. Lembra-te de onde tu caíste – De que


grau da fé, amor, santidade, embora, talvez, inconscientemente. E
arrependa-te – O que em um sentido menor implica uma profunda e
viva convicção de tua queda. Dos sete anjos, dois, em Éfeso, e em
Pergamo, estavam em um estado misturado; dois em Sardis e
Laodicéia, estavam grandemente corrompidos: todos esses eram
exortados a arrependerem-se; como os seguidores de Jezebel e
Tiatira: dois, em Esmina e Filadélfia, estavam em um estado
florescente, e eram, portanto, apenas exortados à firmeza. Não pode
haver estado, que para algum pastor, igreja, ou pessoa comum, que
não tenha aqui instruções adequadas. Todos, quer eles sejam
ministros, ou ouvintes, junto com seus inimigos ocultos ou
declarados, em todas os lugares, e em todas as épocas, podem
esboçar disto, necessariamente autoconhecimento, reprovação,
recomendação, advertência, ou confirmação. Quer alguém esteja tão
morto quanto o anjo em Sardis; ou tão vivo quanto o anjo em
Filadélfia, este livro é enviado a ele, e o Senhor Jesus tem alguma
coisa para dizer a ele, nele. Porque as sete igrejas representam, com
seus anjos, toda a igreja cristã, dispersa por todo o mundo, já que
ela subsiste, não como alguns têm imaginado, em uma era após a
outra, mas em todas as épocas. Este é um ponto de profunda
importância, e sempre necessário de ser lembrado: que essas sete
igrejas sejam, por assim dizer, um modelo de toda a igreja de
Cristo, assim como foram, então, como são agora, e como serão em
todas as épocas.
Pratica as primeiras obras – Exteriormente e interiormente, ou tu
nunca poderás recuperar o primeiro amor. Mas, se não – Através
desta palavra está a advertência severa àquelas cinco igrejas que
foram chamadas ao arrependimento; porque, se Éfeso foi ameaçada,
quanto mais Sardis e Laodicéia deverão estar temerosas! E,
portanto, quando elas obedecem ao chamado ou não, existe uma
promessa ou uma ameaça. (versículo 5, 16, 22) "Lembra-te, pois, de
onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não,
brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te
arrependeres. (...) Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e
contra eles batalharei com a espada da minha boca (...) Eis que a porei
numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se
não se arrependerem das suas obras"; (capítulo 3:3, 20) "Lembra-te,
pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não
vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti
virei. (...) Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e
abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo". Mas,
até mesmo na ameaça, a promessa está inserida, no caso do
verdadeiro arrependimento. Eu virei a ti, e removerei teu castiçal do
lugar – E removerei, a menos que tu te arrependas; o rebanho que
está agora sob teu cuidado, para outro lugar, onde deverão ser mais
bem cuidados. Mas do estado florescente da igreja de Éfeso, depois
disto, existe motivo para crer que eles se arrependeram.

6. Mas tu tens isto – Graça divina busca, o que quer que possa
ajudar aquele que está caído a recuperar seu estado. Que tu tens as
obras dos Nicolaitas – Provavelmente assim chamados de Nicolas,
um dos sete diáconos. (Atos 6:5) "E este parecer contentou a toda a
multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e
Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de
Antioquia". A doutrina e a vida deles eram igualmente corruptas.
Eles admitiam as mais abomináveis lascívias e adultérios, assim
como sacrifício para ídolos; tudo que eles colocavam em meio às
coisas medíocres, e reivindicavam para os ramos da liberdade cristã.
7. Ele que tem ouvido, que ouça – Todo homem, quem quer que
possa ouvir, afinal, deve cuidadosamente ouvir isto. O que o
Espírito diz – Nestas grandes e preciosas promessas.

Para as igrejas. E nelas, a todo aquele que conquista; que segue em


frente, de fé em fé, para a completa vitória sobre o mundo, e a carne,
e o diabo. Nestas sete cartas, doze promessas estão contidas, que
são um extrato de todas as promessas de Deus. Algumas delas não
são expressamente mencionadas, como "a árvore da vida" (capítulo
22:2) "No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a
árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e
as folhas da árvore são para a saúde das nações"; livramento da
"segunda morte"; (capítulo 20:6) "Bem-aventurado e santo aquele que
tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda
morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil
anos"; o nome no "livro da vida"; (capítulo 20:12) " E vi os mortos,
grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e
abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas
coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras"; (21:27) " E
não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e
mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro"; e
permanecendo "no tempo de Deus" (capítulo 7:15); a inscrição do
"nome de Deus e do Cordeiro" (capítulo 14:1) " E olhei, e eis que estava
o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que
em suas testas tinham escrito o nome de seu Pa"; (22:4) "E verão o seu
rosto, e nas suas testas estará o seu nome". Nestas promessas, algumas
vezes, o desfrute dos mais altos bens; algumas vezes, o livramento
dos maiores males, é mencionado. E cada um encerra o outro; de
modo que, onde parte é expressa, o todo deve ser entendido. Aquela
parte é expressa que tem mais semelhança com as virtudes ou obras
dele que estava falando na carta precedente.

Comer da árvore da vida – A primeira coisa prometida nestas cartas


é de última e mais alta no cumprimento capítulo 22:2, 14, 19) "No
meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida,
que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da
árvore são para a saúde das nações (...) Bem-aventurados aqueles que
guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida,
e possam entrar na cidade pelas portas... E, se alguém tirar quaisquer
palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida,
e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro". A árvore da
vida e da água da vida seguem juntas (capítulo 22:1,2) "E mostrou-
me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono
de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de um e de outro lado do
rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de
mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações"; ambos
implicando o viver com Deus eternamente.

No paraíso do meu Deus – A palavra paraíso significa um jardim de


prazer. No paraíso terrestre havia uma árvore da vida: não existem
outras árvores no paraíso de Deus.

8. Essas coisas, diz o primeiro e o último; aquele que estava morto e


está vivo – Quão diretamente esta descrição tende a confirmá-lo
contra o medo da morte! (versículos 10, 11) "Nada temas das coisas
que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para
que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte,
e dar-te-ei a coroa da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz
às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte". Até
mesmo o conforto em que o próprio João foi consolado (capítulo
1:17, 18) "E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim
a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; e o
que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E
tenho as chaves da morte e do inferno"; deverá o anjo desta igreja ser
confortado.

9. Eu conheço esta aflição e pobreza – Uma pobre prerrogativa aos


olhos do mundo! O anjo em Filadélfia igualmente tinha na luz deles,
a não ser "uma pequena força". E, ainda assim, essas duas foram as
mais honradas de todas aos olhos do Senhor. Mas tu és rico – Na fé
e amor, de mais valor do que todos os reinos da terra. Quem diz que
eles são judeus – O próprio povo de Deus. E não são – Eles não são
judeus interiormente, não circuncisos no coração. Mas a sinagoga
de satanás – Que, como eles, foi um mentiroso e assassino, desde o
início.

10. As primeiras e as últimas palavras deste verso são


particularmente direcionadas ao ministro, de onde nós podemos
reunir que seu sofrimento e a aflição da igreja eram, ao mesmo
tempo, e na mesma duração.

Não temas alguma dessas coisas que tu estás prestes a sofrer –


Provavelmente, por significar os falsos judeus.

Observa – Isto anuncia a proximidade da aflição. Talvez, em dez


dias começou no mesmo dia que a Revelação foi lida em Esmirna,
ou, pelo menos, muito pouco tempo depois.

O diabo - Que coloca todos os opressores para trabalharem; e estes


mais especificamente.

Esta para arremessar alguns de vocês – Cristãos em Esmirna; onde,


nas primeiras épocas, o sangue de muitos mártires foi derramado.

Na prisão, que vocês podem ser provados – Para sua vantagem


inexplicável (I Pedro 4:12, 14) "Amados, não estranheis a ardente
prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos
acontecesse; (...) Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados
sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles,
é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado".

E vocês deverão ter aflição – Tanto em si mesmos, ou pela simpatia


com seus irmãos.

Dez dias – (literalmente tomados) no final da perseguição de


Domitiano, que foi interrompida pelo edito do Imperador Nerva.
É tu fiel – Nosso Senhor não diz, "até que eu venha", como nas outras
cartas, mas junto a morte. Significando que o anjo desta igreja
rapidamente depois selou seu testemunho com seu sangue;
cinqüenta anos antes do martírio de Policarpo, pelo qual alguns o
têm confundido.

E eu darei a ti a coroa da vida – A recompensa peculiar daqueles


que são fiéis junto à morte.

11. A segunda morte – O lago de fogo, a porção do medroso, que


não domina (capítulo 21:8) "Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos,
e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e
aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde
com fogo e enxofre; o que é a segunda morte".

12. A espada – Com a qual eu eliminarei o impenitente (versículo


16) "Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles
batalharei com a espada da minha boca".

13. Onde o trono de satanás está – Pergamo estava


desmedidamente entregue à idolatria: assim satanás tinha seu trono
e completa moradia lá.

Tu reténs rapidamente meu nome – Abertamente e resolutamente


confessando-me diante de homens.

Até mesmo no dia em que Antipas – Martirizado, sob a ordem de


Domitiano.

Foi minha testemunha fiel – Feliz é aquele que conhece Jesus, a


testemunha fiel e verdadeira, dá tal testemunho!

14. Mas tu tens lá – A quem tu deves ter imediatamente lançado


fora do rebanho.
Aqueles que mantêm a doutrina de Balaão – Doutrina
proximamente semelhante à dele.

Quem ensinou Balaque – E o restante dos Moabitas.

Para lançar uma pedra de tropeço diante dos filhos homens de


Israel – Eles são geralmente denominados, os filhos, mas aqui,
filhos homens, de Israel, em oposição às filhas de Moabe, através
das quais Balaão as seduziu à fornicação e idolatria.

Comer coisas sacrificadas a ídolos – Que, em cidade tão idólatra,


como Pergamo, foi, no mais alto grau, prejudicial ao Cristianismo.

E cometer fornicação – Que estava constantemente unida com o


adorar ídolos pelos ateus.

15. Em igual maneira tu também - Assim como o anjo de Éfeso.

Eles mantinham a doutrina dos Nicolaítas – E tu admitiste que eles


permanecessem no rebanho.

16. Se não, eu virei a ti – que não escapará totalmente quando eu os


punir.

E eu lutarei com ele – Não com os Nicolaitas, que são mencionados


apenas de passagem, mas os seguidores de Balaão.

Com a espada em minha boca – Com meu justo e penetrante


desprazer. O próprio Balaão, primeiro, teve a oposição do anjo do
Senhor, com "sua espada desembainhada". (Números 22:23) "Viu,
pois, a jumenta o anjo do Senhor, que estava no caminho, com a sua
espada desembainhada na mão; pelo que se desviou a jumenta do caminho,
indo pelo campo; então Balaão espancou a jumenta para fazê-la tornar ao
caminho"; e, mais tarde, assassinado com a espada". (Números 31:8)
"Mataram também, além dos que já haviam sido mortos, os reis dos
midianitas: a Evi, e a Requém, e a Zur, e a Hur, e a Reba, cinco reis dos
midianitas; também a Balaão, filho de Beor, mataram à espada".

17. A ele que vence – E não come daqueles sacrifícios.

Eu darei o maná oculto – Descrito em (João 6). O novo nome


responde a isto: está agora "oculto com Cristo, em Deus". O maná
judaico foi mantido na antiga arca da aliança. A arca celestial da
aliança aparece sob a trombeta dos sete anjos. (Apocalipse 11:19)
"E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no
seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande
saraiva"; onde também o maná oculto é mencionado novamente.
Parece propriamente significar, a completa, gloriosa, eterna
realização de Deus.

E eu darei a ele uma pedra branca – Os antigos, em muitas ocasiões,


deram seus votos no julgamento, através de pequenas pedras;
através das pretas, eles condenavam; através das brancas, eles
absolviam. Algumas vezes, também, eles escreviam em pequenas
pedras lisas. Aqui pode ser uma alusão a ambas.

E um novo nome – Assim, Jacó, depois de sua vitória, ganhou o


novo nome de Israel. Tu saberias dizer o que teu nome será? O
caminho para isto é claro: - vencer. Até, então, todas as tuas
perguntas serão em vão. Tu, então, lerás isto na pedra branca.

18. E o anjo da igreja em Tiatira – Onde o fiel era apenas um


pequeno rebanho.

Essas coisas, diz o Filho de Deus – Veja quão grande ele é, que
apareceu "como um filho do homem". (verso 1:13) "E no meio dos sete
castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma
roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro".

Quem tem olhos como uma chama de fogo – "Sondando as mentes e o


coração", (verso 23) "E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas
saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a
cada um de vós segundo as vossas obras". E pés como de metal fino –
Denotando sua força imensa. Jó contém a ambas, sua sabedoria para
discernir o que quer que seja inoportuno, e seu poder para vingar
isto, em uma sentença. (Jó 42:2) "Nenhum pensamento está oculto para
ele, e ele pode fazer todas as coisas".

19. Eu conheço teu amor – Quão diferente característica é esta,


daquela do anjo da igreja em Éfeso! O último não poderia admitir o
mau, e odiava as obras dos Nicolaitas; mas havia deixado seu
primeiro amor e as primeiras obras. O anterior reteve seu primeiro
amor, e teve mais e mais obras, mas admitiam os maus, e não se
opuseram a eles, com conveniente veemência. Características
misturadas, ambas; ainda assim, o último, não o primeiro, é
reprovado por sua queda, e ordenado a arrepender-se.

E a fé, e teu serviço, e perseverança – O amor é mostrado,


exercitado, e melhorado por servir a Deus e nosso próximo; assim é
fé, pela perseverança e boas obras.

20. Mas tu admitiste aquela mulher Jezebel – Quem não deveria


ensinar, afinal (I Timóteo 2:12) "Não permito, porém, que a mulher
ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio".

Para ensinar e seduzir meus servos – Em Pergamo, estavam muitos


seguidores de Balaão; em Tiatira, um grande enganador. Muitos
dos antigos disseram que esta era a esposa do próprio pastor.
Jezebel do passado conduziu o povo de Deus à declarada idolatria.
Esta Jezebel, adequadamente chamada pelo seu nome, pela
semelhança entre as obras deles, os conduziu a tomarem parte da
idolatria dos pagãos. Isto ela parece ter feito, primeiro, seduzindo-
os à fornicação, exatamente como Balaão fizera: considerando que
em Pergamo, eles eram primeiro seduzidos à idolatria, e, mais tarde
à fornicação.
21. E eu dei tempo a ela para arrepender-se – Tão grande é o poder
de Cristo! Mas ela não se arrependerá – Assim, embora o
arrependimento seja o dom de Deus, o homem pode recusá-lo; Deus
não irá obrigar.

22. Eu a lançarei na cama, em grande aflição – e eles que cometem,


quer adultério carnal ou espiritual com ela, exceto que se
arrependam – Ela teve sua chance antes.

Das obras dela – Aquelas às quais ela induziu a deles, e com as quais
ela os havia comprometido. Observa-se que o anjo da igreja em
Tiatira estava apenas envergonhado por aceitá-la. Esta falta cessou,
quando Deus trouxe vingança sobre ela. Portanto, ele não está
expressamente exortando a arrependerem-se, embora esteja
contido.

23. Eu matarei os filhos dela – Aqueles a quem ela arrastou para o


adultério, e aqueles a quem ela seduziu.

Com a morte – Esta expressão denota morte, através de praga, ou


por algum golpe manifesto da mão de Deus. Provavelmente, a
vingança notável, levada sobre os filhos dela, foi o sinal da certeza
de tudo o mais.

E todas as igrejas – Para as quais tu agora escreves.

Devem saber que eu sondo as mentes – Os desejos.

E os corações – Pensamentos.

24. Mas eu digo a vocês que não mantêm esta doutrina – De


Jezebel.

Quem não conhece as profundezas de satanás – Ó feliz ignorância!


À medida que falam – Isto foi continuamente alardeando as coisas
das profundezas que eles ensinaram. Nosso Senhor reconhece que
eles estavam no fundo, até mesmo, no fundo como no inferno:
porque eles estavam nas mesmas profundezas de satanás. Foram
sobre estas, o mesmo que Martinho Lutero fala? Seria bom que não
houvesse alguns de seus compatriotas agora na Inglaterra que as
conheçam tão bem! Eu colocarei sobre vocês nenhum outro fardo –
Do que aqueles que vocês já sofrem de Jezebel e seus adeptos.

25. O que vocês – Ambos o anjo e a igreja têm.

26. Através das obras – Aquelas que eu tenho ordenado.

A ele eu darei poder sobre as nações – Ou seja, eu darei a ele o


compartilhar comigo daquela vitória gloriosa que o Pai me
prometeu sobre todas as nações, quem até agora me resistiu
(Salmos 2:8, 9) "Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins
da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu
os despedaçarás como a um vaso de oleiro".

27. E ele deverá governá-las – Ou seja, deverá compartilhar


comigo, quando eu fizer isto.

Com bastão de ferro – Com poder irresistível empregado naqueles


apenas que do contrário não se submeterão; os quais, por meio
disto, serão feitos em pedaços – Totalmente conquistados.

28. Eu darei a ele a estrela da manhã – Tu, ó Jesus, és a estrela da


manhã! Ó dá-me a ti mesmo! Então, eu não desejarei o sol, apenas a
ti, que és o sol também. Aquele a quem está estrela ilumina tem
sempre manhã e não, noite. Os deveres e promessas aqui respondem
uns aos outros; o conquistador valente tem poder sobre as nações
obstinadas. E ele que, depois de ter conquistado seus inimigos,
mantém as palavras de Cristo até o fim, terá a estrela da manhã –
um brilho inexprimível, e domínio pacífico nele.

APOCALIPSE 3
1. Os sete espíritos de Deus – O Espírito Santo, de quem somente
toda a vida e força espiritual procede.

E as sete estrelas – que estão subordinadas a ele.

Tu tens um nome que tu vives – Uma justa reputação, uma


aparência exterior agradável. Mas aquele Espírito vê através de
todas as coisas, e cada aparência vazia desaparece diante dele.

2. As coisas que permanecem – Na tua alma; conhecimento da


verdade, bons desejos, e convicções.

O que estava pronto para morrer – Onde quer que o orgulho,


indolência, ou leviandade revivem, todos os frutos do Espírito estão
prontos para morrer.

3. Lembra-te como – Humildemente, zelosamente, seriamente – Tu


recebeste a graça de Deus, uma vez, e ouviste – Sua palavra.

E seguraste firme – A graça que tu recebeste.

E arrependa-te – De acordo com a palavra que tu tens ouvido.

4. Ainda assim, tu tens poucos nomes – Ou seja, pessoas, Mas


embora poucos, eles não se separaram do restante; do contrário, o
anjo de Sardes não os teria. Ainda assim, não foi virtude dele, que
eles estivessem imaculados. Considerando que foi sua falta que eles
fossem a não ser, poucos.

Quem não tem corrompido suas vestes – Quer por macularem a si


mesmos, quer por compartilharem dos pecados de outros homens.

Eles deverão caminhar comigo puros – na alegria. Em perfeita


santidade; na glória.
Eles são merecedores – Alguns poucos bons, entre muitos maus,
são indubitavelmente aceitáveis para Deus. Ó, quão mais feliz é este
mérito, do que aquele mencionado em Apocalipse 16:6 "Visto como
derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o
sangue a beber; porque disto são merecedores".

5. Ele deverá ser vestido com vestes brancas – A cor da vitória,


alegria, e triunfo.

E eu não mancharei seu nome do livro da vida – Como aquele do


anjo da igreja de Sardes: mas ele deverá viver para sempre.

Eu confessarei seu nome – Como um dos meus servos fiéis e


soldados.

7. O santo, o verdadeiro – Dois grandes e gloriosos nomes, ele que


tem a chave de Davi – Um chefe de uma família, ou um príncipe,
tem uma ou mais chaves, com as quais ele pode abrir e fechar todas
as portas de sua casa oi palácio. Assim Davi tem a chave, um toque
do direito e soberania, que foi, mais tarde, ordenado a Eliaquim
(Isaías 22:22) "E porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro, e
abrirá, e ninguém fechará; e fechará, e ninguém abrirá". Muito mais tem
Cristo, o Filho de Davi, a chave da cidade espiritual de Davi, a Nova
Jerusalém; o supremo direito, poder, e autoridade, como em sua
própria casa. Ele abriu isto a eles que conquistaram, e ninguém
fechou: ele a fechou contra todos os medrosos, e ninguém abriu.
Igualmente, quando ele abriu a porta na terra para suas obras e seus
servos, ninguém pode fechar; e quando ele fechar, contra o que quer
que possa ferir ou corromper, ninguém poderá abrir.

8. Eu dei, diante de ti, abri a porta – Para entrar na alegria de teu


senhor; e, neste meio tempo, seguir desimpedido em toda boa obra.

Tu tens uma pequena força – mas pouca força humana exterior;


uma companhia pequena, pobre, simples, e desprezível. Ainda assim,
tu tens mantido minha palavra – Ambos no julgamento e prática.
9. Observe, eu – que tenho todo o poder; e eles devem, então,
condescender.

Eu irei fazê-los vir e curvarem-se diante de teus pés – Prestarem a


ti a mais profunda referência.

E sei – Por fim, que tudo depende do meu amor, e que tu tens um
lugar nele. Ó, quão freqüentemente o julgamento das pessoas
mudam completamente, quando o Senhor olha para elas! (Jó 42:7,
em diante) "Sucedeu que, acabando o Senhor de falar a Jó aquelas
palavras, o Senhor disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu
contra ti, e contra os teus dois amigos, porque não falastes de mim o que
era reto, como o meu servo Jó".

10. Porque tu tens mantido a palavra de minha perseverança – A


palavra de Cristo é, de fato, uma palavra de perseverança. Eu
também manterei a ti – Ó, feliz isenção daquela calamidade
espalhada! Da hora da tentação – De maneira que tu não deverás
cair em tentação; mas ela passará por sobre ti. A hora denota o
curto tempo de sua continuidade; ou seja, em qualquer lugar. A
todos foi muito violenta, embora curta; em que a grande disposição
não foi negligente. (capítulo 2:10) "Nada temas das coisas que hás de
padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais
tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-
ei a coroa da vida". Cuja hora virá sobre toda a terra - Todo o
Império Romano. Foi sobre os cristãos, e sobre os judeus e pagãos;
embora em de uma maneira muito diferente. Foi a hora da
perseguição, sob o comando aparentemente virtuoso do imperador
Trajano. As duas perseguições precedentes estavam debaixo desses
monstros, Nero e Domitiano; mas Trajano era tão admirado, pela
sua bondade, e sua perseguição foi de tal natureza, que ela foi uma
tentação de fato, e tentou totalmente a eles que habitavam sobre a
terra.

11. Tua coroa – Que está pronta para ti, se tu agüentar até o fim;
12. E eu farei dele um pilar no templo de meu Deus – Eu o fixarei
como bonito, tão útil, e tão inalterável, como um pilar na igreja de
Deus.

E ele não deverá ir mais embora – Mas deverá ser santo e feliz para
sempre.

E eu irei escrever junto a ele o nome de meu Deus – De maneira


que a natureza e a imagem de Deus deva aparecer visivelmente
junto a ele.

E o nome da cidade de meu Deus – Dando a ele um título para


habitar na Nova Jersualém. E meu novo nome – Uma porção
naquela alegria, com em que eu entrei, depois de dominar todos
meus inimigos.

14. Para o anjo da Igreja de Lodicéia – Por esses, Paulo tinha uma
grande preocupação. (Colossenses 2:1) "Porque quero que saibais
quão grande combate tenho por vós, e pelos que estão em Laodicéia, e por
quantos não viram o meu rosto em carne".

Essas coisas, diz o Amém – Ou seja, O Verdadeiro, o Deus da


verdade.

O princípio – O Autor, Príncipe, Governador.

Da criação de Deus – De todas as criaturas; o princípio, ou Autor,


através de quem Deus fez todos eles.

15. Eu conheço tuas obras; que tu nem és frio, nem quente: eu


gostaria que tu fosses frio ou quente.

Que tu és nem frio – Um estranho completo para as coisas de Deus,


tendo nenhum cuidado ou pensamento a respeito delas.
Nem quente – Como água fervente: assim devemos ser penetrados e
aquecidos pelo fogo do amor.

O que tu és – Isto deseja nosso Senhor plenamente concluir que ele


não opera sobre nós irresistivelmente, como o fogo faz sobre a água
que ele ferve.

Frio ou calor – Até mesmo, se tu fores frio, sem algum pensamento


ou profissão de religião, haveria mais esperança de tua recuperação.

16. Assim, porque tu és morno – O efeito da água morna é bem


conhecido.

Eu estou prestes a vomitar-te – Eu irei lançar-te fora de mim


extremamente; ou seja, exceto se te arrependeres.

17. Porque tu dizes – Portanto "Eu aconselho a ti", etc.

Eu sou rico – Nos dons e graça, assim como bens mundanos.

E não sabes que tu és – no relato de Deus, vil e deplorável.

18. Eu aconselho a ti – que és pobre, e cego, e nu.

A comprar de mim – Sem dinheiro ou valor.

Deus purificou no fogo – Fé viva, e verdadeira, que é purificada na


fornalha da aflição.

E vestimenta branca – Santidade verdadeira.

E olho Salvador – Iluminação spiritual; a "unção do Espírito único",


que ensina todas as coisas.
19. A quem quer que eu ame – Até mesmo a ti, tu pobre
Laodiceanos! Ó, quanto mais tem seu amor incansável a fazer! Eu
repreendo – Pelo que é passado.

E repreendo – Para que eles possam emendar-se para o tempo


vindouro.

20. Eu permaneço à porta, e bato – Até mesmo, neste instante;


enquanto ele está falando esta palavra.

Se algum homem abre – Prontamente, receba-me.

Eu cearei com ele – Renovando-o com minhas graças e dons, e me


encantando no que eu tenho dado.

E ele comigo – Na vida eterna.

21. Eu permitirei a ele sentar-se comigo em meu trono – Uma


felicidade e glória inexplicáveis. Em outras partes, o próprio céu é
denominado o trono de Deus: mas este trono está no céu.

22. Ele que tem ouvido, que ouça… - Isto se situa nas primeiras
cartas, antes da promessa; nas quatro últimas, depois dela;
claramente dividindo as sete em duas partes; a primeira contendo
três; a última, quatro cartas. Os títulos dados a nosso Senhor, nas
primeiras três cartas, peculiarmente, se referem ao seu poder, depois
de sua ressurreição e ascensão; particularmente, sobre sua igreja;
aquelas, nas quatro cartas, sua divina glória, e a unidade com o Pai e
o Espírito Santo. Novamente, esta palavra, colocada antes das
promessas, nas três primeiras cartas, exclui os falsos profetas em
Éfeso; os falsos judeus em Esmirna; e os parceiros com os ateus em
Pergamo, de terem alguma porção nela. Nas quatro cartas, sendo
colocadas depois delas, deixa as promessas imediatamente juntas
com o discurso de Cristo ao anjo da igreja, para mostrar que o
cumprimento dessas estava próximo; considerando que as outras
alcançam além do fim do mundo. Deve-se observar, que o domínio,
ou vitória (ao que, somente, essas promessas peculiares estão
anexadas), não é a vitória comum obtida por cada crente; mas a
vitória especial sobre as grandes e peculiares tentações, através
desses que são fortes na fé.

CAPÍTULO 4

1. Depois dessas coisas – Como se ele tivesse dito: Depois de eu ter


escrito essas cartas, da boca de meu Senhor. Através da pequena
parte e, das diversas partes desta profecia são usualmente ligadas:
através da expressão, depois dessas coisas, elas são distinguidas
umas das outras (capítulo 7:9) "Depois destas coisas, eu olhei, e eis
aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e
tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o
Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos". (19:1)
"E, depois destas coisas, eu ouvi no céu como que uma grande voz de uma
grande multidão, que dizia: Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder
pertencem ao Senhor nosso Deus". Através daquela expressão, e depois
dessas coisas, elas são distinguidas, e ainda assim, ligadas. (capítulo
7:1) "E depois destas coisas, eu vi quatro anjos que estavam sobre os
quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que
nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore
alguma".(15:5) "E depois disto, eu olhei, e eis que o templo do tabernáculo
do testemunho se abriu no céu". (18:1) "E depois destas coisas, eu vi descer
do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a
sua glória". João sempre viu e ouviu, e, então, imediatamente anotou
uma parte depois outra: e uma parte é constantemente dividida da
outra, por algumas dessas expressões.

Eu vi – Aqui começa a relação da visão principal, que está ligada


totalmente; como aparece "do trono, e dele que se senta nele"; "o
Cordeiro", (quem até aqui tem aparecido na forma de um homem);
"as quatro criaturas vias"; e "os vinte e quatro anciãos", representados
deste lugar até o fim. Deste lugar, é absolutamente necessário
manter em mente as ordens genuínas dos textos, como se situam na
lista precedente.
A porta abriu no céu – Diversas dessas aberturas são
sucessivamente mencionadas. Aqui uma porta é aberta; mais yarde,
"o templo de Deus no céu". (apocalipse 11:19) "E homens de vários
povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e
meio, e não permitirão que os seus corpos mortos sejam postos em
sepulcros"; (15:5) "E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo
do testemunho se abriu no céu"; e, por fim, o próprio "céu" (19:11) "E
vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele
chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça". Através de
cada um desses, João ganha uma nova e mais extensiva perspectiva.

E a primeira voz que eu ouvi – Ou seja, aquela de Cristo: mais


tarde, ele ouviu as vozes de muitos outros.

Disse: Venha para cá – Não em corpo, mas em espírito; que foi


imediatamente feita.

2. E imediatamente eu estava em espírito – Até mesmo, no mais


alto grau do que antes (capítulo 1:10) "Eu fui arrebatado no Espírito
no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de
trombeta".

E, observe, um trono estava colocado no céu – João vai escrever:


"coisas que deverão ser"; e, com este objetivo, ele é aqui mostrado,
depois de uma maneira celeste, como, o quer que "deva ser", se bom
ou mau, flui de fontes invisíveis; e como, depois disto ser feito no
teatro visível do mundo e da igreja, flui de volta novamente para o
mundo invisível, como sua extensão apropriada e final. Aqui os
comentaristas se dividem: alguns procedem teologicamente; outros,
historicamente; conseqüentemente, a maneira correta é reunir
ambos. A corte do céu está aqui colocada aberta; e o trono de Deus
é, por assim dizer, o centro do qual tudo no mundo visível parte, e
para o qual tudo retorna. Aqui, também o reino de satanás é
exposto; e, conseqüentemente, nós podemos extrair as coisas mais
importantes da maioria compreensiva, e, ao mesmo tempo, a
historia mais secreta do reino do inferno e céu. Mas nisto nós
devemos estar satisfeito em conhecer apenas o que é expressamente
revelado neste livro. Isto descreve, não meramente que bem ou mal
é sucessivamente conduzidos sobre a terra, mas como cada um
brota do reino da luz ou das trevas, e continuamente tende à fonte
de onde ela surge: De modo que nenhum homem pode explicar tudo
que está contido nela, da história da igreja militante apenas. E ainda
assim, as histórias das épocas passadas têm seu uso, como este livro
é propriamente profético. Quanto mais, portanto, nós observamos o
cumprimento dele, tanto mais podemos louvar a Deus, em sua
verdade, sabedoria, justiça, e poder onipotente, e aprender adequar
a nós mesmo ao tempo, de acordo com as direções notáveis contidas
na profecia.

E alguém se sentou no torno – Como um rei, governador, e juiz.


Aqui está descrito Deus, Onipotente; o Pai do céu, em sua
majestade, glória e domínio.

3. E ele que se sentava era na aparência – Brilhava com um brilho


visível, como aquele das pedras preciosas cintilante, tais como
aqueles que estavam no passado, sobre o peitoral do sumo
sacerdote, e aquelas colocadas quando das fundações da nova
Jerusalém (capítulo 21:19, 20) "E os fundamentos do muro da cidade
estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era
jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda; O
quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o
nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo,
ametista". Se existe alguma coisa emblemática nas cores destas
pedras, possivelmente o jaspe, que é transparente e de branco
resplandecente, com uma mistura de bonitas cores, possa ser um
símbolo da pureza de Deus, com várias outras perfeições, que brilha
em todas as suas dispensações. A pedra sardinha, de um vermelho
vivo, pode ser um emblema da justiça, e a vingança que ele está
prestes a executar sobre seus inimigos. Uma esmeralda, sendo
verde, pode indicar favor para o bem; um arco-íris, a aliança eterna.
Veja (Gênesis 9:9) "E eu, eis que estabeleço a minha aliança convosco e
com a vossa descendência depois de vós". E isto estando em volta de
toda a largura do trono, fixada da distância daqueles que
permaneceram ou se sentaram ao redor dele.

4. E em volta do trono – Em um círculo, estão os vinte e quatro


tronos, e sobre os tronos vinte e quatro anciãos – O mais santo de
todas as primeiras épocas (Isaías 24:23) "E a lua se envergonhará, e o
sol se confundirá quando o Senhor dos Exércitos reinar no monte Sião e
em Jerusalém, e perante os seus anciãos gloriosamente"; (Hebreus 12:1)
"Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande
nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de
perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está
proposta"; representando todo o corpo dos santos.

Sentado – Em geral; mas caindo ao chão, quando eles adoraram.

Vestido em vestes brancas – Este e as coroas de ouro deles mostram


que eles já terminaram seu curso, tomado o lugar deles, em meio
aos cidadãos do céu. Eles nunca são denominados, almas, e, disto, é
provável que eles já têm seus corpos glorificados. Compare com
(Mateus 27:52) "E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos
que dormiam foram ressuscitados".

5. E do trono saem luzes – Que afeta a vista.

Vozes – Que afetam o ouvir.

Trovões – Que fazem todo o corpo tremer. Homens fracos


consideram tudo isto terrível; mas para os habitantes dos céus, é
uma mera fonte de alegria e prazer, misturado com reverência à
Majestade Divina. Até mesmo para os santos na terra, esses
transmitem luz e proteção; mas para seus inimigos, terror e
destruição.

6. E diante do trono está um mar como vidro, como cristal – Amplo


e profundo; puro e claro; transparente e suave. Ambas as "sete
lâmpadas de fogo", e este mar está diante do trono; e ambos podem
significar "os sete espíritos de Deus", o Espírito Santo; cujos poderes e
operações são freqüentemente representados, ambos sob o emblema
do fogo e água. Nós lemos novamente (capítulo 15:2) "E vi um
como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos
da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que
estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus"; de "um mar
como de vidro", onde não existe menção das "as sete lâmpadas de fogo";
mas, ao contrário, o próprio mar está "misturado com fogo". Nos
lemos também (capítulo 22:1) "E mostrou-me o rio puro da água da
vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro"; de
"uma corrente de água da vida, clara como cristal". Agora, o mar que
está diante do trono, e a correnteza que sai dele, podem ambos
significar o mesmo; ou seja, o Espírito de Deus.

E, no meio do trono – Com respeito à sua altura.

Em volta do trono – Ou seja, em direção aos quatro cantos, leste,


oeste, norte e sul.

Havia quatro criaturas vivas – Não bestas, não mais do que


pássaros. Esses parecem ser tomados do querubim, nas visões de
Isaías e Ezequiel, e no Santíssimo. Havia, sem dúvida, alguns dos
poderes principais dos céus; mas de que ordem, não é fácil
determinar. É muito provável que os vinte e quatro anciãos possam
representar a igreja judaica: suas harpas parecem anunciar o seu
terem pertencido ao serviço do tabernáculo antigo, onde era
costume usá-las. Se assim, as criaturas viventes podem representar
a igreja cristã. Seu número, também é simbólico da universalidade e
graus com a dispensação do Evangelho, que se estendeu a todas as
nações debaixo do céu. E a "canção nova", que eles todos cantam diz:
"Tu redimiste a nós de todo parentesco, e língua, e pessoas e nação".
(capítulo 5:9) "E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de
tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu
sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e
nação"; não poderia possivelmente ajustar o judeu, sem a igreja
cristã.

A primeira criatura vivente era como um leão – Para significar


coragem destemida.

A segunda como um bezerro – Ou boi (Ezequiel 1:10) "E a


semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito
todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro
tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro".;
para significar paciência incansável.

A terceira, com a face de um homem – Para significar prudência e


compaixão.

A quarta – como uma águia – Para significar atividade e vigor.

Cheio de olhos – Para indicar sabedoria e conhecimento.

Diante – Para ver a face daquele que se senta no trono.

E atrás – Para ver o que é feito, entre as criaturas.

7. E o primeiro – Exatamente tal eram os quatro querubins em


Ezequiel, que sustentavam o movimento do trono de Deus,
conseqüentemente cada um desses que obscureciam o trono da
misericórdia do Santíssimo tinham todas essas quatro faces: de onde
um grande homem, recentemente falecido, os supõe terem sido
emblemáticos da Trindade, e a encarnação da segunda Pessoa.

Uma água voando – Com as asas expandidas.

8. Cada uma delas tem seis asas – Como tinha cada um dos serafins
na visão de Isaías. "Duas cobriam sua face", como sinal de humildade
e reverência: "duas seus pés", talvez, em sinal de prontidão e
diligência por executarem incumbências divinas.
Em volta e dentro elas eram cheias de olhos – Em volta – Para ver
todas as coisas que estão além do trono do que elas mesmas estão.

E dentro – Na parte interior do círculo, que elas fizeram com uma


outra. Primeiro, elas olharam do centro para a circunferência, então,
da circunferência para o centro.

E elas não descansaram – Ó, feliz desassossego! Dia e noite! – Como


falamos na terra. Mas não existe noite no céu.

