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(Relatório)
Indeferi o efeito suspensivo, por entender, naquela ocasião, que as provas trazias
aos autos não ilidiam as diligências dos oficiais de justiça, f. 253-252.
É o Relatório.
(Voto)
O problema chegou ao ponto de a ora agravada ter concordado com a nulidade dos
atos processuais, realizados sem a menção dos nomes dos advogados do ora agravante, f.
147, tendo o douto juízo reconhecido ser bastante razoável a alegação do executado – de nulidade
dos atos de alienação pela inexistência de intimação do antigo causídico dos atos executórios, f. 152.
Penso que o agravante está carregado de razão em obstar a imissão de posse por
parte do arrematante, por um motivo bem simples: apesar da manifestação de que queria
embargar, e, para tanto oferecia bens a penhora, via procuradores constituídos, f. 50-51, não
se registra nos autos nenhum ato de intimação de seus advogados.
É certo que pode ter prevalecido qualquer motivo que fez com que os seus primeiros
advogados não procurassem saber notícia do andamento do processo, sobretudo quando
seria de estranhar que o Judiciário demorasse tanto a se manifestar sobre um pedido de
oferta de bens a penhora com o intuito de interpor embargos. No entanto, a ausência dos
advogados, qualquer que seja o motivo, é inferior ao fato de não ter, a partir da juntada aos
autos de seu pedido, acompanhado da procuração devida, sido promovida, nem pelo Diário
da Justiça, a intimação destes, pelo menos, para esclarecer acerca do endereço do ora
agravante ou, para informar se ainda se mantinham nos autos como procuradores.
A realidade é que faltou a intimação, e, só pela sua ausência, já é suficiente para dar
guarida a antecipação de tutela negada pelo juízo natural, visto que, no alicerce de todo o
edifício que se seguiu até culminar com a arrematação, há uma base frágil e movediça,
constituída da ausência de intimação dos advogados do ora agravante.
É como voto.
(Ementa)
(Acórdão)
Vistos, etc.