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ALCUNHAS COLETIVAS E

GENTÍLICOS MADEIRENSES
Alcunha

■ serve para depreciar os habitantes da aglomeração vizinha,


da zona antípoda ou do meio socioeconómico diferenciado.
No arquipélago em apreço, é usual distinguir a Madeira do
Porto Santo, as freguesias do Norte das bandas do Sul, as
pessoas do Funchal das gentes do campo, os habitantes
das zonas altas dos da beira-mar, os homens das mulheres.
■ Atribui-se-lhes, num modo lúdico, um traço saliente
caraterizador, defeitos ou desventuras, sublinhando,
eventualmente, a sua inadaptação às circunstâncias.
Os da cidade tratam os

■ “labrego”,
■ “vilhão”
■ “borquilho”
Os habitantes dos meios rurais tratam
os da cidade por:
■ “casaca”,
■ “manata” (de “magnata”),
■ “fidalgo”;
■ “funchaleiro”;
■ “cidadense” ;
■ “cidadeiro”,
Os do Porto-Santo são tratados pelos
madeirenses…
■ Os profetas
Os Porto-Santenses tratam os
Madeirenses por
■ “semilhas”
■ “pretos”
Santa Cruz e Machico

■ Os de Santa Cruz chamam os de Machico: Ladrões


ou marroquinos

■ Os de Machico chamam os de Santa Cruz de


Judeus ou Soviéticos.
Os de Câmara de Lobos

■ Xavelhas
■ Charnotas ou chernotas
Os do Estreito de Câmara e Lobos

■ Os Nevoeiros
■ Faqueiros
Os habitantes da Freguesia da Sé

■ “os enjeitados”
Lombada da Ponta do Sol

■ “os cativos”
As Mulheres da Boaventura

■ “Quitérias”
Aos Madeirenses que Emigram…

■ madeirenses radicados na Cidade do Cabo (África do Sul) – Cabeiros

■ Os Venezuelanos são conhecidos pelos Miras

■ Os outros de um modo geral são os Camones


Pós-25 de abril, madeirenses passaram
a designar os continentais por:
■ Cubanos
O que é um Gentílico?

■ Nome designativo da ligação de alguém


relativamente ao lugar (país, região,
estado, cidade) onde nasceu, habita ou
ao qual pertence (ex.: portuense é o
gentílico dos naturais da cidade do Porto).
■ A maioria dos gentílicos oficiais do arquipélago
da Madeira é de origem recente; alguns datam
do séc. XIX e, sobretudo, do séc. XX
A formação dos gentílicos na Madeira

■ Forma erudita - Sufixo -ente


- santanense” e “ponta-solense

■ Forma Popular oral - Sufixo – eiro


“canheiro”, “seixaleiro”
Mais raros:

■ O Sufixo -ino,
Ex: “vicentino” (de S. vicente)
■ Ou o sufixo -ês, mais antigo, à semelhança de
“gaulês” (de Gaula),
■ -ista, pouco habitual em formações gentílicas, mas
de uso popular, como no caso “paulista” (referente
ao habitante da Serra d’Água, por alusão ao Paúl da
Serra).
Conversão do topónimo

■ “madaleno”, Madalena, e da forma popular, não


oficial,
■ “ribeiro-bravo”, procedente de Ribeira Brava
■ Gaula - “gaulês” / “gaulesa”
■ Estreito – “estreiteiro”/“estreiteira”
/“estreitense”
■ Achadas da Cruz - “achadeiro /
achadense”
■ Porto Moniz – Porto-monicense
■ Fajã da Ovelha – Fajã-ovelhense
■ Câmara de Lobos - “câmara-lobense”
■ Santa Cruz – “santa-cruzense”
Aceitam as duas possibilidades:

■Tabua - “tabuense” e “tabueiro”


Aceitam apenas a forma mais popular

■Seixal – preferiu denominar-se,


oficialmente – Sexaleiro/a
■Canhas – “canheiro / a”

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