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IGURA E OBRA DE C. G. JUNG estão há mais de dez anos
/{ �1�vamente no centro do interesse público. Na Alemanha,
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autores populares como Franz Alt e Eugen Drewermann
recorrem à autoridade de Jung, enquanto que nos Estados
Unidos a obra deste há muito constitui os fundamentos teóricos
do movimento New Age*. Ninguém ousaria vaticinar este ines
perado sucesso, quando nos tardios anos sessenta a obra de
Sigmund Freud ocupou o centro de uma revolução cultural na penho religioso, nada podia e pretendia dizer. Quando no final
Alemanha. Pelo contrário, Jung, a respeito do qual correu o deste desenvolvimento surgiu uma «psicologia transpessoal»,
boato de ter sido anti-semita, de ter atraiçoado Freud e de ter prometendo integrar religião, ciências naturais e a auto-realiza
simpatizado com os nacional-socialistas, surgiu enquanto ideó ção individual, estava apenas a articular aquilo que o aluno de
logo conservador entre outros como Martin Heidegger, Carl Freud, e mais tarde seu adversário Carl Gustav Jung, havia já
Schmitt ou Ernst Jünger. Com o enfraquecimento do impulso esboçado, aprofundado e experimentado ia para cinquenta anos.
revolução-cultural, com uma crescente crítica da ciência e com Para além do mais, a teoria do inconsciente de Jung foi sobre
a criação de um meio favorável à auto-realização (G. Schulze) tudo muito mais que a expressão de uma revolta contra Freud
enquanto grupo social de grandes dimensões na sequência de e respectiva obra. Poderá parecê-lo do ponto de vista interno
classe e estrato social, cresceu o interesse por teorias que ele da escola freudiana - na realidade aconteceu o contrário.
varam à condição de modo de vida a situação excepcional que C. G. Jung foi o renovador conservador de uma grande tra
é o tratamento psicoterapêutica. A obra de Sigmund Freud que, dição. Na sua obra, a tradição ocidental e sobretudo romântica
apesar do conservadorismo dos seus conteúdos, esconde um do inconsciente completam-se e aperfeiçoam-se. Na obra de
núcleo revolucionário, não poderia assumir esta missão depois Sigmund Freud, interligam-se, pelo contrário, o espírito revo
do fim do movimento estudantil. Onde tal fosse apesar de tudo lucionário das ciências naturais modernas e a franqueza sem
tentado, tinha de terminar em ironia- como nos filmes de Woody contemplações de uma individualidade despojada de todo o
Allen. A via larga da chamada psicologia humanista, que pre seu consolo metafísico. Jung surge assim como o rebelde contra
tendeu desempenhar este papel com os seus grupos de encon Freud e na verdade como representante de uma restauração
tro (encounter group), jogos-de-relação, anseios por crescimento científica enquanto Freud, o mentor conservadoramente activo
pessoal e experiências de êxtase, ficou porém indiferente a três da escola, desempenha o papel de um revolucionário, defensor
importantes interrogações do espírito da época. aguerrido dos seus progressos. Não é só a simpatia temporária de
Os novos e constantes encadeamentos de ideias não podiam Jung pelo nacional-socialismo, mas sobretudo também esta dupla
saciar a fome de histórias e imagens que se traduziu nomea limitação que torna difícil o debate entre freudianos e junguianos.
damente no sucesso de O Senhor dos Anéis de Tolkien e Morno A presente exposição orienta-se pelas seguintes ideias fun
de Michael End. damentais: independentemente dos passos em falso dados por
Para além disso todo o palavreado relativo a «compreensão», Jung no campo pessoal, político e humano, importa apresentar
«aceitação», «confiança» e «amor» com origem nos conceitos de o programa de uma teoria romântica do inconsciente, verificando
psicoterapia-pela-fala de Carl Rogers não pôde apaziguar a a respectiva resistência científica. Como, todavia, uma teoria
procura, já em movimento, de um sentido para além do esta romântica do inconsciente tem boas razões para colocar a indi
belecido. No final, restavam apenas as histórias com a própria vidualidade criativa singular no centro das suas atenções, esta
família ou os conflitos com os colegas de trabalho. Por último, teoria do inconsciente vê a sua legitimidade ligada à vida do seu
a psicologia humanista não podia negar as suas origens prove autor.
nientes da psicologia experimental académica, persistindo cui Assim, o capítulo «A Teoria do Inconsciente», foca numa
dadosamente dentro dos limites da sua disciplina. Face à crise perspectiva histórica do desenvolvimento aquilo que se pode
ecológica, a um novo olhar sobre as ciências naturais, ao desem- designar por teoria romântica do inconsciente com as respecti-
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vas raízes quer na Antiguidade tardia quer na mística medie A Teoria Romântica do Inconsciente
val e aquilo que foi articulado com o romantismo alemão do
século XIX.