E dizem: Santo, santo, santo – É o Deus Trino. Existem duas


palavras no original, muito diferente uma da outra. ; ambas que
traduzimos santos. Uma significa, propriamente, misericordioso;
mas a outra, que ocorre aqui, implica muito mais. Esta santidade é a
soma de todo louvor, que é dado ao Criador Onipotente, por tudo
que ele faz e revela, concernente a si mesmo, até que a nova canção
traga consigo a nova matéria de glória. Esta palavra significa
propriamente separada, ambas, em Hebreu e outras línguas. E
quando Deus é denominado santo, isto denota aquela excelência que
é completamente peculiar a si mesmo; e a glória fluindo de todos os
seus atributos, unidos, brilhando adiante de todas as suas obras, e
escurecendo todas as coisas além de si mesmo, por meio da qual ele
está, e eternamente permanece, de uma maneira incompreensível,
separada, e à uma distância, não apenas de tudo que é impuro, mas
igualmente de tudo que é criado. Deus está separado de todas as
coisas. Ele está, e as obras de si mesmo; provinda de si mesmo; em
si mesmo; através de si mesmo; para si mesmo. Portanto, ele é o
primeiro e o último, o único e o Eterno, vivo e feliz, infinito, e
imutável; Onipotente, Onisciente; sábio e verdadeiro; justo e fiel;
gracioso e misericordioso. Por esta razão é que santo e santidade
significam o mesmo como Deus e Divindade: e como nós dizemos
de um rei: "Sua Majestade"; assim as Escrituras dizem de Deus: "Sua
Santidade". (Hebreus 12:10) "Porque aqueles, na verdade, por um
pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso
proveito, para sermos participantes da sua santidade". O Espírito Santo
é o Espírito de Deus. Quando se fala de Deus, ele é freqüentemente
nomeado, "o Espírito Único": e como Deus jura pelo seu nome, assim
ele também, pela sua santidade; ou seja, por si mesmo. Esta
santidade é freqüentemente denominada glória: freqüentemente sua
santidade e glória são celebradas juntas. (Levíticos 10:3) "E disse
Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado
naqueles que se chegarem a mim, e serei glorificado diante de todo o povo.
Porém Arão calou-se"; (Isaías 6:3) "E clamavam uns aos outros,
dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está
cheia da sua glória". Porque santidade é glória oculta, e glória é
santidade revelada. As Escrituras falam abundantemente de
santidade e glória do Pai, Filho e Espírito Santo. E, por meio disto,
está o mistério da Santa Trindade, eminentemente confirmada.
Também é chamado santo o que é consagrado a ele, e por tal
finalidade separado das outras coisas: e assim é que dentro podemos
ser como Deus, ou unido a ele. No hino semelhante a isto,
registrado por Isaías (Isaias 6:3), é acrescentado: "toda a terra é
cheia de sua glória". Mas isto é adiado na Revelação, até que a glória
do Senhor (seus inimigos sendo destruídos) preencha a terra.

9 – 10. E quando as criaturas vivas dão glória, os anciãos caíram –


Ou seja, tão freqüentemente quanto as criaturas vivas dão glória,
imediatamente os anciãos caem ao chão. A expressão implica que
eles caíram, assim, ao mesmo tempo, e que eles ambos, fazem isto
freqüentemente. As criaturas vivas não dizem diretamente: "Santo,
santo, santo és tu"; mas apenas se curvam um pouco, da profunda
reverência e dizem: "Santo, santo, santo é o Senhor". Mas os anciãos,
quando eles caem, pode dizer: "Merecedor és tu, ó Senhor nosso Deus".

11. Merecedor és tu de receber – Isto ele recebe não apenas quando


ele é assim louvado, mas também quando ele destrói seus inimigos e
glorifica a si mesmo novamente.

A glória e a honra e o poder – Respondendo o trino-santo das


criaturas vivas (verso 9). Porque tu criaste todas as coisas –
Criação é o alicerce de todas as obras de Deus: portanto, por isto,
assim como por suas outras obras, ele será louvado por toda a
eternidade.

E através de ti, eles serão – Eles começaram a ser. É para a livre,


graciosa vontade Dele, quem não pode possivelmente precisar de
alguma coisa, operando poderosamente, para que todas as coisas
possuam a primeira existência delas.

E são criadas - Ou seja, continuam na existência sempre, desde que


foram criadas.

CAPÍTULO 5

1. E eu vi – Esta é a continuação da mesma narrativa.

Na mão direta – O emblema de seu poder todo governante. Ele a


mantinha abertamente, com o objetivo de dá-lo a ele que era
merecedor. É escassamente necessário observar, que não existe no
céu algum livro verdadeiro ou pergaminho, ou papel, ou o que
Cristo realmente coloque lá, na forma de um leão ou de um
cordeiro. Nem existe na terra alguma besta monstruosa com sete
cabeças ou dez chifres. Mas como existe sobre a terra alguma coisa
que, em seu tipo, responde a tal representação, então existem nos
conselhos e transações divinos celestes respondíveis a essas
expressões figuradas. Tudo isto foi representado a João, em Patmos,
em um dia, através de visão. Mas o cumprimento dela se estende
daquele tempo, através de todas as épocas. Escritos servem para nos
informar de coisas distantes e futuras. E destas coisas que estão
ainda para vier são figurativamente ditas estarem "escritas no livro de
Deus"; assim eram naquele tempo os conteúdos desta profecia
valiosa. Mas o livro foi selado. Agora vem a abertura e execução
também das grandes coisas que são, por assim dizer, as letras dele.

Um livro escrito dentro e fora – Ou seja, nenhuma parte dele é


branca; é cheia de matéria.
Selado com sete selos – De acordo com as sete partes principais
contidas nele, um do lado de fora de cada. Os livros usuais dos
antigos não eram iguais aos nossos, mas eram volumes, ou longas
peças de pergaminho, enrolados junto a um longo bastão, como
freqüentemente enrolamos fios de seda. Tal era isto representado, o
que foi selado com sete selos. Não, como se o apóstolo visse todos
os selos de uma vez; porque havia sete volumes empacotado um
dentro do outro, cada qual estava selado: de maneira que abrindo e
desenrolando o primeiro, o segundo pareceria estar selado, até que
fosse aberto, e assim seguinte até o sétimo. O livro e seus selos
representam todo o poder no céu e terra dado para Cristo. Uma
cópia deste livro está contida nos capítulos seguintes. Através "das
trombetas", contida, sob os sete selos, o reino do mundo é
estremecido, para que ele possa, por fim, tornar-se o reino de Cristo.
Através "dos frascos", sob as sete trombetas, o poder da besta e o que
quer que esteja ligado a ela, seja quebrado. Esta soma de todos, nós
devemos ter continuamente diante de nossos olhos: de modo que
toda a Revelação flua em sua ordem natural.

2. E eu vi um anjo forte – Esta proclamação a toda criatura foi tão


grande para um homem fazer, e, ainda assim, não se tornou o
próprio Cordeiro. Foi, portanto, feita por um anjo, e um de
eminência incomum.

3. E ninguém – Nenhuma criatura; não, nem a própria Maria.

No céu, ou na terra; nem debaixo da terra – Ou seja, ninguém no


universo. Porque estas são as três grandes regiões dentro do que
toda a criação é dividida.

Mas capaz de abrir o livro – De declarar os conselhos de Deus.

Não para olhar sobre ele – De modo a entender alguma parte dele.
4. E eu choro muito – Um choro que brota da grandeza da mente. A
ternura do coração que ele sempre teve aparece mais claramente
agora que ele esteve fora de seu próprio poder. A Revelação não foi
escrita sem lágrimas; nem sem lágrimas será entendida. Quão longe
estão eles do temperamento de João que inquiriu, segundo alguma
coisa melhor do que os conteúdos deste livro! Sim. Quem aplaude a
própria clemência deles, se eles perdoam aqueles que inquirem
neles!

5. E um dos anciãos – Provavelmente, um daqueles que se erguem


com Cristo, e, mais tarde, ascendem ao céu. Talvez, um dos
patriarcas. Alguns pensam que foi Jacó, de cuja profecia o nome do
Leão é dado a ele. (Gênesis 49:9) "Judá é um leãozinho, da presa
subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão
velho; quem o despertará?".

O Leão da tribo de Judá – O príncipe vitorioso que é, como um leão,


capaz de rasgar todos os seus inimigos em pedaços.

Uma raiz de Davi – Um Deus, a raiz e fonte da família de Davi


(Isaías 11:1, 10) "Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das
suas raízes um renovo frutificará. (...) E acontecerá naquele dia que a raiz
de Jessé, a qual estará posta por estandarte dos povos, será buscada pelos
gentios; e o lugar do seu repouso será glorioso".

Tem prevalecido para abrir o livro – Tem superado todas as


obstruções, e obtido a honra para revelar os conselhos divinos.

6. E viu – (1) Cristo no, ou no meio do trono; (2) as quarto


criaturas viventes fazendo um círculo em volta dele; e, (3) os vinte e
quatro anciãos fazer um circulo maior em volta dele e deles.

De pé – Ele não mais se deita. Ele não mais cai em sua face; os dias
de sua fraqueza e murmúrio estão terminados. Ele está agora na
postura de prontidão para executar todos os seus ofícios de profeta,
sacerdote, e rei;
Como se ele tivesse sido assassinado – Sem dúvida, com as marcas
das machucaduras que ele uma vez recebeu. E porque ele foi
assassinado, ele é merecedor de abrir o livro (verso 9), para a
alegria de seu próprio povo, e terror de seus inimigos.

Tendo sete chifres – Como um rei, o emblema da força perfeita.

E sete olhos – O emblema do conhecimento e sabedoria perfeitos.


Através desses, ele cumpre o que está contido no livro, ou seja,
através de seu poderoso e todo-sábio Espírito. A esses sete chifres e
sete olhos, respondem os sete selos, e as sétuplas canções louvor
(verso 12) "Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi
morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória,
e ações de graças". Em Zacarias, igualmente (Zacarias 3:9) "Porque
eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete
olhos; eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o Senhor dos Exércitos, e
tirarei a iniqüidade desta terra num só dia". (Zacarias 4:10) "Porque,
quem despreza o dia das coisas pequenas? Pois esses sete se alegrarão,
vendo o prumo na mão de Zorobabel; esses são os sete olhos do Senhor, que
percorrem por toda a terra"; menção é feita "dos sete olhos do Senhor,
que segue em frente sobre toda a terra". Os quais – Ambos os chifres e
os olhos.

E os sete espíritos de Deus enviado para toda a terra – Para a obra


efetiva do Espírito de Deus, através de toda a criação, e isto, no
mundo natural, assim como no espiritual. Porque poderia a mera
matéria agir ou mover-se? Poderia ela gravitar ou atrair? Tanto
quanto ela poderia pensar ou falar.

7. E ele vem – Aqui estava "Peça-me". (Salmos 2:8) "Pede-me, e eu


te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão";
cumprida da maneira mais gloriosa.

E pega – é um estado de exaltação que alcança da ascensão de nosso


Senhor para sua vinda na glória. Ainda assim, este estado admite os
vários graus. Em sua ascensão: "anjos e principados, e potestades foram
subjugados a ele". Dez dias depois, ele recebeu do Pai e enviou, o
Espírito Santo. E agora ele pegou o livro da mão direita dele que
estava junto ao trono – quem deu a ele, como um sinal de ter
entregue a ele todo o poder sobre o céu e terra. Ele recebeu isto,
como sinal de ser capaz e desejoso de cumprir tudo que estava
escrito nele.

8. E quando ele pegou o livro, as quatro criaturas viventes caíram –


Agora a honra é feita ao Cordeiro, por toda criatura. Essas, junto
com os anciãos, criam o começo; e, mais tarde, a conclusão.
(capítulo 5:14) "E os quatro animais diziam: Amém. E os vinte e
quatro anciãos prostraram-se, e adoraram ao que vive para todo o
sempre"; e juntos, cantam a nova canção, como ele fizeram antes,
louvando a Deus, juntos. (capítulo 4:8 etc.) "E os quatro animais
tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam
cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo,
Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há
de vir (...)".

Tendo cada um – Dos anciãos, não das criaturas viventes.

Uma harpa – O que foi um dos principais instrumentos usados para


a ação de graças no serviço do templo: um emblema adequado da
melodia dos corações deles.

E frascos dourados – Taças ou incensórios.

Cheios de incenso, que são as orações dos santos – Não dos próprios
anciãos, mas dos outros santos ainda sobre a terra, cujas orações
estavam assim emblematicamente representadas no céu.

9. E eles cantam uma nova canção – Uma que nem eles, nem algum
outro tinham cantado antes.
Tu nos redimiste – Assim as criaturas vivas também foram do
número dos redimidos. Isto não se refere tanto ao ato de redenção;
que foi muito antes, quanto ao fruto dele; e tanto mais diretamente
àqueles que tinham terminado o curso deles, "quem fora redimido da
terra" (capítulo 14:1) "E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte
Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham
escrito o nome de seu Pai"; de cada tribo, e língua, e povo, e nação –
Ou seja de toda a humanidade.
10. E os fez – Os redimidos – Assim eles falam de si mesmos
também, na terceira pessoa, da profunda humilhação própria.

Eles reinarão sobre a terra – A nova terra: em que concordam as


coroas de ouro dos anciãos. O reino dos santos em geral se segue,
sob a trombeta do sétimo anjo; especialmente, depois da primeira
ressurreição, como também na eternidade (capítulo 11:18) "E
iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam
julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos
santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de
destruíres os que destroem a terra". (15:7) "E um dos quatro animais deu
aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para todo
o sempre".(20:4) "E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o
poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo
testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta,
nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas
mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos".(22:5) "E ali
não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol,
porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre".(Daniel
7:27) "E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o
céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino
eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão". (Salmos 49:14)
"Como ovelhas são postos na sepultura; a morte se alimentará deles e os
retos terão domínio sobre eles na manhã, e a sua formosura se consumirá
na sepultura, a habitação deles".

11. E eu vi – Os muitos anjos.


E ouvi – a voz e o número deles.

Em volta dos anciãos – Assim, formando o terceiro círculo. É


notável, que homens são representados, através de toda esta visão,
como mais perto de Deus do que algum dos anjos.

E o número deles era – Pelo menos, duzentos milhões, e dois


milhões acima. E ainda assim, esses eram, a não ser parte do anjos
santos. Mais tarde, João os ouve todos. (capítulos 7:11) "E todos os
anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e
prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus".

12. Merecedor é o Cordeiro – Os anciãos disseram: "Merecedor és


tu". (capítulo 5:9) "E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de
tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu
sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e
nação". Eles estavam mais proximamente aliados a ele do que os
anjos.

Para receber o poder... – Este sétupla aprovação responde aos sete


selos, dos quais, os primeiros quatro descrevem todas as coisas
visíveis; o último, todas as invisíveis, feitas submissas ao Cordeiro.
E cada uma dessas sete palavras carrega uma semelhança com o
selo que ela responde.

13. E cada criatura – Em todo o universo, boa ou má.

No céu, na terra, e debaixo da terra, no mar – Com essas quatro


regiões do mundo, concorda com a palavra quádrupla do louvor. O
que está no céu, anuncia bênção; o que está na terra, honra; o que
está debaixo da terra, glória; o que está no mar, força; está junto a
ele. Este louvor de todas as criaturas comera antes do abrir do
primeiro selo; mas continua daquele momento até a eternidade, de
acordo com a capacidade de cada. Seus inimigos devem reconhecer
sua glória; mas aqueles no céu dizem: Abençoados, sejam Deus e o
Cordeiro. Este manifesto real é, por assim dizer, uma proclamação,
mostrando como Cristo cumpre todas as coisas, e "todo joelho se
dobra a ele", não apenas na terra, mas também no céu, e debaixo da
terra. Este livro extenua todas as coisas (I Coríntios 15:27-28)
"Porque todas as coisas, ele sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz
que todas as coisas lhe estão sujeitas, isto está claro, que se excetua aquele
que lhe sujeitou todas as coisas. E, quando todas as coisas lhe estiverem
sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as
coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos"; e é adequado ao
coração ampliar-se como a areia do mar. Ele inspira a atenção e
inteligência do leitor com tal magnanimidade, que ele considera
nada neste mundo grande; não, nem toda a estrutura da natureza
visível, comparada à imensa grandeza do que é aqui chamado a
observar, sim, e em parte, herdar. João tem, em estudo, através de
toda a visão seguinte, o que ele agora tem descrito, ou seja, as
quatro criaturas, os anciãos, os anjos e todas as criaturas, olhando
juntas, ao abrir dos sete selos.

CAPÍTULO 6

1. Eu ouvi uma – Ou seja, a primeira. Das criaturas vivas – Que


olha adiante, em direção ao oriente.

2. E eu vi, e observei um cavalo branco e ele que se senta nele e tem


um arco – Esta cor, e o arco atirando flechas, ao longe, sinalizam
vitória, triunfo, prosperidade, ampliação do império, e domínio
sobre muitas pessoas. Um outro cavaleiro, na verdade, e de outro
tipo completamente diferente, aparece no cavalo branco. (capítulo
19:11) "E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado
sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça". Mas
ele de quem se fala no primeiro selo, deve ser tão compreendido
quanto carregar uma proporção aos cavaleiros, no segundo,
terceiro, e quatro selo. Nerva sucedeu o imperador Domitiano, ao
mesmo tempo, quando Apocalipse foi escrito, no ano 96 de nosso
Senhor. Ele reinou escassamente um ano apenas; e três meses antes
de sua morte, ele nomeou Trajano seu colega e sucessor, e morrei
no ano de 98. A sucessão de Trajano ao império parece ser a aurora
dos sete selos.

E uma coroa é dada a ele – Isto, considerando sua descendência,


Trajano teria nenhuma esperança de obter. Mas Deus deu isto a ele,
pela mão de Nerva; e, então, o oriente logo sentiu seu poder.

E ele seguiu conquistando e para conquistar – Ou seja, de uma


vitória a outra. No ano de 108, o já vitorioso Trajano seguiu em
frente em direção ao oriente, para conquistar não apenas a Armênia,
Assíria e Mesopotâmia, mas também as cidades além do Tigre,
carregando os limites do Império romano, para uma extensão ainda
maior do que nunca. Nós não encontramos um imperador como ele
para realizar conquistas. Ele não almejou coisa alguma mais; ele
viveu apenas para conquistar. Entretanto, nele estava
eminentemente cumprido o que tinha sido profetizado no quarto
império, de que ele deveria "devorar, esmagar, e quebrar em pedaços
toda a terra". (Daniel 2:40) "E o quarto reino será forte como ferro;
pois, como o ferro, esmiúça e quebra tudo; como o ferro que quebra todas as
coisas, assim ele esmiuçará e fará em pedaços". (Daniel 7:23) "Disse
assim: O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente,
de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em
pedaços".

3. E quando ele abriu o segundo selo, eu ouvi a segunda criatura


vivente – Que olhou em direção ao ocidente.

Dizendo: Vem – A cada selo foi necessário virar em direção àquele


quarto do mundo, a que mais ele dizia respeito imediatamente.

4. Seguiu adiante um outro cavalo que era vermelho – Uma cor


adequada ao derramamento de sangue.

E a ele que se sentou nele foi dado tomar a paz da terra –


Vespasiano, no ano de 75, tinha dedicado um templo para a Paz;
mas, depois de um tempo, nós ouvimos bem pouco de paz. Tudo
estava cheio de guerra e derramamento de sangue, principalmente,
no mundo ocidental, onde os principais homens de negócios
pareciam existir para matar um ao outro. A este cavaleiro foi dada
uma grande espada; e ele tinha muito a fazer com ela; porque tão
logo Trajano ascendeu ao trono, a paz foi tomada da terra.
Decebalus, rei de Dacia, que se situa à oeste de Patmos, colocou os
romanos em um não pequeno problema. A guerra durou cinco anos,
e consumiu abundância de homens de ambos os lados; ainda assim,
foi apenas um prelúdio de muitos outros derramamentos de sangue,
que se seguiram, por uma longa época. Tudo isto foi significado
pela grande espada que atinge aqueles que estão perto, assim como
o arco faz com aqueles que estão à uma distância.

5. E quando ele abriu o terceiro selo, eu ouvi a terceira criatura


vivente – Em direção ao sul.

Dizendo: Vem. E observei um cavalo negro – Um símbolo adequado


do murmurar e aflição, peculiarmente da penúria negra, como os
poetas antigos a denominam.

E ele que se sentou nele, tinha um par de balanças em sua mão –


Quando há grande abundância, os homens escassamente pensam
que vale a pena pesarem e medirem todas as coisas (Gênesis 41:49)
"Assim ajuntou José muitíssimo trigo, como a areia do mar, até que cessou
de contar; porquanto não havia numeração". Assim sendo, essas
balanças significavam escassez. Elas servem também como sinal de
que todos os frutos da terra, e conseqüentemente de todos os céus,
com seus cursos e influências; que todas as estações do ano, com o
que quer que elas produzam, na natureza, ou estados, estão sujeitos
a Cristo. Assim sendo, sua mãe é maravilhosa, não apenas nas
guerras e vitórias, mas igualmente em todo o curso da natureza.

6. E eu ouvi uma voz – Parece do próprio Deus.

Dizendo – Para o cavalheiro "Até aqui, tu vens, e não mais além". Que
exista uma medida de trigo por um pêni - A palavra traduzida,
medida, foi uma medida grega, proximamente igual a nosso quarto
[Inglês]. Esta era a mesada diária de um escravo. O pêni romano,
tanto quanto um trabalhador, então, ganhou em um dia, era por
volta de sete pênis, metade de um pêni inglês. De acordo com isto, o
trigo seria perto de vinte xelins por alqueire. Isto deve ter sido
cumprido, enquanto a medida grega e o dinheiro romano estavam
ainda em uso; assim como também onde aquela medida era a medida
comum, e este dinheiro a moeda corrente. Foi assim no Egito, sob o
governo de Trajano.

E três medidas de cevada, por um pêni – Quer cevada fosse, em


comum, muito mais barata, entre os anciãos do que o trigo, ou a
profecia menciona isto como alguma coisa peculiar.

E não danifique o óleo e o vinho – Que não haja escassez de todas as


coisas. Que haja alguma provisão restante, para suprir a necessidade
dos demais. Isto foi também cumprido no reino de Trajano,
especialmente, no Egito, que se estendia ao sul de Patmos. Nesta
região que usou ser o celeiro do império, havia uma carência
incomum, bem no início do reino; de maneira que ele foi obrigado a
suprir o próprio Egito com milho de outras regiões. A mesma
escassez que havia no décimo-terceiro ano de seu reinado, a colheita
caindo por falta de elevação do Nilo: e isto não apenas no Egito,
mas em todas aquelas outras partes da África, onde o Nilo usa
alagar.

7. Eu ouvi a voz da quarta criatura vivente – Em direção ao norte.

8. e eu vi, e observei um cavalo empalidecido – Adequado à morte


pálida, seu cavaleiro.

E o hades – O representativo do estado de almas separadas.

Seguindo até mesmo com ele – Os quatro primeiros selos, com


respeito aos homens viventes. A morte, portanto, é propriamente
introduzida. O hades é apenas ocasionalmente mencionado como
uma companhia da morte. Assim o quarto selo alcança os limites
das coisas invisíveis que estão contidas nos três últimos selos.

E o poder foi dado a ele sobre a quarta parte da terra – O que vem
sozinho, e em um grau mais baixo antes, vem agora junto, e muito
mais severamente. O primeiro selo trouxe vitória com ele: no
segundo, estava "uma grande espada"; mas aqui uma cimitarra [sabre
de lâmina recurva]. No terceiro, havia uma carência moderada;
aqui, penúria, e praga, além de bestas selvagem. E pode ser que
daquele tempo da época anterior a Trajano, a quarta parte dos
homens sobre a terra, ou seja, dentro do Império romano, morreu
pela espada, penúria, peste e bestas selvagens. "Naquele tempo", diz
Aurelius Victor, "o Tigre inundou muito mais fatalmente, do que sob o
governo de Nerva, com uma grande destruição de casas, e havia um
terrível terremoto, através de muitas províncias, e uma terrível praga e
penúria, e muitos lugares consumidos pelo fogo". Pela morte – Ou seja,
através das bestas selvagens pestilentas, em diversas vezes, destruiu
abundância de homens; e indubitavelmente, havia dado a eles,
naquele tempo, uma ferocidade e força incomum. É observável que a
guerra traz a escassez; e escassez, pestilência, através da falta de
alimento saudável; e peste, por despovoar a região, torna, os poucos
sobreviventes, uma presa mais fácil das bestas selvagens. E assim,
esses julgamentos abrem caminho para um outro, na ordem em que
eles são aqui representados. O que já tem sido observado pode ser
uma prova quádrupla daqueles quatro cavaleiros, quanto à primeira
entrada deles no reino de Trajano (que, de modo algum, exaure os
conteúdos dos quatro primeiros selos), assim com todas as entradas
deles, nas épocas sucessivas, e com todo o curso do mundo e da
natureza visível, estão em todas as épocas sujeitas a Cristo,
subsistindo, através de seu poder, e servindo á sua vontade, contra o
mau, e em defesa do reto. Até aqui, igualmente, um caminho é
pavimentado para as trombetas que regularmente sucedem uma a
outra; e toda a profecia, assim como o que é futuro, é confirmado
pelo claro cumprimento desta parte dela.
9. E quando ele abriu o quinto selo – Assim como os quarto
primeiros selos, então as três cartas, têm uma ligação próxima um
com o outro. Esses todos se referem ao mundo invisível; o quinto,
ao morto feliz, particularmente, os mártires; o sexto, aos infelizes; o
sétimo aos anjos; especialmente, aqueles aos quais as trombetas são
dadas.

E eu vi – Não apenas a igreja guerreando, sob Cristo, e o mundo


guerreando, sob satanás; mas também as hostes invisíveis, ambos
do céu e inferno, são descritas neste livro. E não apenas descritas,
nas ações de ambos esses exércitos sobre a terra. Mas suas
respectivas remoções da terra, para um estado mais feliz, ou mais
miserável, sucedendo um ao outro, em diversos tempos,
distinguidos por vários graus, celebrado por várias ações de graças;
e, também o aumento gradual da expectativa e triunfo no céu, e do
terror e miséria do inferno.

Sob o altar – Ou seja, aos pés dele. Dois altares são mencionados em
Apocalipse; "o altar dourado", do incenso (capítulo 9:13) "E tocou o
sexto anjo a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do
altar de ouro, que estava diante de Deus"; e o altar das ofertas
queimando, mencionado aqui (Revelação 8:5) "E o anjo tomou o
incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve
depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos". (capítulo 14:8) " E
outro anjo seguiu, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade,
que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição"
(capítulo 16:7) "E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor
Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos". Neste, as
almas dos mártires agora se prostram. Mais tarde, o sangue deles
será vingado junto a Babilônia; mas não ainda, de onde parece que
as pragas do quarto sele não diz respeito à Roma em específico.

10. E eles gritaram – Este grito não começou agora, mas sob a
primeira perseguição romana. Os próprios romanos já haviam
vingado os mártires assassinados pelos judeus, em toda aquela
nação.
Quanto tempo – Eles sabiam que o sangue deles seria vingado; mas
não imediatamente, quanto agora é mostrado a eles.

O Senhor – A palavra grega propriamente significa o mestre de


uma família: é, portanto, lindamente usado por esses, que são
peculiarmente da família de Deus.

Tu, Espírito Único e verdadeiro – Ambas, a santidade e verdade de


Deus, requerem que ele execute julgamento e vingança.

Tu não julgas e vingas nosso sangue? – Não existe afeição impura


no céu: portanto, este desejo deles é puro e adequado à vontade de
Deus. Os mártires estão preocupados com respeito ao louvor do
Mestre deles, de sua santidade e verdade: e o louvor é dado a ele
(Capítulos 19:2) " Porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois
julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua
prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos"; onde a
oração dos mártires é mudada para a ação de graças: - Tu, santo,
Único, e verdadeiro: "Verdadeiro e correto são teus julgamentos". Por
quanto tempo tu não julgas. "Ele julgou a grande prostituta, e vingou
nosso sangue? E vingou o sangue de seus servos?".

11. E foi dado a todos, um manto branco – Um símbolo da


inocência, alegria, e vitória, como sinal de honra e aceitação
favorável.

E foi dito a eles – Foi-lhes dito há muito. Eles não foram deixados
naquela incerteza.

Que eles deveriam descansar – Deveriam parar de chorar. Eles


descansariam da dor adiante.

Um tempo – Esta palavra tem um significado peculiar neste livro,


para denotar que nós podemos reter a palavra original cronos. Aqui
existem duas classes de mártires especificadas: os primeiros mortos,
sob a Roma pagã; os últimos, sob a Roma Papal. Os primeiros
foram comandados para descansar, até que os últimos fossem
acrescentados a eles. Havia muitos dos primeiros nos dias de João:
os primeiros frutos dos últimos mortos, no décimo-terceiro século.
Agora, um tempo, ou cronos, é mil cento e onze anos. Este cronos
começa em 98 d.C., e continuou até o ano 1.209; ou da perseguição
de Trajano, à primeira cruzada contra os Valdeses [Membro de
uma seita cristã fundada por Pedro de Valdo, no século XII, que se
estendeu principalmente pela França meridional].

Até – Não é dito, imediatamente depois que este tempo seja


expirado, a vingança deverá ser executada; mas apenas que
imediatamente depois deste tempo, os irmãos e servos deles virão
até eles. Este evento precederá o outro; e haverá algum espaço
intermediário.

12. E eu vi – Este sexto selo parece particularmente indicar o


julgamento de Deus sobre o morto, que é mau. João viu como o fim
do mundo estava, até mesmo, então, colocado diante dos espíritos
infelizes. Esta representação poderia ser feita a eles, sem alguma
coisa dele, sendo percebido sobre a terra. Representação semelhante
é feita no céu. (Apocalipse 11:18) "E iraram-se as nações, e veio a tua
ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o
galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu
nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a
terra".

E havia um grande abalo – Ou estremecimento, não da terra apenas,


mas dos céus. Esta é uma descrição adicional da representação feita
daquelas almas infelizes.

13. E as estrelas caíram na terra, ou em direção à terra – Sim, e


assim elas certamente irão; que os astrônomos fixem a magnitude
delas como lhes agradar.
Como uma figueira lança seus figos precoces, quando ela é
chacoalhada por um vento poderoso – Quão sublimemente é a
violência daquele abalo expressado por esta comparação!

14. E os céus partiram como um livro que é enrolado junto –


Quando as Escrituras comparam algumas coisas grandes, com uma
coisa pequena, a majestade e onipotência de Deus, diante das quais
as grandes coisas são pequenas, é altamente exaltada.

Cada montanha e ilha – O que uma montanha é para a terra, aquela


ilha é para o mar.

15. E os reis da terra – Eles que têm sido assim, nos dias deles.

E os grandes homens e principais capitães – Os generais e nobres.

Escondem-se – Tanto quanto neles cabe.

Nas rochas das montanhas – Existem também pedras nas planícies;


elas eram rochas no alto, que eles observaram cair sobre eles.

16. Para as montanhas e rochas – Que já foram agitadas (verso 12)


"E, havendo aberto o sexto selo, eu olhei, e eis que houve um grande tremor
de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se
como sangue". Ocultou-nos da face dele – Que "é contra o descrente".
(salmos 34:16) "A face do Senhor está contra os que fazem o mal, para
desarraigar a memória deles da terra".

CAPÍTULO 7

1. E depois dessas coisas – O que se segue é uma preparação para o


sétimo selo, que é o mais valioso de todos. Ele está ligado com o
sexto por uma pequena parte e; conseqüentemente, o que está
acrescentado no (verso 9) "Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma
multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e
povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro,
trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos", permanece livre e
desligado.

Eu vi quatro anjos – Provavelmente anjos do mal. Eles tinham a


aplicação deles com as quatro trombetas, como têm os outros anjos
do mal, com os três últimos; ou seja, o anjo do abismo, os quatro
amarrados no Eufrates, e o próprio satanás. Esses quatro anjos,
prontamente, teriam trazido todas as calamidades que se seguem
sem demora. Mas eles foram impedidos, até que os servos de Deus
foram selados, e até que os sete anjos estivessem prontos para tocar:
mesmo que o anjo do abismo não estivesse solto, nem os anjos do
Eufrates desamarrados, nem satanás lançado á terra, até que o
quinto, sexto, e sétimo anjos severamente tocassem.

Permanecendo nos quarto cantos da terra – Leste, oeste, sul, norte.


Nesta ordem precede as primeiras quatro trombetas.

Retendo os quarto ventos – Que também teria suavizado o calor


abrasador, sob a primeira, segunda e terceira trombeta.

Que o vento não deveria soprar sobre a terra, nem sobre o mar, nem
sobre alguma árvore – Parece que essas expressões sinalizam os
cantos diversos do mundo; que a terra significa aquela do leste de
Patmos, Ásia, que estava mais próxima de João, e onde a trombeta
do primeiro anjo tinha sua execução. Europa mergulha no mar
defronte a esta; e é, portanto, denominada pelos profetas de "as
ilhas". A terceira parte, África, parece significar (Capítulo 8:7,8,10)
" E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo
misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na
sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda a erva verde
foi queimada. E o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada no mar
uma coisa como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue
a terça parte do mar. (..)E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do
céu uma grande estrela ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte
dos rios, e sobre as fontes das águas"; através "das correntezas de água",
ou "das árvores", que crescem plenamente através delas.
2. E eu vi um outro (um bom) anjo, descendo do oriente – As pragas
começam no oriente; assim a vedação. Tendo o selo do único Deus
vivo e verdadeiro: e ele clamou com uma voz alta para os quatro
anjos – Quem estava se apressando para executar a incumbência
deles.

A quem foi dado ferir a terra e o mar – Primeiro, e mais tarde, "as
árvores".

3. Não ferir a terra, até que nós – Outros anjos foram reunidos na
incumbência com ele.

Tenhamos selado os servos de nosso Deus em suas testas –


Protegidos os servos de Deus das doze tribos das calamidades
iminente; por meio do qual, eles seria tão claramente distinguidos
dos demais, como se eles fossem visivelmente marcados em suas
testas.

4. Dos filhos de Israel – Para esses, mais tarde, se reunirão uma


multidão de todas as nações, mas pode ser observado que não é o
número de todos os israelitas que são salvos de Abraão ou Moisés
para o fim de todas as coisas; mas apenas aqueles que estiveram
seguros das pragas que estavam, então, prontas a cair sobre a terra.
Parece como, se este livro tivesse, em muitos lugares, uma visão
especial para o povo de Israel.

5. Judá é mencionado, primeiro, com respeito ao reino, e do Messias


surgindo disto.

7. Depois que as cerimônias levíticas foram abolidas, Levi estava


novamente em um nível com seus irmãos.

8. Da tribo de José – Ou Efraim; talvez não mencionado pelo nome,


como tem sido com Dan, a mais idólatra de todas as tribos. É
observável mais além de Dan, que ela foi muito cedo reduzida a uma
família simples; cuja própria família parece ter sido expulsa na
guerra, antes do tempo de Ezra; porque em Crônicas, onde a
posteridade de patriarcas é relatada, Dan é totalmente omitida.

9. Uma grande multidão – Daqueles que têm felizmente terminado


o curso deles. Tais multidões são, mais tarde, descritas, e ainda em
graus mais altos da glória que eles alcançam, depois de uma luta
feroz e vitória magnífica (capítulo 14:1) "E olhei, e eis que estava o
Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que
em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai" (capítulo 15:2) "E vi
um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram
vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu
nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus".
(capítulo 19:1) "E, DEPOIS destas coisas ouvi no céu como que uma
grande voz de uma grande multidão, que dizia: Aleluia! Salvação, e
glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor nosso Deus". (capítulo
20:4) "E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de
julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de
Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua
imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e
viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos". Existe uma
variedade inconcebível nos graus de recompensa no outro mundo.
Que nenhum indolente diga: "Se eu alcançar o céu, afinal, já me dou
por satisfeito": tal pode deixar o céu completamente. Nas coisas
mundanas, os homens são ambiciosos para chegar tão alto quanto
puderem. Os cristãos têm uma ambição ainda mais nobre. A
diferença entre o estado mais alto e o mais baixo no mundo é nada
para as menores diferenças entre os graus de glória. Mas quem tem
tempo para pensar nisto? Quem está, afinal, preocupado com isto?

Permanecendo diante do trono – na completa visão de Deus.

E as palmas de suas mãos – Sinais de alegria e vitória.

10. Salvação para nosso Deus – Que nos salvou de todo mal, em
todas as felicidades do céu. A salvação pela qual eles oram a Deus é
descrita no (versículo 15) "Por isso estão diante do trono de Deus, e o
servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o
trono os cobrirá com a sua sombra"; ao Cordeiro no (versículo 14) "E
eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da
grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue
do Cordeiro"; e ambos, no (versículo 16,17) "Nunca mais terão fome,
nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque
o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia
para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a
lágrima".

11. E todos os anjos permaneceram – Na espera.

Em volta do trono, e os anciãos e as quatro criaturas viventes – Ou


seja, as criaturas vivas, próximas ao trono; os anciãos, em volta
desses; e os anjos; em volta de ambos.

E eles caíram em suas faces – Assim fizeram os ancião, uma vez


apenas (capítulo 11:16) "E os vinte e quatro anciãos, que estão
assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e
adoraram a Deus". O cerimonial celeste tem sua ordem e medida,
fixas.

12. Amém – Com esta palavra todos os anjos confirmam as palavras


da "grande multidão", mas eles igualmente conduzem o louvor muito
mais alto.

A bênção, e a glória, e a sabedoria, e a ação de graças, e a honra, e o


poder, e a força, sejam junto a Deus, para sempre e sempre – Antes
do Cordeiro começar abrir os sete selos, um hino sétuplo foi trazido
a ele, por muitos anjos (capítulo 5:12) "Que com grande voz diziam:
Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e
sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças". Agora ele vai
abrir o último selo, e os sete anjos estão indo receber as sete
trombetas, com o objetivo de tornar os reinos do mundo
subordinados a Deus. Todos os anjos dão sétuplos louvores a Deus.
13. E um dos anciãos – Que permanece (Versículos 13-17) "E um
dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas,
quem são, e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-
me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes
e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono
de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está
assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra. Nunca mais terão
fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles.
Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá
de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos
toda a lágrima"; teria imediatamente seguido ao versículo dez; mas o
louvor dos anjos que estava, ao mesmo tempo, com aquela "grande
multidão", entrou no meio.

