Você está na página 1de 9

brinquedos e jogos populares - Aprender Madeira http://aprenderamadeira.

net/brinquedos-e-jogos-populares/

Arquivado Em:culturas e tradições populares


Marcado Com: brinquedos, cantigas, crianças, escolas, jogos, popular

Alguns brinquedos e jogos praticados na Madeira resultam da evolução ou adaptação de outros já


existentes; dar-se-á relevo àqueles que, pela sua frequência e utilização de materiais da Ilha, são
tidos como madeirenses. No início do séc. XX, as crianças brincavam “ao gigante, às escondidas,
ao ferrolhinho, à berlinda” (TERESA, 1922, 31, 144, 192, 193, 295). Nos anos 50 do século
passado, ainda era frequente ver as meninas a bordar folhas de begónia ou de couve, usando
como agulha um pico de tabaibeira, de roseira ou mesmo as agulhas pontiagudas de pinheiro para
picotarem desenhos, imitando os bordados das mães, ou a tecer cordel num carro de linhas
vazio, onde se espetavam quatro pequenos pregos de cabeça rebatida. Por sua vez, os rapazes
entretinham-se construindo e guiando carros feitos de cana-vieira (Arundo donax L.) e arame,
mais ou menos elaborados, com travões e velocidade, dependendo da habilidade do artista
construtor, ou correndo atrás de um arco de ferro retirado de pipas velhas, tocado por um gancho
de ferro ou de arame, ou apenas um pau. Podíamos, também, vê-los a hastear joeiras com formas
geométricas bem delineadas, salientadas pelas cores garridas do papel de seda, que ganhavam
brilho ao sol dos dias de primavera e verão.

As meninas brincavam ainda “às casinhas”, que eram sempre ornamentadas com flores silvestres
e preenchidas com mobiliário feito de materiais naturais, nomeadamente cestinhos de erva milhã,
uma erva das família das gramíneas, ou relógios do fruto de bico-de-cegonha (Erodium
cicutarium), e “ao pai e à mãe”, brincadeira na qual os filhos eram representados por bonecas
feitas de trapos, de carolos de maçarocas ou mesmo de uma pedra mais oval, quase sempre
envoltas em folhas de couve ou vinha a fazer de lençol. Os rapazes mais novos puxavam pequenas
latas de sardinha vazias, às quais atavam um cordel, imaginando carroças que carregavam com
bolotas ou frutos pecos caídos das árvores; os mais velhos divertiam-se deslizando em “carros de
se arrastar”, que iam desde tábuas rasas que untavam com cebo, para melhor escorregarem nas
ladeiras, a carros mais elaborados, utilizando, muitas vezes, caixas de sabão cedidas pelos
merceeiros da localidade. Umas e outros passavam horas a fazer bolas de sabão, utilizando um
tubo de cana-vieira (Arrundo donax L.) ou mesmo o caule das folhas de aboboreira ou pepineleira
(Sechium edule) molhado em água de sabão azul, treinando, assim, a subtileza do sopro para ver
quem conseguia fazer a maior bola. Jogavam também “às graças” com um pequeno arco feito de
vime, com cerca de 30 cm de diâmetro, e dois paus, também de vime e de idêntica medida, que,
enfiados no arco e por extensão dos braços do jogador, deveriam fazê-lo chegar ao adversário, que
o receberia com os seus paus e repetiria o gesto anterior, mantendo o arco no ar o maior tempo

1 de 9 24/06/2018, 12:16
brinquedos e jogos populares - Aprender Madeira http://aprenderamadeira.net/brinquedos-e-jogos-populares/

possível. Julgamos ser este um verdadeiro jogo madeirense, quer pelo material utilizado, quer
pelo facto de não o vermos referenciado em outros locais.

Frequente era, também, ver os rapazes ou mesmo os homens a jogarem “às damas”, de 12 ou 21,
escarranchados nos muros das estradas, onde riscavam, com cacos de telha de barro, os
tabuleiros onde moviam as peças, também elas de pequenos pedaços de telha, arredondados por
fricção em paredes ásperas ou mesmo no chão. De barro eram também as cinco pedrinhas com as
quais jogavam as meninas, com espantosa habilidade, o jogo do mesmo nome. Mais tarde, essas
pedrinhas foram substituídas por berlindes de vidro, ou mesmo de ferro, cedidos pelas oficinas de
automóveis, os quais introduziram uma variante no jogo, ressaltando depois de atirados ao ar e
antes de serem recolhidos.