De seguida são apresentados os traços fundamentais de
uma biografia de C. G. Jung à luz do modo como se desenvol
veu a sua teoria ao longo da sua vida. Entretanto, a sua relação
com Freud, o seu anti-semitismo e a sua relação com o nacional
-socialismo ocuparão o centro das atenções não segundo uma
óptica sensacionalista, mas por daí resultarem esclarecimentos
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acerca de questões particulares relativas à teoria romântica do
inconsciente.
De modo sistemático surgem, e dentro do respectivo contexto, RETRATO SOMBRIO DO MUNDO feito por Schopenhauer
conceitos capitais desta teoria como arquétipo, anima, sincroni suscitou a minha inteira aprovação. O mesmo não acon
cidade, sendo aplicados a um exemplo actual de cultura popular. tecendo porém com a sua solução do problema. Tinha a
Posteriormente debate-se a questão relativa à possibilidade certeza que com o seu termo "vontade" queria de facto dar a
de saber se da teoria do inconsciente comentada brota uma entender Deus, o criador, descrevendo-O como "cego". Uma vez
forma específica de técnica terapêutica, ou seja, quais as conse que com base na experiência, sabia não existir qualquer blas
quências clínicas, no sentido estrito, extraídas da teoria de Jung. fémia capaz de ofender a Deus, podendo, pelo contrário, ser
Para além disso, a obra de Jung tomou-se um catalisador de inves Este a exigi-la até; não só para reter o lado iluminado e positivo
tigações de largo espectro sobre as ciências da cultura. Evocam-se do homem, como também o lado obscuro e contrário a Deus,
sumariamente as fronteiras e possibilidades respectivas. O debate a concepção de Schopenhauer não gerou em mim qualquer
crítico e científico sobre tão eminente obra terá de incluir recriminação. Tomei-a como um juízo justificado pelos factos.
questões sobre a sociologia do conhecimento e história da ciên As suas ideias desiludiram-me, ainda para mais, pois, segundo
cia dirigidas à respectiva génese e aos conteúdos ideológicos estas, o intelecto deveria confrontar apenas a vontade cega com
respectivos, tendo finalmente de se interrogar quanto à natu a sua própria imagem, a fim de provocar a respectiva reconver
reza da pretensão científica de veracidade de uma tal teoria. são. Como poderia a vontade ver de todo esta imagem se era
Por fim, e de forma orientada para a ciência e respectiva cega? E por que razão deveria, admitindo que pudesse vê-la,
teoria, leva-se finalmente a cabo a tentativa de mostrar que a ser incitada a reconverter-se assim, uma vez que a imagem lhe
obra de C. G. Jung, mutatis mutandis, contém uma teoria pro apresentaria exactamente o que a vontade quereria ver? E o
fícua dos fundamentos biológicos e universais da cultura, de que seria o intelecto? Função da alma humana, jamais espelho,
recursos ainda por explorar e esgotar, podendo assim lançar antes um pequeníssimo espelho de dimensões infinitesimais,
pontes entre áreas emergentes tão diversas como a sociobiolo empunhado por uma criança contra o sol, esperando que este
dezasseis anos. O aluno de liceu estudou Kant, as obras do médico como mola propulsora da obra de Fichte (1762-1814), aluno de
romântico Carl Gustav Carus (1789-1869), a obra de Nietzsche, Kant, que, superando este, acreditava poder demonstrar a
a Philosophie des Unbewussten, A Filosofia do Inconsciente, de liberdade e capacidade de ajuizar. O ónus de tal demonstração
Eduard von Harhnann (1842-1906) e -last but not the Ieast- a obra consistiu na equiparação inintencional, porém inevitável, entre
do filósofo da cultura Jacob Burckhardt (1818-1897). No mundo a liberdade do homem construída como absoluto e um abso
culto de Basileia, os debates em tomo da obra de Nietzsche luto constituinte de toda a liberdade, o acto de pensamento,
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�otencialidades da capacidade de conhecimento do homem já formação da substância divina em sujeito, vertida num decurso
tmham stdo _ tema da filosofia da Aufkliirung, Iluminismo de acontecimentos do mundo racionalmente explicado, trans
alemão, nomeadamente de Kant. Na obra de todos os autores, fere estas ideias do campo da moral para as ciências da história,
nos quais Jung se apoia aquando das suas primeiras leituras, emergentes em inícios do século XIX.