Respondeu – Ele respondeu ao desejo de João de saber, não algumas


palavras que ele falou.

Meu senhor – Ou, meu mestre; um termo comum de respeito.


Assim, Zacarias, igualmente trata o anjo (Zacarias 1:9; 4:4; 6:4) "E
eu disse: Senhor meu, quem são estes? E disse-me o anjo que falava comigo:
Eu te mostrarei quem são estes". "E respondi, dizendo ao anjo que falava
comigo: Senhor meu, que é isto?". "E respondi, dizendo ao anjo que falava
comigo: Que é isto, senhor meu?".

Tu conheces – Ou seja, eu não conheço; mas tu conheces.

Esses são eles – Não mártires; porque esses não são tal uma
multidão, que nenhum homem possa contar. Mas como todos os
anjos aparecem aqui, então todas as almas dos retos que viveram
desde o início do mundo.

Quem surge – Ele não diz quem surgiu; mas quem vem agora
também: a quem, igualmente, pertencem todos que virão mais tarde.
Nossa grande aflição – Dos vários tipos, sabiamente e
graciosamente, distribuídos por Deus a todos os seus filhos.

E têm lavado seus mantos – De toda culpa.

E os torna branco – Em toda santidade.

Pelo sangue do Cordeiro – Que não apenas limpa, mas nos adorna
também.

15. Portanto – Porque eles vieram de grande aflição, e têm lavado


suas vestes em seu sangue.

Eles estão diante do trono – Parece, até mesmo, mais perto do que
os anjos.

E servem a ele, dia e noite – Falando, segundo a maneira de


homens; ou seja, continuamente.

Em seu templo - Que está no céu.

E ele terá sua tenda sobre eles – Deverá espalhar sua glória sobre
eles como uma cobertura.

16. Nem a luz do sol sobre eles – Porque Deus é lá o sol deles. Nem
algum calor doloroso, ou estações inclementes.

17.Porque o Cordeiro os alimentará – Com a paz e alegria eterna;


de modo que eles não terão fome mais.

E os conduzirei para as fontes de água viva – Os confortos do


Espírito Santo; de maneira que eles não deverão mais ter sede. Nem
sofrerão ou se afligirão mais; porque Deus "enxugará todas as
lágrimas de seus olhos".
CAPÍTULO 8
1. E quando ele abriu o sétimo selo, houve um silêncio no céu – Tal
silêncio é mencionado, a não ser neste único lugar. Foi incomum e
altamente observável: porque o louvor é ouvido no céu, dia e noite.
Em especial, imediatamente antes deste silêncio, todos a anjos, e
antes deles, as multidões inumeráveis, tinham estado clamando em
alta voz; e agora todos estão silenciosos, de repente: Há uma pausa
universal. Por meio da qual o sétimo selo é muito notavelmente
distinguido do sexto precedente. Este silêncio, diante de Deus,
mostra que aqueles que estavam ao redor dele, estavam esperando,
com a mais profunda reverência, as grandes coisas que a Majestade
Divina abriria e ordenaria mais adiante. Imediatamente depois, as
sete trombetas foram ouvidas e um som mais augusto do que
sempre. O silêncio é apenas uma preparação: o grande ponto é, o
som das trombetas para o louvor de Deus.
Depois de meia hora – Para João, na visão, poderia parecer uma
meia-hora comum.
2. Eu vi – As sete trombetas pertencendo ao sétimo selo, como fez o
sétimo frasco para a sétima trombeta. Isto deve ser cuidadosamente
lembrado, para que não possamos nos confundir simultaneamente
os tempos que se seguem um ao outro. E ainda assim, pode ser
observado, em geral, concernente aos tempos dos incidentes
mencionados neste livro, não é uma regra certa que, cada parte do
texto, seja completamente cumprida, antes da conclusão da parte
seguinte comece. Todas as coisas mencionadas nas epístolas não são
completamente cumpridas antes que os selos sejam abertos; nem
todas as coisas mencionadas, sob os selos, cumpridas, antes que as
trombetas comecem; nem ainda, a sétima trombeta totalmente
passará totalmente, antes que os frascos sejam derramados. Apenas
o começo de cada parte segue antes do início da seguinte. Assim, as
epístolas começam antes dos selos, os selos antes das trombetas, e
as trombetas antes dos frascos. Uma epístola come antes de outra;
um selo, antes de outro; uma trombeta, especialmente de outra; um
frasco, antes de outro. Ainda assim, algumas vezes, o que começa
por último, do que outra coisa, termina mais cedo; e o que começa
mais cedo, do que outra coisa, termina mais tarde: assim a sétima
trombeta começa mais cedo do que os frascos, e ainda assim, se
estende além deles todos.
Os sete anjos que permaneceram diante de Deus – Uma
característica da mais alta eminência.
E as sete trombetas foram dadas a eles – Quando os homens
desejam tornar conhecida abertamente uma coisa do interesse
público, eles dão um sinal de que pode ser ouvido, em todo o redor;
e, em meio a tal, nada é mais antigo do que as trombetas (Levítico
25:9) "Então no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta do
jubileu; no dia da expiação fareis passar a trombeta por toda a vossa
terra". (Números 10:2) "Faze-te duas trombetas de prata; de obra
batida as farás, e elas te servirão para a convocação da congregação, e
para a partida dos arraiais". (Amos 3:6) " Tocar-se-á a trombeta na
cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá algum mal na cidade, sem que
o Senhor o tenha feito?". Os israelitas, em específico, as usaram, tanto
no adorar a Deus, quanto na guerra; com isto abertamente
louvaram o poder de Deus antes, depois, e durante a batalha (Josué
6:4) "E sete sacerdotes levarão sete buzinas de chifres de carneiros adiante
da arca, e no sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes
tocarão as buzinas". (II Crônicas 13:14) "Então Judá olhou, e eis que
tinham que pelejar por diante e por detrás; então clamaram ao Senhor; e os
sacerdotes tocaram as trombetas"; etc. E os anjos aqui, através desses
trombetas, fizeram conhecidas as obras maravilhosas de Deus, por
meio das quais, todos os poderes ao contrário são sucessivamente
abalados, até que o reino do mundo se torne o reino de Deus e seu
Ungido. Essas trombetas alcançam proximamente, do tempo de
João, até o fim do mundo; e elas são distinguidas pelo toques
manifestos. O lugar dos quatro primeiros é especificado; ou seja,
leste, oeste, sul e norte, sucessivamente: nas últimas três últimas,
imediatamente depois do tempo de cada, o lugar igualmente é
indicado. O sétimo anjo não começou a tocar, até depois de sair da
segunda calamidade: mas as trombetas foram dadas a ele, e as
outras seis juntas (como se fossem, mais tarde, os frascos para os
sete anjos); e, portanto, é dito de todas as sete juntas, que "elas se
prepararam para tocar". Esses, portanto, não eram homens, como
alguns têm pensado, mas anjos, propriamente assim chamados.
3. E – No segundo verso, (capítulo 8:2) "E vi os sete anjos, que
estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas" a sete anjos;
e no sexto (Capítulo 8:6) "E os sete anjos, que tinham as sete trombetas,
prepararam-se para tocá-las"; eles "preparavam-se para tocá-las". Mas
entre essas, o incenso deste anjo e as orações dos santos são
mencionadas; o interpor-se do que mostra que as orações dos santos
e as trombetas dos anjos seguem juntas: e essas orações, com os
efeitos delas, podem ser bem supostas se estenderem através de
todos os sete.
Um outro anjo – Um outro anjo criado. Tais são todos dos quais se
fala aqui. Nesta parte de Apocalipse, Cristo nunca é denominado de
um anjo; mas "o Cordeiro". Veio e parou no altar – Das oferendas
queimando. E havia dado a ele um incensório de ouro – Um
incensório era uma taça e um prato ou pires. Este foi o sinal e o
trabalho do ofício. E muito incenso foi dado – Incenso geralmente
significa oração: aqui ele significa os desejos veementes dos anjos,
para que o conselho santo de Deus fosse cumprido. E havia muito
incenso; porque como as orações de todos os santos no céu e terra
estavam aqui reunidas: assim, estão os desejos de todos os anjos,
que são trazidos por este anjo.
Para que ele o colocasse – Não é dito, oferecesse a ele; porque ele
estava desincumbindo do ofício de um anjo, e não de um sacerdote.
Com as orações de todos os santos – Ao mesmo tempo; mas não
para os santos. Os anjos são servos companheiros dos santos, não
mediadores por eles.

4. E a fumaça do incense subiu diante de Deus, com as orações dos


santos – Um sinal de que ambas foram aceitas.
5. E havia trovões, e relâmpagos, e vozes, e terremotos – Esses,
especialmente, quando atendidos com fogo, eram emblemas dos
julgamentos terríveis de Deus, que são imediatamente seguidos.
6. E os sete anjos prepararam-se para cantar – Para que cada um,
quando pudesse vir para seu turno, cantasse, sem demora. Mas,
enquanto eles cantam, eles ainda permanecem diante de Deus.
7. E o primeiro tocou - E todo anjo continuou a tocar, até que todos
que trouxeram suas trombetas tivessem completado, e até que o
próximo começasse. Há intervalos entre as três calamidades, mas
não entre as quatro primeiras trombetas.
E havia granizo e fogo misturado com sangue, e tinha lançado sobre
a terra – A terra parece significar a Ásia; Palestina, em especial.
Rapidamente, depois que a Revelação foi dada, as calamidades
judaicas, sob Adriano começaram; sim, antes que o reinado de
Trajano terminasse. E aqui as trombetas começam. Até mesmo, sob
Trajano, no ano de 114, os judeus fizeram uma insurreição com a
fúria mais terrível; e nas partes ao redor de Cirene, no Egito, e em
Chipre, destruiu quatrocentos e sessenta mil pessoas. Mas eles
foram reprimidos pelo vitorioso poder de Trajano, e, mais tarde,
massacraram-se em vastas multidões. O alarme espalhou-se
também na Mesopotâmia, onde Lucio Quinto assassinou um grande
número deles. Eles surgiram na Judéia novamente, no segundo ano
de Adriano; mas foram presentemente suprimidos. Ainda assim, no
ano 133, eles irromperam mais violentamente do que nunca, sob o
falso messias deles, Barcocabe; e a guerra continuou, até o ano de
135, quando quase toda a Judéia foi desolada. Na praga egípcia,
também granizo e fogo estavam juntos. Mas aqui granizo deve ser
tomado figurativamente, assim também o sangue, por uma
veemente, repentina, poderosa, e danosa invasão; e o fogo sinaliza a
vingança de um inimigo enraivecido, com a desolação disto.
E eles foram lançados sobre a terra – Ou seja, o fogo e granizo, e
sangue. Mas eles existiram antes que fossem lançados sobre a terra.
A tempestade caiu, e o sangue fluiu, e as chamas devastaram ao
redor de Cirene, e no Egito, e Chipre, antes que alcançassem a
Mesopotâmia e Judéia.
E a terceira parte da terra foi queimada – cinqüenta cidades bem
fortalecidas, e novecentas e oitenta e cinco cidades dos judeus, bem
habitadas, foram totalmente destruídas nesta guerra. Vastas áreas
de terra foram igualmente deixadas desoladas e sem habitantes.
E a terceira parte das árvores foram queimadas, e toda a grama
verde foi queimada – Alguns entenderam, por árvores, homens de
eminência em meio aos judeus; por grama, o povo comum. Os
romanos pouparam muitos dos primeiros: os últimos foram quase
todos destruídos. Assim, a vingança começou nos inimigos judeus
do reino de Cristo; embora, até mesmo, então, os romanos não
escaparam completamente. Mas, mais tarde, veio sobre eles mais e
mais violentamente: a segunda trombeta afeta os pagãos romanos,
em especial; a terceira, os cristãos mortos, profanos; a quarta, o
próprio império.
8. E o segundo anjo tocou, e foi como se uma grande montanha
queimando fosse lançada no mar – Por mar, especificamente, como
se aqui fosse oposto à terra, nós podemos entender o ocidente, ou
Europa; e, principalmente as partes do centro dele, o vasto Império
romano. Uma montanha aqui parece significar uma grande força e
multidão de pessoas. (Jeremias 51:25) "Eis-me aqui contra ti, ó
monte destruidor, diz o Senhor, que destróis toda a terra; e estenderei a
minha mão contra ti, e te revolverei das rochas, e farei de ti um monte de
queima"; assim, isto pode apontar para a erupção das nações
bárbaras dentro do Império romano. Os guerreiros Godos forçaram
sobre ele, por volta do ano 250: e daquele tempo, a erupção de uma
nação, depois da outra, nunca cessou, até a própria forma do
Império romano, e todos, a não ser o nome, foram perdidos. O fogo
pode significar o fogo da guerra, e a ira daquelas nações selvagens.
E a terceira parte do mar se tornou sangue – Isto não precisa
deduzir que exatamente a terça parte dos romanos foi assassinada;
mas é certo que uma distribuição inconcebível de sangue foi
espalhada em todas essas invasões.

9. E a terça parte das criaturas que estavam no mar – Ou seja, todas


as espécies de homens de cada situação e grau.
Morreram – Por aqueles invasores impiedosos.
E a terceira parte dos navios foram destruídos – É uma coisa
freqüente, assemelhar um estado ou república a um navio, em que
muitas pessoas são embarcadas juntas, e compartilham dos mesmos
perigos. E quantos estados foram completamente destruídos por
aqueles conquistadores desumanos! Muito igualmente a isto foi
literalmente cumprido. Quão freqüentemente foi o mar tingido com
sangue! Quantos daqueles que habitavam, em sua maior parte, sobre
ele, foram mortos! E que número de navios destruídos!
10. E o terceiro anjo tocou, e lá caiu do céu uma grande estrela, e
ela caiu sobre a terceira parte dos rios – Parece que a África é
significada por rios (com a qual esta parte do mundo queimando
aflui de uma maneira especial); Egito, em especifico, que o Nilo
inunda todo ano, mais além e amplamente. Em toda a história
africana, entre a erupção das nações bárbaras, dentro do Império
romano, e a ruína do Império ocidental, depois da morte de
Valentiniano III, existe nada mais momentoso do que a calamidade
de Ariano, que surge no ano de 315. Não é possível dizer como
muitas pessoas, particularmente, em Alexandria, em todo o Egito, e
nas cidades próximas, foram destruídas pela ira dos arianos. Ainda
assim, a África saiu-se melhor do que outras partes do império, com
respeito às nações bárbaras, até o governador dela, cuja esposa foi
uma zelosa ariana, e tia do Genserico, rei dos Vândalos, foi, sob esta
pretensão, injustamente acusado diante da imperatriz Placidia.
Ele foi, então, bem-sucedido sobre o convite dos Vândalos na
África; quem sob o comando de Genserico, no ano 428, fundou lá o
reino para si, que continuou até o ano de 533. Sob esses reis
vândalos, os crentes verdadeiros suportaram toda maneira de
aflições e perseguições. E assim, o Arianismo foi a entrada para
todas as heresias e calamidades, e, por fim, para o próprio
Maometismo. Esta grande estrela não foi um anjo (anjos não são
agentes nas duas trombetas precedentes, ou nas trombetas
seguintes), mas um professor de igreja, um das estrelas na mão
direita de Cristo. Tal foi Ário. Ele caiu do alto, como se fosse do
céu, para as mais perniciosas doutrinas, e causou em sua queda um
espanto de todos os lados; sendo grande e agora queimando como
uma tocha. Ele caiu sobre a terceira parte dos rios – Sua doutrina se
espalha distante e amplamente, particularmente no Egito.
E sobre as fontes de água – por meio da qual a África aflui.
11. E o nome da estrela é Absinto - A amargura sem paralelo
ambos do próprio Ário e de seus seguidores mostra a exata
propriedade de seu titulo.
E a terceira parte das águas se tornaram absinto – Uma parte muito
considerável da África foi infectada com a mesma doutrina e espírito
amargo. E muitos homens (embora não a terceira parte deles)
morreram – Pela crueldade dos arianos.
12. E o quarto anjo tocou, e a terceira parte do sol foi atingida – Ou
afetada. Depois o Imperador Teodósio morreu, e o império foi
dividido em oriental e ocidental, as nações bárbaras se precipitaram
como uma correnteza. Os Godos e Hunos, no ano de 403 e 405,
caíram sobre a própria Itália, com uma força impetuosa; e o
primeiro delas, no ano de 410, tomaram Roma pela violência, e a
saquearam, sem misericórdia. No ano de 452, Átila tratou a parte
mais alta da Itália, da mesma maneira. Em 455, Valentiniano III foi
morto, e Genserico convidado da África. Ele saqueou Roma por
quatorze dias consecutivos. Recimero saqueou-a novamente em
472. Durante todas essas comoções, uma província após a outra foi
perdida, até que no ano de 476, Odoacero cercou Roma, depôs o
imperador, e colocou um fim ao próprio império. Um eclipse do sol
ou lua é denominado pelos Hebreus, um golpe. Agora, como tal
escuridão não vem toda imediatamente, mas por graus, assim,
igualmente, a escuridão que caiu sobre Roma, especificamente o
império ocidental; porque o golpe começou antes de Odoacero, ou
seja, quando os bárbaros primeiro conquistaram a cidade sede do
governo.
E a terceira parte da lua, e a terceira parte das estrelas; de modo que
a terceira parte delas ficou nas trevas – Como debaixo da primeira,
segunda e terceira trombetas, por "terra", "mar", e "rios", devem ser
entendidos homens que vivem sob esses, desfrutam da luz do céu:
exceto se isto implicar o eles serem mortos; de maneira que o sol,
lua e estrelas, não brilham mais sobre eles. A mesma expressão nós
encontramos em (Ezequiel 32:8) "Todas as brilhantes luzes do céu
enegrecerei sobre ti, e trarei trevas sobre a tua terra, diz o Senhor Deus".
"Eu escureceria todas as luzes do céu sobre eles". Como, então, o quarto
selo transcende os três selos precedentes, assim faz a quarta
trombeta e as três trombetas precedentes. Porque neste, não apenas
a terceira parte da terra, ou mar, ou rios apenas, mas tudo que está
debaixo do sol é atingido. E o dia não brilhou para a terceira parte
dela – Ou seja, brilhou com apenas a terceira parte de seu brilho
usual.
E a noite igualmente – a lua e estrelas, tendo perdido a terceira
parte de seu brilho, quer com respeito a esses que, estando mortos,
não o viu mais; ou aqueles que viu o brilho delas, com nenhuma
satisfação. As três últimas trombetas têm o tempo da continuidade
delas fixado, e entre cada uma delas existe uma pausa notável:
conseqüentemente, entre as quatro primeiros não existe pausa, nem
é o tempo de sua continuidade mencionado; mas todas juntas, essas
quatro parecem tomar um pouco menos do que quatrocentos anos.
13. E eu vi, e ouvi um anjo voando – Entre as trombetas do quarto
e quinto anjo.
No meio do céu – As três primeiras calamidades, como nós devemos
ver, estendem-se sobre a terra, da Pérsia oriental, além da Itália,
ocidental; tudo que está preenchido com o Evangelho dos apóstolos.
No meio destas se situa Patmos, onde João viu este anjo dizendo:
Calamidade, calamidade, calamidade – Em direção ao fim do quinto
século, houve muitos presságios de calamidades se aproximando.
Para os habitantes da terra – Todos sem exceção. Julgamento
severo estava vindo sobre eles todos. Até mesmo enquanto o anjo
está proclamando isto, os prelúdios dessas três calamidades já
estavam em movimento. Essas caíram mais especialmente sobre os
judeus. Como para o prelúdio da primeira calamidade na Pérsia,
Isdegard II, em 454, resolvera abolir o sabbath, até que ele foi,
através do Rabino Mar, desviado de seu propósito. Igualmente, no
ano de 474, Firuz afligiu, muito, os judeus, e compeliu muitos deles
a apostatarem-se Um prelúdio da segunda calamidade foi o
surgimento dos Saracenos, que, em 510, caíram na Arábia e
Palestina. Para preparar para a terceira calamidade, Inocêncio I, e
seus sucessores, não apenas se esforçaram para ampliar sua
jurisdição episcopal, além de todos os limites, mas, também, o poder
mundano dele, aproveitando toda a oportunidade de desrespeitar o
império, que, ainda permanecia no caminho de sua monarquia
ilimitada.

CAPÍTULO 9
1. O quinto anjo tocou, e eu vi uma estrela – Muito diferente
daquela mencionada em (capítulo 8:11) "E o nome da estrela era
Absinto, e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens
morreram das águas, porque se tornaram amargas". Esta estrela
pertence ao mundo invisível. A terceira calamidade é ocasionada
pelo dragão lançado do céu; a segunda toma lugar na perda dos
quatro anjos que estavam destinados ao Eufrates. O primeiro é aqui
trazido pelo anjo do abismo, que é aberto por esta estrela, ou anjo
santo.
Caindo na terra – Vindo rápido e com grande força.
E a ele foi dado – Quando ele estava vindo.
A chave do abismo sem fim – Uma profunda e odiosa prisão; mas
diferente do "lago de fogo".

2. E surgiu uma fumaça do abismo – Os gafanhotos, que mais tarde


surgiram dele, parecem, como devemos ver mais tarde, serem os
persas, cuja fumaça é a detestável doutrina idólatra deles, e o falso
zelo por ela, que agora irrompeu em um paroxismo incomum.
Como a fumaça de uma grande fornalha – onde as nuvens dela se
erguem mais e mais densas, espalham-se mais distante e
amplamente, e pressionam uma sobre a outra, de modo que a
escuridão aumenta continuamente.
E o sol e ar foram escurecidos – Uma expressão figurada,
denotando grande aflição. Esta fumaça ocasionou mais a mais tal
escuridão sobre os judeus na Pérsia.

3. E da fumaça – Não do abismo sem fim, mas da fumaça que emitiu


de lá.
Lá saíram os gafanhotos – Um conhecido sinal de pessoas
numerosas, hostis e prejudiciais. Tais foram os persas, dos quais os
judeus, no sexto século, sofreram além de expressão. No ano de 540,
suas universidades foram interrompidas, nem lhes era permitido
terem um presidente por aproximadamente cinqüenta anos. Em
589, esta aflição terminou; mas ela começara muitos anos antes de
540. O prelúdio dela foi por volta do ano de 455 e 474; a principal
tempestade veio sobre ela no reino de Cabades, e durou de 483 a
532. Em direção ao começo do sexto século, o Mestre em Religião,
Rab Isaac, presidente da universidade foi colocado para morrer.
Disto, seguiu-se uma insurreição dos judeus, que durou sete anos,
antes que eles fossem dominados pelos persas. Alguns deles foram
colocados à morte, mas não muitos, o restante estritamente
aprisionado. E desde este tempo, a nação dos judeus foi odiada e
perseguida pelos persas, até que eles quase os extirparam.
Os escorpiões da terra – Os da espécie mais danosa. Os escorpiões
do ar têm asas.
4. E os estava comandando – Pelo poder secreto de Deus.
Não para ferir a grama, nem alguma coisa verde, nem alguma
árvore – Nem aqueles do grau inferior, médio, ou alto, mas apenas
tais deles que não foram selados – Principalmente os israelitas
descrentes. Mas muitos que foram chamados cristãos sofreram com
eles.
5. Não para matá-los – Muito poucos deles foram mortos: em geral,
eles eram aprisionados e atormentados de várias maneiras.
6. Os homens – Ou seja, os homens que são assim atormentados.

7. E as aparências – Esta descrição serve às pessoas, nem


totalmente civilizadas, nem inteiramente selvagens; e tais eram os
persas daquela época.
Os gafanhotos são como cavalos – Com seus cavaleiros. Os persas
sobrepujavam-se na habilidade em lidar com cavalos.
E sobre suas cabeças estão como se fossem coroas – Turbantes.
E suas faces como as faces de homens – Amigavelmente, e
agradáveis.
8. E os cabelos deles como os cabelos de mulheres – Todos os
persas do passado gabavam-se de cabelos longos.
E os dentes deles como dentes de leões – Quebrando e rasgando
todas as coisas em pedaços.
9. E o barulho de suas asas era como o barulho de carruagens de
muitos cavalos – Com suas carruagens de Guerra, arrastando
muitos cavalos, eles, como por assim dizer, voavam de um lado para
outro.
10. E eles tinham rabos como escorpiões – Ou seja, cada rabo é
como um escorpião, não como o rabo de um escorpião. Para ferir os
homens não selados por cinco meses. Cinco meses proféticos; ou
seja, setenta e nove anos comuns. Por quanto tempo essas
calamidades duraram.

11. E eles tinham sobre eles um rei – Alguém, através do qual eles
são peculiarmente dirigidos e governados.
Seu nome é Abadon – Ambos esse e Apolion significam um
destruidor. Através deste ele é distinguido do dragão, cujo nome
próprio é satanás.
12. Uma calamidade passou; observe, lá vem ainda duas, depois
dessas coisas – O poder persa, sob o qual foi a primeira calamidade,
estava agora quebrado pelos Sarracenos: desde este tempo, a
primeira pausa criou um amplo caminho para as duas calamidades
subseqüentes. Em 589, quando a primeira calamidade terminou,
Maomé estava com vinte anos, e as contenções dos cristãos, uns
com os outros era excessivamente grande. Em 591, Chosroe II, que,
depois da morte do imperador, reinou na Pérsia, causou terríveis
perturbações no oriente, onde Maomé encontrou uma porta aberta
para sua nova religião e império. E quando o usurpador Pocas
tinha, no ano de 606, não apenas se declarado o Bispo de Roma,
Bonifácio II, bispo universal, mas também da Igreja de Roma, a
cabeça de todas as Igrejas, este foi um passo certo para o avanço do
Papado para sua altura mais elevada. Assim, depois da passagem da
primeira calamidade, a segunda, sim, e a terceira, rapidamente se
seguiram; como, de fato, elas foram, ambas, de certa maneira, junto
com ela, antes que a primeira efetivamente começasse.
13. E o sexto anjo tocou – Sob este anjo segue a segunda
calamidade.
E eu ouvi a voz dos quatro cantos do altar de ouro – Este altar de
ouro é o padrão celeste do altar levítico do incenso. Esta voz
significou que a execução da ira de Deus mencionada em (capítulo
9:20, 21) "E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas,
não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os
demônios, e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de
madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar. E não se
arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua
prostituição, nem dos seus furtos"; poderia, na intercessão, demorar-se
um pouco mais tempo.
14. Solto os quatro anjos – Para seguir por todos os caminhos. Para
os quatro cantos. Esses eram anjos diabólicos, ou eles não teriam
sido amarrados. Por que, ou quanto tempo, eles foram amarrados,
nós não sabemos.
15. E os quarto anjos foram soltos; os que foram preparados – Por
soltá-los, assim como, através da força e ira deles.
Para matar a terça parte dos homens – Ou seja, um imenso número
deles.
Para a hora, e dia, e mês e ano – Tudo isto concorda com a
carnificina que os sarracenos causaram, por um longo tempo depois
da morte de Maomé. E com o número de anjos, deixados soltos,
concorda com o número dos primeiros e mais eminentes califas
deles. Esses foram: Ali, Abubeker, Omar, e Osman. Maomé,
denominado Ali, seu primo e cunhado, para seu sucessor; mas ele foi
logo destituído pelo restante, até que eles severamente morreram, e
assim deram lugar para ele. Eles sucederam um ao outro, e cada um
destruiu inumeráveis multidões de homens. Há em um profético
cálculo:

Anos Dias
Hora 8
Dia 196 Ao todo 212 anos.
Mês 15 318
Ano 196 117
Agora, a segunda calamidade, como também o começo da terceira,
tem seu lugar entre o cessar dos gafanhotos e o surgir da besta do
mar, mesmo quando os sarracenos, que eram principalmente
cavaleiros, estavam no apogeu do massacre deles; do seu primeiro
califa, Abubeker, até que foram repelidos de Roma, sob o governo
de Leo IV. Esses 212 anos podem, portanto, serem calculados, do
ano 634 a 847. A gradação no cálculo do tempo, começando com a
hora e terminando com um ano, corresponde com o começo
pequeno e o vasto crescimento deles. Antes e depois da morte de
Maomé, eles tiveram o suficiente a fazer, para estabelecer os
afazeres deles em casa. Mais tarde, Abubeker foi mais além, e no
ano de 634, obteve grande vantagem sobre os persas e romanos na
Síria. Sob o governo de Osmar, aconteceu a conquista da
Mesopotâmia, Palestina e Egito. Sob o governo de Osman, esta da
África (com a total supressão do governo romano no ano de 647),
de Chipre, e de toda a Pérsia, em 651. Depois que Ali morreu, seu
filho, Ali Hasen, um pacífico príncipe, foi expulso pela Muavia; sob
o governo de quem, e de seus sucessores, o poder dos sarracenos
aumentou muito, de maneira que, em oitenta anos depois da morte
de Maomé, eles tinham estendido suas conquistas além do que os
guerreiros romanos fizeram em quatrocentos anos.
16. E o número de cavaleiros foi duzentos milhões – Não que tantos
foram sempre trazidos para o campo, imediatamente, mas (se nós
entendemos a expressão literalmente), no curso de "da hora, do dia, e
mês, e ano". Assim nem foi "a terceira parte dos homens mortos",
imediatamente, mas durante o curso daqueles anos.
E assim, eu vi os cavalos e eles que se sentaram neles, na visão –
João parece acrescentar essas palavras, na visão, para notificar que
nós não devemos tomar esta descrição, exatamente de acordo com a
carta.
Tendo peitoral de fogo – Vermelho fogo.
E jacinto – azul acinzentado.
E enxofre – Um amarelo pálido. Da mesma cor que o fogo e a
fumaça e o enxofre que saíam das bocas de seus cavalos. E as
cabeças deles são como as cabeças de leões – Ou seja, violentas e
terríveis.
E de suas bocas saem fogo e fumaça e enxofre – Esta expressão
figurativa pode denotar a ira, a fúria, e força, destruidoras, cegas,
toda perfurantes, daqueles cavaleiros.

18. Através dessas árvores – Que estavam inseparavelmente unidas.


Estava a terça parte dos homens – Nas regiões que eles devastaram.
Mortos – Somente Omar, em onze anos e meio, tomou trinta e seis
mil cidades ou fortes. Quantos homens devem ter sido mortos nisto!
19. Porque o poder desses cavalos está em suas bocas, e em seus
rabos – Seus cavaleiros lutam retrocedendo, assim como avançando:
de maneira que a retaguarda deles é tão terrível quanto a dianteira.
Porque seus rabos são como serpentes, tendo cabeças – Não como
os rabos de serpentes apenas. Eles podem ser adequadamente
comparados à anfisbena, uma espécie de serpente que tem um rabo
curto, não diferente da cabeça, do qual ela atira seu veneno como se
tivesse duas cabeças.

20. E o resto dos homens que não foram mortos – A quem os


sarracenos não destruíram. É de se observar que as regiões que eles
aniquilaram eram, em sua maioria, aquelas onde o Evangelho tinha
sido plantado.
Por essas pragas – Aqui a descrição da segunda calamidade termina.
Ainda assim, não se arrependeram – embora eles fossem chamados
de cristãos.
Das obras de suas mãos – Presentemente especificadas.
De que eles não deveriam adorar a demônios – A invocação de
santos mortos, se verdadeira, ou falsa, ou duvida, ou forjada,
rastejou-se cedo por meio das igrejas cristã, e foi conduzida mais e
mais além; e quem sabe quantos dos que são invocados como santos
estão em meio aos demônios, que não são anjos bons, ou até onde os
demônios se misturaram com tal adoração cega, e com as
maravilhas forjadas naquelas ocasiões? E ídolos – Por volta do ano
590, os homens começaram a venerar imagens; e embora homens
honestos zelosamente se opuseram a isto, ainda assim, pouco a
pouco, as imagens cresceram nos ídolos manifestos. Porque depois
de muita contenção, tanto no oriente quanto no ocidente, no ano de
787, a adoração de imagens foi estabelecida pelo segundo Concílio
de Nice. Ainda assim, a adoração de imagem foi prontamente
objetada algum tempo depois, pelo imperador Teófilo. Mas, quando
ele morreu, em 842, sua viúva, Teodora, estabeleceu-a novamente,
como fez o Concilio em Constantinopla, no ano de 863, e
novamente em 871.
21. Nem se arrependeram dos seus assassinos, nem de seus
feiticeiros – Quem quer que leia as histórias dos séculos
sétimo, oitavo, e novo, encontrará inúmeras instâncias de
todas essas em todas as partes do mundo cristão. Mas, embora
Deus tenha eliminado tantos desses escândalos ao nome
cristão, ainda assim, o restante seguiu no mesmo curso. Alguns
deles, no entanto, se arrependeram, sob as pragas que se
seguiram.

CAPÍTULO 10

1. E eu vi um outro anjo poderoso – Um outro daqueles "anjos


poderosos", mencionados em (capítulo 5:2) "E vi um anjo forte,
bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os
seus selos?"; ainda assim ele foi um anjo criado; porque ele não jurou
por si mesmo: (capítulo 5:6) "E olhei, e eis que estava no meio do trono
e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como
havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos
de Deus enviados a toda a terra". Vestido com uma nuvem – Em sinal
de sua elevada dignidade.
E um arco-íris junto a sua cabeça – Um sinal gracioso do favor
divino. E ainda assim, não é tão glorioso para uma criatura: a
mulher (capítulo 12:1) "E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher,
vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze
estrelas sobre a sua cabeça"; é descrito mais gloriosa ainda.
E sua face como o sol – Nem é isto muito para uma criatura: porque
todos os retos "deverão brilhar como o sol". (Mateus 13:43) "Então
os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos
para ouvir, ouça".
E seus pés como os pilares de fogo – Brilhante como a chama.

2. E ele tinha em sua mão – Sua mão esquerda: ele jurou com sua
direita. Ele permaneceu com seu pé direito no mar, em direção ao
ocidente; seu esquerdo, na terra, em direção ao oriente: de modo que
ele olhava para a direção sul. E assim João (como Patmos se estende
perto da Ásia) podia convenientemente tirar o livro de sua mão
esquerda. Este livro selado estava, primeiro, na mão direta dele, que
se sentava no trono: disto o Cordeiro o pegou, e abriu os selos. E
agora este pequeno livro contendo o restante do outro, é dado
aberto, como se fosse, para João. Deste lugar a Revelação fala mais
claramente e menos figurativamente do que antes.
E ele colocou seu pé direito sobre o mar – Do qual a primeira besta
estava por vir.
E seu pé esquerdo sobre a terra – Do qual deveria vir a segunda. O
mar podia sinalizar a Europa; a terra, a Ásia; os teatros principais
dessas grandes coisas.

3. E ele clamou – Afirmando as palavras colocadas abaixo (capítulo


10:6) "E jurou por aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu
e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não
haveria mais demora". E, enquanto ele clamava, ou foi clamando – Ao
mesmo tempo.
Sete trovões expressaram suas vozes – Em palavras distintas, um
após o outro. Esses que falaram essas palavras em gloriosos,
poderes celestes, cuja voz era como do mais alto trovão.

4. E eu ouvi uma voz do céu – Sem dúvida, dele que tinha, a


princípio, ordenado a ele para escrever, e quem presentemente
comanda a ele para pegar o livro; ou seja, Jesus Cristo.
Seladas essas coisas que os sete trovões tinham afirmado, e não as
escreveu – Essas são as únicas coisas de todas que ele ouviu que ele
é ordenado a manter segredo: assim, alguma coisa peculiarmente
secreta foi revelada pelo amado João, além de todos os segredos que
estão escritos neste livro. Ao mesmo, nós estamos impedidos de
inquirir o que foi que esses trovões afirmaram: é suficiente que
possamos saber todos os conteúdos dos livros abertos, e do
juramento do anjo.
5. E o anjo – Esta manifestação das coisas vindouras, sob a
trombeta do sétimo anjo tem uma dupla introdução: primeiro, o
anjo fala por Deus (capítulo 10:7) "Mas nos dias da voz do sétimo
anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como
anunciou aos profetas, seus servos"; então, Cristo para por si mesmo,
(Capítulo 11:3) "E darei poder às minhas duas testemunhas, e
profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco". O anjo
apela aos profetas dos primeiros tempos; Cristo, para suas duas
testemunhas.
Quem eu vi de pé sobre a terra, e sobre o mar, ergueu sua mão
direita em direção ao céu – Já que o dragão ainda estava no céu.
Quando ele é lançado de lá, ele traz a terceira e a mais terrível
tempestade sobre a terra e mar: de modo que parece como se fosse
no fim das calamidades. Portanto, o anjo compreende, em sua
postura, e em seu juramento, tanto o céu, mar, e terra, e faz da parte
do eterno Deus e Onipotente Criador, uma solene afirmação, de que
ele afirmará sua autoridade amável contra todos os seus inimigos.
Ele levanta sua mão direita em direção ao céu – O anjo em Daniel
(Daniel 12:7) "E eu ouvi o homem vestido de linho, e que estava sobre as
águas do rio, o qual levantou ao céu a sua mão direita e a sua mão
esquerda, e jurou por aquele que vive eternamente que isso seria para um
tempo, tempos e metade do tempo, e quando tiverem acabado de espalhar o
poder do povo santo, todas estas coisas serão cumpridas". (não
improvavelmente o mesmo anjo), ergueu ambas suas mãos.
6. E jurou – As seis trombetas precedentes, passaram sem alguma
tal solenidade. Apenas a trombeta do sétimo, que é confirmada por
tão alto juramento.
Por ele que vive para sempre e sempre – Diante de quem mil anos é
apenas um dia.
Quem criou o céu, e terra, e mar, e todas as coisas que estão neles –
E, conseqüentemente, tem o poder soberano sobre todos: portanto,
todos os seus inimigos, embora eles se enfureçam, por enquanto, no
céu, no mar, e na terra, ainda assim, devem dar lugar a ele.