As experiências rítmico-sonoras eram realizadas através das cantigas de roda e de outras


brincadeiras cantadas, com pífaros, assobios e num-nuns feitos de cana-vieira, ou mesmo
soprando as flores cor de laranja da trepadeira bignónia (Bignónia venusta ker-Gawl), tão
conhecida na Região por “gaitinhas do Natal”, ou percutindo o “grilinho” de casca de noz, que não
podia faltar na época do “pão por Deus” (1 de novembro), ou ainda pelo saltar à corda ao som de
lengalengas como “A rainha dos mares” ou “Dois cavalinhos a saltar à corda”.

Outros jogos eram ainda praticados pela juventude madeirense, sobretudo nas tardes de
domingo, nos adros das igrejas, nas eiras ou mesmo nas estradas, já que o movimento automóvel
era reduzido. Assim, também se faziam brincos de cereja, cestinhos de giesta, colares de flores
silvestres e barquinhos de casca de pinheiro para viajarem nas levadas, sobretudo nas horas de
“giro” (forma de regadio madeirense, que permite que a água de rega passe periodicamente por
vários regantes, os heréus), até serem apanhados no local onde a água mudava de dono. Para
matar lagartixas, não faltavam as “laçadas” feitas da conhecida “erva rija” e, para treinar a
pontaria, lá estavam as “forquilhas” (fisgas) aproveitando os galhos bifurcados das árvores e os
restos de borracha (visgos) das câmaras-de-ar. As lutas de peões de madeira, feitos por artesãos
da localidade, aconteciam quando o “sono” do peão não era suficientemente demorado, de modo
a permitir que o seu dono o passasse, habilidosamente, do chão para a palma da sua mão. Por
castigo, era o brinquedo colocado no chão e sujeito às “bicadas” dos outros peões, podendo ser
destruído. Sentir-se “gigante” a passear sobre umas andas, andadeiras ou andilhas era
passatempo também muito do gosto da rapaziada. Estas eram feitas a partir de varas às quais se
pregavam transversalmente, a alturas variadas do chão (20 a 30 cm ou mais), duas pequenas
tábuas, ou mesmo duas latas de folha vazias, sobre as quais se apoiavam os pés. As mãos, essas,
agarravam-se às varas e, em equilíbrio, lá se fazia a caminhada.

Nas escolas brincava-se ainda à “mãe cambada”, à “correia”, à “pilhagem”, ao “lenço”, ao “lume”,
à “condessa”, à “mamã dá licença”, às “infusas”, aos “cabritinhos”, à “roda”, às “escondidas”, ao
“ferrolhinho”, e à “1, 2, 3 meia-lua”, entre outros. Ter destreza no atirar e apanhar do ringue e ser
ágil e certeiro no jogo da “matança” eram garantia de prestígio entre a criançada.

2 de 9 24/06/2018, 12:16
brinquedos e jogos populares - Aprender Madeira http://aprenderamadeira.net/brinquedos-e-jogos-populares/

Para saber quem iniciaria os jogos ou escolheria as equipas, “dava-se a letra”, usando lengalengas
e cantilenas que eram ditas por um elemento, ritmadamente, tocando em cada um dos restantes.
O elemento que coincidia com o terminar da lengalenga era o iniciador ou responsável pelo
desenrolar do jogo.

Vejamos como se executam alguns jogos, tendo como referência a revista Folclore de julho de
1997, que apresenta uma recolha de jogos populares madeirenses, e o livro Brinquedos
Tradicionais Cantados, Trava Línguas e Lengalengas (BRAZÃO, 1985).

Jogos

Da vassourinha, do pisca-pisca, do fogo, do anel, do farelo, da corda ou puxar do cabo, do cabrito,


do corre, corre sapatinhos, do inhame, dos botões, da vela, dos riscos, do rête-rête, das argolas,
passa volante, do relógio, gato pintado, da sapatinha, da barraquinha, das prendas, do quinau, do
cabritinho, a malha, a cabra-cega e bicho burro, da manhã, do anelinho, os pauzinhos ou
espadinha, a bilhardeira, belamente, a berlinda, a paredinha, damas de 12 ou 21, a rolha, a
pilhagem, meia-lua, do lume, mamã dá licença, matança, correia ou café com leite.