de Kant (1724-1804) a Schopenhauer (1788-1860), reside sempre Quando por fim, Schelling (1775-1854), contemporâneo de
a questão central relativa às potencialidades e limites do sujeito Hegel e Fichte, postula na sua Identitiitsphilosophie, Filosofia da
moderno. Identidade, a unidade entre a natureza cognoscente e a natureza
Depois de na obra de Descartes com a sua, tantas vezes in conhecida estabelecendo ambas como algo absoluto, isto é, como
compreendida, formulação «cogito ergo sum» se ter destacado algo divino, está a jogar com o carácter de transferibilidade da
a ideia da subjectividade modema como centro de toda a exis ideia fundamental dos românticos para o campo das ciências
tência, seja a do pensar seja a do agir, o comentário desta ideia naturais modernas então em consolidação. Schelling, ao escla
passou a ser de todo interessante para a filosofia contemporânea. recer a natureza da liberdade humana e assim a possibilidade
Apenas quando Kant, logo na Kritik der reinen Vernunft, Crítica para fazer mal pelo facto de atribuir ao seu opositor divino,
da Razíio Pura, pensa um eu «que tem de poder acompanhar todos à natureza, um fundo obscuro, uma in-transparência, está a
as minhas ideias, a fim de demonstrar que o homem não pode completar a teoria romântica da subjectividade.
conhecer quer Deus quer a liberdade humana, quer mesmo a A ideia de identidade entre sujeito e objecto, entre absoluto
imortalidade da alma, está a colocar o eu-cognoscente no e acaso, entre finito e infinito, postulada por Fichte enquanto
centro, indicando-lhe igualmente as suas limitações. doutrina da liberdade ponderada e absoluta do sujeito moral,
A irrenunciável liberdade moral do agir no homem, pos encontra o seu complemento e realização cabal na teoria da uni
tulada por Kant, todavia não comprovável, manteve-se também dade entre subjectividade pensante e natureza de Schelling, na
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Schopenhauer, segundo ele próprio, um kantiano fiel, inter Uma teoria romântica do inconsciente encara obrigatoria
preta por fim a «coisa em si>� como a vontade cega de viver, mente como divino o sujeito absoluto subjacente ao ser indi
vendo-a sobretudo manifestar-se sob a forma de sexualidade: vidual. Schelling, logo em 1809, postulou isto mesmo com toda
a clareza:
<<Aquilo que geralmente se manifesta na consciência indi
vidual como pulsão sexual, sem se dirigir a um determi <<A sucessão das coisas a partir de Deus é uma auto-reve
nado indivíduo do sexo oposto, tal é em-si-mesmo, e para, lação de Deus. Deus, porém, pode apenas revelar-se
além da aparência, a vontade de viver, pura e simples naquilo que lhe é semelhante, nas criaturas livres que
mente. Porém, aquilo que surge na consciência como ágem autonomamente, para cujo ser só existe uma causa:
pulsão sexual dirigida a um determinado indivíduo, isso Deus e que porém são tal como Deus é. Ele fala e elas
é, em si-mesmo, a vontade, a vontade de viver exactamente aparecem. Se todas as criaturas do universo fossem também
enquanto determinado indivíduo. Nesta situação, a pul apenas ideias do espírito divino, então teriam de, por isso
são sexual, embora necessidade subjectiva em si mesma, mesmo, estar vivas. Consequentemente, as ideias têm ori
sabe envergar muito bem a máscara de um deslumbra gem na alma; porém a ideia criada é um poder autónomo,
mento objectivo e iludir assim a consciência: uma vez em actividade continuada em função de si própria no
que a natureza precisa deste estratagema para aceder aos seio da alma humana, de tal modo em progressão que
seus objectivos.»4 domina a sua própria mãe, subjugando-se-lhe igual-
mente.»5
Também esta perspectiva postula um sujeito absoluto, que
se comporta em função de objectivos, e, nomeadamente, a von Em Schelling está assim antecipada a crítica, dirigida por
tade de existir; persiste por isso kantiana por ver todos os r
Jung à concepção de Schopenhauer sobre a auto-superação da
modos de comportamento dos seres humanos como sendo vontade humana. Individualidade e subjectividade revelam-se
originados pelas definições dos objectivos deste sujeito abso afinal não como epifenó menos, mas como caracter ísticas
luto. Quer o amor entre pessoas quer o interesse de cada homem fundamentais do sujeito divino; características que explicam
individual em ser um indivíduo inconfundível são por assim sobretudo por que razão os homens se podem entender a si
dizer consequências veladas, epifenómenos, da vontade de existir. próprios como livres e capazes de acometer contra si próprios
As teorias românticas do inconsciente vêem a individuali e pecar.