Que não deverá haver mais tempo – "Mas nos dias da voz do sétimo
anjo, o mistério de Deus deverá ser cumprido": ou seja, um tempo, um
cronos, não deverá expirar antes que o mistério seja cumprido. Um
cronos (1111 anos), quase passará antes deles, mas não
completamente. O período, então, que nós podemos determinar a
um não-cronos (não um tempo completo) deve ser um pouco e não
mais, curto do que este. O não-cronos aqui mencionado parece
começar no ano 800 (quando Charles o Grande instituiu no
ocidente uma nova linha de imperadores, ou de "muitos reis") até o
fim do ano de 1836; e conter, entre outras coisas, o "curto tempo" da
terceira calamidade, os "três tempos e a metade" da mulher no deserto,
e a "duração" da besta.
7. Mas nos dias da voz do sétimo anjo – Que não tocou apenas no
início daqueles dias, mas do início ao fim.
O mistério de Deus deverá ser cumprido – É dito (Revelação
17:17) "Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu
intento, e tenham uma mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até que
se cumpram as palavras de Deus". "A palavra de Deus deverá ser
cumprida". A palavra de Deus é cumprida pela destruição da besta;
o mistério, pela remoção do dragão. Mas esses grandes eventos
estão tão próximos um do outro, que eles são aqui mencionados
como um. O começo deles está no céu, tão logo a sétima trombeta
toca; o fim está na terra e mar. Por quanto tempo a terceira
calamidade permanece sobre a terra e o mar, o mistério de Deus não
é cumprido. E o juramento do anjo é peculiarmente para o conforto
dos homens santos, que estão aflitos sob aquela calamidade. De fato,
a ira de Deus deve ser primeira cumprida, através do derramar dos
frascos: e, então, vir o alegre cumprimento do mistério de Deus.

E ele declarou para seus servos, os profetas – A execução,


exatamente respondendo á predição. As profecias antigas relatam
parcialmente para o grande período, do nascimento de Cristo à
destruição de Jerusalém; parcialmente, para o tempo do sétimo anjo,
em que elas serão completamente realizadas. À sétima trombeta,
pertencem tudo que ocorre: (capítulo 11:15) "E o sétimo anjo tocou a
sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do
mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para
todo o sempre". E a terceira calamidade, que toma lugar, sob o
mesmo, propriamente se situa: (Capítulo 12:12) "Por isso alegrai-
vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar;
porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco
tempo". (capítulo 13: 1-18) "E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi
subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus
chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. (...)
Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da
besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e
sessenta e seis".
8. E – o que se segue deste verso (capítulo 11:13) "E naquela
mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade,
e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito
atemorizados, e deram glória ao Deus do céu"; corre paralelo com o
juramento do anjo, e com "o cumprimento do mistério de Deus", já que
ele segue sob a trombeta do sétimo anjo; o que é dito no (capítulo
11:11) "E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de
Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre
os que os viram"; concernente ao João "profetizar novamente" é
esclarecido imediatamente depois; o que é dito em (capítulo 11:7)
"E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes
fará guerra, e os vencerá, e os matará"; concernente "ao cumprimento do
mistério de Deus", é revelado em (capítulo 11:15-19) "E o sétimo anjo
tocou a sua trombeta; e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos
do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para
todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus
tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus,
Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que
eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste. E
iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam
julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos
santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de
destruíres os que destroem a terra. E abriu-se no céu o templo de Deus, e a
arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e
trovões, e terremotos e grande saraiva"; e nos capítulos seguintes.
9. Coma-o – Igual foi ordenado a Ezequiel. Este foi um emblema da
completa consideração e digestão dele.
E isto deixará tua barriga amarga, mas ela será doce, como mel em
tua boca – A doçura sinaliza as muitas boas coisas que se seguem
(capítulo 11:1-15) "E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e
chegou o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os
que nele adoram. (...) E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu
grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso
SENHOR e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre"; etc.; a
amargura, os demônios que sucedem sob a terceira calamidade.
11. Tu deves profetizar novamente – Do mistério de deus; do qual
os profetas antigos haviam profetizado antes. E ele profetizou,
"medindo o templo" (capítulo 11:1); uma vez que uma profecia pode
ser entregue que pelas palavras ou ações.
Concernente às pessoas, e nações, e línguas, e muitos reis – As
pessoas, nações, e línguas são simultâneos; mas os reis, sendo
muitos, sucedem um ao outro. Esses reis não são mencionados por
causa delas, mas com uma visão da "cidade santa" (capítulo 11:2)
"E deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às
nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses". Aqui está
uma referência para os grandes reinos na Espanha, Inglaterra,
Itália, etc., que surge do oitavo século; ou, pelo menos, sofreram
uma mudança considerável, como França e Alemanha, em especial;
para o cristão, mais tarde, Turquia, império no ocidente; e,
especialmente para os vários potentados, que têm reinado
sucessivamente em ou por Jerusalém, e o fazem agora, pelo menos,
nominalmente, reinam sobre ele.
CAPÍTULO 11
2. Mas a corte que é fora do templo – O antigo templo tinha uma
corte a céu aberto, por causa dos ateus que adoraram o Deus de
Israel.
Joga fora – De teu relato.
E não meça – Como não sendo santo em tão alto grau.
E eles deverão pisar – habitar.
Na cidade santa – Jerusalém (Mateus 4:5) "Então o diabo o
transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo".
Assim eles começaram a fazer, antes que João escrevesse. E isto tem
sido pisoteado quase sempre, desde os romanos, persas, sarracenos e
turcos. Mas este tipo severo de pisadura de que se fala
peculiarmente aqui, não acontecerá até sob a trombeta do sétimo
anjo, e em direção ao fim dos templos perturbados. Isto continuará,
a não ser por quarenta e dois meses comuns, ou mil duzentos e
sessenta dias comuns; sendo apenas uma pequena parte do não-
cronos.
3. E eu – Cristo.
Eu darei às minhas duas testemunhas – esses homens parecem ser
dois profetas; dois instrumentos seletos, eminentes. Alguns supõem
(embora sem fundamento) que eles são Moisés e Elias, a quem eles
se assemelham em diversos aspectos.
À profecia mil duzentos e sessenta dias – Dias comuns, ou seja,
cento e oitenta semanas. Por quanto eles profetizam (mesmo
enquanto aquele último pisotear severo das cidades santas
continuam), ambos por palavra e ação, testemunhando que Jesus é
Filho de Deus, e herdeiro de todas as coisas, e exortando todos os
homens a arrependerem-se e temerem e glorificarem a Deus.
Vestido em pano de saco – O hábito dos mais profundos
murmuradores, da tristeza e preocupação pelas pessoas.

4. Essas duas oliveiras – Ou seja, como Zerobabel e Josué, as duas


oliveiras falaram através de Zacarias (Zacarias 3:9; 4:10) "Porque
eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete
olhos; eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o Senhor dos Exércitos, e
tirarei a iniqüidade desta terra num só dia". "Porque, quem despreza o
dia das coisas pequenas? Pois esses sete se alegrarão, vendo o prumo na
mão de Zorobabel; esses são os sete olhos do Senhor, que percorrem por
toda a terra"; foram, então, os dois instrumentos escolhidos na mão
de Deus, desta forma, deverão ser esses em seu tempo. Sendo eles
mesmos cheios da unção do Espírito Único, eles deverão
continuamente transmitir o mesmo para outros também.
E os dois castiçais – Queimando e brilhando.
Diante do Senhor da terra – Sempre esperando em Deus, sem a
ajuda de homem, e afirmando seu direito sobre a terra e todas as
coisas nela.

5. Se alguém matá-los – Como os israelitas teriam feito a Moisés e


Aron (Números 16:41) "Mas no dia seguinte toda a congregação dos
filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós
matastes o povo do Senhor".
Ele deverá ser morto assim – Através daquele fogo devorador.
Esses têm poder – E eles usam aquele poder. Veja no (capítulo
11:10) "E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se
alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois
profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra". Para fechar
o céu, para que não chova nos dias do profetizar deles – Durante
esses "mil duzentos e sessenta dias". E tem poder sobre as águas –
Dentro e perto de Jerusalém.
Para transformá-las em sangue – Como Moisés fez aquelas no
Egito.
E atingir a terra com todas as pragas, tão freqüentemente quanto
eles forem fazer – Isto não é dito de Moisés ou Elias, ou algum
mero homem além deles. E como é possível entender isto, do
contrário, do que de duas pessoas individuais?
7. E quando eles terminarem o testemunho deles – Até, então, eles
são invencíveis.
A besta selvagem – Daqui por diante a ser descrita.
Que ascende – Primeiro do mar (capítulo 13:1) "E eu pus-me sobre a
areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez
chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um
nome de blasfêmia"; e, então, do abismo sem fim (capítuo 17:8) "A
besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os
que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida,
desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não
é, mas que virá".
Deverá guerrear com eles – Foi em sua última ascensão, não do
mar, mas do abismo sem fim, para que a besta faça guerra junto às
duas testemunhas. E, mesmo por meio disto, é fixado o tempo do
"pisotear da cidade santa", e das "duas testemunhas". Aquele tempo
termina depois da ascensão da besta do abismo, e ainda assim,
depois do cumprimento do mistério.
E deverá conquistá-las – O fogo não mais procedendo de suas
bocas, quando eles tiverem acabado a obra deles.
E os matará – Esses serão em meio aos últimos mártires, embora
não o último de todos.
8. E os corpos deles ficarão – Talvez dependurados em cruz.
Nas estradas da grande cidade – De Jerusalém, uma cidade muito
maior do que alguma outra naquelas partes. Isto é descrito ambos
espiritualmente e historicamente: espiritualmente, como é chamado
Sodoma (Isaías 1:9) "Se o Senhor dos exércitos não nos tivesse deixado
algum remanescente, já como Sodoma seríamos, e semelhantes a
Gomorra"., etc. e Egito; por causa das mesmas abominações
abundando lá, no tempo das testemunhas, como aconteceu, uma vez,
no Egito e Sodoma. Historicamente: Onde também o Senhor deles
foi crucificado – Isto possivelmente se refere ao mesmo chão, onde
sua cruz permaneceu. Constantino o Grande encerrou isto dentro
das paredes da cidade. Talvez, naquele mesmo local seus corpos
serão expostos.
9. Três dias e meio – Assim, exatamente, são os tempos escritos
nesta profecia. Se nós supusermos que este tempo comece à noite, e
termine de manhã, e incluído (o que não é uma maneira impossível),
sexta, sábado e domingo, o festival semanal do povo turco, as tribos
judaicas e as línguas cristãs; então, esses juntos, com as nações
pagãs, teriam completo lazer para observar e regozijar-se sobre ele.

10. E eles que habitam sobre a terra – Talvez, esta expressão possa
peculiarmente denotar homens mundanos.
Deverão se divertir – Como fizeram os Filisteus sobre Sansão.
E enviar presentes, um ao outro – Ambos turcos, e judeus, e pagãos,
e falsos cristãos.
11. E um grande temor caiu sobre eles que os viram – E agora
sabem que Deus estava do lado deles.
12. E eu ouvi uma grande voz – Designada para todos ouvirem.
E eles subiram ao céu, e seus inimigos os observaram – quem não
tinha notado a ascensão deles novamente; pelo que alguns foram
convencidos antes.
13. E houve um grande terremoto, e a décima parte da cidade
desmoronou – Nós temos aqui uma prova inquestionável de que
esta cidade não é Babilônia ou Roma, mas Jerusalém. Porque
Babilônia deverá ser totalmente queimada antes do cumprimento do
mistério de Deus. Mas esta cidade não é queimada, afinal; ao
contrário, quando do cumprimento daquele mistério, a décima parte
dela é destruída por um terremoto, e as outras nove partes,
convertidas.
E houve morte no terremoto de sete mil homens – Sendo a décima
parte dos habitantes, que, portanto, eram setenta mil, ao todo.
E o restante – Os remanescentes sessenta e três mil foram
convertidos: um grande passo em direção ao cumprimento do
mistério de Deus. Tal conversão, nós, em lugar algum lemos a
respeito. Assim, haverá uma igreja maior, assim como, mais santa
em Jerusalém do que alguma vez já existiu.
Estava aterrorizado – Abençoado terror! E deram glória – A
característica da verdadeira conversão. (Jeremias 13:16) "Dai
glória ao Senhor vosso Deus, antes que venha a escuridão e antes que
tropecem vossos pés nos montes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele
a mude em sombra de morte, e a reduza à escuridão".
Ao Senhor dos céus – Ele é denominado, "O Senhor da terra"
(capítulo 11:4) "Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão
diante do Deus da terra"; quando ele declara seu direito sobre a terra,
através das duas testemunhas, mas o Deus do céu, quando ele não
apenas dá chuva do céu, depois da mais angustiante secura, mas
também, declara sua majestade do céu, levando suas testemunhas
até ele. Quando toda a multidão dá glória ao Deus ao céu, então,
aquele "pisotear da cidade santa" cessa. Este é o ponto já tanto
almejado e desejado: "o cumprimento do mistério de Deus", quando as
promessas divinas são tão ricamente cumpridas, naqueles que têm
passado por tão grandes aflições. Tudo isto está aqui relatado junto,
para que, considerando que a primeira calamidade e a segunda
seguiram para o oriente, o restante dos assuntos orientais sendo
acrescidos imediatamente, a descrição do ocidente mais tarde,
pudesse permanecer intacto. Pode ser útil aqui ver como as coisas
de que se fala, e aquelas daqui por diante descritas, seguem uma a
outra, em sua ordem.
1º. O anjo jura; o não-cronos começa; João come o livro; muitos reis
surgem.

2º. O não-cronos e os "muitos reis", estando em declínio, aquele


pisotear começa, e as "duas testemunhas" surgem.

3º. A besta, depois de, com os dez reis, destruir Babilônia, guerrear
com eles e matá-los. Depois de três dias e meio eles revivem e
ascendem ao céu. Há um grande terremoto na cidade santa: sete
mil perecem, e o restante é convertido. O "pisotear" da cidade pelos
gentios termina.
4º. A besta e os reis da terra, e seus exércitos se reúnem para lutar
contra o Grande Rei.
5º. Multidões de seus inimigos são mortas, e a besta e o falso
profeta jogados vivos no lago de fogo.
6º. Enquanto João mede o templo de Deus e o altar com os
adoradores, a verdadeira adoração do Senhor é estabelecida. As
nações que têm pisoteado a cidade santa são convertidas. Por meio
disto, o mistério de Deus é cumprido.
7º. Satanás é aprisionado. Sendo liberto por um tempo, ele com
Gogue e Magogue, faz seu último ataque em Jerusalém.
14. A segunda calamidade é passada – A carnificina feita pelos
sarracenos cessou, por volta do ano 847, quando o poder deles foi
destruído por Charles o Grande, o que eles nunca recuperaram.
Observe a terceira calamidade vindo rapidamente – Seu prelúdio
vem enquanto os romanos consideram aproveitar todas as
oportunidades de reivindicarem sua amada universalidade, e
aumentar seu poder e grandeza. E no ano de 755, o bispo de Roma
tornou um príncipe secular, através do rei Pepino dar a ela o
exarcado de Lombardia. O começo da terceira calamidade se
estabelece. (capítulos 12:12) "Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que
neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo
desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo".

15. E o sétimo anjo tocou – Esta trombeta contém os eventos mais


importantes e jubilosos, e conferem a todas as primeira trombetas
razão para alegria de todos os habitantes do céu. A alusão, portanto,
nesta, e em todas as trombetas, é para estas usarem em solenidades
festivas. Todas essas sete trombetas foram ouvidas no céu, talvez, a
sétima deve uma vez ser ouvida na terra também (I
Tessalonicenses 4:16) "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que
morreram em Cristo ressuscitarão primeiro".
E houve grandes vozes – Dos diversos cidadãos do céu. Na abertura
do sétimo selo "existiu silêncio no seu"; no tocar da sétima trombeta,
grandes vozes. Isto apenas é suficiente para mostrar que os sete
selos e as sete trombetas não seguem paralelos uns com os outros.
Tão logo quanto o sétimo anjo tocou, o reino inclina-se para Deus e
Cristo. Isto imediatamente aparece no céu, e é lá celebrado com
louvor alegre. Mas na terra, diversas ocorrências terríveis vão
aparecer, em primeiro lugar. Esta trombeta compreende todas que
se seguem dessas vozes até (capítulo 22:5) "E ali não haverá mais
noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor
Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre".
O reino do mundo – Ou seja, o governo real sobre todo o mundo, e
todos os seus reinos. (Zacarias 14:9) "E o Senhor será rei sobre toda a
terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o seu nome".
E tornar-se o reino do Senhor – Esta província tem estado nas
mãos do inimigo: agora retorna para seu Mestre por direito. No
Velho Testamento, de Moisés a Samuel, o próprio Deus foi o Rei de
seu próprio povo. E o mesmo será no Novo Testamento: Ele
próprio reinará sobre a Israel de Deus.
E de seu Cristo – Esta apelação é agora primeiro dada a ele, desde a
introdução do livro, na menção do reino, devolvendo junto a ele,
debaixo da sétima trombeta. Profetas e sacerdotes foram ungidos,
mas mais especialmente reis: de onde aquele termo, o ungido, e
aplicado apenas a um rei. Assim sendo, quando quer que o Messias
é mencionado nas Escrituras, seu reino está implícito.
Torna-se – Na realidade, todas as coisas (e assim, o reino do
mundo) são de Deus, em todas as épocas: ainda assim, satanás e o
mundo presente, com seus reis, e lordes, se levantam contra o
Senhor e contra seu Ungido. Deus agora coloca um fim a esta
rebelião monstruosa, e mantém seu direito a todas as coisas. E isto
aparece em uma maneira inteiramente nova, tão logo o sétimo anjo
toca.
E os vinte e quarto anciãos – Esses deverão reinar sobre a terra
(capítulo 5:10) "E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles
reinarão sobre a terra".
Que se sentam diante de Deus em seus tronos – O que nós não
lemos de anjo algum.

17. O Altíssimo – Ele que tem todas as coisas em seu poder como o
único Governador delas.
Quem está, e quem esteve – Deus é freqüentemente denominado
"Ele que está, e quem esteve, e quem virá", mas agora, ele
verdadeiramente vem, as palavras "quem está para vir", são, por
assim dizer, absorvidas. Quando é dito: Nós agradecemos que tu
tenhas tomado teu grande poder, é tudo o mesmo como: "Nós
agradecemos a ti que estás para vir". Toda esta ação de graças é
parcialmente uma ampliação sobre os dois grandes pontos
mencionados no décimo-quinto verso (capítulos 11:15) "E o sétimo
anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os
reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele
reinará para todo o sempre"; parcialmente um sumário do que é daqui
por diante, mais distintamente relatado. Aqui é mencionado, como o
reino é do Senhor; mais tarde, como ele é o reino de seu Cristo.
Tu tens tomado teu grande poder – Este é o começo do que é feito
sob a trombeta do sétimo anjo. Deus nunca cessa de usar seu poder;
mas ele tem permitido que seus inimigos se oponham a isto, o que
ele irá agora não admitir mais.
18. E as nações pagãs estavam iradas – Do expandir-se do poder e
reino de Deus. Esta ira dos pagãos agora se levanta ao mais alto
grau; mas ela encontra a ira do Altíssimo, e se desvanece. Neste
verso está descrito ambos, o seguir em frente e o término da ira de
Deus, o que conseqüentemente toma diversas épocas.
E o tempo da morte é vinda – Ambos, o vivo e o morto, dos quais
aqueles que já morreram são uma parte muito mais numerosa.
Em que eles serão julgados – Isto, sendo infalivelmente certo, eles
falam disto, como já presente.

E para dar a recompense – Quando da vinda de Cristo (capítulo


22:12) "E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a
cada um segundo a sua obra"; mas da livre graça, não do débito.

1º. Para seus servos, os profetas:


2º. Para seus santos: àqueles que foram eminentemente santos:
3º. A eles que temem seu nome: esses são da classe mais inferior.
Aqueles que nem mesmo temem a Deus não terão recompensa dele.
Pequeno e grande – Todos, universalmente, jovem e idoso, alto e
baixo, rico e pobre.
E para destruir os que destruíram a terra – A terra foi destruída
pela "grande prostituta", em específico (capítulo 19:2) "Porque
verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que
havia corrompido a terra, com a sua prostituição, e das mãos dela vingou
o sangue dos seus servos". (capítulo 17:2, 5) "Com a qual se
prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram
com o vinho da sua prostituição. (...) E na sua testa estava escrito o nome:
Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da
terra"; mas igualmente em geral, através da ira e ódio declarado dos
homens maus, contra tudo que é bom; através das guerras, e das
várias destruições e desolações, naturalmente fluindo destas;
através de tais leis e constituições, como a impedirem muito do
bem, e causarem muitas ofensas e calamidades; através de
escândalos públicos, por meio dos quais a porta é aberta para toda
libertinagem e iniqüidade; através do abuso dos poderes seculares e
espirituais; através das doutrinas diabólicas, máximas, e conselhos;
através da violência e perseguição declarada; e através dos pecados
clamando a Deus para enviar as pragas sobre a terra. Esta grande
obra de Deus, destruindo os destruidores, sob a trombeta do sétimo
anjo, não é a terceira calamidade, mas motivo de alegria, porque os
anciãos solenemente dão graças. Todas as calamidades, e,
particularmente a terceira seguem sobre esses "que habitam na
terra"; mas a destruição, sobre aqueles "que destroem a terra", e foram
instrumentos daquela calamidade.
19. E o templo de Deus – A parte interior dele. Foi aberta no céu –
E por meio dele é aberta uma nova cena das coisas mais
momentosas, para que possamos ver como os conteúdos da sétima
trombeta são executados; e, não obstante uma oposição ainda maior
(particularmente, através da terceira calamidade) trazida para a
conclusão gloriosa.
E a arca da aliança foi vista em seu templo – A arca da aliança que
foi feita por Moisés não estava no segundo templo, sendo
provavelmente queimada com o primeiro templo pelos Caldeus.
Mas aqui está a arca celestial da aliança eterna, a sombra da qual
estava sob o Velho Testamento (Hebreus 9:4) "Que tinha o
incensário de ouro, e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em
que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que
tinha florescido, e as tábuas da aliança". Os habitantes do céu viram a
arca antes: João também a viu agora; porque um testemunho, do
que Deus havia prometido, deveria ser cumprido ao extremo.
E houve raios, vozes, e trovões, e um terremoto, e um grande
granizo – As mesmas que haviam, e na mesma ordem, quando o
sétimo anjo derramou seu frasco (capítulo 16:17-21) "E o sétimo
anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do
trono, dizendo: Está feito. E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um
grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a
terra; tal foi este tão grande terremoto. E a grande cidade fendeu-se em
três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande Babilônia se
lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira. E
toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam. E sobre os homens caiu do
céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens
blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva; porque a sua praga
era mui grande".
CAPÍTULO 12
2. E estando grávida, ela chora, em trabalho de parto – A mesma
dor, sem alguma oposição exterior, constrangeria a mulher em dor,
gritar. Esses gritos, espasmos, e dores de parto, foram os desejos
veementes, os suspiros e orações dos santos para a vinda do reino
de Deus. A mulher gemeu e labutou em espírito, para que Cristo
pudesse aparece, como o Pastor e Rei de todas as nações.

3. E observa um grande dragão vermelho – Seu vermelho ardente


denotando sua disposição.
Tendo sete cabeças – Significando vasta sabedoria.
E dez chifres – Talvez, na sétima cabeça; emblemas do grande
poder e força, que ele ainda retinha.
E sete diademas sobre suas cabeças – Não propriamente coroas, mas
guarnição de grande valor, tal como reis antigamente usavam;
porque, embora caído, ele era um grande potentado ainda, até
mesmo "o príncipe deste mundo".

4. E sua cauda – Sua falsidade e sutileza.


Arrastava – Como um trem.
A terceira parte – Um grande número.
Das estrelas do céu – Os cristãos e seus professores, que antes se
sentaram nos lugares celestiais com Cristo Jesus.
E lançou-os por terra – Totalmente priva-os de todas aquelas
bênçãos celestiais. Isto é propriamente a parte da descrição do
dragão, que não foi ainda ele mesmo na terra, mas no céu:
conseqüentemente, este lançá-lo para baixo foi entre o começo da
sétima trombeta e o começo da terceira calamidade; ou entre o ano
de 847 e o ano de 947; em cujo tempo as doutrinas pestilentas,
especificamente aquela dos Maniqueístas [Religião sincretista
gnóstica, fundada por Maniou Maniqueu (século III), na Pérsia,
segundo a qual o universo é criação de dois princípios que se
combatem: o bem, ou Deus, e o mal, ou o diabo], no oriente,
arrastou abundância de pessoas da verdade.
E o dragão permaneceu diante da mulher, para que quando ela
desse a luz, ele pudesse devorar a criança – Para que ele pudesse
impedir o reino de Cristo de se espalhar, como ele faz sob esta
trombeta.

5. E ela deu a luz a um menino – Até mesmo Cristo, não é


considerado em sua pessoa, mas em seu reino. Na nona era, muitas
nações, com seus príncipes, foram acrescidas à Igreja Cristã.
Quem governaria todas as nações – Quando seu tempo viesse.
E seu filho – Que já estava no céu, como estavam a mulher e o
dragão.
Foi apanhado por Deus – Tirado extremamente fora do alcance
dele.
6. E a mulher fui para o deserto – Este deserto é indubitavelmente
sobre a terra, onde se supõe estar a própria mulher também. Ele
indica aquela parte da terra onde, depois de ter dado a luz, ela
encontrou uma nova moradia. E este deve ser na Europa, já que a
Ásia e África estavam totalmente nas mãos dos turcos e sarracenos;
e em uma parte dela, onde a mulher não tinha estado antes. Neste
deserto, Deus já tinha preparado um lugar; ou seja, feito ele salvo e
conveniente para ela. O deserto é, aquelas regiões da Europa que se
estende deste lado do Danúbio, porque as regiões que se estendem
além dele, já tinham recebido o Cristianismo antes.
Para que eles possam alimentá-la – Para que as pessoas daquele
lugar possam providenciar todas as coisas necessárias para ela.
Mil duzentos e sessenta dias – Tantos dias proféticos, que não são,
como alguns supuseram, mil duzentos e sessenta, mas setecentos e
setenta e sete, anos comuns. Este Bengelio tem mostrado,
largamente em sua Introdução Alemã. Esses nós podemos calcular
do ano de 847 a 1524. Por quanto tempo a mulher desfrutou do
lugar seguro e conveniente na Europa, o que foi principalmente
Boemia, onde ela foi alimentada, até que Deus providenciou a ela
um mais plenamente na Reforma.
7. E havia Guerra no céu – Aqui satanás faz sua grande oposição ao
reino de Deus; mas um final é agora colocado para seu acusar os
santos diante de Deus. A causa segue contra ele (capítulo 12:10-
11) "E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a
salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque
já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os
acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e
pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte";
e Miguel executa a sentença. Que Miguel é um anjo criado, aparece
de seu não se atrever, na disputa com satanás (Judas 9) "Mas o
arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do
corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas
disse: O Senhor te repreenda"; para trazer uma acusação afrontosa;
mas apenas dizendo: "O Senhor repreenda a ti". E esta modéstia está
contida em seu próprio nome; porque Miguel significa "Quem é como
Deus?", que implica também sua profunda reverência em direção a
Deus, e a distância de toda auto-exaltação. Satanás seria como
Deus: o próprio nome de Miguel pergunta: "Quem é como Deus?".
Não satanás; nem o mais alto arcanjo. É ele igualmente que e mais
tarde incumbido de prender, amarrar, e aprisionar aquele espírito
orgulhoso.
8. E ele não prevaleceu – O próprio dragão é principalmente
mencionado; mas seus anjos, igualmente devem ser entendidos.
Nem foi este local encontrado mais no céu – Assim, até agora, ele
teve um lugar no céu. Quão profundo mistério é este! Alguém pode
comparar isto com (Lucas 10:8) "E, em qualquer cidade em que
entrardes, e vos receberem, comei do que vos for oferecido". (Efésios 2:2;
4:8; 6:12) "Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo,
segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos
filhos da desobediência". "Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o
cativeiro, E deu dons aos homens". "Porque não temos que lutar contra a
carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades,
contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da
maldade, nos lugares celestiais".
9. E o grande dragão foi lançado – Ainda assim, não é dito, junto a
terra – Ele foi lançado do céu; e nisto, os habitantes do céu se
regozijaram. Ele é denominado o grande dragão, como aparecendo
aqui naquela forma, para intimidar com sua disposição venenosa e
cruel.
A antiga serpente – Uma alusão a ela ter enganado Eva daquela
forma. Dragões são espécies de grandes serpentes.
Que é chamado de demônio e satanás – Essas são palavras de
exatamente o mesmo significado; apenas a primeira é grega; a
última, Hebraica, denotando o grande adversário de todos os
santos, quer judeus ou gentios. Ele tem enganado todo o mundo –
Não apenas nos seus primeiros pais, mas através de todas as eras, e
em todas as regiões, na descrença e em toda maldade; no odiar e no
perseguir a fé e toda bondade.
Ele foi lançado junto a terra – Ele foi lançado do céu; e sendo
lançado fora dele, ele mesmo veio para a terra. Nem ele esteve
inativo sobre a terra antes, embora sua habitação ordinária fosse no
céu.
10. Agora veio – De onde é evidente que todo este capítulo
pertence à trombeta do sétimo anjo. No capítulo décimo-primeiro,
do décimo-quinto ao décimo-oitavo verso, são propostos os
conteúdos desta extensa trombeta, a execução da qual é
copiosamente descrita neste e nos capítulos seguintes.
A salvação – Dos santos.
O poder – Por meio do qual o inimigo é lançado.
O reino – Aqui a majestade de Deus é mostrada.
O poder de seu Cristo – Que ele irá exercer contra a besta; e,
quando ele também for levado embora, então, o reino será afirmado
para o próprio Cristo (capítulo 19:16; 20:4) "E no manto e na sua
coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores". "E vi
tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as
almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela
palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não
receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram
com Cristo durante mil anos".
O acusador de nossos irmãos – Por quanto tempo eles
permaneceram na terra. Esta grande voz, portanto, foi a voz de
homens apenas.
Quem os acusou diante de nosso Deus, dia e noite – Espantosa
malícia de satanás, e paciência de Deus!

11. E eles tinham dominado a ele – Levado a causa contra ele.


Através do sangue do Cordeiro – Que limpa a alma de todos os
pecados, e assim, não deixa espaço para acusação.
E através da palavra do testemunho deles – A palavra de Deus, que
eles acreditaram e testificaram, até mesmo junto à morte. Assim,
por exemplo, morreu Olam, rei da Suécia, no ano de 900, a quem
seus próprios súditos teriam compelido à idolatria; e, na sua recusa,
assassinado como um sacrifício ao ídolo que ele não adoraria. Assim
multidões de cristãos da Boêmia, no ano de 916, quando a rainha
Draomira [fanática pagã] levantou severa perseguição, em que
muitos "não amaram suas vidas junto à morte".

12. Calamidade para a terra e o mar – Esta é a quarta e a última


denúncia da terceira calamidade, a mais grave de todas. A primeira
foi apenas, a segunda principalmente, sobre a terra, Ásia; a terceira,
ambos sobre a terra e mar, Europa. A terra é mencionada primeira,
porque ela começa na Ásia, depois a besta a trouxe sobre a Europa.
Ele sabe que ele tem pouco tempo – Que se estende, do momento
em que é lançado do céu até ser jogado no abismo. Nós estamos
agora vindo para o período mais importante do tempo. O não-
cronos se apressa para um fim. Nós vivemos no pequeno tempo em
que satanás tem grande ira; e este pequeno tempo está agora em
declínio. Nós estamos no "tempo, tempos, e meio tempo", em que a
mulher é "alimentada no deserto"; sim, a última parte dele, "o meio
tempo", começou. Nós estamos, como será mostrado, em direção ao
encerramento dos "quarenta e dois meses" da besta; e quando seu
número é cumprido, coisas graves acontecerão. Que aquele que não
se preocupa com o ser preso pela ira do diabo; o cair nas armadilhas
na tentação geral; o ser arrastado fora, pela mais terrível violência,
na adoração da besta e sua imagem, e, conseqüentemente, bebendo o
vinho sem mistura da ira de Deus, e sendo atormentado, dia e noite,
para sempre e sempre, no lago do fogo e enxofre; que ele que está
confiante de que pode fazer seu caminho através de todos esses, pela
sua própria sabedoria, e força, sem precisar de alguma tal
conservante peculiar como a palavra desta profecia proporciona;
permita que ele escute, siga daqui. Mas que ele que não aceita esses
avisos, por causa dos clamores inconscientes, e alarmes cegos, peça
a Deus, com toda a sinceridade possível, para dar a ele sua luz
celestial nisto. Deus não tem dado esta profecia, de maneira tão
solene, apenas para mostrar sua providência sobre sua igreja, mas
também que seus servos podem saber, em todos os tempos, em que
período específico eles estão. E quanto mais perigoso algum período
de tempo é, maior é a ajuda que ele proporciona. Mas onde podemos
fixar o começo e o fim do pequeno tempo? Que é provavelmente
quatro-quintos de um cronos, ou algo acima de 888 anos. Este, que
é o tempo da terceira calamidade, pode alcançar de 947, ao ano de
1836. Porque:

1º. O curso intervalo da segunda calamidade (cuja calamidade


terminou no ano de 840), e os 777 anos da mulher, que começou por
volta do ano 847, rapidamente depois que seguiu a Guerra no céu,
fixa o começo não muito tempo depois de 864; e, assim, a terceira
calamidade cai no décimo século, estendendo-se de 900 a 1000;
chamada de negra, de ferro, idade infeliz.
2º. Se nós comparamos a extensão da terceira calamidade com o
período de tempo que sucede a ele no vigésimo capítulo, é pouco
tempo para aquele vasto espaço que alcança do começo do não-
cronos ao fim do mundo.
13. E quando o dragão vu – Que não poderia por mais tempo acusar
os santos no céu, ele virou sua ira para causar todo dano possível na
terra.
Ele perseguiu a mulher – As perseguições antigas da igreja foram
mencionadas (capítulo 1:9; 2:10; 7:14) "Eu, João, que também sou
vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus
Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e
pelo testemunho de Jesus Cristo". "Nada temas das coisas que hás de
padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais
tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-
ei a coroa da vida". "E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes
são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as
branquearam no sangue do Cordeiro"; mas esta perseguição veio
depois da fuga dela. (capítulo 12:6) "E a mulher fugiu para o deserto,
onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada
durante mil duzentos e sessenta dias"; exatamente no começo da
terceira calamidade. Assim sendo, no décimo e décimo-primeiro
séculos, as igrejas foram furiosamente perseguidas, por diversos
poderes pagãos. Na Prússia, o rei Adelbert foi morto no ano de 997;
o rei Brunos em 1008; e, quando o rei Stephen encorajou o
Cristianismo na Hungria, ele se encontrou com oposição violenta.
Depois de sua morte, os pagãos na Hungria, estabeleceram-se para
extirpá-lo, e prevaleceram por diversos anos. Por volta do mesmo
tempo, o exército do imperador Henrique III, foi totalmente
derrotado pelos Vândalos. Esses e todos os relatos daqueles tempos
mostram com que fúria o dragão, então, perseguiu a mulher.

14. E foram dadas à mulher duas asas de uma grande águia, para
que ela pudesse fugir do deserto para seu lugar – Águias são
símbolos usuais de grandes potentados. Assim (Ezequiel 17:3) "E
disse: Assim diz o Senhor Deus: Uma grande águia, de grandes asas, de
plumagem comprida, e cheia de penas de várias cores, veio ao Líbano e
levou o mais alto ramo de um cedro"; por "grande águia", significa o rei
da Babilônia. Aqui a grande águia é o império romano; as duas asas,
os ramos oriental e ocidental dele. Um lugar no deserto foi
mencionado no sexto verso também (capítulo 12:6) "E a mulher
fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali
fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias"; mas não é o
mesmo que é mencionado aqui. No texto, segue-se um depois o
outro:

1º. O dragão esperar para devorar a criança.


2º. O nascimento da criança, que é levada para Deus.

3º. A fuga da mulher para o deserto.


4º. A guerra no céu, e o dragão é lançado.

5º. O início da terceira calamidade.


6º. A perseguição erguida pelo dragão contra a mulher.

7º. A fuga da mulher em asas de águia.


De igual maneira segue-se, um após o outro:
1º. O começo dos mil duzentos e sessenta dias.

2º. O começo do pequeno tempo.