Belamente

É um jogo praticado por crianças, jovens ou adultos durante a quadra da Quaresma. É jogado aos
pares. Os elementos participantes combinam os dias e as horas em que devem “dar o belamente”.
Nos momentos combinados, os jogadores devem cumprimentar-se dizendo a palavra
“belamente”, tentando cada um ser o primeiro a proferi-la e, dessa forma, ganhar um ponto. O
que ganhar mais pontos recebe do outro, geralmente em Sábado de Aleluia ou Domingo de
Páscoa, um saco de amêndoas, chocolates ou outra guloseima própria da época.

Berlinda

Os jogadores ficam, geralmente, em fila ou em roda. Um deles é destacado para ficar “na
berlinda” (em evidência). Outro elemento recolhe, em segredo, opiniões acerca daquele que está
na berlinda e, perante todos, apresenta-as. O jogador que está na berlinda escolhe uma das
opiniões apresentadas e aquele que a tiver proferido ocupa o seu lugar dele.

Damas de 12

Utilizando um caco de barro, risca-se o tabuleiro da dama no chão (fig. 1). Numa das
extremidades colocam-se doze pedras vermelhas (pedaços de telha) e, na outra extremidade, doze
pedras pretas (pequenos seixos basálticos), dando-se início ao jogo.

Regras: as pedras só podem mover-se para a frente e lateralmente; deslocam-se de casa em casa,
não podendo saltar por cima de uma casa, exceto para “comer” a pedra adversária; podem ser

3 de 9 24/06/2018, 12:16
brinquedos e jogos populares - Aprender Madeira http://aprenderamadeira.net/brinquedos-e-jogos-populares/

“comidas” várias pedras de uma só vez, se entre elas houver um intervalo de uma só casa; quando
uma pedra consegue atingir o ponto A (fig. 1) toma o nome de “dama”; a “dama” pode mover-se
em todas as direções e saltar quantas casas quiser; caso haja uma pedra em condições de ser
vencida e o jogador não o faça, será penalizado com a perda de três pedras (assopro); vencerá o
jogador que conseguir vencer as pedras todas ao adversário.

Damas de 21

É uma variante das damas de 12, apresentando pequenas alterações: utilizam-se 21 pedras em vez
de 12; considera-se dama quando uma pedra alcança um dos pontos A, B, ou C (fig. 1).

Fig. 1 Damas
de 12

Fig. 1 Damas de
21

Gigante ou reizinho

De um número ilimitado de jogadores escolhe-se um para ser o “gigante”. Os restantes escolhem,


em segredo, um fruto para ser adivinhado pelo gigante segundo as características que lhe hão de
ser fornecidas. O grupo dirige-se ao gigante e um porta-voz diz: – Senhor gigante, comemos um
fruto do seu quintal. Quando está verde é… Quando está maduro é… (referem as respetivas
características). O gigante tenta adivinhar, tendo direito a três tentativas. Se consegue, corre atrás
dos companheiros, que tentam refugiar-se num lugar defeso, previamente combinado; se algum é
apanhado, passa a ser o gigante.

Infusas

4 de 9 24/06/2018, 12:16
brinquedos e jogos populares - Aprender Madeira http://aprenderamadeira.net/brinquedos-e-jogos-populares/

Os jogadores agrupam-se em trios e colocam-se lado a lado, atrás de uma linha. Em cada trio um
elemento coloca-se de cócoras, com as mãos dadas debaixo das pernas e a boca cheia de água,
imitando uma infusa. Os outros dois elementos seguram, um de cada lado, as asas da “infusa”. A
um sinal dado tentam transportá-la até um local previamente combinado. Ganham os trios que
conseguirem alcançar o local sem que a infusa perca, pelo caminho, a água ou as asas.

Jogo do lume

Desenham-se no chão vários círculos, sempre um a menos em relação ao número de jogadores.