dade de modo diverso, não como um epifenómeno, mas como Schelling e Schopenhauer adiantaram diversos sentidos
o desenvolvimento superior do sujeito imanente. Porém, esta para uma psicologia científica de profundidade no âmbito da
perspectiva modifica também os pressupostos sistemáticos: psiquiatria, a aparecer em época de ciências naturais positi
aquilo que finalmente se pode transformar na forma de indi vistas. Em todo o caso, tiveram de ser encontrados correlatas
vidualidade, na forma de indivíduos conscientes de si pró empíricos para cada hipótese metafísica subjacente: para aquilo
prios, pode não apenas ter sido a vontade cega, mas também que se designa aqui por «vontade de existir» e ali «Deus»,
ter, desde o princípio, possuído características individuais, tiveram de ser apresentadas correspondências observáveis no
subjectivas. compo rtamen to do ser human o. O próprio Schope nhauer
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preparou o caminho para esta «cientifização» através da sua romântica fundamental haveria também de marcar posterior
equiparação parcial entre «vontade de existir» e «sexualidade» mente a obra de Freud, embora no começo tivesse trilhado uma
enquanto a tradição romântica se deparava com a dificuldade via estritamente materialista, isto é, neurológica. A diferença
em encontrar para «Deus» um correlato correspondente em entre modelos racionalista e romântico da psicologia de pro
termos de ciências humanas. fundidade redundou na questão para onde é possível remeter
O caminho para a construção deste correlato remete para os símbolos de loucura e doença passíveis de interpretação:
a convicção romântica fundamental de unidade entre espírito para um substrato sexual vital reprimido pela sociedade ou
e natureza e para a questão relativa à sua correlação. A estética para uma consciência divina impedida de se desenvolver
foi então tida como disciplina-ponte entre as ciências naturais devido às suas contradições internas. No centro das atenções
do romantismo e a filosofia, pois a arte com as suas formas de científicas apareceram diversas formas simbólicas, caso se
expressão e símbolos adequados ao assunto era tida como tratasse da investigação sobre a vontade de existir reprimida
campo, no qual espírito e natureza se encontravam. O lugar de (afinal, da sexualidade) ou da consciência divina enclausurada
tal mediação pertence deveras a ambos os campos: o indivíduo em si própria. O modelo simbólico preferido da variante raciona
artista, o génio, enquanto homem mortal, de carne e osso, per lista da psicologia de profundidade é o linguístico, mais exacta
tence a uma natureza que se manifesta em e através do génio, mente o texto escrito, mesmo onde, como em Traumdeutung,
presente em símbolos inteligíveis ao homem. A proximidade A Interpretação dos Sonhos, de Freud, se trata sobretudo de
constantemente sublinhada entre génio e loucura, a pretensão imagens - enquanto que a psicologia romântica de profundi
de génio em estar perto dos abismos de uma natureza conde dade se orienta pela imagem. A causa desta diferença de pers
nada - como Odo Marquard mostrou convictamente - conduziu pectiva deveria residir por um lado na revelação de Deus
a uma proximidade sistemática e disciplinar entre estética e através da natureza e respectivos fenómenos, favorecida pelo
terapêutica, entre teoria da arte e medicina. O médico român romantismo tardio. Por outro lado, a psicologia de profundi
tico J. G. Carus pôde escrever logo em 1846: dade racionalista, crítica do poder, orientou-se segundo o para
digma da censura, modelando consequentemente o pano de
«0 nosso espírito consciente não pode dar origem a um
fundo da motivação do homem enquanto texto cujas deforma
inconsciente, gera e dá à luz apenas pensamentos, eles
ções, provocadas por uma disposição descontínua de símbolos,
próprios existindo também novamente apenas em função
são encaminhadas para os respectivos significados iniciais.
de algo consciente: esse algo a-consciente pode ser somente
Assim ficam finalmente frente a frente uma hermenêutica da
gerado pelo inconsciente, e assim também a ideia de
imagem e uma hermenêutica do texto. Esta dicotomia permite
doença, em si mesma inconsciente, pode brotar unica
perguntar se cada imagem, acessível apenas sob forma lin
mente do inconsciente da nossa natureza.>>7
guística ao tratamento terapêutico, não poderá ser por um lado
compreendida apenas no âmbito da hermenêutica do texto.
A estética e a medicina do romantismo ficaram associadas
Ao responder à pergunta se pode ou não existir uma her
pelo interesse comum relativo aos anseios inconscientes por
menêutica somente da imagem, estará a abrir-se uma diver
uma natureza em princípio inteligível e à possibilidade da
gência maior entre as psicologias de profundidade racionalista
interpretação respectiva por meio de símbolos. Esta convicção
e romântica.
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