3º. O começo do tempo, tempos, e meio tempo.
Este terceiro período parcialmente coincide tanto com o primeiro,
quanto com o segundo. Depois do início dos mil duzentos e sessenta
dias, ou antes, da terceira calamidade, o Cristianismo foi
excessivamente propagado, em meio às várias perseguições. Por
volta do ano de 948, foi novamente estabelecido na Dinamarca; em
965, na Polônia e Silícia; em 980, através de toda a Rússia. Em 997,
foi trazido para a Hungria; para dentro da Suécia e Noruega, tanto
antes, quanto depois. Transilvânia o recebeu, por volta do ano 1000;
e, logo depois, outras partes da Dácia. Agora, todas as regiões em
que o Cristianismo foi estabelecido entre o começo dos dias mil
duzentos e sessenta, e o aprisionamento do dragão, pode ser
entendido, pelo deserto, e pelo lugar dela em especial. Este lugar
continha muitas regiões; de maneira que o Cristianismo agora
alcançou, em um tratado ininterrupto, do império oriental ao
império ocidental; e ambos os imperadores agora emprestaram suas
asas para a mulher e providenciaram uma morada segura para ela.
Onde ela é alimentada – Através de Deus, preferivelmente do que
homem; tendo pouca ajuda humana. Porque um tempo, e tempos, e
meio tempo – A extensão de diversos períodos aqui mencionados
parecem ser proximamente isto:

Anos
1 O não-cronos contém menos do que 1111
2 O pequeno tempo 888
3 O tempo, tempos, e meio tempo 777
4 O tempo da besta 666

E comparando a profecia e a história, juntas, elas parecem começar


e terminar proximamente assim:

O não-cronos se
1 De aproximadamente 800 a 1836
estende
2 Os 1260 dias da mulher De 847 – 1524
3 O pequeno tempo 947 – 1836
O tempo, tempo, e meio
4 1058 - 1836
tempo
Entre o começo e o término dos três
5 O tempo da besta
tempos e meio

No ano de 1058, os impérios tiveram um bom entendimento um


com o outro, e ambos protegeram a mulher, Os bispos de Roma,
igualmente, particularmente, Victor II, foram devidamente
subordinados ao imperador. Nós podemos observar os mil duzentos
e sessenta dias da mulher de 847 a 1524, e os três tempos e meio, se
referem ao mesmo deserto. Mas na primeira parte dos mil duzentos
e sessenta dias, antes que os três tempos e meio comecem, ou seja,
do ano de 847 a 1058, ela foi alimentada por outros, sendo pouco
capaz de ajudar-se; considerando que de 1058 a 1524, ela é ambos
alimentada pelos outros, e tem alimento ela mesma. A isto as
ciências transplantadas nas regiões ocidental e oriental muito
contribuíram; as Escrituras, nas línguas originais, trazidas para o
oeste da Europa, através dos judeus e gregos, muito mais; e mais do
que tudo, a Reforma, alicerçada nestas Escrituras.

15. Água é um símbolo de grande número de pessoas; esta água,


dos turcos, em especial. Por volta do ano de 1060 eles aniquilaram a
parte cristã da Ásia. Mais tarde, eles derramaram na Europa, e se
espalharam mais e mais além. Até que inundaram muitas nações.
16. Mas a terra ajudou a mulher – Os poderes da terra; e, de fato,
ela precisou de ajuda, durante todo este período. "O tempo" dói 1058
a 1280; durante o qual a inundação turca correu mais e mais alta,
embora freqüentemente represada pelos imperadores, ou seus
generais, ajudando a mulher. "Os" dois "tempos" foram de 1280 a
1725. Durante esses, igualmente, o poder turco fluiu mais distante e
amplamente; mas ainda de tempos em tempos os príncipes da terra
ajudaram a mulher, de maneira que ela não foi levada embora,
através dele. "O meio tempo" é de 1725 a 1836. No começo deste
período, os turcos começaram a interferir com os assuntos da
Pérsia: em que eles tinham tão se envolvido, de maneira a serem
menos capazes de prevalecerem contra os dois impérios cristãos
remanescentes. Ainda assim, esta inundação alcança a mulher "em
seu lugar", e irá, até perto do fim do "meio tempo", ela mesma ser
tragada, talvez, pelos meios da Rússia, que se ergueu no lugar do
império oriental.
17. E o dragão ficou furioso – De novo, porque ele não poderia
fazer com que ela fosse levada pela correnteza.
E ele seguiu em frente – Para outras terras.
Para fazer guerra com o restante de sua semente – Os cristãos
verdadeiros, vivendo sob os governos pagãos ou turcos.
CAPÍTULO 13

1. E eu permaneci na areia do mar – Isto também foi na visão. E eu


vi – Logo depois da mulher fugir. Uma besta selvagem surgindo –
Ela surgiu três vezes; a primeira, do mar; então das profundezas.
Ela veio do mar antes dos sete frascos; "a grande prostituta" veio
depois deles. Ó, leitor, este é um assunto em que nós também
estamos duplamente preocupados, e que deve ser tratado, não como
um ponto de curiosidade, mas como uma advertência solene de
Deus! O perigo está por perto. Esteja armado tanto contra a força,
quanto à fraude, mesmo com toda a armadura de Deus. Do Mar –
Isto é, da Europa. Assim, as três desgraças (a primeira na Pérsia; a
segunda ao redor do Eufrates), move-se em uma linha do leste para
oeste. A besta é o Papado Romano, uma vez que ele chegou ao
momento decisivo, há seiscentos anos, permanece agora, e irá
permanecer por algum tempo mais. A este, e nenhum outro poder
sobre a terra, concorda todo o texto, e cada parte dele, em cada
ponto; como nós podemos ver, com a evidência extrema, das
proposições seguintes:

Proposição 1ª. É a referida e a mesma besta, tendo sete cabeças e


dez chifres, que está descrito neste e no capítulo décimo-sétimo. Em
conseqüência, suas cabeças são as mesmas, e seus chifres também.
Proposição 2ª. Esta besta é espiritualmente um poder secular, e
oposto ao reino de Cristo. Um poder não meramente espiritual, ou
eclesiástico, nem meramente secular, ou político, mas uma mistura
de todos. Ele é um príncipe secular; porque uma coroa; sim, e um
reino está atribuído a ele. E ainda assim, ele não é meramente
secular; porque ele é também um falso profeta.

Proposição 3ª. A besta tem uma ligação estrita com a cidade de


Roma. Isto aparece claramente no décimo-sétimo capítulo.

Proposição 4ª. A besta existe agora. Ela não passou. Porque Roma
está agora existindo; e a besta não será lançada no lago, até a
destruição de Roma. Ela não virá completamente: porque a segunda
desgraça há muito tempo passou, depois do que a terceira veio
rapidamente; e presentemente depois que ela começou, a besta se
levantou do mar. Portanto, o que quer que ela seja, ela existe agora.

Proposição 5ª. A besta é o Papado Romano. Isto manifestadamente


se segue da terceira e quarta proposições; a besta está estritamente
ligada com aquela cidade, ou o Papa é a besta.

Proposição 6ª. O Papado, ou o reino Papal, começou há muito


tempo. Os relatos particulares mais notáveis a isto estão aqui
anexos; tomados tão altamente e abundantemente para mostrar o
surgimento da besta, e trazer tão resumido quanto nosso próprio
tempo, com o objetivo de lançar uma luz na parte seguinte da
profecia:

 1033. Benedict o Nono, um filho de onze anos, é bispo de


Roma, e ocasiona graves desordens por mais de vinte anos.
 1048. Damasus II introduz o uso da tripla coroa.
 1058. A igreja de Milão, depois de longa oposição, é
submetida à Roma.
 1073. Hildebrando, ou Gregório VII, chega ao trono.
 1076. Ele destitui e excomunga o imperador.
 1077. Ele o usa vergonhosamente o absolve.
 1080. Ele o excomunga novamente, e envia a coroa a Rodolfo,
seu adversário.
 1083. Roma é tomada. Gregório foge. Clemente é feito Papa, e
coroa o imperador.
 1085. Gregório VII morre em Salerno.
 1095. Urbano II institui o primeiro Concílio Papal e cria as
cruzadas.
 1111. Paschal II briga furiosamente com o imperador.
 1123. O primeiro concílio ocidental geral em Lateran. O
casamento dos padres é proibido.
 1132. Inocente II declara que o imperador é um vassalo do
Papa.
 1143. Roma estabelece o seu próprio imperador, independente
de Inocente II. Ele os excomunga e morre. Celestino II é,
através de uma importante inovação, escolhido para o reino
Papal, sem o sufrágio do povo; o direito da escolha do Papa é
tomado do povo, e mais tarde, do clérigo, e residiu nos
Cardinais apenas.
 1152. Eugene II assume o poder de canonizar santos.
 1155. Adrian IV condena Arnold de Brescia à morte, por falar
contra o poder secular do Papado.
 1159. Victor IV é eleito e coroado. Mas Alexandre II o
domina e é seu sucessor.
 1168. Alexandre III excomunga o imperador e o traz tão
humilhado, que, em 1177, ele se submete a cavalgar sobre a
própria cabeça.
 1024. Inocente estabelece a Inquisição contra os Vaudois.
 1208. Ele proclama uma cruzada contra eles.
 1300. Bonifácio VIII introduz do ano do jubileu.
 1305. A residência do Papa é removida para Avignon.
 1377. Ela é removida de volta para Roma
 1378. Os quinze anos de cisma começam.
 1449. Felix V, o ultimo Antipapa, submete-se a Nicolas V.
 1517. A Reforma começa.
 1527. Roma é tomada e saqueada.
 1557. Charles V renuncia ao império; Ferdinand I acredita que
ser coroado pelo Papa é supérfluo.
 1564. Pius IV confirma o Concílio de Trent.
 1682. As doutrinas altamente derrogatórias para a autoridade
Papal são abertamente ensinadas na França.
 1713. A constituição Unigenitus.
 1721. Papa Gregório VII é canonizado outra vez.

Aquele que comparar esta tabela resumida com o que será


observado, versículo 3, e capítulo XVII, 10, verão que a ascensão da
besta do mar deve ser fixada, através do início dela; nem mais além
de Gregório VII, nem antes de Alexandre II. Os príncipes seculares
agora favoreciam o reino de Cristo; mas os bispos de Roma se
opunham a ele veementemente. Esses, a princípio, eram ministros
simples ou pastores da congregação cristã em Romã, mas, através
de graus, eles se elevaram a uma eminência de honra e poder, sobre
todos os seus irmãos, até por volta do tempo de Gregório VII (e,
assim, desde então), eles assumiram todos os símbolos da majestade
real; sim, de uma majestade e poder muito superior àquela de todos
os outros soberanos na terra. Nós não estamos considerando aqui
suas falsas doutrinas, mas seu poder ilimitado. Quando pensamos
nestes, nós devemos olhar para o falso profeta, que é também
denominado uma besta selvagem em sua ascensão na terra. Mas a
primeira besta, então, propriamente surgiu, quando depois de
diversos prelúdios dele, o Papa elevou-se acima do imperador.

Proposição 7ª. Hildebrando, ou Gregório VII, é o próprio fundador


do reino Papal. Todos os patronos do Papado admitem que ele fez
muitas adições consideráveis a ele; e esta mesma coisa constituiu a
besta, por completar o reino espiritual: as novas máximas e as novas
ações de Gregório, todas proclamam isto. Algumas de suas
máximas são:

1. Que o bispo de Roma somente é bispo universal.


2. Que ele somente pode destituir bispos, ou recebê-los
novamente.
3. Que ele somente tem poder para fazer novas leis na igreja.
4. Que ele somente deve usar os símbolos da realeza.
5. Que todos os príncipes devem beijar seus pés.
6. Que o nome do Papa é o único nome debaixo do céu; e que
seu nome somente pode ser citado nas igrejas.
7. Que ele tem o poder de destituir imperadores.
8. Que nenhum sínodo geral pode reunir-se, a não ser através
dele.
9. Que nenhum livro é canônico sem sua autoridade.
10. Que ninguém na terra pode revogar sua sentença, mas ele
somente pode revogar qualquer uma.
11. Que ele não está sujeito a algum julgamento humano.
12. Que nenhum poder deve se atrever a proferir sentença
sobre alguém que apela ao Papa.
13. Que todas as causas de muita influência em todo lugar
devem ser referidas a ele.
14. Que a igreja de Roma nunca errou, nem poderá errar.
15. Que o bispo, ordenado de forma cônega, torna-se
imediatamente santo, pelos méritos de São Pedro.
16. Que ele pode absolver indivíduos, pela sua lealdade.

Estes, os mais eminentes escritores Romanos asseguram, são seus


dizeres genuínos. E suas ações concordam com suas palavras. Até
aqui, os Papas têm se submetido aos imperadores, embora
freqüentemente contra a vontade; mas agora o próprio Papa
começa, sob um pretexto espiritual, a atuar como imperador de todo
o mundo cristão: a disputa imediata foi, sobre a investidura de
bispos, o direito a que cada um reivindica para si mesmo. E agora é
o tempo do Papa, tanto desistir, quanto estabelecer seu império para
sempre: para concluir que, Gregório excomungou o imperador
Henrique IV; "tendo ele próprio", diz Platina, "se desprovido de todas as
suas dignidades". A sentença seguiu-se nestes termos: "Abençoado
Pedro, príncipe dos Apóstolos, inclina, eu imploro a ti, teus ouvidos para
ouvir a mim, teu servo. Em nome do Onipotente Deus, Pai, Filho e
Espírito Santo, eu subjugo o imperador Henrique de toda a sua
autoridade imperial e real, e isento todos os cristãos, que foram seus
súditos, do juramento, por meio do qual, eles usavam jurar lealdade aos
reis verdadeiros. E, além disto, porque ele desprezou minhas, sim, tuas
advertências, eu o vinculo com a obrigação de um anátema".

A mesma sentença, ele repetiu em Roma, nestes termos: "Abençoado


Pedro, príncipe dos Apóstolos, e tu, Paulo, professor dos gênios, inclinai, eu
imploro, vossos ouvidos a mim, e graciosamente ouvi-me. Henrique, a
quem eles chamam imperador, tem orgulhosamente levantado suas
trombetas e sua cabeça contra a igreja de Deus, -- quem veio até mim,
humildemente implorando ser absolvido de sua excomunhão – Eu o
restauro para a comunhão, mas não para seu reino – nem eu permito que
seus súditos retornem sua lealdade".

"Diversos bispos ou príncipes da Alemanha, falando nesta oportunidade


na sala de Henrique, justamente deposto, escolheram Rodolfo imperador,
quem imediatamente enviou embaixadores até mim, informando que ele,
preferia obedecer a mim que aceitar um reino, e que permaneceria sempre à
disposição de Deus e de nós. Henrique, então, ficou irado, e, a princípio,
nos solicitou impedir Rodolfo de apoderar-se de seu reino. Eu lhe disse que
veria a quem de direito ele pertencia, e daria a sentença que fosse
preferida. Henrique proibiu isto. Então, eu o obriguei, e a todos os seus
favorecidos, com a obrigação de um anátema, e novamente tirei dele todos
os seus poderes reais. Eu liberto todos os cristãos do juramento de lealdade;
proíbo-os de obedecerem a Henrique em alguma coisa, e ordeno a eles
receberem Rodolfo como seu rei".

"Confirmai isto, portanto, pela vossa autoridade, vós mais santos dos
príncipes dos Apóstolos, que todos possam agora saber, por fim, que vós
tendes o poder de deter e libertar no céu, de maneira que nós temos poder
para dar e tirar fora da terra, impérios, reinos, principados, e o que quer
que o homem possa ter".

Quando Henrique submeteu-se, então, Gregório começou a reinar


sem controle. Neste mesmo ano, 1077, em 1º. de Setembro, ele fixou
uma nova era de tempo, chamada de Indicção [qualquer um dos
anos em um ciclo de 15 anos], usada em Roma até hoje. Assim, o
Papa reivindicou a si mesmo toda autoridade sobre todos os
príncipes cristãos. Assim feito, ele tirou ou conferiu reinos e
impérios, como o rei dos reis. Nem seus sucessores falharam em
seguir seus passos. É bem sabido que os Papas seguintes não
ficaram em falta de exercitar o mesmo poder, tanto sobre reis
quanto sobre imperadores. E isto, os últimos Papas têm estado
longe de desaprovar, já que três deles canonizaram este mesmo
Gregório, isto é, Clemente VIII; Paulo V, e Benedict XIII. Aqui
está, então a besta, ou seja, o rei: de fato tal, embora não no nome:
de acordo com aquela observação notável do Cardeal Bellarmino:
"Anticristo governará o império Romano, ainda assim, sem o nome do
imperador Romano". Seu título espiritual impediu que ele usasse o
nome, enquanto ele exercia todo o poder. Agora Gregório era o
mentor desta novidade. Assim, o próprio Aventino disse: "Gregório
VII foi o primeiro fundador do império pontífice". Desta forma, o tempo
de ascensão da besta está claro. A apostasia e mistério da iniqüidade
gradualmente aumentaram, até que ela surgiu; "aquela que se opôs e
exaltou a si mesmo acima de todos". (II Tessalonicenses 2:3-4)
"Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que
venha, primeiro, a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da
perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus
ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus,
apresentando-se como Deus".

4. Antes que a sétima trombeta, o adversário operou mais


secretamente; mas, logo depois, a besta opôs-se abertamente ao Seu
reino, ao reino de Cristo.
Proposição 8ª. O império de Hildebrando propriamente começou
no ano de 1077. Então, aconteceu que, na saída do imperador, da
Itália, Gregório exerceu seu poder por completo. E, em 1º. De
Setembro, deste ano, ele começou sua famosa época. Isto pode ser
estabelecido e explicado mais adiante, pelas observações seguintes:

1ª. A besta é o Papado Romano, que tem agora reinado por algumas
eras.

2ª. A besta tem sete cabeças e dez chifres.

3ª. As sete cabeças são as sete eminências, e também sete reis. Uma
das cabeças não poderia ter sido, "por assim dizer, ferida
mortalmente", tivesse sido apenas uma eminência.

4ª. A ascensão da besta, do mar é diferente de sua ascensão do


abismo: O Apocalipse freqüentemente menciona o mar e o abismo,
mas nunca usa os termos desordenadamente.

5ª. As cabeças da besta não começam antes que ela se erga do mar,
porém, com ela.

6ª. Essas cabeças, como reis, sucederam-se uma após a outra.

7ª. O tempo que elas levaram nesta sucessão está dividido em três
partes: "Cinco" dos reis anunciados, por meio disto, "caíram": um
existe; e o outro ainda não veio.

8ª. "Um existe": ou seja, enquanto o anjo estava falando isto. Ele se
situou e a João, o mais perto do centro do tempo, de modo que ele
poderia mais comodamente apontar o primeiro como passado, o
segundo como presente e o terceiro como futuro.

9ª. A continuidade da besta está dividida da mesma maneira. A


besta "existiu, e não existe, irá ascender do abismo", (capítulo
17:8,11) "A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à
perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro
da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era
e já não é, mas que virá. Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças
são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada. E são também sete
reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier,
convém que dure um pouco de tempo. E a besta que era e já não é, é ela
também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição". Entre esses dois versos,
que se interpuseram como paralelos a eles, "Cinco caíram; uma existe;
e a outra não veio ainda".

10ª. Babilônia é Roma. Todas as coisas que Apocalipse diz da


Babilônia, concorda com os Romanos, e Romano apenas. Principia-
se com a "Babilônia", quando se principia "a grande". Quando
Babilônia sucumbe, no leste, ela surge no oeste; e ela existiu no
tempo dos Apóstolos, cujo julgamento diz-se é "desforra sobre ela".

11ª. A besta reina antes e depois do reino da Babilônia. Primeiro, a


besta reina (capítulo 13:1) "E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi
subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus
chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia."; etc.
então, Babilônia, (capítulo 17:1) "E veio um dos sete anjos que tinham
as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação
da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas"; etc.; e,
então, a besta novamente (capítulo 17:8) "A besta que viste foi e já
não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra
(cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do
mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá"

12ª. As cabeças são da essência da besta; os chifres, não. O


ferimento de uma das cabeças é chamado de "o ferimento da" própria
"besta", versículo 3; mas os chifres, ou reis, receberam o reino "com a
besta" (capítulo 13:3) "E vi uma das suas cabeças como ferida de morte,
e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a
besta."; mas os chifres, ou reis, receberam o reino "com a besta"
(capítulo 17:12) " E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não
receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora,
juntamente com a besta". Esta palavra somente: "os chifres e a besta"
(capítulo 17:16) "E os dez chifres que viste na besta são os que odiarão
a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a
queimarão no fogo", mostra suficientemente que eles são alguma
coisa acrescida a ela.

13ª. Os quarenta e dois meses da besta caíram dentro do primeiro


dos três períodos. A besta ascendeu do mar no ano de 1077. Pouco
depois, o poder foi dado a ela por quarenta e dois meses. O poder
ainda existe.

14ª. O tempo, quando a besta "não existe", e o reino da "Babilônia!",


estão juntos. A besta, quando se ergueu do mar, enraiveceu-se
violentamente, até "seu reino estava nas trevas", através do quinto
frasco. Mas era um reino ainda. Mas foi dito mais tarde: "a besta
existiu", e não reina, tendo perdido seu reino. Por que? Porque "a
mulher sentou-se sobre a besta", em quem "senta-se uma rainha",
reinando sobre os reis da terra: até que a besta, erguendo-se do
abismo, e tomando com ela os dez reis, repentinamente a destrói.

15ª. A diferença que existe entre Roma e o Papa, que tem sempre
subsistido, será, então, mais aparente. Roma, distinta do Papa,
carrega três significados: a própria cidade, a Igreja romana, e o
povo de Roma. No último sentido da palavra, Roma com seus
holandeses, que contém parte de Toscana e Campânia, revoltou-se
contra o Imperador grego, em 1726, e se tornou um estado livre,
governado por seu senado. Deste o tempo do senado, e não do Papa,
desfrutou o supremo poder civil. Mas em 796, Leo III, sendo
escolhido Papa, enviou mensagem a Carlos, o Grande, pedindo-lhe
que viesse e subjugasse o senado e o povo de Roma, e os
constrangesse a jurar obediência a ele. Disto ergueu-se uma
contenda cruciante entre o Papa e o povo Romano, que o prendeu e
o confinou dentro de um monastério. Ele escapou e fugiu até o
imperador, que rapidamente o enviou de volta no grande estado.
No ano de 800, o imperador veio de Roma, e brevemente depois, o
povo Romano que tinha até aqui escolhido seus próprios bispos, e
olhado para si mesmos e seu senado como tendo os mesmos direitos
que o antigo senado e o povo de Roma, escolheu Carlos para seu
imperador, e se submeteu a ele, da mesma maneira que os anciãos
de Roma fizeram com seus imperadores. O Papa o coroou, e prestou
uma homenagem a ele de joelhos, como foi formalmente feito com
os imperadores Romanos: e o imperador fez o juramento de
"defender a santa igreja romana, e todos os seus emolumentos".

Ele também foi nomeado cônsul, e denominou a si mesmo, desde


então, Augusto, o Imperador dos Romanos. Mais tarde, deu o
governo da cidade e holandeses de Roma [Toscana] ao Papa, e
ainda assim, súditos de si mesmo. A distinção entre a igreja de
Roma e o Papa aparece:

1. Quando o concílio acontece antes da confirmação do Papa;


2. Quando em uma competição, o julgamento é dado ao que é
o Papa verdadeiro;
3. Quando a diocese está vaga;
4. Quando o próprio Papa é suspeito pela Inquisição.

Como Roma, já que ela é uma cidade, difere do Papa, não existe
necessidade de mostrar.

16ª. No primeiro e segundo período de sua duração, a besta é um


corpo de homens; no terceiro, um indivíduo. A besta com sete
cabeças é o Papado de muitas épocas: a sétima cabeça é o homem do
pecado, o anticristo. Ele é um corpo de homens do (capítulo 13:1)
"Eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha
sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as
suas cabeças um nome de blasfêmia"; (capítulo 17:7) "E o anjo me disse:
Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a
traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres"; ele é um corpo de homens e
um indivíduo (capítulo 17:8) "A besta que viste foi e já não é, e há de
subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes
não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se
admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá"; (capítulo
17:11) "E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e
vai à perdição"; ele é um indivíduo (capítulo 17:12) "E os dez chifres
que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão
poder como reis por uma hora, juntamente com a besta"; (capítulo
19:20) "E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que fizera diante
dela os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e os que
adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo
que arde com enxofre".
17ª. Este indivíduo é a sétima cabeça da besta, ou, o outro rei,
depois dos cinco [os que caíram] e um [que existe], ele mesmo
sendo o oitavo, embora um dos sete. Uma vez que ele é um Papa, ele
é uma das sete cabeças. Mas é a oitava, não uma cabeça, mas a
própria besta; não, enquanto Papa, mas enquanto carrega uma
característica nova e singular, na sua vinda do abismo. Para ilustrar
isto, através de uma comparação: suponha uma árvore de sete
braços, um dos quais é muito maior do que o restante; se esses seis
são cortados, e o sétimo permanece, esta é a árvore.

18ª. "Ele é o diabo, o homem do pecado, o filho da perdição", usualmente


denominado de anticristo.

19ª. Os dez chifres, ou reis, "recebem poder como reis, com a besta
selvagem por uma hora", (capítulo 17:12) "Os dez chifres que viste são
dez reis, os quais ainda não receberam o reino, mas receberão autoridade,
como reis, por uma hora, juntamente com a besta"; com a besta
individual, "que não existiu". Mas ela recebe seu poder novamente, e
os reis com ela, quem rapidamente dá seu novo poder a ela.

20ª. Todo o poder da monarquia romana dividida em dez reis será


conferido sobre a besta, (capítulo 17:13, 16, 17) "Estes têm um
mesmo intento, e entregarão seu poder e autoridade à besta (...) Os dez
chifres que viste, e a besta, estes odiarão a prostituta e a tornarão desolada
e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo. Porque Deus lhes
pôs nos corações o executarem o intento dele, chegarem a um acordo, e
entregarem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus".

21ª. Os dez chifres e a besta irão destruir a prostituta. (Capítulo


17:16) "E os dez chifres que viste na besta são os que odiarão a prostituta,
e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no
fogo".

22ª. Por fim, a besta, e os dez chifres, e os outros reis da terra,


cairão naquele grande carnificina (capítulo 19:19) "E vi a besta, e os
reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que
estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército"

23ª. A quarta besta de Daniel é a monarquia Romana, do começo


dela, até que os tronos são fixados. Isto, portanto, inclui tanto a
besta apocalíptica, e a mulher e muitas outras coisas. Esta
monarquia é como um rio que corre de sua fonte em um canal, mas
em seu curso, algumas vezes, toma outros rios; algumas vezes, ele
mesmo parte para diversas correntezas, ainda assim, é ainda um rio
contínuo. O poder Romano esteve, a princípio, ininterrupto; porém,
mais tarde, foi dividido em vários canais, até a grande divisão em
impérios orientais e ocidentais, que igualmente sofreu várias
mudanças. Mais tarde, os reis de Heruli, Godo, Lombardia, os
exarcas de Ravena, os próprios imperadores Romanos, da França e
Alemanha, além de outros reis, apoderaram-se de diversas partes do
poder Romano. Agora, qualquer que fosse o poder que os Romanos
tinham antes de Gregório VII, e que a besta de Daniel contém;
qualquer que fosse o poder que o Papado tenha obtido de Gregório
VII, esta besta apocalíptica representa, a mesma besta (e assim,
Roma com sua última autoridade) é compreendida sob aquela de
Daniel. E sobre suas cabeças o nome da blasfêmia – Referir-se a um
homem que pertence a Deus somente é blasfêmia. Tal nome a besta
tem, não sobre seus chifres, nem sobre uma cabeça, mas sobre todas.
A própria besta carrega este nome, e, de fato, através de toda sua
duração. Este é o nome do Papa; não no sentido inocente em que
era anteriormente dado a todos os bispos, mas naquele alto e
peculiar sentido, em que é agora dado ao bispo de Roma, por si
mesmo, e seus seguidores: um nome que inclui toda a preeminência
do mais alto e mais santo pai sobre a terra. Assim sendo, entre os
dizeres acima citados de Gregório, estes dois estão juntos, o de que
seu "nome apenas deve ser citado nas igrejas"; e que ele é "o único nome
no mundo". Assim, ambos a igreja e o mundo deveriam nomear
nenhum outro pai sobre a face da terra.

2. As três primeiras bestas em Daniel são como "um leopardo", "um


urso", e "um leão". Em todas as partes, exceto em sua cabeça e boca,
esta besta era como um leopardo ou uma pantera fêmea; que é tão
feroz como um leão ou urso, mas é também ligeira e sutil. Tal é o
Papado, que tem, parcialmente pela sutileza; parcialmente pela
força, ganhado poder sobre muitas nações. Os vários usos, maneiras
e modos do Papa extremamente podem igualmente comparados às
marcas do leopardo. E seus pés eram como os pés de um urso – Que
é muito forte, e armados com garras afiadas. E, tão volumoso,
quanto ele parece, ele pode, com isto, caminhar, manter-se ereto,
subir ou agarrar qualquer coisa. Assim, esta besta agarra e toma
como sua presa, o que esteja ao alcance de suas garras. E sua boca
era como a boca de um leão – Para rosnar e devorar. E de um
dragão – cujo vassalo e vice-regente ele é. Dá a ela seu poder – Suas
próprias resistências e inumeráveis forças. E seu trono – De modo
que ele comandaria o que quisesse, tendo grande e absoluta
autoridade. O dragão tem seu trono na Roma pagã, por quanto
tempo a idolatria e perseguição reinaram por lá. E, depois que ele
fosse perturbado em sua possessão, ainda assim, ele nunca reinaria
completamente, até que a desse para a besta na assim chamada
Roma cristã.
3. E eu vi a número um – Ou a primeira. De suas cabeças, quando
ela foi ferida – Assim, ela apareceu, tão logo ela surgiu. Primeiro, a
besta é descrita mais geralmente, então, mais especificamente,
ambos neste e no décimo-sétimo capítulo. A descrição mais
específica aqui se refere às partes anteriores; lá, as últimas partes de
sua duração: apenas aquelas circunstâncias relacionadas à primeira
são repetidas no capítulo décimo-sétimo. (capítulo 17:1-18) "E
veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-
me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está
assentada sobre muitas águas. (...) E a mulher que viste é a grande cidade
que reina sobre os reis da terra". Esta ferida mortal foi dada na sua
primeira cabeça, através da espada, versículo 14 "Estes combaterão
contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores
e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, os chamados, e
eleitos, e fiéis"; (capítulo 13:14) "E, por meio dos sinais que lhe foi
permitido fazer na presença da besta, enganava os que habitavam sobre a
terra e lhes dizia que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida
da espada e vivia"; ou seja, através da resistência sangrenta das
potestades seculares; particularmente, os imperadores alemães.
Esses tinham, por uma longa época, tomado a cidade de Roma, com
seu bispo, sob a jurisdição deles. Gregório determinou tirar este
jugo de seus próprios ombros, e colocá-lo nos ombros dos
imperadores. Ele rompeu e excomungou o imperador, que manteve
seu direito pela força, e deu ao Papa tal golpe, que alguém teria
pensado que a besta seria morta por meio disto, imediatamente
depois de sua ascensão. Mas ele se recuperou, e cresceu mais e mais
forte do que antes. A primeira cabeça da besta se estendeu de
Gregório VII, pelo menos, até Inocente III. Neste trecho do tempo
a besta foi muito ferida pelos imperadores. Mas, não obstante, o
ferimento era curado. Dois sintomas mortais atenderam este
ferimento:

(1) Os cismas e rupturas abertos na igreja. Porque, enquanto os


imperadores afirmavam seus direitos, houve, desde o ano de 1080,
até o ano de 1176 apenas, cinco divisões declaradas, e, pelo menos,
muitos antipapas, alguns dos quais eram, de fato, Papas por direito.
Isto foi altamente perigoso para os reinos Papais. Mas um sintoma
ainda mais perigoso foi:

(2) O surgimento de uma nobreza em Roma, que não aceitaria que


seus bispos fossem um príncipe secular, especificamente, sobre eles.
Sob o Papado de Inocente II. Eles conduziram seu ponto, re-
estabeleceram a comunidade; tiraram o governo da cidade do
controle do Papa, e o deixaram apenas com sua autoridade
episcopal.

"Nisto", diz o historiador, "Inocente II e Celestine II se enervaram até a


morte: Lucius II, quando ele atacou o capitólio, no qual o senado estava,
espada na mão, foi golpeado com uma pedra, e morreu em poucos dias:
Eugene III; Alexandre II; e Lucius III foram expulsos da cidade: Urbano
III e Gregório VIII passaram seus dias em banimento. Por fim, eles
entraram em acordo com Clemente III, que era, ele mesmo, um Romano".
E toda a terra – O mundo oriental. Espantou-se atrás da besta
selvagem – Ou seja, a seguiu com espanto. Em seus concílios, suas
cruzadas, e seus jubileus. Isto não se refere apenas a primeira
cabeça, mas também às quatro seguintes.

4. E eles adoraram o dragão – Até mesmo, adoraram a besta,


embora eles não soubessem. E adoraram a besta selvagem –
Oferecendo a ela tal honra, como não foi dada meramente a nenhum
soberano secular. O próprio título, "Nosso mais santo Senhor" nunca
foi dado a algum outro monarca na terra. Dizendo: Quem é igual à
besta selvagem – "Quem é como ela?", trata-se de um atributo
específico de Deus; mas, os livros de todos os seus adeptos mostram
que isto é constantemente atribuído à besta.

5. E foi dado a ela – Pelo dragão, através da permissão de Deus.


Uma boca dizendo grandes coisas e blasfêmias – O mesmo é dito do
pequeno chifre da quarta besta, em Daniel. Nada maior; nada mais
blasfemo pode ser concebido, do que aquilo que os Papas têm dito
de si mesmos; especialmente, antes da Reforma. E autoridade foi
dada a eles, quarenta e dois meses. – O inicio desses quarenta e dois
dias não é para ser datado imediatamente de sua ascensão do mar,
mas um pouco depois dela.

6. Blasfemar seu nome – O que muitos dos Papas têm feito,


explicitamente, e da maneira mais terrível. E seu tabernáculo, até
mesmo esses que habitam nos céus. – (Já que o próprio Deus habita
nas moradas dos céus). Escavando os ossos de muitos deles, e
amaldiçoando-os com as mais profundas execrações.

7. E foi dado a ela – Ou seja, Deus permitiu a ela. - Fazer guerra


com seus santos – Com os Waldenses e Albigenses. É um erro
vulgar dizer que os Waldenses foram assim chamados devido a
Peter Waldo de Lion. Eles eram muito mais antigos do que ele; e o
verdadeiro nome deles era Vallenses ou Vaudois, dos seus
habitantes dos vales de Lucerne e Agrogne. Este nome, Vallenses,
depois que Waldo surgiu, por volta do ano de 1160, foi mudado
pelos Papistas para Waldenses, com o propósito de representá-los
como de origem moderna. Os Albigenses eram originalmente
pessoas de Albigeois, parte da Upper Languedoc, onde eles
consideravelmente prevaleceram, e possuíram diversas cidades, no
ano de 1.200. Contra esses, muitos dos Papas declararam guerra.
Até agora, o sangue dos cristãos foi espalhado apenas pelos ateus ou
Arianos [membros da seita de Ario, que, no dogma da Santíssima
Trindade, não admitia a consubstancialidade do Pai com o Filho];
desde este tempo, raramente por alguém, a não ser o Papado.

No ano de 1208, Inocente III proclamou a cruzada contra eles. Em


Junho de 1209, o exército reuniu-se em Toulouse; desde então,
abundância de sangue tem sido derramada, e o segundo exército de
mártires começou a ser acrescido aos primeiros, que tinham
clamado: "de debaixo do altar". E, desde então, a besta tem se oposto
contra os santos, e espalhado o sangue deles como água. E a
autoridade foi dada a ela sobre cada tribo e pessoas –
Particularmente, na Europa. E quando um caminho foi encontrado
pelo mar, nas Índias Orientais, e Ocidentais, esses também foram
trazidos debaixo de sua autoridade.

8. E todos que habitam na terra irão adorá-la – E serão levados


embora pela torrente, a não ser o pequeno rebanho de crentes
verdadeiros. O nome desses apenas está escrito no livro da vida do
Cordeiro. E, se até mesmo algum desses "naufragarem na fé", Ele irá
apagá-los "de seu livro"; embora eles estivessem escritos nele, desde
(ou seja, antes) da fundação do mundo. (capítulo 17:8) "A besta que
viste era e já não é; todavia está para subir do abismo, e vai-se para a
perdição; e os que habitam sobre a terra e cujos nomes não estão escritos no
livro da vida, desde a fundação do mundo, se admirarão, quando virem a
besta que era e já não é, e que tornará a vir".

9. Se alguém tem ouvido, que ouça – Foi dito antes: "Aquele que tem
ouvido, que ouça". Esta expressão, se alguém, parece implicar que
escassamente alguém terá um ouvido. Que ele ouça – com toda a
atenção a advertência seguinte, e toda a descrição da besta.

10. Se algum homem conduz ao cativeiro – Deus irá, no devido


tempo, retribuidor aos seguidores da besta em sua própria
gentileza. Enquanto isto, aqui está a paciência e a fidelidade dos
santos, exercitadas: a paciência deles por suportarem o cativeiro ou
aprisionamento; sua fidelidade, por resistirem com sangue.

11. E eu vi uma outra besta selvagem – Assim, ela foi uma vez
denominada, para mostrar sua ferocidade e força, mas em todas as
outras partes, "o falso profeta". Ele veio para confirmar o reino da
primeira besta. – Surgindo – Depois que a outra exercitou sua
autoridade por muito tempo. Da terra – Isto é, da Ásia. Mas ela
ainda não veio, embora não possa ir muito além, já que ela irá
aparecer no final dos quarenta e dois meses da primeira besta. E ela
tinha dois chifres como um cordeiro – um meigo, de aparência
inocente. Mas falava como um dragão - Venenoso, exaltado,
temeroso. Assim, aqueles que são zelosos pela besta.

12. E ele exercitou toda a autoridade da primeira besta selvagem –


Descrita no segundo, quarto, quinto e sétimo versículos. (capítulo
13:2,3,5,7 "E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés
como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu
poder e o seu trono e grande autoridade. Também vi uma de suas cabeças
como se fora ferida de morte, mas a sua ferida mortal foi curada. Toda a
terra se maravilhou, seguindo a besta. (...) Foi-lhe dada uma boca que
proferia arrogâncias e blasfêmias; e deu-se-lhe autoridade para atuar por
quarenta e dois meses. (...)Também lhe foi permitido fazer guerra aos
santos, e vencê-los; e deu-se-lhe autoridade sobre toda tribo, e povo, e
língua e nação". Antes dela – Porque elas estavam juntas. Cujas
feridas mortais foram curadas – Mais completamente curadas, pelos
métodos da segunda besta.