Dentro de cada círculo coloca-se um jogador. O jogador que fica sem círculo dirige-se a um dos
outros e pergunta: – A vizinha dá-me lume? Responde-lhe o colega, apontando para outro: –
Acolá fumega! Neste momento todos os jogadores trocam de lugar, enquanto o jogador que estava
de fora tenta ocupar um dos círculos vazios. O elemento que ficar sem círculo irá pedir lume.

A matança

Dois grupos de jogadores com o mesmo número de elementos colocam-se frente a frente,
separados por uma linha que não pode ser ultrapassada. Escolhe-se a equipa que deverá iniciar o
jogo e todos os elementos se distribuem pelos seus campos. O capitão da equipa escolhida tenta
atingir, com uma bola, um elemento da equipa adversária.

Quando algum jogador é atingido, sem ter conseguido apanhar a bola, fica “morto” e vai colocar-
se atrás do grupo adversário, que fica na posse da bola. O jogo recomeça e cada equipa tenta
apanhar a bola para atingir os adversários ou passá-la, taticamente, aos seus elementos “mortos”,
que estão mais próximos do adversário, para que os possam atingir. Ganha a equipa que primeiro
conseguir matar todos os elementos da equipa adversária ou aquela que conseguir manter o
maior número de elementos vivos num período de tempo pré-determinado.

A pardinha

Neste jogo utilizam-se moedas ou caricas. Toma-se um ponto como referência, e.g., uma parede,
um degrau, etc. A uma certa distância marca-se o ponto de onde cada jogador, um por um,
lançará as caricas ou moedas. O objetivo do jogo é atirar a moeda com precisão, de modo que
fique o mais perto possível da parede. Quem o conseguir marcará um ponto. Se alguma das
moedas atiradas bater noutra atirada anteriormente, a jogada é considerada nula e deverá ser
repetida. Repetem-se as jogadas e ganha o jogador que primeiro alcançar seis pontos.

A pilhagem

É tirado à sorte um elemento para “apilhar” (apanhar). Os jogadores dispersam-se pelo espaço e o
jogador que “apilha” tenta tocar um dos companheiros que, por sua vez, tentam esquivar-se. Se
algum jogador é tocado, invertem-se os papéis, passando o apanhador a fugitivo e vice-versa.

5 de 9 24/06/2018, 12:16
brinquedos e jogos populares - Aprender Madeira http://aprenderamadeira.net/brinquedos-e-jogos-populares/

Vejamos agora alguns jogos que integram canções ou cantilenas:

Café com leite

Movimento: as crianças dispõem-se em roda, de mãos dadas, e deslocam-se durante as duas


quadras em sentido contrário aos ponteiros do relógio. Ao chegar a “ponto real”, param viradas
para o centro com as mãos nos quadris e saltam, alternadamente, para a direita e para a esquerda,
enquanto cantam “ó i, ó ai”. Logo de seguida, dão uma volta completa sobre si mesmas, dando
três pequenos saltos a pés juntos enquanto cantam “ó zi-gue, zi-gue zai”.

Dois cavalinhos

Movimento: duas crianças “dão a corda”, enquanto outras duas (o Pedro e o Paulo) saltam
cantando a canção. Previamente já combinaram quem é o Pedro e quem é o Paulo e fazem como a
letra indica. Cantam “1, 2, 3”, para de novo recomeçarem com a entrada do que saiu. O jogo
prossegue até que algum perca. A canção é também cantada pelas crianças que aguardam a sua
vez de saltar.

Rainha dos mares

6 de 9 24/06/2018, 12:16
brinquedos e jogos populares - Aprender Madeira http://aprenderamadeira.net/brinquedos-e-jogos-populares/

Movimento: duas crianças “dão corda” enquanto uma terceira canta saltando. Ao dizer que deita o
lenço à água, atira ao chão um lenço, ou qualquer objeto substituindo-o, e depois recolhe-o, tal
como a própria letra da canção indica. Canta “1, 2, 3”, para de novo recomeçar. Só deixará o jogo
quando perder, isto é, quando se embaraçar na corda ou não conseguir apanhar o lenço.

São Guiné

2. São Guiné, São Guiné 3. São Guiné, São Guiné


Quantas terra de maré Quantas terras tem maré
Venha o Rei de Portugal Venha o rei de Portugal
Que nos faça assentar. Que nos faça já deitar.