13. Ele fez fogo – Fogo verdadeiro. Para descer – Pelo poder do
diabo.

14. Antes da besta selvagem – Cuja majestade usurpada, é


confirmada, através desses admiradores. Dizendo a eles – Como se
fosse de Deus. Para fazerem uma imagem para a besta selvagem –
Como aquela de Nabucodonosor, quer de ouro, prata, ou pedra. A
imagem original será colocada onde a própria besta deverá apontar.
Mas a abundância de cópias será levada, e poderá ser carregada para
as diversas partes, como aquelas de Diana e Efésios.

15. Deste modo, a imagem da besta selvagem falaria – Muitas


instâncias deste tipo já existiu entre os Papistas, tanto quanto entre
os ateus. E tantos quantos não adorarem – Quando isto for
requerido deles; como será de todos que compram ou vendem. Serão
mortos – Através disto, o Papa manifesta que ele é o anticristo,
diretamente contrário a Cristo. É Cristo espalhou seu próprio
sangue; é o anticristo espalha o sangue de outros. E, ainda assim,
parece, que sua última e mais cruel perseguição está para vir. Esta
perseguição, o reverso de tudo que precedeu, irá, como podemos
reunir de muitas escrituras, cair, principalmente, sobre a corte
exterior de adoradores, os cristãos formais. É provável que poucos
cristãos verdadeiros, interiores perecerão, através dela: ao
contrário, aqueles que "oram e vigiam sempre" serão "considerados
merecedores de escapar a todas essas coisas, e permanecer diante do Filho
do homem". (Lucas 21:36) "Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para
que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de
acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem".
16. Em sua testa – O mais zeloso de seus seguidores provavelmente
escolherá isto. Outros podem receber em suas mãos.

17. Que nenhum homem deveria comprar ou vender. – Tais éditos


têm sido publicados, há muito tempo, desde quando contra o pobre
Vaudois. Mas aquele que tinha a marca, ou seja, o nome da primeira
besta, ou o número de seu nome – O nome da besta é aquele que ele
carrega através de toda sua existência; ou seja, aquele do Papa: o
número de seu nome corresponde a todo o tempo durante o qual ele
carrega este nome. Quem quer que, portanto, receba marca da
besta, faz, tanto quanto, como se ele tivesse expressamente dito:
"Eu reconheço o presente Papado como precedendo de Deus"; ou, "Eu
reconheço que o que Gregório VII tem feito, de acordo com sua lenda
(autorizada por Benedito XIII), e o que tem sido mantido, em virtude
disto, pelos seus sucessores até este dia, é de Deus". Através do primeiro,
um homem tem o nome da besta como uma marca; através do
último, o número de seu nome. Em uma palavra, ter o nome da
besta é, reconhecer Sua Santidade o Papa; ter o número de seu
nome é reconhece a sucessão Papal. A segunda besta irá reafirmar o
recebimento desta marca sob as mais severas penalidades.

18. Aqui está a sabedoria – A ser exercida. "A paciência dos santos",
servindo contra o poder da primeira besta: a sabedoria que Deus dá
àqueles que servirão contra a sutileza da segunda. Àquele que tem
entendimento – Que é um dom de Deus, subserviente àquela
sabedoria. Calcule o número da besta selvagem. – Certamente
ninguém ficará envergonhado por tentar obedecer este comando.
Porque é o número de um homem – Um número de tais anos como
são comuns entre os homens. E seu número é seiscentos e sessenta
e seis anos – Por quanto tempo ela dure, desde sua primeira
aparição.
CAPÍTULO 14
1. E vi sobre o Monte Sião – Sião celestial.
Cento e quarenta e quarto mil – Quer aqueles de toda a humanidade
que tinham sido os mais eminentes santos, ou os mais santos das
doze tribos de Israel, as mesmas que foram mencionadas em
(capítulo 7:4) "E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e
quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel";
e, talvez, também (capítulo 16:2) "E foi o primeiro, e derramou a sua
taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que
tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem". Mas eles
estavam, então, no mundo e foram selados em suas testas, para
preservá-los das pragas que deveriam se seguir. Eles estão agora
em segurança, e têm o nome do Cordeiro e de seu Pai, escrito em
suas testas, como sendo agora, a inalienável propriedade de Deus e
do Cordeiro. Esta profecia freqüentemente introduz os habitantes
dos céus, como um tipo de coro com grande propriedade e
elegância. A igreja acima, fazendo reflexões aceitáveis sobre os
grandes eventos que estão previstos neste livro, serve grandemente
para levantar a atenção dos cristãos verdadeiros, e ensinar-lhes
quanto à sublime preocupação que eles têm neles. Assim, a igreja da
terra é instruída, animada e encorajada, através da disposição de
sentimentos e devoção da igreja no céu.

2. E eu ouvi um som do céu – Ecoando mais e mais claro: primeiro,


a uma distância, como o som de muitas águas e trovões; e, mais
tarde, estando mais perto, foi como os harpistas tocando suas
harpas. Soou vocal e instrumentalmente, de uma só vez.

3. E eles – Os cento e quarenta e quarto mil – Cantam uma nova


canção – e ninguém poderia aprender aquela canção – Para cantar e
tocar daquela mesma maneira.
Mas os cento e quarenta e quarto mil que estavam redimidos da
terra – De entre os homens; de todo pecado.
4. Esses eram aqueles que não tinham sido corrompidos com
mulheres – Parece que a mais profunda perversão e a tentação mais
fascinante são afirmadas por todas as outras.
Eles são virgens – Almas imaculadas; tais que têm preservado
pureza universal.
Esses são aqueles que seguiram o Cordeiro – Que estão mais perto
dele. Esta não é a característica deles, mas sua recompensa. Os
primeiros frutos – Dos espíritos glorificados. Quem ambiciona ser
deste número?

5. E em suas bocas não for a encontrada culpa – Parte para o todo.


Nada inverídico, indelicado, impuro.
Eles estão sem falta – Têm preservado inviolada uma pureza
virgem, ambos da alma e do corpo.
6. E eu vi um outro anjo – Um segundo é mencionado, verso 8; um
terceiro, verso 9 (Capítulo 14:8-9) "E outro anjo seguiu, dizendo:
Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a
beber do vinho da ira da sua prostituição. E seguiu-os o terceiro anjo,
dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e
receber o sinal na sua testa, ou na sua mão". Esses três denotam os
grandes mensageiros de Deus com seus assistentes; três homens
que trazem mensagens de Deus para os homens. O primeiro exorta
a temer e adorar a Deus; o segundo proclama a queda a Babilônia; o
terceiro adverte, concernente à besta. Felizes são eles que fazem o
uso correto dessas mensagens divinas! Fugindo – Seguindo em
frente rapidamente.
No meio do céu – Transversalvemente, em largura
Tendo um Evangelho eterno – Nenhum Evangelho, propriamente
assim chamado, mas um evangelho, ou mensagem alegre que
deveria ter uma influência sobre todas as épocas.
Para pregar a toda a nação, e tribo, e língua, e pessoas – Tanto
judeus, quanto gentios, até mesmo, onde a autoridade da besta
tivesse se estendido.
7. Temer a Deus e dar glória a ele; porque a hora de seu julgamento
é vinda – A mensagem alegre é propriamente esta, de que a hora do
julgamento de Deus é vinda. E, conseqüentemente, esta
admoestação é esboçada: Tema a Deus e dê glória a ele. Aqueles que
fazem isto, não adoram a besta, nem alguma imagem ou ídolo
quaisquer que sejam.
E adoram a ele que o fez – Por meio do qual, ele é absolutamente
distinguido dos ídolos de todo o tipo.
O céu, e terra, e mar, e fontes de água – E eles que adoram a ele,
deverão ser libertos, quando os anjos derramarem seus frascos
sobre a terra, mar, fontes de água, sobre o sol, e no ar.
8. E um outro anjo se seguiu, dizendo: Babilônia caiu – Com a
derrota da Babilônia, a que de todos os inimigos de Cristo, e,
conseqüentemente, dos tempos felizes, estão ligados.
Babilônia, a grande – Assim a cidade de Roma é chamada em muitos
relatos. Babilônia foi magnífica, forte, orgulhosa, poderosa. Assim
também é Roma; Babilônia, primeiro; Roma, mais tarde, foram a
residência dos imperadores do mundo. O que a Babilônia foi para
Israel do passado, Roma tem sido ambos para o "Israel de Deus",
literal e espiritual. Conseqüentemente, o livramento dos judeus
antigos estava ligado com a destruição do Império Babilônico. E,
quando Roma for finalmente destruída, então, o povo de Deus
estará em liberdade. Sempre que Babilônia for mencionada, aqui
neste livro, o grande é acrescentado, para nos ensinar que Roma,
então, principiou a Babilônia, quando ela iniciou uma grande cidade;
quando ela tragou a monarquia grega e seus fragmentos; Síria, em
especial; e, em conseqüência disto, obteve domínio sobre Jerusalém,
por volta de sessenta anos antes do nascimento de Cristo. Então, ela
começou. Mas ela não cessará de ser Babilônia, até que finalmente
seja destruída. Sua grandeza espiritual começa no quinto século, e
aumenta de época em época. Parece que ela virá para sua altura
extrema, exatamente antes de sua destruição final. Sua fornicação é
sua idolatria; invocação de santos e anjos; adoração de imagens;
tradições humanas, com toda aquela pompa exterior, sim, e aquele
zelo feroz e sanguinário, no qual ela pretende servir a Deus. Mas
com fornicação espiritual, como alhures, assim, em Roma,
fornicação carnal é juntada abundantemente. Testemunha a
confusão lá, permitida pelo Papa, que não são ramos inconsiderados
de sua fonte de renda. Isto é adequadamente comparado ao vinho,
devido à sua natureza tóxica. Deste vinho, ela tem, de fato, feito
todas as nações beberem – Mais especificamente, por suas recentes
missões. Nós podemos observar, que o fazê-las beber deste vinho,
não é afirmado da besta, mas da Babilônia. Porque a própria Roma,
as inquisições, congregações, e jesuítas romanos, continuamente
propagam as doutrinas e práticas idólatras, com ou sem o
consentimento deste ou daquele Papa, que, ele próprio, não está
seguro da condenação delas.
9. E o terceiro anjo se seguiu – A nenhuma grande distância de
tempo.
Dizendo: se alguém adorar a besta selvagem – Esta adoração
consiste parcialmente na submissão interior, uma persuasão de que
todos que estão sujeitos a Cristo devam ser submissos à besta ou
eles não receberão as influências da graça divina, ou como eles
expressam isto, não haverá salvação fora da igreja deles;
parcialmente, em uma reverência exterior adequada à própria besta,
e, conseqüentemente à sua imagem.
10. Ele deverá beber – Com a Babilônia. (capítulo 16:19) "E os
homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de
Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe
darem glória".
E será atormentado - Com a besta (capítulo 20:10) "E o diabo, que
os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o
falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre".
Em todas as Escrituras não existe outra ameaça tão terrível, quanto
esta. E Deus, através deste temor maior arma seus servos contra o
temor da besta.
A ira de Deus, que é derramada sem mistura – Sem alguma mistura
de misericórdia; sem esperança.
No cálice de sua indignação – E a ira verdadeira não está implícita
em tudo isto? Ó, o que até mesmo os homens sábios não afirmarão,
para servir como hipótese!
11. E a fumaça – Do fogo e enxofre, em que eles são atormentados.
Ascende para sempre e sempre – Deus garante que tu e eu nunca
possamos testar deste tormento, severo, e de eternidade literal!

12. Aqui a perseverança dos santos – Vista, no suportar todas as


coisas, preferivelmente do que receber esta marca.
Quem mantém os mandamentos de Deus – A característica de todos
os santos verdadeiros; e, particularmente do grande mandamento
para crer em Jesus.
13. E eu ouvi uma voz – Esta é mais ocasionalmente ouvida,
quando a besta está em seu poder e fúria mais alta.
Dos céus – Provavelmente de um santo morto.
Escreva – Ele foi, a princípio, ordenado a escrever todo o livro.
Quando quer que isto seja repetido, denota alguma coisa
peculiarmente observável.
Feliz são os mortos – Doravante, especificamente:
1º. Porque eles escaparam da aproximação das calamidades:

2º. Porque eles já desfrutam de tão perto aproximação da glória.


Que morrem no Senhor – Na fé do Senhor Jesus.
Porque eles descansam – Nenhuma dor; nenhum purgatório se
segue; mas a pura, e sem mistura, felicidade.
Porque seus trabalhos – E quanto mais trabalhosa suas vidas foram,
mais doce é o descanso deles. Quão diferente deste estado daqueles
dos que "não descansam dia e noite!" (capítulo 14:11) "E a fumaça do
seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem
de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal
do seu nome". Leitor, qual será tua escola?
A obra deles – Cada uma das obras peculiares.
Seguem – Ou os acompanham; ou seja, os frutos de suas obras. Suas
obras não seguem, antes de conseguir para eles, admissão nas
mansões de alegria; mas elas os seguem, quando admitidos.
14. Nos versos seguintes, sob o sinal de uma colheita e uma
vindima, estão significadas suas visitações gerais; na primeira,
muitos bons homens são levados da terra, através da colheita; então,
muitos pecadores, durante a vindima. O último é completamente
uma visitação penal; a primeira parece ser totalmente graciosa. Aqui
não existe referência, em ambas, ao dia do julgamento, mas a uma
época que não pode estar longe.
E vi uma nuvem branca – Um sinal de misericórdia.
E sobre a nuvem, sentado alguém como filho do homem – Um anjo
na forma humana, enviado por Cristo, o Senhor de ambas, da
vindima e da colheita.
Tendo uma coroa de ouro em sua cabeça – Como toque de sua alta
dignidade.
E uma foice afiada em sua mão – O mais afiado bem-vindo para o
justo.
15. E outro anjo saiu do templo – "Que está no céu", (capítulo
14:17) "E saiu do templo, que está no céu, outro anjo, o qual também
tinha uma foice aguda". De onde procedem os julgamentos de Deus
nas épocas indicadas.
16. Clamando – Pelo comando de Deus.
Confiando na foice, porque a colheita é propícia – Isto implica um
grau maior de santidade naqueles bons homens e um desejo sincero
de estarem com Deus.
18. E outro anjo do altar – Das oferendas queimando; de onde os
mártires clamaram por justiça.

E tinha poder sobre o fogo – Como "o anjo das águas" tinha sobre a
água, (capítulo 16:5) "E ouvi o anjo das águas, que dizia: Justo és tu, ó
Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas".
Clamaram, dizendo: Cortem fora os cachos da videira da terra –
Todos os maus são considerados como constituindo um só corpo.
20. E o lagar do vinho foi pisoteado – Pelo Filho de Deus (capítulo
19:15) "E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as
nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar
do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso".
Sem a cidade – Jerusalém. Eles a quem João escreve, quando um
homem diz: "A cidade", imediatamente entendeu esta.
E o sangue jorrou do lagar, até mesmo nas rédeas dos cavalos –
Tão profundo, é o seu primeiro fluir do lagar de vinho. Mil e
seiscentos "furlongs"; o que equivale a 201,17 m (1/8 de milha) –
Tão distante! Pelo menos, duzentas milhas, através de toda a terra
da Palestina.
CAPÍTULO 15

1. E eu vi sete anjos santos, tendo as sete últimas pragas – Diante


deles havia os frascos, que eram os instrumentos, por meio dos
quais, aquelas pragas deveriam ser transportadas. Elas eram
denominadas de últimas, porque, através delas a ira de Deus é
cumprida – Até agora. Deus tem suportado seus inimigos com
muita longanimidade; mas agora a sua ira segue adiante ao
extremo, derramando pragas sobre a terra, de uma extremidade a
outra, e em volta de toda sua circunferência. Mas, mesmo depois
dessas pragas, a ira santa de Deus contra seus outros inimigos não
cessa. (capítulo 20:15) "E aquele que não foi achado escrito no livro da
vida foi lançado no lago de fogo".

2. A canção foi cantada, enquanto os anjos, que são mencionados


antes e depois disto, saíram com suas pragas (capítulo 15:1-6) "E
vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham as sete
últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus. (...) E os sete
anjos que tinham as sete pragas saíram do templo, vestidos de linho puro e
resplandecente, e cingidos com cintos de ouro pelos peitos". E eu vi como
se fosse um mar de vidro misturado com fogo. Ele antes era "claro
como cristal" (capítulo 4:6) "E havia diante do trono como que um mar
de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono,
quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás"; mas, agora,
misturado com fogo, que devora os adversários. E, então, aquele
que teve, ou estava obtendo, uma vitória sobre a besta selvagem –
Mais estava ainda para vir. A marca da besta, a marca de seu nome,
e o número de seu nome, parecem significar aqui proximamente a
mesma coisa.
De pé no mar de vidro – Que estava diante do trono.
Tendo as harpas de Deus – Dadas por ele, e apropriadas para seu
louvor.
3. E eles cantam a canção de Moisés – Assim chamada,
parcialmente, de sua próxima concordância com as palavras daquela
canção que ele cantou ao atravessar o Mar Vermelho (Êxodo
15:11) "Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu
glorificado em santidade, admirável em louvores, realizando
maravilhas?"; e daquela que ele ensinou aos filhos de Israel um
pouco antes de sua morte (Deuteronômio 32:3-4) "Porque
apregoarei o nome do Senhor; engrandecei a nosso Deus. Ele é a Rocha,
cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a
verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é". Mas, principalmente,
porque Moisés foi o ministro e representante da igreja judaica,
como Cristo o é da igreja universal. Portanto, é também
denominado de filhos do Cordeiro. Ela consiste de seis partes, que
respondem uma a outra:

1º. Grandes e maravilhosas são tuas obras, Senhor Deus Altíssimo.


2º. Porque tu apenas és gracioso.

3º. Justos e verdadeiros são teus caminhos, Ó Rei das nações.

4º. Porque todas as nações virão e adorarão diante de ti.

5º. Quem não temeria a ti, Ó Senhor, e glorificaria teu nome?

6º. Porque teus julgamentos estão manifestos.


Nós sabemos e reconhecemos que todas as tuas obras nas criaturas
e em direção a todas elas são grandes e maravilhosas; que teus
caminhos com todas os filhos dos homens, bons e maus, são justos e
verdadeiros.
Porque tu és gracioso – E esta graça é a fonte de todas aquelas
obras maravilhosas, até mesmo, na destruição dos inimigos de seu
povo. Portanto, (Salmos 136:1-26) "Louvai ao Senhor, porque ele é
bom; porque a sua benignidade dura para sempre. (...) Louvai ao Deus dos
céus; porque a sua benignidade dura para sempre"; aquela condição:
"Porque sua misericórdia dura para sempre" é anexada a ação de
graças por suas obras de justiça, assim como por seu livramento dos
justos.
Porque todas as nações deverão vir e adorar diante de ti – Eles
devem servir a ti, como o rei deles, com reverência alegre. Este é o
testemunho glorioso da conversão futura de todos os pagãos. Os
cristãos são agora um pequeno rebanho: eles que não adoram a
Deus, uma multidão imensa. Mas todas as nações virão, de todas as
partes da terra, para adorar a ele e glorificar seu nome. Porque teus
julgamentos são manifestos – E, então, os habitantes da terra irão,
por fim, aprender a temê-lo.

5. Depois dessas coisas, o templo do tabernáculo do testemunho –


Os mais santos de todos.
Foi aberto – Descortinando um novo teatro para a realização dos
julgamentos de Deus agora manifestos.
6. E os sete anjos saíram do templo – Como tendo recebido seus
instrumentos dos oráculos do próprio Deus. João os viu no céu
(capítulo 15:1) "E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos,
que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de
Deus"; antes de eles saírem do templo. Eles apareceram em seus
hábitos, como aqueles dos sumos sacerdotes, quando saem para a
maioria dos lugares santos, para consultar os oráculos. Nisto, foi o
testemunho visível da presença de Deus.
Vestido em puro linho branco – Linho é o hábito do serviço e
atendimento.
Puro – imaculado, sem manchas.
Branco – Ou claro e brilhante, o que implica muito mais do que
mera inocência.
E tendo seus peritos amarrados com cordões de ouro – Um toque
da mais alta dignidade e descanso glorioso deles.
7. E uma das quatro criaturas viventes deu aos sete anjos – Depois
de eles terem saído do templo.
Sete frascos dourados – Ou vasos. A palavra grega significa vasos
mais largos no topo do que no fundo.
Cheio da ira de Deus, que vive para sempre e sempre – A
circunstância que acrescenta grandemente ao terror de sua ira.
8. E o templo foi preenchido com fumaça – A nuvem de glória foi a
manifestação visível da presença de Deus no tabernáculo e templo.
Foi o sinal da proteção, na edificação do tabernáculo e na dedicação
do templo. Mas no julgamento do Coré, a gloria do Senhor
apareceu, quando ele e seus companheiros foram tragados pela
terra. [Números 26:10 "E a terra abriu a sua boca, e os tragou com
Coré, quando morreu aquele grupo; quando o fogo consumiu duzentos e
cinqüenta homens, os quais serviram de advertência"]. Assim,
apropriado, é o símbolo da fumaça da glória de Deus, ou da nuvem
da glória, para expressar a execução do julgamento, assim como, ser
um sinal do favor. Ambos procedem do poder de Deus, e em ambos
ele é glorificado.
E ninguém – Nem mesmo aqueles que ordinariamente
permaneceram diante de Deus.
Puderem ir para o templo – Ou seja, para a parte mais interior dele.
Até que as sete pragas, dos sete anjos, fossem cumpridas – O que
não levou um longo tempo, como as sete trombetas, mas
rapidamente se seguiram umas às outras.

CAPÍTULO 16
1. Derramaram os sete frascos – As Epístolas para as sete igrejas
estão divididas em três e quatro: os sete selos, e assim as trombetas
e frascos, em quatro e três. As sete trombetas, gradualmente, e em
um longo tratado de tempo, derrotou o reino do mundo: os frascos
destroem, principalmente, a besta e seus seguidores, com a força
veloz e impetuosa. Os primeiros quatro afetam a terra, o mar, os
rios, o sol; o restante cai, alhures, e são muito mais terríveis.
2. E o primeiro derramou – Assim o segundo, terceiro, etc., sem
acrescentar o anjo, para denotar a mais extrema rapidez; do que isto
também é um sinal de que não existe período de tempo mencionado
para o derramar de cada frasco. Eles têm uma grande semelhança
com as pragas do Egito, que os Hebreus geralmente supuseram ter
sido um mês distante uma da outra. Talvez, assim possam os fracos;
mas eles todos ainda virão.
E derramou seu frasco sobre a terra – Literalmente tomada.
E surgiu uma grave úlcera – Como no Egito (Êxodo 9:10-11) "E
eles tomaram a cinza do forno, e puseram-se diante de Faraó, e Moisés a
espalhou para o céu; e se transformou em sarna, que arrebentava em
úlceras nos homens e no gado; de maneira que os magos não podiam parar
diante de Moisés, por causa da sarna; porque havia sarna nos magos, e em
todos os egípcios".
Nos homens que tinham a marca da besta selvagem – Todos os
homens, e eles apenas. Todas aquelas pragas parecem ser descritas
em palavras apropriadas, e não figuradas.

3. O Segundo derramou seu frasco sobre o mar – Em oposição à


terra seca.
E ele se transformou em sangue, como daquele homem morto –
Denso, congelado, e pútrido.
E toda alma vivente – Homens, bestas, e peixes; quer sobre, ou
dentro do mar, morreu.
4. O terceiro derramou seu frasco sobre os rios e fontes de água –
Que estavam sobre toda a terra.
5. O Gracioso – Assim é denominado, quando seu julgamento está
espalhado, e isto com uma propriedade peculiar. No começo do
livro, ele é denominado "O Altíssimo". No tempo de sua paciência,
ele é louvado por seu poder, que, do contrário, teria, então, sido
menos cuidadoso. No tempo dele realizar sua vingança, por sua
misericórdia. Do seu poder, então, não existiria dúvida.

6. Tu deste, então, sangue para beber – Homens não bebem do mar,


mas das fontes e rios. Portanto, este está adequadamente
acrescentado aqui.
Eles são merecedores – Está ligado a uma bonita rudeza.
7. Sim – Respondendo ao anjo das águas, e afirmando dos
julgamentos de Deus, em geral, o que ele disse de um julgamento
em específico.
8. O quarto derramou seu frasco sobre o sol – O que foi igualmente
afetado pela quarta trombeta. Existe também uma semelhança clara,
entre o primeiro, o segundo, e o terceiro frascos, e a primeira, a
segunda, e a terceira trombeta.
E foi dado a ele – O anjo
A marca de queimadura de homens – Que tinham a marca da besta.
Com fogo – Assim como com os raios do sol. Desta forma, esses
quatro frascos afligiram a terra, água, fogo, e ar.
9. E os homens blasfemaram contra Deus, que tinha poder sobre
essas pragas – eles não puderam reconhecer a mão de Deus; ainda
assim, eles se endureceram contra ele.
10. Os quatro frascos estão estritamente ligados; o quinto concerne
ao trono da besta; o sexto aos Maometanos; o sétimo,
principalmente aos ateus. Os quatro primeiros frascos e as quatro
primeiras trombetas seguem ao redor de toda a terra; os três
últimos frascos, e as três últimas trombetas seguem, ao longo de
toda terra, e em linha direta.
O quinto derramou seu frasco sobre o trono da besta selvagem –
Não é dito "sobre a besta e seu trono". Talvez, o mar irá, então, se
esvaziar.
E seu reino foi escurecido – Com uma escuridão duradoura, e não,
passageira. No entanto, a besta ainda assim tinha seu reino. Mais
tarde, a mulher senta-se sobre a besta, e então, ela diz: "A besta
selvagem não é" (capítulo 17:3, 7,8) " E levou-me em espírito a um
deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que
estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres.(...) E
o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da
besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres. A besta que viste foi
e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na
terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do
mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá"

11. E eles – Seus seguidores.


Mordendo suas línguas – Da impaciência furiosa.
Por causa de suas dores, e por causa de suas úlceras – Agora,
mencionadas juntas, e no plural, para significar que elas eram
grandemente intensificadas e multiplicadas.
12. E o sexto derramou seu frasco sobre o grande rio Eufrates –
Afetado também pela sexta trombeta.
E a água dele – E em todos os rios que fluem dentro dele.
Secou – A maior parte do Império Turco se situa neste lado do
Eufrates. Os assuntos católicos e maometanos correm
proximamente paralelos um ao outro, por diversas épocas. No
século sete o próprio Maomé; e um pouco depois dele, Bonifácio III,
com seu bispado universal. No século onze, ambos os turcos e
Gregório VII conduziram todos antes deles. No mesmo ano, surgiu
o Otomano Porte [O Império Otomano foi um estado que existiu
entre 1281 e 1923 e que no seu auge compreendia a Anatólia, o
Médio Oriente, parte do norte de África e do sudestes europeu. Foi
estabelecido por uma tribo de turcos Oghuz no oeste da Anatólia e
era governado pela dinastia Osmanli. Era, por vezes, referida em
círculos diplomáticos como a da "Sublime Porte" ou, simplesmente,
como "a Porte", devido à cerimônia de acolhimento com que o
sultão agraciava os embaixadores à entrada do palácio]; sim, e no
mesmo dia. E aqui o frasco, derramado sobre o trono da besta, é
imediatamente seguida por aquele derramar sobre o Eufrates; para
que o caminho dos reis do lado oeste pudesse ser preparado. Esses
que se estendem do leste do Eufrates, na Pérsia, Índia, etc.,
rapidamente vendarão os olhos sobre as pragas que já estão prontas
para eles, em direção à Terra Santa, que se estende à oeste do
Eufrates.
13. Da boca do dragão, a besta selvagem e o falso profeta – Parece
que o dragão luta principalmente contra Deus; a besta, contra
Cristo; o falso profeta, contra o Espírito Santo; e que os três
espíritos impuros que saem deles, e exatamente se assemelham a
eles, se esforçam para obscurecer as obras da criação, da redenção e
da santificação.
O falso profeta – Assim é a segunda besta freqüentemente chamada,
depois que o reino da primeira é enegrecido; porque ela não pode
mais prevalecer, através da força principal, e assim, as obras
mentem e enganam. Maomé foi o primeiro, um falso profeta, e, mais
tarde um poderoso príncipe: mas esta besta foi primeira poderosa
como um príncipe; mais tarde, um falso profeta, um professor de
mentiras.
Como rãs – Cuja habitação é em pântanos, brejos, e outros lugares
sujos.
Os reis de todo o mundo - Ambos maometanos e pagãos.
Juntaram-se a eles – Para a assistência de seus três dirigentes.
15. Observem, eu venho como um ladrão – De repente,
inesperadamente. Observem a bonita brusquidão.
Eu – Jesus Cristo. Ouça a ele.

Feliz é aquele que vigia – Olhando continuamente para ele que "vem
rapidamente". E mantém suas vestes – As quais os homens usam
tirar, quando dormem.
A fim de que ele não caminhe nu, e eles vejam sua vergonha – a
menos que eles percam a graça que ele não cuidou de manter, e
outros vejam o pecado e punição dele.
16. E eles se reuniram para o Armagedon – Mageddon, ou
Megiddo, é freqüentemente mencionado no Velho Testamento.
Armagedon significa a cidade ou montanha de Megiddo; ao qual o
vale de Megiddo é anexado. Este foi um lugar bem conhecido nos
tempos antigos, por muitas ocorrências memoráveis; em especial, o
assassinato de reis de Canaã, relatado em (Juízes 5:19) "Vieram reis,
pelejaram; então pelejaram os reis de Canaã em Taanaque, junto às águas
de Megido; não tomaram despojo de prata". Aqui a narrativa se
interrompe. Ela é resumida (capítulo 19:19) "E vi a besta, e os reis
da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que
estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército".
17. E o sétimo derramou seu frasco sobre o ar – Que circundou
toda a terra. Este é o mais importante frasco de todos, e parece
levar mais tempo do que algum dos precedentes.
É feito – O que foi ordenado (capítulo 16:1) "E ouvi, vinda do
templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide, e derramai sobre a
terra as sete taças da ira de Deus". Os frascos são derramados.
18. Um grande terremoto, tal como nunca tinha sido visto, desde
que os homens estão sobre a terra – Foi, portanto, um terremoto
literal, não figurado.
19. E a grande cidade – Ou seja, Jerusalém, aqui se opôs às cidades
pagãs em geral, e em especial, a Roma.
E as cidades das nações caíram – Foram totalmente destruídas.
E a Babilônia foi lembrada diante de Deus – Ele não se esqueceu da
vingança que era devida a ela, embora a execução dela fosse
demorada.
20. Cada ilha e montanha foi "movida de seu lugar" (capítulo 6:14)
"E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas
foram removidos dos seus lugares"; mas aqui eles todos fugiram. Que
chance, isto pode criar, em face de todo o globo terrestre! E ainda
assim, não é o fim do mundo.

21. E uma grande chuva de granizo caiu do céu – Da qual, não


existia proteção. Os terremotos, os homens poderiam fugir para os
campos; mas, aqui, eles eram recebidos pelo granizo: nem eles
estavam seguros, se eles retornassem para suas casas, quando cada
pedra de granizo pesou sessenta libras.
CAPÍTULO 17

1. E de lá veio um dos sete anjos dizendo: Venha até aqui – Esta


relação, concernente ao grande prostituta, e aquela concernente à
esposa do Cordeiro, tem a mesma introdução, em sinal da exata
oposição entre elas. (capítulo 21:9, 10) "E veio a mim um dos sete
anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou
comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E
levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande
cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu".
Eu mostrarei a ti o julgamento da grande prostituta – Que agora
está circunstancialmente descrito.
Que se senta com uma rainha – Em pompa, poder, conforto, e
luxúria.
Sobre muitas águas – Muitas pessoas e nações (capítulo 17:15) "E
disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e
multidões, e nações, e línguas".
2. Com a qual os reis da terra – Ambos, antigos e modernos; por
muitas eras.
Cometeram fornicação – Por compartilharem da idolatria delas e
várias maldades.
E os habitantes da terra – As pessoas comuns.
Embebedaram-se com o vinho de sua fornicação – Nenhum vinho
pode mais completamente intoxicar aqueles que o bebem, do que o
falso zelo faz aos seguidores da grande prostituta.
3. E ele me levou embora – Na visão.
No deserto – A Campagna di Roma, a região em volta de Roma, é
agora um deserto comparado ao que ela foi uma vez.
E eu vi uma mulher – Tanto as Escrituras e outros escritos
freqüentemente representam uma cidade sob este emblema.
Sentada em uma besta selvagem escarlate – A mesma que é descrita
no décimo-terceiro capítulo (capítulo 13:1-8) "E eu pus-me sobre a
areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez
chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um
nome de blasfêmia. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra;
esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi
morto desde a fundação do mundo". Mas ela foi lá descrita como se
carregasse seus próprios desejos apenas: aqui, como ela está ligada à
prostituta. Há, de fato, uma estreita ligação entre ela; as sete
cabeças da besta sendo "as sete montanhas em que a mulher se sentou".
E ainda assim, há uma diferença muito notável entre elas – entre o
poder Papal e a cidade de Roma. Esta mulher é a cidade Roma, com
seus edifícios e habitantes, especialmente, os nobres. A besta, que é
agora colorida de escarlate (carregando o uniforme ensangüentado,
assim como a pessoa, da mulher) parece muito diferente de antes.
Portanto, João diz, a primeira vista, eu vi uma besta, e não a besta,
cheia de nomes de blasfêmia – Ela tinha antes "um nome de blasfêmia
sobre sua cabeça" (capítulo 13:1); agora, ela tem muitos. Do tempo
de Hildebrando, os títulos blasfemos do Papa têm sido
abundantemente multiplicados.
Tendo sete cabeças – Que alcança em uma sucessão de sua ascensão
do mar ao ser lançada no fogo do inferno.
E dez chifres – Que são contemporâneos um ao outro, e pertencem
ao seu último período.
4. E a mulher estava adornada – Com a maior pompa e
magnificência.
Em púrpura e escarlate – Essas eram as cores do hábito imperial: a
púrpura, nos temos da paz; e a escarlate, nos tempos de guerra.
Tendo em sua mão um cálice de ouro – Como da antiga Babilônia
(Jeremias 51:7) "Babilônia era um copo de ouro na mão do Senhor, o
qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações; por isso
as nações enlouqueceram".
Cheio de abominações – As mais abomináveis doutrinas, assim
como as práticas.
5. E sobre sua testa um nome escrito – Considerando que os santos
têm o nome de Deus e do Cordeiro sobre suas frontes.
Mistério – Esta mesma palavra foi inscrita na frente da mitra do
Papa, até que alguns dos Reformadores tomaram notícia pública
dela.
Babilônia a grande – Benedito XIII, em sua proclamação de jubileu,
1725, explica isto suficientemente. Suas palavras são: "A esta cidade
santa, famosa pela memória de tantos mártires santos, está de acordo com
a vivacidade religiosa. Apressando-se para o lugar que o Senhor escolheu.
Ascende a esta nova Jerusalém, de onde a lei do Senhor e a luz da verdade
evangélica fluíram adiante em todas as nações, bem do início da igreja: a
cidade mais corretamente chamada 'O Palácio', situada para o orgulho de
todas as épocas, a cidade do Senhor, o Sião do Santo Único de Israel. Esta
Igreja Católica e Apostólica Romana é a cabeça do mundo, a mãe de todos
os crentes, a fiel intérprete de Deus e a preceptora de todas as igrejas".
Mas Deus de certa forma varia de estilo.
A mãe das meretrizes – A mãe, o líder, protetora, e nutridora de
muitas filhas, que negligentemente a copiam.
E abominações – De todo o tipo, spiritual e carnal.
Da terra – Em todas as terras. Neste aspecto ela é, de fato, católica
ou universal.
6. E eu vi a mulher embebedada com o sangue dos santos – De
maneira que Roma bem pode ser chamada de "O matadouro dos
mártires". Ela tem espalhado muito sangue cristão em todas as
épocas, mas, por fim, ela é embebedada com ele, ao mesmo tempo
em que esta visão se refere.
As testemunhas de Jesus – Os pregadores de suas palavras.
E eu me maravilhei excessivamente – Da crueldade dela e da
paciência de Deus.
7. Eu direi a ti o mistério – O significado oculto dele.

8. A besta que tu vês era, etc. (capítulo 17:3) "E levou-me em


espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de
escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez
chifres". - Esta é uma descrição observável e exata da besta
(capítulo 17:8,10,11) "A besta que viste foi e já não é, e há de subir do
abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão
escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo
a besta que era e já não é, mas que virá. (...) E são também sete reis; cinco
já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém
que dure um pouco de tempo. E a besta que era e já não é, é ela também o
oitavo, e é dos sete, e vai à perdição". Toda sua duração está aqui
dividida em três períodos, que são expressos, em uma maneira
quádrupla.
I. Ela

1. Foi;
2. E não é;
3. E ascenderá do abismo sem fim, e seguirá para a perdição.

II. Ela

1. Foi;
2. E não é;
3. E será novamente.

III. As sete cabeças são sete colinas e sete reis

1. Cinco caíram
2. Uma existe
3. A outra virá; e quando vier, deverá continuar por um curto
espaço.

IV. Ela

1. Foi;
2. E não é;
3. Mesmo ela é a oitava, e um das sete e segue para a perdição.
A primeira, dessa três, é descrita em (capítulo 13:1-18).
Isto havia passado, quando o anjo falou a João. A segunda
estava, então, em seu curso; e a terceira calamidade viria.
E não é – O quinto frasco trouxe escuridão sobre seu reino: e a
mulher usou desta vantagem para sentar-se nele. Então, poder-se-ia
dizer: Ela não é. Ainda assim, ascenderá do abismo sem fim –
Erguer-se-á novamente, com força e fúria diabólica. Mas ela não
reinará muito tempo: logo depois, de sua ascensão cairá na perdição
para sempre.
9. Ela é a mente que tem sabedoria – Apenas aqueles que são sábios
entenderão isto. As sete cabeças são as sete colinas.
10. E elas são sete reis – Antigamente havia palácios reais em
todas as sete colinas romanas. Essas eram as colinas de Palatino,
Capitolino, Coeliano, Exquelino, Viminal, Quirinal, Aventino. Mas
a profecia se refere às sete colinas do tempo da besta, quando a
Palatino estava despovoada, e o Vaticano em uso. Não que as sete
cabeças signifiquem colinas distintas dos reis; mas elas têm um
significado composto, implicando ambas. Talvez, a primeira cabeça
da besta é a colina Coeliano, e sobre ela a Laterano, com Gregório
VII, e seus sucessores; a segunda, o Vaticano com a igreja de São
Pedro, escolhida por Bonifácio VIII; a terceira, a Quirinal, com a
Igreja de St. Mary; e o palácio Quiririnal, construído por Paulo II; e
a quarta a colina Exquilino, com o templo de Santa Maria
Maggiore, onde Paulo V reinou. A quinta será acrescida daqui por
diante. Assim sendo, no registro Papal, quatro períodos são
observáveis desde Gregório VII. No primeiro, quase todas as bulas
Papais feitas na cidade eram datadas na Laterano; na segunda, na de
São Pedro; na terceira, em São Marcos, ou na Quririnal; na quarta,
em Santa Maria Maggiore. Mas nem a quinta, sexta ou sétima
colina têm sido residência ainda de algum Papa. Não que a colina
estivesse desabitada, quando outra foi feita a residência Papal; mas
uma nova foi acrescida aos outros palácios sagrados. Talvez, os
tempos, até aqui mencionados possam ser fixados assim:

1058 Asas são dadas à mulher


1077 A besta ascende do mar.
1143 Os quarenta e dois meses começam
1810 Os quarenta e dois meses terminam
1832 A besta ascende do abismo sem fim
1836 A besta finalmente é derrotada.

A queda desses cinco reis parece implicar não apenas a morte dos
Papas que reinaram naquelas colinas, mas também tal anulação de
tudo que eles fizeram lá, do que será dito, a besta não é; o poder real
que há tanto tempo havia habitado no Papa, sendo, então,
transferido para a cidade.
Uma é, a outra não veio ainda – Essas duas são notavelmente
distinguidas das cinco precedentes, a quem elas sucedem em seus
turnos. A primeira delas continuará não por um curto espaço, como
pode ser reunido do que é dito da última: a primeira está debaixo do
governo da babilônia; a última está com a besta. Neste segundo
período, um é; ao mesmo tempo, que a besta não é. Até mesmo,
então, haverá um Papa, embora não com o poder que seus
predecessores tinham. E ele residirá em uma das colinas
remanescentes, deixando a sétima para seu sucessor.
11. E a besta selvagem que era, e não é, até mesmo ela é a oitava –
Quando o tempo de seu existir estiver terminado. A besta consiste,
por assim dizer, de oito partes. As sete cabeças são sete partes delas;
e a oitava é seu próprio corpo, ou a própria besta. Ainda assim, a
própria besta, embora ela seja em um sentido denominada de a
oitava, é da sétima, sim, contém todas elas. Toda a sucessão de
Papas desde Gregório VII são indubitavelmente anticristos. Sim,
isto não impede, a não ser que o último Papa, nesta sucessão seja
mais eminentemente o anticristo, o homem do pecado,
acrescentando àquele de seus predecessores um peculiar grau de
maldade do abismo sem fim. Esta pessoa individual, como Papa, é a
sétima cabeça da besta; como homem de pecado, ele é a oitava, ou a
própria besta.
12. Os dez chifres são os dez reis – Em lugar algum é dito que esses
chifres estão na besta, ou sobre suas cabeças. Diz-se que ela os tem,
não quando ela é uma das sete, mas quando ela é a oitava. Esses são
dez potentados seculares, contemporâneos a ela, não sucedendo, um
ao outro, que receberam autoridade como reis com a besta;
provavelmente, em alguma convenção, que, depois de um curto
espaço, entregarão à besta. Devido à sua curta continuidade, apenas
a autoridade como reis, não um reino, é atribuída a eles. Enquanto
eles retêm esta autoridade, juntos com a besta, ela ficará mais forte
do que antes, mas muito mais forte ainda, quando o poder deles for
também transferido para ela.
13. Nos versos (capítulo 17:13-14) "Estes têm um mesmo intento, e
entregarão seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o
Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei
dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis"; está
resumido o que é, mais tarde, mencionado, concernente aos chifres e
a besta, neste e nos dois capítulos seguintes.
Esses têm uma mente, e dão – Eles todos, com um consentimento,
dão seu poder de guerrear e autoridade real à besta selvagem.
Esses – Reis com a besta.
Ele é o Senhor dos senhores – Soberano legítimo de todos, e
governando todas as coisas bem.
O Rei dos reis – Como um rei, ele luta com todos os seus inimigos,
e conquista.
E eles que estão com ele – Observando sua vitória, são tais por
assim dizer, enquanto no corpo, chamados, através de sua palavra e
Espírito.
E escolhidos – Tomados do mundo, quando eles foram capacitados
a crerem nele.
E fiéis – Junto à morte.
15. Pessoas, e multidões, e nações, e línguas – Não se diz tribos:
porque Israel nada tem a ver com Roma em especial.
16. E deverão comer a carne dela – Devorar suas imensas riquezas.

17. Porque Deus tem colocado isto em seus corações – O que, na


verdade, não menos do que o poder Altíssimo poderia ter efetuado.
Para executar sua sentença – até as palavras de Deus – Tocando a
derrota de todos os seus inimigos deverão ser cumpridas.
A mulher é a grande cidade que reina – Ou seja, enquanto a besta
"não é", e a mulher "senta-se nela".

CAPÍTULO 18

1. E eu vi um outro anjo vindo do céu – Denominado outro, com


respeito àquele que "desceu do céu" (capítulo 10:1) "E vi outro anjo
forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça
estava o arco celeste, e o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas
de fogo".
E a terra foi iluminada com sua glória – Para tornar sua vinda mais
conspícua. Se tal for o brilho do servo, quais imagens podem
mostrar a majestade do Senhor, que tem "milhares e milhares"
daqueles atendentes gloriosos "ministrando para ele, e dez mil vezes
dez mil, parado diante dele?".

2. E ele clamou: Babilônia caiu – Esta queda é mencionada antes


(capítulo 14:8) "E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu, caiu Babilônia,
aquela grande cidade, que deu a beber do vinho da ira da sua prostituição
a todas as nações"; mas agora é declarado largamente.
E se torna uma habitação – Uma moradia livre.
De diabos, e uma fortaleza – Uma prisão.
De todos os espíritos impuros – Talvez, confinados lá, onde eles,
uma vez, praticaram toda sorte de impureza, até o julgamento do
grande dia. Quantos habitantes horríveis, a desolada Babilônia
tinha! De seres invisíveis, diabos, e espíritos imundos; do invisível,
toda besta imunda, todo tipo corrupto e detestável. Supondo-se,
então, que Babilônia signifique a Roma pagã, o que os católicos têm
ganhado, vendo-se que, do tempo daquela destruição, que eles
dizem é passada, esses devam ser seus únicos habitantes para
sempre.
4. E eu ouvi uma outra voz – De Cristo, cujo povo secretamente
espalhou-se, até mesmo lá, é advertido da destruição próxima dela.
Para que vocês não sejam parceiros dos pecados dela – Ou seja, dos
frutos deles. Que providência notável foi esta que a Revelação
imprimiu no meio da Espanha, em uma grande Bíblia Poliglota,
antes da Reforma! [Em 1514, saiu da imprensa o primeiro Novo
Testamento Grego, como parte de uma Bíblia poliglota. Planejada
em 1502, pelo Cardeal Primado da Espanha, Francisco Jiménez de
Cisneros, uma magnífica edição do texto hebraico, aramaico, grego
e latino, foi impresso na cidade universitária de Alcalá
(Complutum)]. Ou quão muito mais fácil seria para os Católicos
rejeitarem todo o livro, do que se esquivarem dessas partes
impressionantes dele.
5. Até mesmo, até o céu – Uma expressão que implica a mais alta
culpa.
6. Retribuí a ela – Isto Deus fala para os executores de sua
vingança.
Como ela tem retribuído – A outros; em específico, os santos de
Deus.
E dá-lhe o dobro – Isto, de acordo com o idioma hebreu, implica
apenas uma completa retaliação.
7. Tanto quanto ela tem glorificado a si mesma – Através do
orgulho, e pompa, e orgulho arrogante.
E viveu deliciosamente – Em todos os tipos de elegância, luxúria, e
libertinagem.
Tanto tormento dê a ela - Proporcional à punição para o pecado.

Porque ela diz em seu coração – Como fez a antiga Babilônia (Isaías
47:8-9) "Agora, pois, ouve isto, tu que és dada aos prazeres, e que habitas,
tão segura, que dizes no teu coração: Eu o sou, e fora de mim não há outra;
não ficarei viúva, nem conhecerei a perda de filhos. Porém ambas estas
coisas virão sobre ti num momento, no mesmo dia, perda de filhos e viuvez;
em toda a sua plenitude virão sobre ti, por causa da multidão das tuas
feitiçarias, e da grande abundância dos teus muitos encantamentos".

Eu me sento – Seu estilo usual. De onde aquelas expressões: "A


cadeira, o bispo de Roma: ele se sentou por tanto anos". Como uma
rainha – Sobre muitos reis, "preceptora de todas as igrejas; a suprema; a
infalível; a única esposa de Cristo; fora da qual não existe salvação". Não
sou viúva - Mas a esposa de Cristo.
E não deverá ver tristeza – Da morte de meus filhos, ou alguma
outra calamidade; porque o próprio Deus irá defender "a igreja".

8. Portanto – como ambas as conseqüências naturais e judiciais


desta segurança orgulhosa. Deverão suas pragas vir – A morte de
seus filhos, com uma incapacidade de suportar mais.
Tristeza – de todo o tipo.
E penúria – No lugar da plenitude luxuriosa: as mesmas coisas das
quais ela se imaginou a mais segura.
Porque forte é o Senhor Deus que a julga – Contra quem, portanto,
toda sua força, grande como ela é, de nada valerá.
10. Tu, cidade forte – Roma foi antigamente denominada por seus
habitantes, Valência, ou seja, forte. E a própria palavra Roma, em
Grego, significa força. Este nome foi dado a ela pelos estrangeiros
gregos.

12. Mercadoria de ouro … Quase todos esses estão ainda em uso


em Roma, ambos em seus serviços idólatras, e na vida comum.
Fino linho – A espécie dele mencionada no original é
excessivamente cara.
Sua Madeira – Uma madeira perfumada não diferente da cidra,
usada no adorno de palácio magníficos.
Vasos da mais preciosa madeira – Ébano, em especial, que é
freqüentemente mencionado com marfim: um excede na brancura, o
outro na negritude; e ambos em maciez incomum.
13.Canela – Um arbusto cuja madeira é um fino perfume.
E animais – Vacas e bois.
E das carruagens – uma palavra puramente Latina é aqui inserida
no Grego. Isto João, indubitavelmente usou de propósito, no
descrever a luxúria de Roma.
E dos corpos – Um termo comum para escravos.
E almas dos homens – Porque esses também são continuamente
comprados e vendidos em Roma. E isto de todos os outros é o
comércio mais lucrativo para os comerciantes romanos.

14. E os frutos – Do que foi importado, eles procederam para os


doces domésticos de Roma; nenhum dos que está em maior
demanda lá, do que a espécie que é aqui mencionada. A palavra
propriamente significa pêras, pêssegos, nectarinas, e todos os tipos
de maçã a ameixa.
E todas as coisas que são iguarias – Para o paladar.
E esplêndido – Aos olhos; como roupas, construções, mobílias.

19.E eles lançam pó sobre suas cabeças – Como murmuradores. A


maioria das expressões aqui usadas ao descrever a queda da
Babilônia é tomada da descrição de Ezequiel da queda de Tigre
(Ezequiel 26:1-2) "E sucedeu no undécimo ano, ao primeiro do mês, que
veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, visto que Tiro
disse contra Jerusalém: Ah! Está quebrada a porta dos povos; virou-se
para mim; eu me encherei, agora que ela está assolada".
26. Regozijem-se sobre ela, tu céu – Ou seja, todos os habitantes
dele; e mais especialmente, vocês santos; e em meio aos santos ainda
mais eminentemente vocês, apóstolos e profetas.
21. E um poderoso anjo pegou uma pedra e atirou-a no mar.
Através de igual símbolo, Jeremias mostrou antecipadamente a
queda da Babilônia Caldéia (Jeremias 51:63-64) "E será que,
acabando tu de ler este livro, atar-lhe-ás uma pedra e lançá-lo-ás no meio
do Eufrates. E dirás: Assim será afundada Babilônia, e não se levantará,
por causa do mal que eu hei de trazer sobre ela; e eles se cansarão. Até aqui
são as palavras de Jeremias".

22. E a voz de tocadores de harpas – Tocadores de instrumentos de


corda.
E músicos – Cantores talentosos, em especial.
E tocadores de gaitas – Que tocavam flautas, principalmente, nas
ocasiões pesarosas; considerando que os trombeteiros tocavam em
ocasiões alegres.
Não se ouvirá mais em ti; e nenhum artífice – As artes de todo tipo,
especialmente, música, escultura, pintura, e escultura, eram lá
levadas à sua altura mais alta. Não, nem mesmo o som de uma
pedra de moinho deverá ser ouvida mais em ti – Não apenas as artes
que adornam a vida, mas, até mesmo, aquelas ocupações, sem as
quais não se podem subsistir, cessarão de ti, para sempre. Todas
essas expressões denotam absoluta e eterna desolação.
A voz dos tocadores de harpas – A música era o entretenimento do
rico e grande; o comercio, o negócio de homens de classe média; o
preparo do pão e das coisas necessárias da vida, a ocupação das
pessoas mais simples: casamentos, no que lâmpadas e canções eram
cerimônias conhecidas, eram os meios de povoar as cidades, já que
novos nascimentos suprem o lugar daqueles que morrem. A
desolação de Roma é, portanto, descrita de tal maneira, como a
mostrar que nem o rico, nem o pobre, nem as pessoas de classe
média, nem aquelas das condições mais baixas, serão capazes de
viver lá mais. Nem será ela repovoada por novos casamentos, mas
permanecerá desolada e inabitada para sempre.

23. Porque teus comerciantes eram os grandes homens da terra – A


circunstância que foi, em si mesma, indiferente, e, ainda assim, os
conduzia ao orgulho, luxúria, e inúmeros outros pecados.
24. E nela foi achado o sangue dos profetas e santos – O mesmo
anjo fala ainda, mas ele não diz: "em ti", mas nela, agora tão
mergulhada, de maneira a não ouvir as últimas palavras.
E de todos que haviam sido assassinados – Até mesmo, antes que
ela fosse construída. Veja (Mateus 23:35) "Para que, sobre vós, caia
todo sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue
de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que
matastes entre o santuário e o altar". Não existe cidade, sob o sol,
que tenha tão claro título para o homicídio universal, como Roma.
A culpa do sangue que se espalha, sob os imperadores pagãos não
tem sido removida, sob os Papas, mas enormemente multiplicado.
Nem Roma é considerada apenas pelo que tem sido espalhado, na
cidade, mas pelo que se espalhou em toda a terra. Porque em Roma,
sob o Papa, assim como, sob os imperadores pagãos, eram dados
ordens e editos sanguinários: e, onde quer que o sangue de homens
santos fosse derramado, havia grandes regozijos por isto. E que
imensas quantidades de sangue têm sido espalhadas por seus
agentes! Charles IX, da França, em sua carta para Gregório XIII,
vangloria-se de que, não muito tempo depois do massacre em Paris,
ele havia destruído milhares de Protestantes. Alguns têm calculado
que, do ano de 1518 a 1548, quinze milhões de Protestantes
pereceram, através da Inquisição. Isto pode ser exagerado; mas,
certamente, o número deles naqueles trinta anos, assim como, desde
então, é quase inacreditável. A esses, podemos acrescentar
inumeráveis mártires, nas idades, antiga, média, e recente; na
Boêmia, Alemanha, Holanda, França, Inglaterra, Irlanda, e muitas
outras partes da Europa, África, e Ásia.
CAPÍTULO 19

1. Eu ouvi a voz alta de uma grande multidão – Cujo sangue, a


grande prostituta tem espalhado.
Dizendo, Aleluia – Esta palavra Hebraica significa, Louva a Javé, ou
Ele que é. O próprio Deus chamou a si mesmo a Moisés: Eu Sou o
Que Sou, ou seja, eu serei (Êxodo 3:14) "E disse Deus a Moisés: EU
SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU
SOU me enviou a vós"; e ao mesmo tempo, "Jeová", ou seja: "Ele que
é, e foi, e virá": durante a trombeta do sétimo anjo, ele é intitulado:
"Ele que é e foi". (capítulo 16:5) "E ouvi o anjo das águas, que dizia:
Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas
coisas"; e não: "Ele que está para vir"; porque sua vinda há tanto
esperada está sob esta trombeta, verdadeiramente presente. Por fim,
ele é denominado, "Javé", "Ele que é"; o passado junto com o futuro,
tragados pelo presente, e as primeiras coisas não mais sendo
mencionadas, por causa da grandeza daqueles que agora são. Este
título é de todos os outros, o mais peculiar para o Deus eterno.
A Salvação – É oposta à destruição que a grande prostituta trouxe
sobre a terra.
Seu poder e glória – Aparecem do julgamento executado nela, e do
estabelecer seu reino, para durar através de todas as épocas.

2. Porque verdadeiros e justos são seus julgamentos – Assim é o


clamor de almas, sob o altar transformado em uma oração de
louvor.

4. E os vinte e quatro anciãos, e as quatro criaturas vivas


prostraram-se - As criaturas vivas estão mais perto do trono do que
os anciãos. Assim sendo, elas são mencionadas antes deles, com o
louvor que elas ofereceram a Deus. (capítulo 4:9-10) "E, quando os
animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado
sobre o trono, ao que vive para todo o sempre. Os vinte e quatro anciãos
prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o
que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono,
dizendo". (capítulo 5:8, 14) "E, havendo tomado o livro, os quatro
animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro,
tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as
orações dos santos. E os quatro animais diziam: Amém. E os vinte e
quatro anciãos prostraram-se, e adoraram ao que vive para todo o
sempre"; visto que lá o louvor se move do centro para a
circunferência. Mas aqui, quando os julgamentos de Deus são
cumpridos, ele se move de volta da circunferência para o centro.
Aqui, portanto, os vinte e quatro anciãos são denominados antes de
criaturas viventes.

5. E a voz saiu do trono – Provavelmente, das quatro criaturas


viventes, dizendo: Louvem nosso Deus – O motivo e assunto desta
canção de louvor seguem-se imediatamente depois, (capítulo 19:6)
"Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina"; etc. Deus foi
louvado antes, por causa do julgamento da grande prostituta
(capítulo 19-1-4) "Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder
pertencem ao Senhor nosso Deus. Porque verdadeiros e justos são os seus
juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com
a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue. E outra vez disseram:
Aleluia! E a fumaça dela sobe para todo o sempre. E os vinte e quatro
anciãos, e os quatro animais, prostraram-se e adoraram a Deus, que
estava assentado no trono, dizendo: Amém. Aleluia!". Agora, para o que
se segue a isto: porque o Senhor Deus, o Altíssimo, toma o reino
para si mesmo, e vinga-se do restante de seus inimigos. Estavam
todos esses habitantes do céu errados? Se não, existe uma real, sim,
e uma terrível ira em Deus.

6. E eu ouvi a voz de uma grande multidão. Assim todos os seus


servos louvaram a ele.
O Altíssimo reina – Mais eminentemente e gloriosamente do que
antes.
7. O casamento do Cordeiro é chegado – Está perto da mão, para
ser solenizado rapidamente. O que isto implica, nenhum dos
"espíritos dos homens justos", até mesmo, no paraíso, já sabem. Ó que
coisas são estas que ainda estão escondidas! E que pureza de
coração haveria, para mediar junto a elas. E sua esposa está pronta
– Mesmo sobre a terra; mas em um sentido muito maior, naquele
mundo. Depois de um tempo admitido para isto, a nova Jerusalém
descerá, pronta e adornada (capítulo 21:2) "E eu, João, vi a santa
cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma
esposa ataviada para o seu marido".

8. E é dado a ela – Por Deus. A noiva são todos os homens santos, e


toda a igreja invisível.
Para ser adornado em linho fino, branco e limpo – Este é um
símbolo da retidão dos santos – Tanto da justificação quanto da
santificação deles.
9. E ele – O anjo diz a mim: Escreva – João parece ter sido tão
amável naquelas gloriosas vistas, que ele precisou ser lembrado
disto.
Felizes são aqueles que são convidados para a ceia do casamento do
Senhor – Chamados para a glória.
E ele disse – Depois de uma pequena pausa.
10. E prostrou-se diante dos pés dele para adorá-lo. – Parece,
confundindo-o com um anjo da aliança. Mas ele disse: Vê, não faças
isto {- No original, está a penas, Não vejas}, com uma bonita
brusquidão. Pata orar ou adorar a mais alta criatura é clara
idolatria.
Eu sou teu conservo, para testificar do Senhor Jesus, através do
mesmo Espírito que inspirou os profetas do passado.
11. Eu vi o céu aberto – Isto é uma nova e peculiar abertura dele,
com o objetivo de mostrar a expedição magnífica de Cristo e seus
atendentes, contra o grande adversário dele.
E observei um cavalo branco – Muito poucos se preocuparam com
Cristo, quando ele veio humilde, "montado em seu asno", mas o que
eles dirão, quando ele vier sobre seu cavalo branco, com a espada
em sua boca? Branco – Tal como os generais usam em triunfo
solene.
E ele que se senta nele, chamado Fiel – Na execução de todas as
suas promessas.
E Verdadeiro – Na execução de todas as suas ameaças.
E na retidão – Com a mais extrema justice.
Ele julga e faz guerra – Freqüentemente a sentença e execução
seguem juntas.
12. E seus olhos são chamas de fogo – Disseram que eles seriam
como uma chama de fogo, antes no (capítulo 1:14) "E a sua cabeça e
cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como
chama de fogo"; um símbolo de sua Onisciência.
E sobre sua cabeça estão muitos diademas – Porque ele é rei em
todas as nações.
E ele tem um nome escrito, que ninguém conhece; a não ser, ele
próprio – Como Deus, ele é incompreensível a toda criatura.

13. E ele é vestido em uma vestimenta mergulhada em sangue – O


sangue dos inimigos que ele já conquistou (Isaías 63:1) "Quem é
este, que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas; este que é glorioso em
sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em
justiça, poderoso para salvar"; etc.

15. E ele deverá governá-lo – Quem não foi morto por sua espada.
Com um bastão de ferro – Ou seja, se eles não se submeterem ao seu
cetro dourado.
E ele pisoteou o vinho da ira de Deus – Ou seja, ele executa seus
julgamentos no iníquo. Este governador das nações nasceu (ou
surgiu como tal), imediatamente após que o sétimo anjo começou a
tocar. Ele agora aparece, não como uma criança, mas como um
guerreiro vitorioso. As nações sentiram há muito tempo seu "bastão
de ferro", parcialmente, enquanto os pagãos romanos, depois da
selvagem perseguição deles aos cristãos, eles mesmos gemeram sob
inúmeras pragas e calamidades, através de sua vingança justa;
parcialmente, enquanto outros pagãos foram feitos em pedaços, por
aqueles que levaram o nome de cristãos. Porque, embora a
crueldade, por exemplo dos Espanhóis na América, fosse injusta e
detestável, ainda assim Deus, nela, executou seu julgamento justo
nas nações descrentes; mas eles experimentarão seu bastão de ferro,
como eles nunca o fizeram antes, e, então, eles todos retornarão
para o justo Senhor deles.

16. E ele tinha sobre suas vestes e sobre sua coxa - Ou seja, na
parte de sua veste que está sobre sua coxa.
Um nome escrito - Era costume, no passado, para grandes
personagens nas regiões orientais, terem magníficos títulos
afixados em suas vestimentas.

17. Reúnam-se para a grande Ceia de Deus – Como para uma


grande festa, que a vingança de Deus irá providenciar; uma
expressão fortemente figurada (tomada de Ezequiel 29:17) "Tu,
pois, ó filho do homem, assim diz o Senhor Deus, dize às aves de toda
espécie, e a todos os animais do campo: Ajuntai-vos e vinde, congregai-vos
de toda parte para o meu sacrifício, que eu ofereci por vós, um sacrifício
grande, nos montes de Israel, e comei carne e bebei sangue"; denotando a
vastidão da matança que resultará.

19. E eu vi os reis da terra – Os dez reis mencionados (capítulo


17:12) "E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o
reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a
besta"; que, agora, arrastaram os outros reis da terra até eles, tanto
papistas, maometanos ou pagãos.
Reunidos para guerrearem com ele que se sentou sobre o cavalo –
Todos os seres, bons e maus, visíveis e invisíveis, estão preocupados
com este grande confronto. Veja (Zacarias 14:1) "Eis que vem o dia
do Senhor, em que teus despojos se repartirão no meio de ti. Porque eu
ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será
tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da
cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será extirpado
da cidade"; etc.
20. O falso profeta, que tinha forjado os milagres, diante dele – E,
portanto, tomou parte em sua punição; esses dois homens iníquos
foram lançados vivos – Sem passarem pela morte corpórea.
No lago de fogo – E isto antes do próprio diabo (capítulo 20:10)
"E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde
está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para
todo o sempre". Aqui está a última das bestas. Depois de diversos
golpes repetidos do Onipotente, ele é deixado vivo no inferno.
Existiram dois que entraram vivos no céu; talvez, existam dois que
vão vivos para o inferno. Pode ser, Enoque e Elias que entraram,
uma vez na glória, sem primeiro, esperarem no paraíso; a besta e o
falso profeta mergulharam, imediatamente, no mais extremo grau
de tormento, sem serem reservados nas algemas da escuridão, até o
julgamento do grande dia. Certamente, ninguém, a não ser a besta
de Roma teria se endurecido assim contra o Deus que eles
pretenderam adorar, ou se recusaram a se arrepender, sob tais
visitações terríveis e repetidas! Bem é ela denominada de uma besta,
de suas afeições carnais e vis; uma besta selvagem, de seu espírito
feroz e cruel! O restante foi assassinado – Uma diferença é, mais
tarde, feita entre o diabo, e Gogue e Magogue (capítulo 20:9, 10) "
E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a
cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou. E o diabo, que
os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o
falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre".
21. Aqui está a mais magnífica descrição da derrota da besta e seus
adeptos. Ela tem, em especial, uma beleza requintada; que, depois de
exibir os dois exércitos opositores, e todo o aparato para uma
batalha, (capítulo 19:11-19) "Eu vi o céu aberto, e eis um cavalo
branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e
julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e
sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que
ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada
de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-
no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e
puro. (...) E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para
fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu
exército"; então, segue-se imediatamente, no verso (19:20) "E a besta
foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que
enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem.
Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre"; o
relato da vitória, sem uma palavra de um engajamento ou luta. Aqui
está a mais exata propriedade, porque que esforço pode existir entre
o Onipotente, e o poder de toda a criação unida contra ela! Cada
descrição deve lograr este admirável silêncio.
CAPÍTULO 20

2. E ele prendeu o dragão – Com quem, indubitavelmente, seus


anjos eram agora lançados no abismo sem fim, assim como
finalmente "no fogo eterno". (Mateus 25:41) "Então dirá também aos
que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo
eterno, preparado para o diabo e seus anjos".
E o amarrou por mil anos – Que esses mil anos não precedem, ou
correm paralelos com os tempos da besta, mas seguem totalmente
com ela, pode manifestadamente aparecer:
1º. Das séries de todo o livro, representando uma série contínua de
eventos.
2º. Das circunstâncias que precedem. A mulher dar a luz é seguido
pelo atirar o dragão do céu para a terra. Com isto, está relacionada a
terceira calamidade, por meio da qual, o dragão, através da besta, e
com ela, enfurece-se horrivelmente. Da conclusão da terceira
calamidade, a besta é derrotada e lançada no "lago de fogo". Ao
mesmo tempo, o outro grande inimigo, o dragão, deverá ser
amarrado e encarcerado.
3º. Esses mil anos trazem uma nova, completa e duradoura
imunidade de todos os males exteriores e interiores, cujos autores
estão agora removidos, e há uma afluência de todas as bênçãos.
Mas, tal tempo, a igreja ainda não viu. Portanto, ainda está para
acontecer.
4º. Esses mil anos são seguidos pelos últimos tempos do mundo;
com o deixar satanás solto; que se junta com Gogue e Magogue, e
com o arremessar a besta e o falso profeta no "lago de fogo". Agora,
o acusar de satanás os santos no céu, sua ira sobre a terra, seu
aprisionamento no abismo, seu seduzir Gogue e Magogue, e ser
lançado no lago de fogo, evidentemente sucedem um ao outro.
5º. O que ocorre de (capítulo 20:11) "E vi um grande trono branco, e
o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e
não se achou lugar para eles"; manifestadamente segue as coisas
relatadas no capítulo dezenove. Os mil anos vêm neste intervalo;
uma vez que, se eles já passaram, nem o começo, nem o fim deles
cairiam dentro deste período. Em pouco tempo, esses que afirmam
que eles estão agora à mão parecerão ter falado a verdade.
Entretanto, que todo homem considere que tipo de felicidade ele
espera nisto. O perigo não se situa em manter que os mil anos já
estão para vir; mas no interpretá-los, quer já passado, ou vindouro,
em um sentido grosseiro e carnal. A doutrina do Filho de Deus é
um mistério. Assim é sua cruz; e, assim é sua glória. Em todos
esses, eles é um sinal do que é falado contra. Felizes aqueles que
acreditam e o reconhecem em tudo!

3. E coloca um selo nele – Até onde estas expressões devem ser


levadas literalmente; até onde figurativamente apenas, quem pode
dizer? Para que ele não possa mais enganar as nações – Um
benefício apenas é expresso aqui, como resultado do confinamento
de satanás. Mas quantas e grandes bênçãos estão inseridas! Porque
o grande inimigo sendo removido, o reino de Deus prossegue seu
ininterrupto curso em meio às nações; e o grande mistério de Deus,
há tanto previsto, é, por fim, cumprido; ou seja, quando a besta é
destruída e satanás amarrado. Este cumprimento aproxima mais e
mais, e contém coisas da mais extrema importância, o conhecimento
do que torna cada dia mais distinto e fácil. Neste meio tempo, é
altamente necessário guardar-se contra a presente ira e subterfúgio
do diabo. Rapidamente, ele será amarrando: quando ele é solto
novamente, os mártires viverão e reinarão com Cristo. Então,
segue-se sua vinda na glória, e novo céu, nova terra, e nova
Jerusalém. O abismo sem fim é propriamente a prisão do diabo;
mais tarde, ele é lançado no lago de fogo. Ele não mais poderá
enganar as nações, até que os "mil anos", mencionados antes
(capítulo 20:2) "Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo
e Satanás, e amarrou-o por mil anos"; seja cumprido.
Então, ele deverá ser solto – Assim, a sabedoria misteriosa de Deus
permite.
Por um curto tempo – Pequeno comparativamente: embora no todo,
ele não possa ser muito curto, devido às coisas a serem realizadas
nele (capítulo 20:8, 9) "E sairá a enganar as nações que estão sobre os
quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do
mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e
cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do
céu, e os devorou"; deva levar um espaço considerável. Nós devemos
brevemente esperar, uma após a outra, as calamidades ocasionadas
pela segunda besta, a colheita e a vindima, o derramar dos frascos, o
julgamento da Babilônia, a última ira da besta e sua destruição, o
aprisionamento de satanás. Quão grandes coisas essas! E quão curto
tempo! O que é necessário para nós? Sabedoria, paciência,
fidelidade, vigilância. Não é tempo de deliberando sobre nossos
sedimentos. Esta não é, se for corretamente entendida, uma
mensagem aceitável para o sábio, o poderoso, o honrado deste
mundo. Ainda assim, isto que é para ser feito, deverá ser feito: não
existe deliberação contra o Senhor.
4. E eu vi tronos – Tais como são prometidos aos apóstolos
(Mateus 19:28) "E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que
me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no
trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar
as doze tribos de Israel". (Lucas 22:30) "Para que comais e bebais à
minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze
tribos de Israel".

E eles – Ou seja, os santos, a quem João viu, ao mesmo tempo


(Daniel 7:22) "Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do
Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino."; sentou-
se junto a eles: e foi dado julgamento a eles. (I Coríntios 6:2) "Não
sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser
julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?".
Quem esses são, e quantos, não é dito. Mas eles são distinguidos das
almas, ou pessoas, mencionadas imediatamente depois; e dos santos
que já ressuscitaram.
E eu vi as almas daqueles que tinham sido decapitados – Com um
machado: assim a palavra original significa. Um tipo de morte, que
foi especialmente imposta em Roma, é mencionado para todos.
Por causa do testemunho de Jesus, e por causa da palavra de Deus –
Os mártires foram, algumas vezes, mortos por causa da palavra de
Deus, em geral; algumas vezes, especialmente, por causa do
testemunho de Jesus: alguns, enquanto eles se recusaram a adorar
ídolos; outros, enquanto eles confessaram o nome de Cristo.
E aqueles que não adoraram a besta selvagem, nem sua imagem –
Esses parecem ser uma companhia distinta desses que apareceram
(capítulo 15:2) "E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e
também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal,
e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as
harpas de Deus". Esses não tinham conquistado, provavelmente, em
tais disputas como estas. Antes que o número da besta fosse
expirado, as pessoas foram compelidas a adorarem-no, através da
mais terrível violência. Mas, quando a besta "não estava", eles foram
apenas seduzidos, nela, através da destreza dos falsos profetas.
E eles viveram – Suas almas e corpos sendo re-unidos.

E reinaram com Cristo – Não sobre a terra, mas no céu. O "reino


sobre a terra" é completamente diferente (capítulo 11:15) "E o
sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que
diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo,
e ele reinará para todo o sempre".
Mil anos – Deve ser observado, que dois distintos mil anos são
mencionados, através de toda esta passagem. Cada um é
mencionado três vezes: o mil anos, em que satanás é amarrado
(capítulo 20:2; 3:7) "Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o
Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos". "E ao anjo da igreja que
está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que
tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém
abre"; o mil, em que os santos deverão reinar: (capítulo 20:4-6) " E
vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi
as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela
palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não
receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram
com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que
os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado
e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem
poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e
reinarão com ele mil anos". O primeiro fim, antes do fim do mundo; o
ultimo alcança a ressurreição geral. De maneira que o começo e o
fim do primeiro mil antes é antes do começo e o fim do último.
Portanto, como no segundo verso (capítulo 20:2) "Ele prendeu o
dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil
anos",- a primeira menção do primeiro; assim no quarto verso
(capítulo 20:4) "E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o
poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo
testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta,
nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas
mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos"; à primeira
menção do último, é apenas dito, mil anos, em outros lugares, "os
mil anos", (capítulo 20:3,5,7) "E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e
pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos
se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. (...)Mas
os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a
primeira ressurreição. (…) E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto
da sua prisão"; ou seja, o mil mencionado antes. Durante o primeiro,
as promessas concernentes ao estado florescente da igreja,
(capítulo 10:7) "Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a
sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas,
seus servos"; deverá ser cumprido; durante o último, enquanto os
santos reinam com Cristo no céu, homens e terra estarão
despreocupados e seguros.
5. O restante dos mortos reviveram, não até o mil anos -
Mencionado no versículo 4 " E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e
foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram
degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não
adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas
testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil
anos".
Terminarem – Os mil anos, durante os quais satanás é amarrado,
ambos no começo e no final muito mais cedo. O pequeno tempo, e o
segundo mil anos, começam ao mesmo tempo, imediatamente
depois do primeiro mil anos. Mas nem o começo do primeiro, nem
do segundo mil serão conhecidos para os homens sobre a terra, já
que tanto o aprisionamento de satanás quanto sua soltura são
realizadas no mundo invisível. Observando esses dois mil anos
distintos, muitas dificuldades são evitadas. Existe oportunidade
suficiente para o cumprimento de todas as profecias, e aqueles que
antes pareceram entrar em conflito são reconciliados; especialmente
aqueles que falam, por um lado, de um estado mais florescente da
igreja, como já para vir; e, por outro, da fatal segurança de homens
nos últimos dias do mundo.
6. Eles serão os sacerdotes de Deus e de Cristo – Portanto, Cristo é
Deus.
E reinarão com ele – Com Cristo, mil anos.
7. E, quando o primeiro dos mil anos for cumprido, satanás será
solto de sua prisão – E, ao mesmo tempo, a primeira ressurreição
começa. Existe uma grande semelhança entre esta passagem e
(capítulo 12:12) "Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais.
Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem
grande ira, sabendo que já tem pouco tempo". No lançar fora o dragão,
houve alegria no céu, mas calamidade sobre a terra: de maneira
quando da soltura de satanás, os santos começam a reinar com
Cristo; mas as nações sobre a terra são enganadas.
8. E seguirá em frente, para enganar as nações nos quatro cantos da
terra – (ou seja, em toda a terra) – o mais diligentemente, como tem
sido por tanto tempo impedido, e sabe que ele tem pouco tempo.
Gogue e Magogue – Magogue, o filho de Jafé, é o pai de
inumeráveis nações do ocidente em direção ao oriente. O príncipe
dessas nações, das quais a parte maior daquele exército consistirá, é
denominada Gogue, por Ezequiel também "Filho do homem, dirige o
teu rosto contra Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque, e
Tubal, e profetiza contra ele".Ambos gogue e Magogue significam ao
alto, ou o erguer-se, um nome bem adequado tanto para o príncipe
quanto o povo. Quando este líder aterrador de muitas nações
aparecer, então, seu próprio nome será conhecido.
Para reuni-los – Ambos, Gogue e seus exércitos. De Gogue, pouco
mais é dito, como estando logo misturado com o restante na
carnificina comum. Apocalipse fala disto o mais brevemente, porque
tem sido tão especialmente descrito por Ezequiel.
Cujo número é como a areia do mar – Imensamente numeroso: uma
expressão proverbial.
9. E subiram sobre a largura da terra, ou região – Preenchendo
toda a largura dela.
E circundaram o campo dos santos – Talvez, a igreja pagã,
habitando em volta de Jerusalém.