Movimento: as crianças fazem uma roda simples de mãos dadas, balançando os braços enquanto
cantam. Tal como a letra indica, todas as crianças se ajoelham, sentam, deitam, de novo se
sentam, ajoelham e levantam.

O meu ganha-pão

7 de 9 24/06/2018, 12:16
brinquedos e jogos populares - Aprender Madeira http://aprenderamadeira.net/brinquedos-e-jogos-populares/

Movimento: as crianças constituem uma roda simples de pares que se desloca de mãos dadas, no
sentido contrário aos ponteiros do relógio, durante os dois primeiros versos; largam as mãos
durante o terceiro e quarto versos para fazerem com o braço do lado de fora o gesto do homem
pequenino e levantam-no de seguida, fazendo com os dedos a referência a meio tostão.

No primeiro e segundo versos da segunda quadra, param para fazer com o braço esquerdo e
direito, alternadamente, a referência “um vintém… o outro para pão”. Seguem na roda nos dois
últimos versos, levantando os braços e abanando as mãos indicando “o resto”.

Ao iniciar-se a terceira quadra, os pares agarram-se pela cintura, inclinando-se, alternada e


desencontradamente, para a direita e para a esquerda, durante os dois primeiros versos; nos dois
últimos versos agarram-se, metendo alternadamente o braço direito e o esquerdo no par e dando
uma volta completa.

Ao acabar a volta, o rapaz fica atrás da rapariga e ambos, virados para o centro e de mãos dadas,
“espreitam” em sentidos contrários durante os dois primeiros versos, com pequena deslocação
lateral, indo a rapariga para a direita e o rapaz para a esquerda; ao bisar, em “fadigas”, a rapariga
fica à esquerda do rapaz. Nos dois últimos versos, saltitam para o centro com extensão anterior
alternada das pernas. Ao bisar, a rapariga passa para a direita.

Galinha pintada

2.Já me deram pelo bico 4.Já me deram pelo pescoço


Uma casa em Machico Uma saca de tremoço
Com isso não me contento Com isso não me contento
Xô galinha lá p'ra dentro. Xô galinha lá p'ra dentro.

Refrão 5.Ja me deram p'la moela

8 de 9 24/06/2018, 12:16
brinquedos e jogos populares - Aprender Madeira http://aprenderamadeira.net/brinquedos-e-jogos-populares/

2.Já me deram pelo bico 4.Já me deram pelo pescoço


Uma casa em Machico Uma saca de tremoço
Com isso não me contento Com isso não me contento
Xô galinha lá p'ra dentro. Xô galinha lá p'ra dentro.

Dlim, dlim, dlim, dlão Uma saca de canela


Tenho um realejo Com isso não me contento
Que me ganha o queijo Xô galinha lá p'ra dentro.
Tenho um violão
Que me ganha o pão.

3.Já me deram pelas asas 6. Ja me deram pelas patas


Um fogareiro de brasas Uma saca de batatas
Com isso não me contento Com isso não me contento
Xô galinha lá p'ra dentro. Xô galinha lá p'ra dentro.

Movimento: durante as quadras as crianças deslocam-se em roda, de mãos dadas, saltitando


alternadamente com o pé esquerdo/direito. Durante o estribilho, que se canta entre cada quadra,
param para fazer os gestos sugeridos pela letra da canção.

Bibliog.: AMADO, João da Silva, Função Educativa dos Brinquedos Tradicionais Populares,
Coimbra, ed. do Autor, 1992; BRAZÃO, Maria Lígia Lopes, Brinquedos Tradicionais Cantados,
Lisboa, Editorial O Livro, 1985; CABRAL, António, Jogos Populares Infantis, Porto, Editorial
Domingos Barreira, 1991; SECRETARIA REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS, Folclore, 24
horas a bailar, Funchal, 1997; SOLE, Maria de Borja, O Jogo Infantil, Lisboa, Instituto de Apoio
à Criança, 1992; TERESA, Maria Francisca, Em Casa da Avó na Ilha da Madeira, Lisboa, Livraria
Clássica, 1922.

Lígia Brazão

(atualizado a 18.11.2015)

9 de 9 24/06/2018, 12:16

Você também pode gostar