E a cidade amada - Assim denominada igualmente (Eclesiastes


24:11 - Apócrifo) "E através do meu poder, eu tenho colocado sob meus
pés os corações de todos os grandes e pequenos: em todos esses, eu busco
descanso; e habitarei na herança do Senhor".

10. E eles – Todos esses.


Serão atormentados dia e noite – Ou seja, sem qualquer
intermissão. Estritamente falando, existe apenas noite lá: não existe
dia, nem sol, nem esperança!
11. E eu vi – Uma representação daquele grande dia do Senhor.
Um grande trono branco – Quão grande, quem pode dizer? Branco
com a glória de Deus, dele que se senta sobre ele – Jesus Cristo. O
apóstolo não tenta descrevê-lo aqui; apenas acrescenta aquela
circunstância, acima de toda descrição. De cuja face, terra e céu
fugirão – Provavelmente ambos o céu imaginário e o estrelado; que
"passarão com um grande barulho". E não haveria lugar para eles –
Mas eles foram totalmente dissolvidos, os mesmos "elementos
derretidos, com fogo fervente". Não é dito, eles foram atirados em
grandes comoções, mas eles fugiram inteiramente; não, eles
partiram de suas fundações, mas "caíram em dissolução"; não, eles se
removeram para um lugar distante, mas não foi encontrado lugar
para eles; eles cessarão de existir. E tudo isto, não, a um comando
estrito do Senhor Jesus, não na sua presença terrível, ou diante de
sua indignação veemente; mas à mera presença de sua Majestade,
sentando-se com dignidade severa, mas adorável, sobre seu trono.

12. E eu vi o morto, grande e pequeno – De toda as épocas e


condição. Isto inclui, também, aqueles que sofreram uma mudança
equivalente à morte (I Coríntios 15:51) "Eis aqui vos digo um
mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos
transformados".

E os livros – Juizes humanos têm seus livros escritos com pena e


tinta: quão diferente é a natureza desses livros! Foram abertos – Ó
quantas coisas escondidas virão para a luz; e quantas terão uma
aparência completamente outra do que tinham antes, aos olhos dos
homens! Com o livro da Onisciência de Deus, aquela da consciência,
então, exatamente elevada. O livro da lei natural, assim como da
revelada, será, então, também disposto. Não é dito: Os livros serão
lidos: a luz daquele dia os tornará visíveis a todos. Então,
especialmente, cada homem conhecerá a si mesmo, e isto com a
derradeira exatidão. Este será a primeira, completa e imparcial
história universal.
E um outro livro – Em que são inscritos, todos que são aceitos
através do Amado; todos que viveram e morreram na fé e que é
operada pelo amor.
O que é o livro da vida foi aberto – Que tipo de expectativa haverá,
então, com respeito à questão do todo! (Malaquias 3:16 etc.)
"Então aqueles que temeram ao SENHOR falaram freqüentemente um ao
outro; e o Senhor atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante dele,
para os que temeram o Senhor, e para os que se lembraram do seu nome".
13. Morte e hades desistiram do morto que havia neles – A morte
desistiu de todos os corpos de homens; e o hades, o receptáculo das
almas separadas, desistiu, para ser re-unido aos corpos deles.
14. E a morte e o hades foram lançados no lago de fogo – Ou seja,
foram abolidos para sempre; porque nem o reto, nem o pecaminoso
deveriam morrer mais: suas almas e corpos não mais estariam
separados. Conseqüentemente, nem a morte, nem o hades teriam
mais existência.

CAPÍTULO 21

1. E eu vi – Assim acontecem em (capítulo 19:11; 20:1,4,11) "E vi


o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele
chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça". "E vi descer do
céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua
mão (...) E vi tronos; e eles se assentaram sobre eles, e foi-lhes dado o poder
de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de
Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua
imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e
viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. (..) E vi um grande
trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a
terra e o céu; e não se achou lugar para eles"; em uma sucessão. Todos
essas representações diversas seguem uma a outra em ordem: assim
a visão alcança a eternidade.
Um novo céu e uma nova terra – Depois da ressurreição e
julgamento geral. João não está agora descrevendo um estado
florescente da igreja, mas um novo e eterno estado de todas as
coisas.
Porque o primeiro céu e a primeira terra - Não apenas a parte mais
baixa do céu, não apenas o sistema solar, mas todo o céu etéreo,
com todas as suas hostes, se de planetas ou estrelas fixas (Isaías
34:4) "E todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como
um livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e como cai o
figo da figueira".(Mateus 24:29) "E, logo depois da aflição daqueles
dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do
céu, e as potências dos céus serão abaladas". Todas as primeiras coisas
passarão; para que tudo possa tornar-se novo (capítulo 21:4,5) "E
Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem
pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as
coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis".
(II Pedro 3:10, 12) "Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite;
no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se
desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. (...) Aguardando,
e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se
desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?".

Passarão – Mas no quarto verso é dito "passou". Lá a palavra mais


forte é usada; porque a morte, o murmurar, e a tristeza, vão embora
todos juntos: o primeiro céu e terra apenas passarão, para dar lugar
para o novo céu e nova terra.
2. E eu vi a cidade santa – O novo céu, e a nova terra, e o novo
Jerusalém estão intimamente ligados. Esta cidade é totalmente
nova, não pertencendo a este mundo, não ao milênio, mas à
eternidade. Isto aparece das séries de visões, a magnificência da
descrição, e a oposição desta cidade para a segunda morte (capítulo
20:11,12) "E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre
ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E
vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-
se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram
julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas
obras". (capítulo 21:1) "E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já
o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe".
(capítulo 21:2, 5, 8, 9) "E eu, João, vi a santa cidade, a nova
Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa
ataviada para o seu marido. (...) E o que estava assentado sobre o trono
disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas
palavras são verdadeiras e fiéis. (...) Mas, quanto aos tímidos, e aos
incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos
feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago
que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte. E veio a mim um
dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e
falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do
Cordeiro". (capítulo 22:5) "E ali não haverá mais noite, e não
necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os
ilumina; e reinarão para todo o sempre".
Descendo – No próprio ato de descer.

3. Eles serão seu povo, e o próprio Deus estará com eles, e Ele será
o Deus deles – Assim a aliança entre Deus e seu povo será
executada da maneira mais gloriosa.

4. E a morte não existirá mais – Esta é uma prova completa de que


toda a descrição não pertence ao tempo, mas à eternidade.
Nem a tristeza, ou clamor, ou dor, existirá mais: porque as
primeiras coisas terão passado – Sob o céu anterior, e sob a terra
anterior, havia morte e tristeza; clamor e dor; tudo que ocasionava
muitas lágrimas: mas agora a dor e a tristeza fugiram, e os santos
têm vida e alegria eternas.

5. E ele que se sentou sobre o trono disse – Não para João apenas.
Da primeira menção "dele que se sentou no trono" (capítulo 4:2) "E
logo fui arrebatado no Espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e
um assentado sobre o trono"; este é o primeiro discurso que é
expressamente afirmado para ele.
E ele – O anjo.
Disse para eu escrever – Como se segue.
Esses dizeres são fieis e verdadeiros – Isto inclui todos que foram
antes. Os apóstolos parecem novamente ter cessado de escrever,
estando dominado pelo êxtase, diante da voz daquele que fala.
6. E ele – Aquele que se sentou no trono.
Disse para mim: É feito – Tudo que os profetas haviam falado; tudo
que foi falado (capítulo 4:1) "Depois destas coisas, olhei, e eis que
estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz que, como de trombeta,
ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois
destas devem acontecer". Nós lemos esta expressão duas vezes nesta
profecia: primeiro em (capítulo 16:17) "E o sétimo anjo derramou a
sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo:
Está feito"; no cumprimento da ira de Deus; e aqui, ao tornar todas
as coisas novas.
E sou o Alfa e Ômega, o começo e o fim – O último explica o
primeiro: o Eterno.

Eu darei a ele que tem sede – O Cordeiro diz o mesmo (capítulo


22:17) "E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E
quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida".

7. Ele que vence – Que é mais do que "aquele que tem sede". Herdará
essas coisas – Que eu tenho feito novas.
Eu serei seu Deus, e ele será meu filho – Tanto na Língua Hebraica
quanto Grega, nas quais as Escrituras foram escritas, o que
traduzimos deverá ser e será é uma e a mesma palavra. A única
diferença consiste na tradução Inglesa, ou na falta de conhecimento
naquele que interpreta o que não entende.
8. Mas o fiel e o descrente – Quem, através da falta de coragem e fé
não vence.
E o abominável – Ou seja, sodomitas.
E os libertinos, e feiticeiros, e idólatras – Estes três pecados
geralmente vêm juntos; a parte deles é no lago.

9. E lá vem um dos sete anjos que têm os sete frascos – Por meio do
qual oportunidade tem sido dada para o reino de Deus.
Dizendo: Vem. Eu mostrarei a ti a noiva – O mesmo anjo antes
mostrou a ele a Babilônia (capítulo 17:1) "E vei um dos sete anjos que
tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a
condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas";
que está diretamente em oposição à nova Jerusalém.
10. E ele me levou em espírito – A mesma expressão como antes
(capítulo 17:3) "E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher
assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes
de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres".
E me mostrou a cidade santa de Jerusalém – A velha cidade está
agora esquecida, de modo que está não mais é denominada de nova,
mas absolutamente Jerusalém. Ó, como João desejou entrar nela!
Mas o tempo ainda não tinha vindo. Ezequiel também descreve "a
cidade santa", e o que pertence a ela (Ezequiel 40:1) "No ano vinte e
cinco do nosso cativeiro, no princípio do ano, no décimo dia do mês,
catorze anos depois que a cidade foi conquistada, naquele mesmo dia veio
sobre mim a mão do Senhor, e me levou para lá". (Ezequiel 48:35)
"Dezoito mil canas por medida terá ao redor; e o nome da cidade desde
aquele dia será: O SENHOR ESTÁ ALI"; mas uma cidade
completamente diferente da velha Jerusalém, como foi tanto antes
quanto depois do cativeiro dos babilônicos. As descrições do profeta
e do apóstolo concordam em muitos pormenores; mas em muitos
mais, eles diferem. Ezequiel expressamente descreve o tempo, e a
ira de Deus nele, estritamente aludindo para o serviço levítico. Mas
João não viu o templo, e descreve a cidade muito mais larga,
gloriosa, e celestial do que o profeta. Ainda assim, esta que ele
descreve é a mesma cidade; mas como ela subsistiu logo depois da
destruição da besta. Podendo-se observar que, tanto as profecias
concordam juntas, quanto uma pode explicar a outra.

11. Tendo a glória de Deus – Porque sua luz (capitulo 21:23) "E a
cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque
a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada". (Isaías
40:1) "Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus". (Zacarias 2:5)
"Pois eu, diz o Senhor, serei para ela um muro de fogo em redor, e para
glória estarei no meio dela".
Sua viúva – Existiu apenas uma, que correu em volta de toda a
cidade. A luz não entrou de fora, através disto, porque a glória de
Deus está dentro da cidade. Mas ela brilha de dentro para fora a
uma grande distância (capítulo 21:23-24) "E a cidade não necessita
de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a
tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações dos salvos
andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra".

12. Doze anjos – Ainda esperando junto aos herdeiros da salvação.


14. E o muro da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles os nomes
dos doze apóstolos do Cordeiro – Figurativamente mostrando que
os habitantes da cidade construíram apenas sobre aquela fé que os
apóstolos uma vez entregaram aos santos.

15. E ele mediu a cidade, doze mil furlongs [furlong = 201,17 m


(1/8 de milha)] – Não na circunferência, mas de cada um dos
quatro lados. Jerusalém era trinta e três furlongs na circunferência;
Alexandria, trinta em comprimento e dez na largura. Nínive é
reportada como tendo quatrocentos furlongs em sua volta:
Babilônia, quatrocentos e oitenta. Mas que vilas insignificantes
foram todas essas, comparadas com a nova Jerusalém! Através desta
medida é entendida a grandeza da cidade, com a exata ordem e justa
proporção de cada parte dela; para mostrar figurativamente, que
esta cidade foi preparada para um grande número de habitantes, por
pequeno que número dos cristãos reais possa, algumas vezes,
parecer; e que tudo relacionado com a felicidade daquele estado foi
preparado com a maior ordem e exatidão. A cidade é doze mil
furlongs de altura; o muro, mil e quarenta e quatro canas de medir.
Esta é exatamente a mesma altura, apenas afirmada de uma maneira
diferente. Os doze mil furlongs, sendo falado, absolutamente, sem
qualquer explanação, são comuns, furlongs humanos: cento e
quarenta e quatro canas de medir não é comprimento humano
comum, mas do angélico, abundantemente maior do que o humano.
É dito, a medida de um homem, ou seja, de um anjo, porque João
viu o anjo medindo em uma forma humana. A cana de medir,
portanto, era tão grande quanto era a estatura daquela forma
humana em que o anjo apareceu. No tratar de todas essas coisas,
uma profunda reverência é necessária; e assim, é uma medida da
sabedoria espiritual; para que possamos nem entendê-los muito
literalmente e grosseiramente, nem irmos muito longe da força
natural das palavras. O ouro, as pérolas, as pedras preciosas, os
muros, alicerces, portões são indubitavelmente expressões
figuradas, vendo que a própria cidade está na glória, e os habitantes
dela têm corpos espirituais; ainda assim, esses corpos espirituais são
também corpos reais, e a cidade é uma habitação distinta de seus
habitantes, e proporcionada a eles, que consideram um espaço finito
e determinado. As medidas, portanto, acima mencionadas são reais e
determinadas.
18. E o construir do muro era jasper – Ou seja, o muro foi
construído de jasper.
E a cidade – As casas, eram de puro ouro.

19. E os alicerces eram adornados com pedras preciosas – Ou seja,


belamente feitos delas. As pedras preciosas no peitoral dos sumo
sacerdotes do julgamento eram um símbolo apropriado para
expressar a felicidade da igreja de Deus em sua presença com eles, e
no abençoar de sua proteção. Os ornamentos iguais sobre os
alicerces dos muros desta cidade podem expressar a perfeita glória e
felicidade de todos os habitantes dela, da mais gloriosa presença e
proteção de Deus. Cada pedra preciosa não foi o ornamento da
fundação, mas a própria fundação. As cores destes estão
notavelmente misturadas. Um jasper é da cor do mármore branco,
com uma leve tonalidade de verde e de vermelho; uma safira é de
um azul-celeste, salpicada com ouro; uma calcedônia, ou carbúnculo,
de cor ferro vermelho-intenso; uma esmeralda, de um verde grama.
20. A sardônia é vermelha, listrada com branco; uma sárdio, de um
vermelho profundo; uma crisólita, de um amarelho profundo; um
berílio, verde-marinho; um topázio, amarelo pálido; uma crisoprásio
é verde-clara e transparente, com manchas douradas; um jacinto, de
um vermelho escarlate; uma ametista, violeta escarlate.

22. O Senhor Deus e o Cordeiro são o templo dele – Ele preenche o


novo céu e a nova terra. Ele circunda a cidade e a santifica, e tudo
que nela há. Ele é "tudo em tudo".
23. A glória de Deus – Infinitamente mais brilhando do que o
brilho do sol.
24. E as nações – Todo o verso é tomado de (Isaías 60:3) "E os
gentios caminharão à tua luz, e os reis ao resplendor que te nasceu".
Caminhará, através da luz dele – Que se propaga da cidade, longe e
perto.
E os reis da terra – Aqueles que têm uma porção lá.
Trazem sua glória para dentro dela – Não a glória antiga deles, que
está agora abolida; mas tal a se tornar a nova terra, e recebe uma
imensa adição, através da entrada deles na cidade.
26. E eles trazem a glória das nações dentro dela – Parece, uma
parte selecionada de cada nação; ou seja, tudo que pode contribuir
para tornar esta cidade honrável e gloriosa deverá ser encontrada
nela; como se tudo que fosse rico e precioso, no mundo, fosse
trazido para dentro de uma só cidade.

27. Comum – Ou seja, ímpio.


Mas esses que estão escritos no livro da vida do Cordeiro – Crentes
verdadeiros, santos, perseverantes. Estas bem-aventuranças são
desfrutadas por aqueles apenas; e, como tais, elas estão registradas
em meio a eles que herdarão a vida eterna.
CAPÍTULO 22

1. E ele me mostrou um rio da água da vida – A emanação sempre


renovada do Espírito Santo. Veja (Ezequiel 47:1-2) "Depois disto
me fez voltar à porta da casa, e eis que saíam águas por debaixo do
umbral da casa para o oriente; porque a face da casa dava para o oriente, e
as águas desciam de debaixo, desde o lado direito da casa, ao sul do altar.
E ele me fez sair pelo caminho da porta do norte, e me fez dar uma volta
pelo caminho de fora, até à porta exterior, pelo caminho que dá para o
oriente e eis que corriam as águas do lado direito"; onde também se
menciona que as árvores "produzem frutos todo o mês"; ou seja,
perpetuamente.
Procedendo do trono de Deus, e do Cordeiro – "Tudo que o Pai tem",
diz o Filho de Deus, "é meu"; até mesmo, o trono de sua glória.
2. No meio da rua – Aqui está o paraíso de Deus, mencionado em
(capítulo 2:7) "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas:
Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do
paraíso de Deus".
É a árvore da vida – Não uma árvore apenas, mas muitas.
Todo o mês – Ou seja, uma abundância inexprimível. A variedade,
igualmente, assim como a abundância de frutos do Espírito, pode
ser sugerida por meio disto.
E as folhas são para a cura de nações – Para o continuar da saúde
delas, não para restaurá-la; porque nenhuma doença existe.

3. E não haverá mais maldição – Mas a vida e bênção puras; toda


conseqüência do desprazer de Deus pelo pecado, estando agora
totalmente removido.
E seus servos – A mais alta honra no universo.
O adorarão – A mais nobre ocupação.
4. E verão sua face – O que não foi garantido para Moisés. Eles
terão o acesso mais próximo a ele, e disto, a mais sublime
semelhança com ele. Esta é a mais alta expressão na linguagem das
Escrituras para denotar a mais perfeita felicidade no estado celestial
(I João 3:2) "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é
manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se
manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos".
E seu nome estará em suas testas – Cada um deles será
declaradamente reconhecido como propriedade de Deus, e sua
natureza gloriosa mais visivelmente brilhará neles.
E reinarão – Mas quem são os súditos destes reis? Os outros
habitantes da nova terra. Porque deverá haver uma diferença eterna
entre aqueles, que quando sobre a terra excederam em virtude, e
aqueles comparativamente servos indolentes e inútil, que foram
exatamente salvos como pelo fogo. O reino de Deus é tomado pela
força; mas o prêmio é merecedor de todo trabalho. O que quer que
seja alto, amável, ou excelente, que exista em todas as monarquias
da terra, tudo junto não é um grão de areia, comparado com a glória
dos filhos de Deus. Deus "não se envergonha de ser chamado de Deus
deles, por aqueles para os quais ele preparou esta cidade". Mas quem
virá para seu lugar santo? "Aqueles que mantêm seus mandamentos".
(capítulo 22:14) "Bem-aventurados aqueles que guardam os seus
mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar
na cidade pelas portas".

5. E eles reinarão para sempre e sempre – Que encorajamento é este


para os pacientes e fiéis dos santos, que, o que quer que seus
sofrimentos sejam, eles serão para eles "um peso eterno de glória!".
Assim, termina a doutrina desta Revelação, na felicidade eterna de
todo o fiel. Os caminhos misteriosos da Providência são
esclarecidos, e todas as coisas providenciadas no Sabbath eterno,
um estado eterno da paz e felicidade perfeitas, reservadas para todos
que suportaram até o fim.
6. E ele disse a mim – Aqui começa a conclusão do livro,
exatamente concordando com a introdução (particularmente
capítulo 22:6, 7, 10 "E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras;
e o Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos
seus servos as coisas que em breve hão de acontecer. Eis que presto venho:
Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.
(...) E disse-me: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque
próximo está o tempo"; com capítulo 1:1,3 "Revelação de Jesus Cristo, a
qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente
devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo
(...) Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta
profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está
próximo".); e dando uma luz a todo o livro, já que este livro o faz a
toda as Escrituras.
Essas coisas são fiéis e verdadeiras – Todas as coisas que você tem
ouvido e visto deve ser fielmente acompanhado em sua ordem, e são
infalivelmente verdadeiras.
O Senhor, o Deus dos profetas santos – Que inspirou e autorizou
aqueles do passado. Tem agora enviado seu anjo, para mostrar a
seus servos – Através de ti.
As coisas que deverão acontecer brevemente – Que irão começar a
serem executadas imediatamente.

7. Observe, eu venho rapidamente – Diz o próprio nosso Senhor,


para o cumprimento dessas coisas.
Feliz é ele que mantém – Sem acrescentar ou diminuir as palavras
deste livro (capítulo 22:18, 19) "Porque eu testifico a todo aquele que
ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar
alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste
livro. E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus
tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que
estão escritas neste livro".
8. E prostrou-se para adorar, aos pés do anjo – As mesmas palavras
que ocorrem (capítulo 19:10) "E eu lancei-me a seus pés para o
adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus
irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho
de Jesus é o espírito de profecia". A reprovação do anjo, igualmente:
Vê, tu, não faças isto; porque eu sou teu conservo, é expresso nos
mesmos termos como antes. Pode não ser o mesmo incidente que é
aqui relatado novamente? Isto não é mais provável do que o
apóstolo ter cometido a mesma falta novamente, do qual ele tinha
sido tão solenemente advertido antes?
9. Vê, tu, não faças isto – A expressão no original é curta e elíptica,
como é usual ao mostrar veemente aversão.
10. E ele disse a mim – Depois de uma pequena pausa.
Não sele os dizeres deste livro – Não o oculte, como as coisas que
são seladas.
O tempo está perto – Em que elas começarão a tomar lugar.

11. Ele que é ímpio – Como se ele dissesse: O julgamento final está
á mão; depois do que a condição de toda humanidade não admitirá
mudança para sempre.
Iníquo - Injustificado.
Corrupto – Não santo, impuro.
12. Eu – Jesus Cristo.
Venho rapidamente – Para julgar o mundo.
E minha recompensa é comigo – As recompensas que eu afirmo,
ambos ao justo e ao pecaminoso serão dadas quando da minha vida.
Para dar a todo homem, de acordo com suas obras – Todo seu
comportamento interior e exterior.
13. Eu sou o Alfa e o ômega, o primeiro e o último – Quem existe
de eternidade a eternidade. Quão clara e incontestável prova, nosso
Senhor dá de sua glória divina!
14. Felizes são aqueles que cumprem seus mandamentos – Seu,
quem diz: Eu venho – Ele fala de si mesmo.
Para que eles possam ter direito – Através de sua aliança graciosa.
A árvore da vida – Para todas as bênçãos que ela significa. Quando
Adão quebrou seu mandamento, ele foi afastado da árvore da vida.
Eles que os mantêm deverão comer dela.
15. Do lado de fora, estarão os cães – A sentença no original é
abrupta, como expressando repugnância. Os portões estão sempre
abertos; mas não para cães; homens violentos e vorazes.
16. Eu Jesus enviei meu anjo para testificar essas coisas –
Principalmente.
A vocês – Os sete anjos das igrejas, então, para aquelas igrejas – e,
mais tarde, a todas as outras igrejas nas eras sucessivas.
Eu – como Deus.
Sou a raiz – E origem da família e reino de Davi; como homem, um
descendente de sua geração. "Eu sou a estrela de Jacó". (Número
24:17) "Vê-lo-ei, mas não agora, contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma
estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel, que ferirá os termos
dos moabitas, e destruirá todos os filhos de Sete"; como a estrela da
manhã, que coloca um fim na noite da ignorância, pecado, e tristeza,
e conduz ao dia de luz, pureza e alegria, eternas.
17. O Espírito e a noiva – O Espírito de adoção na noiva, no
coração de todo crente verdadeiro.
Diz – com desejo sincero e expectativa.
Vem – E se cumpram todas as palavras desta profecia.
E que ele que tem sede, venha – Aqui ele também que estão mais
além são convidados.
E quem quer que venha, que ele tome da água da vida – Ele pode
compartilhar de minhas bênçãos espirituais e inexprimíveis, tão
livremente quanto ele faz uso dos mais comuns refrigérios; tão
livremente quanto ele bebe da correnteza que corre.
18-19. Eu testifico a cada um – Da plenitude do meu coração, o
apóstolo afirma este testemunho; esta admoestação valiosa, não
apenas às igrejas da Ásia, mas a todos que, alguma vez, possam
ouvir este livro. Aquele que acrescenta, todos os infortúnios lhe
serão acrescentados; aquele que tira, todas as bênçãos deverão lhe
ser tiradas; e, sem dúvida, esta culpa incorre, através de todos
aqueles que colocam obstáculos no caminho dos fiéis, que os
impedem de ouvir de seu Senhor: "Eu venho", e responderem:
"Venha, Senhor Jesus". Isto pode, igualmente, ser considerado como
uma sanção terrível, dada a todo o Novo Testamento; de igual
maneira como Moisés guardou a lei (Deuteronômio 4:2) "Não
acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que
guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando"; e
(Deuteronômio 12:32) "Tudo o que eu te ordeno, observarás para
fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás"; e como o próprio Deus
diz (Malaquias 4:4) "Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, que lhe
mandei em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos", no
encerramento do cânone do Velho Testamento.

20. Ele que testifica essas coisas – Até mesmo tudo que está contido
neste livro.
Diz – Para o encorajamento da igreja em todas as suas aflições.
Sim – Respondendo o chamado do Espírito e da noiva.
Eu venho rapidamente – Para destruir todos os seus inimigos, e
estabelecê-la em um estado de felicidade perfeita e eterna. O
apóstolo expressa seu desejo e esperança, sinceros, disto,
respondendo, Amém. Vem, Senhor Jesus!
21. A graça – O livre amor.
Do Senhor Jesus – E todos os seus frutos.
Seja com todos – Aquele que, assim, espera por pelo seu retorno!
CAPÍTULO 8

1. Agora, concernente à próxima questão que você propôs.


Todos nós temos conhecimento – Uma reprovação gentil da
presunção deles. Conhecimento, sem amor, sempre ensoberbece.
Amor apenas edifica – Edifica na santidade.
2. Se algum homem pensa que ele conhece alguma coisa –
Corretamente, exceto até onde ele for ensinado por Deus.
Ele conhece nada, ainda assim, ainda que ele deva conhecer – Vendo
que não existe conhecimento verdadeiro sem o amor divino.
3. Ele é conhecido – Ou seja, aprovado por ele (Salmos 1:6)
"Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos
ímpios perecerá"
4. Nós sabemos que um ídolo é nada – Um mero deus nominal,
tendo nenhuma divindade, virtude ou poder.

5. Porque, embora existam aqueles que são chamados deuses –


Através dos pagãos, tanto celestiais (como eles os denominam),
terrestres, e deidades infernais.

6. Ainda assim, para nós – Cristãos.


Há um só Deus – Este é exclusivo, não o Único Senhor, como se ele
fosse uma deidade inferior; mas apenas dos ídolos a que o Único
Deus é antagônico.
De quem são todas as coisas – Através da criação, providência, e
graça.
E nós por ele – A finalidade de tudo que somos, temos, e fazemos.
E um Senhor – Igualmente o objeto da adoração divina.
Através de quem são todas as coisas – Criadas, mantidas e
governadas.
7. Alguns comem, conscientes do ídolo – Ou seja, imaginando que
isto seja alguma coisa, e que isto torna a carne proibida de ser
comida.
E a consciência deles, sendo fraca – Não corretamente informada.
É pervertida – Contrai culpa por fazer isto.

8. Mas carne não nos recomenda a Deus - Nem por comê-la; nem
por abstermo-nos dela. Comendo ou não comendo, são, em nós
mesmos, coisas meramente indiferentes.
10. Porque, se alguém vir a ti que tens conhecimento – A quem ele
acredita ter mais conhecimento do que ele próprio; e quem
realmente tem este conhecimento, de que um ídolo é nada – sentado
para a diversão em um templo do ídolo. Os pagãos freqüentemente
divertiam-se em seus templos, nos quais havia sacrifícios para seus
ídolos.
A consciência dele que é fraca não – É escrupulosa.
Será encorajada – Pelo teu exemplo.
A comer - Embora com uma consciência duvidosa.
11. E através de teu conhecimento deverá o irmão fraco, por quem
Cristo morreu, perecer? – E por quem tu não perderás uma refeição
de carne, quanto dera, morrer por ele! Nós vemos, Cristo morreu,
até mesmo, por aqueles que perecem.
12. Vocês pecam contra Cristo – De cujos membros vocês são.

13. Se carne – De nenhum tipo. Quem seguirá este exemplo? Que


pregador ou cristão individual irá se abster de alguma coisa lícita
em si mesma, quando ela ofende um irmão fraco?

CAPÍTULO 9

1. Eu não estou livre? Eu não sou um apóstolo? Ou seja, eu não


tenho a liberdade de um cristão comum? Sim, aquele de um
apóstolo? Ele justifica seu apostolado (I Corintios 9:1-3) "Não sou
eu apóstolo? Não sou livre? Não vi eu a Jesus Cristo Senhor nosso? Não
sois vós a minha obra no Senhor? Se eu não sou apóstolo para os outros,
ao menos o sou para vós; porque vós sois o selo do meu apostolado no
Senhor. Esta é minha defesa para com os que me condenam"; sua
liberdade apostólica (I Corintios 9:4-19) " Não temos nós direito de
comer e beber? Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente,
como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? (...)
Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o
evangelho de Cristo para não abusar do meu poder no evangelho. Porque,
sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda
mais".
Eu não tenho visto Jesus Cristo? – Sem isto ele não teria sido uma
daquelas primeiras testemunhas.
Não são vocês minha obra no Senhor – A completa evidência de que
Deus me enviou? E ainda assim, alguns, pelo que parece, objetaram
o fato dele ser um apóstolo, porque ele não afirmou seu privilégio
em demandar e receber tal manutenção das igrejas, como era devida
àquele oficio.
2. Vocês são o selo do meu apostolado – Quem recebeu, não apenas
fé, através de minha boca, mas todos os dons do Espírito, através de
minhas mãos.
3. Minha resposta a eles que me examinam – Concernente a meu
apostolado.
É esta – Que eu agora dei.

4. Nós não temos direito – Eu e meus colaboradores.


A comer e a beber – À custa daqueles em meio aos quais
trabalhamos.
5. Nós não temos o direito de levar conosco uma irmã, uma esposa
– E reivindicar alimento para ela também? Assim como os outros
apóstolos – Quem, portanto, está claro, fizeram isto.
E Pedro – De onde aprendemos:

1º. Que Pedro continuou a viver com sua esposa, depois que ele se
tornou um apóstolo.
2º. Que ele não teve direitos como um apóstolo, o que não era
comum a Paulo.
6. De deixar de trabalhar – Com nossas mãos.
8. Eu falo como um homem – Escassamente sobre a autoridade da
razão humana? Deus não diz, em efeito, a mesma coisa? O boi que
espreme o milho – Este foi o costume em Judéia, e muitas nações
orientais. Em diversas delas é mantido ainda. E até hoje, cavalos
pisam o milho em algumas partes da Alemanha.
9. Deus – Nesta direção.
Cuida dos bois – Apenas? Ele não tem um significado além? E
assim indubitavelmente ele tem, em todas as outras leis Mosaicas
deste tipo.

10. Ele que arou, deve arar na esperança – Da colheita. Isto parece
ser uma expressão proverbial.
E ele que debulhou na esperança – Não deverá ser desapontado;
deverá comer o fruto de seu trabalho. E deverão aqueles que
trabalharam na agricultura de Deus. (Deuteronômio 25:4) "Não
atarás a boca ao boi, quando trilhar".

11. Será muito, se pudermos ceifar tanto de suas coisas carnais –


Como as que são necessárias para nosso sustento? Vocês nos dão
coisas de valor maior do que aquelas que vocês recebem de nós?

12. Se outros – Quer apóstolos verdadeiros ou falsos.


Parceiros deste poder – Têm o direito de serem mantidos.
Preferivelmente, nós não teríamos – Pelo fato de termos trabalhado
muito mais? A fim de que não causemos algum impedimento ao
Evangelho – Dando oportunidade à objeção ou reprovação.
14. (Mateus 10:10) "Nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas,
nem alparcas, nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento".

15. Melhor seria para mim, morrer – Do que dar oportunidade a


eles que a buscam contra mim (II Corintios 11:12) "Mas o que eu
faço, o farei, para cortar ocasião aos que buscam ocasião, a fim de que,
naquilo em que se gloriam, sejam achados assim como nós".

17. Prontamente – Ele parece querer dizer, sem receber coisa


alguma. Paulo aqui fala de uma maneira peculiar a si mesmo. Um
outro teria pregado prontamente, e, ainda assim, recebido um apoio
dos Corintios. Mas, se ele tivesse recebido alguma coisa deles, ele o
teria limitado, pregando a contragosto. E assim, no próximo
versículo, um outro teria usado aquele poder, sem abusar dele. Mas
seu próprio usar dele, afinal, teria limitado o abuso dele.
Uma dispensação é confiada a mim – Portanto, eu não me atrevo a
refrear.
18. Qual, então, é minha recompensa – Aquela circunstância em
minha conduta, pela qual eu espero uma recompensa pessoal de meu
grande Mestre? Para que eu não abuse – Não faça uso intempestivo
de meu poder, que eu tenho em pregar o Evangelho.
19. Eu me fiz servo de todos – Eu agi com cuidado tão abnegado
com respeito aos interesses deles, tanta precaução para não ofendê-
los, como se eu tivesse sido literalmente servo ou escravo deles.
Onde está o pregador que trilha nos mesmos passos?

20. Para os judeus eu me tornei como um judeu – Confirmando a


mim mesmo em todas as coisas, na maneira de pensar e viver deles;
até onde eu pude com inocência.
A eles que estão sob a lei – Os que se compreendem ainda presos
pela Lei Mosaica.
Como sob a lei – Cumprindo-a, eu mesmo, enquanto estou entre
eles. Não que ele declarou ser isto necessário, ou se recusou a
conviver com aqueles que não a observaram. Esta foi a mesma coisa
que ele condenou em Pedro (Gálatas 2:14) "Mas, quando vi que não
andavam bem e corretamente, conforme a verdade do evangelho, disse a
Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não
como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?".

21. A eles que estão sem a lei – Os ateus.


Como sem a lei – Negligenciando suas cerimônias.
Não estando sem a lei de Deus – Mas tanto quanto, sob seus
preceitos morais.
Sob a lei de Cristo – E neste sentido, todos os cristãos estarão sob a
lei para sempre.

22. Eu me tornei como fraco – Como se eu fosse escrupuloso


também.
Eu me tornei todas as coisas para todos os homens – Acomodando-
me a tudo, até onde eu pude, consistente com a verdade e
sinceridade.
24. Vocês não sabem que – Naqueles famosos jogos que são
mantidos no istmo, perto de sua cidade. Eles que correm em na
corrida em que todos correm, embora apenas um receba o prêmio –
Quanto maior encorajamento, vocês têm para correrem; uma vez
que todos vocês podem receber o prêmio de seu alto chamado!

25. E cada um que lá competem é equilibrado em todas as coisas –


A um grau quase inacreditável; usando o mais rigoroso
desprendimento no alimento, sono, e todas as outras indulgências
carnais.
Uma coroa corruptível – Uma guirlanda de folhas, que deve logo
murchar. Os atuais apenas descobriram que é "lícito" fazer tudo isto
e mais por uma coroa eterna, do que eles fizeram por uma
corruptível!
26. Eu, assim, corro, não como de maneira incerta – Eu olho direto
ao objetivo; e corro direito em direção a ele. Eu jogo fora todo peso,
eu não me preocupo com respeito a quem quer que esteja ao lado.
Eu luto, não como alguém que golpeia o ar – Esta é uma expressão
proverbial, para um que perde seu golpe, e gasta sua força, não nos
seus inimigos, mas no ar vazio. I
27. Mas reprimo meu corpo – Através de todos os tipos de
abnegação.
E o trago a sujeição – Ao meu espírito e a Deus. As palavras são
fortemente figurativas, e significam a mortificação do corpo do
pecado, "através de uma alusão aos corpos naturais daqueles que foram
feridos ou subjugados em combate".
Para que, de qualquer maneira, depois de ter pregado – A palavra
grega significa, depois de ter executado o ofício de um arauto (ainda
continuando a alusão), cujo ofício foi proclamar as condições, e
exibir os prêmios.
Eu mesmo não me torne reprovável – Desaprovado pelo Juiz, e
assim, não alcance o prêmio. Este texto simples pode nos dar uma
justa noção da doutrina bíblica da eleição e reprovação; e
claramente nos mostrar que indivíduos não são representados, nos
escritos santos, como eleitos, absoluta e incondicionalmente, para a
vida eterna, ou predestinados absoluta e incondicionalmente, para a
morte eterna; mas que crentes, em geral, são eleitos para
desfrutarem dos privilégios cristãos sobre a terra. Que, se elas
fazem mau uso, aquelas mesmas pessoas eleitas tornar-se-ão
réprobas. Paulo foi certamente uma pessoa eleita, se alguma vez
existiu uma; e ainda assim, ele declara que seria possível que ele
mesmo pudesse se tornar um réprobo. Mais ainda, ele
verdadeiramente teria se tornado tal, se ele não tivesse assim
mantido seu corpo subjugado, mesmo que ele tivesse sido por tanto
tempo uma pessoa eleita, um cristão, e um apóstolo.

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